Carteiras - cpvsp.org.br · sobre a falta de seriedade do Estado no atendimento às mulheres,...

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O Grupo Curumim é uma Organização Não Governamental (ONG) feminista, criada 10 anos com a missão de trabalhar pela humani^ação do nasci- mento. Fundado por quatro mulheres que, a partir de suas experiênciaspessoais com o parto e a maternidade, decidiram desenvolver um projeto em Pernambuco para melhorara qualidade da assistência obstétrica nos serviçospúblicos de saúde e mudar as relações depoder entre profissionais de saúde e mulheres. Um dos desafios era, e ainda é, mudar os indicadores como as altas taxt de mortalidade materna no Nordeste e o grande índice de cirurgia cesariana, ainda existente no Brasil. Gravide^ Parto e Pós Parto são momentos na vida de uma mulher influ enciados diretamente por sua situação sócio-econômica e psicológica e qualquer trauma interfere psicossomaticamente no desenvolvimento destes períodos. A violência insti- tucional, doméstica e sexual podem ser causas de complicações obstétricas graves. O Grupo Curumim quer, cada vet^mais, contribuir na melhoria da atenção ao parto e no reconhecimentopolítico, profissionalização e valorização daparteira tradi- cional enquanto elo importante num modelo de assistência obstétrica que garanta o respeito ã autodeterminação dasgestantes e das mulheres emgeral. A.o longo de sua existência o trabalhofoi ampliado incorporando-se, à proposta original, projetos voltados para a educaçãopopular em saúde e sexu- alidade, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e AIDS. Numaperspectiva mais ampla, o Grupo Curumimpreocupa-se com a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres, com o exercício dos direitos reprodu- tivos e da cidadania. Mortalidade Materna Em 91, foi realizada aprimeira campanha sobre Mortalidade Materna, com a marca da militânciapolítica egrande participação do Movimento de Mulheres. Houve uma ampla divulgação na mídia sobre a falta de seriedade do Estado no atendimento às mulheres, inclusive fazendo denúncias dentro dos hospitais. Isso provocou até a abertura de uma CPI na Assembléia Legislativa. Após essa série de campanhas, o Estado começou a integrar-se com as ONGs , í , feministas na melhoria da qualidade do ' atendimento. Foi aíjjue surgiu o Comitê Estadual de A WÊÈidadc \ laterna, e também cresceu o interesse, por parte das universidades, empesquisar o assunto. Parto Humanizado A partir de 96, o Grupo Curumim escolheu o tema Parto Humanizado para ser amplamente divulgado por toda a sociedade. Agora, deforma mais profissional, era preciso utilizar a mídia como meio e foifeita uma campanha publicitária veiculando mensagens na televisão, rádio e out- door, além do apoio da assessoria de imprensa. O trabalho foi realizado em 97 e osfrutos ainda hoje são colhidos, pois gerou muito interesse em rios segmentos sociais como profissionais de saúde, pesquisadores, jornalistas e principalmente, as mulheres e casais grávidos. Prêmio Arconsult Em 95, o Grupo Curumim recebeu o Prêmio Arconsult - Incentivo à Cidadania, o primeiro reconhecimento local ao trabalho realizado com as parteiras do interior de Pernambuco, projeto denominado A Magia da Sobrevivência. Com intensa cobertura da imprensa, o evento deu uma grande visibilidade ao Grupo Curumim. Fruto dessa premiação, o Grupo Curumim vem participando de pesquisas e consultas da Arconsult para assuntos da sociedade civil e sempre que é convocado tem o maior orgulho de participar. ReHuNa A Kedepela Yíumanizçição do Nascimento - ReHuNa surgiu, em outubro de 93, do inconformismo das I dos profissionais de saúde com a precariedade da assistência obstétrica no Brasil. Para ser integrante dessa Rede, as pessoas e as entidades deverão assumir o compromisso de implantar, implementar, divulgar e trahalharpara que sejam adotadas as Recomendações da OMS. Informações no Grupo Curumim.

