Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

72
HOMENAGEM AO PROFESSOR DOUTOR LUCIANO LOURENçO RISCOS - ASSOCIAçãO PORTUGUESA DE RISCOS, PREVENçãO E SEGURANçA GEOGRAFIA, RISCOS E PROTEçãO CIVIL VOLUME 1 Coordenadores: Adélia Nunes António Amaro António Vieira Fátima Velez de Castro Fernando Félix

Transcript of Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

Page 1: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

Geo

Gra

fia, risc

os e Pro

teçã

o c

ivil

Ho

men

aG

em a

o Pr

ofesso

r D

ou

tor

luc

ian

o lo

uren

ço

c o i m b r a2 0 2 1

volu

me 1

HomenaGem ao Professor Doutor

luciano lourenço

riscos - associação PortuGuesa De riscos, Prevenção e seGurança

GeoGrafia, riscose Proteção civil

volume 1

coordenadores:adélia nunes

antónio amaroantónio vieira

fátima velez de castrofernando félix

Page 2: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 3: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

GeoGrafia, riscos

e Proteção civilHOMENAGEM AO PROFESSOR DOUTOR

LUCIANO LOURENÇO

RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos,Prevenção e Segurança

VOLUME 1

Coordenadores:Adélia Nunes

António AmaroAntónio Vieira

Fátima Velez de CastroFernando Félix

Page 4: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

Ficha Técnica

Título: Geografia, Riscos e Proteção Civil.Homenagem ao Professor Doutor Luciano Lourenço.Volume 1

Edição: RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança

Coordenação: Adélia Nunes, António Amaro, António Vieira, Fátima Velez de Castro e Fernando Félix

Capa e contracapa: Fernando Félix

Concepção gráfica e paginação: Fernando Félix

Impressão: Simões & Linhares, Lda.

ISBN: 978-989-9053-03-8 ISBN digital: 978-989-9053-04-5

DOI: https://doi.org/10.34037/978-989-9053-04-5_1.1

Depósito Legal: 487456/21

1.ª Edição

Os trabalhos apresentados são da responsabilidade dos Autores.

Page 5: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

Parceiros

DePGeoTUrDeParTamenTo De GeoGrafiae TUrismo

Este trabalho é Financiado por Fundos Nacionais através da FCT – Fundação para a Ciência e a Tecnologia no âmbito do projeto “UIDB/GEO/04084/2020”.This work is Financed by National Funds through the FCT - Foundation for Science and Technology under the project “UIDB/GEO/04084/2020”.

Page 6: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 7: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

5

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Luciano Lourenço na Sessão de Abertura do X Encontro Nacional de Riscos e II Jornadas Técnicas da Federação dos Bombeiros do Distrito de Viseu, a 28 de maio de 2016.

Fotografia dos arquivos da RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança, 2021.

Page 8: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 9: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

7

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Caricatura de Luciano Lourenço, da autoria de Zé Oliveira, em 2009.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

Page 10: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 11: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

9

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Luciano Lourenço com sua família, no centro de Santa Cruz,Ilha da Graciosa (Açores), 1992.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

Page 12: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 13: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

11

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Abdelghani HouariAbdelhak El-fengourAbília Lomba Melo Cracel RodriguesAdélia NunesAdriana Aparecida Bianchi AzevedoAdriano José Nave PereiraAida Correia Gouveia Aida Maria Santos Sousa Aissa El BouzidiAlbano FigueiredoAlbano José Ribeiro de AlmeidaAlberto GomesAlberto Maia e CostaAlbino TavaresAlexander DueñasAlexandre O. TavaresAline Silva de OliveiraAmadeu Lemos da SilvaAmélia Silvestre Batista Amílcar FalcãoAna C. Meira CastroAna Caroline RoyerAna Clara Celestino BelchiorAna GonçalvesAna Margarida Prata Bernardo Ana Maria Cortez VazAna Maria Rodrigues Monteiro de SousaAna MonteiroAna Patrícia Rodrigues CerejoAna Paula SantanaAna Ramos PereiraAna Sancha BatistaAna Teresa Peixinho

TábUla GraTUlaTória

Anabela Azevedo DalotAnabela EstudanteAnabela Santos BotoAnabella VazÂngela SantosÂngela SilvaAnselmo Casimiro Ramos GonçalvesAntenora Maria da Mata SiqueiraAntónio Alberto Teixeira GomesAntónio Alves-da-SilvaAntónio Avelino Batista VieiraAntónio Betâmio de AlmeidaAntónio Campar de AlmeidaAntónio Carlos VitteAntónio Dinis FerreiraAntonio Duarte AmarAntónio José Bento GonçalvesAntónio Manuel Ribeiro SimõesAntónio MartinsAntónio Saraiva LopesAquiles MarreirosArthur ValencioArtur José Gonçalves GomesAurélio da Silva Carvalho

Beatriz FidalgoBruno Martins

Carla CaroçaCarla Margarida F. RosaCarla SouzaCarlos Fernando Batista Ferreira de CastroCarlos Filipe C. Veiga Pereira

Page 14: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

12

Carlos Manuel Monteiro DuarteCarlos PintoCarlos SousaCarmen Celine MartinsCarmen Diego GonçalvesCármen FerreiraCarolina Davide AlvesCarolina Ribeiro CamposClara FerreiraClaudete MoreiriaCláudia CostaCristina Maria Rodrigues FerreiraCristina Queirós

Danilo Corral-De-WittDelfina Maria Ameixoeiro PimentelDiana Filipa Alves FreireDiego SilvaDina Maria da Conceição Almeida Diogo MartinhoDuarte Nuno CaldeiraDulce Maria FrancoDyego Freitas Rocha

Eduarda Marques da CostaEduardo Jorge Pontes de Albuquerque FariaEduardo Manuel Gonçalves DuarteEduardo Sousa de AzevedoEliana Marta Barbosa de MoraisElsa PachecoElvira Moreira CortêsEmanuel de CastroEmília Amélia Ferreira Serens Eunice Adelaide N. de Carvalho DionísioEurídice Alencastro

Tábula Gratulatória

Eusébio ReisEzequiel Correia

Fábio Pimentel BarcellosFantina TedimFátima Loureiro de MatosFátima Velez de CastroFelícia FonsecaFernanda CravidãoFernanda Zanella AlvesFernando CorreiaFernando de Freitas CoroadoFernando Granja-MartinsFernando Manuel Nunes da Silva FerreiraFernando PassosFilipe PereiraFillipe Tamiozzo Pereira TorresFilomena MarquesFlávio NunesFrancisca Cardoso da Silva LimaFrancisca Leiliane Sousa de OliveiraFrancisco CostaFrancisco Díaz-Fierros ViqueiraFrancisco Soares de Oliveira

Georgina Maria Marques da Costa Giovanni LaneveGlória PereiraGraça Maria Ramos de Oliveira Greice Martins Gomes

Hanifa El MotakiHélder LopesHelena MadureiraHelena Maria Fernandez

Page 15: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

13

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Helena Maria N. QuaresmaHudson Rodrigues Lima

Inês Amorim LeitãoIsabel DinisIsabel Maria Rodrigues PintoIsabel Pedroso de LimaIsilda paixão Valente Monteiro

Jaime Carlos Marta SoaresJaime Marta SoaresJanete OliveiraJoão L. M. Pedroso de LimaJoão Lima Sant’Anna NetoJoão Luís J. FernandesJoão PinhoJoão Santos BaptistaJoão VerdeJoão Victor Gonçalves da Silva PereiraJoaquim FarguellJoaquim PatriarcaJoaquim Sande SilvaJorge CostaJorge LageJorge Luis P. Oliveira-CostaJorge Mataix-SoleraJorge Olcina CantosJorge PaivaJosé Afonso TeixeiraJosé Alberto PereiraJosé Alberto Vieira Rio FernandesJosé António Gil OliveiraJosé António Oliveira DiasJosé Carlos Cidade OliveiraJosé Eduardo Ventura

José GasparJosé GouveiaJosé LúcioJosé Luís ZêzereJosé Manuel Duarte da CostaJosé Manuel MendesJosé Maria Oliveira FerreiraJosé PauloJosé Pedro LopesJosé Pedro Santos RiosJosé Simão Antunes do CarmoJosé Teixeira

Kátia Regina Góes SouzaKillian S. Lima

Laura SoaresLicínia Maria Andrade de MatosLígia MateusLuana Fernandes dos Santos AzeredoLúcio José Sobral da CunhaLuís MendesLuis NeriLuís SilveiraLuiz AlvesLutiane Queiroz de Almeida

Manuel RainhaManuel RibeiroMarcelo FragosoMarcos FrancosMargarida QueirósMaria Amélia Folhas Serens María Augusta Fernández MorenoMaria Beatriz Marques

Page 16: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

14

Maria da Conceição F. Ferreira Maria da Glória de Jesus Bento Maia de CarvalhoMaria da Graça Fernandes LourençoMaria da Graça PereiraMaria da Luz Silva JorgeMaria Dalila ReisMaria de Fátima Costa da Silva M. CruzMaria de Fátima Mangas Maria de Lourdes Marques PizarroMaria do Carmo Branquinho Ferreira DiasMaria do Céu Dias Moreira da SilvaMaria Dulce Pereira CostaMaria Gabriela Vieira SantosMaria Helena Mesquita PinaMaria Isabel Viegas CardosoMaria José CaldeiraMaria José Leitão Barroso RoxoMaria José VenturaMaria Lucinda FonsecaMaria Manuel Proença F. de AlmeidaMaria Manuela Ferreira SantosMaria Manuela Ferreira Saraiva Maria Manuela Tavares da Silva LopesMaria Margarida D’Almeida GonçalvesMaria PachecoMaria Silvia Barroso P. Ferreira da SilvaMário TalaiaMário ValeMiguel Castillo SotoMiguel PadeiroMohammed El-FengourMônica Arruda ZuffiMónica BritoMostafa Hmamouchi

Natália VaraNeide P. AreiaNelson MileuNey Roberto Vattimo BruckNicole Françoise Devy VaretaNorberto SantosNorma ValencioNoura RassamNuno Marques da CostaNuno NevesNuno R. G. Nunes Guiomar

Odete Maria Mendes Vaz RosaOrlando Simões

Pamela Matlack-KleinPatrícia de Araújo RomãoPatrícia FerreiraPaula Cristina Santos GonçalvesPaula RemoaldoPaulo CarvalhoPaulo José Vaz Rainha MateusPaulo LemosPaulo M. FernandesPaulo Mateus Paulo Nuno NossaPaulo SimõesPedro ChamuscaPedro Pinto SantosPedro Saloio

Rafaello BergonseRaquel MeloRaúl Salas González

Tábula Gratulatória

Page 17: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

15

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Renato Frederico FerreiraRicardo AlmendraRita de Cássia Martins de SousaRomero BandeiraRomeu Gerardo JorgeRui CamposRui JacintoRui Jorge Gama FernandesRui Morais FernandesRui Pedro Julião

Salvador AlmeidaSandra Maria Domingues Santos O. MadeiraSandra OliveiraSara FariaSara GandraSílvia Monteiro FonsecaSofia BernardinoSofia SantosSónia CunhaSusete Maria Lopes de Araújo

Tiago Martins de OliveiraTiago Miguel Ferreira

Tiago OliveiraTomás de FigueiredoTupac Borges Petrillo

Ulisses de Andrade Lima

Valerio PampanoniVanessa Policarpo RibeiroVicente de Paulo da SilvaVirgínia Maria Barata TelesVítor Martins PrimoVittorio Leonea

Wendson Dantas de Araújo Medeiros

Xavier Úbeda

Yolanda Hernández PeñaYounes El AlamiYvette Veyret

Zeineddine NouaceurZulimar Hernández

Page 18: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 19: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

TesTemunho de um serrano

[…] Eu sou lá dos montesQue medem o céuSou das frias serras onde primeiro o Sol nasceuE onde os rios ainda são apenas fontes […]

Branquinho da Fonseca Litoral-Revista Mensal de Cultura, nº3, Agosto-Setembro de 1944, 265-267.

