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CARNAVAL DO ACONCHEGO. Não vai ter festa, mas não precisa ser triste. Sem aglomerar, foliões podem saudar os dias de Momo com as dez dicas que trazemos nesta edição. Na nossa capa, Valentina Holanda, filha de um dos editores do O POVO, fotografada em casa, já decorada para os dias de festa em família. Páginas 2 e 3

EDIÇÃO: CLÓVIS HOLANDA

clovisholanda@opovo.com.br

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FORTALEZA - CEARÁ, DOMINGO, 14 DE FEVEREIRO DE 2021

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LARA MONTEZUMA

lara.montezuma@opovo.com.br

PARA CARNAVALIZAR

EM CASA

AS RUAS ESTARÃO SEM FOLIÕES DURANTE O CARNAVAL DE 2021, MAS NÃO É MOTIVO PARA DESANIMAR! PARA MANTER VIVO O ESPÍRITO CARNAVALESCO, O VIDA&ARTE PREPAROU UM GUIA PARA VOCÊ ARRASTAR O SOFÁ DA SALA E FESTEJAR EM CASA, COM SEGURANÇA E CIDADANIA!

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C A R N A V

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No clima da festa

Não dá para pensar em Carnaval sem música! E as playlists são para todos os gostos, desde marchi-nhas clássicas até o último hit de brega funk. Para manter viva a tradição de shows no Carnaval, vá-rios artistas prepararam lives que serão transmiti-das até o dia 16 de fevereiro.

Neste domingo, 14, a cantora Preta Gil puxará o famoso “Bloco da Preta” direto da Ilha Fiscal na Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, a partir das 16 ho-ras. A transmissão será feita no canal no Youtube da artista e terá participação de convidados especiais como Alcione e Teresa Cristina. Outra presença es-sencial no Carnaval é a de Bell Marques. Especialis-ta na arte de fazer festa, o cantor vai realizar a “Live Camaleão”, também no domingo, 14, a partir das 16 horas pelo Youtube. Quer mais opções? No O POVO

+ você encontra a lista completa de lives para não fi car de fora da festa em 2021.

O La Maison oferece opções práticas de pastéis congelados para fazer em casa.

FOTOS DIVULGAÇÃO/INSTAGRAM

As guloseimas

temáticas da Doce Gula criam um momento

mais divertido.

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PetiscarQue tal juntar duas das

melhores tradições brasilei-ras: Carnaval + coxinha?! As

coxinhas da Sucré Patisserie são prepara-das em poucos minutos - dá para fazer en-tre o intervalo de uma live e outra - e já vêm prontas para colocar no forno. Elas podem ser encontradas em vários supermercados de Fortaleza, além da sede da Sucré, locali-zada no bairro Aldeota.

Para que não falte petiscos durante todos os dias de celebração, o La Maison tem de-liciosos pastéis com sabores variados, como carne, queij o e até funghi para os vegeta-rianos. Disponíveis nos mercados São Luiz, Pinheiro e Fazendinha, além do empório La Brasilerie, os aperitivos fi cam prontos em 15 minutos no forno.

Uma boa opção para deixar o clima ainda mais animado é preparar mesas temáticas em casa. A confeitaria Doce Gula oferece opções de tortas e bolos carnavalescos para manter os fo-liões no pique e decorar o ambiente.

3 Recordar é viver!

2017 no Marco Zero, em Recife. Tem também “Baile Barroco”, de Daniela Mercury, o primeiro DVD realizado durante o Carnaval da Bahia, gravado no ano de 2016.

Se você já tem os seus artistas preferidos, a seleção ideal de músicas e as coreografi as decoradas, basta conferir os shows clássicos da época no Youtube. Na plataforma de vídeos é possível ver Elba Ramalho dançando no ritmo do frevo em show gravado em

4 Eu quero é botar meu bloco na rua

No Carnaval de 1951, os amigos Dodô, Osmar e Temístocles Aragão saíram pelas ruas de Salvador em cima de um Ford 1929, conhecido como Fobica, tocando músicas com

instrumentos próprios. Nascia o trio elétrico, um dos maiores símbolos do Carnaval. Atualmente, os trios têm estrutura gigantesca e são comandados por vários artistas que puxam milhares de foliões atrás dos veí-culos musicais. Para matar a saudade de estar no meio da pipoca, basta entrar nas redes sociais de cantores como Ivete Sangalo, Saulo e Xanddy e se divertir com os registros em cima do trio.

