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Casa Pia São Vicente de Paulo -“Asilo Padre Euclides” 1

Casa Pia São Vicente de Paulo -“Asilo Padre Euclides”2

Casa Pia São Vicente de Paulo

“Asilo Padre Euclides”

Shirley Lessa


Entrada atual do Asilo “Padre Euclides”


LACUNA PREENCHIDA

José Celso Soares Vieira

“Ata: registro escrito no qual se relata o que se passou numa sessão, convenção, congresso, etc.” ( Novo Dicionário Aurélio) Portanto, as atas sempre se referem a acontecimentos vividos num passado, próximo ou distante, por quaisquer associações ou entidades, públicas ou privadas. Este livro não é constituído de atas literárias, mas de rápidos registros das reuniões das Diretorias do Asilo “P. Euclides” ao longo de cem anos. Assim também a linguagem não poderia guardar uma unidade que, entretanto, não prejudicou

um retrato do que representou e ainda representa esta Obra Unida para Botucatu.

Louvável o empenho do confrade vicentino Shirley Lessa com a pesquisa sobre as atas da Casa Pia São Vicente de Paulo, Asilo “P.Euclides”, dos primórdios até o presente, num feliz panorama histórico desta instituição voltada para abrigar os idosos desamparados. Fatos arquivados e esquecidos em livros de atas em épocas distintas atestam a bondade e o carinho da gente botucatuense, para com os que perderam tudo, da família à esperança.

A Sociedade de São Vicente de Paulo sente-se honrada com a publicação deste livro por se ver fiel cumpridora de nossa Regra: buscar


no auxílio ao pobre a própria santificação. E o leitor desta obra poderá acompanhar, na linha do tempo, todo um profícuo trabalho de amor e doação realizado por tantas diretorias, desde seu início, na insuspeita administração do Asilo “P. Euclides”, verdadeiro lar para os que já não o têm mais.

E o autor soube destacar, com senso de humor, fatos curiosos vividos pelos asilados e pelos dirigentes da Casa Pia no decorrer do tempo. Assim, sobressaem dentre tantos: a existência do asilo desde o começo do século 20; a fundação oficial s em 1922 com a presença incentivadora do notável P. Euclides; a instigante biografia deste humilde sacerdote; a posse do terreno onde hoje se localiza a Associação Atlética Botucatuense, vendido posteriormente para este clube; a comemoração dos cem anos da asilada, dona Mariinha; as animadas festas beneficentes, as visitas constantes de políticos e benfeitores da casa...

Enfim, Shirley Lessa foi um percuciente pesquisador que nos proporcionou um desfilar de acontecimentos e de pessoas que viveram momentos importantes não só do Asilo “P. Euclides”, mas também da história da cidade ligada à preocupação com o acolhimento aos desvalidos da sorte.

Compartilhei – como presidente do Conselho Central dos vicentinos da Arquidiocese de Botucatu –, com a Diretoria do asilo momentos de agruras econômicas por que passava a instituição, a falta de apoio oficial, o atraso no recolhimento das obrigações trabalhistas dos funcionários junto ao INSS, as péssimas condições das casas dos asilados, os constantes roubos de fios de energia elétrica, a incompreensão burocrática do Conselho Metropolitano de Bauru para algumas decisões importantes como as necessárias reformas do desgastado patrimônio imobiliário... Tudo isso, no entanto, foi contornado e, mercê de Deus, superado.

Administrar uma Obra Unida como a do Asilo “P. Euclides” não é tarefa fácil, quase hercúlea mesmo. Alimentar os velhinhos, cinco vezes ao dia, fornecendo-lhes roupas, calçados e remédios, cuidar dos doentes, atendê-los na espiritualidade, propiciar-lhes momentos de lazer são algumas das muitas atividades inerentes aos funcionários cuidadores


dos internos. O Asilo só subsistiu ao tempo graças ao carinho e ao desprendimento das inúmeras diretorias passadas e sob o olhar de Deus. Nada mais justo, pois, que as Diretorias de plantão se lembrem sempre de que não estão começando uma obra, mas dando prosseguimento ao que muito já foi feito no passado. Reconhecer o trabalho de quem se deu tudo de si é, no mínimo, um ato de amor e caridade. Afinal, o passo da frente sempre se sustenta no de trás.

Este livro virá preencher uma lacuna de momentos significativos da história de nosso asilo e é de fundamental interesse para pessoas das áreas de ciências sociais – história, sociologia, etc. – bem como para os vicentinos e para aqueles que apreciam fatos históricos de nossa gente. Enfim, torna-se um marco para a até então obscura e desconhecida história do Asilo “P. Euclides”. Por falta de elementos de pesquisa, o confrade Shirley deixou de mencionar que foi capelão do asilo no final da década de 1950, o padre espanhol Pio Palácios. Conheci-o de perto, pois eu e meu irmão Luiz – hoje Arcebispo de Manaus e Vice-Presidente da CNBB – fomos seus coroinhas na igreja matriz de Itatinga. P. Pio era um santo e morreu velhinho no asilo, sendo sepultado no Cemitério Portal.

Com a publicação deste livro, ganhamos todos: os vicentinos, a história local e o povo de Botucatu.


SHIRLEY LESSA

PAPAI E MAMÃE, QUE A LUZ DE SUAS ALMAS ILUMINE CADA PÁGINA DESTE LIVRO.

DEDICO ESTE TRABALHO À ALAÍDE, MINHA ESPOSA, COMPANHEIRA DE 43 ANOS, NOS MOMENTOS FELIZES E NAS HORAS DIFICEIS.

AOS MEUS FILHOS FERNANDO, SERGIO, RENATO, MARCELO E ÉRIKA.

ÀS MINHAS IRMÃS HAYDEE, MARIA E LILIA.

MEUS NETOS ANA CAROLINA, RENATA, AMANDA, JÚNIOR E FELIPE.

MEUS CUNHADOS, NORAS, GENRO E SOBRINHOS.

DEDICO TAMBÉM A VOCÊ, QUE ACREDITA E TEM DENTRO DE SI, A CONSCIÊNCIA DE QUE É SEMPRE POSSIVEL MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DE UMA CRIANÇA E DE UM IDOSO.


PREFÁCIOÉ interessante a maneira como surgem

certos fatos. Este livro teve sua origem em uma conversa informal de vicentinos, que após uma reunião, ficaram batendo um ‘papo’. Um dos confrades levantou uma questão: “fatos históricos” sobre os 100 (ou mais) anos de existência da Casa Pia São Vicente de Paulo, mais conhecida por Asilo Pe. Euclides.

Durante a conversa, o ex-Presidente Emilio Euclides Cassetari falou: “É verdade, Shirley, conhecemos tão pouco sobre aqueles que fundaram e trabalharam por este asilo, você poderia escrever alguma coisa sobre o mesmo”.

Pensando por alguns dias, resolvi aceitar o desafio, pois frequento o asilo desde meus primeiros dias de vicentino (1960). Três anos (1993 a 1996) como vice-Presidente, oito anos (1996 a 2004) como Presidente e quatro anos (2004 a 2008) como Diretor de Patrimônio

Agradeço a DEUS pela oportunidade que tenho de conviver com os velhinhos carentes internos da Casa, sendo para mim um feliz aprendizado ao ver um outro lado da vida, que todos deveriam ter a oportunidade de conhecer. (Seres humanos, às vezes abandonados e rejeitados pelas próprias famílias, mas sempre dispostos a uma conversa, a uma brincadeira, sorrindo com uma piadinha, conformados e, como ficam contentes quando recebem ou transmitem algum conselho, demonstrando certa felicidade, pregando-nos uma lição de vida).

Logo que aceitei o desafio, conversei com o Sr. Pedro Manhães, solicitando um especo para publicar no Diário da Serra, alguns artigos sobre o passado e o presente da Casa Pia, no que fui atendido (porém como seriam muitos artigos, resolvi escrever este livro)

A nossa pretensão é apenas um pequeno histórico, baseado no


material que conseguimos através de Estatutos, Atas, conversas com vicentinos mais antigos e até mesmo nos “bate-papos” com idosos, internados há muitos anos.

Não foi uma tarefa fácil colher informações, pois a pesquisa teve de ser feita em livros e documentos antigos, parcialmente destruídos pelo tempo, traças, cupins, ácaros, mesmo assim procurarei deixar o máximo de fatos que consegui obter. Livros difíceis de manusear, cujas páginas estavam soltas e quase ilegíveis. Diversas vezes, fiquei até altas horas da madrugada lendo e relendo aquelas Atas (que sofrimento com a minha rinite).

Iniciarei com dados obtidos em documentos antigos, passando pelos fundadores, benfeitores, dirigentes, voluntários, festeiros, doadores, Irmãs de Caridade, funcionários, idosos, imóveis, até chegarmos aos dias atuais.

Existe certa discordância quanto à fundação e inauguração do Asilo, pois encontramos documentos dando sua fundação em 07 de setembro de 1922, porém temos em mãos uma Ata de 1923 que cita uma alteração estatutária de 1901. Parece-nos que no início era uma Associação Caritativa com a finalidade de recolher doentes, pobres e inválidos, inclusive, instalada em outro local e com a vinda do Padre Euclides, houve a inauguração oficial, no mesmo local onde se encontra hoje.

Este pequeno histórico será também uma oportunidade para homenagear as pessoas que, de alguma forma, colaboraram com nosso Asilo, procurarei mencionar sempre seus nomes. Procurarei seguir uma ordem cronológica e quando atingirmos o ano de 1946 (1º aniversário do falecimento do Pe. Euclides) faremos um capítulo à parte, baseado em uma palestra proferida pelo amigo do Pe. Euclides, Sr. A. Romano Barreto de Ribeirão Preto.

Shirley Lessa


Primeiras casas (Construção Henrique Bokermam)


ORAÇÃO DA FAMÍLIA VICENTINA

Senhor Jesus, Tu que Te fizeste pobre,Faze que tenhamos os olhos e o coração voltados para os pobresE que possamos reconhecer-Te neles;Em sua sede, em sua fome, em sua solidão e em sua dor.

Suscita em nossa Família VicentinaA unidade, a simplicidade, a humildadeE a chama da caridadeQue inflamou o coração de São Vicente de Paulo.

Dá-nos a força para que, fiéis à prática destas virtudes,Possamos contemplar-Te na pessoa dos pobresE um dia unirmo-nos a Ti e a eles no Teu reino.

Amém

Imagem de São Vicente de Paulo, restaurada por minha esposa Alaide


ORAÇÃO DO IDOSO

Bem-aventurados aqueles que compreendem meus passos vacilantes e minhas mãos trêmulas.

Bem-aventurados os que levam em conta que meus ouvidos captam as palavras com dificuldade, por isso procuram falar mais alto e pausadamente.

Bem-aventurados os que percebem que meus olhos já estão nublados e minhas reações são lentas.

Bem-aventurados os que nunca me dizem “Você já me contou isso tantas vezes”.

Bem-aventurados os que desviam o olhar, simulando não ter visto o café que por vezes derramo sobre a mesa.

Bem-aventurados os que sorriem e conversam comigo.

Bem-aventurados os que sabem dirigir a conversa e as recordações para as coisas dos tempos passados.

Bem-aventurados os que sabem dirigir a conversa e recordações para as coisas dos tempos passados.


Bem-aventurados todos aqueles que me dedicam afeto e carinho, fazendo-me assim pensar em Deus. Quando entrar na Eternidade, lembrar-me-ei deles, junto ao Senhor.

Bem-aventurados os que me ajudam a atravessar a rua e não lamentam o tempo que me dedicam.

Bem-aventurados os que me fazem sentir que sou amado e não estou abandonado, tratando-me com respeito.

Bem-aventurados os que compreendem quanto me custa encontrar forças para carregar a minha cruz.

Bem-aventurados os que amenizam os meus últimos anos sobre a terra.


Dentro das pesquisas realizadas, encontramos como documento pequenas citações a partir de 1901.

190115 de abril: Assembleia Geral. Estatutos aprovados. Registro 14902 – 2ª Circunscrição Nome: Associação Casa Pia São Vicente de Paulo. Finalidade: Manter uma Casa de Caridade onde sejam recolhidos doentes pobres e inválidos.

§ 1º - O hospital será aberto em prédio alugado até que a Associação possa construir edifício próprio.§ 2º - Anexo ao hospital, a Associação manterá, de acordo com seus meios, um asilo para inválidos e depósito de gêneros para distribuir aos pobres.

Art. 7º - A Associação terá como fundo disponível para execução de seus fins: 1º - Contribuições espontâneas de seus sócios. 2º - Os donativos, esmolas e subvenções. 3º - Os rendimentos dos lucros que de futuro venham a possuir.

190627 de abril: Assembleia Geral. Alteração dos estatutos.

Art. 2º - Doar para o patrimônio do Bispado de Botucatu o prédio de propriedade da Associação, situado no Largo da Matriz.

190918 de agosto: Escritura de compra. Valor 2:000$000 (dois contos de reis)

Terreno na Rua General Telles, esquina com Siqueira


Campos. Frente: 51,50m. Fundos: meio quarteirão, contendo um começo de edificação (instalação inicial da sede).

191819 de julho: Assembleia Geral na sede da entidade onde já se encontrava

abrigada a escola mista.O Sr. Augusto Henburg assumiu a presidência da assembléia. Por

aclamação o sócio Monsenhor Paschoal Ferrari convidou o sócio Fidêncio de Azevedo Trigo para secretariar, por motivo de enfermidade do secretário efetivo Sr. Manoel Theodoro de Aguiar, sendo Presidente do Asilo o sócio Carlino de Oliveira. A escola mista funciona regularmente. O Sr. Presidente agradeceu os valiosos serviços prestados pelos “facultativos” (médicos) Dr. Costa Leite, Franco Meireles, Vicuma Júnior e Otávio Simões.Diretoria: Pres. Carlino de Oliveira; Vice - Pres. Capitão Antonio Lopes Monteiro; Secretário: Manoel Theodoro de Aguiar e Tesoureiro: Alexandre Roubaud Júnior.

1919Ata de 19 de junho: Diretoria: Pres. Carlino de Oliveira; Vice - Pres.

Antonio Lopes Monteiro; Tesoureiro: Alexandre Roubaud Júnior; Secretário: Fidêncio de Azevedo Trigo (em virtude do falecimento do Sr. Manoel Theodoro de Aguiar).

Por motivo de mudança do Sr. Fidêncio, assumiu a secretaria o Sr. Lázaro Tavares de Oliveira. A Diretoria agradece os serviços gratuitos dos Doutores: Costa Leite, Waldomiro de Oliveira, Francisco Rodrigues do Lago e Nestor Seabra.


192019 de julho: Reeleita a Diretoria

192119 de julho: Assembleia presidida pelo

confrade Lázaro Tavares de Silva e secretariada pelo confrade Afonso Celso Dias.Diretoria: Pres. Carlino de Oliveira; Vice - Pres. Coronel Manoel Luiz dos Santos; Tes. Alexandre Roubaud Júnior; 1º Sec. Afonso Celso Dias; 2º Sec. Francisco Barbosa da Cunha e Mello.

