Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

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Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014

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Carência de Profissionais no BrasilProf. Paulo Renato

2014

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???????: muita banha no tacho, muito dinheiro no bolso.

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Matarazzo: muita banha no tacho, muito dinheiro no bolso.

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Francesco Matarazzo

Um dos maiores empresários da história no Brasil

Foi o maior empreendedor do país em todos os tempos

Um dos nomes de destaque do capitalismo mundial.

Dono de 365 fábricas

30.000 empregados

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Matarazzo começou a vida como mascate e dono de uma venda em Sorocaba, no interior de São Paulo,

para onde se dirigiu por indicação de um amigo que ali residia.

Passou a negociar farinha de trigo e banha de porco, usada na fritura de alimentos.

Em seguida, montou um armazém e uma pequena fábrica na qual resolveu produzir latas para acondicionar a banha a ser comercializada.

Francesco Matarazzo

A embalagem prolongaria a validade de um produto altamente perecível. Foi seu primeiro grande salto.

Deixava para trás a função de mero comerciante, transformando-se em industrial.

Já em São Paulo, tomou um empréstimo para abrir um moinho.

Seguiram-se uma fábrica de óleo de caroço de algodão, uma tecelagem, uma fiação, uma estamparia.

Em pouco tempo Matarazzo já integrava o time dos 11 proprietários de fábricas paulistas que operavam com mais de 100 trabalhadores.

Interessante é que cada novo centro de abastecimento de matéria-prima resultava em novos produtos comercializados -- um movimento de integração

vertical e diversificação.

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Engenho de Arroz São Paulo

Massas Alimentícias São Paulo

Moinho de Trigo

Fábrica de Tecidos

e Estamparia “Belenzinho”

Amideria Belenzinho

Fundição

Sulforeto

de Carbono

Depósito e Moagem

de Sal Mauá

Casa Bancária

Engenho de Arroz Aguapé

Refinação de Açúcar Antonina

Fábrica de Tecidos “Mariangela”

Viscoseda São Caetano

Ofícinas Mecânicas

Fábrica de Licores

Moagem de Sal “Mooca”

Moinho de Trigo Antonina

Soc. Paulista de Navegação

Fecularia Caçapava

Trapiche Paraguá

Seção Cinematográfica

Frigorífico de Jaguariaia

Destilação Alcatrão e Derivados

IRFM

Ferrovia

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Óleos Vegetais

Refinação de Açúcar

Velas Glicerina

Sabonetes e Perfumaria

Serraria

Laboratório Central

Armazéns Gerais

Fábrica de óleos

Fábrica de carroças

Fábrica de louças

Santa Catarina

Adubos e Inseticidas

Depósito Frigorífico

Sabões

Pregos

Destilaria de Álcool

Almoxarifado Central

Refinação de Sal

Oficina

Carpintaria

Tintas

Vernizes

Fábricas de Água Branca

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E o grupo Matarazzo é apenas um registro histórico.

A forma como o império se desfez impressiona.

Após a morte de Francesco Matarazzo, feito conde por ordem do rei da Itália, seu filho Francisco Matarazzo Júnior, também conde, assumiu o

comando dos negócios.

Por influência paterna, o conde Chiquinho, como era conhecido, manteve o processo de diversificação dos negócios.

Trabalhava segundo a mesma lógica expansionista que tanto sucesso havia feito na gestão de seu pai.

Montou uma fábrica de celofane, uma salina, comprou o controle de uma empresa de cimento, abriu uma fábrica de conservas e um banco.

O grupo chegou a ter shopping center, supermercado e frigorífico.

Acontece que o modelo já não se adequava mais aos novos tempos.

No início do século, a expansão fazia todo o sentido, pois Matarazzo era um pioneiro.

Mas o cenário mudou. Surgiram grupos empresariais fortes, nacionais e estrangeiros.

E as Indústrias Reunidas Francesco Matarazzo (IRFM) passaram a brigar por espaço.

Para complicar, a história registra diversos equívocos administrativos que conduziram o grupo ao balanço no vermelho já no final da década de 60.

Em 1977, com a morte do conde Chiquinho, o comando do império, já altamente endividado, passou às mãos de sua filha, Maria Pia, que pouco pôde fazer.

Os debates sobre crescimento precisaram dar lugar a discussões sobre saneamento e reestruturação financeira.

Em 1983, uma dezena de companhias do grupo entrou em concordata.