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O Grupo Curumim é uma Organização Não Governamental (ONG) feminista, criada há 10 anos com a missão de trabalhar pela humani^ação do nasci-

mento. Fundado por quatro mulheres que, a partir de suas experiências pessoais com o parto e a maternidade, decidiram desenvolver um projeto em Pernambuco para melhorara qualidade da assistência obstétrica nos serviços públicos de saúde e mudar as relações de poder entre profissionais de saúde e mulheres.

Um dos desafios era, e ainda é, mudar os indicadores como as altas taxt de mortalidade materna no Nordeste e o grande índice de cirurgia cesariana, ainda existente no Brasil.

Gravide^ Parto e Pós Parto são momentos na vida de uma mulher influ enciados diretamente por sua situação sócio-econômica e psicológica e qualquer trauma interfere psicossomaticamente no desenvolvimento destes períodos. A violência insti- tucional, doméstica e sexual podem ser causas de complicações obstétricas graves. O Grupo

Curumim quer, cada vet^mais, contribuir na melhoria da atenção ao parto e no reconhecimento político, profissionalização e valorização daparteira tradi- cional enquanto elo importante num modelo de assistência obstétrica que garanta o respeito ã autodeterminação das gestantes e das mulheres em geral.

A.o longo de sua existência o trabalho foi ampliado incorporando-se, à proposta original, projetos voltados para a educação popular em saúde e sexu- alidade, prevenção de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) e AIDS. Numa perspectiva mais ampla, o Grupo Curumim preocupa-se com a melhoria das condições de vida e saúde das mulheres, com o exercício dos direitos reprodu- tivos e da cidadania.

Mortalidade Materna

Em 91, foi realizada a primeira campanha sobre Mortalidade Materna,

com a marca da militânciapolítica egrande participação do Movimento de Mulheres.

Houve uma ampla divulgação na mídia sobre a falta de seriedade do Estado no

atendimento às mulheres, inclusive fazendo denúncias dentro dos hospitais. Isso

provocou até a abertura de uma CPI na Assembléia Legislativa.

Após essa série de campanhas, o Estado começou a integrar-se com as ONGs , í ,

feministas na melhoria da qualidade do '■ atendimento. Foi aíjjue surgiu o Comitê

Estadual de A WÊÈidadc \ laterna, e também cresceu o interesse, por parte das universidades, em pesquisar o assunto.

Parto Humanizado

A partir de 96, o Grupo Curumim escolheu o tema Parto Humanizado para ser amplamente divulgado por toda a sociedade. Agora, deforma

mais profissional, era preciso utilizar a mídia como meio e foi feita uma campanha publicitária veiculando

mensagens na televisão, rádio e out- door, além do apoio da assessoria de

imprensa. O trabalho foi realizado em 97 e os frutos ainda hoje são colhidos,

pois gerou muito interesse em vá rios segmentos sociais como

profissionais de saúde, pesquisadores, jornalistas e principalmente, as

mulheres e casais grávidos.

Prêmio Arconsult

Em 95, o Grupo Curumim recebeu o Prêmio Arconsult - Incentivo à

Cidadania, o primeiro reconhecimento local ao trabalho realizado com as

parteiras do interior de Pernambuco, projeto denominado A Magia da

Sobrevivência. Com intensa cobertura da imprensa, o evento deu uma grande

visibilidade ao Grupo Curumim. Fruto dessa premiação, o Grupo Curumim vem participando de

pesquisas e consultas da Arconsult para assuntos da sociedade civil e

sempre que é convocado tem o maior orgulho de participar.

ReHuNa

A Kedepela Yíumanizçição do Nascimento - ReHuNa

surgiu, em outubro de 93, do inconformismo das I dos

profissionais de saúde com a precariedade da assistência

obstétrica no Brasil. Para ser integrante dessa Rede, as

pessoas e as entidades deverão assumir o compromisso de implantar, implementar,

divulgar e trahalharpara que sejam adotadas as

Recomendações da OMS. Informações no Grupo

Curumim.