192219 de julho: O confrade Presidente Martinho Nogueira declarou um voto

de pesar pelo falecimento do dedicado Monsenhor Paschoal Ferrari, Vigário Geral do Bispado.

Diretoria: Pres. Martinho Nogueira; Vice - Pres. Carlino de Oliveira; Tes. Alexandre Roubaud Júnior; 1º Sec. Afonso Celso Dias e 2º Sec. Flávio César.

Esta Assembleia foi presidida pelo Padre Euclides Gomes Carneiro.Nesta data o confrade Antonio Cordeiro do Amaral propôs um voto

de louvor ao Sr. Carlino de Oliveira pela dedicação e carinho que durante 12 anos dirigiu o Asilo. O confrade Flávio César salientando a dedicação, carinho e amizade do Pe. Euclides em todas as obras pias e de caridade e muito especialmente na Casa Pia São Vicente de Paulo, fundando este Asilo, sugere que o mesmo seja considerado Sócio Benemérito. Aprovado por unanimidade. O bondoso Pe. Euclides agradeceu sensibilizado a distinção.

28 de agosto: Escrituras de permuta: Casa da Rua Amando de Barros, 156


com 23m de frente e fundo até a Rua Curuzu, com uma gleba de terras no subúrbio (atual Asilo), denominada “Chácara do Tenente”, com 70829m2. Valor de escritura: 3.000$000 (três contos de reis).

192307 de abril: Compra de terreno, anexo à “Chácara do Tenente”,

pertencente a Sra. Francisca de Freitas, pelo valor de 2.000$000 (dois contos de reis).

19 de julho: Diretoria reeleita.O Pe. Euclides entende que as festividades deste ano deveriam iniciar com um tríduo, com sermão do Pe. José Maria Pinido, Reitor do Seminário e Ginásio Diocesano. Nesta data, foi discutida a reforma estatutária do Asilo.

Casa em construção pelo Sr. Henrique Bkermam em 1922


Foi doado a esta Casa 10.000$000 (dez contos de reis) em apólices do Estado, legadas pelo falecido benemérito, Coronel Amando de Barros.

Segundo palavras do Pe. Euclides, graças à sociedade botucatuense e aos beneméritos Srs. Coronel Antonio José Leite; Coronel José Manoel Pupo; Petrarca Bacchi; Alípio Martins Ramos; Coronel Manoel Marques; Coronel Manoel Luiz dos Santos; Sras. Maria Antonia Villas Boas e Amélia de Matos Dias foi conseguido elevar consideravelmente o patrimônio da Sociedade.

Em 05 de agosto, foi realizada a Assembléia para reforma estatutária. Farei a transcrição de alguns trechos desta Ata de 1923, da forma em

que foi redigida na época. São 20 páginas manuscritas, com uma caligrafia invejável.

“Publica forma de Acta da Assembléa Geral Extraordinaria em que se reformam os Primitivos Estatutos, datada de 05 de agosto de 1923, contendo os novos estatutos, e, em apenso, a publicação official de seus extractos, além da respectiva aprovação eclesiastica.”

“Acta da Assembléa Geral Extraordinaria realizada em 05 de agosto de 1923, presidencia do confrade Amaro Alves de Almeida para o fim de deliberar sobre a reforma dos Estatutos da Casa Pia de São Vicente de Paulo, à qual estiveram presentes os confrades: Pe. Euclides Carneiro, Joaquim de Arruda Moraes, Martinho Nogueira, Joaquim Vieira de Campos, Dr. Esdras Pacheco Ferreira, Alexandre Roubaud Junior, Euclides de Carvalho Campos, Flavio Cesar, Francisco Dias Ferraz, Amaro Alves de Almeida, Arnaldo do Amaral Castro, Joaquim Pedro Rodrigues, Carlino de Oliveira, Altino de Campos Toledo, Angelo Raphael Loschiavo, Francisco Calixto de Oliveira, Joaquim Vermelho Gonçalves, Benedicto Paulino da Silva, João Pescatori, João Pereira de Mello Moraes, e Afonso Celso Dias”. (nesta data era presidente da Casa Pia o Sr. Martinho Nogueira).

“Sob a denominação de Casa Pia São Vicente de Paulo, continua a funcionar nesta cidade de Botucatú, Estado de São Paulo, uma Associação de Caridade, fundada sob os auspicios da Sociedade de São Vicente de Paulo. A Associação adopta o Regulamento da Sociedade de São Vicente de Paulo, no que lhe for applicavel, conservando absoluta autonomia quanto à sua administração econômica. São fins da Associação:


I) Manter um asylo de mendicidade e proteção à velhice desamparada; II) Manter uma escola primária sob o mesmo programa das Escolas Estaduaes identicas, para os filhos dos asylados e demais indigentes; III) Manter logo que seja possível, uma Escola Profissional feminina; IV) Manter quando houver oportunidade, um Orphanato; V) Manter, havendo possibilidade, um retiro para sacerdotes invalidos. Ha na Associação quatro classes de sócios: Fundadores, effectivos, contribuintes e benemeritos. Fundadores são aquelles que, até a Assembléa Geral de 15 de abril de 1901 na qual votaram e aprovaram os Primitivos estatutos, já se achavam Associados. Effectivos, são os confrades activos de toda e qualquer Conferencia Vicentina do município de Botucatú, aggregada ao respectivo Conselho. Contribuintes, são os que concorrem com mensalidades não inferior a mil reis. Beneméritos, os que tendo concorrido com donativos avultados ou relevantes serviços para a Associação, assim foram considerados pela Assembléa Geral. Os presentes estatutos entrarão em vigôr logo que sejam approvados pela Autoridade Diocesana, depois de publicados officialmente e registrados para os effeitos civis.”

No final desta ata, encontramos o seguinte:“Reconheço verdadeiras as firmas retro e supra em numero de

vinte e uma e dou fé. Botucatú, 18 de junho de 1924. – Em testemunho (estava o signal publico) da verdade. José da Rocha Torres, 2º Tabelião. Acha-se ao lado um carimbo impresso, com os seguintes dizeres: – José da Rocha Torres 2º Tabelião e Escrivão. Botucatú. Nada mais se continha no respectivo original, que me foi apresentado para que extrahisse a presente Publica Forma, ao qual me reporto e dou fé. Botucatú, 18 de junho de 1924”.Assinado por José da Rocha Torres e também o “official” ad-hoc, Antonio

Seabra.

Para que o referido tivesse personalidade Jurídica, foi aprovado pela Câmara Eclesiástica de Botucatu, assinado pelo Padre Victor Maria, secretário do Bispado e pelo Monsenhor Domingos Magaldi, Governador do Bispado.


Nossa intenção ao realizar uma cópia fiel dos trechos da ata de 1923 é de relembrar aos mais idosos, a ortografia usada por eles e para os mais jovens, uma curiosidade dos tempos de seus avós.

Para homenagear aqueles que trabalharam e os que ainda trabalham pela Casa Pia de São Vicente de Paulo, dando parte de suas vidas, às vezes sacrificando seus afazeres, levantando de madrugada (quando de casos urgentes), às vezes ficando durante a noite velando o corpo de um velhinho e mesmo tendo de ajudar financeiramente para que nada falte aos velhinhos internos, irei citá-los:

1918 – Pres. Carlino de Oliveira / Vice - Pres. Cap. Antonio Lopes Monteiro1921 – Pres. Carlino de Oliveira / Vice - Pres. Coronel Manoel Luiz dos

Santos1922 – Pres. Martinho Nogueira / Vice - Pres. Carlino de Oliveira1924 – Pres. Arnaldo Amaral Castro / Vice - Pres. Francisco Dias Ferraz1925 – Pres. Arnaldo Amaral Castro / Vice - Pres. José Ignácio Villas Boas1926 – Pres. Francisco Dias Ferraz / Vice - Pres. Joaquim Vieira de Campos1928 – Pres. Francisco Dias Ferraz / Vice - Pres. Guido Zanotto

Da esquerda para direita - Octacilio Paganini, Francisco Casini, Benedito de Oliveira França, Prof. Paulo Assumpção, João Simões e Irmãs Vicentinas


1929 – Pres. José Bonifácio de Arruda / Vice - Pres. Mário Góes1930 – Pres. José Bonifácio de Arruda / Vice - Pres. Álvaro Guimarães1931 – Pres. Flávio César / Vice - Pres. Astrogildo Arruda1932 – Pres. Flávio César / Vice - Pres. Antonio de Almeida1933 – Pres. Flávio César / Vice - Pres. Antonio Mori1934 – Pres. Flávio César / Vice - Pres. Bernardino Correa Amaro1936 – Pres. Francisco Dias Ferraz / Vice - Pres. Euclides de Carvalho e

Campos1938 – Pres. Bernardino Correa Amaro / Vice - Pres. Benedito Mello

Mendes1939 – Pres. Bernardino Correa Amaro / Vice - Pres. Augusto Fontana1940 – Pres. Bernardino Correa Amaro / Vice - Pres. Benedito Mello

Mendes1941 – Pres. Augusto Fontana / Vice - Pres. Edgard Carvalho1942 – Pres. Augusto Fontana / Vice - Pres. Bernardino Correa Amaro1943 – Pres. Augusto Fontana / Vice - Pres. Francisco Casini1944 – Pres. Francisco Casini / Vice - Pres. João Vendito1945 – Pres. Francisco Casini / Vice - Pres. Octacílio Paganini1951 – Pres. Antonio Rebelo Ferreira / Vice - Pres. Marcelino Guilherme1952 – Pres. Antonio Rebelo Ferreira / Vice - Pres. Luiz Lopes1954 – Pres. Antonio Rebelo Ferreira / Vice - Pres. João Paschoalick1958 – Pres. Octacílio Paganini / Vice - Pres. Laurindo Izidoro Jaqueta1959 – Pres. Rui Soares Arruda Ribeiro / Vice - Pres. Ivo Losi1960 – Pres. Humberto Popolo / Vice - Pres. Plínio Paganini1977 – Pres. Roque Oswaldo Matera / Vice - Pres. Antonio Carlos Leão1978 – Pres. Roque Oswaldo Matera / Vice - Pres. Miguel Ribas Campos1986 – Pres. Vicente Rosica / Vice - Pres. Antonio Spadotto1989 – Pres. Orlando de Almeida / Vice - Pres. Antonio Spadotto1990 – Pres. Orlando de Almeida / Vice - Pres. Eder Trezza1991 – Pres. José Orlando Witzler / Vice - Pres. Neide Pereira Godoy1992 – Pres. Orlando de Almeida / Vice - Pres. Aduir Soares dos Santos1993 – Pres. Álvaro Picado Gonçalves / Vice - Pres. Otacílio Paganini1995 – Pres. Álvaro Picado Gonçalves / Vice - Pres. Shirley Lessa1996 – Pres. Shirley Lessa / Vice-Pres. Emilio Euclides Cassetari2004 – Pres. Emilio Euclides Cassetari / Vice - Pres. João Claudio Alves2008 – Pres. João Cláudio Alves / Vice – Pres. Cláudio Ferreira dos Santos


Com este relato, muitos botucatuenses irão tomar conhecimento de como seu pai, tio, avô e mesmo bisavô, trabalharam em prol dos velhinhos desamparados.

Mesmo não conhecendo muitos dos antigos dirigentes, posso afirmar que todos fizeram o possível e às vezes até o impossível para que os idosos internos fossem tratados como cidadãos dignos e tivessem um final de vida de verdadeiro cristão. Infelizmente não conseguimos muitas notícias anteriores ao ano de 1918.

De um artigo assinado pelo vicentino Prof. Euclydes de Carvalho e Campos, tiramos os seguintes trechos: “Quando da inauguração do Asilo em suas atuais dependências (1922), o benemérito e saudoso Padre Euclides Carneiro, conseguiu, para gerenciar o Asilo a vinda de quatro Irmãs Franciscanas que, com santa dedicação se entregaram àquele nobre Mister. Instalaram também, anexa ao Asilo, uma Escola primária, de costura, bordados e flores artificiais. Era confortante, quando se visitava o Asilo, observar-se a paciência daquelas humildes Franciscanas para com as crianças da Escola e os pobres asilados. Infelizmente essas bondosas Irmãs foram obrigadas a sair apressadamente e chorando desta Casa, porque o ex-Bispo de Maura assim o quis, em virtude da gratidão que os vicentinos consagravam ao Apóstolo da Caridade – Pe. Euclides, que fora afastado desta cidade, embora os vicentinos nada mais fizessem, a não ser chorar a ausência daquele grande e boníssimo amigo. Com a saída das Irmãs Franciscanas, o confrade Flávio César teve de ficar com sua esposa, durante mais de um mês, residindo no Asilo e cuidando dos pobres. Finalmente o confrade Francisco Dias Ferraz, então presidente, conseguiu em São Paulo um casal de enfermeiros para a gerência interna do Asilo, infelizmente esse casal ficou apenas poucos meses, em virtude de doença da esposa. Foi então que o casal Máximo e Angelina Sanches foi encarregado do mesmo cargo, isto em caráter provisório, como medida de emergência, até que a diretoria conseguisse a vinda de Irmãs de Caridade como preceituam os estatutos. Sr. Máximo Sanches, muito bom moço, mas espírito absorvente, visceralmente refratário à obediência e à hierarquia”.


192419 de julho: Diretoria: Pres. Arnaldo do Amaral Castro; Vice - Pres.

Francisco Dias Ferraz; 1º Tes. Alexandre Roubaud Júnior; 2º Tes. Flávio César; 1º Séc. Afonso Celso Dias; 2º Séc. Paulo Antunes.Conselho Fiscal: Carlino de Oliveira; Euclides de Carvalho Campos e Martinho Nogueira.Suplentes: Gabriel de Carvalho; José Antunes e Antonio de Castro Guimarães.

12 de outubro: Foi autorizada pela Assembleia, a diretoria construir mais dois prédios, nos terrenos anexos ao prédio da Rua General Telles, nº 19. Feita a concorrência, foi declarado vencedor o Sr. Décimo Cassetari.

O Sr. Presidente propôs um voto de congratulação ao Monsenhor Carlos Duarte Costa pela sua nomeação Bispo de Botucatu.

Antigo Paiol


Foi realizado contrato de arrendamento do terreno da Avenida D. Lúcio com a Associação Atlética Botucatuense.

192519 de julho: Diretoria: Pres. Arnaldo do Amaral Castro; Vice - Pres. José

Ignácio Villas Boas; 1º Sec. Afonso Celso Dias; 2º Sec. Paulo Antunes; 1º Tes. Flávio César; 2º Tes. Bernardino Correa Amaro.Conselho Fiscal: Francisco Dias Ferraz; Joaquim Pedro Rodrigues e Artur Chagas.Suplentes: João Pescatori; Antonio Henrique Fróes e Joaquim Vieira Campos. Dona Carolina Soares doou Prédio da Rua Marechal Deodoro nº 429.