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Page 20: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 21: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

19

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Intervenção na tomada de posse como Professor Catedrático(Sala do Senado, 24 de abril de 2018)

Magnífico ReitorSenhoras e Senhores Vice-ReitoresPrezados colegasCaros estudantes

Senhores FuncionáriosEstimados familiares e amigosMinhas senhoras e meus senhores

A tradição académica, que tenho o gosto de honrar, impõe que nesta circunstância lhes dirija algumas breves palavras, não só porque tal nos foi expressamente solicitado, mas também porque não me saberei alongar, pois, sendo natural das serras de xisto, que bem ou mal estudei e para onde me retiro, sempre que tenho oportunidade para tal, e se, como dizem os geógrafos, “o homem modifica o meio” e “o meio condiciona os homens”, certamente eu terei ficado indelevelmente marcado pelas paisagens serranas, pelo que, talvez por isso, seja “homem de poucas falas”, provavelmente porque no erudito dizer de Goethe: Os montes são mestres mudos e fazem discípulos calados.

Posto isto, as minhas primeiras palavras, são de saudação e cumprimento a todos aqueles que nos honraram com a sua presença nesta cerimónia.

As seguintes, serão de agradecimento a todos quantos, de alguma forma, contribuíram para que este significativo momento da minha vida tivesse sido possível:

• A Deus, por me ter permitido chegar até aqui. Com efeito, como diz a sabedoria popular: “O homem põe e Deus dispõe”;

• Aos meus pais, aqui presentes em espírito, pelos muitos sacrifícios que fizeram para que eu pudesse estudar. Sem esse seu esforço, não estaria hoje aqui, pelo que não posso deixar de invocar a sua memória e recordando-os, agradeço também às gentes humildes e hospitaleiras das serras da Cordilheira Central pela forma cordial como sempre me receberam e ainda continuam a acarinhar-me. Bem-haja!

• À minha esposa e ao meu filho, a quem roubei muitas horas de franco e terno convívio familiar, estar-lhes-ei eternamente grato pelo seu incondicional apoio às minhas atividades académicas;

• À minha irmã mais velha, a quem devo ter retomado os estudos, na ponta final do serviço militar obrigatório e, depois, o seu posterior apoio, que se revelou fundamental para a conclusão do ensino secundário e para a entrada na Universidade, apoio que nunca esquecerei;

• A todos os meus familiares e amigos, que sempre me incentivaram e, muito em especial, àqueles que hoje se encontram aqui presentes, deixo o meu sentido muito obrigado.

Page 22: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

20

O meu agradecimento é também extensivo aos:• Caros colegas que me apoiaram ao longo de todos estes anos, pois sem a sua

prestimosa ajuda não poderia ter chegado até aqui;• Aos senhores funcionários, colaboradores sempre muito dedicados, que me

acompanharam e incentivaram durante esta caminhada;• Aos estudantes, que ao longo de quase quarenta anos, me ajudaram a crescer e

a atualizar, em especial aos jovens investigadores que, sucessivamente, e com muita dedicação, me foram acompanhando ao longo da carreira;

• A todos os presentes, muito agradeço o vosso apoio e a vossa presença!

Concluo com um excerto da poesia de Branquinho da Fonseca, que reza assim:

[…]

Eu sou lá dos montesQue medem o céuSou das frias serras onde primeiro o Sol nasceuE onde os rios ainda são apenas fontes

Sou de onde as árvores falamA língua que eu conheçoOnde de mim sei tudoE do resto me esqueço

Lá, tenho olhar de estrelas a luzirE tenho voz de guardador de rebanhos,Passos de quem só desce para subir,Mãos sem perdas nem ganhos.

[…]

Branquinho da Fonseca Litoral-Revista Mensal de Cultura, nº3, Agosto-Setembro de 1944, 265-267.

Intervenção na tomada de posse como Professor Catedrático(Sala do Senado, 24 de abril de 2018)

Page 23: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

21

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Os pais de Luciano Lourenço, Cristiano Lourenço e Aurora de Jesus Fernandes, em 1945.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço,2021.

Luciano Lourenço, em criança, 1954.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

Page 24: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 25: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

23

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

O jovem escuteiro, 1967.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

No cumprimento do Serviço Militar, 1972.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

Page 26: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 27: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

25

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Momentos de convívio, num jantar de curso, 1978.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

Enquanto estudante, participando em viagens de estudo, de 1976 a 1979.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

Page 28: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 29: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

27

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Na preparação da tese de Doutoramento, 1986.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

A aguardar pelos resultados das provas de Doutoramento, realizadas a 23/01/1997.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

Page 30: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 31: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

29

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Grupo da Imposição de Insígnias, a 12/07/2003.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

Imposição de Insígnias, a 12/07/2003.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

Page 32: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 33: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

31

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Tomada de posse como Professor Catedrático, a 24/04/2018.

Fotografias cedidas por Fátima Velez de Castro, 2021.

Page 34: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

32

Page 35: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

33

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Prefácio

No decurso da sua longa e ativa carreira académica, o Professor Luciano Lourenço desenvolveu uma intensa atividade de interação e cooperação com instituições, grupos de investigação, profissionais de diversas áreas de atividade e do conhecimento, em estreita associação à sua atividade científica e docente, mas também consequência do seu caráter beirão e da sua personalidade carateristicamente interventiva e socializadora.

Não é, por isso, de estranhar que a este convite de homenagem ao Professor Luciano Lourenço se tenha associado tão elevado número de colegas, de várias áreas científicas, que com ele colaboraram ao longo de várias décadas, bem como as diversas instituições com as quais se relacionou, quer assumindo cargos de gestão, quer estabelecendo relações de trabalho, e que quiseram deixar o testemunho de profissionalismo e cooperação desenvolvido.

Com efeito, a presente obra, constituída por dois volumes, para além de diversas mensagens congratulatórias de instituições e pessoas com quem o Professor Luciano Lourenço estabeleceu algum tipo de colaboração, reúne um vasto conjunto de textos versando temáticas intimamente relacionadas com as áreas nas quais desenvolveu uma investigação e produção mais significativa.

Assim, esta obra integra 83 textos, elaborados por mais de 170 autores de 11 nacionalidades (Portugal, Brasil, Marrocos, Espanha, Itália, França, Equador, Canadá, Chile, Colômbia e Estados Unidos da América) distribuídas por três continentes, oriundos de diversas áreas científicas.

O primeiro volume, na sua primeira parte intitulada “A Geografia Física e os Riscos. Interfaces entre as alterações da paisagem e a dinâmica ambiental”, integra 21 textos, versando, na globalidade, um conjunto diversificado de temas no âmbito dos riscos, sob uma perspetiva eminentemente geográfica, mais especificamente da Geografia Física ou de áreas com íntima relação com esta.

Assim, os primeiros nove textos debruçam-se sobre a dinâmica fluvial ou litoral, analisando essencialmente as questões relacionadas com os riscos que lhes estão relacionados. O primeiro texto, da autoria de Diana Freire e José Antunes do Carmo, analisa as cheias do rio Mondego, propondo soluções ambientalmente e economicamente mais sustentáveis para o setor do açude-ponte de Coimbra. António Alves-da-Silva e Pamela Matlack-Klein refletem sobre as variações recentes do nível do mar, e as relações e consequências que aportam para o litoral, no que aos riscos diz respeito. Francisco Costa apresenta a “A importância do arquivo da Agência Portuguesa do Ambiente para o estudo das cheias no rio Ave” ao longo do século XX, identificando, por exemplo, os eventos climáticos e hidrológicos registados ao longo desse período na bacia hidrográfica

Page 36: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

34

do Ave e impactes nas infraestruturas hídricas. Tupac Petrillo apresenta um caso de aplicação de estruturas em gabião como forma de recuperação pontual de sistemas hidrológicos. Jorge Olcina reflete sobre a redução do risco de inundação no contexto do ordenamento do território, analisando a evolução desta problemática em Espanha, concretizando com alguns exemplos. Zeineddine Nouaceur aborda a problemática das mudanças climáticas e o aumento das inundações em território mediterrâneo francês, enquanto que Younes El Alami e colaboradores identificam e cartografam as zonas inundáveis no Rife meridional, considerando a realidade dos riscos e perspetivas de gestão na área em estudo. Por seu turno Wendson Medeiros analisa os riscos naturais na zona costeira adjacente à foz do rio Apodi-Mossoró, no Nordeste do Brasil, com o objetivo de apoiar a gestão municipal em matéria de riscos. Rui Fernandes, Alberto Gomes e José Teixeira analisam a evolução da restinga do Cabedelo, na foz do rio Douro, trazendo novos dados para uma análise topo-hidrográfica mais rigorosa. Ana Monteiro e colaboradores abordam a problemática das alterações climáticas e das recentes estratégias europeias direcionadas ao cumprimento das metas de neutralidade climática. Alexander Dueñas, Danilo Corral e María Augusta Fernández Moreno apresentam uma aplicação destinada ao cálculo do risco sísmico.

