Cartilha sobre mosquitos Mansonia

Quem são esses insetos? O que está sendo feito para evitar a proliferação? E qual o papel da comunidade?

Foto real do mosquito Mansonia

A “Cartilha sobre mosquitos Mansonia” é uma publicação da Energia Sustentável do Brasil.

• Produção: Clara Comunicação Ltda• Informações técnicas: Fábio Medeiros da Costa (Oikos Consultoria e Projetos)• Roteiro: Áriston S. Oliveira e Jaqueline Malta (Clara Comunicação Ltda)• Design gráfico: Áriston S. Oliveira (Clara Comunicação Ltda)• Desenhos: Gaspar Knyppel

Maria, vou levar estes mosquitos que matamos a um pesquisador para nos informar

sobre ele.

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Cartilha sobre mosquitos MansoniaQuem são esses insetos? O que está sendo feito para evitar a proliferação? E qual o papel da comunidade?

A nuvem de mosquitos chega até uma residência, encontra um casal e parte logo para o ataque, onde serão disparadas várias picadas.

Após ser atacado pelos mosquitos, João teve uma ideia:Nossa, que

mosquito que incomoda!

Ai, ai... Ui, ai...

Vou com você João, quero saber

sobre estes mosquitos.

Conheço um vilarejo em que há bastante alimento.

É lá que vai ser nosso rolezinho hoje, galera!

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Olá, sou o Cientista Pedro, em que posso ajudar?

Me chamo Maria e este é o João.

Oi, queremos saber sobre estes mosquitos que nos

picam, vamos ficar doente?

Anopheles sp.

Há outros tipos de mosquitos que podem transmitir doença, dependendo do gênero. Existe o Anopheles sp. que transmite a malária, o Culex sp., responsável pela filariose e arboviroses, o Aedes aegypti, transmissor da dengue, chicungunya e zika. Mas hoje vamos falar

do Mansonia, esses mosquitos que vocês trouxeram e que, em nossa região, não há registros de

transmissão de doenças.

Culex sp.

Mansonia

Aedes aegypti

Este mosquito é chamado Mansonia. Até o momento, não existe relação de

transmissão de doença por este mosquito no Brasil.

Menos mal. Ainda bem que não há caso de transmissão de

doenças por aqui.

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Estes Mansonia estão perturbando demais, Cientista

Pedro. Que fazem esses mosquitos?

Então estes mosquitos danados se chamam

Mansonia?

Foi assim mesmo que nos atacaram Cientista

Pedro.

Sim, o nome Mansonia foi dado por cientistas em homenagem à Patrick Manson

(1844-1922), médico britânico e importante estudioso de Medicina Tropical.

Realmente esses mosquitos tem incomodado muita gente! Pois, suas picadas

são doloridas, ainda mais quando ocorridas por diversas vezes e ao mesmo tempo. Outra

característica do mosquito é atacar junto com outros formando uma nuvem ou enxame. Também

é considerado um mosquito de tamanho grande em relação aos demais.

Ai, ai... Ui, ai...

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O Mansonia pode ser encontrado em uma faixa que vai dos Estados Unidos até a Argentina. No Brasil, ele é comum na região

amazônica, mas também em outros lugares do país.

Por que tem tanto Mansonia aqui em nossa terra?

Por que até agora não conseguiram controlar os

Mansonia?

Como este mosquito é uma espécie silvestre e preferencialmente se alimenta de sangue animal, não há

estudos comprovados de como efetuar o controle por meio de inseticidas específicos, como borrifação e fumacê.

Os Mansonia se reproduzem naturalmente em remansos de rios, lagos e lagoas onde existem vegetação aquática específicas.

Na verdade, eles sempre existiram em nossa região, pois há muitos fatores que podem contribuir com o aumento dos Mansonia, como:

Altas temperaturas Umidade Criação de

gado

Tudo isso contribui para que o mosquito possa se reproduzir.

Animais silvestres

Plantas aquáticas

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E quais os estudos estão sendo realizados para conhecer

melhor o Mansonia?

A ESBR juntamente com o IPEPATRO Rondônia está realizando estudos sobre o Mansonia na área de influência da Usina Jirau, desde 2011. Já nesta época a quantidade era intensa. Atualmente, estes estudos são continuados e intensificados para compreender sobre o

comportamento desses mosquitos. Os dados coletados serão levados as Instituições responsáveis para que possam ser analisados e emitido algum parecer específico sobre o mosquito.

Venham comigo que vou mostrar como estão sendo desenvolvidos esses estudos sobre o Mansonia.

INSTITUTO DE PESQUISAS EM PATOLOGIAS TROPICAIS

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As equipes estão trabalhando de forma intensificada. Em lugares estratégicos,

instalam armadilhas para coletar ovos e larvas de mosquito para realizar os estudo.

Existem, também, os trabalhos de captura dos mosquitos adultos tanto no ambiente

natural como dentro das residências.

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Todo material coletado é levado para identificação em laboratório.

Cientista Pedro, ouvimos falar por aí que essas armadilhas e

equipamentos estão servindo para alguém criar e soltar estes mosquitos no meio

ambiente. Isso é verdade?

Não, não é verdade! Nem a ESBR e nem o IPEPATRO - RO criam e soltam Mansonia ou qualquer outro

gênero de mosquito. O material que vemos com estas equipes são armadilhas para capturar os mosquitos, para a realização dos estudos e,

nunca, para soltá-los. É importante esclarecer que para a criação de qualquer mosquito é necessário a Licença Ambiental e ambas as empresas não solicitaram esse tipo de liberação. E acrescento, não existe nenhum

interesse em criar e soltar estes mosquitos e, sim coletá-los e estudá-los para chegarmos às soluções futuras.

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O Mansonia é um problema de todos. Por isso é de suma importância

que os cidadãos contribuam para o controle desses mosquitos.

E o que exatamente a população pode fazer para

contribuir?

Pode começar protegendo sua casa da entrada de mosquitos, colocando telas em portas e janelas. Permitir a

borrifação das paredes de sua residência. Abrir as portas e janelas

na hora em que o fumacê estiver passando. Vale destacar que apesar dessas ações serem para o controle

da malária podem minimizar o incômodo e o controle do Mansonia.

Usar roupas longas, de cor clara.

Aplicar repelente com frequência. E evitar se expor nos horários

em que tiver muitos mosquitos.

Evitar o acúmulo de lixo próximo as residências, pois estes podem funcionar

como refúgio destes mosquitos.

Usar o mosquiteiro na hora de deitar, de preferência os impregnados distribuídos

gratuitamente pela Secretaria Municipal de Saúde.

Evitar exposição no período noturno, horário preferencial

dos mosquitos.

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Obrigado pelos esclarecimentos, Cientista Pedro! Entendemos como é

importante fazermos nossa parte para o controle dos Mansonia.

Que bom que vocês buscaram se informar. Estarei sempre aqui para ajudar.

Agora vamos trabalhar todos juntos contra o Mansonia. Até a próxima!

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