192622 de julho: Diretoria: Pres. Francisco Dias Ferraz; Vice - Pres. Joaquim

Vieira de Campos; 1º Sec. Euclides de Carvalho Campos; 2º Sec. Antonio de Castro Guimarães; 1º Tes. Flávio César; 2º Tes. José Pacheco de Camargo.Conselho Fiscal: Carlino de Oliveira; Arnaldo do Amaral Castro e Sebastião Rodrigues dos Santos.Suplentes: Olintho Casini; João Pescatori e Arthur Chagas.

O confrade Flávio César falou da tristeza que estão os vicentinos, os asilados e os funcionários pela retirada das Irmãs Franciscanas do Asilo. O Bispo Diocesano, Dom Duarte Leopoldo e Silva, ficou de ajudar na vinda de outras Irmãs, mas mesmo com o auxílio do Pe. Salústio Rodrigues Machado e do Prof. Raimundo Cintra, nada foi feito.

Dona Carolina Teixeira de Barros doou 5:000$000 (cinco contos de reis) e o Coronel Jayme de Toledo Pizza e Almeida 10:000$000 (dez contos de reis). Com essas doações, o Sr. Manoel Guimarães construiu uma casa na Rua General Telles.


192719 de julho: Diretoria reeleita. O confrade Flávio César solicitou que conste em Ata, um

preito de saudade do confrade Manoel Luiz dos Santos, recentemente falecido.

192808 de abril: Compareceram à reunião os confrades Francisco Dias Ferraz, Guido Zanotto, José Bonifácio de Arruda e Euclides de Carvalho Campos, respectivamente, Presidente, Vice - Presidente, Tesoureiro e Secretário. O assunto principal foi a Ação de cobrança iniciada pelo Dr. Lafayete Pereira Gomes, sobre os aluguéis atrasados da Associação Atlética Botucatuense, relacionado com o campo de esporte pertencente à Casa Pia. Foi tratado também o assunto da plantação de eucaliptos nos terrenos baldios, anexos à Casa Pia (na época denominado Asilo de Mendicidade), realizada pelo Sr. João Galerani, cujas mudas foram doadas pelo Sr. José Ignácio Villas Boas. Registrados votos de pesar pelo falecimento da Sra. Sebastiana Morato Leite, esposa do grande benfeitor do Asilo, Sr. Antonio José Leite. O Sr. Fernando de Castro Peres está negociando o aluguel do prédio da Praça Coronel Moura, de propriedade do Asilo. Nesta data o Sr. Presidente falou sobre os donativos recebidos, destacando a doação de um “capado de meia ceva” (porco que está na metade da engorda) recebido do Sr. Amâncio Baciotto. Duas leitoas, doadas pelo Dr. Sebastião Villas Boas.

Por ocasião da Páscoa, foi oferecido aos asilados um lanche, pela Irmandade do Sagrado Coração de Jesus. Doutor Custodio Cardoso, advogado de São Paulo, foi encarregado do recebimento da subvenção Federal destinada ao Asilo. Foi inaugurada nesta cidade a Agência do Banco de Crédito do Estado de São Paulo, sendo que o presidente desta Casa recebeu convite para a citada inauguração, acompanhado de uma Caderneta com o crédito de 200$000 (duzentos mil reis). Foi proposto pelo Sr. Brasilio Bassetto, proprietário de uma fazenda, pagar o consumo de “Força e Luz”, ao Asilo, em troca de colocar um cano adutor de água, que abastece o Asilo, para sua fazenda. Proposta rejeitada. Dr. Dácio Machado de Campos, representante da CPFL, ofereceu gratuitamente a iluminação.


Nas festividades do Asilo a Banda Municipal, cobrou apenas 30% da taxa normal de apresentação e a Tipografia São José, do Sr. Serra Netto, cobrou só 50% do preço dos anúncios. As Filhas de Maria desta cidade fizeram uma doação de 100$000 (cem mil reis).

Para a festa de 19 de julho, foram designados os seguintes festeiros: Senhoras, Maria Cândida Villas Boas; Anna Elvira Moreira; Albina Botti; Stela Lunardi; Gertrudes Stein; Maria Marques; Ignácia S. Marques; Rosa do Amaral Castro; Maria Eliza de C. Conceição; Dulce Fortes Simões; Anna Monteiro de Barros; Thereza Melhado; Senhorita Maria Dinucci e os Senhores Dr. José Freire Villas Boas; Prof. João Alfredo dos Santos; Antonio Rangel T. Bandeira; Cyriaco Ferreira do Amaral; Ricardo Zanotto; Pedro Conceição Serra Negra; Elias A. Meirelles; Amadeu Santi; João Ribeiro Hornan; José Botelho; José Marques Zavasque e Vitoriano Freire Villas Boas. De acordo com ofício do Sr. José Marques Zavasque ao presidente, ficou pronto o retrato do Pe. Euclides Carneiro, sendo que o mesmo deverá ser colocado no salão Nobre da Casa Pia. O presidente declarou que após a eleição da atual diretoria, oficiou a Dom Carlos Duarte Costa, nosso digno Bispo Diocesano, ao Monsenhor Adaucto Rocha, digno vigário geral desta Diocese e ao Padre Salústio Rodrigues Machado, nosso digno vigário, comunicando a eleição e convidando-os para a posse. Em resposta, recebeu ofício dos mesmos abençoando a nova diretoria. Foi com grande alegria que a diretoria comemorou a tão desejada harmonia entre ela e os superiores eclesiásticos. Foi alugado ao Sr. João Garzezi, um pequeno pasto, na razão de 15$000 (quinze mil reis) e uma garrafa de leite.

As senhoritas Maria Banducci, Titinha Peixoto e Stefania Serra tiveram, lavrado em Ata, um voto de agradecimento por terem cantado na festa de São Vicente de Paulo.

Foi recebido da Câmara Municipal local um memorando, cobrando a importância de 313$200 proveniente do imposto, taxado sobre esta instituição de caridade. Foi recebida, por intermédio do Sr. Mario Andreazi e da Sra. Rosa R. Santallo, a doação de 1:000$000 (um conto de reis). Para o leilão da última festa, foi oferecido pelo Sr. Adolpho Majja, capitalista residente em Cerqueira César, um bilhete da loteria do Estado de São Paulo, sendo o mesmo arrematado pelo Sr. Victoriano Villas Boas. O Sr. Antonio


Silvestrim enviou a esta Casa 1$200 (um mil e duzentos reis) para compra de pães aos pobres. O Sr. Joaquim Rodrigues César nos enviou uma leitoa e quatro gansos. Em 26 de agosto recebemos do Sr. Frederico Ricci, por parte da distinta colônia Italiana, aqui domiciliada, um cheque no valor de 245$400, excesso arrecadado para a cerimônia em homenagem à memória do heroico aviador italiano, Major Carlo Del Preti, tragicamente falecido no Rio de Janeiro. A diretoria resolveu oficiar o Sr. Com. Francisco Balerno, digno Agente Consular nesta cidade, transmitindo o reconhecimento da nobre colônia italiana local. Nesta data, a diretoria pagou a segunda parte do débito ao Sr. Manoel Álvaro Guimarães, relativa à construção da casa da Rua General Telles. Sendo o Sr. Décimo Cassetari inquilino de uma casa do Asilo, o mesmo procurou a diretoria para reformar o contrato. A diretoria agradeceu o Sr. Amilcar Montebrugnolli, maestro da Banda Municipal, que abrilhantou a festa do Asilo. No dia 14 do corrente, aniversariou o Pe. Euclides, fundador deste Asilo. Foi enviado pela diretoria um ofício, cumprimentando-o.

Em 30 de setembro, a Sra. Angelina, esposa do Sr. Máximo comunicou por telefone que sua filhinha estava gravemente enferma e que examinada pelo Dr. Losso, foi diagnosticado varicela ou varíola; a criança foi examinada também pelo Dr. Homem de Mello do serviço Sanitário de Ribeirão Preto. Foi constado em ata um agradecimento às senhoritas da Vila dos Lavradores pela colaboração na coleta no cemitério em finados, feito o mesmo com Dona Lucinda Villas Boas, presidente das Filhas de Maria.

Padre Salústio Rodrigues Machado comunicou que no dia 1º de janeiro de 1929 haverá uma missa festiva com lanches aos velhinhos. O Sr. Bacchi enviou aos idosos algumas dúzias de “gasosas” e a família Fortes esteve presente trazendo doces.

1929Diretoria: Pres. Jose Bonifácio de Arruda; Vice - Pres. Mário Góes; 1º Tes. José Ferreira de Moraes; 2º Tes. Francisco Casini; 1º Sec. Euclides de Carvalho Campos; 2º Sec. Astrogildo Arruda.Conselho Fiscal: Francisco Dias Ferraz; Antonio de Almeida Arruda e Gustavo Teixeira de Assumpção.


Suplentes: Joaquim Dias; Leoni Simonetti e Francisco Assis Camargo.

Em 27 de janeiro o confrade Astrogildo Arruda viajou para São Paulo, a fim de se entender com o Dr. Custódio Cardoso a respeito da subvenção votada pelo Congresso Estadual a favor desta Casa. Porém este advogado dava como perdida essa causa, visto que essa verba já havia sido requisitada pela Câmara Municipal.

O barítono Clovis de Queiroz se ofereceu para dar um espetáculo, porém o resultado da apresentação foi praticamente nulo. Foram recebidos cinco cobertores e 11 colchões, doados pela Sra. Clotilde Rodrigues do Lago. O Sr. Jayme de Toledo Pizza e Almeida passou a ser contribuinte do Asilo. A Associação Atlética Botucatuense pretendia arrendar novamente o campo que fica ao lado do cemitério, porém o mesmo já está arrendado ao Clube Atlético Paulista. Dona Sylvia Morato fez uma doação de 10$000 (dez mil reis).

No início de julho, o presidente Francisco Dias Ferraz, lembra aos demais membros da diretoria que nos dias 18, 19, 20 e 21 serão realizadas as festividades em louvor a São Vicente de Paulo, sendo a seguinte a comissão de festeiros: Dr. Lúcio Ribeiro da Motta; Dona Nina Raposo; Sr. Luiz Gonzaga de Mello; Dona Dolores Botti; Dona Narcisa Bissacot; Sr. Anselmo Vicentini; Dona Sophia Pinheiro Nogueira; Professora Pureza César, Dona Esther de Santis; Sr. Mansueto Lunardi; Sr. Gustavo Teixeira de Assumpção; Barão do Amaral; Sr. Camilo Mazzoni; Sr. Bernardino Correa Amaro; Sr. Angelo Ricardo Zanotto; Sr. Sidraco Bacchi; Sr. João Garzezi; Sr. Antonio Mori; Sr. Antonio Siloto; Sr. José Ignácio Villas Boas; Dr. Roberto Napolitano; Dona Anna Oliveira Mello; Dona Maria Carmelo Lunardi e Dona Lucinda Ribeiro da Motta. Em 28 de julho assumiu a presidência do Asilo o confrade José Bonifácio de Arruda, tendo como Vice - Pres. o Prof. Mário Góes. Em 12 de setembro, a Câmara Municipal, representada pelo Sr. Prefeito Municipal, fez uma proposta de compra de um terreno na Rua General Telles, medindo 100 m por 180 m, de propriedade o Asilo (atual A.A.B.), oferecendo a quantia de 15:000$000 (quinze contos de reis). A diretoria, por unanimidade, não aprovou a proposta. O Sr. Paulo Dal Farra fez uma doação de 12$000 (doze mil reis).


1930Diretoria: Pres. José Bonifácio de Arruda; Vice - Pres. Álvaro Guimarães; 1º Tes. Flávio César; 2º Tes. Francisco Casini; 1º Sec. Astrogildo Arruda; 2º Sec. Antonio Amaral Fusaro.Conselho Fiscal: Arnaldo Amaral Castro; Joaquim Vieira Campos e Carlino de Oliveira.Suplentes: Lindolpho Pires de Campos Mello Junior; Euclides de Carvalho Campos e Francisco Pires Correa.

Em abril o Dr. Nestor Seabra, que presta seus serviços médicos, desde a fundação do Asilo, alerta a diretoria para instalação de uma sala para curativos e se propondo a ajudar financeiramente, através de uma campanha. A Associação Atlética Botucatuense volta a insistir, por intermédio de um ofício, o arrendamento do campo. O Sr. Raphael João Raphael, propôs a troca da casa da Praça Coronel Moura, propriedade do Asilo, por duas casas na Avenida D. Lúcio, nos 60 e 62 e mais um terreno anexo com 40 m, proposta não aceita pela diretoria.

Comissão de festeiros para o dia 19 em louvor a São Vicente de Paulo: Srs. Eduardo Forte; Nelson Ayres Fernandes; Rodolpho Devidé; Aurélio Ferraz; José Marques Zavasque; Flávio César; Manoel da Silva; João Pescatori; Gabriel Melhado; José Serra Netto e Olintho Casini. Senhoras Dirce Botelho; Bertta Pacheco Ferraz; Maria Luiza do Amaral; Lili Guimarães; Tidinha Rodrigues do Lago; Battistina Villas Boas; Druzila F. de Oliveira; Alcina Pizza de Almeida; Teaninha de Mattos; Lucinda Villas Boas e Anita Botti. O Asilo recebeu, em doação, da extinta Maternidade Botucatuense, um terreno de 22 m por 22 m, situado entre a Avenida D. Lúcio e a Rua Visconde do Rio Branco. Em agosto a A. A. Botucatuense procurou a diretoria para propor o arrendamento do campo mediante um contrato de 05 anos, sendo pago, mensalmente a quantia de 100$000 (cem mil reis). Em reunião de diretoria, foi proposta a redução do salário do Sr. Máximo Sanches, porém, um dos diretores aconselhou o presidente a agir com muita prudência e habilidade sobre o assunto. Foi solicitado da E.F. Sorocabana, doações de trilhos para serem usados como postes com a finalidade de iluminar a Avenida que vai ao Asilo, solicitação atendida. No


mês de outubro, o Pres. José Bonifácio foi substituído pelo confrade Álvaro Guimarães. A arrecadação nos portões do cemitério, no dia de finados, rendeu 631$500. O Sr. Herman Roebalen cedeu as mudas de eucaliptos, necessárias para o plantio efetuado pelo Sr. Galerani.

No dia 22 de dezembro o presidente oficiou o Coronel Comandante das tropas aqui aquarteladas, agradecendo a gentileza do festival, promovido em benefício desta Casa. Foi lida uma carta do Sr. Eloy Tobias de Aguiar, pedindo redução no valor do aluguel da casa em que reside. Solicitação negada pela diretoria. A C.P.F.L. comunicou à diretoria que a partir de janeiro de 1931, esta instituição ficará isenta do pagamento de luz, pagando apenas a força matriz no valor de 60$000. No Natal os velhinhos receberam um saboroso almoço, oferecido pelas senhoras ao Apostolado. Com relação às missas na capela do Asilo, foi mantido um contato com o Sr. Bispo Diocesano o qual concedeu licença permanente para celebração.