Segue-se um conjunto de textos direcionadas para as problemáticas de índole geomorfológica. Salvador Almeida analisa a ocorrência de instabilidade geomorfológica na Escarpa da Serra do Pilar, durante muito tempo ocupada por edificações clandestinas, e a sua reabilitação e renaturalização, ocorrida nas últimas décadas. Carla Caroça faz uma breve sistematização de riscos geológicos (onde inclui, por exemplo, os riscos geomorfológicos). Paulo Lemos e Cláudia Costa analisam a erosão hídrica no concelho de Idanha-a-Nova, identificando a ocorrência de processos de degradação dos solos. Bruno Martins, Adélia Nunes e Ana Castro analisam os fatores de controlo da evolução de ravinas e, num segundo texto, em colaboração com Cármen Ferreira, propõem medidas de mitigação e controlo de ravinamento.

Inês Leitão e António Ferreira analisam o risco ambiental de poluição por microplásticos. Isabel Lima, Carmen Martins e João Lima debruçam-se sobre os problemas de escassez de água e regime hídrico na Ilha de Santiago, em Cabo Verde. Isabel Lima, Romeu Jorge e João Lima avaliam a ocorrência de riscos na orizicultura com recurso a deteção remota.

Jorge Oliveira-Costa explora diversos métodos de pesquisa em Geografia Física, apoiando-se nas lições de experiência proporcionadas pelo Professor Luciano Lourenço. Por fim, Ney Bruck e Greice Gomes propõem uma reflexão em torno da etimologia, apoiando-se na obra do Professor Luciano Lourenço.

Prefácio

Page 37: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

35

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

A segunda parte do primeiro volume aborda os desafios de uma sociedade em mudança, tendo em conta temas de Geografia Humana, Turismo e Educação, em estreita relação com as ciências cindínicas.

João Luís J. Fernandes, José Lúcio, Filomena Marques, Fátima Velez de Castro e Ana Maria Cortez Vaz propõem a análise do tema da “casa”, explorando a dimensão do domocídio e dos sem-abrigo, tanto em termos concetuais como a partir de uma abordagem geográfica na ótica dos riscos sociais. Miguel Padeiro e Maria Beatriz Marques tratam a questão do envelhecimento e das crises associadas, propondo esta última autora uma possibilidade de mitigação, a partir da atuação das bibliotecas móveis. Paulo Nuno Nossa, Fernanda Cravidão e João Lima Sant’Anna Neto trazem trabalhos na área da saúde e dos riscos, em abordagens atuais como é o caso da pandemia COVID19, das alterações climáticas e da vulnerabilidade socioespacial. O tema da resiliência, da perceção analítica dos riscos, da paisagem, da ecologia e da dimensão tecnológica das ciências cindínicas é-nos dada a conhecer por autores como Yvette Veyret, Kátia Regina Góes Souza, Yolanda Hernández Peña, Antonio Carlos Vitte Hudson Rodrigues Lima, Vicente de Paulo da Silva, Orlando Simões e Isabel Dinis. Estes investigadores discutem investigação realizada que ajuda a pensar os riscos antrópicos a partir de um panóptico social que parte da relação complexa e ambígua entre o ser humano e a natureza.

Numa outra parte, Eliana Marta Barbosa de Morais, Patrícia de Araújo Romão, Laura Soares, Elsa Pacheco, Carla Juscélia de Oliveira Souza, Patrícia Ferreira e Janete Oliveira apresentam textos que dão destaque à educação para os riscos, assim como Anabella Vaz e Anabela Estudante introduzem a relação disciplinar entre a Geografia e a Fisico-Química para a compreensão dos fenómenos cindínicos.

A Geografia e o Turismo entrecruzam-se nesta segunda parte do volume um, com os textos de Rui Jacinto, Paulo Carvalho, Luiz Alves, Ulisses de Andrade Lima, Francisca Cardoso da Silva Lima, Norberto Santos, Rita de Cássia Martins de Sousa, Mônica Arruda Zuff, Paula Remoaldo e Hélder Lopes, onde são abordados temas diversos que vão desde a paisagem literária e cultural, à pesca e às comunidades tradicionais, à cultura do vinho, até à perceção turística. Norma Valencio e Arthur Valencio refletem sobre a ética científica colaborativa e o legado de um geógrafo, neste caso o homenageado desta obra.

A terceira parte, do segundo volume de homenagem ao Doutor Luciano Lourenço, reúne dezanove textos, de investigadores de norte a sul do país e de várias outras nacionalidades, cujo interesse se foca na problemática dos incêndios florestais e na preservação e sustentabilidade da floresta. Com efeito, praticamente desde o início da sua carreira que Luciano Lourenço se interessou pela análise dos fatores desencadeantes e consequências geográficas dos incêndios florestais, tendo-se assumido, como referem

Page 38: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

36

António Bento Gonçalves e António Vieira, logo no primeiro dos textos, como pioneiro e grande impulsionador do estudo de incêndios florestais, o que permitiu colocar a Geografia ao lado de outras ciências que desde cedo foram reconhecidas como fundamentais no estudo desta temática. Neste texto, os autores percorrem e sistematizam os principais trabalhos de investigação realizados nos últimos 35 anos, assim como o seu percurso em cargos de administração pública, sempre em ligação direta com os incêndios florestais.

Porque os incêndios florestais são fenómenos que ocorrem em praticamente todas as latitudes, embora se assumam como um dos principais riscos em áreas de clima mediterrâneo, onde se integra o território nacional, em cuja recorrência, severidade e impactes têm vindo a aumentar, tem-se verificado uma crescente necessidade de os estudar numa perspetiva holística e multidisciplinar, patente na diversidade de abordagens presentes nos textos reunidos. Assim, Fantina Tedim, Vittorio Leone, Ângela Silva e Fernando Correia apresentam uma reflexão sobre a influência da comunicação e da preparação na redução do risco, a partir da análise dos incêndios extremos de 2017, em Portugal, e 2018, na Grécia, ambos com consequência extramente gravosas. Por sua vez, Fillipe Tamiozzo Pereira Torres estuda as relações entre ocorrências de incêndios florestais e as alterações no uso e cobertura do solo, no Alto Minho, em Portugal, no intuito de fornecer pistas para novas políticas de ordenamento do território. No texto “Is native forest an alternative to prevent wildfires in the WUI in Central Portugal?”, de Aline Silva de Oliveira, Joaquim Sande Silva, José Gaspar, Nuno R. G. Nunes Guiomar e Paulo M. Fernandes, são apresentados cenários de simulação espacial do comportamento do fogo para avaliar se a cobertura florestal de folhosas tem um efeito positivo na prevenção de incêndios florestais. Os resultados sugerem que a presença de folhosas nativas é capaz de reduzir a intensidade do fogo e a velocidade de propagação, em média, até 20 e 8 vezes.

O trabalho seguinte, de Sandra Oliveira, Rafaello Bergonse, Pedro Pinto Santos, Ana Gonçalves, Raquel Melo e José Luís Zêzere faz a “Avaliação de Risco de Incêndio Rural à escala local na região Centro de Portugal”, integrando três dimensões: perigosidade, exposição e vulnerabilidade social, defendendo que as estratégias de redução de risco devem ser ajustadas de acordo com a relevância de cada dimensão.

Sob o tema “Identificação de unidades cartográficas de intervenção prioritária pós incêndio florestal na Serra de Monchique”, Filipe Pereira, Fernando Granja-Martins e Helena Maria Fernandez, mapeiam as áreas prioritárias de intervenção no intuito de mitigar os processos de degradação do solo, subsequentes à passagem do fogo. De facto, a investigação dos impactes dos incêndios florestais sobre os solos, sobretudo relacionados com a ação de processos erosivos, em Portugal, temática abordado no texto apresentado

Prefácio

Page 39: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

37

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

por António Vieira e António Bento-Gonçalves, além de fazer uma breve análise do contributo dos geógrafos portugueses para o estudo da erosão dos solos, na sequência de incêndios florestais, destaca o trabalho desenvolvido pelo homenageado, neste livro, e investigadores que com ele colaboraram no avanço da compreensão destes fenómenos, suas consequências e identificação e avaliação de técnicas e estratégias para a sua mitigação.

Também interessados na avaliação dos impactes do fogo sobre o solo, Felícia Fonseca, Diego Silva, Zulimar Hernández, Ana Caroline Royer, Tomás de Figueiredo apresentam um texto sobre a “Dinâmica do armazenamento de carbono em áreas de matos de montanha: efeito do fogo controlado” onde analisam a variação temporal do carbono, na sequência da aplicação de um fogo controlado. Igualmente, preocupados com a degradação dos recursos naturais, em particular do solo e da água, na região montanhosa do norte de Marrocos, Hanifa El Motaki, Abdelhak El-fengour e Aissa El Bouzidi apresentam e discutem “Sessenta anos de projetos de desenvolvimento e combate à degradação do meio ambiente e dos recursos naturais em áreas áridas e semi-áridas das montanhas do Rife em Marrocos”.

De autores internacionais são, também, os três textos que se seguem. O primeiro aborda os “Grandes incendios forestales en España y alteraciones de su regimen en las últimas décadas” (Xavier Úbeda, Jorge Mataix-Solera, Marcos Francos e Joaquim Farguell); o segundo apresenta uma revisão do contributo das imagens de satélite no apoio à avaliação do impacte ambiental de incêndios florestais (Review of satellite based support to forest fire environmental impact assessment: the example of Arischia (Italy) forest fire, Giovanni Laneve e Valerio Pampanoni) e o terceiro analisa as “Adaptaciones de los programas de prevención contra incendios forestales en Chile, ante un escenario cambio climático” (Miguel Castillo Soto).

O último texto, com foco na problemática dos incêndios, tem como intuito avaliar a perceção que a população do Sabugal tem sobre algumas medidas previstas no âmbito do Programa de Transformação da Paisagem, o qual visa aumentar a resiliência de territórios suscetíveis a incêndios florestais. É da autoria de Diogo Martinho, Diogo Antunes, Pedro Saloio, Carlos Pinto e Adélia Nunes.

As florestas constituem, sem dúvida, um dos sistemas ecológicos mais importantes na promoção de funções ecossistémicas e no fornecimento de serviços à sociedade. Três dos textos que se seguem analisam o “Impacto de agentes de distúrbio nos serviços dos ecossistemas em povoamentos de pinheiro bravo na Serra da Lousã” (Raúl Salas González e Beatriz Fidalgo), avaliam a perceção da população relativamente aos serviços e riscos que a floresta do Município da Mortágua apresenta (Lígia Mateus, Adélia Nunes, Albano Figueiredo e António Campar de Almeida) e, por último, discutem-se os impactes das plantações de eucaliptos, na Península Ibérica, sobre os recurso hídricos (Francisco Díaz-Fierros).

