Carga-horária e Avaliação -...

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Caro (a) cursista, Neste módulo básico, estudaremos juntos sobre a televisão e o vídeo, tendo como objetivos discutir sobre o contexto sócio-educativo da televisão e do vídeo; abordar os conceitos básicos sobre a linguagem utilizada na televisão e apresentar as noções básicas sobre os aspectos tecnológicos da produção de um vídeo. Para alcançar estes objetivos, dividimos o curso em duas partes: na primeira abordaremos a presença da televisão no contexto sócio-educativo e a linguagem televisiva, e na segunda parte apresentaremos noções básicas de seus aspectos tecnológicos. De um modo geral, temos tanta familiarização com este meio de comunicação que nem refletimos o bastante sobre suas potencialidades. Aqui, estudaremos alguns pontos: Quais as características da televisão? Será possível utilizarmos a televisão e o vídeo a favor do processo educativo? De que formas? Este é um estudo muito interessante que requer sua atenção. Mãos à Obra! O módulo está dividido em tópicos, podendo ter cada um destes um conjunto de seções. Clique aqui para ver os tópicos. 1. Palavras Iniciais 2. A Televisão 3. Televisão e Escola 4. A Televisão e o Vídeo na Sala de Aula 5. Linguagem Televisiva 6. Aspectos Tecnológicos da TV 6.1 Primeira Fase: Pré-produção 6.2 Segunda Fase: Produção 6.3 Terceira Fase: Pós-produção 7. A TV Digital 8. Considerações Finais 9. Referências Clique aqui para ver as seções. Além do texto-base, o material aqui disponível contempla as seções: PARE E PENSE – onde você é estimulado(a) a refletir sobre questões discutidas no módulo. PARA FAZER – atividades propostas aos participantes. PARADA OBRIGATÓRIA – observações importantes para aprofundamento do assunto abordado. PARA SABER MAIS - seção que procura orientar os interagentes no aprofundamento dos temas apresentados e discutidos. Possui referências de textos e web sites interessantes para pesquisa sobre os assuntos abordados.

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Caro (a) cursista, Neste módulo básico, estudaremos juntos sobre a televisão e o vídeo, tendo como objetivos discutir sobre o contexto sócio-educativo da televisão e do vídeo; abordar os conceitos básicos sobre a linguagem utilizada na televisão e apresentar as noções básicas sobre os aspectos tecnológicos da produção de um vídeo. Para alcançar estes objetivos, dividimos o curso em duas partes: na primeira abordaremos a presença da televisão no contexto sócio-educativo e a linguagem televisiva, e na segunda parte apresentaremos noções básicas de seus aspectos tecnológicos. De um modo geral, temos tanta familiarização com este meio de comunicação que nem refletimos o bastante sobre suas potencialidades. Aqui, estudaremos alguns pontos: Quais as características da televisão? Será possível utilizarmos a televisão e o vídeo a favor do processo educativo? De que formas? Este é um estudo muito interessante que requer sua atenção. Mãos à Obra!

O módulo está dividido em tópicos, podendo ter cada um destes um conjunto de seções.

Clique aqui para ver os tópicos.

1. Palavras Iniciais 2. A Televisão 3. Televisão e Escola 4. A Televisão e o Vídeo na Sala de Aula 5. Linguagem Televisiva 6. Aspectos Tecnológicos da TV

6.1 Primeira Fase: Pré-produção 6.2 Segunda Fase: Produção 6.3 Terceira Fase: Pós-produção

7. A TV Digital 8. Considerações Finais 9. Referências

Clique aqui para ver as seções.

Além do texto-base, o material aqui disponível contempla as seções:

• PARE E PENSE – onde você é estimulado(a) a refletir sobre questões discutidas no módulo.

• PARA FAZER – atividades propostas aos participantes. • PARADA OBRIGATÓRIA – observações importantes para

aprofundamento do assunto abordado. • PARA SABER MAIS - seção que procura orientar os

interagentes no aprofundamento dos temas apresentados e discutidos. Possui referências de textos e web sites interessantes para pesquisa sobre os assuntos abordados.

Carga-horária e Avaliação

Nosso curso possui 15 horas de duração e prevê, aproximadamente, 5 horas de estudo por semana. A avaliação dos cursistas será feita a partir das interações realizadas nos fóruns e das atividades propostas nas seções “Para Fazer”, presentes nos textos das aulas. Serão avaliados nos fóruns não só as respostas dadas, mas também os comentários e discussões feitas com os demais colegas a respeito dos temas propostos. Os cursistas que possuírem participação satisfatória nos fóruns e uma boa qualidade nos textos produzidos nas atividades deverão receber a certificação do curso. As atividades deverão ser comentadas pelos tutores em tempo hábil e discutidas com os participantes.

Parada Obrigatória

Nosso curso utiliza dois tipos de objetos para navegação

botões de navegação, clique uma segunda vez. IMPORTANTE: A exibição de algumas imagens, vídeos e animações que estão ilustrando nosso material utilizam a tecnologia Macromedia Flash. Para visualizar estes recursos é necessário que seu navegador de Internet possua o plug-in Macromedia Flash Player. Caso seu navegador não possua esta tecnologia, você poderá baixá-la através do endereço http://www.adobe.com/go/getflashplayer. Caso não tenha experiência em fazer este tipo de instalação, peça ajuda a um amigo ou colega de trabalho que já tenha feito este processo.

Sobre Impressão

Para imprimir as páginas deste módulo foram feitos arquivos no formato PDF que poderão ser acessados através do botão IMPRIMIR, no canto superior direito da tela. Para visualizar estes arquivos é necessário um programa de leitura para arquivos PDF, como o Adobe Acrobat Reader.