Algumas das empresas ainda existem, mas nenhuma delas tem peso relevante na economia nacional.

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SÉCULO XX – TAYLOR E ALGUNS “PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO CIENTÍFICA”: “ONE BEST WAY”• Desenvolver uma ciência que pudesse aplicar-se a cada fase do trabalho humano (divisão do trabalho), em

lugar dos velhos métodos rotineiros;• Selecionar o melhor trabalhador para cada serviço, passando em seguida a ensiná-lo, treiná-lo e formá-lo,

em oposição à prática tradicional de deixar para ele a função de escolher método e formar-se;• Separar as funções de preparação e planejamento da execução do trabalho, definindo-as com atribuições

precisas;• Especializar os agentes nas funções correspondentes;

• Predeterminar tarefas individuais ao pessoal e conceder-lhes prêmios quando realizadas;• Controlar a execução do trabalho.

Frederick Taylor

Henry Ford

Linha de montagem móvel (1913)

Ford Highland Park(1918)

Trade-offs ficam clarosMas a quebra da bolsa americana em 1929

mascara o efeito

Alfred Sloan (GM) e diversificação: um baque para Ford

Ford e seu Modelo T(1907 – 1925)

• Pesquisa Operacional surgee desenvolve-se; torna-se civil

• Logística evolui• Controle estatístico do

processo evolui• Planejamento da produção• Surge o JITII Grande Guerra e anos 50

"Há um punhado de homens que conseguem enriquecer simplesmente

porque prestam atenção aos pormenores que a maioria despreza."

Henry Ford

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STP

- Aprendizado organizacional contínua através do Kaizen- Ver por si mesmo para compreender a situação (Genchi Genbustsu)

- Tomar decisões lentamente, através do consenso, considerando completamente todas as opções; implementá-las com rapidez. (Nemawashi)

- Desenvolver líderes que vivenciem a filosofia;- Respeitar, desenvolver e desafiar o pessoal e as equipes;

- Respeitar, desafiar e auxiliar os fornecedores.

- Criar um “fluxo” de processo para trazer o processo à tona;- Utilizar sistemas de puxar para evitar a superprodução;

- Nivelar a carga de trabalho (produção nivelada);- Para quando houver problema de qualidade (autonomação);

- Padronizar tarefas para melhoria contínua;- Usar controle visual para que os problemas não passem

despercebidos- Usar somente tecnologia confiável totalmente testada

- Basear as decisões administrativas em uma filosofia de longo prazo, mesmo em detrimento de metas financeiras de curto prazo.

Solução de problemas

(aprendizagem e melhorias contínuas)

Funcionários e parceiros (Respeitá-los, desafiá-los e

desenvolvê-los)

Processo(Eliminação de perdas)

Filosofia(Pensamento de longo prazo)

Genchi

KaizenRespeito e

trabalho de equipe

Desafios

LIKER, (2005)

POKA – YOKE (1) – Técnica a prova de erros, onde o set up ou a manufatura é desenvolvida para se prevenir um erro, que possa resultar em um defeito no produto,

resultando na paralisação da produção automaticamente, caso o erro ocorra.POKA-YOKE (2) - Dispositivos simples e baratos para prevenir erros ou detectá-lo em

seguida a sua ocorrência.

Tahiichi Ohno,o “pai” do JIT

Deming

• O sistema Toyota é 90% comportamental e 10% técnica;• As técnicas são facilmente replicáveis...

• Mas, aplicar somente as técnicas apresenta resultados bons, porém efêmeros.

Kiichiro Toyoda

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VISÃO SISTÊMICA

Meio ambienteSociedadeEconomiaOrganização

Fonte: TNS Iternational e Porrit, J. 2007

Sistemas e sub-sistemas interligados

Ambiente saudável Empresa saudável

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Notícias na mídia sobre o temaHÁ VAGAS. FALTA MÃO DE OBRA.• Indústria e comércio tentam driblar escassez de profissionais. País perde competitividade.• Com o emprego batendo recorde no país e os gargalos da educação, as empresas têm encontrado cada vez

mais dificuldade na hora de contratar.Fonte: Jornal O GloboData de publicação: 25/04/2013

SAE BRASIL TEM INÍCIO COM DEBATE SOBRE DEFICIÊNCIA DE MÃO DE OBRA ESPECIALIZADA.• Segundo Bastian, em evento da Secretaria de Assuntos Estratégicos do Brasil, o País se encontra no momento em que é

necessário repensar suas políticas de ensino para que sejamos capazes de gerar mais conhecimento acadêmico e profissionais capazes de dar suporte às demandas de indústrias, como a automobilística, no país.