Page 40: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

38

O texto de Paulo Simões foca-se na importância do “Marketing Territorial na Sustentabilidade Económica e Ambiental: o caso da Mata do Buçaco”, defendendo o incontestável potencial que esta mata detém para responder a novas conceções da prática turística decorrentes da alteração nos hábitos de consumo.

Esta terceira parte, do segundo volume de homenagem ao Doutor Luciano Lourenço, não podia encerrar da melhor forma, com o texto “A Biogeografia da cor”, da autoria de Jorge Paiva, onde de forma primorosa nos transporta pela Geografia das cores dos seres vivos presentes na natureza, à escala global.

A quarta e última parte desta obra debruça-se sobre a “Proteção Civil e Segurança Comunitária. Caminhos a percorrer” e reúne 19 trabalhos.

Enquanto pilar inequívoco da Segurança Nacional, a relevância da Proteção Civil e da sua organização multinível e plurissectorial é por demais evidente no quadro da sociedade de risco, dominada, cada vez mais, por um potencial de ameaças contemporâneas imprevisíveis, e de enorme complexidade e promotoras de um sentimento coletivo de insegurança e incerteza, como é o caso, por exemplo, do surto pandémico global COVID 19.

É neste contexto de crescente complexidade e múltiplas variantes dos diferentes fenómenos físicos e sociais, que cada vez mais se faz sentir não só, a imperiosa necessidade de maior articulação dos agentes de proteção civil e demais entidades com o especial dever de colaboração, mas também a evidência de qualificar e especializar os recursos humanos, sem esquecer o imprescindível robustecimento e consolidação das práticas de investigação e desenvolvimento.

Nesta perspetiva, reconhecendo o Governo através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 157-A/2017, de 27 de outubro, que “Portugal enfrenta um problema estrutural de ordenamento do território, que o fenómeno das alterações climáticas vem revelando constituir uma grave ameaça à segurança das populações e ao potencial de desenvolvimento económico e social do país” e considerando ainda os trágicos acidentes de julho e outubro/2017, iniciou-se uma reforma do modelo de proteção civil (que se deseja efetiva e autentica), baseada em três grandes princípios:

• Aproximação entre prevenção e combate;• Reforço da profissionalização e capacitação do sistema;• E o princípio da especialização, através da progressiva segmentação de meios

vocacionados para a proteção das pessoas e bens – missão primeira da proteção civil – e para a gestão dos fogos rurais, a qual exige uma intervenção altamente especializada.

Por outro lado, as Resoluções do Conselho de Ministros números 159/2017 e 160/2017 de 30 de outubro e sobretudo a Resolução n.º 176/2018 de 18 de dezembro focalizaram-se no reforço do papel da formação “enquanto instrumento estratégico de modernização e transformação de proteção civil, através do estabelecimento e organização de áreas estratégicas de intervenção”.

Prefácio

Page 41: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

39

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Posteriormente, a nova Lei Orgânica da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANEPC) aprovada pelo Decreto-Lei n.º 45/2019, de 1 de abril, especifica no artigo 10º que “compete á ANEPC coordenar a rede nacional de formação e investigação em proteção civil”.

E muito recentemente, através da Resolução do Conselho de Ministros n.º 24/2021, de 22 de março de 2021, procede-se “à reforma do modelo de ensino e formação em proteção civil” criando-se para esse efeito um grupo de trabalho que estude a “reformulação do modelo de governança e de organização da Escola Nacional de Bombeiros e da oferta de ensino e formação profissionais nas áreas dos bombeiros e da proteção civil, em articulação com a oferta de ensino superior” através da criação de um consórcio de instituições de ensino superior que desenvolvam atividade de formação ou investigação nas áreas relevantes para a proteção civil.

Todo este afã legislativo reconhece que a dimensão técnica e cientifica é hoje um pilar essencial do desenvolvimento das atividades de emergência e proteção civil, no sentido de:

• Aperfeiçoar as competências dos diferentes agentes do sistema nacional de proteção civil potenciando a sua atuação autónoma e eficaz;

• Definir um planeamento estratégico e tático da intervenção em proteção civil e criando uma plataforma comum de valores e uma razão de ser partilhada por todos os agentes, no que toca à intervenção em situações de acidentes graves e catástrofes;

• Dar passos significativos para a criação de uma nova cultura de gestão em proteção civil e, em particular, modelos de liderança e de coordenação adequados ao funcionamento do sistema.

Nesta linha, os trabalhos académicos apresentados nesta última parte contribuem para potenciar a dimensão científica e técnica do sistema, debruçando-se predominantemente, quer sobre a concetualização, governação e redução dos riscos nos vários domínios da segurança comunitária, quer sobre a gestão do “stress” e segurança ocupacional nos agentes de proteção civil em especial do seu principal agente – os corpos de bombeiros.

Enfim, estes dois volumes, aqui sinteticamente descritos, refletem os grandes temas que nortearam o seu trabalho de investigação, centrado na Geografia, nos Riscos e na Proteção Civil.

É, pois, nossa expectativa que esta singela homenagem esteja à altura do homenageado, sabendo, no entanto, que o Professor Luciano Lourenço é maior que a sua própria obra!

Adélia NunesAntónio AmaroAntónio VieiraFátima Velez de CastroFernando Félix

Page 42: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 43: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

A GEOGRAFIA FÍSICA E OS RISCOS

Interfaces entre as alterações da paisagem e a dinâmica ambiental

Luciano Lourenço a realizar levantamento microtopográfico, 12/07/1989.

Fotografia cedida por Maria da Graça Lourenço, 2021.

Page 44: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 45: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

177

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional : Réalité des risques et perspectives de gestion à Aïn Aïcha

(Province de Taounate, Maroc septentrional)

Younes El Alami1

[email protected] Rassam1

[email protected] Hmamouchi1

[email protected]

Mohammed El-Fengour2

[email protected] Houari1

[email protected] (1) Université Sidi Mohamed Ben Abdellah, FLSH Saïs-Fès, Lab., LAGEA-DD (Maroc)

(2) Université Mohammed V de Rabat, Institut Universitaire de la Recherche Scientifique (Maroc)

Resumé

Les crues et les inondations des agglomérations du Rif méridional méritent une attention particulière dans le processus d’aménagement et d’urbanisme. Le cas du centre Aïn Aïcha est représentatif. En effet, la combinaison des processus physiques et anthropiques influence le système hydrologique de l’Oued Ouerrha à Aïn Aïcha.

Le présent travail porte sur la détermination et la cartographie des zones inondables à travers l’application des approches historiques et hydrogéomorphologiques. Elle vise à cartographier les zones qui devront être qualifiées de non ædificandi et, au-delà, à inciter à l’intégration le concept de risque hydrologique dans la planification et la gestion urbaine par les décideurs-aménageurs de la municipalité de Aïn Aïcha.

Mots clés: Risques hydrologiques, zones inondables, gestion des risques, centre urbain Aïn Aïcha, Rif méridional.

Abstract

Mapping of flood risk areas in the emerging urban centres in the southern central Rif: reality of risks and management perspectives case of emerging centre of Aïn Aïcha, Taounate province, Morocco. Flooding in the urban agglomerations of the Southern Rif Mountains deserves special attention in the planning process. The case study of Aïn Aïcha center is representative. The combination of physical processes and anthropogenic processes influences the Hydrological System of the Ouerrha Wadi in Aïn Aïcha.

This chapter deals with the identification and mapping of floodplains through the application of historical and hydrogeomorphological approaches. It aims at mapping the areas that will have to be qualified as “non-flood-prone” and, beyond that, at encouraging the integration of the concept of hydrological risk in urban planning and management among the decision-makers in the municipality of Aïn Aïcha.

Keywords: Hydrological risks, flood zones, risk management, urban centers, southern Rif.

DOI: https://doi.org/10.34037/978-989-9053-04-5_1.1_07

Page 46: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

178

Introduction

Les risques naturels, dont les inondations urbaines au Maroc, représentent les problèmes environnementaux les plus importants de nos jours ; et ce, à cause de leurs impacts sur la population, les infrastructures et les constructions. Ses impacts économiques dénotent de l’augmentation des dépenses de l’État pour supporter la charge des pertes. Le pays, par sa situation dans le sud du bassin méditerranéen à caractère climatique turbulent, a connu une série de risques environnementaux durant des périodes hydrologiques exceptionnelles : inondations de la plaine du Gharb 2010, Tiznit 1982, Séfrou 1994, Guigou 2002, Fès 2010 et 2015, Oujda et Er-Rachidia 2006, etc.

La zone d’étude appartient aux marges méridionales du Rif central, qui est l’une des régions les plus importantes, caractérisée par la complexité et la diversité des problèmes morphodynamiques et hydrodynamiques où les inondations répétées des vallées urbanisées menacent l’environnement urbain (G. Maurer, 1968 et 1979; J. Gartet, 2001, 2006 et 2007; Y. El Alami, 2020).

La situation du centre Aïn Aïcha dans la région de Taounate (fig. 1) pose des problèmes liés aux inondations urbaines, qui représentent un des principaux obstacles de l’urbanisme et de l’aménagement dans cet environnement fragile. L’enjeu réside dans la combinaison complexe des facteurs naturels (érodibilité des roches, agressivité pluviométrique, violence des crues, érosion et dégradation des berges) et d’autres humains (pression sur les ressources naturelles, urbanisation non contrôlée au détriment du domaine public hydraulique, etc.). Dans cette vallée large et encaissée des périodes hydrologiques exceptionnelles ont fortement marqué les zones urbanisées devenues fréquemment des zones à risque d’inondations. Aujourd’hui, il est rendu nécessaire, pour les autorités responsables, de développer des programmes d’aménagement et de protection de cet environnement fragile, qui contribuerait au développement intégré et équilibré des zones ouvertes à l’urbanisation dans le Centre Aïn Aïcha (Paabvo, 1996).

Ce travail se propose d’aborder les inondations urbaines à Aïn Aïcha en identifiant les zones inondables, considérées à risque  ; et ce, pour concevoir une gestion efficace des inondations et des effets négatifs sur l’environnement urbain dans cette zone. Pour aboutir, il est visé à répondre aux objectifs suivants :

• L’analyse globale des différents facteurs contribuant aux inondations et aux submersions;

• L’identification des inondations de référence (inondations historiques) les plus importantes ayant touché la zone, et la caractérisation des degrés du danger résultant;

Younes El Alami, Noura Rassam, Mostafa Hmamouchi Mohammed El-Fengour e Abdelghani Houari

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional: Réalité des risques etperspectives de gestion à Aïn Aïcha (Province de Taounate, Maroc septentrional)

Page 47: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

179

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

• L’évaluation des dommages causés et du coût économique du risque;• L’établissement des programmes d’aménagement et la volonté d’introduire le

concept de Plan d’Exposition aux Risques d’Inondations dans le domaine de l’urbanisme permettra une gestion efficace des crues urbaines. La présente étude se base sur les approches historique et hydrogéomorphologique afin

de déterminer les limites des débordements dans la plaine alluviale de l’Ouerrha à Aïn Aïcha. L’approche historique permet de déterminer les étendues et les limites du débordement lors de chaque inondation, puis de limiter les zones constamment menacées. L’approche hydrogéomorphologique (fig. 2) permet de définir les niveaux de submersion, basée sur les indices morphologiques des dépressions fluviales, où l’identification des unités hydrogéomorphologiques renseigne sur le fonctionnement des zones immersibles (A. Gartet, 2006, J. Gartet, 2015; Y. El Alami, 2020).