Para Fazer

• Vá ao fórum Palavras Iniciais e apresente-se

aos seus colegas, fale sobre suas experiências com televisão na Educação e suas expectativas para este módulo.

PROCEDIMENTOS (Clique aqui para abrir)

Ir para o Topo da página

A televisão é hoje o meio de comunicação de massa (MCM) de maior inserção social. Assistí-la é quase de graça. O televisor, em termos de bem de consumo, é um dos aparelhos eletrônicos a que se tem mais fácil acesso, graças ao barateamento dos custos ocasionado pela produção industrial em larga escala. Muito já se comentou sobre as casas nas favelas e em outros lugares de baixa renda onde há carência de tudo – até da comida – mas onde se encontra sempre um aparelho de TV - e em cores.

Tão comum no nosso cotidiano é o ato de assistir à televisão que resulta praticamente inimaginável viver sem ela. O acúmulo de horas passadas em frente à tela é grande para todos os segmentos da população.

Para a maioria dos brasileiros, sobretudo para os mais economicamente desfavorecidos, a televisão se constitui na única fonte de informação. Some-se a isto o fato de ser ela também o meio de preencher as horas de lazer, de forma barata e prática.

A Televisão Como Vitrine

A televisão já nasceu comercial. Inicialmente, as primeiras transmissões tratavam de vender aparelhos de TV. Depois, a publicidade de toda sorte de produtos tomou conta da programação que servia como pretexto para os próprios comerciais. Sempre foi a publicidade o sustentáculo da televisão comercial. Muito orientado ao consumo, o conteúdo da programação televisiva trata geralmente de veicular visões estereotipadas da realidade, numa linguagem acessível. Geralmente pouco se pondera sobre os efeitos psicológicos da publicidade ostensiva presente na programação da televisão e também sobre as implicações cognitivas e afetivas da superestimulação sensorial provocada pelas imagens. Assiste-se a ela indiscriminadamente, mais acreditando-se nas mensagens veiculadas do que duvidando delas.

Quem assiste à televisão, dada a rapidez da troca das imagens, pouco percebe o trabalho de edição que há por trás da produção das mensagens veiculadas. Há, aqui, o processo de re-criação da realidade, segundo a lógica das respectivas interpretações. Entretanto, as imagens passam por fatos objetivos, aos quais não caberia contestar. A simulação, portanto, toma ares de verdade absoluta.

A TV é comumente identificada como reforçadora do status quo, que, por sua vez, veicula a ideologia da classe dominante. O receptor é considerado passivo, impotente diante da força desta imposição ideológica. A TV, vista como o próprio espaço da cultura de massa, obedece à racionalidade técnica. E essa cultura de massa não se liga a um único estrato da estrutura social. Ela é fruto da sociedade industrial. Impregnado-a como um todo.

Há necessidade portanto, de promover debates e reflexões sobre a importância dos meios de comunicação na vida do cidadão. Isto porque a televisão deve ser considerada como espaço democrático, a serviço de uma pauta cidadã.

Para Fazer

Agora, prestemos atenção ao vídeo a seguir, parte

integrante do Curso de Extensão “TV na Escola e Os Desafios de Hoje”, da UniRede e Seed/MEC. Reflita sobre as três opiniões presentes neste vídeo e responda a seguinte pergunta: Que postura você adota frente aos conteúdos veiculados pela televisão? Poste sua resposta no fórum TV na Escola e os Desafios de Hoje e discuta com os seus colegas.

Sinopse

A professora Letícia Teles fala sobre a necessidade de se avaliar todos os pontos de vista de um vídeo.

O jornalista Marcelo Tas fala sobre o stress das crianças provocado pela carga de informação que recai sobre elas.

O jornalista Gabriel Priolli fala que a melhoria da TV passa pela discussão dos programas de auditório, dos excessos nas novelas, dos telejornais sensacionalistas e da formação cultural do povo brasileiro.

PROCEDIMENTOS

• Acesse a ferramenta Fórum, na barra de menu superior. Essa ferramenta encontra-se na opção Interação.

• Localize o Fórum TV Escola e os Desafios de Hoje.

• Escreva uma nova mensagem. No título coloque o seu nome.

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É preciso estar criticamente atento a todo e qualquer conteúdo veiculado pelos meios de comunicação de massa (MCM). Consideramos que aqui está um papel fundamental da escola em relação a esses meios de comunicação: a de formar cidadãos críticos, capazes de reelaborar o mundo de informações advindas dos MCM, aqui figurando principalmente a televisão. Televisão e escola têm aproximações, embora seus papéis na sociedade sejam distintos. A televisão detém um grande potencial de comunicação, razão pela qual se torna um lugar do saber. A escola não centraliza mais a transmissão do saber e da cultura como fazia no passado, mas, por outro lado, cabe a ela a formação integral do aluno, na infância e na adolescência.

A experiência televisiva faz parte do cotidiano de professores e alunos. A escola, como lugar onde não só se deve reproduzir conhecimentos, mas também desenvolver a competência para produzi-los, tem, com base nesta premissa, motivos mais que suficientes para tratar essa experiência criticamente, enriquecendo seu próprio fazer pedagógico.

A civilização atual vive mergulhada no ritmo alucinante do mundo das imagens. O homem moderno, em constante contato com os meios de comunicação de massa, percebe que ele não está sozinho, onde quer que ele se encontre, aonde quer que ele vá, pois se envolve comumente em algum processo mediatizado de comunicação.

A Televisão e a Sociedade Pós-moderna

Os jovens de hoje estabelecem íntimo e envolvente contato com a televisão e com o vídeo, fruto de sua vivência doméstica. Há um lugar, entretanto, em que tal contato deveria se estabelecer de maneira objetiva e inteligente, mediante o devido preparo para isso: a escola. Há carência da integração do uso desses meios em projetos pedagógicos consistentes, em integração com o currículo escolar. Curiosamente, muitas vezes não se tem tal preocupação, pois se confia no modo corrente de utilização desses meios, tal como se dá fora da escola. Eis aqui um grande equívoco, com os riscos de desvirtuar a natureza dos próprios meios e também prejudicar o trabalho pedagógico em prejuízo do aluno.