Carteiras Tudo começou em 90, com o I

Encontro Estadual de Parteiras . Em 92, foi realizado o cadastramento, que contabilizou 2.268 parteiras em Pernambuco, realizado em grande parte com o apoio da Secretaria Estadual de Saúde. Depois, foram realizados estudos epidemiológicos para determinar os municípios que participariam do programa. Os critérios foram as condições da assistência prestadas às mulheres e bebês bem como indicadores de base relacionados à saúde materna e infantil. A partir daí, foram promovidos 35 cursos de capacitação para 1.075 parteiras, de várias regiões do Estado.

Um segundo e decisivo passo foi a assessoria para a formação de associações de parteiras, nas cidade de Trindade e Jaboatão dos Guararapes, em Pernambuco e Melgaço, no Pará, além do apoio à participação política dessas parteiras nos Conselhos Municipais de Saúde. Hoje, essas associações já estão em pleno funcionamento e a de Trindade, por exemplo, já promove seus próprios cursos, além de fazer um acompanhamento das gestantes. "A confiança e o respeito que as mulheres têm pelas parteiras é de grande importância na aprendizagem de conhecimentos, não só para uma vida sexual e reprodutiva mais saudável mas, também, as parteiras podem ser agentes importantes de mobilização dos próprios recursos comunitários a exercer pressão política para melhorar o sistema de saúde na sua área", enfatiza Paula Viana, coordenadora do Curumim.

Porém uma meta do Curumim é fazer a integração dos programas de saúde comunitária ao Programa Estadual de Parteiras Tradicionais - PEPT, para que as parteiras sejamrespeitadas por outros profissionais de saúde como médicos.

Brasil^.

A parteira é uma profissão que surgiu e cresceu com a própria humanidade. Elas já foram até taxadas de bruxas e feiticeiras, na época da Idade Média, mas isso não foi suficiente para fazê-las desistir do ofício. Muito pelo contrário. Hoje, essas mulheres fazem partos todos os dias e estão espalhadas pelo mundo inteiro. Para conhecê-las um pouco melhor, resolvemos viajar um pouco e saber como trabalham as parteiras pelo mundo afora. Quem nos conta são as próprias profissionais do Curumim.

"Na Bolívia, com uma forte influência indígena, as mulheres ainda trabalham de forma muito rudimentar", lembra Ursula Hutter, que é parteira e cooperante alemã e morou durante dois anos em Santa Cruz de La Sierra. Ela chegou a fazer 40 cursos, para cerca de 200 parteiras, sempre salientando os procedimentos da OMS, para orientar as parteiras, sobre as noções de higiene e prevenção.

Na Alemanha, onde Ursula fez um curso de parteira em uma universidade de Berlim de 3 anos, ela testemunha que o médico lá não pode partejar sem a

enfermeiras e agentes de saúde.

Atualmente o programa começa a ser ampliado, com a inclusão de Brejo da Madre de Deus( Agreste, PE ). A escolha é fruto de uma parceria com o Núcleo de Saúde Coletiva - NUSP / Universidade Federal de Pernambuco UFPE e JICA (Agência de Cooperação Internacional do Japão), que já realizam um trabalho de

saúde comunitária na cidade. Além dessa, mais três cidades como Santa Maria da Boa Vista, Cabrobó (Sertão) e Tamandaré (Zona da Mata), já contam com núcleos de implantação de novas associações.

D epoimentos

Caxiuanã: D. l^ourença, 84 anos "O dia de hoje é uma grande fineza para todos nós. Eu não tenho marido para render ohidiência. Então eu vim. Sei de Caxiuanã do tempo em que isso era morto. Não tinha vivente nenhum. Quando me chamaram pensei: tenho vontade de conhecer lã. Conhecer gente que nunca vi. Que Deus e minhas amigas me inculquem mais sabedoria. Com a idade que tenho sei que ainda vou aprender alguma coisa"