• "Investir no sistema produtivo não é o bastante. É preciso que o capital humano seja capaz de produzir novos conhecimentos e gerar inovação."

Fonte: CANALTECH CorporateData de publicação: 07/10/2013

BRASIL TERÁ DÉFICIT DE 76 MIL PROFISSIONAIS DE TECNOLOGIA NESTE ANO, DIZ ESTUDO.• O Brasil terá 76 mil profissionais a menos do que o necessário no mercado de tecnologia neste ano, de acordo com uma

pesquisa feita pela consultoria IDC. Serão mais de 276 mil vagas para quase 200 mil especialistas.• De acordo com o levantamento, o Brasil é o segundo país com dificuldades para encontrar candidatos, atrás do México.

"Isso ocorre porque com a disponibilidade insuficiente de profissionais capacitados no mercado, fica mais caro contratar e empregar profissionais de rede qualificados."

FALTA DE MÃO DE OBRA QUALIFICADA LEVA EMPRESAS A INVESTIREM EM TREINAMENTOS.

• “A dificuldade de se encontrar mão de obra qualificada tem afetado muitas empresas no Brasil. Segundo dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT), 90% dos novos empregos gerados no País exigem ensino médio completo. No entanto, 40% dos trabalhadores não completaram o ensino fundamental e 16% são analfabetos funcionais, ou seja, embora saibam ler, não conseguem interpretar um texto ou fazer operações matemáticas básicas.” (...) “Esses números afetam diretamente as empresas, que encontram dificuldades em crescer e aumentar a produção (...) A saída para as empresas é investir em capacitação, treinamento e requalificação do quadro de funcionários.”

Fonte: Portal de notícias G1Data de publicação: 11/07/2013

Fonte: Jornal Folha de São PauloData de publicação: 14/03/2013

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Cenário

Necessidade de qualificação e profissionalização da

mão de obra:• competitividade;• sustentabilidade.

Brasil é a sexta maior economia do mundo

Estagnação da produtividade e aumento no custo do salário

médio

O salário dos trabalhadores industriais subiu 169% desde 2001.

A produtividade da indústria de transformação, no entanto, aumentou

apenas 1,1% entre 2001 e 2012, segundo cruzamento de dados da Confederação

Nacional da Indústria.

Através da tabela acima, é possível observar o quão desigual e insuficiente é a oferta de

educação profissional técnica no país.

Fonte: Observatório da Equidade – CDES (Conselho do Desenvolvimento Econômico e Social)

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Nota-se que há uma boa distribuição entre os setores das empresas pesquisadas.

5.56%13.58

%6.79%

8.02%1.85%

8.64%3.70%3.70%11.11%

2.47%

10.49%

7.41%6.79%

3.09%2.47% 2.47%0.62%1.23%1.23% 0.62% 0.62%

Setor das empresas pesquisadas

Transporte OutrosAgronegócio Siderurgia e metalurgiaEnergia ServiçosTelecomunicações TêxteisAutoindústria Química e petroquímicaBens de consumo Indústria de construçãoVarejo Bens de capitalMineração Papel e CeluloseFinanceiro EletroeletrônicoFarmacêutico ComunicaçõesMetalurgia

• Pesquisa realizada com 167 empresas.

• A soma do faturamento dessas empresas

respondentes é de mais de 23% do PIB.

• A soma do número de funcionários das empresas pesquisadas é de mais de

um milhão em 2012.

• A atuação das empresas está distribuída por todo o Brasil e em vários outros

países.

Caracterização da amostra

Exte

...

Nor

te

Cen

Nor Su

l

Sud

0.00%

20.00%

40.00%

60.00%

80.00%

100.00%

27.54%

40.12% 43.71% 47.31%

58.68%

85.03%

Região de atuação das empresas

A maioria das empresas tem atuação no Sudeste. Além disso, mais de 25%

delas atuam também no exterior.

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Diferentes pontos de vista sobre a mesma situação!!!

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91% das empresas apresentam dificuldades para contratar profissionais.

91.02%

8.98%

SimNão

Nota-se que a oferta de mão de obra é considerada de média a baixa por mais de 80% das empresas.