PARA CARNAVALIZAR

AS RUAS ESTARÃO SEM FOLIÕES DURANTE O CARNAVAL DE 2021, MAS NÃO É MOTIVO PARA DESANIMAR! PARA MANTER VIVO O ESPÍRITO CARNAVALESCO, O VIDA&ARTE PREPAROU UM GUIA PARA VOCÊ ARRASTAR O SOFÁ DA SALA E FESTEJAR EM CASA, COM SEGURANÇA E CIDADANIA!

C A R N A V A L E M C A S A

Petiscar

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C A R N A V A L E M C A S A

Valentina e Laura Holanda: fantasias e casa decorada para brincar em família.

AURÉLIO ALVES

O Coktelitas tem um delivery de drinks fáceis de preparar.

5 Bebeu água? Tá com sede?

Nada melhor do que bons drinks para acompanhar o ritmo acelerado! A Coktelitas House of Drinks oferece o serviço delivery de opções previamente preparadas para que você possa aproveitar no conforto de casa. Com um cardápio criativo, os pedidos de bebidas podem ser feitos pelos aplicativos Ifood e Idelivery, além do Whatsapp do estabelecimento.

6 Uma cerveja é muito bom para fi car pensando melhor

Para quem prefere as famosas 3 latinhas por R$ 10 durante o percurso do ciclo carnavalesco, Fortaleza continua tendo op-ções de cervejas geladíssimas no preço! Aplicativos como o Zé Delivery de Bebidas, Seu Valdomiro e We Drink oferecem várias possibilidades e prometem entregar o pedido em um curto período de tempo.

7 8 Muito obrigada, Axé!

problema, tem opções para todo mundo. Se quiser relaxar e apren-der um pouco mais sobre a história do axé music, gênero popular com grande destaque nas festas carnavalescas. O documentário “Axé: Canto do Povo de Um Lugar” estreou em 2020 na plataforma de streaming Netfl ix e traz os principais nomes do axé para contar a ascensão do ritmo no Brasil.

Prefere ter um Carnaval mais tranquilo? Não tem

Vai rolar a festa...

Restos de tecido pela casa, glitter - biodegradável, claro

- por toda a casa, paetê em todas as roupas… Dá saudade de montar uma fantasia de último minu-to, não é? Crie o seu próprio bloquinho, relembre as melhores fantasias e resgate os abadás para entrar 100% no clima.

9 Diga que valeu!

Em 2021, é necessário que não haja aglomerações para que todos permaneçam seguros. Para matar a saudade dos amigos e dos tempos de comemoração em grupo, revire o baú e reveja as fotos dos carna-vais antigos. Além de poder mostrar os registros em celebrações por meio de aplicativos de vídeo, eles também podem render um bom #tbt no Instagram!

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UM EDITOR FOLIÃOACHO QUE ESSA PAUTA foi inspirada na minha família. As fantasias das meninas foram tiradas do armário, a casa foi decorada, afastamos a mesa da sala e vamos carnavalizar entre nós. Essa foi a única saída encontrada para desfazer aquela amarra no peito de quem há décadas brinca e cobre os maiores carnavais do Brasil. Na hora de procurar personagens para a matéria, nossa diretora de Redação foi em cima: vocês! De fato, acredito que representamos bem este espírito inexplicável de amor aos dias de Momo. Essas dez dicas são, portanto, para você e para nós. Não vai ter festa, mas não precisa ser triste!

