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  • RISCO

    CARTILHA DA PNHMINISTÉRIO DA SAÚDE

    AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃOACOLHIMENTO

    Brasília – DF2004

    decom

  • MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria-Executiva

    Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização

    HumanizaSUSHumanizaSUSHumanizaSUSHumanizaSUSHumanizaSUSACOLHIMENTO COMACOLHIMENTO COMACOLHIMENTO COMACOLHIMENTO COMACOLHIMENTO COM

    AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:AVALIAÇÃO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO:UM PUM PUM PUM PUM PARADIGMA ÉTICOARADIGMA ÉTICOARADIGMA ÉTICOARADIGMA ÉTICOARADIGMA ÉTICO-ESTÉTICO NO F-ESTÉTICO NO F-ESTÉTICO NO F-ESTÉTICO NO F-ESTÉTICO NO FAZER EM SAÚDEAZER EM SAÚDEAZER EM SAÚDEAZER EM SAÚDEAZER EM SAÚDE

    Série B. Textos Básicos de Saúde

    Brasília − DF2004

  • © 2004 Ministério da Saúde.Todos os direitos reservados. É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte e não seja para venda ouqualquer fim comercial.Todos os direitos patrimoniais de autor, cedidos ao Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização do Ministérioda Saúde.

    Série B. Textos Básicos de Saúde

    Tiragem: 1.ª edição – 2004 – 15.000 exemplares

    Elaboração, distribuição e informações:MINISTÉRIO DA SAÚDESecretaria-ExecutivaNúcleo Técnico da Polít ica Nacional deHumanizaçãoEsplanada dos Ministérios, bloco G, Edifício Sede,3.o andar, sala 336CEP: 70058-900, Brasília – DFTels.: (61) 315 2587 / 315 2957E-mail: [email protected] page: www.saude.gov.br/humanizasus

    Texto:Altair MassaroClaudia Abbês

    Organização das cartilhas da PNH:Eduardo Passos

    Elaboração de texto, diagramação e layout:Cristina Maria Eitler (Kita)

    Fotos:Delegados participantes da 12.ª Conferência Nacional de Saúde(realizada em Brasília, de 7 a 11 de dezembro de 2003), fotografadosno stand do HumanizaSUS

    Fotógrafo:Cléber Ferreira da Silva

    Impresso no Brasil / Printed in Brazil

    Ficha Catalográfica

    EDITORA MSDocumentação e InformaçãoSIA, trecho 4, lotes 540 / 610CEP: 71200-040, Brasília – DFTels.: (61) 233 2020 / 233 1774Fax: (61) 233 9558E-mail: [email protected] page: www.saude.gov.br/editora

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    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização.HumanizaSUS: acolhimento com avaliação e classificação de risco: um paradigma ético-estético no fazer em saúde /

    Ministério da Saúde, Secretaria-Executiva, Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. – Brasília: Ministério daSaúde, 2004.

    48 p. – (Série B. Textos Básicos de Saúde)

    1. SUS (BR). 2. Política de saúde. 3. Prestação de cuidados de saúde. I. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria-Executiva.Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. II. Título. III. Série.

    NLM WA 30 DB8_________________________________________________________________________________________________________

    Catalogação na fonte – Editora MS – OS 2005/0050Títulos para indexação:Em inglês: HumanizaSUS. Reception with Evaluation and Hazardous Classification: an ethic-esthetic paradigm in making healthEm espanhol: HumanizaSUS. Acogida con evaluación y clasificación de risco: un paradigma ético y estético en el hacer en salud

    Equipe editorial:Normalização: Leninha Silvério

    Revisão: Denise Xavier Carnib BezerraMara Rejane Vieira Soares Pamplona

  • O Ministério da Saúde implementa aPolítica Nacional de Humanização (PNH)HumanizaSUS

    HumanizaSUS é a proposta para enfrentar o desafiode tomar os princípios do SUS no que eles impõem demudança dos modelos de atenção e de gestão daspráticas de saúde. O Ministério da Saúde decidiu priorizaro atendimento com qualidade e a participação integradados gestores, trabalhadores e usuários na consolidaçãodo SUS. Eis a aposta do HumanizaSUS.

    Por humanização entendemos a valorização dos diferentessujeitos implicados no processo de produçãode saúde. Os valores que norteiam estapolítica são a autonomia e o protagonismodos sujeitos, a co-responsabilidade entre eles,o estabelecimento de vínculos solidários, aparticipação coletiva no processo de gestãoe a indissociabilidade entre atenção e gestão.

    O

  • A PNH não é para nós um mero conjunto de propostasabstratas que esperamos poder tornar concreto. Ao contrário,partimos do SUS que dá certo. Para nós, então, o HumanizaSUS seapresenta como uma política construída a partir de experiênciasconcretas que identificamos e queremos multiplicar. Daí aimportância da função multiplicadora das “Cartilhas da PNH”. Comelas, esperamos poder disseminar algumas tecnologias dehumanização da atenção e da gestão no campo da saúde.