D. Maria "Eu tremia de medo no primeiro parto e ele me mandando Ja^er assim e assim. Ai! Papai! A criança vai cair! O não vai, ajeite direitinho que não cai, di^ia ele. E assim eu comecei, sem querer, sem vontade mas por precisão. Eu era a única mulher da casa, meu pai tinha 10 filhos homens, não tinha a quem recorrer. Então tinha de ser assim. Hoje eu gosto. Eu canto num parto... Faço alegre mesmo, gosto de limpar tudo, lavara roupa de mulher"

Jaboatão Maria dos Prazeres de Sou%a,pres. daAssoc. "O Curumim foi quem nos deu todo o potencial. Temos uma ligação muito forte. Estamos juntas há

10 anos, muito antes da Associação. Já somos 76

Grupo de parteiras no Pará

parteiras e agora mesmo filemos o nosso próprio treinamento com o apoio do FAT e dajaika - uma entidade japonesa. Aqui damos orientações para as gestantes, levamos as mulheres para oposto de saúde e também vamos começar um trabalho com adolescentes. Recebemos apoio de várias ONGs e somos ligadas ao Fórum de Mulheres "

Trindade Maria Antonia Rodrigues,pres. da Associação "Foi a nossa grande oportunidade. Tivemos o contato com o maravilhoso grupo Curumim. E um acompanhamento agradável pois nós sempre contamos com esse grupo. Sempre nos dá uma ajuda para aquilo nós não estamos entendendo. Faremos uma média de de^partos por mês e nós vamos nas casas das comadres e conversamos. E uma luta constante mas alegre. Estávamos recebendo sete reais por parto mas depois soubemos que o SUS está pagando desde março do ano passado tre^e reais e cinqüenta e oito centavos por parto. Então nós fomos reclamar na prefeitura e agora vamos ver como é que

fica"

partos naturais. A enfermeira Paula Viana fez o acompanhamento de vários partos, durante o curso que ela participou em 97 e foi até convidada, pela ONG mexicana Ticime, para participar da Convenção da Parteiras da América do Norte.

Parto na Bolívia

presença da parteira na sala de cirurgia e existe um respeito muito grande pela profissão. "Mas achei o modelo alemão muito intervencionista", salienta a médica Islene Carvalho, que estudou o sistema de saúde da Alemanha e apesar de elogiar a estrutura dos hospitais, considera necessário que se humanize as relações entre médico e gestante.

No México, existe até curso para parteira indígena. Lá, a maioria está na área rural mas não ganha nada por isso. Porém, existem Casas de Partos, onde são feitos Parteira mexicana vendendo ervas

XM Xnili V xOxü GsoFgia. Alv©s A jornalista Geórgia Alves comanda hoje um programa, todas as tardes, de segunda à sexta, na Rádio Clube, a segunda maior audiência do estado e com um alcance que chega até a alguns municípios do Piauí. O seu público é composto basicamente de mulheres, que, em sua maioria são donas de casa, de baixa renda. Um das características do seu programa é a grande participação das ouvintes, que não param de ligar principalmente quando o assunto égravidet^e parto. Hparafalar um pouco sobre seu cotidiano, a importância do Grupo Curumim, como sua fonte de informação eprincipalmente da campanha do Parto Humanizado, Geórgia conversa um pouco com agente.

Como você vê o Grupo Curumim?

Para mim é extremamente importante afinal o parto humanizado é uma luta que não se acaba. É importante que exista uma ONG que se dedique a qualidade de vida desde o início. Gostaria que muito mais gente se engajasse nesse trabalho.

E a campanha, como foi?

Extremamente bem feita e com um grau de sensibilidade que enfocou o parto de forma muito feliz. É engraçado porque o texto traz dados estatísticos mas a

mensagem final não fica chata, pelo contrário, é tocante e o público responde. Um exemplo é no meu programa, em que veiculamos o spot de rádio durante vários meses e o ouvinte sempre ligava elogiando e até achando que fazia parte do programa. Até hoje, sempre que discutimos algum aspecto da gestação, colocamos no ar a vinheta da campanha do parto humanizado.

E o público gosta de discutir gestação e parto?