CLOVIS HOLANDA

Editor-chefe de Cultura e Entretenimento do O POVO

Acelera aêA chegada da vacina contra a Covid

permite o surgimento de um pouco de esperança para os próximos anos. Por

enquanto, resta apenas sonhar e planejar os roteiros dos próximos car-navais. Quais seriam as atrações ideais? Ou a viagem perfeita? Até o mo-mento, levamos a data com alegria em casa esperando que em 2022 a comemoração seja diferente. E fi ca a dica: já tem abadá de 2022 à venda!

C A R N A V A L E M C A S A

acompanhar o ritmo acelerado! A Coktelitas House of Drinks oferece o serviço delivery de opções previamente preparadas para que você possa aproveitar no conforto de casa. Com um cardápio criativo, os pedidos de bebidas podem ser feitos pelos aplicativos Ifood e Idelivery, além do Whatsapp do estabelecimento.

para fi car pensando melhorPara quem prefere as famosas 3 latinhas por R$ 10 durante o percurso do ciclo carnavalesco, Fortaleza continua tendo op-

ções de cervejas geladíssimas no preço! Aplicativos como o Zé Delivery de Bebidas, Seu Valdomiro e We Drink oferecem várias possibilidades e prometem entregar o pedido em um curto período de tempo.

4 FORTALEZA_CEARÁ_DOMINGO_14 DE FEVEREIRO DE 2021

Por MARCOS SAMPAIO

EDITOR DO VIDA&ARTE E CRÍTICO DE MÚSICA

blogs.opovo.com.br/discografia

O QUE PENSO DESSA VIDA

A recente edição do The Voice vem ge-rando debates sobre a capacidade do time de jurados avaliar artistas bem mais ex-perientes do que eles. Um caso sui generis foi da carioca Claudya. Desde que começou a cantar, aos 9 anos, ela chamou atenção pela extensão vocal, sofreu boicote de Elis Regina, ganhou festivais pelo mundo, gra-vou no Japão um disco que vendeu mais de 200 mil cópias, passou anos longe dos estúdios, foi redescoberta por Marcelo D2 e encarnou Evita Perón num elogiadíssi-mo musical de teatro. Nada disso foi su-fi ciente para os jurados do The Voice que, praticamente, a trataram como uma des-conhecida. Coube a Claudia Leitte salvar a situação trazendo uma das mais talento-sas cantoras brasileiras para seu time.

Em entrevista exclusiva, Claudya co-menta – em poucas palavras – a expe-riência do The Voice+ e avalia outras pas-sagens de sua trajetória. Confi ra a seguir:

Como você avalia essa passagem pe-lo The Voice+?

Claudya – Com muita emoção! Avalio como um reconhecimento à minha carreira.

A música que você cantou no pro-grama, “Deixa eu dizer”, é um marco. Como ela chegou a você?

Claudya – Quem me apresentou a música foi um dos autores, Ivan Lins. Quan-do ouvi tive a certeza do sucesso da melodia e principalmente da força da letra, que serve tanto como desabafo político, quando da vida pessoal.

Mais de 30 anos depois, o Marce-lo D2 usou um sampler da sua voz em “Desabafo”. Queria saber sua reação ao ouvir pela primeira vez essa releitura.

Claudya – Não sabia que ele tinha grava-do. Mas, quando ouvi, tive a sensação esplêndida de sucesso mundial para as novas gerações. E foi o que aconteceu.

Que espaço esse trabalho de com-positora ocupa na tua carreira?

Claudya – Tudo aconteceu naturalmente e me vi escrevendo com muita natu-ralidade. Compor é um grande com-plemento que eu gosto muito e que faço com frequência.

Ao longo da carreira, você teve uma enorme projeção internacio-nal. O que essa experiência fora te ensinou sobre a música brasileira?

Claudya – Ensinou que a nossa música é uma das mais importantes do mun-do, sendo muito respeitada em países como: Japão, França, Alemanha e Es-tados Unidos.

Em maio você completa 73 anos num país que tende a não valori-zar seus artistas mais experientes. Queria saber que planos você tem para vida e carreira?

Claudya - Nunca fiz planos quanto à mi-nha carreira. As coisas sempre foram acontecendo de uma forma muito natural e, naturalmente, o tempo me deu serenidade.