    Brasília, 2004

  • 5

    O acolhimento é uma ação tecno-assistencial quepressupõe a mudança da relação profissional/usuário e sua redesocial através de parâmetros técnicos, éticos, humanitários e desolidariedade, reconhecendo o usuário como sujeito e participanteativo no processo de produção da saúde.

    O acolhimento é um modo de operar os processos de trabalho emsaúde de forma a atender a todos que procuram os serviços de saúde,ouvindo seus pedidos e assumindo no serviço uma postura capaz de acolher,escutar e pactuar respostas mais adequadas aos usuários. Implica prestar umatendimento com resolutividade e responsabilização, orientando, quandofor o caso, o paciente e a família em relação a outros serviços de saúde paraa continuidade da assistência e estabelecendo articulações com esses serviçospara garantir a eficácia desses encaminhamentos.

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    “Constatar os problemas de saúde e tomá-los como desafio não ésuficiente para imprimir as mudanças que possam traduzir a saúde comodireito e patrimônio público da sociedade” (MERHY et al, 1999).

    É preciso restabelecer, no cotidiano, o princípio dauniversalidade do acesso – todos os cidadãos devempoder ter acesso aos serviços de saúde – e aresponsabilização das instâncias públicas pela saúde dosindivíduos. Isto deve ser implementado com aconseqüente constituição de vínculos entre osprofissionais e a população, empenhando-se naconstrução coletiva de estratégias que promovammudanças nas práticas dos serviços, onde a defesa eafirmação de uma vida digna de ser vivida seja adotadacomo lema.

    Tradicionalmente, a noção de acolhimento no campo da saúdetem sido identificada:

    ora a uma dimensão espacial, que se traduz em recepçãoadministrativa e ambiente confortável;

    ora a uma ação de triagem administrativa e repasse deencaminhamentos para serviços especializados que afirma, na maior

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    parte das vezes, uma prática de exclusãosocial, na medida em que “escolhe” quemdeve ser atendido.Ambas as noções têm sua importância,entretanto, quando tomadas isoladamente dosprocessos de trabalho em saúde, se restringema uma ação pontual, isolada edescomprometida com os processos deresponsabilização e produção de vínculo.Nesta definição tradicional de acolhimento, oobjetivo principal é o repasse do problematendo como foco a doença e o procedimento,e não o sujeito e suas necessidades.Desdobra-se daí a questão do acesso aosserviços que, de modo geral, é organizadoburocraticamente a partir das filas por ordemde chegada, sem avaliação do potencial derisco, agravo ou grau de sofrimento.Este funcionamento demonstra a lógica perversana qual grande parte dos serviços de saúde vemse apoiando para o desenvolvimento do

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    trabalho cotidiano. Lógica essa, que temproduzido falta de estímulo dos profissionais,menor qualidade da capacitação técnica pelanão inserção do conjunto de profissionaisligados à assistência, e não inclusão dossaberes que os usuários têm sobre sua saúde,seu corpo e seu grau de sofrimento. Acresce-se a isso a não integração de diferentes setorese projetos e a não articulação com a rede deserviços no sistema de encaminhamento deusuários a serviços especializados, tornandoo processo de trabalho solitário e fragmentado.O que vemos é que este modo de operar ocotidiano tem produzido sofrimento e baixana qualidade de vida não só dos usuários, mastambém dos profissionais de saúde. A reversãodesse processo nos convoca ao desafio deconstruirmos alianças éticas com a produçãoda vida, onde o compromisso singular com ossujeitos, usuários e profissionais de saúde,esteja no centro desse processo. Essas aliançascom a produção da vida implicam um

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    processo que estimula a co-responsabilização, um encarregar-sedo outro, seja ele usuário ou profissional de saúde, como parte daminha vida. Trata-se, então, do incentivo à construção de redes deautonomia e compartilhamento onde “eu me reinvento inventando-mecom o outro”. O acolhimento como estratégia de interferência nos processosde trabalhoO acolhimento não é um espaço ou um local, mas uma posturaética, não pressupõe hora ou profissional específico para fazê-lo,implica compartilhamento de saberes, necessidades, possibilidades,angústias e invenções. Desse modo é que o diferenciamos de triagem,pois ele não se constitui como uma etapa do processo, mas comoação que deve ocorrer em todos os locais e momentos do serviço desaúde. Colocar em ação o acolhimento como diretriz operacionalrequer uma nova atitude de mudança no fazer em saúde e implica:

    protagonismo dos sujeitos envolvidos no processo deprodução de saúde;

    uma reorganização do serviço de saúde a partir da reflexãoe problematização dos processos de trabalho, de modo a possibilitara intervenção de toda a equipe multiprofissional encarregada daescuta e resolução dos problemas do usuário;