O Dr. Seabra solicitou da municipalidade auxilio para a reforma da ponte que dá passagem para esta Casa, pois a mesma está em péssimo estado. Para o próximo mês foi cogitado o sistema de “Folha de Pagamento” para os funcionários.

1931Em 04 de abril foi recebido um ofício do Sr. Delegado Regional

de Polícia, pondo à disposição do Asilo um caminhão Ford desprovido das principais peças, e como não tivessem utilidade para a instituição, foi vendido ao Sr. Cícero Buchignani por 200$000 (duzentos mil reis) sendo recebida uma “letra” dessa quantia a vencer-se em 03 de abril próximo. A prefeitura municipal atendeu o apelo da diretoria, isentando o Asilo dos impostos municipais.

A contribuição que o Asilo tem nos dias de carnaval, este ano não será possível, visto que a Santa Casa já havia feito o pedido ao Sr. Delegado de Polícia. O Sr. Fernando de Castro Peres solicitou redução no seu aluguel e tratando-se de um bom inquilino, foi atendido. O Sr. tesoureiro está comunicando aos demais membros da diretoria que recebeu a contribuição estadual no valor de 6:250$000 (seis contos, duzentos e cinqüenta mil reis), correspondente ao ano de 1930, sendo 785$000 em dinheiro e o restante em


bônus do Estado pelo valor nominal, em poder do procurador, para serem resgatados e mais a quantia de 367$500 de juros do 2º semestre de 1930 das apólices do Estado. Havia uma dúvida sobre a divisa da casa de nº 4 da Praça Coronel Moura, mas com o auxílio do Sr. Elon Rodrigues Alves, a mesma foi solucionada. Havendo necessidade de colocação de “meio fio” no Asilo, foi feita uma concorrência, sendo apresentadas três propostas: dos Srs. Zachine & Tognozzi; Denerval Ferreira Godinho e Henrique Bokerman, sendo as mesmas rejeitadas pela diretoria. Feita nova concorrência, a mesma foi vencida pelos Srs. Henrique Bokerman e Augusto Ceriliani, sendo mais longo o prazo para pagamento e esses senhores recebem um terreno no valor de 3:000$000, sendo essa obra acompanhada pelo engenheiro Dr. Menezes. Para a festa de São Vicente de Paulo a ser realizada no dia 19 de julho, além das Sras. Angelina Sanches e Maria Antonia Villas Boas, foram indicados os festeiros: Sras. Elisa de Barros, Ester Pontes, Maria da Glória Fortes, Antonia de Queiroz e os Srs. Olintho Casini, Carlos Corsi, Antonio Fernandes Villas Boas e Ângelo Milanesi. Foi designado o confrade Francisco Casini para regularizar o contrato de aluguel com a A. A. Botucatuense. Há no Asilo um interno cego há muitos anos, o Sr. Máximo Sanches comunicou esse fato ao Dr. Valentim Del Nero que, com a melhor boa vontade se prontificou a examinar o idoso, constatando que o caso admitia uma intervenção cirúrgica, que realizada gratuitamente e com total êxito, restituiu a visão ao velhinho, o qual chorava de alegria. A partir de 09 de agosto, passou a presidir o Asilo o confrade Flávio César, tendo como Vice - Pres. o confrade Astrogildo Arruda e completando a diretoria, os confrades: Alfredo Moscogliato, Lázaro Lacerda Pinto, Francisco Casini e Gustavo Assumpção. Foi feita comunicação da nova diretoria ao Sr. Bispo Diocesano e demais autoridades locais. O salário do Sr. Máximo e esposa foi elevado para 350$000 e do servente Luiz Campagna para 80$000. Havia uma divergência de divisas com o Sr. João Miguel Raphael e a casa de nº 25 da Praça Coronel Moura, de propriedade do Asilo, sendo esse problema resolvido pelo Dr. Sebastião Villas Boas. Foram enviadas cartas para firmas, solicitando doação de “fazendas” (tecidos), tendo a Sra. Condessa Matarazzo, de São Paulo, enviado 16 kg de retalhos e 12 colchões de fustão. A firma Campos Neto & Cia, de Limeira, enviou mudas para a


formação do pomar. O Prefeito Municipal, Sr. Leônidas da Silva Cardoso, destacou uma equipe de trabalhadores para o serviço de aterro e nivelamento da estrada que vai ao Asilo. Pela passagem do aniversário do querido Pe. Euclides foi enviado telegrama cumprimentando-o. Em novembro foi adotada escrituração pelo método de partidas dobradas, em cumprimento aos estatutos. Lançado em ata um voto de pesar pelo falecimento do Dr. José Cardoso de Almeida ocorrido em Paris. Por intermédio do Dr. Rogério de Camargo, vieram de Campinas 50 mudas de laranjas, despachadas pelo Instituto de Citricultura.

Estes últimos dados foram tirados de uma ata de 29 de novembro de 1931 (páginas 44 e 45), sendo a ata seguinte (páginas 46 e 47) redigida somente em novembro de 1932.

193213 de novembro: Diretoria: Pres. Flávio César; Vice - Pres. Antonio

de Almeida; Tes. Francisco Casini e Sec. Júlio Dias Ferraz.

Aberta a reunião o Sr. Presidente declarou que deixava de mandar ler as atas de reuniões anteriores, em virtude do secretário Sr. Alfredo Moscogliato não ter lavrado as mesmas.

Declarou que essas atas seriam lidas em ocasião oportuna, declarou ainda que depois de sua posse esta era a primeira vez que a nova diretoria se reunia, esclarecendo que não foi possível realizar reuniões em virtude da situação anormal durante o Movimento Revolucionário Constitucionalista. Informou ainda que por motivo de força maior, afastou-se do exercício de seu cargo passando-o ao confrade Vice-Presidente, o qual não poupou esforços para que nada faltasse ao Asilo. A diretoria recebeu ainda a informação de que o Dr. Nestor Seabra solicitou licença de seu atendimento gratuito ao Asilo, ficando para substituí-lo o Dr. Jorge Vianna Bittencourt. O Sr. Cyriaco Ferreira do Amaral, presidente do Comitê de Socorros às famílias dos combatentes fez entrega de 1:586$000 (um conto, quinhentos e oitenta e seis mil reis).


1933maio: Diretoria: Pres. Flávio César; Vice - Pres. Antonio de Almeida; 1º Sec. José Tomás Borges; 2º Sec. José César; 1º Tes. Astrogildo Arruda; 2º Tes. Francisco Casini.

O Sr. Presidente entregou 02 livros de atas, sendo um das Assembleias Gerais e outro das Reuniões Ordinárias. Foi entregue ainda um livro de presenças dos confrades nas Assembleias. Esses livros estavam em poder do Sr. Alfredo Moscogliato, ex-secretário da diretoria passada sem terem sido lavradas as atas do seu período de secretário. O confrade tesoureiro comunicou que a situação financeira não é das melhores. Pela Comissão de Assistência Social do Estado, foi concedida a subvenção de 6:250$000, relativa ao corrente ano e pelo Governo Federal o auxílio de 1:500$000, relativo ao primeiro semestre deste mesmo ano.

Em 1º de setembro foi restabelecido o serviço religioso nesta Casa, sendo capelão o Padre Luiz Otávio Bicudo, nas mesmas condições anteriores, isto é, com espórtula de 50$000 mensais. A Associação Atlética Botucatuense não efetuou este ano, nenhum pagamento, sendo o débito atual de 1:250$000, ficando o Sr. Presidente autorizado a liquidar esse débito de qualquer modo, sendo assim o mesmo entrou em entendimento com o Promotor Público, Dr. Lúcio Queirós de Morais, tomando este as providências necessárias. Informa o confrade Flávio César que recebeu 500$000, por intermédio do Dr. Silvio de Barros, correspondente a um legado Testamentário, deixado por Francisco Teixeira de Almeida.

193429 de abril: Foi concluída a construção de mais um pavilhão, custeada com o donativo de um benfeitor anônimo e de um legado do Dr. José Cardoso de Almeida, importando em 14:500$000.

Em 26 de agosto o Asilo estava com nova diretoria, assim constituída: Pres. Flávio César; Vice - Pres. Antonio Mori; 1º Sec. José Tomás Borges; 1º Tes. Agenor Camargo de Melo e 2º Tes. Edgard Carvalho. O Sr. Tesoureiro dá conhecimento de uma conta da “A Normalista” (livraria), para ser cobrada em benefício desta casa.


193503 de janeiro: Esteve visitando o Asilo o Secretário da Fazenda, Sr. Francisco Alves dos Santos Filho, trazendo um donativo de 1:000$000. Em abril o secretário José Tomás Borges, solicita licença, passando a ocupar o cargo o 2º Sec. confrade José Galvani, o confrade Bernardino Correa Amaro assume a vice - presidência, o Sr. Angelo Vampa a 2ª tesouraria e o Sr. Agenor Camargo Melo a 2ª secretaria. Pelo Sr. Presidente foi lido um ofício dirigido à diretoria, remetido pelo Monsenhor Antonio A. Cordoba, vigário geral, comunicando haver tirado toda assistência religiosa, atendendo apenas os asilados doentes, em vista da calúnia levantada contra o Sr. Bispo Diocesano, pelo Sr. Bernardino Correa Amaro. O citado Sr. manifestou-se dizendo que o ofício do Monsenhor Antonio Nunes de Córdoba refere-se às suas palavras ditas na Assembléia de posse da nova diretoria e que, no entanto, não foi sua intenção ofender quem quer que seja, mas sim um protesto mediante certa atitude do presidente da referida Assembleia, visto que não julgo haver necessidade de retirar aquelas expressões, embora ditas num momento de exaltação. Em agosto o Sr. Angelo Vampa solicitou exoneração do cargo de 2º tesoureiro e em virtude de estarem vagos também os cargos de 1º tesoureiro e 2º secretário o presidente nomeou os confrades Hermínio Carbonieri para 1º Tes.; Eduardo Silveira de Carvalho para 2º Tes.; Agenor Camargo Melo para 1º Sec. e Rodrigo Fortes Nogueira para 2º Sec. Foi autorizada, pela diretoria, a redução do aluguel da casa da Rua General Telles 739, sendo seu atual locatário o Sr. Humberto Vicentini.

Foi vendida por 15:000$000 (quinze contos de reis), ao Sr. Raphael João Raphael, filho do Sr. João Miguel Raphael, a casa de nº 26 da Praça Coronel Moura, importância que será empregada na construção do novo prédio Rua Velho Cardoso cuja concorrência foi ganha pela firma Henrique Bookerman & Cia, em virtude da proposta do Sr. Amadeu Carmello ser superior. A Sra. Piera Lucy Maltiada Augusti fez uma doação de 50$000. Em 27 de outubro foi regularizado o contrato com a Associação Atlética Botucatuense. Concluída a construção da Casa da Rua Velho Cardoso, 371, foi alugada ao Dr. Orácio Figueiredo.


193605 de março: A Senhorita Hirmani de Oliveira Freitas ofereceu-se a dar um concerto de piano em benefício desta Casa, sendo realizado no Teatro Esperia, cedido pelo Sr. Emilio Peduti. A jovem pianista é aluna da concertista Maria José de Aquino. A festa em louvor a São Vicente será realizada nos dias 17, 18 e 19 de julho, tendo sido designados os seguintes festeiros: Manoel das Neves Pinhão, Maria Cardoso; Diomedes Gomes de Oliveira; Domingos Pavesi; Maria Aparecida Lopes Leão; Libero di Murro; Theodomiro Carmello; Luciano Lunardi, Dr. Carvalho Sobrinho; Dr. Luiz Bandeira de Mello; José Torres Filho, Carmino Thadei; Angelina Baldo; Antonio da Silva Nogueira; Joaquim Amat; Francisco Dias Ferraz; Vicente Moscogliato; Domingos Marino; Therezinha Melhado; Dolores Botti; Brasilino de Moura; José Ferraz Amaral; Victorio Roseto; Carlos Frederico; Luiz Lemos Prado; Lúcio Ribeiro da Motta; Francisco Grandi; Paulo da Silva Leitão; Eduardo Zucari; Elpidio Egidio Amaral; Augusto Pinto; Paulo Arioni; Camilo Mazzoni e Alípio Martins Ramos. Os confrades vicentinos deverão sair pelas fazendas para angariar prendas.

Em 12 de julho foi realizada Assembléia para escolha da nova diretoria, cuja relação foi apresentada ao Sr. Bispo D. Carlos Duarte da Costa.

Em 09 de agosto essa nova diretoria tomou posse, estando assim constituída: Pres. Francisco Dias Ferraz; Vice - Pres. Euclides de Carvalho Campos; 1º Sec. Rodrigo Fortes Nogueira; 2º Sec. João Batista de Oliveira; 1º Tes. Américo Gori e 2º Tes. Eduardo Silveira de Carvalho. Monsenhor Affonso Tojal está providenciando um padre para celebrar missas aos domingos.

O Sr. Máximo Sanches teve seu salário elevado de 350$000 para 500$000. Dr. Borges Vieira, diretor geral da Assistência Social, visitará Botucatu e nessa oportunidade o Dr. Nestor Seabra o acompanhará para uma visita ao Asilo e ver a possibilidade de uma subvenção máxima Estadual. O Sr. Agenor Nogueira fez uma doação de 250$000.


193714 de fevereiro: Monsenhor Affonso Tojal disse que com a instalação das Monjas Passionistas em uma chácara anexa ao Asilo, torna-se necessário, como medida provisória, que o Asilo ceda acomodação no pavilhão destinado aos padres inválidos, ao Padre Cândido, capelão das referidas Monjas, acrescentando que esse eclesiástico, poderá, em retribuição, desempenhar também o serviço de capelaria aos internos. Solicitação atendida pela diretoria. Foi recebido ofício do Sr. Adolpho Michelucci, propondo que caso o Asilo conseguisse o privilégio para o serviço funerário local, concedido pela Câmara Municipal, lhe fosse substabelecido, mediante subvenção em benefício da Casa Pia. Nesta data o Sr. Máximo Sanches passou um telegrama de pêsames a Sra. Condessa Matarazzo, pelo passamento do Sr. Conde Francisco Matarazzo, benfeitor do Asilo. O Sr. Presidente solicitou do confrade Duvilio Leão, entrar em contato com os fornecedores da Capital, para doação de tecidos.