A nova escola deve, portanto, ultrapassar o costume de utilizar a televisão como mera instrumentalidade, o que reduz as possibilidades de sua utilização como verdadeiro recurso didático-pedagógico. Para tanto, é preciso conhecer a televisão em seus próprios fundamentos.

Alunos e Professores Como Autores.

Comumente, o que se vê é a utilização da televisão e do vídeo sem muita propriedade, em ilustrações de aulas tradicionais, ou como modismo, fazendo parte de práticas pedagógicas arcaicas, assim revestidas de pseudo-atualidade.

E qual o papel do professor no desenvolvimento de uma nova prática de construção do saber? Uma vez que o professor queira uma escola comprometida com o seu tempo, deve o professor deixar de trabalhar para o fomento de práticas escolares baseadas na memorização, sobretudo. Deve ser ele o mediador de um processo que leve o aluno ao uso pleno de sua capacidade criativa. Assim, então, deixará o professor de ser mero repassador de informações.

Veja agora um pequeno audiovisual onde são mencionadas diversas necessidades que devem ser atendidas para a elaboração de um vídeo educacional.

Tal mudança de paradigma, que deve transformar profundamente o sistema escolar e também a formação dos professores, precisa acompanhar-se da erradicação de um tipo particular de analfabetismo: o analfabetismo das imagens, que mantém o homem incapaz de ler, de interpretar e de pensar criticamente as imagens veiculadas nos meios de comunicação de massa. Também poderá garantir ao aluno o papel de sujeito do processo de ensino e aprendizagem, em cooperação com os demais, na construção do conhecimento.

O uso didático da televisão e do vídeo teve a sua raiz no cinema. Pouco tempo após a sua invenção, filmes cinematográficos educativos começaram a ser usados nas salas de aula. Antes disso, porém, o que havia à disposição de professores e alunos eram imagens fixas projetadas por meio de aparelhos como as então denominadas “lanternas mágicas”.

No início, o cinema era geralmente de caráter documental e esse tipo de cinema se confundia com o cinema educativo, fora do Brasil, segundo Pfromm Netto. No Brasil, estados como Rio de Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Paraná realizam as primeiras filmagens nessa modalidade. Os filmes realizados então eram de curtíssima duração e exibidos em lugares improvisados. Data de 1910 o primeiro filme de caráter expressamente educativo e já em 1929 foi instituído o uso do cinema educativo em todas as escolas primárias do Rio de Janeiro, quando o acervo nacional já contava com vários títulos produzidos dentro e fora do País.

Link: Projeto DVD Escola do MEC

O uso do cinema educativo para o ensino médico logo provou ter grande importância. Franceses e Alemães foram os pioneiros do cinema científico. A microcinematografia e a condensação artificial do tempo permitiram que muitos fenômenos biológicos e o comportamento de microorganismos pudessem ser cuidadosamente observados. Filmagens no interior do corpo humano foram possíveis graças ao desenvolvimento da endocinematografia e logo várias especialidades médicas se beneficiaram da nova possibilidade.

A separação de duas irmãs xipófagas, em 1907, foi registrada no primeiro filme médico brasileiro. Desde então, várias instituições como o Instituto Biológico e o Instituto Nacional de Cinema Educativo, fundado em 1936 por Roquette Pinto, ofereceram notáveis contribuições para o cinema médico brasileiro.

Nasceram no País várias filmotecas e o cinema educativo proliferou no Brasil até os anos 70, quando a televisão começou a se expandir pelo território nacional. A partir de então, abriu-se um novo canal para divulgação de materiais educativos audiovisuais, e o cinema educativo foi pouco a pouco perecendo, junto com as principais instituições que lhe deram apoio, como o Instituto Nacional de Cinema Educativo, por exemplo.

Vídeo e televisão estão estreitamente vinculados, seja por razões econômicas e mercadológicas, como ressalta Pretto, seja pela própria natureza desses meios de comunicação. O vídeo tem alta penetração social, uma vez que seu custo tem se reduzido ao longo dos anos e conta com um mercado em expansão, a despeito do surgimento de novas e mais sofisticadas tecnologias do som e da imagem. E a televisão é ainda considerada o mais popular meio de comunicação social. Vídeo e televisão contam com diferentes possibilidades de uso.

O Potencial de Uso do Vídeo e da TV

Há décadas, a televisão tem sido utilizada com finalidades educacionais, suplantando o rádio. Vários autores confirmam as suas potencialidades para tornar o ensino mais eficaz (Moore & Kearsley; Valmont; Netto; Wetzel). O

desenvolvimento rápido das tecnologias da comunicação e da informação tem colocado à disposição da televisão novas possibilidades, oferecendo-lhe mais oportunidades do que propriamente ameaças. É o caso das redes de satélites, por exemplo, e da tecnologia digital. Como conseqüência, a televisão tem se tornado um meio bastante popular e de alcance ampliado através dos anos, pela sua característica de se conjugar a novas tecnologias.

Neste conjunto de depoimentos, constantes também no Curso de Extensão “TV na Escola e Os Desafios de Hoje”, você poderá ter idéia de como utilizar a televisão na sala de aula. Reflita sobre esses argumentos para aprofundar as discussões propostas nas atividades posteriores.

Sinopse

A professora Maria Helena Antunes, da USP, fala que a linguagem audiovisual do vídeo educativo tem que estar ligada a uma discussão sobre a temática que o professor está trabalhando na sala de aula.