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    elaboração de projeto terapêutico individual e coletivo comhorizontalização por linhas de cuidado;

    mudanças estruturais na forma de gestão do serviço desaúde, ampliando os espaços democráticos de discussão/decisão,de escuta, trocas e decisões coletivas. A equipe neste processo pode,também, garantir acolhimento para seus profissionais e àsdificuldades de seus componentes na acolhida à demanda dapopulação;

    uma postura de escuta e compromisso em dar respostasàs necessidades de saúde trazidas pelo usuário, que inclua suacultura, saberes e capacidade de avaliar riscos;

    construir coletivamente propostas com a equipe local ecom a rede de serviços e gerências centrais e distritais.

    Uma postura acolhedora implica em estar atento e poroso àdiversidade cultural, racial e étnica. Vejamos aqui o caso de umausuária de comunidade indígena que dá entrada numa unidade desaúde, e após o atendimento e realização do diagnóstico indica-seuma cirurgia (laparoscopia) urgente a ser realizada pelo umbigo.Após a comunicação do procedimento indicado, a usuária se recusaa realizá-lo dizendo não poder deixar que mexam no seu umbigo

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    pois este é a fonte da onde brota a vida eonde a alma circula. Após a recusa váriasnegociações foram feitas de forma a realizar oprocedimento cirúrgico levando em conta osvalores e saberes desse grupo.Acolher com a intenção de resolver osproblemas de saúde das pessoas que procuramuma unidade de saúde pressupõe que todas aspessoas que procuram a unidade, por demandaespontânea, deverão ser acolhidas porprofissional da equipe técnica. O profissionaldeve escutar a queixa, os medos e asexpectativas; identificar riscos e vulnerabilidade,acolhendo também a avaliação do própriousuário; e se responsabilizar para dar umaresposta pactuada ao problema, conjugandoas necessidades imediatas dos usuários com ocardápio de ofertas do serviço, e produzindoum encaminhamento responsável e resolutivoà demanda não resolvida. Nessefuncionamento, o acolhimento deixa de ser umaação pontual e isolada dos processos de

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    produção de saúde e se multiplica em inúmerasoutras ações que, partindo do complexo encontrodo sujeito profissional de saúde e sujeitodemandante, possibilitam analisar:

    a adequação da área física;as formas de organização dos serviços

    de saúde;a governabilidade das equipes locais;a humanização das relações em serviço;os modelos de gestão vigentes na

    unidade de saúde;o ato da escuta e a produção de vínculo;o compartilhamento do conhecimento;o uso ou não de saberes para melhoria

    da qualidade das ações de saúde e o quantoestes saberes estão a favor da vida.

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    O acolhimento com avaliação e classificação de riscocomo dispositivo de mudança no trabalho da atenção eprodução de saúde O acolhimento como dispositivo tecno-assistencial permite refletire mudar os modos de operar a assistência, pois questiona as relaçõesclínicas no trabalho em saúde, os modelos de atenção e gestão e asrelações de acesso aos serviços. A avaliação de risco e vulnerabilidadenão pode ser considerada prerrogativa exclusiva dos profissionais desaúde, o usuário e sua rede social devem também ser consideradosneste processo. Avaliar riscos e vulnerabilidade implica estar atentotanto ao grau de sofrimento físico quanto psíquico, pois muitas vezeso usuário que chega andando, sem sinais visíveis de problemas físicos,mas muito angustiado, pode estar mais necessitado de atendimentocom maior grau de risco e vulnerabilidade.Vejamos a história de A. de 15 anos: ela chega a uma unidade desaúde andando, trajando uniforme escolar, sozinha, e dirige-se àrecepção, onde o processo de acolhimento se faz à maneira tradicional− por meio de triagem burocrática, sem sistematização de umprocesso de Classificação de Risco com protocolo estabelecido −,visivelmente angustiada e diz estar com muita dor na barriga. Aprofissional da Recepção avalia que ela pode ficar na fila e, depoisde 35 minutos esperando, A. volta à recepção dizendo que a dor

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    está aumentando, mas é reconduzida a esperar a sua vez na fila.Depois de 15 minutos A. cai no chão, é levada para o atendimentoe morre por ter ingerido veneno de rato para interromper umagravidez indesejada.O que a história de A. nos indica é a urgência de reversão ereinvenção dos modos de operar os processos de acolhimento nocotidiano dos serviços de saúde objetivando:

    a melhoria do acesso dos usuários aos serviços desaúde, mudando a forma burocrática de entrada por filas e ordemde chegada;

    a humanização das relações entre profissionais de saúdee usuários no que se refere à forma de escutar este usuário em seusproblemas e demandas;

    mudança de objeto da doença para o doente (sujeito);uma abordagem integral a partir de parâmetros

    humanitários de solidariedade e cidadania;o aperfeiçoamento do trabalho em equipe com a

    integração e complementaridade das atividades exercidas pelasdiferentes categorias profissionais, buscando orientar o atendimentodos usuários aos serviços de saúde por riscos apresentados,complexidade do problema, grau de saber e tecnologias exigidas