Adora, e uma prova é que está entre os dez temas mais debatidos. E sempre que posso chamo o Grupo Curumim pois vocês sempre trazem muita informação. Facilita muito o meu trabalho pois como sempre estou correndo contra o tempo, quando tem gente boa no programa o debate flui e há muita interação com as ouvintes.

Quais são as dúvidas mais freqüentes?

Geralmente o público liga muito para saber sobre pré-natal, a alimentação adequada, os primeiros momentos do bebê e principalmente para reclamar do atendimento na rede pública. Existe um receio generalizado por parte das mulheres, que, na hora do parto, elas não encontrem vagas nas maternidades.

Grupo amplia sua atuação para fora de Pernambuco

O Grupo Curumim vem fazendo sua intervenção política através de Redes de articulação de mulheres a nível nacional e internacional. "Nos últimos anos, desenvolvemos um papel fundamental de liderança no movimento brasileiro de mulheres. Fomos a sede da secretaria executiva da Articulação de Mulheres Brasileiras e Conselho Diretor da RedeNadonal Feminista deSaúdeeDireitos", enfatiza Islene Carvalho, coordenadora do Grupo Curumim. Um outro momento importante foram as participações do Grupo Curumim nos E ncontros Preparatórios para as Conferência da ONU, realizadas no Cairo e Beijim e o monitoramento dos acordos assinados pelo governo brasileiro, nessas conferências." Todas essas atividades fazem parte de uma estratégia fundamental na luta pelos direitos humanos das mulheres", completa Islene. Além disso, o Grupo Curumim está vinculado a várias organizações internacionais como: Womehs Global Networkfor Reproductive Rights; Red de Salud de Ias Mujeres de L atinoamerica y dei Caribe; Red E ntreMujeres - Gênero e Cooperación e Red de E ducación Popular entre Mujeres (RE PE M).

Filiado à Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG), RedeNadonal pela Humanização do Nascimento (RE HUN A) e Fórum de Mulheres de Pernambuco, o Grupo Curumim atua de maneira articulada, desenvolvendo programas e projetos em parcerias com outras ONGs, governos municipais e estaduais. Sua liderança é reconhecida no movimento de mulheres, tendo sido escolhido várias vezes para compor a Coordenação do Fórum de

Mulheres de Pernambuco. O Grupo Curumim participa ainda do Comitê E stadual de Mortalidade Materna e do Comitê Municipal deE studos da M ortalidade M aterna - responsávds pelo estudo dos óbitos maternos no estado de Pernambuco e

Conferência Internacional do Cairo UO Redf C

Papel das Enfermeiras é debatido no GEOPE Inês Tenório

0 Grupo de Enfermeiras(os) Obstetras de Pernambuco (GEOPE) é um espaço de articulação política, que congrega enfermeiras(os) obstetras, estudantes de

enfermagem a nível de graduação e pós graduação (especialização em enfermagem obstétrica e residência de enfermagem em tocoginecologia), que atuam na assistência, ensino e pesquisa, 0 objetivo desse trabalho é consolidar a prática cotidiana de nós enfermeiras(os) na área de saúde da mulher, em especial a obstétrica. Os debates, que sempre acontecem

qumzenalmente, sempre nas quartas, na ABEn/PE, das 17h30às20h, giram

em torno da qualidade da assistência à saúde da mulher e neonato, bem como daqueles aspectos que entendemos influenciar nessa qualidade: 1) reconhecimento, autonomia e valorização das enfermeiras(os) obstetras na sociedade: 2) realização de atividades

fundamentais a nível institucional, com bases legais(COFEn e MS) tais como: consulta de enfermagem no pré-natal; assistência à mulher no trabalho de parto e realização do parto considerado eutócico (se necessário com anestesia locorregional ou local, episiotomia e episiorrafia); assistência à puérpera; consulta de enfermagem no pós natal; 3)auditoria e consultoria de enfermagem obstétrica, capacitação de profissionais que prestam assistência à saúde da mulher; 4) realização de interação e integração com organizações governamentais, ONGs, entidades de classe, escolas de enfermagem, universidades, serviços de saúde e outras atividades conclamadas em nosso país e propostas divulgadas e registradas pela OPAS/OMS e pelo Governo Federal.