L’approche hydromorphologique identifie également avec précision les unités qui reflètent divers comportements hydrologiques du cours d’eau, se rapportant aux trois unités principales : le lit mineur, le lit moyen, et le lit majeur. Le processus d’identification de ces trois unités géomorphologiques relève des critères morphologiques des basses et très basses terrasses (abords, pentes, berges, etc.).En plus des sédiments en termes de structure, de couleur et de texture, puis la nature et la composition rocheuse des unités ; d’autres critères s’ajoutent tels que la végétation et les activités humaines dans ces lits fluviaux.

Fig. 1 - Localisation du secteur Aïn Aïcha dans la vallée moyenne de l’Ouerrha.

Page 48: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

180

Les facteurs dynamiques : Genèse et évolution

Les facteurs naturels contrôlant les inondations au Centre Aïn Aïcha

Les précipitations sont caractérisées par des irrégularités liées au caractère fluctuant du climat méditerranéen, avec une quantité importante de précipitations hivernales (43,5%) concentrées (Tableau I). Cela explique les niveaux d’eau élevés et traduit le caractère violant des inondations, avec 27,6% d’averses concentrées en automne, causant de graves pertes pour la population riveraine de l’Ouerrha.

Fig. 2 - Relations topographiques entre les différents lits (Source : J.-L. Ballais et al., 2005).

Sep. Oct. Nov. Déc. Jan. Fév. Mars Avr. Mai Juin Juil. Aout

11.32 43.45 76.48 79.52 62.77 64.48 48.58 53.29 29.45 4.42 0.55 1.23

Tableau I - Précipitations mensuelles moyennes à la station Aïn Aïcha.

Source: Agence du Bassin Hydraulique du Sebou, 2016.

La position topographique de la vallée encaissée dans la dépression du moyen Ouerrha aux environ de la localité de Aïn Aïcha joue un rôle important dans l’augmentation du risque d’inondation en raison du relief montagneux qui reçoit des précipitations importantes. Les altitudes de la vallée, comprises entre 200 et 350 m, sont bordées par les hauts reliefs du Rif méridional. En outre, le centre Aïn Aïcha se situe à un niveau de pente inférieur à 3° ; ce qui explique les limites croissantes des inondations affectant les installations humaines et les terres agricoles. La rareté de la

Younes El Alami, Noura Rassam, Mostafa Hmamouchi Mohammed El-Fengour e Abdelghani Houari

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional: Réalité des risques etperspectives de gestion à Aïn Aïcha (Province de Taounate, Maroc septentrional)

Page 49: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

181

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

végétation et l’agressivité des précipitations ont également accru l’intensité de l’activité érosive des berges, en raison du contexte géologique, de la prédominance des roches meubles, de l’approfondissement du cours d’eau durant le quaternaire et de la pression exercée par l’homme sur la nature (J. Gartet, 2001). De plus, la zone se caractérise par la faible perméabilité des roches, en particulier dans les zones escarpées ; c’est pourquoi le temps de réponse des crues aux averses augmente, où les débits liquide et solide augmentent proportionnellement.

Les facteurs humains contribuent à l’augmentation du risque d’inondation au

Centre Aïn Aïcha

L’homme est considéré un facteur important dans le déséquilibre des milieux. Son influence sur l’inondation à travers les pratiques quotidiennes à l’amont du bassin, en particulier dans le périmètre d’aménagement à Aïn Aïcha. Il contribue à l’élimination du couvert forestier et accentue l’érosion linéaire et les mouvements de masse ; ce qui provoque l’augmentation de l’érosion et la vitesse de l’écoulement. Dans le fond de la vallée, des changements dans la direction des chenaux sont favorisés par les prélèvements acharnés des matériaux dans les sablières et gravières. D’autre part, les rejets sauvages des déchets et l’expansion urbaine non contrôlée qui amorce le domaine public hydraulique, augmentant ainsi le risque d’inondation.

Sur la base de l’analyse, on constate que la combinaison des facteurs naturels et anthropiques contribue à la genèse des risques liés aux inondations dans cette localité, reconnue par la fréquence des inondations qui ont causé – dans le passé – des pertes considérables.

Les manifestations des inondations dans la zone urbaine de Aïn Aïcha

Cartes d’inondabilité à partir des inondations historiques à Aïn Aïcha

Le centre urbain a connu une série de situations hydrologiques exceptionnelles. Dans ce propos, nous analysons deux situations différentes de la submersion historique  : la première produite durant la saison sèche (septembre 1998) ; la seconde, durant la saison humide (mars 2010).

Page 50: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

182

Données hydrologiques et cartographie de l’inondation du 29 septembre 1994

L’inondation automnale, qu’a connue l’ensemble du bassin-versant, s’est produite à la suite d’une longue période pluvieuse, causant le 29 septembre 1994 de graves inondations, avec des dégâts importants et des pertes humaines et matérielles. Les résultats du questionnaire que nous avons effectué, dénotent que les eaux de crue ont atteint des limites extrêmes, emportant de nombreux animaux d’élevage, qui se sont trouvés sur la trajectoire en raison de la violence des averses et de la soudaineté des crues. Celles-ci ont menacé le pont principal reliant Aïn Aïcha et Taounate, sur la route nationale 8. Aussi, d’importantes zones agricoles à Bled Swati ont été inondées. Certaines parties de la zone où s’étale le marché hebdomadaire ont été ravagées et détruites.

La zone qui a connu la concentration de cette tempête, s’étend entre le barrage d’Al-Qansra à l’ouest et la ville de Taza à l’est, en raison du passage des courants de basse pression sur les chaines montagneuses de l’Atlas et du Rif. Cette tempête s’est déplacée rapidement et a recouvert l’axe entre Boured à l’est et Aïn Aïcha à l’ouest (fig. 3 et 4). Les pluies ont commencé vers 18h jusqu’à 22h du mercredi 28 septembre 1994, et la Station Bab Ouender située à 18 km en amont du centre Aïn Aïcha qui a enregistré 137 m3/s comme débit de débordement maximal à 22h du même jour, et un débit maximal de débordement de 136 m3/s à la station d’Aïn Aïcha à 1h du matin du jeudi 29 septembre 1994 (fig. 5).

Données hydrologiques et cartographiques de l’inondation du 7 mars 2010

Les fortes pluies dans la moitié nord du pays ont entraîné une forte saturation des bassins rifains au nord, avec des précipitations de 850 mm enregistré à Aïn Aïcha et de 1347 mm à Bab Wonder en 2009-2010. Ces fortes pluies ont provoqué le gonflement des débits à 93,2 m3/s/an durant la saison 2009/2010. Les précipitations ont atteint leur plus haut niveau en mars 2010, avec 913 mm avec 68% des précipitations totales enregistrées ; ce qui a contribué à l’augmentation des débits dans toute la vallée encaissées de l’Ouerrha atteignant les 4200 m3/s comme débit maximal de crue (fig. 6).

L’abondance pluviale avait entraîné une élévation du niveau d’eau de l’Ouerrha au cours de cette période. Le débit aurait atteint des valeurs maximales ; ce qui a conduit à l’inondation du marché hebdomadaire, à la submersion de la RN 8, à la menace du pont situé sur oued Ouerrha, et à l’inondation des locaux commerciaux situés sur la rive gauche

Younes El Alami, Noura Rassam, Mostafa Hmamouchi Mohammed El-Fengour e Abdelghani Houari

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional: Réalité des risques etperspectives de gestion à Aïn Aïcha (Province de Taounate, Maroc septentrional)

Page 51: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

183

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Fig. 3 - Précipitations dans les stations du bassin du Sebou et débit maximal dans la vallée de l’Ouerrha à Aïn Aïcha.

Fig. 4 - Débit maximum de l’Oued Ouerrha les 28 et 29 septembre 1994 dans les stations Bab Ouender et Aïn Aïcha.

1: limites de la submersion, 2: sapement des berges, 3: cours d’oued el Berria, 4: récifs et ruisseaux saisonniers, 5: route nationale, 6: route secondaire, 7: Berges aménagées, 8: le lite moyen de l’oued Ouerrha, 9: collines, 10: vallées ; 11: points d’altitudes

Fig. 5 - La submersion causée par l’inondation du 29 septembre 1994.

Page 52: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

184

du cours. La zone urbaine est devenue envahie par les eaux de crue chargées de boue issue des terrains agricoles à Bled Swati s’étendant du fond du canal à l’Est jusqu’à la confluence Ouerrha avec son affluent oued El Berria à l’ouest (fig. 7).

Fig. 6 - Précipitations et débit maximal de la vallée de l’Ouergha pendant la crue de mars 2010.

1 : limite de la submersion, 2 : sapement de berges, 3 : cours de l’oued El Berria, 4 : oued saisonnier, 5 : route nationale n°8, 6 : route secondaire, 7 : Berge aménagée, 8 : lit moyen de l’oued Ouerrha, 9 : relief collinaire, 10 : vallée ; 11 : point d'altitude.

Fig. 7 - Zones de submersion de l’inondation du 07 mars 2007.

Zones menacées par les inondations à Aïn Aïcha

La fréquence du risque d’inondation au centre Aïn Aïcha a conduit à la menace de plusieurs zones et quartiers où les constructions anarchiques les avaient affecté durant les années ’80 et ‘90 sans tenir compte des effets de crues, au dépend des règles de l’urbanisme et de l’aménagement.

Younes El Alami, Noura Rassam, Mostafa Hmamouchi Mohammed El-Fengour e Abdelghani Houari

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional: Réalité des risques etperspectives de gestion à Aïn Aïcha (Province de Taounate, Maroc septentrional)

Page 53: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

185

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Caractéristiques géomorphologiques de la basse vallée de l’Ouerrha au environ

de Aïn Aïcha

La basse vallée Ouerrha à proximité du centre connait une forte activité hydrodynamique liée aux variations des débits annuels et saisonniers (ABHS, 2008).