A professora Lucília Helena Garcez, da UnB, fala que o conhecimento advém da interação triangular entre o professor como mediador, o vídeo educativo como objeto de estudo e os alunos.

O jornalista Marcelo Tas comenta o fato de se poder dar noções de Física através de vídeos lúdicos, como por exemplo: o Super-homem.

Quando se fala em linguagem audiovisual, apresenta-se uma primeira dificuldade: há diferentes tipos de concepções e usos do termo linguagem. Ele tem sido utilizado com várias significações.

Ao se tentar identificar as características da linguagem audiovisual, percebe-se que há várias considerações a esse respeito. Tentaremos esclarecer alguns pontos que a distinguem de outros tipos de linguagem, conscientes de que não há opiniões conclusivas sobre o tema.

Muitos autores identificam a linguagem audiovisual com a verbo-icônica, preferindo até utilizar este termo ao invés daquele. A linguagem verbo-icônica é aquela que se utiliza de palavras e de imagens e se refere aos meios audiovisuais na medida em que estes transmitem sua mensagem através de sons e de imagens. Aqui, as mensagens verbais podem ser sonoras e visuais, assim como as mensagens não-verbais podem ser, igualmente, sonoras e visuais. Estes dois elementos, som e imagem, completam-se. E tal interação constitui a própria mensagem.

Mas há os que recorrem a uma diferente definição de linguagem audiovisual, identificando-a com a gramática do sistema de codificação dos audiovisuais. Tratam-se, aqui, dos planos, seqüências e movimentos de câmera. Assim, o fundamento da linguagem audiovisual seria a combinação de planos e seqüências que formam os programas, os tipos de plano (ex.: geral, primeiro, médio), os movimentos de câmera (ex.: panorâmica, close-up) etc. Embora seja importante também ter conhecimento de tais elementos, deve-se ter em mente que a linguagem audiovisual vai mais além da sua gramática, mesmo porque esta é mutável no tempo, novas técnicas surgem de tempos em tempos.

Outro fator importante ao entendimento da linguagem da televisão é a construção da capacidade de analisá-la, sobretudo porque, como educadores, estaremos apreciando criticamente as mensagens televisivas com nossos alunos. Esta é a construção do “olhar crítico”. Especialmente no mundo em que vivemos, onde as mensagens são veiculadas com grande rapidez, é preciso saber ter o grau de atenção suficiente para criticá-las.

Parada Obrigatória

Resumimos, a seguir, as considerações mais comuns a

respeito da linguagem audiovisual: É uma linguagem própria dos meios audiovisuais (cinema, televisão, vídeo etc);

• Não copia a realidade, mas a re-cria; • Tal re-criação se dá de forma fragmentada, em

partes que não seguem necessariamente uma seqüência linear na apresentação, mas conformam um todo ao final;

• Hiperestimula os sentidos, modificando as experiências perceptivas;

• Pode modificar processos mentais, principalmente os relacionados à capacidade de associação;

• É manifestação da cultura mosaico (desordenada, em oposição à organização da cultura tradicional);

• Imediatismo.

Para Fazer

• Reflita sobre o que você observa na programação

televisiva, sobretudo dos canais abertos, e responda as seguintes perguntas: Qual a natureza da maioria dos programas veiculados? Qual o tom desses programas? Que tipo de participação o telespectador tem nessa programação? O que mais lhe chama a atenção? Poste seus comentários a respeito das perguntas acima, no fórum Linguagem Televisiva.

PROCEDIMENTOS (Clique aqui para abrir):

Curso de Tecnologias de Televisão file://///Panda/projeto_midias_digitais/M%F3dulo%20B%E1sico%20...

1 de 1 11/10/2006 19:35

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Primeira Fase: Pré-produção����������������� ��� ���������

Segunda Fase: Produção ���������������� ��� ���������

Terceira Fase: Pós-produção����������������� ��� ���������

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Pré-produção

A pré-produção compreende a elaboração do roteiro (Escaleta, Argumento, Roteiro Literário e Roteiro Técnico) , a análise técnica e a elaboração do cronograma.

O Roteiro:

Como o próprio nome já diz, é um guia, uma rota a ser seguida. É um mapa que deve estar sempre a mão de quem está fazendo o vídeo durante todo o processo. Esta fase é muito importante pois é a partir dela que se desenrolam todas as outras. Mas lembre-se, este mapa é uma trilha, não um trilho. Durante o caminho podem ocorrer situações que farão você mudar de rumo, tenha apenas cuidado para não perder o seu objetivo. Não vamos entrar a fundo no mérito criativo do roteiro pois foge do escopo do presente trabalho, vamos apenas trabalhar uma iniciação ao tema. Quem tiver interesse no assunto pode consultar os livros da bibliografia: O poder do mito de Bill Moyers e Joseph Campbell; A jornada do escritor de Christopher Vogler; Da criação ao roteiro de Doc Comparato. Por ora vamos seguir o processo passo a passo:

Escaleta:

Qualquer que seja o vídeo a fazer, ele começa da idéia de alguém. Anote as idéias que tiver numa folha de papel da forma que vierem, não tente filtrar nada. Simplesmente anote. Isto se chama brainstorm. Depois de terminar de gerar estas idéias é que você começa a organizar de maneira lógica o que você anotou e aí sim filtre o que for desnecessário. Arrume estas idéias com poucas palavras, apenas o suficiente para que você se lembre do que você quer escrever. Estes tópicos ordenados recebem o nome de escaleta e serão preenchidos mais adiante.