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    para a solução;o aumento da responsabilização

    dos profissionais de saúde em relação aosusuários e elevação dos graus de vínculo econfiança entre eles;

    a operacionalização de umaclínica ampliada que implica a abordagem dousuário para além da doença e suas queixas,construção de vínculo terapêutico visando aaumentar o grau de autonomia e deprotagonismo dos sujeitos no processo deprodução de saúde, e a elaboração de projetoterapêutico individual e coletivo.

    Importante acentuar que o conceito deacolhimento se concretiza no cotidiano daspráticas de saúde por meio de escutaqualificada e da capacidade de pactuaçãoentre a demanda do usuário e a possibilidadede resposta do serviço, e deve traduzir-se emqualificação da produção de saúde

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    complementando-se com a responsabilizaçãodaquilo que não se pode responder deimediato, mas que é possível direcionar, demaneira ética e resolutiva, com segurança deacesso ao usuário. Nesse sentido, todos osprofissionais de saúde fazem acolhimento.Entretanto, as portas de entrada dos aparelhosde saúde podem demandar a necessidade deum grupo especializado em promover oprimeiro contato do usuário com o serviço,como Prontos-Socorros, Ambulatórios deEspecialidades, Centros de Saúde etc., grupoeste afeito às tecnologias relacionais, produçãode grupalidades e produção e manipulaçãode banco de dados.A tecnologia de Avaliação com Classificaçãode Risco, pressupõe a determinação deagilidade no atendimento a partir da análise,sob a óptica de protocolo pré-estabelecido,do grau de necessidade do usuário,proporcionando atenção centrada no nível decomplexidade e não na ordem de chegada.

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    Desta maneira exerce-se uma análise (Avaliação) e uma ordenação(Classificação) da necessidade, distanciando-se do conceitotradicional de triagem e suas práticas de exclusão, já que todosserão atendidos.Estas duas tecnologias, Acolhimento e Avaliação/Classificação deRisco, portanto, têm objetivos diferentes, mas complementares,podendo, dada a singularidade dos serviços, coexistirem oufuncionarem separadamente no contexto físico, mas jamais dísparesno processo de trabalho.

    Neste entendimento, o acolhimento com

    avaliação e classificação de risco configura-se

    como uma das intervenções potencialmente

    decisivas na reorganização e realização da

    promoção da saúde em rede, pois se faz a partir

    da análise, problematização e proposição da

    própria equipe, que se constitui como sujeito

    do seu processo de trabalho. Em sua

    implementação, o acolhimento, extrapola o

    espaço de gestão local afirmando, no cotidiano

    das práticas em saúde, a coexistência das macro

    e micropolíticas.

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    Alguns pontos críticos desse processo:Ampliar o acesso sem sobrecarregar as equipes, sem prejudicar

    a qualidade das ações, e sem transformar o serviço de saúde em excelenteprodutor de procedimentos.

    Superar a prática tradicional, centrada na exclusividade da dimensãobiológica, de modo que amplie a escuta e que recoloque a perspectivahumana na interação entre profissionais de saúde e usuários.

    Reconfigurar o trabalho médico no sentido de superar o papelcentral que ele vem ocupando e integrá-lo no trabalho da equipe,garantindo o compartilhamento de saberes para um ganho na potênciadas diferentes categorias.

    Transformar o processo de trabalho nos serviços de saúde, no sentidode aumentar a capacidade dos trabalhadores de distinguir os problemas,identificar riscos e agravos, e adequar respostas à complexidade de problemastrazidos pelos usuários. Além disso, potencializar profissionais comuns eespecializados, sem extrapolar as competências inerentes ao exercício profissionalde cada categoria.

    Explicitar e discutir a proposta com a população, conjunto deprofissionais e atores políticos de forma a ampliar a escuta para os pontosassinalados e as críticas na construção de novos saberes em saúde.

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    Algumas ferramentas teóricas disponíveis:Fluxograma Analisador: “Diagrama

    em que se desenha um certo modo de organizaros processos de trabalho que se vinculam entresi em torno de uma certa cadeia de produção.”(MERHY, 1998). Foto das entradas no processo,etapas percorridas, saídas e resultadosalcançados, análise do caso. Funciona comoferramenta para reflexão da equipe sobre comoé o trabalho no dia a dia dos serviços.

    Oficinas de discussão e construção deações com acento no trabalho grupalmultiprofissional com a participação de equipelocal e/ou consultorias externas.