Em 1973, no programa de Elizeth Cardoso, você diz que “só deseja um dia ser divina” como ela. Você conseguiu realizar esse desejo?

Claudya - Acho que consegui porque tra-balhamos com a sensibilidade, o que nos possibilita vivenciar o divino.

De boicote de Elis Regina até o sucesso absoluto em

festivais internacionais, a história de Claudya

é tão única quanto sua interpretação. Em entrevista exclusiva, a cantora carioca comenta essa trajetória e a participação no The Voice+

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S: Jesus Cristo (1971) – esse álbum acrescentou dois

hits ao seu currículo. A faixa-título, de Roberto e Erasmo, e “Com mais de 30”, de Marcos e Paulo Sergio Valle. “Mais que perfeito”, de Abílio Manoel, é outro destaque num disco cheio de bons momentos.

Deixa eu dizer (1973) – só pela faixa-título já seria histórico, mas o disco é bom de cabo a rabo. Os improvisos vocais de “Chuvas de verão”, a ginga de “O circo”, a pancada forte de “Pois é, Seu Zé”. Destaque para “Só que deram zero pro Bedeu” (Luiz Wagner).

Reza, tambor e raça (1977) – os arranjos misturam MPB com disco music e jazz fusion. De Belchior, “Apenas um rapaz latino americano” vira um blues com Claudya disparando agudos e fazendo a letra ganhar ainda mais força. E o encontro de “Peter Gunn” com uma escola de samba? Tem também.

Entre amigos (1994) – Claudya e Zimbo Trio

Claudya é uma das integrantes do time de Claudia Leitte no The Voice+

(formação original) misturam improvisos entre canções como “Upa neguinho”, “Lamentos”, “É luxo só” e “Ponteio”. Tem também uma composição de Claudya, “Clareteando”.

Senhor do Tempo (2011) – dedicado a canções raras de Caetano Veloso, o disco veio depois de outros lançados com menor repercussão. Entre os destaques, uma versão mais introspectiva de “Naquela estação”, lançada com sucesso por Adriana Calcanhotto. Tem ainda belas releituras de “Louco por você” e “Menino deus”.

Para sempre amanhecer (2016) – o disco mais recente é dividido com o pianista Tiago Mineiro, parceiro de Claudya em sete das oito faixas. A afinidade artística é evidente, em um trabalho que peca pelas poucas faixas e edição sem muito capricho. Ainda assim, tem ótimos momentos como “Joia de prata” e “Quero só você”.

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mais.opovo.com.brENTREVISTA COMPLETA EM

clovisholanda@opovo.com.br

CLÓVISHOLANDA

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APÓS MAIS DE 40 ANOS, CARNAVAL FORA DO TRIO Neste domingo, às 16 horas, o cantor Bell Marques estaria dando início ao bloco Camaleão em Salvador. Com o visual do Farol da Barra de fundo, uma multidão dentro e fora das cordas iria seguir o astro da música baiana há décadas. Por mais de 40 anos seguidos, este é o primeiro Carnaval em que o artista, muito querido no Ceará, não vai sair na avenida. Para não deixar a data em branco, ele foi um dos primeiros a anunciar que faria uma live em clima de folia. Portanto hoje, no exato horário de saída do bloco, convida foliões do mundo a acompanhá-lo, de casa, via youtube, relembrando os grandes sucesso da carreira. Em conversa comigo, Bell fala da sensação estranha de não cantar na rua, das lições da pandemia e do que preparou para hoje. Seguem trechos... 

Bell Marques: sensação “estranha” de não puxar o trio na avenida e live em clima de

Carnaval para quem quer curtir de casa a festa

O POVO: Depois de quan-tos carnavais tocando vo-cê não sai na avenida? Co-mo é essa sensação?

Bell Marques: São mais de 40 Carnavais seguidos. É uma sensação muito estranha, porque o Carnaval é algo muito natural lá em casa, é um evento pelo qual traba-lhamos o ano todo...

OP: A live que você apre-senta neste domingo vai ser com o espírito de nos-talgia por não haver a festa? Como você progra-mou sua apresentação? O que pretende transmitir a quem estará em casa?