Argumento:

Com a escaleta montada, é hora de começar a preencher os espaços da mesma. Neste momento, você escreve o texto como se fosse uma redação do ensino médio. Coloque nela tudo o que você imaginou, fazendo com que um tópico chegue ao outro. Não se preocupe com outras coisas, simplesmente se concentre na descrição da cena que você está imaginando, com tudo dela, cenários, diálogos, ações, etc. e esqueça todo o resto. Este não é o momento de se preocupar com enquadramento de câmeras ou seus movimentos. Esta etapa é mais à frente no roteiro técnico. Quando terminar o argumento, você já terá um bela noção de como ficará o seu video.

Roteiro Literário:

É o roteiro propriamente dito. Agora que já temos o argumento pronto, o que faremos é formatar o texto de forma que se tenha uma idéia geral de quanto tempo o video final terá. Um dos métodos mais usados é a formatação no padrão master scenes. Basicamente, ele divide o texto do argumento em cenas. O título de cada cena é dado

por sua numeração, o nome do local onde ela acontece, se ela acontece dentro de um ambiente fechado (INT) ou fora deste ambiente(EXT), e o horário em que ela acontece (DIA, NOITE, AMANHECER, ETC...). Note que estas definições não fazem parte do argumento. Veja o exemplo:

1. PRAÇA DA ALIMENTAÇÃO DO SHOPPING / INT / DIA

Abaixo do título da cena, vem a descrição do que acontece na cena. É praticamente idêntico ao texto do argumento. Quando houver diálogos eles devem ser formatados para que a margem esquerda da folha fique sempre, no mínimo, na metade da folha. Isso serve para se ter uma noção de tempo. Desta maneira o seu texto dirá que uma folha terá aproximadamente de um a um minuto e meio de projeção.

Na página do Cinema Net, há um pequeno texto que revela todos os detalhes da formatação de um roteiro para video e cinema. Neste site também há mais material sobre a construção de um roteiro cinematográfico para quem tiver mais interesse.

Acesse o link do Geração Saúde, no site do TV Escola, e clique no botão azul em cima e a esquerda " Episódios", e em seguida no botão azul embaixo e a direita “roteiros ilustrados” e leia os roteiros dos programas produzidos.

O Roteiro Técnico

Após o roteiro literário pronto, é feito um outro documento que auxiliará na hora da gravação: o roteiro técnico. Nesta fase, é feita a decupagem, ou seja, uma divisão das cenas do roteiro em diversos planos de filmagem. Plano de filmagem nada mais é do que uma proporção do que a câmera vai colocar na tela, tendo como referencia a figura humana. Cada plano tem um nome que varia, um pouco, de autor para autor. Na tabela a seguir é fornecida uma relação dos enquadramentos de câmera e uma pequena descrição de cada um deles.

Para Fazer

• Releia os dois textos sobre roteiros (indicados na

aba: Roteiro Literário), utilizando-os como referência. Em seguida, elabore um pequeno roteiro para uma seqüência lúdica sobre um assunto que você poderia trabalhar em sua escola. Eis alguns exemplos de temas: - explique a tabela periódica dos elementos; - as regras de colocação pronominal / classes de palavras ; - a formula da lei da gravidade / definição de freqüência, período,etc; - as leis senos e cossenos / definição de logaritmo; - a distribuição da vegetação brasileira.

• Em seu roteiro procure escrever os planos utilizados para suas cenas a fim de que possa ser filmado de forma mais eficiente.

• Depois de escrito o roteiro, siga os passos contidos na seção PROCEDIMENTOS, vista abaixo, para publicá-la no ambiente E-Proinfo.

PROCEDIMENTOS (Clique aqui para abrir)

• O arquivo gerado nesta atividade deve estar no formato brOffice.Writer ou Microsoft Word ou Rich Text File (RTF);

• Não coloque espaços nem acentuação no nome de seu arquivo para não haver problemas na postagem;

• Para postar o arquivo desta atividade você deverá acessar a opção Biblioteca do E-Proinfo (menu amarelo);

• No menu Biblioteca, acesse a opção Material do Aluno;

• Em seguida, clique no botão Enviar Arquivo; • Coloque um título para seu trabalho; • Depois selecione “Texto” na opção Tipo de

Documento; • Em seguida selecione “TV e Vídeo” na opção

Tema e “Roteiro” em Sub-tema; • Clique no botão Procurar para selecionar o

arquivo de seu trabalho; • Por último, clique no botão Enviar Arquivo.

A Filmagem

O roteiro foi preparado, a câmera está pronta e então chegou o grande dia de se começar a

filmar. Ótimo, mas antes de ligar a câmera, temos que atentar para alguns detalhes básicos.

Mas espere um pouco, o que é uma câmera?

A câmera é um aparelho que serve para captar as imagens que serão usadas para fazer o vídeo pretendido. Ele se constitui basicamente de três partes: a lente, que é por onde a luz que forma a imagem entra na câmera; o corpo da câmera que é onde se encontra um dispositivo chamado CCD que é responsável por transformar a luz em sinais elétricos para serem armazenados pela terceira parte, o dispositivo de gravação e reprodução, que é onde se coloca as fitas para se gravar as imagens.

Neste modulo não entraremos em detalhes sobre operação de câmera, pois variam de câmera para câmera, e cada câmera vem com seu manual que explica isso. Nos módulos futuros deste curso, você terá uma melhor noção sobre o assunto. Por enquanto é mais do que suficiente você saber que as câmeras que temos hoje no mercado para filmagem caseira ou amadora são bem interessantes e nos possibilitam criar alguns filmes que poderiam ser utilizados em nossas escolas. Este processo deve envolver professores e alunos em uma atividade colaborativa e criativa. Para você conhecer um pouco mais sobre o universo das câmeras de vídeo, em particular as digitais, leia as páginas 01 a 04 do artigo GUIA BÁSICO PARA PRODUÇÃO DE UM FILME DIGITAL de Peter Broderick, Mark Stolaroff e Tara Veneruso, publicado na revista FilmMaker. Este artigo é bem interessante e lhe dará alguns dados sobre câmeras digitais.