L’identification des unités hydrogéomorphologiques de la vallée permet de définir les limites correspondantes aux inondations (fig. 8). Elle permet ainsi la cartographie des zones inondables à partir des critères topographiques (talus et replats) et géomorphologiques (nature des dépôts et analyse des sédiments). Ces résultats sont corrélés à ceux du questionnaire où il apparait que les limites de la plupart des inondations historiques confortent celles de l’approche hydrogéomorphologiques (Y. El Alami, 2020). De même, les manifestations hydrodynamiques (inondation, dégradation des berges, changement dans le tracé du cours, dégradation des terrains agricoles, etc.) concordent avec les principales crues historiques (J. Gartet et al., 2001 et 2012).

Niveaux hydrogéomorphologiques de la submersion au centre Aïn Aïcha

La vallée de l’Ouerrha se caractérise par son hydrodynamisme au niveau des unités morphologiques qu’elle forme en raison des débits fluctuants selon les saisons. La dynamique de l’Ouerrha forme une morphologie particulière de la plaine inondable (J. Gartet, 2001):

• Un chenal principal et des chenaux secondaires anastomosés;• Un grand nombre des sablières et gravières dans le lit moderne;• des lits mineur, moyen, majeur régulier et majeur exceptionnel. Les formations qui caractérisent ces unités morphologiques se composent

essentiellement de deux parties:• La partie inférieure est constituée des alluvions grossières (gravier et granulats),

ces gros matériaux s’accumulent au fond du cours d’eau pendant les périodes de débit maximal;

• La partie supérieure est constituée des sables, limons et argiles. Les matériaux fins (limons et argiles) transportés en suspension, accumulés lors des débordements atteignent les lits majeurs ordinaire et exceptionnel (photo 1);

• La morphologie de la vallée de l’Ouerrha avait subi des changements spatiaux au cours de la période étudiée (1965-2018), notamment au niveau de trois sections à

Page 54: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

186

méandres. Ces variations sont considérables : le premier, à l’amont de la localité Aïn Aïcha, au niveau de Bled Swati ; le second, au niveau du marché hebdomadaire. Un troisième tronçon, de moindre importance, à la confluence Ouled Omar – O. Ouerrha à l’aval du centre urbain (Y. El Alami, 2020).

Ces trois méandres représentent des modèles exprimant la dynamique fluviale, que le cours de l’Ouerrha avait connue dans cette section. On observe qu’entre 1965 et 2018, à la jonction du Bled de Swati, le développement du méandre se fait vers la gauche avec 272 m. Le méandre s’est orienté ensuite vers la rive droite en direction des côtes le long de la RN 8 sur 283 m durant la même période, menaçant ainsi la plateforme de la

1: lit mineur de l’oued Ouerrha, 2: lit majeur de l’Ouerrha, 3: lit majeur exceptionnel de l’Ouerrha, 4: berge dégradée, estompée, 5: berge nette, 6: cours de l’oued El Berria, 7: réseau saisonnier, 8: route nationale n° 8, 9  route secondaire, 10: pont, 11  courbe de niveau, 12: point d’altitude.

Fig. 8 - Identifications des unités hydrogéomorphologiques de la vallée de l’Ouerrha, à proximité de du centre Aïn Aïcha (Sources : carte topographique de Tissa au 1/50000 + images

satellitaires + mesures de terrain)

Younes El Alami, Noura Rassam, Mostafa Hmamouchi Mohammed El-Fengour e Abdelghani Houari

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional: Réalité des risques etperspectives de gestion à Aïn Aïcha (Province de Taounate, Maroc septentrional)

Page 55: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

187

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

route nationale 8. On constate également qu’au niveau des quartiers habités, le cours de l’Ouerrha avait migré de 237 m vers les quartiers situés sur la rive gauche ; ce qui explique l’impact des inondations fréquentes et les dégâts produits. À l’aval du centre, près d’Ouled Omar, on constate que le cours a connu une forte dynamique, estimée à environ 190 m au cours de la même période, en direction de la zone bâtie et de la RN 8 (Tableau II).

Photo 1 - Unités morphologiques de la plaine inondable de la vallée Ouerrha

au centre Aïn Aïcha.

Photo 2 - Niveaux d’immersion à Bled Swati sur la rive gauche de la vallée de l’Ouerrha à Aïn Aïcha.

La dynamique fluviale des trois méandres s’est reflétée sur le développement des différents niveaux d’inondation au sein de la vallée naturelle (fig. 9 et 10), dont le niveau topographique augmente progressivement depuis le cours d’eau principal jusqu’au dernier niveau d’inondation (L4) délimitée par les matériaux de niveaux des basses terrasses (T1 et T2) (photo 2).

Page 56: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

188

La dynamique des méandres à proximité du marché hebdomadaire sur la rive gauche de l’oued Ouerrha a entraîné différents niveaux d’inondation. Les mesures sur le terrain montrent la présence de quatre niveaux d’inondation ; ce qui met en évidence l’individualisation de niveaux submergés (Tableau II). Cela peut également être constaté dans la zone d’Ouled Omar au sud du centre urbain Aïn Aïcha.

Moyenne annuelle (m/an)

Migration du cours (en mètre)

Longueur du cours en 2018

Longueur du cours en 1965Méandres fluviaux

+5.6+28525652280Méandre de blad swati

-8.8-44919292378Méandre du Souk

-0.6-3325522585Méandre de wlad omar

Tableau II - Caractéristiques morphométriques des méandres dans la vallée de l’Ouerrha au centre Aïn Aïcha.

1: vallée naturelle de Ouerrha au niveau de Ain Aicha, 2: cours de l’Ouerrha en 1965, 3: cours de l’Ouerrha en 2018, 4: halo du méandre entre 1965 et 2016 (en mètres), 5: courbes de niveaux espacés de 10 m, 6: route nationale 8, 7: route secondaire, 8: pont, 9: limites du périmètre d’aménagement du centre Aïn Aïcha.Fig. 9 - Dynamique des méandres de l’Ouerrha au niveau du centre Aïn Aïcha entre 1965 et 2018.

Younes El Alami, Noura Rassam, Mostafa Hmamouchi Mohammed El-Fengour e Abdelghani Houari

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional: Réalité des risques etperspectives de gestion à Aïn Aïcha (Province de Taounate, Maroc septentrional)

Page 57: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

189

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Emplacement des quartiers résidentiels et des équipements socioculturels au

Centre Aïn Aïcha

L’emplacement du centre Aïn Aïcha, sur la rive gauche de la vallée, est soumis à un hydrodynamisme bien marqué, du fait de sa situation au pied du Koudiat El Melkh, rendu vulnérable aux apports latéraux et longitudinaux. De ce fait, la plupart des entités urbaines sont menacées par les inondations, en particulier ceux situés le long de la RN 8, qui les rend constamment vulnérable à la montée des eaux. Les seules zones qui demeurent non menacées restent celles situées le long de la route secondaire en direction du Centre Aïn Mediouna.

Les habitations et les bâtiments administratifs sont directement menacés, l’immersion demeure fortement possible lorsque l’inondation se produit. Les locaux commerciaux et les établissements d’enseignement, situés sur la rive gauche de l’Ouergha sont les plus exposés. Le mur de de clôture du marché hebdomadaire et les bâtiments résidentiels sont actuellement affectés. Le pont principal et le Centre de travaux agricoles restent menacés à chaque crue de référence décennale (fig. 11).

1: Formations des niveaux fluviales (T2 ; T1), 2: Matériaux alluviaux grossiers modernes (gravier et granulat), 3: Matériaux fins (limon fin et sable), 4: Talus et limites des niveaux d’immersion,L1: niveau d’immersion 1 (Lit 1), L2: niveau d’immersion 2, L3: niveau d’immersion 3, L4 niveau d’immersion 4, Barre : formations sédimentaires d’embâcles proches du niveau du cours d’eau.Fig. 10 - Coupe géomorphologique dans la vallée de l’Ouerrha à Blad Swati en amont du centre

Aïn Aïcha.

Page 58: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

190

1: Danger très fort; 2: Danger fort à modéré; 3: Danger faible; 4: Espaces hors danger; 5: cours d’eau principal; 6: cours d’eau secondaire; 7: ravin et ruisseau saisonniers; 8: sens de la submersion active; 9: submersion passive; 10: courbe de niveau; 11: berge sapée; 12: route menacée; 13: bâtiments menacés; 14: ouvrage de protection menacé; 15: route nationale n° 8; 16: route régionale n° 408; 17: ponts; 18: limites du périmètre d’aménagement du centre Aïn Aïcha; 19: carrières (sablière et gravière).

Fig. 11 - Zonage des risques d’inondation dans le périmètre urbain de Aïn Aïcha.

Younes El Alami, Noura Rassam, Mostafa Hmamouchi Mohammed El-Fengour e Abdelghani Houari

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional: Réalité des risques etperspectives de gestion à Aïn Aïcha (Province de Taounate, Maroc septentrional)

Page 59: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

191

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Gestion du risque d’inondation et de la problématique de l’aménagement au centre

d’Aïn Aïcha

La localité de Aïn Aïcha connaît le phénomène d’inondation depuis sa création à l’époque coloniale, mais le danger des inondations n’était pas aussi grave qu’il l’est aujourd’hui, de sorte que l’intervention requise par l’État se faisait par l’intermédiaire des acteurs responsables. Malgré la réalisation d’une étude en 2010 par l’Agence du Bassin Hydraulique de Sebou pour protéger les zones d’aménagement à Aïn Aïcha, il demeure aujourd’hui insuffisant pour protéger cet environnement du risque d’inondation lors des périodes de forts débits.

Outre ces mesures, l’arsenal juridique reste inactif de manière optimale (loi 11-03 sur la conservation de l’environnement, Loi 12-03 sur l’étude de l’impact environnemental, loi 01-08 sur l’exploitation des carrières, lois 10-95 et 35-15 relatives à l’eau). Le sort des zones proches des cours d’eau reste imprécis et la notion de risque naturel en vertu des lois antérieures reste peu figée, tant qu’elle n’a pas été abordée en détail, à l’exception de l’article 19 de la Loi 12-90 relative à l’urbanisme, qui définit les domaines interdis à toutes formes d’urbanisation.

Mesures prises pour la protection du centre Aïn Aïcha contre les risques d’inondation

Evoquant l’histoire des inondations dans cet espace fragile et face au manque de moyens pour réduire ce danger, la population et les services de la commune ont interagi avec les possibilités offertes. Rappelons ici, les initiatives entreprises par ce Conseil communal suite à la montée des eaux de l’Ouerrha, où il a été construit des barrières de sable le long de la rive gauche. Plus tard, des barrières en béton armé et le boisement des versants de Koudiat El Melkh ont été entrepris.