    Elaboração de Protocolos: sob a óticada intervenção multiprofissional na qualificaçãoda assistência, legitimando: inserção doconjunto de profissionais ligados à assistência,humanização do atendimento, identificação derisco por todos os profissionais, definição deprioridades e padronização de medicamentos.

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    Acolhimento com Classificação de Risco

    A Classificação de Risco é umprocesso dinâmico de identificaçãodos pacientes que necessitam detratamento imediato, de acordo como potencial de risco, agravos à saúdeou grau de sofrimento.

    Justificativa:Com a crescente demanda e procura dosserviços de urgência e emergência, observou-se um enorme fluxo de “circulaçãodesordenada” dos usuários nas portas doPronto-Socorro, tornando-se necessária areorganização do processo de trabalho desteserviço de saúde de forma a atender osdiferentes graus de especificidade eresolutividade na assistência realizada aosagravos agudos de forma que a assistênciaprestada fosse de acordo com diferentes graus

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    de necessidades ou sofrimento e não maisimpessoal e por ordem de chegada.A disponibilização dessa tecnologia não deveabranger a todos os que procuram o serviço, emespecial nos locais onde a demanda é excessiva,ou corre-se o risco de se produzir um novogargalo na entrada; o contrário disto é umahipertrofia neste serviço podendo prejudicar aconstituição de outras equipes importantes naunidade. Desta forma a utilização da Avaliação/Classificação de Risco deve ser por observação(a equipe identifica a necessidade pelaobservação do usuário, sendo aqui necessáriocapacitação mínima para tanto) ou por explicitação(o usuário aponta o agravo). O fato de haverindivíduos que “passam na frente” pode gerarquestionamentos por aqueles que sentem-seprejudicados, no entanto isso pode ser minimizadocom divulgação ampla aos usuários na sala deespera do processo utilizado. Àqueles que aindaresistem, o processo de escuta deve ser exercitadoutilizando-se a própria tecnologia para tanto.

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco22

    Objetivos da Classificação de Risco:Avaliar o paciente logo na sua chegada

    ao Pronto-Socorro humanizando o atendimento.Descongestionar o Pronto-Socorro.Reduzir o tempo para o atendimento

    médico, fazendo com que o paciente seja vistoprecocemente de acordo com a sua gravidade.

    Determinar a área de atendimentoprimário, devendo o paciente ser encaminhadodiretamente às especialidades conformeprotocolo. Exemplo: ortopedia, ambulatórios, etc.

    Informar os tempos de espera.Promover ampla informação sobre o

    serviço aos usuários.Retornar informações a familiares.

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 23

    Pré-requisitos necessáriosà implantação da Central de Acolhimento e Classificação de Risco:

    Estabelecimento de fluxos, protocolos de atendimento eclassificação de risco;

    Qualificação das Equipes de Acolhimento e Classificação deRisco (recepção, enfermagem, orientadores de fluxo, segurança);

    Sistema de informações para o agendamento de consultasambulatoriais e encaminhamentos específicos;

    Quantificação dos atendimentos diários e perfil da clientela ehorários de pico;

    Adequação da estrutura física e logística das seguintes áreasde atendimento básico:

    Área de EmergênciaÁrea de Pronto Atendimento

    EmergênciaA área de Emergência, nesta lógica, deve ser pensada também pornível de complexidade, desta forma otimizando recursos tecnológicose força de trabalho das equipes, atendendo ao usuário segundo suanecessidade específica.

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco24

    Área Vermelha – área devidamente equipada e destinada aorecebimento, avaliação e estabilização das urgências eemergências clínicas e traumáticas. Após a estabilização estespacientes serão encaminhados para as seguintes áreas:

    Área Amarela – área destinada à assistência de pacientescríticos e semicríticos já com terapêutica de estabilizaçãoiniciada.

    Área Verde – área destinada a pacientes não críticos, emobservação ou internados aguardando vagas nas unidadesde internação ou remoções para outros hospitais de retaguarda.

    Pronto AtendimentoÁrea Azul – área destinada ao atendimento de consultas de baixa emédia complexidade.

    Área de acolhimento com fluxo obrigatório na chegada.Área física que favoreça a visão dos que esperam por atendimentos

    de baixa complexidade, seguindo-se os conceitos de ambiência.Consultório de enfermagem, classificação de risco e

    procedimentos iniciais com os seguintes materiais para o atendimentoàs eventuais urgências:

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 25

    Monitor e eletrocardiógrafoOxímetro de pulsoGlucosímetroAmbu Adulto e InfantilMaterial de Intubação Adulto e InfantilMaterial de punção venosaDrogas e soluções de emergênciaPrancha longa e colar cervical

    Consultórios médicosServiço SocialSala de administração de medicamentos e inaloterapiaConsultórios para avaliação de especialidades

    Processo de Acolhimento e Classificação de Risco:O usuário ao procurar o Pronto Atendimento deverá direcionar-seà Central de Acolhimento que terá como objetivos:

    Direcionar e organizar o fluxo por meio da identificaçãodas diversas demandas do usuário;

    Determinar as áreas de atendimento em nível primário(ortopedia, suturas, consultas);

    Acolher pacientes e familiares nas demandas de informaçõesdo processo de atendimento, tempo e motivo de espera;

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco26

    Avaliação primária, baseada no protocolo de situaçãoqueixa, encaminhando os casos que necessitam para a Classificaçãode Risco pelo enfermeiro.Importante destacar que esta avaliação pode se dar por explicitaçãodos Usuários ou pela observação de quem acolhe, sendo necessáriocapacitação específica para este fim, não se entende aqui processode triagem, pois não se produz conduta e sim direcionamento àClassificação de Risco.

    Após o atendimento inicial, o paciente é encaminhado para oconsultório de enfermagem onde a classificação de risco é feitabaseada nos seguintes dados:

    A Central de Acolhimento tem

    sua demanda atendida

    imediatamente sem precisar

    esperar consulta médica

    (procura por exames,

    consultas ambulatoriais, etc.),

    evitando atendimento médico

    de forma desnecessária.

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 27

    Situação/Queixa/ Duração (QPD)Breve histórico (relatado pelo próprio

    paciente, familiar ou testemunhas)Uso de medicaçõesVerificação de sinais vitaisExame físico sumário buscando sinais

    objetivosVerificação da glicemia, eletrocardiograma

    se necessário.

    A classificação de risco se dará nos seguintes níveis:Vermelho: prioridade zero – emergência,

    necessidade de atendimento imediato.Amarelo: prioridade 1 – urgência,

    atendimento o mais rápido possível.Verdes: prioridade 2 – prioridade não

    urgente.Azuis: prioridade 3 – consultas de baixa

    complexidade – atendimento de acordo com ohorário de chegada.

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco28

    Obs.: a identificação das prioridadespode ser feita mediante adesivocolorido colado no canto superiordireito do Boletim de Emergência.

    Um Exemplo de Protocolo paraClassificação de Risco: (Protocolo, 2001)Vermelhos: pacientes que deverão serencaminhados diretamente à Sala Vermelha(emergência) devido à necessidade deatendimento imediato:Situação/Queixa

    Politraumatizado grave – Lesão grave de umou mais órgãos e sistemas; ECG < 12.

    Queimaduras com mais de 25% de áreade superfície corporal queimada ou comproblemas respiratórios.

    Trauma Cranioencefálico grave – ECG

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 29

    Comprometimentos da coluna vertebral.Desconforto respiratório grave.Dor no peito associada à falta de ar e cianose (dor em

    aperto, facada, agulhada com irradiação para um ou ambos osmembros superiores, ombro, região cervical e mandíbula, de iníciosúbito, de forte intensidade acompanhada de sudorese, náuseas evômitos ou queimação epigástrica, acompanhada de perda deconsciência, com história anterior de IAM, angina, embolia pulmonar,aneurisma ou diabetes; qualquer dor torácica com duração superiora 30 minutos, sem melhora com repouso).

    Perfurações no peito, abdome e cabeça.Crises convulsivas (inclusive pós-crise).Intoxicações exógenas ou tentativas de suicídio com Glasgow

    abaixo de 12.Anafilaxia ou reações alérgicas associadas à insuficiência

    respiratória.Tentativas de suicídio.Complicações de diabetes (hipo ou hiperglicemia).Parada cardiorrespiratória.

    Alterações de sinais vitais em paciente sintomático:

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco30

    Pulso > 140 ou < 45PA diastólica < 130 mmHgPA sistólica < 80 mmHgFR >34 ou

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 31

    Possível aspiração.Possível contusão pulmonar.Óbitos no local da ocorrência.

    Amarelos: Pacientes que necessitam deatendimento médico e de enfermagem o maisrápido possível, porém não correm riscosimediatos de vida. Deverão ser encaminhadosdiretamente à sala de consulta de enfermagempara classificação de risco.Situação/Queixa:

    Politraumatizado com Glasgow entre 13e 15; sem alterações de sinais vitais.

    Cefaléia intensa de início súbito ourapidamente progressiva, acompanhada de sinaisou sintomas neurológicos, paraestesias,alterações do campo visual, dislalia, afasia.

    Trauma cranioencefálico leve (ECG entre13 e 15).

    Diminuição do nível de consciência.

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco32

    Alteração aguda de comportamento– agitação, letargia ou confusão mental.

    História de Convulsão /pós-ictal–convulsão nas últimas 24 horas.

    Dor torácica intensa.Antecedentes com problemas respiratórios,

    cardiovasculares e metabólicos (diabetes).Crise asmática.Diabético apresentando sudorese,

    alteração do estado mental, visão turva, febre,vômitos, taquipnéia, taquicardia.