Além da câmera, um outro cuidado que se deve ter é com a Iluminação e o Som. A imagem é tudo, mas é preciso que seja de qualidade para ter possa ter significado para o público. Para garantir esta qualidade é muito importante o uso de uma boa iluminação. Outro item importante em um vídeo é o som. Temos que ter muito cuidado com o tipo de microfone que usaremos para trabalhar nosso vídeo. A seção a seguir e a presente na próxima página irão abordar estes dois tópicos.

A Iluminação

Existem, basicamente, três fontes de luz fundamentais: a luz principal, a luz secundária ou de enchimento e a Backlight. Muitos trabalhos podem ser feitos apenas com a luz principal sem qualquer problema. Outros, mais sofisticados, precisam de mais fontes. Cada fonte de luz tem uma função específica, dependendo do que se queira fazer. Confira a tabela a seguir:

Perceba que todas as fontes luminosas possuem, direta ou indiretamente uma relação de posição com a câmera. Isso é muito importante para se chegar na imagem desejada. Lembre-se que as luzes estão ali para refletir no objeto e sensibilizar a câmera, marcando a imagem.

Veja nas figuras abaixo uma pequena demonstração da importância da iluminação em uma cena.

Para Saber Mais

• Vá no link abaixo e veja o quão importante se torna

a iluminação durante a produção de um filme. Este vídeo demonstra como foi feita a iluminação do personagem super-homem em uma das cenas do filme Superman Returns.

http://www.youtube.com/watch?v=ItI9qxocbwY&NR

A Captação do Som

Um outro fator importante quando estiver gravando um vídeo é o som. A grande maioria das câmeras para amadores possui um microfone embutido. Evite ao máximo usar este microfone. Por ser construído para uso em situações muito genéricas, ele capta todo tipo de som, até os indesejáveis.

Na gravação de um diálogo feita com este tipo de microfone é até possível ouvir e entender o que as pessoas estão falando, porém o ruído de toda a sala também é captado, atrapalhando, e muito, a audição. O ventilador ligado, o ar condicionado, alguém andando, são exemplos de sons que não percebemos no nosso dia pois o cérebro consegue inibir este tipo de informação, filtrando o som que chega até ele. Mas os equipamentos não possuem esse “filtro”, então todo o som é captado prejudicando até o entendimento.

Para evitar esses defeitos, pode-se usar microfones externos que se conectam à câmera. Cada um deles tem um tipo de direcionalidade que é a capacidade de registrar o áudio oriundo de diversas direções. A direcionalidade pode ser de dois tipos: omnidirecional (a sensibilidade da captação do som é a mesma em todas as direções) e o unidirecional ou cardióide (a sensibilidade da captação do som é maior quando o som vem da frente do microfone, e é menor quando o som vem de trás e dos lados). Veja a tabela com os tipos de microfone, sua direcionalidade, e seu uso:

A Marcação dos Takes

Durante uma gravação, é preciso ter um controle do que foi gravado, do que será gravado, etc. O roteiro, feito na primeira etapa, já vem com as marcações das cenas que devem ser filmadas. Por exemplo, no dia 1 será gravada a cena 20, a cena 23 e a cena 30, pois se passam dentro do mesmo cenário. Para se gravar a cena 20, o diretor decide que irá usar 5 planos diferentes (decididos no roteiro técnico). A gravação de cada plano pode e deve ser feita várias vezes para

que se possa depois saber qual foi a que ficou melhor. Cada plano repetido recebe o nome de Take ou tomada.

A Edição

Bem, todo o processo de pós-produção envolve basicamente a etapa de edição e suas sub-etapas de construção do material para juntar tudo em um vídeo só. O que acontece nesta etapa é unir o som com a imagem de maneira síncrona. A primeira coisa que se faz é a captura dos takes gravados.

A Captura dos Takes

O continuísta entrega para o editor as fitas gravadas e uma lista dos takes que o diretor achou que ficaram bons. O editor, de posse destas fitas e deste documento, começa a capturar os diversos takes. Isso significa pegar a tomada que está numa fita e digitalizá-la, colocando o arquivo dentro do computador. Durante esta fase, deve-se ter o cuidado de sempre capturar pelo menos 5 segundos antes do take se iniciar e 5 segundos depois que o take terminar. Isso ajuda o editor na hora de cortar a cena, pois ele precisa de “espaço” para poder trabalhar. O editor usa então um programa de edição para colocar as tomadas na ordem do roteiro, um depois do outro. A transição de uma tomada para outra se chama corte. Em qualquer programa de edição existe uma lista enorme de opções de corte, muitos deles semelhantes àquelas animações de transição de slides de programas de apresentação de palestras. O corte mais usado é o “corte seco”. Neste, simplesmente a imagem de uma tomada termina e a primeira imagem da próxima cena aparece, sem qualquer tipo de transição.

Na fase de edição é possível, inclusive, adicionar alguns efeitos, dentre eles, o mais comum é chamado de chroma-key. Este efeito tem esse nome por que você filma um ator em fundo com uma cor básica pura (azul, vermelho ou verde), evitando ao máximo a criação de sombras. Esta cor será a cor chave (chroma-key) porque através dos programas de edição será possível eliminá-la da imagem e colocar qualquer outra coisa sem prejudicar o ator que nela está. É assim que são feitas, por exemplo, aquelas imagens dos repórteres da previsão do tempo. Deve-se ter apenas o cuidado de não usar roupas com o mesmo tom de cor do cenário, senão as cores da roupa também irão desaparecer.