Inês Tenório é coordenadora do Depto. de Enfermagem da UFPE Serviço: ABEn/PE - 081.2311957 Depto. Enfermagem/UFPE - 081.2718543

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aMoâ Alô Paula,

Aqui sou eu Maria Francisca da Silva, para lhe parabenizar seu trabalho departeira. Nós estamos muito felizes por este momento que nos reunimos aqui com Neide, Ursula, Sueli, enfim todas. Queremos parabenizar mesmo é Cira. Enfim, eu quero que

cada ve^ ^ue n^s venha aqui sejamos sempre felizes. As aulas que tivemos agora foram fundamentais. Em cima de tudo, eu queria dizer tudo bem e nada mais a lhe agradecer. Obrigado. Desejo tudo de bom pra vocês. Desejo tudo de bom pra vocês todas. Peço que tenha outro encontro se Deus quiser. Meu amor, nunca posso esquecer destes momentos tão maravilhosos que passei com vocês Beijo e abraço Maria Francisca Trindade - PE (Março de 99)

Curumim Hoje Centro de Atendimento

Uma das atividades desenvolvidas pelo Grupo Curumim é o Centro de Atendimento que realiza a assistência às gestantes, casais e adolescentes. Além do acompanhamento ginecológico e o pré- natal também é oferecido massagens, aromaterapia e Reiki - um trabalho ener- gético de origem oriental. As consultas podem ser marcadas previamente e um novo grupo de preparação para o parto está sendo programado para Agosto de 99.

Projeto Moara Ajudando a Nascer

É um trabalho de assessoria aos municípios, hospitais, maternidades e profissionais de saúde no sentido de capacitar equipes de profissionais e estu- dantes para a humanização da assistência obstétrica. Os profissionais e estudantes ainda podem participar das atividades do Centro de Atendimento como forma de aprendizado. Um dos nossos objetivos é divulgar, discutir e implementar as Recomendações da Organização Mundial de Saúde.

Pesquisa

O Grupo Curumim foi convidado pelo FNUAP - Fundo das Nações Unidas para a População e Conselho Nacional dos Direitos da Mulher, para participar de uma pesquisa nacional sobre: 'A contracepção reversível nos serviços de planejamento familiar do SUS". O Grupo Curumim está fazendo um estudo qualitativo na rede pública de saúde para saber como está a oferta dos métodos contraceptivos para as mulheres. . A versão local do trabalho vai ser apresentada em setembro, num seminário realizado em Recife e a publicação deve acontecer só em dezembro.

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Alfazema - acalma dores, diminui a tensão nervosa e muscular. Indicado na gravidez para evitar contrações precoces.

Arruda - usada no parto, tem uma

propriedade química de efeito oxitócica (contrai o útero), por isso deve ser

usada com muito cuidado.

Alfavaca - tem

muitas propriedades terapêuticas que podem ser

usadas na gravidez, parto e pós-parto. É indicada em caso de inflamações nas vias

urinárias, no bico do seio machucado e aumenta a produção de leite em mães que amamentam e diminui as dores devido ao espasmo.

Salvia - favorece o equilíbrio hormonal no organismo feminino é por isso é utilizada durante a gravidez. Também ajuda a reduzir a febre e é anti-inflamatório.

Gengibre - combate os enjôos da gravidez e é anti-hemorrágico, podendo ser usada até como profilaxia antes do parto.

Erva Cidreira - tem efeito analgésico diminuindo dores e acalma o sistema nervoso.