6.59%

33.53%

48.50%

8.98%

2.40%

Opinião acerca da oferta de mão de obra qualificada

Muito baixa ofertaBaixa ofertaMédia ofertaAlta ofertaMuito alta oferta

Apresentam problemas com contratação?

Características gerais da carência de profissionais

Os profissionais com menor faixa etária são os mais contratados.56.29%

40.72%

2.99%

Faixa etária das contratações

18 a 29 anos30 a 39 anos40 a 49 anos

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Profissionais com mais dificuldades para contratação

CompradoresTécnicos

AdministradoresGerente de projeto

Trabalhador manualProfissionais de TI

Operadores de produçãoEngenheiro de produção

MotoristaProfissionais de recursos humanos

Engenheiro de segurança do trabalhoContadores

Engenheiro mecânicoSecretárias e assistentes

Engenheiro CivilProfissionais de finanças

Engenheiros de controle automaçãoEngenheiro elétrico

Engenheiro ambientalProfissionais de saúde

Profissionais de meio ambienteEngenheiro de Minas

Outros0.0% 10.0% 20.0% 30.0% 40.0% 50.0% 60.0% 70.0% 80.0%

72.2%66.0%

65.4%61.1%61.1%

59.9%57.4%

56.8%54.9%54.9%

53.7%53.1%

52.5%49.4%

48.1%48.1%

46.3%46.3%

43.8%43.2%

42.6%33.3%

26.5%

Compradores e técnicos foram citados por mais de 72% e 66% das empresas, respectivamente, como profissionais de difícil contratação.

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Administradores

Compradores

Contadores

Engenheiro Civil

Engenheiros de controle automação

Engenheiro mecânico

Engenheiro elétrico

Engenheiro de produção

Engenheiro ambiental

Engenheiro de Minas

Engenheiro de segurança do trabalho

Gerente de projeto

Motorista

Operadores de produção

Profissionais de finanças

Profissionais de meio ambiente

Profissionais de recursos humanos

Profissionais de saúde

Profissionais de TI

Secretárias e assistentes

Técnicos

Trabalhador manual

0.00% 10.00% 20.00% 30.00% 40.00% 50.00% 60.00% 70.00% 80.00% 90.00% 100.00%

Muitíssimo escassoMuito escassoEscassoAlguma dificuldadePouca dificuldade

Intensidade da escassez de profissionais nas empresas que têm dificuldades na contratação

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A capacitação é a maior causa de dificuldade de contratação, seguido de deficiência na formação básica e da experiência para ocupar o cargo.30%

18%21%

13%

8%

7%

2% Escassez de Profissionais Capacitados

Falta de experiência na função

Deficiência na formação básica

Atender a pretensão de remuneração dos candidatos

Aceitar trabalhar fora da área de atuação

Características pessoais incompatíveis com a empresa

Outros

Motivos da dificuldade de contratação

Total geral Universidades públicas Universidades privadas Outras IES públicas Outras IES privadas

Nível de desempenho do curso

ENADE 2005

ENADE 2008

ENADE 2012

ENADE 2005

ENADE 2008

ENADE 2012

ENADE 2005

ENADE 2008

ENADE 2012

ENADE 2005

ENADE 2008

ENADE 2012

ENADE 2005

ENADE 2008

ENADE 2012

Baixo desempenho¹ 41,00% 42,30% 29,92% 16,30% 20,90% 15,11% 59,10% 54,00% 24,53% 34,90% 41,00% 32,39% 62,60% 65,10% 34,32%

Desempenho mediano² 32,80% 29,60% 43,93% 30,60% 29,70% 32,97% 38,70% 35,50% 46,29% 15,30% 29,40% 37,32% 31,30% 22,80% 45,32%

Alto desempenho³ 26,10% 28,10% 24,39% 53,10% 49,40% 50,00% 2,20% 10,60% 27,66% 49,80% 29,60% 30,28% 6,10% 12,10% 18,49%

¹ Porcentagem de IES com nota 1 ou 2; ² Porcentagem das IES com nota 3; ³ Porcentagem das IES com nota 4 ou 5

Distribuição das IES de acordo com a nota do ENADE

Apenas as universidades públicas obtiveram,

majoritariamente, alto desempenho na avaliação de

seus cursos.

Fonte: INEP

Grandes desafios na formação da mão de obra especializada do País.