Bell: Terá, sim, um pouco de nostalgia, montei um re-pertório especial que vai nos transportar pros Car-navais passados, pra gente celebrar essa festa tão es-pecial em segurança, com quem a gente gosta.

OP: Vendo o documentá-rio “Axé”, no Netflix, fica muito evidente a impor-tância do Chiclete com Banana e sua, como mú-sico, na construção desse ritmo. Como você percebe o movimento axé hoje? É algo que sempre estará ligado ao Carnaval? Pas-sou por hibridações com novos ritmos? Qual o fu-turo que se desenha?

Bell: O termo Axé em si nasceu de forma um pouco pejora-

tiva. Ele resume um pouco do que se produz de música na Bahia. Dizer que a minha música é igual a de Ivete, à de Margareth, de Durval, por exemplo, e colocar tudo na mesma caixa é não co-nhecer a história de cada um desses artistas e suas referências. A Bahia é muito plural e o Axé é muito gran-de, ele é uma mistura de ritmos e nasceu exatamente dessa mistura.

OP: As lives musicais vie-ram para ficar? Depois que o mundo voltar a po-der aglomerar, você se vê fazendo apresentações sem público via web?

Bell: Eu acredito que, em al-gumas ocasiões, ainda teremos algumas lives. Talvez para apresentar projetos especiais. É uma forma muito bacana de levar a um público muito mais amplo um pouco do nosso trabalho. Mas, as lives não substituem o ca-lor humano que é muito do brasileiro.

OP: A geração de jovens para a qual você se apre-senta hoje é completa-mente diferente daquela com a qual você se con-solidou como artista, nos idos dos anos 80-90. Isso impacta de alguma forma nas letras, nos ritmos?

Bell: Sem dúvida, a gente se adapta de alguma forma,

mas meu público é muito familiar, digamos assim. O jovem que me ouve hoje em dia tem um pai, um tio, um avô que é meu fã, então, ele cresceu ouvindo o meu som, ouvindo minha es-sência. Então, não me sinto obrigado a mudar, mas é claro que sempre tentamos coisas novas.

OP: Esquecendo um pouco o Bell estrela, qual a lição ou compreensão que a pandemia e todas as suas repercussões deixou para o Bell ser humano? O que vai ficar com você do que todos passamos?

Bell: Pra mim, a pandemia teve um lado muito positivo den-tro de casa. Estar ainda mais próximo a Aninha, a Rafa e Pipo foi muito espe-cial, reforçou nossa união e provou que sem família não somos nada.

OP: Uma mensagem aos leitores que estarão com você logo mais via youtube

Bell: Galera de Fortaleza, vocês sabem que são especiais na minha história. Quero vocês colados na TV, se divertindo em segurança, relembran-do muita coisa que vivemos juntos nos últimos Carna-vais. Quero vocês comigo!

Terá um pouco de nostalgia. Montei um repertório especial que vai nos transportar pros Carnavais passados, pra gente celebrar essa festa tão especial em segurança, com quem a gente gosta.”

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QUADRÃOPOR Daniel Brandão

hORóscOpO peRsOnARewww.personare.com.br a.martins@personare.com.br

peIXes20 DE FEvEREiRO A 20 DE mARÇO

AQUÁRIO21 DE JAnEiRO A 19 DE FEvEREiRO

cApRIcóRnIO22 DE DEZEmBRO A 20 DE JAnEiRO

sAGITÁRIO22 DE nOvEmBRO A 21 DE DEZEmBRO

escORpIÃO23 DE OUTUBRO A 21 DE nOvEmBRO

LIBRA23 DE SETEmBRO A 22 DE OUTUBRO

VIRGeM23 DE AgOSTO A 22 DE SETEmBRO

LeÃO23 DE JULHO A 22 DE AgOSTO

cÂnceR21 DE JUnHO A 22 DE JULHO

GÊMeOs21 DE mAiO A 20 DE JUnHO

TOURO21 DE ABRiL A 20 DE mAiO

ÁRIes21 DE mARÇO A 20 DE ABRiL

encare com objetividade os fatos e não alimente expectativas sem fundamento, diante da verdade será possível atuar de maneira eficaz. As dificuldades poderão ser sentidas fortemente nessa jornada, entre sentimentos de esperança e melancolia, devido à conjunção Lua-Netuno no setor de crise.