No dia 25 de julho será realizada a festa em louvor a São Vicente que será paraninfada pelos Srs. Celso Guimarães Filho; Renato de Barros; Pedro Chiaradia; Luiz Baptistão; Nilton Amaral; Bernardino C. Amaro; Antonio Rebello; Carlos de Almeida Pinto; Joaquim Amaral; José Paulino; Manoel F. Santini; Senhorinha Araújo (São Manuel); Antonio Alvim; Francisco A. Fernandes; Antonio Queiroz; Dona Albertina Gouvêa (São Paulo); Capitão João de Quadro (São Paulo); Dona Isaura Leal; Duvilio Leão; Libero di Murro e senhora; Dona Nicota Ayres; Senhoritas Mercedes e Elda Moscogliato; Eulico Mascarenhas; Olintho Casini; Leoni Simonetti; Alberto Antonelli; Silvio Antonelli; Alberto Guimarães; Humberto Damatto; Arthur Facili; Eliza Tortorella; Irene Fioravante; José Luiz Magalhães; Carmita Nogueira; Dr. Oswaldo Chateaubriand (São Paulo) e Oswaldo Levy. O confrade Francisco Dias Ferraz enviou ofício ao Departamento Nacional do Café, solicitando uma remessa de 12 sacas de café.

O Dr. Aleixo Delmanto comunica que acaba de instalar, na Santa Casa de Misericórdia, um moderno aparelho de Raio-X e oferece ao Asilo todo serviço de chapas, pagando apenas o material. Aos presentes na reunião de 27 de junho, foi dado conhecimento da diretoria que irá dirigir o Asilo 1937/38. Pres. Francisco Dias Ferraz; Vice - Pres. Euclides de Carvalho


Campos; 1º Sec. Vicente Moscogliato; 2º Sec. Eduardo de Carvalho; 1º Tes. Américo Gori; 2º Tes. Bernardino Correa Amaro. Conselho Fiscal: Leoni Simonetti, Mário Siloto e Francisco Casini. Suplentes: Antonio Alvim, Lázaro L. Pinto e Humberto Damatto. Além dos confrades eleitos por aclamação, assinaram a ata do dia, os Srs. Antonio Rebelo Ferreira, Angelo Popolo, João Lopes, Duvilio Leão, Vicente Bueno, Hugo Bertani, Agostinho Bertani e Lino Fortes.

Em outubro foram recebidos os seguintes donativos: 01 saco de café do Sr. Vicente Matheus Amorim; 01 saco de café do Sr. João Bruder Greger; 50 kg de carne do Sr. João Batista Domingues; 10 kg de macarrão da firma Amadeu Camparini; 01 caixa de óleo Salada do Moinho Santista e 100$000 do Sr. Henrique Bockerman. Em 17 de novembro foi convocada uma reunião extraordinária para comunicar que o Sr. Presidente foi procurado pelo Sr. Manoel Constantino Bueno, acompanhado do seu advogado Dr. Mário Rodrigues Torres para doar ao Asilo a casa situada na Praça Carlos Gomes nº 42.

193830 de janeiro: Depois de muita discussão entre a diretoria do Asilo e o Instituto de Pensões e Aposentadorias dos Comerciários, esta entidade foi obrigada a pagar uma das quatro parcelas no valor de 223$500 (duzentos e vinte e três mil e quinhentos reis). O presidente recorreu ao Ministro do Trabalho, pedindo exclusão desse Instituto bem como a restituição do pagamento efetuado. Pedido indeferido. Foi doada uma gôndola de lenha pelo Sr. Avelino Fernandes, ficando o transporte por conta do Asilo. O Dr. Antonio Carlos de Abreu Sodré está doando a esta entidade, a importância de 1:800$000 (um conto e oitocentos mil reis), referente a 09 dias de seus vencimentos na Câmara dos Deputados. Em março houve um festival, tomando parte como voluntários: Eulico M. de Queirós; Angelino de Oliveira; José Carvalho do Nascimento; Nelo Rizzo; Isolda Wagner; Vanice Andrade de Camargo; Prof. José Amaral Wagner; Nho Totico; os jornais Folha de Botucatu, Correio da Noroeste e as Rádios de Bauru.

A festa em louvor a São Vicente ficou marcada para os dias 21, 22, 23 e 24 de junho, contando com os festeiros: Humberto Vicentini e Sra.;


Antonio Pinto Machado e Sra.; Augusto Fontana e Sra.; João Lumina e Sra.; Antonio Melo e Sra.; Antonio Spencieri; Baptista Siloto e Sra.; Antonio Mori e Sra.; Olintho Casini e Sra.; José Gomes da Silva e Sra.; Vinício Ricci e Sra.; Raul Serra e Sra.; Antonio A. Toledo e Sra.; Flávio César e Sra.; Antonio B. Freitas e Sra.; Miguel Birraque e Sra.; Dr. Jayme de Almeida Pinto e Sra.; Emiliano Gonçalves e Sra.; Dr. Joaquim Amaral Gurgel; Benedicto Cintra Pereira e Sra.; João Oliveira Palhares e Sra.; Luiz Cassano e Sra.; Osman Caravelo e Sra.; Emilio Pedutti e Sra.; Dr. Amando de Barros Sobrinho; Bento Lopes; Julio Butignoli; Prof. Júlio Prado; Sebastião Caldeira; Antonio Manoel Affonso; Antonio Moscogliatto; Antonio Tilio; Possidônio Salles. Tendo como auxiliares: Humberto Damato; Arthur Fusili e Sra.; Alberto Guimarães e Sra.; Silvio Antoneli e Sra.; Leoni Simonetti e Sra.; Anésio G. Cunha; Francisco Casini e Sra.; Manoel F. Santini e Sra.; Duvilio Leão e Sra.; Libero di Murro e Sra.; Mariano Molina; Luiz Lopes e José Silva. Foi convidado para assistir as festividades D. Luiz Maria de Sant’Anna, Bispo Diocesano. A partir de 31 de julho, a Casa Pia São Vicente de Paulo, passou a ser dirigida pela seguinte diretoria: Pres. Bernardino Correa Amaro; Vice - Pres. Benedito Melo Mendes; 1º Tes. Américo Gori; 2º Tes. Luiz Lopes; 1º Sec. Hermínio Carbonieri; e 2º Sec. Miguel Melhado de Campos. O Dr. Silvio Galvão passou a funcionar como advogado do Asilo e aceitou o substabelecimento da procuração em poder do Dr. Sebastião Villas Boas para ultimar o processo de arrolamento dos bens deixados pelos asilados que residiram na Estação de Lobo, constantes de um sítio, gado, criações miúdas, benfeitorias, etc; tudo avaliado em 7:000$000 (sete contos de reis), mais ou menos. Informado sobre o falecimento da progenitora do Padre Euclides, foi remetido ao mesmo telegrama de condolências da diretoria e mandado celebrar uma missa pelo descanso eterno de sua alma. No dia 20 de agosto ocorreu o falecimento do Pe. Joaquim Agra, vigário da Paróquia da Vila dos Lavradores. O advogado Dr. Silvio comunicou que o caso do Lobo já foi resolvido, ficando de ir à Praça, a propriedade. Em virtude de o confrade Hermínio Carbonieri ter transferido sua residência para Araraquara, passou a ocupar o cargo de 1º secretário o confrade Miguel Melhado de Campos, sendo convidado o confrade Antonio Rebelo Ferreira para ocupar o cargo de 2º secetrário.


Esta diretoria recebeu folhetos impressos com os discursos dos Srs. Adhemar de Barros, interventor Federal em São Paulo e Sebastião Medeiros, chefe do Departamento de Assistência Social de São Paulo. O Sr. Espiridião Karan de Conchas enviou 7000 tijolos. Em virtude de mudança do Confrade Miguel Melhado de Campos para São Paulo, passou a exercer o cargo de Secretário o confrade Álvaro Monteiro. O Asilo agora conta com um necrotério, recém-construído. A Casa Carlos passou a fornecer o material de escritório. O Sr. Stipp, gerente da Companhia Singer, doou uma máquina de costura.

193911 de abril: O Pres. Bernardino C. Amaro, juntamente com sua diretoria, elaborou a lista de convidados para festeiros da tradicional festa em louvor a São Vicente de Paulo: Romeu Zerbinato e Sra.; Egídio Pettenazi e Sra.; Francisco Fernandes e Sra.; Antonio Rodrigues Amaro e Sra.; Angelo Martins; Bruno Losi e Sra.; José Bertoncini e Sra.; Olindo Ricci e Sra.; Dr. Silvio Galvão e Sra.; Cavalheiro José do Amaral Wagner e Sra.; Waldomiro Sanson e Sra.; Nicola Avalone e Sra.; Progresso Garcia e Sra.; Brasil Vilaça e Sra.; Delfim da Graça Cardoso e Sra.; Theotonio de Mattos Araujo e Sra.; Silvio Cariola e Sra.; Floriano Camargo Campos e Sra.; José Simões e Sra.; Camilo Mazoni e Sra.; Manoel da Silva e Sra.; Lauro Giachetti e Sra.; José Panizza e Sra.; Angelo Camilo e Sra.; Bruno Bechelli e Sra.; Pepino Meluzo e Sra.; Horácio Thadei e Sra.; Antonio Coelho Stipp e Sra.; Jorge Salemi e Sra e Dante Trevisani e Sra. Foram confeccionadas 200 circulares com elaboração do programa, com a finalidade de angariar prendas. Nesta oportunidade o Sr. Dante Trevisani pôs a disposição do Asilo a “jardineira” (ônibus) pequena para esse fim.

O Sr. Palu fez doação de uma casa na Rua Coronel Fonseca, 669, com a cláusula de usufruto. Faleceu em 08 de julho a Sra. Carolina Soares que deixou ao Asilo a casa da Rua Marechal Deodoro nº 429. Em julho o Sr. Edgard Borborema, Diretor Regional dos Correios, presenteou a Casa Pia com 05 ações da Rádio Emissora desta cidade. Em reunião de diretoria o Sr. Presidente propõe que se consiga compradores para diversos terrenos da Avenida D. Lúcio, Rua Curuzu e casa da Rua Cesário Alvim


(João Passos) que são retirados do centro da cidade, cujo dinheiro seria aplicado na construção de ótimas residências com melhores resultados financeiros. Em 29 de outubro a diretoria foi notificada pelo Sr. Prefeito Municipal que os caixões dos pobres que falecerem não mais poderão ser dados pela Prefeitura, em virtude da precária situação financeira da mesma. Em dezembro foi realizado o Natal dos internos, as listas de subscrições para aquisição de presentes rendeu 295$000. Entre as pessoas presentes estavam os Srs. Ângelo Martim e irmão, doando 60 guaranás e 60 pacotes de bolachas e o Sr. Antonio Queirós que doou 5 kg de castanhas. O confrade Benedito Mello Mendes mudou para Avaré e em conseqüência o Confrade Augusto Fontana assumiu o cargo de Vice-Presidente.

194005 de janeiro: A diretoria do Asilo recebeu, por intermédio do Conselho Central, circular do Conselho Metropolitano de São Paulo, relatando que para regulamentar todas as Obras Especiais de nossa Sociedade, criou de conformidade com resolução tomada por aquele Conselho e o beneplácito de D. José Gaspar, Arcebispo Metropolitano, o departamento denominado “Secretariado de Obras Patrimoniais” com a finalidade de superintender todos os problemas referentes às obras vicentinas. Em 14 de abril foi enviado um relatório ao Ministro da Educação, referente ao exercício de 1939.

Em 28 de abril a diretoria teve uma reunião com o Sr. Bispo Diocesano solicitando seu beneplácito, para visitar esta cidade, por ocasião das festividades em louvor a São Vicente, o fundador desta Instituição, o Pe. Euclides Gomes Carneiro. O Sr. Bispo ficou muito satisfeito com o pedido e que de bom grado não fazia objeção, sendo o mesmo merecedor das justas homenagens a serem prestadas. Nessa mesma data foi apresentada a lista de convidados para festeiros: Padre Euclides G. Carneiro; Hozório Teixeira Ferreira e Sra.; Altrogildo Santos Silva e Sra.; Francisco Fuciolo; Palmiro Malatrazi; Dr. Sebastião de Almeida Pinto; José Urbas; João Antonio Marques; Dona Carolina Batista; Dona Maria Judith Pigneli; Paleologe Guimarães; Pedro Toreli e Sra; Genésio de Menezes e Sra.; José Maria Gonçalves e Sra.; Celso Guimarães Filho e Sra.; Lourenço Ferrari e Sra.; Alberto Michelucci e Sra.; César Peduti e Sra.; Ayres Nelson Fernandes


e Sra.; Antonio Queiróz e Sra.; Pedro Stefanini e Sra.; Augusto Fontana e Sra.; Miguel Birraque e Sra.; Otorino Pescatori e Sra.; Humberto Boneti e Sra.; Francisco Witzler Filho e Sra.; Euclides Adauto Costa e Sra.; João Vendito e Sra.; Máximo Sanches e Sra.; Dr. José P. Teixeira Guimarães e Sra.; José Cândido dos Reis e Sra.; Henrique Cheli e Sra.; Dr. Luiz Pierre e Sra.; Renato de Barros; César Thiegue e Sra.; Quanto ao convite ao Pe. Euclides para participar das festividades, foi recebida uma carta escrita pelo Sr. Arthur Echu, dizendo da satisfação demonstrada pelo Padre pelo convite, porém o mesmo não sabia se poderia comparecer devido ao seu estado de saúde.

Pelo Sr. Otavio Tendolo, residente em Lençóis Paulista, foi doado 30 metros de lenha, e pelo Sr. Genésio Menezes, 55 metros. Participartam destas doações os Srs. Raul de Barros e Domingos Laposta. Os fretes foram feitos de forma gratuita pela Estrada de Ferro Sorocabana, por determinação de seu Diretor Dr. Bandeira de Mello. Em 16 de julho esta diretoria recebeu convite da Misericórdia Botucatuense para inauguração da

Odette e Maria Tereza Cruzolini visitandoi o Asilo (15-05-40)


nova sala de cirurgia, Dr. Costa Leite. O Sr. José da Silva Coelho, Diretor da Secretaria da Associação Comercial, comunicou que deixou de ser Agente da Sul América, por esse motivo o Sr. Presidente propôs ao mesmo para ser Agente Produtor da Equitativa. Em 28 de julho, passaram a fazer parte da diretoria os confrades: Paulo Assumpção Marques, Cícero Buchignani e Alberto Guimarães. O Sr. Antonio de Campos Leite foi contratado para fazer a “escrita” do Asilo, recebendo a importância de 30$000. Segundo informação do confrade Flávio César, o Pe. Euclides visitará este Asilo em setembro, por esse motivo o Sr. Presidente, acompanhado do confrade Flávio, embarcará para Ribeirão Preto, para voltarem em companhia do querido Padre.