Page 20: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Os técnicos e profissionais de nível superior estão nos gargalos da mão de obra no Brasil.

Não temos d

ificuldade

Nível a

dministra

tivo

Nível s

uperior

Nível té

cnico

0.00%

10.00%

20.00%

30.00%

40.00%

50.00%

60.00%

70.00%

3.59%

20.96%

51.50%

65.27%

Dificuldade de contratação de profissionais - por nível

AnoMatrículas na Ed. Profissional

Total Federal Estadual Municipal Privada

2007 780.162 109.777 253.194 30.037 387.154

2008 927.978 124.718 318.404 36.092 448.764

2009 1.036.945 147.947 355.688 34.016 499.294

2010 1.140.388 165.355 398.238 32.225 544.570

2011 1.250.900 189.988 447.463 32.310 581.139

2012 1.362.200 210.785 488.543 30.442 632.450

∆% 07/12 74,6 92,0 93,0 1,3 63,4

% Total - 15,5% 35,9% 2,2% 46,4%

A partir da observação do aumento do número de matrículas, nota-se uma tendência generalizada ao aumento de matrículas no ensino profissional, com exceção da rede municipal. Entretanto, nota-se que, até 2008, a oferta supriu apenas 10,6% da demanda.

Page 21: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Com

unic

ação

Não

tem

os d

ifi...

Mar

ketin

g

RH

Adm

inist

rativ

a

Fina

ncei

ra

Com

erci

al

Plan

ejam

ento

Com

pras

Logí

stica

Prod

ução

/Chã

o...

0.00%5.00%

10.00%15.00%20.00%25.00%30.00%35.00%40.00%45.00%50.00%

2.40% 2.40% 4.79%

8.98% 12.57%16.77%

24.55%28.74% 28.74%

36.53%

47.31%

Dificuldade de contratação de profissionais - por área

Operacional e técnico são citados como as posições

de qualificação mais precárias por 45,06% e 50,62% das empresas,

respectivamente. Outros

EstagiárioDiretoria

Engeheiro Jr.Engenheiro Pleno

AssistenteGerência

Engenheiro SêniorAnalista

CoordenaçãoOperacional

Técnico

0.00% 10.00% 20.00% 30.00% 40.00% 50.00% 60.00%

3.09%3.70%

5.56%16.05%

20.99%20.99%

24.07%24.69%25.31%

42.59%45.06%

50.62%Precariedade na qualificação - Por posição

71.26%

28.14%21.56%

45.51%

6.59% Falta de formação especí-fica

Má distribuição regional da mão-de-obra

Falsa expectativa quanto ao salário

Falta de experiência

Outra

A falta de formação é também citada como principal fonte de vagas ociosas

nas empresas.

Produção/chão de fábrica se destaca como a área mais difícil de contratação

para 47,31%

Page 22: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Falta de capacitação é motivo forte de existência de vagas ociosas.

Oferta de vaga no local errado

Falta de capacitação

Expectativas de salários desalinhadas

Formação extracurricular

Outros

0.00% 20.00% 40.00% 60.00% 80.00% 100.00% 120.00%

7.28%

4.79%

21.17%

20.53%

1.89%

10.96%

20.44%

6.25%

27.81%

6.29%

21.23%

24.09%

12.50%

21.85%

35.22%

47.95%

21.90%

43.75%

22.52%

56.60%

15.07%

12.41%

37.50%

Motivo FracoMotivo Médio-fracoMotivo MédioMotivo médio-forteMotivo Forte

Intensidade dos motivos para vagas ociosas

Page 23: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

59,88% das empresas têm diminuído as exigências para contratação de técnicos.

59.88%

40.12%

A empresa tem diminuído as exigências para contratação no

nível técnico?

SimNão

A característica mais flexibilizada é a experiência dos técnicos.

Outros Características pessoais

Curso técnico Habildiade Experiência0.00%

10.00%

20.00%

30.00%

40.00%

50.00%

60.00%

1.20%

11.38% 12.57% 13.17%

50.90%

Exigência que foi flexibilizada

A Empresa tem Diminuído a Exigência na Contratação de Profissionais de Nível técnico?

Page 24: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Por sua vez, mais de 53% das empresas não flexibilizam as exigências para a contratação de

nível superior.

45.51%

53.89%

0.60%

SimNãoSem resposta

A Empresa tem Diminuído a Exigência na Contratação de Profissionais de Nível Superior?