Dê valor aos momentos de introspecção e aproveite para refletir sobre suas necessidades, mas cuidado para não ficar preso em sonhos. Lua e Netuno conjuntos na oitava casa tendem a promover um mergulho íntimo, fazendo com que valorize situações e pessoas que lhe dão conforto emocional.

Aproveite o dia para curtir ambientes aconchegantes e se reconectar com seus valores, separando momentos para estar com pessoas que ama. O lar é visto como abrigo para suas emoções, além de ser fonte de prazer, visto que Lua e netuno continuam conjuntos na quarta casa.

Valorize a comunicação como ferramenta para aprofundar vínculos que nutre com pessoas queridas, sobretudo virtualmente. Uma postura sensível e generosa pode ser sentida em você, dando tom calmo e conciliador ao discurso, pois persiste a conjunção Lua-Netuno na terceira casa.

encare com objetividade os fatos e não alimente expectativas sem fundamento, diante da verdade será possível atuar de maneira eficaz. As dificuldades poderão ser sentidas fortemente nessa jornada, entre sentimentos de esperança e melancolia, devido à conjunção Lua-Netuno no setor de crise.

Sentir-se útil e necessário faz bem à autoestima, mas tenha cuidado para não alimentar ilusões que possam lhe prejudicar. A conjunção persiste entre Lua-netuno na casa dos relacionamentos, levando-lhe a apresentar uma visão idealizada sobre quem ama e a se colocar à disposição delas.

nutra o intelecto com leituras sobre autoconhecimento. Uma visão espiritualizada da vida conduz seus passos com Lua e netuno conjuntos na nona casa, o que irá renovar seus valores pessoais e sua fé, se manifestando através de uma postura de solidariedade com as pessoas e harmonizada à natureza.

As redes virtuais mostram-se interessantes e irão lhe aproximar das pessoas queridas que estão longe. Os trânsitos conjuntos de Lua e netuno na quinta casa continuarão lhe motivando a dar valor a situações de prazer como uma maneira de dar um basta às preocupações.

O dia pode ser favorável caso encontre reciprocidade no ambiente que lhe cerca. Porém, se o entorno não for acolhedor, seja autossuficiente. O lado romântico da sua personalidade tende a aflorar diante do encontro Lua-Netuno na primeira casa, fazendo com que valorize situações ideais.

Você irá refletir sobre sua vida e idealizar situações para seu futuro, em meio às tarefas do dia a dia. Procure sonhar sim, mas tenha os pés no chão. O cotidiano tende a se mostrar um refúgio emotivo, além de fonte de prazeres com Lua e Netuno ainda conjuntos na sexta casa.

Devido ao encontro de Lua e netuno no segundo setor, a gestão criativa dos recursos materiais continuará lhe conduzindo. Busque otimizar o que está deixado de lado em sua casa e execute ações que possam ajudar você a resgatar prazeres que ficaram para trás.

Atente-se à tendência a enfeitar demais a realidade como forma de fugir dos problemas. Não fique cego por ilusões. Sua postura arrojada se reveste de originalidade as ações desenvolvidas nessa fase, já que persiste a conjunção entre Lua e Netuno na casa ligada ao trabalho.

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São Cirilo abandonou tudo para viver uma aventura santa com seu irmão, São Metódio. Foram ao encontro dos povos eslavos e conheceram sua cultura. A língua, os costumes

e o amor foram fundamentais para que pudessem apresentar Jesus Cristo. Eles criaram um novo alfabeto eslavo e traduziu a Bíblia, a Missa, os rituais e os ensinamentos cristãos.