O Sr. Camilo Santini solicitou afastamento do cargo de cobrador do Asilo, sendo substituído pelo Sr. José Pires de Campos. Em 29 de setembro visitaram esta Casa os Drs. Carlos Rizzini e Oswaldo G. Aranha, diretores do Diário de São Paulo. Em 27 de outubro, o Sr. Floriano de Camargo Campos doou 06 capadetes e 04 leitoas. Nesta data houve no campo da A. A. Botucatuense um jogo em benefício do Asilo, entre a Associação e o Gran Clube da Capital, rendendo 290$300. Em dezembro foi realizada uma reunião extraordinária para concretizar a aquisição de um terreno de 170 m por 35 m situado no prolongamento da Rua Visconde do Rio Branco, de propriedade do Sr. Emílio Cavalari, pela quantia de 9:000$000 (nove contos de reis), também a venda da casa da Rua Cesário Alvim (João Passos) número 1687, ao Sr. Francisco Camacho por 3:000$000 (três contos de reis).

194104 de janeiro: Diretoria: Pres. Bernardino Correa Amaro; Vice - Pres. Augusto Fontana; 1º Sec. Paulo de Assumpção Marques; 2º Sec. Álvaro Guimarães; 1º Tes. Cícero Buchignani; 2º Tes. Antonio Rebelo Ferreira.

Foi recebida da Cia Agrícola de Botucatu, uma lata de manteiga e do D.M.C., 10 sacas de café. O prédio da Rua Velho Cardoso, 329 foi alugado ao Sr. Oscar Augusto Gueli. Foi solicitado do Dr. Bandeira de Mello, trilhos velhos para servirem de postes e “pés direitos”. A lista de festeiros que irão promover as festividades em louvor a São Vicente, nos dias 17, 18, 19 e 20 de junho é a seguinte: Dr. José Freire Villas Boas e Sra.; Pedro Sase e Sra.;


Oswaldo Lunardi e Sra.; Dr. Amando de Barros Sobrinho e Sra.; Sebastião Leite e Sra.; Affonso Brito Leme e Sra.; Theodomiro Carmello e Sra.; Zaid Zacharias e Sra.; José Paniza e Sra.; Manoel Chaves e Sra.; Pedro Delmanto e Sra.; José Torres Filho e Sra.; Emiliano Gonçalves e Sra.; Coronel João Francisco Coelho e Sra.; Eugenio Milanesi e Sra.; George Rossi e Sra.; José Potiens e Sra.; Antonio Ré e Sra.; Manoel Nunes e Sra.; Nestor Rodrigues da Silva e Sra.; Manoel A. Guimarães e Sra.; Bernardino Francisco e Sra.; Luiz Mori Netto e Sra.; Trajano Pupo Júnior e Sra.; Américo Gori e Sra.; Isaltino Sampaio Góes e Sra.; Joaquim Marins e Sra.; Mário Siloto e Sra.; Álvaro Guimarães e Sra.; José Ambrosio e Sra.; Guerino Cruzolini e Sra.; Luiz Chaguri e Sra.; Benedito Sansão e Sra.; Domingos Laposta e Sra.; Jully Sogayar e Sra.; Guerino Biazon (Itatinga); Francisco Grande (Vitoriana); Bortolo Eburneo e Antonio Rodrigues (Pardinho).

O Pe. Alberto já se retirou do Asilo, indo para o convento das Monjas. Ficou acertado com o Cônego Agostinho as missas aos velhinhos. Recebemos uma carta do Pe. Euclides pedindo para passar uns dias neste Asilo. De imediato o secretário redigiu um ofício, dizendo da nossa satisfação e alegria em receber pessoa tão querida.

O Rotary Club local vai oferecer no próximo dia 15 de julho, “uma hora de arte” patrocinada pelos festeiros Sebastião Leite, José Torres Filho e Trajano Pupo Júnior.

Em 27 de julho tomou posse a nova diretoria, assim constituída: Pres. Augusto Fontana; Vice - Pres. Edgard de Carvalho; 1º Sec. Americo Gori; 2º Sec. José Urbas; 1º Tes. Bernardino Correa Amaro e 2º Tes. Manoel Fernandes Santini. A diretoria de A.A.B. procurou esta diretoria propondo a compra do terreno onde está localizada sua praça de esporte. Depois de muita discussão entre os membros desta diretoria, chegou-se à conclusão, o terreno será vendido por 30:000$000 (trinta contos de reis) à vista. O padre Luiz Sanson estará celebrando missa hoje às 7h30min. Ficou a cargo dos confrades Fontana, Gori e Santini o contato com o Cônego Colturato para combinar sobre as próximas missas no Asilo.

Em 26 de outubro, em reunião da diretoria, o confrade Edgard de Carvalho, que também é presidente do Conselho Particular, apresentou proposta para que o Asilo ceda, para construção de um prédio sede do


referido Conselho, uma parte do terreno situado na Rua General Telles. Ponderou o Sr. Edgard que essa construção será de muita utilidade para a Sociedade de São Vicente de Paulo, visto que o prédio seria destinado a reuniões, assembléias, etc. O Presidente Fontana ficou de convocar uma Assembléia Extraordinária para expor o assunto.

194211 de janeiro: O confrade Fontana, sabedor de que o querido Pe. Euclides está muito doente em São José dos Campos, providenciou a ida do Sr. Máximo Sanches para visitá-lo em nome desta Casa e convidá-lo para vir a Botucatu. Ao regressar o Sr. Máximo informou que o médico não permitiu que o mesmo viajasse.

Foram remetidos ofícios de agradecimentos aos Srs. Eduardo Zucari; J. Auchi; Mariano Ricci; Dr. Anisio Cruz Paes; Angelo Martim; À firma Serafim Blasi & Cia e ao Rotary Club pelas doações e retribuindo os votos de Boas Festas.

Em março o Padre Sanson solicitou para ser alojado na Casa

Casa “principal” e as Irmãs Vicentinos


destinada aos padres idosos, se dispondo a ser o Capelão do Asilo, dispensando assistência Espiritual aos asilados.

Por motivo de mudança para a cidade de Bragança Paulista, o Sr. Américo Gori deixa a secretaria do Asilo, sendo substituído pelo confrade Alfredo Mário Pinto. Está alojado nesta Casa o Padre Geraldo Plácido Broden, por esse motivo, deixa de ser Capelão o Padre Inácio que havia sido designado pelo Cura da Sé, Cônego Agostinho Colturato.

Em 30 de maio o presidente da Associação Atlética Botucatuense procurou o presidente desta Casa Pia, para propor a compra do terreno da Avenida D. Lúcio por 20:000$000 (vinte contos de reis) informando ainda que a Prefeitura tem interesse em construir um Estádio Municipal, podendo a qualquer momento desapropriar o mesmo por um preço bem menor. A Diretoria do Asilo, em defesa dos interesses da Entidade, resolveu aceitar a proposta, visto que a mesma é considerada boa. O resultado da venda será empregado em títulos da Dívida Pública, Apólices Uniformizadas e outros títulos que dão bons rendimentos. Em 13 de julho foi concretizado o negócio, porém os membros da Assembléia procuraram tomar conhecimento do teor da Escritura lavrada em 1919 e notaram a existência da seguinte cláusula: “A doação é feita para fim especial e declarado da expressa condição de ser edificada a casa para a mesma Sociedade Pia”. Em virtude de o Asilo ter sido edificado em outro local, a Sociedade beneficiada perdeu o direito ao terreno, sendo que o mesmo voltaria para posse do doador, que no caso é a Mitra Diocesana. Para derimir dúvidas, foram consultados dois advogados da cidade, tendo os mesmos confirmado essa interpretação, entretanto a Diretoria da Casa continuou a envidar reforços junto ao Sr. Bispo Diocesano, no sentido da Mitra renunciar ao direito de posse ou destinar ao Asilo uma parcela do valor da venda. Após várias renegociações foi realizada a venda por 17:000$000 (dezessete contos de reis), sendo 5:000$000 (cinco contos de reis) de entrada e o restante em prestações mensais de 200$000 (duzentos mil reis), durante 05 anos, em partes iguais entre a Mitra Diocesana e o Asilo. A diretoria da A.A.B. se comprometeu a realizar 05 jogos, cujas rendas líquidas seriam divididas também entre as duas entidades. Em 09 de agosto o Sr. Milton Mariano passou a fazer parte da Diretoria no cargo de 1º secretário. A casa da Rusa General Telles, 739 foi alugada ao Tenente


Alarico Alves Bastos pelo valor de 200$000 mensais. O confrade Francisco Casini assumiu o cargo de Vice - Presidente em substituição ao confrade Edgard de Carvalho. Para as festividades de Natal, as despesas serão feitas no armazém do Sr. Antonio Queiróz e o vinho será doado pelo Sr. Angelo Martim, estando toda diretoria convidada a comparecer.

1943Nova Moeda: Cruzeiro – Cr$ (01/11/42 a 12/02/67)

31 de janeiro: A Usina Santa Olímpia mandou um donativo de Cr$ 5000,00 por intermédio do Estado de São Paulo, da Sra. Inna Pinhão, o legado de Cr$ 250,00; da Cia Telefônica Brasileira, Cr$ 390,00; da família Pinto Gonçalves, Cr$ 400,00. Do Sr. Antonio Giratti (São Paulo), Cr$ 250,00. Por intermédio de ofício foram transmitidos os pêsames da diretoria ao Sr. Antonio Morato Leite, pelo falecimento do Coronel Antonio José Leite, benfeitor deste Asilo. Ofício ao Conde Francisco Matarazzo Júnior que também distribuiu donativos a esta Casa. Recebemos a visita do Comendador Pereira Inácio. A casa da Rua General Telles, 753, onde estava residindo o Dr. Rabello Cintra, foi desocupada. O Sr. José Pires de Campos deixou o cargo de cobrador, sendo substituído pelo Sr. Silvio Fioravante. O serviço de encanamento de água da casa da Rua General Telles, 753 foi realizado pelo Sr. Paschoal Stumpo. A diretoria permitiu que a diretoria do Tênis Clube realizasse um churrasco nas dependências desta Casa, pagando 20% da renda líquida (coube ao Asilo Cr$ 316,60). A partir de agosto, os confrades, João Vendito, Paulo de Assumpção Marques e Cícero Buchignani, passaram a fazer parte desta diretoria. O confrade Vice - Presidente deu conhecimento dos assuntos tratados na reunião do Conselho Central, realizada no dia 28 de julho, da qual participaram todos os presidentes das Conferências e Obras. Sendo combinado o que deverá ser feito na Semana Vicentina de 23 a 29 de setembro. Também foi apresentado o projeto de construção da Casa de São Vicente, para sede da Sociedade, em terreno do Asilo, a cuja instituição ficará fazendo parte, sendo também revertido todo rendimento que auferir. Dessa forma, sendo construído o prédio, o mesmo será propriedade do Asilo e aos seus cofres reverterão


todos os rendimentos que o mesmo possa dar. Como em ocasião anterior, em gestão de outra diretoria, a pedido do Conselho, foi cedido o terreno da Rua Velho Cardoso, próximo à Vila Nóbrega, para nele ser construída sua sede. Porém o Presidente comunicou ter sido procurado pelo Presidente do Conselho Central, Prof. Euclides C. Campos, que manifestou a pretensão de ser a sede do referido Conselho, construída no terreno da Rua General Telles em frente ao Tênis Clube, fazendo questão que isso se realize. Adiantou-se o confrade Augusto Fontana, e como presidente da Casa, negou-se em atender ao pedido do Conselho, dizendo que não concordaria e não concordará por ser esse terreno muito útil ao Asilo e ser o já cedido, na Rua Velho Cardoso, suficiente para a obra em evidência. Consultados os presentes, todos se manifestaram de acordo com a decisão do Presidente.

Em 10 de outubro foi inaugurada nesta cidade a Agência do Banco do Estado de São Paulo S/A tendo sido doada a importância de Cr$ 500,00. O Sr. Stefano Fioravante doou Cr$ 50,00. Foi recebido Cr$ 3.000,00 relativos à subvenção Federal. O Sr. Máximo Sanches esteve em São Paulo e angariou os seguintes donativos: 100 m de algodão branco, do Comendador Pereira Inácio; 02 peças de chita para vestidos de J. Moreira & Cia.; Cr$ 100,00 em dinheiro do Sr. Joaquim Delgado e Cr$ 300,00 do Sr. Winckler. O confrade Fontana oficiou o Rotary Club, solicitando a organização de um baile, em benefício desta Casa, no próximo dia 31 de dezembro, tal qual o realizado para o Orfanato. Em resposta, a diretoria do Rotary se prontificou a realizar o baile, mas não na data solicitada e sim promover um baile pré-carnavalesco em fevereiro de 1944.

Estando próximo o Natal, cada diretor se prontificou a sair com uma lista para angariar donativos a fim de presentear os velhinhos. Além desses donativos, tivemos ainda: 48 m de algodãozinho, oferta do Conde Francisco Matarazzo Júnior; 215 retalhos de chita, da Firma Araujo Costa & Cia; mais 01 peça de algodãozinho de um anônimo e Cr$ 200,00 do Dr. Jayme de Almeida Pinto.

194418 de janeiro: O Presidente Augusto Fontana comunicou que foi novamente procurado pelo confrade Prof. Euclides de Carvalho Campos, presidente do


Conselho Central Diocesano que lhe pediu para convocar uma assembléia, com a finalidade de a mesma deliberar sobre o terreno onde deverá ser construída a Casa de São Vicente, pretendendo o localizado na Rua General Telles, em frente ao Tênis Clube. Respondeu o Sr. Presidente que recusava convocar tal assembléia e que mantinha a decisão já dada anteriormente e por outra diretoria, pois não julga de direito o Asilo transferir propriedade, como pretende o Conselho e sim ceder, para nele ser construído o prédio que automaticamente passará para propriedade do Asilo, embora utilizado para as finalidades a que se destina a citada obra projetada.

Houve concordância quanto ao terreno da Rua Velho Cardoso, já cedido para aquele fim e nas condições impostas em reunião do Conselho Central, da qual participaram todos os presidentes de Conferências e Obras, realizada em 28 de julho de 1943.

Discutido o assunto, resolveu-se, de comum acordo, não ser convocada assembléia alguma para o fim desejado pelo citado Conselho e manter o ponto de vista do confrade Presidente, bem como dirigir-se ao Sr. Bispo Diocesano, expondo-lhe tudo, inclusive o que consta da Ata de 12 de agosto de 1943, pedindo sua opinião a respeito do caso em litígio.

Marcada a entrevista, o Sr. Bispo Diocesano foi favorável ao que já fora resolvido pelo próprio Conselho e pelo Asilo, como consta da Ata de 12 de agosto de 1943 tendo, portanto, a diretoria do Asilo total apoio do Sr. Bispo que nos aconselhou a mantermos o que já está acertado.

O baile prometido pelo Rotary foi realizado e muito concorrido, resultando em Cr$ 4.214,00 em benefício desta Casa.

Em 09 de julho o Asilo foi visitado por membros da Empresa Construtora Universal, doando Cr$ 1.200,00. Estavam acompanhados de jornalistas locais e na oportunidade o Sr. Pedro Chiaradia fez donativo de Cr$ 50,00. Do Sr. Domingos Pavesi e da Sra. Ana Rifrizo, ambos do Rio de Janeiro, foi recebido Cr$ 150,00.