Para Saber Mais

• Veja no link abaixo um vídeo em que você poderá

ver todo o processo de pós-produção para se colocar o ator Marlon Brando no novo filme do superman. Perceba ao final que a única parte real filmada é a torre de cristal onde fica o personagem de Marlon Brando e a plataforma onde o ator Kevin Spacey contracena. O resto de todo o ambiente foi colocado posteriormente, substituindo-se o verde da cena por imagens geradas por computador, inclusive o rosto de Marlon Brando.

http://www.youtube.com/watch?v=f4FHLZlkWQQ

O Safe Frame

Durante a edição é possível colocar textos ou legendas nos vídeos, cuidando para que quando o vídeo for mostrado numa TV, esta não “esconda” as bordas do quadro da imagem, como é comum acontecer. Por isso, quando for gravar, tenha em mente que 10 % das bordas não aparecem. E, para ter certeza de que os textos possam ser lidos plenamente, dos 90 % restantes, tire mais 10 %. Complicou de novo? Veja a imagem a seguir que ficará mais claro.

A linha azul é o safe frame da imagem: - A imagem que estiver FORA da linha azul NÃO APARECE na TV - A imagem que estiver DENTRO da linha azul APARECE na TV

A linha laranja é o safe frame de textos e legendas: - O texto que estiver FORA da linha laranja NÃO APARECE na TV

A Banda Sonora

O som é dividido em diálogos, trilha sonora e ruídos de sala. Os diálogos são os sons produzidos pela voz humana. Podem ser tanto os gravados na cena (chamados de som direto) quanto os de narração, que são gravados depois. A trilha sonora é a parte musical de um vídeo. Ela aumenta a carga dramática de uma cena. É muito importante pois dá vida ao seu vídeo, e pode, por exemplo, ressaltar uma imagem importante. Por último, vêm os ruídos de sala que são os efeitos sonoros. Um bater de porta, a água de um rio passando na margem, os passos de um homem, são todos exemplos de ruídos de sala que são feitos depois que o vídeo está pronto. Esses sons não são gravados na mesma hora da cena, podem ser feitos imediatamente após a gravação ou depois numa sala própria para isso.

Os Codecs

CODEC é um termo que significa COmpression/DECompression. É um algoritmo que diz para o computador como este arquivo foi armazenado e como ele deve ser lido. A imagem em si precisa de muita memória para ser manipulada e o codec veio para diminuir o tamanho do vídeo facilitando o seu transporte. Existem diversos codecs disponíveis, alguns gratuitos, outros não, mas a maioria é derivada do codec mais utilizado que é o MPEG. Ele se tornou padrão em diversas áreas onde se usa vídeo digital. Arquivos do tipo VCD e SVCD usam o padrão MPEG-1. Já os DVD de filmes que alugamos em locadoras é o MPEG-2. Atualmente, o codec DIVx é largamente usado para arquivos de internet. Este é uma variação do MPEG-4. Um outro codec é o XVID que é uma resposta ao DIVx. A diferença entre um e outro é que para usar o DIVx em seus equipamentos os fabricantes de hardware precisam pagar royalties, enquanto que o XVID é gratuito. Já existem DVD-players que lêem além do MPEG-2, o DIVx.

E para encerrar este tópico...

Hoje em dia, ouve-se falar muito sobre televisão digital. Mas o que é essa nova tecnologia? A TV como nós conhecemos segue um padrão onde o espectador tem apenas uma participação passiva, não interferindo em nada do que se passa no programa de TV. Isso acontece porque na TV analógica, o espectro eletromagnético, que é o meio de transmissão, é quase todo ocupado para que o sinal possa ser transmitido. E ainda existe o fato de que ele sofre muita interferência do local onde está a antena de transmissão.

Já a TV digital discretiza todo o tipo de informação, transformando-a em simples 0 e 1. Isso faz com que a largura de banda do sinal seja diminuída e consequentemente seja possível colocar outros tipos de informação, sem que haja qualquer interferência. Isto traz uma conseqüência direta, a qualidade da imagem muito melhor do que da analógica pois não há perda de informação. Vamos explicar melhor estes conceitos.

Pense no espectro eletromagnético como uma auto-estrada que liga as redes de TV e o aparelho de TV de sua casa. A TV analógica é um grande caminhão carregado que usa a estrada toda para levar a imagem até você.

O caminhão é tão grande que ele não deixa espaço para ninguém poder voltar. É uma estrada de mão única. A TV Digital usa pequenos caminhões que ocupam apenas parte da estrada, pois a carga que eles tem que levar é menor. A estrada ainda é a mesma, o que mudou foram os caminhões. Esses caminhões agora podem utilizar a estrada como uma via de mão dupla. E isso é a revolução da TV digital. Esse retorno faz com que o espectador possa interferir diretamente na programação.

Assista agora, na seção Parada Obrigatória, um vídeo feito pela TV Câmara onde ele tenta explicar de maneira rápida e suscinta o que é e por que é tão importante a TV Digital para o Brasil.

Parada Obrigatória

Acesse o link abaixo para assistir ao vídeo:

http://www.youtube.com/watch?v=Oo8xIiND3xU

IMPORTANTE: o vídeo está em baixa qualidade para melhorar sua velocidade na internet.

Exemplos

• Existem algumas experiências com o Discovery Channel nas quais por meio do programa que está sendo exibido, pode-se acessar o site do próprio canal e obter mais informação sobre o assunto que está sendo exposto.

• Você está vendo uma novela. Gostou tanto da roupa de um dos personagens que quer comprar uma igual. Aperta-se um botão e, pronto, você já está conectado com a loja que a vende, faz o pedido, e dentro de alguns dias você recebe o seu produto em casa.

• Aqui mesmo no Brasil, uma operadora de TV por assinatura via satélite oferece um serviço onde você está assistindo o filme que está passando no horário programado. O telefone toca e você simplesmente aciona o controle remoto e a imagem congela, esperando você terminar sua ligação. Você volta do telefone, aperta o botão e o filme volta a passar exatamente de onde havia parado.