0.00%

5.00%

10.00%

15.00%

20.00%

25.00%

30.00%

35.00%

5.99% 6.59%

13.77%

21.56%

32.34%

Exigência que foi flexibilizada

Mais uma vez, a experiência é a característica mais flexibilizada, seguida por fluência em idiomas e pós-graduação.

Page 25: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Grande maioria das empresas oferece algum benefício aos seus trabalhadores.

93.41%

5.39% 1.20%

A empresa tem benefícios para retenção de

profissionais?

SimNãoSem Resposta

Esco

la p

ara

os fi

lhos

Mor

adia

Out

ros

Com

pens

ação

sala

rial

Carr

o pa

ra o

trab

alho

Ajud

a de

com

bustí

vel

Celu

lar e

mpr

esar

ial p

ara

uso

pe...

Ajud

a de

cust

o pa

ra e

duca

ção

Salá

rio v

ariá

vel

Prev

idên

cia p

rivad

a

Assis

tênc

ia m

édica

e o

dont

ológ

ica

0.00%10.00%20.00%30.00%40.00%50.00%60.00%70.00%80.00%90.00%

100.00%

8.02%9.88% 13.58%

14.81% 25.93%30.86%35.19%

45.06%50.00%

61.11%

87.04%

Benefícios oferecidos

A maioria dos benefícios se referem à assistência com saúde e previdência privada.

Benefícios

Page 26: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Empatia

Adaptabiliade

Capacidade de trabalhar em equipe

Trabalhos sociais

Visão sistêmica

Liderança

Relacionamento interpessoal

Orientação para resultados

Capacidade de negociação

Proatividade

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

Muito pouco valorizadoPouco valorizadoValorizadoMuito valorizadoMuito bem valorizado

Características que as empresas valorizam no nível técnico

Page 27: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Empatia

Adaptabiliade

Capacidade de trabalhar em equipe

Trabalhos sociais

Visão sistêmica

Liderança

Gestão de conflitos

Relacionamento interpessoal

Orientação para resultados

Capacidade de negociação

Proatividade

0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100%

23.13%

9.32%

5.45%

29.56%

17.90%

23.78%

21.38%

7.88%

7.93%

26.09%

9.15%

51.25%

39.75%

27.88%

17.61%

46.30%

33.54%

41.51%

37.58%

22.56%

41.61%

31.10%

22.50%

49.69%

65.45%

3.77%

29.63%

40.24%

33.33%

53.33%

68.90%

29.19%

58.54%

22.01% 27.04%

Valorizado, porém não essencial

Valorizado

Bem valorizado

Muito bem valorizado

Muitíssimo valorizado

Características mais Valorizadas pelas Empresas – Nível Superior

Page 28: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

10.78%

23.35%

28.74%

20.36%

16.17%

0.60%

0 a 20%

21 a 40%

41 a 60%

61 a 80%

81 a 100%

Sem resposta

A faixa percentual de novatos que precisam de

treinamento é maior entre 21% a 80%.

Porcentagem de novatos que precisam de treinamento

Global Competitiveness Report 2013-2014Data: 25/11/2013

Brasil perde oito posições no ranking mundial de competividade, voltando ao 56º lugar -

mesma posição que ocupou em 2009.

Page 29: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

91.02%

7.78% 1.20%

Tem promovido a capacitação profissional?

Sim NãoSem resposta

Mais de 91% das empresas têm promovido a capacitação profissional.

A capacitação mais promovida é a de processos e técnico-operacional.

Outros

Financeiro

Gestão

Produção e operação

Liderança

Técnico-operacional

Processos

0.00% 10.00% 20.00% 30.00% 40.00% 50.00% 60.00% 70.00%

7.78%

13.17%

36.53%

49.70%

50.90%

61.68%

62.28%

Que tipo de capacitação tem promovido?

Capacitação profissional

Page 30: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Os problemas continuam a ser patentes na dificuldade de contratação.

92%

8%

Sim Não2010

91%

9%

Sim Não2013

Organizações que encontram problemas na contratação de profissionais

• As pesquisas de 2010 e 2013 são compráveis pelo foco dado às

grandes empresas de diferentes setores.

• A maioria das empresas pesquisadas em 2010

responderam o questionário de 2013.

• Em 2010 conseguiu-se 22% do PIB (130 empresas), enquanto em 2013 foram entrevistadas

162 empresas, que representam mais de 23% do PIB.