Dans le cadre du partenariat entre la Communauté d’Ain Aïcha et l’Agence du bassin hydraulique de Sebou ainsi que l’Agence Urbaine de la Ville de Taounate, il y a l’intention de préparer les récifs de la région, qui sont l’un des principaux facteurs contribuant aux inondations et ces dégâts selon l’étude réalisée par l’ABHS en 2008. Ce projet propose l’évacuation des eaux pluviales et de pluies torrentielles, par la construction des canaux souterrains en béton qui passent sous la route nationale 8 pour s’écouler dans la vallée de l’Ouerrha (MEPN, 1978).

Page 60: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

192

Propositions d’aménagement et protection du Centre Aïn Aïcha contre les inondations

Face à la récurrence des catastrophes environnementales associées aux aléas hydrologiques dans les zones urbaines (A. Houari et al., 2019), il est nécessaire de prendre en compte les composantes du milieu et la nature des interventions.

Pour faire face au risque d’inondation dans cette localité, il convient d’appliquer les recommandations suivantes:

• Phase de planification : un processus mis en œuvre pour éviter l’apparition du risque, et comprend toutes les mesures qui renforceraient l’immunité du milieu au phénomène potentiel de deux façons : l’achèvement des installations défensives, et l’établissement de méthodes de prévention;

• Phase des mesures : répondre à la catastrophe, c’est-à-dire mettre en place un système automatisé qui permet de minimiser le risque dès son déclenchement;

• Phase de sauvetage : pris pour rétablir l’équilibre perdu et compenser les pertes et les destructions liées à la structure menacée dans le cadre d’un développement global.

Afin de proposer un aménagement spatial qui intègre la notion de risque dans les documents d’urbanisme, les mesures suivantes doivent être prises:

• Prise en compte des particularités des milieux et réalisation des Plans d’Exposition aux Risques d’inondation (PER-I);

• Réalisation du Schéma Directeur d’Assainissement liquide et solide pour la protection contre le ruissellement urbain;

• Aménagement des bords de la vallée de l’Ouerrha et des versants débouchant sur les zones urbaines;

• Réalisation des bassins de collecte conformément aux contrôles environnementaux pour protéger les lits et réduire l’agression aux abords du centre Aïn Aïcha;

• Rationalisation de l’exploitation des carrières en légalisant l’octroi des permis, avec engagement de la mise à l’état des carrières alluvionnaires;

• Donner la priorité à la création d’espaces verts et d’espaces interdits à la construction dans les zones fragiles non ædificandi;

• Mise en œuvre des lois de l’urbanisme et de l’aménagement, en renforçant les mécanismes de contrôle;

• Sensibilisation sur les dangers de la croissance de l’urbanisation des espaces fragiles et inondables.

Younes El Alami, Noura Rassam, Mostafa Hmamouchi Mohammed El-Fengour e Abdelghani Houari

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional: Réalité des risques etperspectives de gestion à Aïn Aïcha (Province de Taounate, Maroc septentrional)

Page 61: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

193

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Conclusion

Au terme de ce travail, il apparait clairement que la sensibilité des milieux morphodynamiques et hydrodynamiques constitue la règle dans cette partie du Rif central méridional. Le régime hydrologique – étant torrentiel – se calque parfaitement sur celui des pluies dans un bassin où l’érodibilité des roches et l’imperméabilité fait que le temps de réponse des crues aux averses devient court. Lors des périodes de hautes-eaux, l’encaissement notable de la vallée moyenne de l’O. Ouerrha à Aïn Aïcha, engendre les débordements répétés atteignant la basse vallée qui abrite des quartiers d’habitation et les infrastructures.

L’individualisation des lits d’inondations basée sur les deux approches historique et hydrogéomorphologique a permis d’effectuer un zonage en fonction des degrés de risques hydrologiques. Le document cartographique qui en résulte constitue, en cette étape, une plateforme pour les aménageurs-décideurs permettant de réaliser un PER-Inondation à Aïn Aïcha où le zonage devra prendre en compte la fréquence des crues et le degré des risques d’inondation. En matière d’urbanisme et d’aménagement, des zones doivent être identifiées en zones soumises aux risques, zones à l’abri, et d’autres intermédiaires où l’affectation de chacune d’entre-elles relève de son aptitude à l’occupation.

Certains programmes d’aménagement contre les crues ont été appliqués par des organismes tels que l’Agence du Bassin Hydraulique de Sebou en partenariat avec les autorités locales, les Travaux publiques et l’Agriculture. Ces programmes méritent aujourd’hui d’être repensés si toutefois les inondations se poursuivent dans cette localité reconnue à risque d’inondation.

Références bibliographiques

AGENCE DU BASSIN HYDRAULIQUE DU SEBOU (ABHS) (2008). Etude de protection du centre Aïn Aïcha contre les inondations. Rapports Inédits, mission 1 et 2.

Ballais, J.-L. (2011). . La méthode hydrogéomorphologique de détermination des zones inondables. Géographie Physique et Environnement (ISSN 1958-573X), collection Ouvrages, 172 p.

Beaudet, G. & Maurer, G. & Ruelun, A. (1967). Le Quaternaire marocain  : observations et hypothèses nouvelles. Revue de Géographie physique et de Géologie dynamique ; vol. IX, Fasc. 4, 269-310. Paris.

El alami, Y. (2020). Cartographie de Submersion des centres urbains dans le rif méridional central : réalité des risques et perspectives de gestion (Thèse doctorat géographie). Université Sidi Mohamed ben Abdellah, Faculté des lettres et sciences humaines, Saïs, Fès.

El KhalkI, Y., Oulghazi, A. (2019). Les risques d’inondations au Maroc entre les problèmes de gestion et l’aménagement spatial : une stratégie de gestion durable et intégrée. Publications des journaux divers octobre-novembre et décembre.

Page 62: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

194

Essadaoui, M. (2012). Modélisation hydrologique de bassin versant Ouerrha par utilisation de la plateforme WMS. Mémoire de fin d’Etudes, Diplôme d’ingénieur d’Etat, Université Mohamed V, Ecole Mohammadia d’ingénieurs, Département Génie Civil, Section Hydraulique.

Gartet, J. (2001). Contribution à la connaissance de la dynamique fluviatile au Pléistocène supérieur et à l’Holocène dans la vallée de l’Ouerrha. Étude des dépôts des basses et très basses terrasses (Rif, Maroc). Thèse Université d’Aix-Marseille I, 545 p, Édit. Septentrion, 2002.

Gartet, J. & Gartet, A. (2009). Paléodynamique fluviale au Pléistocène supérieur et à l’Holocène dans la vallée de l’Ouerrha – Rif. Actes de la 5ème rencontre des Quaternaristes marocains (RQM5) «Paléo-environnements et Préhistoire du Quaternaire marocain et méditerranéen». Faculté des Sciences et Techniques, Fès. 

Gartet, J. & Gartet, A. (2007). Torrentialité holocène et dynamique fluviatile dans la haute vallée de l’Ouerrha, secteur de Bni Oulid (Rif, Maroc). Revue Al Misbahia n° 7-2007, Publications FLSH. Saïs-Fès, 19-36, Fès.

Gartet, A., Gartet, J. & Gartet, F. (2006). Torrentialité et problèmes d’aménagement urbain à Aïn Aïcha (Province de Taounate). In «Milieux naturels et aménagement de l’espace au Maroc». Publ. FLSH, Rabat, 149-158.

Gartet, J., Ballais, J.-L., Gartet, A. & Fontugne, M. (2001). Polémique autour de la datation de la terrasse rharbiènne : Apport de la très basse terrasse de l’Oued Ouerrha (Rif, Maroc). Datation, XXIe rencontres internationales d’Archéologie et d’Histoire d’Antibes. Publications du Centre d’Études Préhistorique, Antiquité, Moyen âge, et Ministère de la culture et de la communication (France). Édit. APDCA, 361-369.

Gartet, J. et Gartet, A. (2015). Méthodologie de recherche et outils d’analyse des formes et des formations quaternaires des plaines alluviales  : cas de l’Ouerrha. Actes de la 19ème rencontre des géomorphologues marocains. Publ. FLSH – El Jadida, 63-84.

HOUARI, A., RESSAM, N. & ALAMI, Y. (2019). Le devenir des vallées urbaines face aux défaillances de gestion des crues : analyses appliquées dans quelques agglomérations urbaines au Maroc. Acte du colloque national «Gouvernance territoriale et outils de gestion du territoire», FLSH Oujda, Université Med 1er, 3-15.

Maurer, G. (1968). Les montagnes du Rif central. Thèse Doc. Etat, Rabat. 481 p.

Maurer, G. (1979). Les milieux naturels et leur aménagement dans les montagnes humides du domines Tellien d’Afrique

Michard, A. (1976). Eléments de Géologie Marocaine, Notes et Men. Serv. Geol. N° 252, 420 p.

Montoroi, J-P. (2012) Rôle des sols sur la genèse des inondations, symposium européen, problèmes actuels de la protection contre les inondations, Paris – Orléans 28-29-30.03.2012.

MTNISTERE DE L’EQUIPEMENT ET DE LA PROMOTION NATIONALE (MEPN) (1978). Détermination des débits maximums instantanés de l’oued Ouerrha au niveau de sa traversée par la RS 304 dans le village de Tahar-souk. Direction de l’hydraulique, Division des ressources en eau. Rapport inédit.

PLAN D’AMENAGEMENT ANTIEROSIF DU BASSIN VERSANT DE L’OUED OUERRHA – EN AMONT DU BARRAGE AL WAHDA (PAABVO) (1996). 1ère et 2ème phase : étude économique. Rapport principal d’analyse de la situation actuelle. Rapport de synthèse, Edition définitive.

Suter, G. (1965). La région du Moyen Ouergha: étude préliminaire sur la stratigraphie et la tectonique. N.M.S.G.M. Rabat, t.24, N°183, 7-17.

Taous, A. (2005). Géomorphodynamique fluviale: processus morphosédimentaire, ajustement spatio-temporels, paléoenvironnements et mutations récentes des espaces fluviaux. Publications FLSH Saïs-Fès, 425 p., Fès.

Vinet, F., Gherardi, M., Leone, F. (2015) Les programmes d’actions et de prévention des inondations (PAPI). Actes du colloque Géorisque, Gestion des Catastrophes et des Risques naturels UMR GRED (Gouvernance, Risques, Environnement, Développement). Université Paul-Valéry Montpellier-IRD, Montpellier.

Plan d’Aménagement de Aïn Aïcha au 1/2000è, homologué en 2014.

Images satellitaires (2018) Aïn Aïcha (SAS Plante).