Veja, as possibilidades de interatividade da Televisão Digital são praticamente infinitas, porém ainda estamos engatinhando neste processo e o que se tem implementado atualmente são os conceitos comerciais de entretenimento.

Mas a TV digital não fica apenas no âmbito da tela da TV, ela vai mais além, passa pela internet e vai até o celular. No Japão, já existem produtoras de vídeos que produzem capítulos de novela com cerca de 1 minuto para serem exibidos exclusivamente no celular.

Para Saber Mais

A UFC também está pesquisando o assunto. Tanto que

desenvolveu uma aplicação chamada TVoto onde o espectador da TV digital pode participar de enquetes ou qualquer outro tipo de votação usando apenas o controle remoto. Mostraremos agora um pequeno vídeo de demonstração desta aplicação. O vídeo simula a tela de TV do espectador e no lugar ocupado pela foto do Legislativo a programação da TV segue normalmente.

Clique aqui para ver um vídeo demonstrativo do Tvoto.

No Brasil, várias iniciativas já estão sendo realizadas rumo a utilização da TV Digital na Educação. Veja o texto "TV digital amplia alternativas de inclusão social", de Paulo Franco, sobre este assunto, para melhor compreeender as ações atuais do Governo Federal no escopo da TV Digital educacional, através do programa TV Escola.

Agora que você conhece mais um pouco sobre a TV Digital, saiba mais sobre como pode ser trabalhada esta nova mídia no processo educacional lendo os artigos abaixo: "A TV Digital interativa no espaço educacional" de SERGIO FERREIRA DO AMARAL e DANIEL MOUTINHO PACATA (http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2003/ju229pg2b.html) "Adolescentes são curadores da Mostra VILATIVA" (http://www.midiativa.org.br/index.php/educadores/content/view/full/3408/)

Para Fazer

• Com a tecnologia de TV Digital, o limite do que se

pode fazer com programas que prevêem o usuário como interagente é apenas a imaginação.

1. Pesquise e proponha como poderia ser trabalhada a TV Digital na escola para o desenvolvimento de um projeto com os alunos. Dica: Pesquise na Internet utilizando ferramentas de busca como o Google ( www.google.com).

2. Registre sua proposta no fórum TV Digital e discuta os comentários feitos por seus colegas.

PROCEDIMENTOS (Clique aqui para abrir):

Estamos chegando ao fim deste módulo básico sobre TV e Vídeo. Creio que nossas discussões e atividades contribuíram para que todos pudessem responder as seguintes questões:

Quais as características da televisão?

Será possível utilizarmos a televisão a favor do processo educativo? De que formas?

Os próximos módulos irão permitir que vocês possam se aprofundar cada vez mais na discussão sobre o uso de TV e Vídeo na Educação, possibilitando que possam amadurecer seus conhecimentos e aplicá-los em suas escolas. No entanto, os conceitos básicos e as ferramentas abordadas neste primeiro momento permitem que vocês já possam fazer seus primeiros ensaios de utilização desta tecnologia na escola. Com uma câmera digital, um bom roteiro e um software, como o VirtualDub, você pode criar com seus alunos vídeos emocionantes e didáticos cujo próprio processo de criação já será uma grande contribuição para o processo de aprendizagem de todos.

Boa sorte e até mais!

LIVROS & ARTIGOS

"Distance Education" de Moore & Kearsley;

"Creating a Web-based Course for Undergraduate Pre-Education Students" de William J. Valmont;

"Mídia Educativa, Treinamento e Educação a Distância: Quase um manifesto" de Samuel Pfromm Netto;

"Manual de Vídeo" de Rudi Santos

"O Poder do Mito" de Bill Moyers e Joseph Campbell; "A Jornada do Escritor" de Christopher Vogler;

"Da Criação ao Roteiro" de Doc Comparato; "GUIA BÁSICO PARA PRODUÇÃO DE UM FILME DIGITAL" de Peter Broderick, Mark Stolaroff e Tara Veneruso, publicado na revista FilmMaker.

SITES

"A TV Digital interativa no espaço educacional" de SERGIO FERREIRA DO AMARAL e DANIEL MOUTINHO PACATA (http://www.unicamp.br/unicamp/unicamp_hoje/ju/setembro2003/ju229pg2b.html) "Adolescentes são curadores da Mostra VILATIVA" (http://www.midiativa.org.br/index.php/educadores/content/view/full/3408/) Dicas Técnicas sobre operação com videos (http://www.fazendovideo.com.br) Dicas sobre as etapas de produção de um filme (http://www.cinemanet.com.br)

Endereço eletrônico da Associação Brasileira de Cinematografia (http://www.abcine.org.br)

Realização

Ministério da Educação (MEC) Secretaria de Educação a Distância (SEED)

Equipes

Equipe Técnica da SEED

Viviane de Paula Viana Diretora de Produção e Capacitação de Programas em EAD Patricia Vilas Boas Coordenadora-Geral de Capacitação e Formação em EAD Alexandre Mathias Pedro Coordenação do Programa

Equipe Técnica de Implementação e Acompanhamento

Angela Maria Martins Francisco Roberto Vasconcelos Lima Luciana dos Santos Ronara de Castro Azevedo Alcântara Stela Fontes Ferreira da Cunha Vania Barbosa

Equipe Técnica da UFC Prof. Dr. Mauro Pequeno Coordenação do Trabalho Conteúdo Prof. Msc. Cátia Harriman Luiz Claudio de Mello Braga

Padrão Visual e Navegabilidade Ercílio Magalhães Eduardo Ferreira de Sousa Wellington Wagner F. Sarmento

Desenvolvimento Ercílio Magalhães Paulo André Lima Pequeno

Animações e Vídeo Luiz Claudio de Mello Braga