    Desmaios.Estados de pânico, overdose.Alterações de sinais vitais em

    paciente sintomático:a.FC < 50 ou > 140b.PA sistólica < 90 ou > 240c.PA diastólica > 130

    d.T < 35 ou. 40

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 33

    História recente de melena ouhematêmese ou enterorragia com PA sistólica,100 ou FC > 120.

    Epistaxe com alteração de sinais vitais.Dor abdominal intensa com náuseas e

    vômitos, sudorese, com alteração de sinais vitais(taquicardia ou bradicardia, hipertensão ouhipotensão, febre).

    Sangramento vaginal com dorabdominal e alteração de sinais vitais; gravidezconfirmada ou suspeita.

    Náuseas/Vômitos e diarréia persistentecom sinais de desidratação grave – letargia,mucosas ressecadas, turgor pastoso, alteraçãode sinais vitais.

    Desmaios.Febre alta ( 39/40º C).Fraturas anguladas e luxações com

    comprometimento neurovascular ou dor intensa.Intoxicação exógena sem alteração de sinais

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco34

    vitais, Glasgow de 15.Vítimas de abuso sexual.Imunodeprimidos com febre.

    Verdes: Pacientes em condições agudas(urgência relativa) ou não agudas atendidoscom prioridade sobre consultas simples – esperaaté 30 minutos.

    Idade superior a 60 anos.Gestantes com complicações da

    gravidez.Pacientes escoltados.Pacientes doadores de sangue.Deficientes físicos.Retornos com período inferior a 24

    horas devido a não melhora do quadro.Impossibilidade de deambulação.Asma fora de crise.Enxaqueca – pacientes com diagnóstico

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 35

    anterior de enxaqueca.Dor de ouvido moderada à grave.Dor abdominal sem alteração de sinais vitais.Sangramento vaginal sem dor abdominal ou com dor

    abdominal leve.Vômitos e diarréia sem sinais de desidratação.História de convulsão sem alteração de consciência.Lombalgia intensa.

    Abcessos.Distúrbios neurovegetativos.Intercorrências ortopédicas.

    Obs.: Pacientes com ferimentos deverão ser encaminhadosdiretamente para a sala de sutura.

    Azuis: Demais condições não enquadradas nas situações/queixasacima.

    Queixas crônicas sem alterações agudas.Procedimentos como: curativos, trocas ou requisições de receitas

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco36

    médicas, avaliação de resultados de exames, solicitações de atestadosmédicosApós a consulta médica e a medicação o paciente é liberado.Exemplo de Roteiros de Avaliação para Classificação de RiscoSituação / Queixa::::: O paciente queixa-se de:

    cefaléiatontura / fraquezaproblemas de coordenação motoratrauma cranioencefálico leve / moderadodiminuição no nível de consciência / desmaios

    distúrbios visuais (diplopia, dislalia, escotomas,hianopsia)

    confusão mentalconvulsãoparaestesias e paralisias de parte do corpo

    História passada de:Pressão arterial alta

    Acidente vascular cerebral

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 37

    ConvulsõesTrauma cranioencefálicoTrauma raquimedularMeningiteEncefaliteAlcoolismoDrogas

    Medicamentos em usoO paciente deverá ser avaliado em relação:

    Nível de consciênciaConsciente e orientadoConsciente desorientadoConfusão mentalInquieto

    DiscursoClaroIncoerente e desconexo

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco38

    DeturpadoDificuldade de falar

    Responsivo ao nome, sacudir, estímulosdolorosos apropriados ou desapropriados

    Pupilas:FotorreagentesIsocórica, anisocorica,miose,

    midríase, ptose palpebralMovimento ocular para cima e para

    baixo/esquerda e direita.Habilidade em movimentar membros

    superiores e membros inferioresForça muscularParaestesias / plegias / paresiasDificuldade de engolir, desvio de rimaTremoresConvulsões

    Verificação dos Sinais Vitais: PA, Pulso Respiraçãoe Temperatura.

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 39

    Avaliação cardiorespiratóriaSituação/Queixa: pacientes com queixas de:

    tosse produtiva ou nãodificuldades de respirar/cianoseresfriado recentedor torácica intensa (ver mnemônico de avaliação)fadigaedema de extremidadestaquicardiasíncope

    História passada de:Asma/bronquiteAlergiasEnfisemaTuberculoseTrauma de tóraxProblemas cardíacosAntecedentes com problemas cardíacosTabagismo

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco40

    Mnemônico para avaliação da dor torácica: PQRSTP – O que provocou a dor? O que piora ou melhora?Q – Qual a qualidade da dor? Faça com que o paciente

    descreva a dor, isto é, em pontada, contínua, ao respirar, etc.R – A dor tem aspectos de radiação? Onde a dor está localizada?S – Até que ponto a dor é severa? Faça com que o paciente

    classifique a dor numa escala de 1 a 10.T – Por quanto tempo o paciente está sentindo a dor? O que

    foi tomado para diminuir a dor?