No dia 14 de julho o Confrade Presidente Augusto Fontana, solicitou demissão de seu cargo. Tomou posse em 30 de julho a seguinte diretoria: Pres. Francisco Casini; Vice - Pres. João Vendito; 1º Sec. Paulo de Assumpção Marques; 2º Sec. Laurindo Isidoro Jaqueta e Tes. Vinicio Camargo Pinto. Nesta data foram redigidos vários ofícios: ao Sr. Prefeito


Municipal, comunicando a posse da nova diretoria; ao Diretor da E.F. Sorocabana, solicitando isenção de fretes para 02 gôndolas de lenha vindas de Avaré e Andrade Silva.

Para melhorar a arrecadação, foram expedidas circulares aos Sócios e para ficar mais barato, ao invés de pagar uma tipografia, resolveu faze-las no “mimeógrafo”.

O confrade Pres. Francisco Casini disse que de acordo com uma idéia muito antiga, queria hoje colocá-la em prática pela primeira vez, ou seja, angariar para o Asilo, pelo menos uma vez por semana, verduras para nossos velhinhos. Pela manhã, tomou duas cestas e acompanhado de dois asilados, correu a feira livre local, a fim de conseguir donativos em verduras. Tão bem recebida foi essa sua atitude que dentro de poucos minutos, já estavam cheias as cestas, mesmo sem ter sido percorrida a 3ª parte da feira. Entusiasmado com o sucesso, disse que continuaria a fazer esse serviço todos os domingos, sentindo a satisfação dos feirantes em contribuir com os idosos. O gesto do Presidente foi muito elogiado e o restante da diretoria se prontificou a fazer o mesmo. Em nome da diretoria, o Sr. Secretário expediu circulares com a finalidade de se conseguir mais sócios contribuintes. Quanto às gôndolas de lenha, o Diretor da Sorocabana deferiu a solicitação.

Tamanho foi o sucesso da coleta de verduras nas feiras, que foi feita uma escala entre os diretores: 1º Domingo, Confrade João Vendito; 2º Domingo, Confrade Laurindo Isidoro Jaqueta; 3º Domingo, Confrade Hermínio Carbonieri; 4º Domingo, Confrade Francisco Casini e quando houver 5º Domingo será feita pelos Confrades Paulo de Assumpção Marques e Venicio Camargo Pinto.

Em agosto esta Casa recebeu um ótimo donativo do Serviço de Assistência Social do Estado: 30 colchas; 30 cobertores; 90 m de brim popular e 84 m de cretone.

Neste dia 22 foi lançada a pedra fundamental da Sala de Curativos, oferta da Companhia Construtora Universal, com a presença do Sr. Bispo Diocesano e Sr. Prefeito Municipal. Foi marcada uma reunião na casa do festeiro Sr. Lourenço Ferrari, para tratar de assuntos sobre as festividades em homenagem a São Vicente de Paulo. Esta diretoria recebeu um ofício do Pe. Geraldo Plácido Broden, capelão desta Casa, relatando uma


despesa que o mesmo teve com viagens para São Paulo, com a finalidade de angariar donativos, porém o Sr. Presidente afirmou que não havia autorizado essas viagens, não tendo, portanto, obrigação de pagar tais despesas. Essa polêmica levou o confrade Casini a uma reunião com o Sr. Bispo, este solicitou prudência na solução do caso, para evitar maiores conseqüências, mas que fizesse com que o Padre compreendesse que não deveria se envolver com assuntos internos do Asilo. Em novembro, estando o Pe. Geraldo fora do Asilo, o Presidente ficou autorizado a falar com o Pe. Joaquim para que ele cuidasse da parte espiritual da Casa.

Pela bondade do Sr. Governador, Dr. Fernando Costa, este Asilo foi contemplado com um donativo de Cr$ 30.000,00. No dia 13 de novembro, foi realizado no Cine Cassino um festival com os artistas Torres e Rieli, cabendo uma parte da renda aos idosos asilados, a diretoria agradeceu os artistas e a Rádio Emissora.

194506 de janeiro: O Padre Geraldo retornou ao Asilo, espontaneamente, aceitando as condições expostas em carta enviada quando de sua saída. Nesta data foi pago à Casa Royal, Cr$ 1.120,00 pelo fornecimento de 250 m de pano para colchões. A Sra. Amélia de Souza Aranha, residente na Capital, enviou um donativo de Cr$ 500,00.

Nos dias 24 e 25 de maio, foi realizada a Páscoa dos nossos velhinhos que foram preparados pelas Irmãs de Jesus Crucificado e pelo Frei Bernardo, acontecimento muito lindo, digno de nota. O Departamento Nacional do Café e o Confrade Paulo Sawaia fizeram importantes donativos em café. O Sr. Máximo Sanches, administrador do Asilo, recebeu uma gratificação no valor de Cr$ 1.000,00 pela dedicação a esta Casa. Sua esposa, Sra. Angelina recebeu Cr$ 200,00 por sua colaboração na confecção de roupas aos asilados.

A partir de julho, foi eleita nova diretoria, ficando assim constituída: Pres. Francisco Casini; Vice - Pres. Otacílio Paganini; 1º Tes. Benedito de Oliveira França; 2º Tes. Pedro Luiz dos Santos; 1º Sec. Paulo de Assumpção Marques e 2º Sec. Laurindo Isidoro Jaqueta. Esta nova diretoria está muito


preocupada em conseguir um maior número de sócios, inclusive uma divulgação abrangendo a cidade toda. O confrade Octacílio Paganini se prontificou a fazer toda propaganda por intermédio da Rádio Emissora local.

Em agosto esse projeto foi colocado em prática, sendo que cada diretor ficou encarregado de distribuir circulares nas conferências, a saber: Conferências: Nossa Senhora Menina; São José e São Francisco de Assis, Confrade Otacílio Paganini. Conferências: Santa Teresinha; Nossa Senhora de Lourdes e São Benedito, Confrade França. Conferências: São Sebastião; Nossa Senhora Aparecida e São Geraldo, Confrade Simões. Conferências: Santo Agostinho; Santa Isabel; Nossa Senhora da Esperança e Santa Cruz, Confrade Francisco Casini. Conferências: Santana e Santo Antonio, Confrade Santos e as conferências vinculadas ao Conselho da Vila dos Lavradores, Confrade Laurindo Isidoro Jaqueta.

Foi nomeada uma Comissão para elaborar um Regimento Interno do Asilo, formada pelos confrades: Francisco Casini, Otacílio Paganini e Euclides de Carvalho Campos. O cobrador Sr. Silvio Fioravante, solicitou demissão de seu cargo, sendo substituído pelo confrade Pedro Luiz dos Santos, 2º Tesoureiro. Em 14 de outubro o confrade Casini comunicou que foi muito bom o resultado financeiro da última festa, rendendo Cr$ 28.723,60, falou também que está bem adiantada a construção da despensa. O confrade França ficou encarregado de conseguir, em Avaré, uma cópia do regimento interno do asilo daquela cidade.

Estará nesta cidade, no próximo dia 21 o Secretário da Viação, Dr. Rui da Costa Rodrigues, o confrade Paulo A. Marques ficou de convidá-lo para visitar o Asilo, para que na oportunidade a diretoria solicite do mesmo, alguns favores. O presidente, confrade Francisco Casini fez um desabafo, dizendo que a parte material do Asilo está ótima, porém a parte espiritual deixa muito a desejar e sabemos o quanto é necessária aos nossos velhinhos. O Confrade Otacílio Paganini pediu a palavra e propôs a reintegração ao Asilo, de acordo com o Art. 46 dos estatutos, das Irmãs de Caridade, que naturalmente com sua dedicação sanariam de vez com essa lacuna deixada no Asilo há mais de 18 anos, quando as Irmãs Franciscanas, por motivos fora da nossa alçada, foram obrigadas a se afastarem desta Casa Pia. Desde então a falta dessas Irmãs é muito sentida, principalmente na parte espiritual. Sabemos que embora não faltasse boa vontade por parte das


diretorias que nos antecederam, tal assunto não foi resolvido, porém hoje sugiro que o mesmo seja tratado, para respeitarmos o Art. 46. Continuando, o confrade Otacílio disse que havia tomado algumas providências, inclusive feito consulta ao Sr. Bispo Diocesano D. Frei Luiz de Santana, estando o mesmo de pleno acordo e se prontificando a fazer o que dele dependesse para concretização desse Ideal, que é colocar no Asilo Pe. Euclides, Irmãs de Caridade que zelarão pela parte espiritual. Disse ainda que já falou com o Sr. Máximo Sanches sobre a intenção de trazer novamente Irmãs, em resposta o Sr. Máximo disse que não se oporia desde que tudo se fizesse obedecendo nossos estatutos.

Diante do exposto, a diretoria resolveu formar uma comissão para tratar do assunto, composta pelos confrades: Francisco Casini; Otacílio Paganini e Benedito França. Como na ocasião da retirada das Irmãs, eram pertencentes à Congregação Franciscana, ficou então acertado que seria convidada essa congregação e também a Vicentina. Como o Sr. Laurindo Isidoro Jaqueta, pedisse uma explicação, o porquê da retirada das Irmãs de Caridade do nosso Asilo, o Sr. Octacílio Paganini, disse que vinha a propósito o pedido do secretário Laurindo, pois traz nesta reunião um Livro de Atas de Assembléias Gerais do Asilo e que pede licença para ler alguns trechos que dizem respeito a esse assunto, onde, naturalmente se vê que a retirada das Irmãs prendeu-se a uma desinteligência havida entre o Sr. Bispo desta Diocese D. Carlos Duarte Costa e a diretoria do Asilo, nos anos de 1925 ou 1926, pois que na Ata não dá uma solução satisfatória no caso, pois parece ser claramente as intenções dos confrades vicentinos daquela época em parecerem fiéis aos estatutos da Sociedade São Vicente de Paulo que manda aos mesmos a mais estrita obediência às Autoridades Eclesiásticas.

Para que ficasse mais documentada esta nossa reunião, pediu o Sr. Paganini, licença para propor, fosse a Ata da Assembléia Geral de 19 de julho de 1926, transcrita nesta ata “verbum ad verbum”, assim aqueles que por ventura fossem contrários à idéia desta diretoria em entregar a direção espiritual desta Casa às Irmãs de Caridade, segundo preceitua o Art. 46 dos nossos estatutos saibam quão duro foi o golpe sofrido pela diretoria daquela época, quando foi cientificada da saída das Irmãs de nosso Asilo. A Ata referida é por si só um hino de louvor às abnegadas Irmãs Franciscanas.


Aprovada a proposta do confrade Paganini, a transcrição da Ata é esta: “Aos dezenove dias do mês de julho de mil novecentos e vinte e seis, às oito horas, numa das salas do Asilo de Mendicidade, presentes 21 confrades, cujas assinaturas constam no livro de presença, realizou-se a Assembléia Geral Ordinária estabelecida no artigo 24 dos estatutos em vigor. Para presidi-la, foi aclamado o confrade Carlino de Oliveira que fez as orações habituais, expôs os fins da reunião e convidou o confrade Euclides Campos para secretário ad-hoc. O secretário lê a ata da última reunião, que foi aprovada. O Sr. Presidente declara empossada a nova diretoria do Asilo de Mendicidade, para o ano 1926-1927, eleita de acordo com os estatutos vigentes, em 04 do corrente, conforme consta da ata anterior. Foi lido o relatório apresentado pelo Pres. da Diretoria cujo mandato se findava, Sr. Arnaldo do Amaral Castro, tendo sido aprovado por unanimidade. Por proposta do confrade Flávio César, foi aprovado que constasse desta ata a parte do mencionado relatório que se refere à retirada das dignas Irmãs de Caridade da gerência do Asilo de Mendicidade da Casa Pia de São Vicente de Paulo, que é a seguinte:

Não poderei deixar de encerrar este relatório sem citar aqui a parte mais dolorosa para nós vicentinos, pois que as lágrimas me vêm aos olhos de todos aqueles cristãos como nós que temos em mira a Caridade – palavra com que o Divino Mestre Jesus Cristo, ensinou-nos, transmitida pelo nosso Patrono São Vicente de Paulo, que é a retirada das distintas Irmãs de Caridade que vinham corajosamente e com olhos fitos em Cristo Crucificado, distribuindo a caridade, a bondade, o amor e o carinho a estes pobrezinhos internados no Asilo. Esta diretoria, cientificada da retirada das Irmãs pela Madre Geral, tomou providência a S. Excia. Bispo Diocesano, implorando a conservação ou estacionamento das Irmãs que se iam retirar, ou então nos auxiliasse para a vinda de outras Irmãs, a fim de substituir as Franciscanas que se retiravam.

S. Excia. Bispo Diocesano, em vista do nosso pedido insistente, prontificou-se a nos ajudar a fim de virem outras Irmãs em lugar destas que se retiraram, mas declarou que trabalhássemos também para obter outra Congregação que quizesse vir prestar seus serviços valiosos. Deixou claro que logo que conseguíssemos outras irmãs, daria o seu consentimento.

Membros da diretoria foram a São Paulo e ali puderam contratar


outras Irmãs para virem tomar conta dos pobres do Asilo de Mendicidade, aguardando, porém, o convite do Sr. Bispo Diocesano, para virem substituir ou ocupar o lugar das Irmãs Franciscanas. De volta de São Paulo, vínhamos satisfeitos pelos resultados alcançados. Pedimos então uma audiência ao Sr. Bispo para comunicar-lhe o resultado tão promissor de nossa viagem. Por intermédio do Pe. Salústio Rodrigues Machado, vigário da Paróquia, fomos cientificados que estava incumbido de resolver todos os assuntos afetos ao Asilo, o nosso confrade Prof. Raymundo Cintra que era com quem devíamos nos entender por ordem de S. Excia. Revma. Em vista disto, uma comissão composta de membros da diretoria foi à residência do Prof. Cintra e comunicou-lhe que tinha arranjado as Irmãs em São Paulo, dependendo a vinda delas o chamado do Sr. Bispo. O Prof. Cintra convidou essa comissão para acompanhá-lo ao Palácio Episcopal de São José e ali ele conversou pessoalmente ou teve uma audiência com o Bispo D. Carlos que mandou declarar à comissão não poder receber naquela ocasião por se achar incomodado. A comissão dando por finda a sua missão. A diretoria resolveu convidar famílias amigas para amparar provisoriamente os asilados até que seja suprida essa lacuna. Corações bondosos, ricos de virtudes, logo atenderam ao nosso apelo para tomar conta dos nossos pobres do Asilo.