O ANJO

Este Anjo protege pessoas que exercem atividades ligadas à imprensa e à literatura. Liberta da depressão e do pânico. Quem

nasce sob sua influência amará literatura, ciências e todo o conhecimento. Terá ideias brilhantes e sentimentos sublimes.

São Cirilo

Ieiazel

SudOkuCruzAdiNhA

O que é e como jogar1. O jogo é constituído de 81 quadrados numa grade de 9 x 9 quadrados, subdivivida em nove grades menores de 3 x 3 quadrados.2. Cada fileira (vertical e horizontal) deverá conter números de 1 a 9. 3. Cada grade menor, de 3 x 3 quadrados, deverá conter números de 1 a 9.4. nas fileiras horizontais e verticais da grade maior, cada número deverá aparecer uma só vez.

O SANTO

BRINCAR

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CRÔNICASPor IZABEL GURGEL

JORNALISTA

Coluna publicada quinzenalmente. Na próxima semana, Tércia Montenegro

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LABIRINTO

CANOA

Teresinha Alencar contou. Eram 118 casas. Ca-noa Quebrada, 1967. Acabo de ver “Operação Ca-noa”, documentário do Alexandre Fleming Vale. Ambos da Antropologia, Alexandre nos apresen-ta sua ex-professora na UFC, onde ele ensina, em viagem de volta à Canoa Quebrada 50 anos depois.

O documentário começa assim: “Nos idos de 1967, nos derradeiros anos do Instituto de Antro-pologia do Ceará, Canoa recebeu a visita de uma jovem antropóloga, Teresinha Alencar. Essa tessi-tura de nossa memória compõe um rico labirinto da história canoense.” Cito a abertura para trazer as anotações, Teresinha à escuta do tempo, fo-lhas e folhas datilografadas, quase dois anos indo ao povoado junto à equipe do Prof. Hélio Barros, vivendo com Dona Aracy, Dona Agripina, Assis, Dona Albertina, Dona Carmélia... Vemos o reen-contro dela com os três primeiros.

Umbigo de menino recém-nascido era jogado em alto mar. De menina, perto da igreja ou da casa, em buraco fundo pra não ser comido pelos bichos. Mortos, homens e mulheres adultos eram sepultados com os pés para o lado do mar e a ca-beça para o lado da comunidade. As crianças, por sua vez, enterradas em posição contrária.

A grade do labirinto está presente, imagens em preto e branco. Uma armação de madeira, qua-se sempre retangular, modo bastidor de armar o tecido para bordar, e com mulheres ao redor, sentadas no chão, para fazer a renda bordada ou o bordado rendando de nome labirinto, que se materializou no desenho de becos e ruas do lugar, hoje uma cidade com cerca de cinco mil habitan-tes. Todas as mulheres aqui citadas foram labi-rinteiras, o nome dado pelo ofício.

“Eu tinha um sonho de fi car velhinha fazendo labirinto”, Dona Carmélia me disse na primei-ra vez em que estive na casa dela, andando no rastro das labirinteiras. Teresinha e Alexandre haviam passado por lá há poucos dias, operação Canoa em curso. Maria Carmélia da Rocha dos Santos nasceu em agosto de 1940. Em agosto de 1967, Teresinha conversou com ela. “Ela tem a minha vida toda anotada”, assim Dona Car-mélia festejou os encontros com a pesqui-sadora. Mais de cinquenta anos antes, mais de cinquenta anos depois.

As toalhas de banquete, labirinto riscado cortado desfi ado e refeito com agulha e linha, como se borda, serviço pra mais de cinco me-ses de feitura, dependendo do tanto de gen-te aplicada no fazer, as toalhas de banquete e outras peças, Dona Carmélia não faz mais. Ao vento e à luz do dia, mas cheio de noites e ma-drugadas à luz de lamparina, o ofício de tantos anos feito em condições assim pode comprometer cedo a acuidade da visão.

“Operação Canoa” está disponível no canal do youtube do festival Curta Canoa. Repare no nome Cabaça Filmes, em como aparece o pequeno lume sobre a superfície das águas. Alexandre conta bo-nito porque o escolheu como assinatura audiovi-sual. É preciso escutá-lo.