Cardiomiopatia Hipertrófica Familial Mônica Schenker Pieri.

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Cardiomiopatia Hipertrófica Familial Mônica Schenker Pieri

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Cardiomiopatia Hipertrófica Familial

Mônica Schenker Pieri

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O que é cardiomiopatia hipertrófica?

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A doença Doença genética de padrão de transmissão

autossômico dominante Hipertrofia ventricular esquerda sem dilatação da

câmara Na ausência de processos cardiovasculares ou

sistêmicos que possam produzir tais alterações

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Genética Mutação em um dos 12 genes que codificam

componentes dos sarcômeros. Mais de 900 mutações individuais.

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Epidemiologia Prevalência:

Afecção cardiovascular genética mais prevalente 1:500 MYH7 e MYBPC3 são aparentemente responsáveis por

60 a 80% das mutações

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Clínica Ambos os sexos

Vários grupos raciais

Múltiplas áreas geográficas

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Clínica Normalmente, aparece na adolescência / início

da vida adulta, com a puberdade.

Pode aparecer na infância

Pode aparecer após a 5ª década de vida

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ClínicaAssintomática → Insuficiência cardíaca progressiva

• Dispnéia (principalmente de esforço)

• Dor precordial

• Palpitação

• Sensação de síncope e Síncope

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Clínica 10 a 20% dos indivíduos possuem risco

aumentado para morte súbita cardíaca Esta é o resultado de uma fibrilação ventricular ou de

uma taquicardia ventricular Mais comum em jovens adultos e adolescentes Raro em crianças pequenas Genótipo com maior risco: chance de 3 a 5% ao ano

de MSC contra 1% dos demais genótipos

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Diagnóstico Suspeita

Sintomas Sopros Cardíacos Anomalias ECG Avaliação familiar

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Diagnóstico Hipertrofia VE

Estabelecida por ECO Na ausência de outras causas potenciais

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Diagnóstico Características histopatológicas

patognomônicas Mutação em 1 gene Desarranjo dos miócitos (em grande extensão) Hipertrofia miocárdica Aumento da fibrose miocárdica

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Diagnóstico ECG

Padrão consistente com hipertrofia VE Padrão consistente com alargamento de AE Ondas Q proeminentes nas derivações inferiores e

laterais Inversão de onda T As anormalidades do ECG podem preceder as

anormalidades do ECO e a própria HVE

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Diagnóstico Ecocardiograma Doppler

Identificação de anomalias estruturais e funcionais características da doença

Pode garantir prognósticos através da espessura do VE:

≥ 30mm: predispõe morte súbita 15 a 30 mm: aconselhamento miocárdico ≤ 15 mm: processo incipiente – hipertrofia do atleta 12mm no septo anterior ou 14 mm no posterior:

DIAGNÓSTICO PRÉ-CLINICO DAS FORMAS FAMILIARES

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Diagnóstico Genético-molecular

Análise do DNA Permite diferenciar outras formas de HVE e

fenocópias Exame demorado e de custo elevado Feito através de SSCP (PCR) O mapeamento é possível em 60 a 80% dos casos

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Diagnóstico Diferencial Atletas No adulto

Cardiomiopatia metabólica Doença de Fabry Amiloidose cardíaca

Na criança Erro inato do metabolismo (Doença de Pompe) Síndrome de Má-formação (Síndrome de Noonan) Desordens neuromusculares (Ataxia de Friedreich )

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Diagnostiquei e agora? Vamos partir do princípio que diagnosticamos

uma criança com cardiomiopatia hipertrófica Agora devemos:

Avaliar o histórico familiar dela Avaliar os parentes de primeiro grau “mais de perto”

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Mas como eu herdo isso? Filhos de pais afetados possuem 50% de chance

de ter a doença. Se herdar a doença, possui 90% de chance de

desenvolvê-la. A severidade e a idade de abertura da doença

não podem ser previstas.

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E meus irmãos? Se os pais são afetados a chance de serem

afetados é de 50% Se os pais não forem afetados, mas não for

mutação de novo, o risco é alto, mas não há como calcular

Se foi uma mutação de novo as chances são muito pequenas, exceto em gêmeos univitelinos

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Veja esta situação: Uma criança que possui a doença e tem o pai

afetado e a mãe não.

Essa criança pode ter herdado a mutação do pai, pode ter sofrido uma mutação de novo ou pode ter herdado da mãe, que pode ter a mutação, mas não apresentá-la devido à penetrância incompleta do fenótipo.

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Tratamento Beta-bloqueadores Bloqueadores dos canais de cálcio Antiarrítmicos Disopiramida Pode-se considerar diuréticos

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Prognóstico 2 Estudos:

Mortalidade anual de 4 – 6% Mortalidade anual de 1 – 3%, com expectativa ≥ 75

anos, com pequena incapacitação funcional (em 25% dos indivíduos)

Crianças: Sobrevivência menor nas diagnosticadas com menos

de 1 ano Sobrevivendo além de 1 ano de idade, taxa de

mortalidade: 1% ao ano

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Bibliografia GeneReviews: Familial Hypertrophic Cardiomyopathy Overview,

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/bookshelf/br.fcgi?book=gene&part=hyper-card

Mattos, B. P. e; Torres M. A. R.; Freitas, V. C. de; “Avaliação Diagnóstica da Cardiomiopatia Hipertrófica em Fase Clínica e Pré-Clínica”, http://www.arquivosonline.com.br/2008/9101/pdf/9101009.pdf