Younes El Alami, Noura Rassam, Mostafa Hmamouchi Mohammed El-Fengour e Abdelghani Houari

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional: Réalité des risques etperspectives de gestion à Aïn Aïcha (Province de Taounate, Maroc septentrional)

Page 63: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

691

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

indice

Tábula Gratulatória .............................................................................................. 11Testemunho de um Serrano .................................................................................. 17

Intervenção na tomada de posse como Professor Catedrático ................................ 19Prefácio ..................................................................................................................... 33

MENSAGENS INSTITuCIONAIS ...................................................................... 41Mensagem do Magnífico Reitor da Universidade de Coimbra ............................. 42Mensagem do Diretor da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra ........ 43Mensagem do Director do Departamento de Geografia e Turismo e Presidente da Associação Portuguesa de Geomorfólogoss ...................................................... 44Mensagem da Coordenadora Científica do CEGOT ............................................ 47Mensagem do Diretor Nacional de Prevenção e Gestão de Riscos, ANEPC ......... 48Mensagem do Presidente da Direção da Escola Nacioanl de Bombeiros ................ 49Mensagem do Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses ............................. 50Mensagem do Presidente do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores ..... 53Mensagem do Presidente da PAFO .......................................................................... 54Mensagem do Diretor do Departamento de Gestão de Fogos Rurais, ICNF ........ 56Mensagem do Presidente da Associação Portuguesa de Geógrafos ......................... 58Mensagem do Presidente do Conselho Diretivo da AGIF ..................................... 59Mensagem do Vogal do Conselho Diretivo da AGIF ........................................... 60Mensagem do Presidente do Centro de Estudos e Intervenção em Proteção Civil ....... 62Mensagem Ex-vogal da Direção da Escola Nacional de Bombeiros ........................ 64Mensagem do Presidente da Assembleia-Geral da RISCOS .................................. 66Mensagem do Secretário da Assembleia-Geral RISCOS ........................................ 68

A GEOGRAFIA FÍSICA E OS RISCOS.Interfaces entre as alterações da paisagem e a dinâmica ambiental ............. 71

As cheias do rio Mondego e as soluções que tardam a implementar ......................... 73Diana Filipa Alves Freire e José Simão Antunes do Carmo

As variações recentes do nível do mar e o risco no litoral .......................................... 97António Alves-da-Silva e Pamela Matlack-Klein

Page 64: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

692

A importância do arquivo da Agência Portuguesa do Ambiente para o estudo das

cheias no rio Ave ...................................................................................................... 115Francisco Costa

A aplicação de gabiões em sistemas de meandros: um caso de recuperação

pontual de área degradada ....................................................................................... 127Tupac Borges Petrillo

La reducción del riesgo de inundación mediante la ordenación del territorio:

evolución y avances en España. Algunos ejemplos ................................................... 137Jorge Olcina Cantos

Changement climatique et inondations dans l’espace méditerranéen français ......... 161Zeineddine Nouaceur

Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional : Réalité des risques et

perspectives de gestion à Aïn Aïcha (Province de Taounate, Maroc septentrional) .... 177Younes El Alami, Noura Rassam, Mostafa Hmamouchi, Mohammed El-Fengour and Abdelghani Houari

Processos perigosos na zona costeira adjacente à foz do rio Apodi-Mossoró,

Nordeste do Brasil ................................................................................................... 195Wendson Dantas de Araújo Medeiros

Quantificação das mudanças recentes na forma e volume da restinga do

Cabedelo, foz do rio Douro ..................................................................................... 205Rui Morais Fernandes, Alberto Gomes e José Teixeira

Na adaptação aos riscos climáticos é preciso pensar pequeno .................................. 217Ana Monteiro, Helena Madureira, Carlos Sousa e Maria Pacheco

Aplicación para cálculo del riesgo sísmico de un sitio específico ............................. 227Alexander Dueñas, Danilo Corral y María Augusta Fernández Moreno

A Escarpa da Serra do Pilar, ontem, hoje e o futuro ................................................. 239Salvador Almeida

Riscos Geológicos – Alguns exemplos em Portugal ................................................. 253Carla CaroçaErosão Hídrica dos Solos: o caso particular de Idanha-a-Nova (Castelo Branco) .... 263Paulo Lemos e Cláudia CostaFatores de controlo da evolução das ravinas em ambiente Mediterrâneo ................. 275Bruno Martins, Adélia Nunes e Ana C. Meira Castro

GeoGrafia, riscose Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourenço

Page 65: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

693

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Medidas de mitigação e controlo de ravinamento: Um estudo de caso das ravinas

de Seirós (Norte de Portugal) ................................................................................... 287Bruno Martins, Cármen Ferreira, Adélia Nunes e Ana C. Meira Castro

Risco ambiental de poluição por microplásticos: a importância da análise de

distribuição espacial ................................................................................................ 297Inês Amorim Leitão e António Dinis Ferreira

Risks of water scarcity and regime in Santiago Island (Cape Verde) .......................... 307Isabel Pedroso de Lima, Carmen Celine Martins e João L. M. Pedroso de Lima

Remote sensing based tools to assess risk in rice agriculture ................................... 317Isabel Pedroso de Lima, Romeu Gerardo Jorge e João L. M. Pedroso de Lima

Métodos da Pesquisa em Geografia Física: Lições da Experiência com o Professor

Luciano Lourenço ................................................................................................... 327Jorge Luis P. Oliveira-CostaUma questão sobre etimologia [ao Professor Luciano Lourenço] ............................ 355Ney Roberto Vattimo Bruck e Greice Martins Gomes

A GEOGRAFIA HUMANA, O TURISMO, A EDUCAÇÃO E OS RISCOS Desafios de uma sociedade em mudança .............................. 363

A casa e o risco - entre a insegurança, o domocídio e a instrumentalização geopolítica ..... 365João Luís J. Fernandes

A problemática dos sem-abrigo: conceito(s) e dinâmicas de causalidade .................. 383José Lúcio e Filomena Marques

“Tanta casa sem gente, tanta gente sem casa”. A geografia dos sem-abrigo na

ótica dos riscos sociais .............................................................................................. 395Fátima Velez de Castro e Ana Maria Cortez Vaz

Envelhecimento e crises ........................................................................................... 411Miguel Padeiro

Envelhecimento e solidão: o papel das bibliotecas móveis na mitigação de riscos sociais ... 421Maria Beatriz Marques

A Geografia e os territórios de risco: contributos para a compreensão da difusão da COVID 19 à escala global ....................................................................................... 439Paulo Nuno Nossa e Fernanda Cravidão

Page 66: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

694

Riscos climáticos, saúde pública e a vulnerabilidade socioespacial no Brasil ............. 455João Lima Sant’Anna Neto

De la résilience à la résilience urbaine ...................................................................... 467Yvette Veyret

Metodologia de análise de risco tecnológico na borda litorânea do Parque

Estadual do Cunhambebe na Serra do Mar – Região da Costa Verde – RJ .............. 483Kátia Regina Góes Souza

Percepciones e imaginarios sobre la naturaleza elementos esenciales para la

gestión del riesgo ..................................................................................................... 493Yolanda Hernández Peña

Breves considerações sobre as relações entre a valorização do espaço, o consumo da

natureza e a fragilidade Ambiental no litoral norte do estado de São Paulo, Brasil ..... 505Antonio Carlos Vitte

Geografia e movimento ecológico profundo: uma alternativa aos estudos dos riscos ... 519Hudson Rodrigues Lima e Vicente de Paulo da Silva

Riscos e resiliência em produtos do território: o caso do queijo “Serra da Estrela” ... 533Orlando Simões e Isabel Dinis

Geografia e Riscos: problematizações do espaço urbano para a aprendizagem na

Educação Básica ...................................................................................................... 543Eliana Marta Barbosa de Morais e Patrícia de Araújo Romão

Educação para uma ‘sociedade de risco’: ensinar e aprender a (con)viver com os

perigos e desastres .................................................................................................... 553Laura Soares e Elsa Pacheco

Contribuições de pesquisas brasileiras sobre riscos, ensino de geografia e educação ... 573Carla Juscélia de Oliveira Souza, Patrícia Ferreira e Janete Oliveira

Geografia e Físico-Química uma colaboração imprescindível para a compreensão do Risco ... 583Anabella Vaz e Anabela Estudante

Legendas à procura dum mapa: a propósito da geografia e do imaginário

geográfico de Mia Couto ......................................................................................... 595Rui Jacinto

Paisagem Protegida da Serra da Lousã: uma proposta de valorização da paisagem cultural ... 607Paulo Carvalho e Luiz Alves

GeoGrafia, riscose Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourenço

Page 67: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

695

GeoGrafia, riscos

e Proteção civil

HomenaGem ao Professor doutor luciano lourençovolume 1

Fragmentação em Território de Pesca: o declínio da pesca artesanal marinha em

Barra Grande, Cajueiro da Praia-PI ........................................................................ 617Ulisses de Andrade Lima e Francisca Cardoso da Silva Lima

A cultura do vinho em Portugal. Pelos caminhos da vitivinicultura ........................ 629Norberto Santos

Turismo e políticas públicas no Brasil: o lugar das comunidades tradicionais .......... 643Rita de Cássia Martins de Sousa e Mônica Arruda Zuff

Abordagens metodológicas na investigação sobre percepção dos residentes em

relação ao turismo ................................................................................................... 655Paula Remoaldo e Hélder LopesPor uma ética científica colaborativa: o legado de um geógrafo ............................... 679Norma Valencio e Arthur Valencio

Page 68: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 69: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

Luciano Lourenço intervindo no VII Encontro Nacional de Riscos e II Fórum ISCIA, Aveiro, 19 de abril de 2012.

Fotografia dos arquivos da RISCOS - Associação Portuguesa de Riscos, Prevenção e Segurança, 2021.

Page 70: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...
Page 71: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

Impressão:Simões & Linhares, Lda.

Rua do Fetal, Lote 53020-923 Coimbra

Telefone: (0351) 239 084 200 | E-Mail: [email protected]: https://www.simoeselinhares.pt

Setembro de 2021

Page 72: Cartographie des zones inondables dans le Rif méridional ...

Geo

Gra

fia, risc

os e Pro

teçã

o c

ivil

Ho

men

aG

em a

o Pr

ofesso

r D

ou

tor

luc

ian

o lo

uren

ço

c o i m b r a2 0 2 1

volu

me 1

HomenaGem ao Professor Doutor

luciano lourenço

riscos - associação PortuGuesa De riscos, Prevenção e seGurança

GeoGrafia, riscose Proteção civil

volume 1

coordenadores:adélia nunes

antónio amaroantónio vieira

fátima velez de castrofernando félix