Comparação com a pesquisa 2010

Page 31: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Técnicos (produção, operações, manutenção)Engenheiros Mecânico (Mecatrônica)

Gerentes de ProjetosAdministrativos

Operadores de ProduçãoEngenheiros Elétrico (Eletrônico)

Profissionais de Recursos HumanosEngenheiros de Produção

Engenheiros de Segurança do TrabalhoProfissionais de Tecnologia da Informação

Profissionais de FinançasEngenheiros Civil

Engenheiros de Controle e AutomaçãoTrab ofício manual (eletricistas, carpinteiros etc.)

CompradoresProfissionais do Meio Ambiente

MotoristasSecretárias e Assistentes

Engenheiros AmbientalEngenheiros de Minas

Contadores0.00% 5.00% 10.00% 15.00% 20.00% 25.00% 30.00% 35.00% 40.00% 45.00% 50.00%

45.38%33.85%

29.23%22.31%

23.85%23.08%

21.54%20.77%

17.69%20.00%

16.92%14.62%

13.85%13.08%

12.31%7.69%

6.92%7.69%

6.15%5.38%

3.85%

CompradoresTécnicos

AdministradoresGerente de projeto

Trabalhador manualProfissionais de TI

Operadores de produçãoEngenheiro de produção

MotoristaProfissionais de recursos humanos

Engenheiro de segurança do trabalhoContadores

Engenheiro mecânicoSecretárias e assistentes

Engenheiro CivilProfissionais de finanças

Engenheiros de controle automaçãoEngenheiro elétrico

Engenheiro ambientalProfissionais de saúde

Profissionais de meio ambienteEngenheiro de Minas

Outros0.0% 10.0% 20.0% 30.0% 40.0% 50.0% 60.0% 70.0% 80.0%

72.2%66.0%

65.4%61.1%61.1%

59.9%57.4%

56.8%54.9%54.9%

53.7%53.1%

52.5%49.4%

48.1%48.1%

46.3%46.3%

43.8%43.2%

42.6%33.3%

26.5%

2010

2013

Técnicos, engenheiros mecânicos e gerentes de projetos eram os mais difíceis

de se contratar em 2010. Em 2013, compradores, técnicos e administradores

são os mais difíceis.

Profissões que as empresas encontram dificuldades na contratação

Nota-se maior insatisfação com a oferta de mão de obra de

diferentes profissões em ambos os anos.

Crescente percepção de falta de mão de obra – as empresas

passaram a citar mais profissionais e mais vezes.

Page 32: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Técnico foi a função que apresentou mais crescimento em termos de precariedade de qualificação.

TécnicoCoordenação/Supervisão

Engenheiro SêniorAnalista

Engenheiro PlenoGerência

OperadorEngenheiro Júnior Trainee

Assistente/AuxiliarEstagiárioDiretoria

Outros0% 5% 10% 15% 20% 25% 30% 35% 40% 45%

40%36%

27%28%

26%22%

23%20%

14%7%

5%4%

OutrosEstagiárioDiretoria

Engeheiro Jr.Engenheiro Pleno

AssistenteGerência

Engenheiro SêniorAnalista

CoordenaçãoOperacional

Técnico

0.00% 10.00% 20.00% 30.00% 40.00% 50.00% 60.00%

3.09%3.70%

5.56%16.05%

20.99%20.99%

24.07%24.69%

25.31%42.59%

45.06%50.62%

Funções que apresentam qualificação profissional mais precária

2010

2013

Page 33: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

Muito obrigado!Paulo Renato

[email protected](31) 3589-7546

Page 34: Carência de Profissionais no Brasil Prof. Paulo Renato 2014.

• MENEZES-FILHO; SCORZAFAVE. Previsão da oferta e demanda por trabalho no Brasil – 2006-2015. Cepal, 2013.

• Juventude e política sociais no Brasil – IPEA.

• As desigualdades de escolarização no Brasil – Observatório da Equidade / CDES.

• Índice Global de Competitividade 2013 / 2014.

• Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira. Brasília-DF: 2011. Disponível em: www.inep.gov.br.

• Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Disponível em: www.ipea.gov.br

• http://www.portaldaindustria.com.br/cni/imprensa/2013/06/1,17034/salarios-dos-trabalhadores-industriais-subiram-169-desde-2001.html

Referências