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Fique Ligado cartMy ülte&

MENINAS DO PORTO: As autoras Maria Teresa Verardo, Márcia S. Tarab Reis e Rosângela Mendes Viera há anos trabalham com meninas prostituídas, ou em risco de prostituição. Com a experiência que têm, procuram discutir, refletir e encontrar soluções para a prostituição infanto-juvenil. 144páginas Preço: R$20,00 Editora: 0 Nome da Rosa LTDA http:i j www, nomedarosa. com, br, e-mail: nomedarosa(a), nomedarosa. com, br R Simão Alvares, 488 Pinheiros São Paulo/SP CEP 05417-030 Fax (011) 815-0979 Tel: (011)814-8357

"ALMANAQUE DE BICHOS QUE DÃO EM GENTE ", de Sônia Hirsch, ensina a reconhecer e evitar os parasitas, além de indicar o tratamento adequado. A ênfase vai para vermes eprotozpários, que podem será causa de sintomas como dor de cabeça, insônia, ansiedade, depressão, falta de atenção, problemas intestinais, alergias e até mesmo câncer, segundo alguns pesquisadores. Tel. (021) 509 0859 ou http:/1 correcotia. com

LOBASE GRÁVIDAS: GUIA DE PREPARAÇÃO PARA 0 PARTO DA MULHER SELVAGEM de Lívia Pavitra. Tem como objetivo fa^er com que as mulheres entrem em contato com seu instinto, perdendo o medo de parir. Tel (061) 6461928 ou e-mail: iquiron(a),uoL com, br

AUTO MASSAGEM E MEDICINA CHINESA UVRO DE MARCOS FREIRE. Resultado de oito anos de experiência do autor. E um guia prático e tragos princípios teóricos da medicina chinesa. São ao todo 189 ilustrações e16 diagramas dispostos de uma forma interativa. Tel. (081) 429 0798,429 0791 e 434 3523 e-mail: mar(a),amhr. com, br

Boletim: Notas sobre Nasámento e Parto - GENP - Grupo de Estudos sobre Nasámento e Parto / Instituto de Saúde-SP São artigos científicos e atuais sobre tecnologias apropriadas. Ótima fonte de pesquisa. Recomendações da OMS, publicadas em 1996. Enviar ¥4 7,00 (sete reais) ao endereço do GENP - Grupo de Estudos sobre Nascimento e Parto / Instituto de Saúde. Rua Santo Antônio, 590 - 2o andar -01314-000 São Paulo - SP - Tel. (011) 605 9047 / 605 9048 ramais211/212-Fax: (011) 6052772

O Site do Grupo Origem (http:/ / www, amamentação, org. br) foi escolhido o melhor na categoria saúde, pelo júri oficial do IBEST, o mais importante concurso da Internet Brasileira. Um outro site - "Câncer de Mama - Entre depeito nessa luta"

ficou entre os três melhores, segundo o júri popular. Valeu t WABA - www, elógica, com, brl waba IBFAM - www, aleitamento, org. brt ibfan. htm

Parto Humanizado na Internet O médico Marcus Renato da Carvalho, da Rede Ibfan e do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da UFRJ, traduziu e colocou no endereço da Rede Ibfan, do Rio, www, apc. org. brl ibfanrio lparto, htm o Informe Técnico "Nasce nos EUA a iniciativa para o parto respeitoso".

Casa do Parto Boas notícias da Casa do Parto de Niterói / RJ: continuam os atendimento a gestantes, casais grávidos, acompanhamento no pós-parto, tanto para amamentação como para o desmame, além de supervisão e consultoria. Tudo isso também na Internet! Endereço: Rua Ministro Otávio Kelly, 491 - Icaraí - Niterói, RJ Tel./fax (021) 711-9808 http: / / www, interclub. com, br/ casaparto e-mail: casaparto(a),interclub. com, br

CURUMIM EDIÇÃO N° 9

Paula \

Lei

P

Ilustrações:

Rua São I F

E-

Equipe do Curumim: 'iana, Islene Carvalho, Neide Ursula Coelho, Nubia Melo,

ilida Pimentel, Valdecira Sant Sueli Valongueiro

jornalista Responsável: elipe Porciúncula - DRT 1755

Diagramação: Clara Negreiros

tos: Arquivo/Curumim e Imag

Geovana Falcão e Zezé Brite

Tiragem: 3-000 exQipplares Impressão: Intergraf

GRUPO CURUMIM 'élix, 70 - Campo Grande - Re one: (081) 427-9100/427-202: mail: curumimQelogica.com.l:

Batista,

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