    Associar história médica passada de: doença cardíaca ou pulmonaranterior, hipertensão, diabetes e medicamentos atuaisSinais vitais: Verifique PA e P. Observe hipotensão, hipertensão,pulso irregular, ritmo respiratório, cianose, perfusão periférica.Procedimentos diagnósticos: Monitorização Cardíaca eEletrocardiograma, Oximetria.

    Encaminhamento para Área Vermelha:dor torácica ou abdome superior acompanhada de

    náuseas, sudorese, palidez.

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 41

    dor torácica com alteraçãohemodinâmica.

    dor torácica e PA sistólica superior ouigual 180, PAD igual ou superior a 120.

    pulso arrítmico ou FC superior a 120 bpmtaquidispnéia , cianose, cornagem, estridor

    (ruídos respiratórios).FR menor que 10 ou superior a 22.

    Avaliação da dor abdominal agudaA dor abdominal aguda é uma queixa comum,caracterizando-se como sintoma de uma sériede doenças e disfunções.Obtenha a descrição da dor no que se refere a:

    Localização precisaAparecimentoDuraçãoQualidadeSeveridade

  • 42

    Manobras provocativas ou paliativasSintomas associados: febre, vômitos,

    diarréia, disúria, secreção vaginal, sangramento.Em mulheres em idade fértil, considerara história menstrual e tipo deanticoncepção.

    Relacione a dor com:Ingestão de medicamentos (particularmente

    antiinflamatórios e aspirina)Náuseas e vômitos

    Ingestão de alimentos (colecistite, úlcera)SangramentosDisúria/ urgência urinária/ urina turva/

    hematúria/ sensibilidade supra púbicaObserve:

    Palidez, cianose, icterícia ou sinais de choquePosição do paciente (exemplo: na cólica

    renal o paciente se contorce)Distensão, movimento da parede

    abdominal, presença de ascites

  • 43

    Apalpe levemente atentando pararesistências, massas, flacidez e cicatrizes

    Sinais vitais: observe hiperventilaçãoou taquicardia, pressão arterial,temperaturaProcedimentos diagnósticos:Análise de urinaEletrocardiograma (pacientes comhistória de riscos cardíacos).

    Encaminhamentos para área Vermelha:Dor mais alteração hemodinâmicaPAS menor que 90 ou maior que 180 /

    FC maior que 120 e menor que 50 / PAS >=180Dor mais dispnéia intensaDispnéia intensaVômitos incoercíveis, hemetêmese

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco

    Avaliação da Saúde MentalUma avaliação rápida da saúde mentalconsiste na avaliação dos seguintes aspectos:

    aparênciacomportamentodiscursopensamento, conteúdo e fluxohumorpercepçãocapacidade cognitivahistória de dependência química

    Aparência:arrumada ou sujadesleixado, desarrumadoroupas apropriadas ou nãomovimentos extraoculares

    44

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco

    Comportamento:estranhoameaçador ou violentofazendo caretas ou tremoresdificuldades para deambularagitação

    Pensamentos:Conteúdo Fluxo

    suicida aleatório, ao acasoilusional lógicopreocupação com o corpo tangencialpreocupação religiosa

    Discurso:velocidadetomquantidade

    45

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco

    Humor:tristealtobravocom medosofrendo

    Capacidade cognitiva:orientadomemóriafunção intelectualinsight ou julgamento

    Percepção:baseado na realidadeilusõesalucinações

    Agitação PsicomotoraAntecedentes Psiquiátricos

    46

  • Cartilha da PNHAcolhimento com Avaliação e Classificação de Risco 47

    REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

    CECÍLIO, L. C. O.; MERHY, E. E. A integralidade docuidado como eixo da gestão hospitalar, In:PINHEIRO, Roseni; MATTOS, Ruben Araújo.(Org.).Construção da integralidade: cotidiano, saberes epráticas em saúde. Rio de Janeiro: UERJ/IMS:Abrasco, 2003.

    FRANCO, T. B.; BUENO, W. S.; MEHRY, E. E. Oacolhimento e os processos de trabalho em saúde:o caso Betim, Minas Gerais, Brasil. Cadernos deSaúde Pública, Rio de Janeiro, v. 15, n. 2, abr/jun.1999.

    MERHY, E. MALTA, D. et al. Acolhimento um relatode experiência de Belo Horizonte. In: CAMPOS, C.R.; MALTA. D.; REIS. A. Sistema Único de Saúde emBelo Horizonte: reescrevendo o público São Paulo:Xamã, 1998. p. 121-142.

    PROTOCOLO de Acolhimento e Classificação deRisco do Pronto Socorro do Hospital Municipal “Dr.Mário Gatti” de Campinas São Paulo. 2001.

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