Graças a Deus que vê os nossos esforços despendidos, na causa do bem, os pobrezinhos estão amparados por um de nossos confrades, que abandonou seu lar e juntamente com pessoas de sua família, foi morar e socorrer os velhinhos, não precisando por isso auxílios de outras famílias que prontamente estavam à disposição dos idosos. Rogamos a São Vicente de Paulo que alcance benções da Divina Providência para esses corações generosos que se prontificaram a nos auxiliar e amparar os pobres do Asilo, principalmente o nosso amado confrade (Flávio) e sua família, que estão à testa do Asilo de Mendicidade. Esperamos que, visto talvez, de um mau entendimento entre a diretoria do Asilo de Mendicidade da Casa Pia de São Vicente de Paulo e S. Excia. D. Carlos, amado Bispo Diocesano, venha logo sanar este mal e contarmos com a benevolência de S. Excia. para brevemente ser superada a falta que faz ao Asilo as Irmãs de Caridade, que sempre tem um sorriso nos lábios, um desprendimento para Deus, a


fim de auxiliarem os pobrezinhos. O confrade Arnaldo do Amaral Castro propôs que fosse lavrado em Ata um voto de louvor ao confrade Flávio César, que com a retirada das Irmãs de Caridade da gerência do Asilo, em companhia de diversas senhoritas desta cidade, movidas pelo sentimento de caridade cristã, passaram a zelar pelos pobres acolhidos no Asilo, até que a diretoria providenciasse a respeito. O confrade Flávio César não queria que seu nome fosse constado em ata e que os louvores viessem apenas às senhoritas”.

Em 04 de novembro, esteve em visita ao nosso Asilo o Dr. Rui Costa Rodrigues, Secretário interino da Viação, saindo muito bem impressionado.

Em reunião da diretoria, o Sr. Presidente comunicou que estão adiantados os entendimentos para volta de Irmãs de Caridade ao Asilo, tratando-se da Ordem das Irmãs Vicentinas, o contato foi feito com a Superiora da Ordem e pelo que tudo indica até janeiro tudo estará solucionado. Para combinar com o Sr. Máximo Sanches sobre as acomodações para as Irmãs, ficou a comissão já escalada para ultimar esses entendimentos.

194603 de janeiro: Nesta data foi publicado no Correio de Botucatu, um Artigo assinado pelo Prof. Euclides de Carvalho Campos, através do qual ficamos sabendo que a Casa Pia São Vicente de Paulo “Asilo Pe. Euclides”, nessa época, passou por momentos difíceis, por fatos que conturbaram essa instituição.

Para que fique registrado, vamos transcrever alguns trechos desse Artigo:“A fim de esclarecer o bom e laborioso povo desta cidade, que mantém com sua proverbial manificiência o Asilo Pe. Euclides da Sociedade São Vicente de Paulo, cumpre-nos prestar desapaixonadamente, as seguintes informações a respeito da malfadada campanha que alguns desafetos desta Sociedade vêm, de há muito desenvolvendo, embora já tenham sido vencidos pela maioria dos vicentinos, que são de fato e de direito os legítimos guardiões do Asilo e prepostos do povo de Botucatu para salvaguarda


dos interesses daquela instituição. Os atuais estatutos foram aprovados em Assembléia Geral realizada em 05 de agosto de 1923. As sábias disposições dos membros, que foram inspiradas pelo espírito de previsão do inolvidável Pe. Euclides Carneiro, magno benfeitor do Asilo, depois de Nosso Senhor e de São Vicente de Paulo, determinam que somente os vicentinos e contribuintes do Asilo poderão eleger anualmente a diretoria, esta preocupação é para evitar que elementos contrários se infiltrem em sua Direção e procurem deturpar o espírito vicentino. Também colaborou na organização dos estatutos o preclaro vicentino Comendador Gabriel Cotti, venerado presidente do Conselho Metropolitano. Por estar em (sede vacante) nossa Diocese, pelo falecimento do nosso saudoso 1º Bispo D. Lúcio Antunes de Souza, os referidos estatutos foram lidos e aprovados pelo Rev. Monsenhor Domingos Magaldi, então Governador do Bispado.”

Era administrador do Asilo o Sr. Máximo Sanches que fora contratado em caráter provisório após a saída das Irmãs Franciscanas. Continuando com mais alguns trechos do Artigo do Prof. Euclides C. Campos: “Senhor Máximo Sanches, muito bom moço, mas espírito absorvente, visceralmente refratário à obediência e à hierarquia. Todos os presidentes do Asilo foram, uns mais, outros menos, hostilizados por esse senhor. Alguém poderá perguntar: - mas se é assim, como se explica que o Sr. Máximo esteja no Asilo há quase 20 anos? E nós respondemos: - primeiro pela impossibilidade de se conseguir Irmãs de Caridade; segundo, pela infinita paciência dos vicentinos que têm feito das diretorias do Asilo; terceiro, pela renúncia de outros. A atual diretoria, porém, como já foi publicado, com a permissão do nosso prezado Bispo D. Frei Luiz Maria de Santana, com ciência do Conselho Metropolitano de São Paulo, do Conselho Central da Diocese, dos Conselhos particulares desta cidade e da Vila dos Lavradores e com aprovação da maioria dos vicentinos locais, foi assinado um contrato com a Congregação Vicentina para a vinda de quatro Irmãs de Caridade para o Asilo”.

Sabendo que o Sr. Máximo, por seu gênio forte não iria se submeter à gerência das Irmãs e para evitar maiores conseqüências, a diretoria da época desejando a sua saída, tentou fazer diversos acordos com o mesmo,


porém sem sucesso, surgindo então uma demanda judicial entre o Asilo e Sr. Máximo (havendo grande repercussão na cidade). A sentença foi proferida pelo Juiz de Direito Dr. Antonio Madureira de Camargo, saindo vitoriosa a diretoria da Casa. Trabalhou como advogado do Asilo o Dr. Damião Pinheiro Machado.A partir de 10 de outubro o Asilo passou a receber os valiosos serviços espirituais do Rev. Pe. Eufrano Palácios, admitido como Capelão, percebendo para esse fim Cr$ 200,00 mensais. Foi consignado um voto de pesar pelo falecimento do avô do confrade Otacílio Paganini, cuja missa de 7º dia foi celebrada dia 13. No dia 29 de dezembro foi dado conhecimento aos diretores do valor da renda líquida da festa de setembro: Cr$ 74.013,70. A demanda entre o Asilo e o antigo funcionário, Sr. Máximo, deverá prosseguir junto ao Tribunal Superior de São Paulo, onde contaremos com os serviços profissionais do Dr. Carlos de Moraes Andrade. Foi pago ao Dr. Damião Pinheiro Machado a importância de Cr$ 14.500,00 que advogou a causa junto ao Juiz de Direito desta cidade e se comprometeu dar todo seu apoio profissional no prosseguimento da Ação.Como havíamos prometido no início deste histórico, que quando chegássemos ao ano de 1946 (1º aniversário de falecimento do Pe. Euclides), faríamos um capítulo à parte, aqui está:


PADRE EUCLIDES (APÓSTOLO DA CARIDADE E DA FÉ)

Nascido em 14 de agosto de 1879† Faleceu em 26 de fevereiro de 1945

Realizações:• Sociedade Legião Brasileira (03 de maio de 1903) – Ribeirão

Preto;• Pedra fundamental da nova Matriz (atual Catedral – 3 de maio de

1907) – Ribeirão Preto;• Santa Casa de Misericórdia (reorganização – 3 de maio de 1908)

– Ribeirão Preto;• Centro Operário São Benedito (atual externato Coração de Jesus

– junho de 1912) – Ribeirão Preto;• Asilo Pe. Euclides Carneiro (03 de maio de 1916) – São José do

Rio Pardo;• Asilo Pe. Euclides (20 de janeiro de 1919) – Ribeirão Preto;• Asilo de Mendicidade (hoje Casa Pia São Vicente de Paulo “Asilo

Pe. Euclides” – 7 de setembro de 1922) – Botucatu.

Nascido em Itajubá (MG) em 14/08/1879, filho do Coronel José Gomes Vieira e Silva e Dona Cândida Carneiro e Silva.

A infância do Pe. Euclides é calma e vivida numa atmosfera pura em que tão somente impera a moral cristã, sempre seguindo as atitudes exemplares de seus pais, uma idéia sempre o seduziu – o sacerdócio. Sendo tão grande a vocação que feito o curso no colégio dos Salesianos em Lorena, transfere-se para o Seminário de Mariana onde se dá sua ordenação.

Quer entrar em ação, anseia o jovem sacerdote por produzir, trabalhar e amparar os que sofrem. Muitos são os espíritos que compreendem o nosso sistema social, por uma supervisão decorrente da sólida formação moral, poucos, muito poucos são os que dão parte, pequena que seja, de sua vida em prol de seus semelhantes e se não são muitos os que têm feito trabalhadores sociais, repartindo o seu com os outros,


raros, raríssimos, excepcionais são os que viveram toda sua vida de dedicação à obra regeneradora, salvadora, de seu semelhante, patenteando mais do que um espírito verdadeiramente cristão, porque manifestando uma constituição de Santo no seu apostolado. Padre Euclides Carneiro foi um desses espíritos que se contam de tempos a tempos, que empolgam pelas obras que realizam. Ele aprendeu de modo mais seguro as falhas do nosso sistema social e ao mesmo tempo em que providenciava as instituições que preparassem o homem de amanhã, para uma vida elevada, zelosa, confortável, levantava enfermarias e asilos para o homem do presente, que os homens mais ou menos egoístas, em sociedade, atiravam à suas próprias dores e ao seu próprio desamparo.

Pe. Euclides foi um desses espíritos excepcionais que aparecem raramente para elevada missão e que, dominando de pronto os erros dos homens e sua constituição política ou econômica, religiosa ou educativa, sozinhos um programa superiormente inspirado, cuja extensão só se mede através do tempo, por grandioso. Quando o seminário de Mariana fez padre o jovem Euclides Carneiro, ganhou para o clero um modelo de verdadeiro sacerdote; quando D. Silverio Gomes Pimenta ordenou o Pe. Euclides Carneiro ganhou para Cristo um novo apóstolo. A vocação sacerdotal foi o traço predominante de seu caráter e, por isso mesmo, ele se sacrificou pela religião, o que quer dizer, deu sua vida pelos que sofriam, pelos que tinham ânsia de saber, pelos que, sozinhos e valhos na terra, necessitavam de pão e coberta, de um aconchego de família e de um teto.

Com 23 anos, a convite do boníssimo Monsenhor Joaquim Antonio Siqueira, vem ele de Campinas para Ribeirão Preto para ser coadjutor da Paróquia. Vem no momento em que a febre amarela, amaldiçoada, campeia


a fazer vítimas em todas as esferas sociais e vem para um lugar, no instante em que imperam o pavor e a desgraça, onde dominam o perigo e a morte. É o lugar propício às almas eleitas. Para aumentar o rebanho do Senhor, em 03 de maio de 1903, funda a Sociedade dos Catequistas Voluntários, que mais tarde transformou-se na Legião Brasileira. Em 07 de setembro de 1903, lançou a pedra fundamental e em 1913 inaugurou um salão que na época era o maior do interior. Nesse mesmo ano, assume a direção da Santa Casa, um conjunto precário de enfermarias abandonadas, trouxe para dirigi-las, Irmãs Salesianas. Durante 08 anos o sacerdote, dia e noite, correndo as fazendas, os sítios distantes, vencendo caminhadas longas e martirizantes, tanto pela condução, como pelas péssimas condições das estradas, enfrentando sol e chuva para transformar em uma grande Santa Casa, onde 160 doentes ali encontraram conforto e lenitivo, tratamento e carinho.

Em 1912, surgia das mãos do Pe. Euclides o Centro Operário São Benedito, instalado como uma Escola Profissional, com maquinário para aulas de carpintaria e mecânica, mestres contratados e 60 alunos matriculados. Em 1906 lança a pedra fundamental da Matriz, para deixá-la crescida numa das alas, que se tornou a grande Catedral da Diocese de Ribeirão Preto. Padre Euclides está por toda parte, é amado pelo povo, tudo que deseja a população o apóia, pois sabe que o que é dado em suas mãos se transforma em grandes realizações.

Tão firmes se apresentam as obras tantas e tão grandiosas são, que empanam o brilho falso daqueles, poucos, que não devendo alimentar o ódio, sobre ele se atiram como se o Bem, a Verdade e o Belo se pudessem abater pelas mãos do despeito que não queria provocar, porque nada existia para si, senão para os outros. Isso que aparentemente foi um mal, privando Ribeirão Preto do trabalho verdadeiramente santo, do santo sacerdote, foi um bem, porque assim outras sociedades (como nossa Botucatu) puderam gozar de sua ação de verdadeiro Ministro de Cristo; foi um bem, porque outros infelizes, de outras terras puderam encontrar na Terra o amor pregado pelo Senhor.

São José do Rio Pardo o recebe com carinho e entusiasmo. A fama de Pe. Euclides corria o mundo e sua chegada, onde quer que fosse era promessa de garantia de uma nova vida para a coletividade. A Matriz se


reforma sob sua direção; a Santa Casa se amplia para melhor cumprimento de sua missão e um ano depois, 03 de maio de 1916, levanta um asilo para os pobres, que mais tarde recebeu o nome de “Padre Euclides Carneiro”. Ao mesmo tempo em que funda este Asilo, pede aos seus amigos que ficaram em Ribeirão Preto, que fundem também um asilo para os pobres. Mas não pede apenas, manda suas economias, que não são poucas, para o começo das obras dessa Casa também Santa, que foi inaugurada em 20 de janeiro de 1920. Onde quer que estivesse, sempre mandou o produto de seu trabalho aos asilos por ele fundados. No ano de 1920 Pe. Euclides sorve o primeiro “Cálice de Fel”, é que os grandes homens, os verdadeiramente humanos, aqueles que fazem de suas vidas perfeita imitação da vida do Divino Mestre, não escapam ao martírio, martírio sim, porque para um sacerdote do feitio do Pe. Euclides, maior sofrimento não haveria do que aquele que o impedisse, não dizemos de viver, mas de obter, pelas funções sacerdotais, os meios com que pudesse concretizar em obras gigantescas o seu ideal cristão. CASSAM-LHE as ordens, tão chocante, de tão repercussão foi o ato que o povo teve instantes de insubmissão, de revolta mesmo, mas é o próprio Pe. Euclides, humilde, sereno, dentro de sua grandiosidade, que aconselha o povo e lhe pede submissão e obediência às ordens superiores. Acenam-lhe com um bispado na religião protestante, mas ele era sacerdote por convicção e nunca realizara coisa alguma para engalanar-se em busca de posições. Vai ter com D. Nery, Bispo de Campinas, o mesmo que o conhecera através de toda sua atuação que só teve por escopo a grandeza da Igreja Católica, através das obras que realizou. O saudoso Bispo dá-lhe ordens sacerdotais em sua diocese.

Estava a ponto de seguir para Itapira, onde se tentava fundar a Religião Brasileira, quando D. Lúcio solicita de D. Nery a sua transferência para Botucatu, fazendo-o Cura da Catedral. Com ele era o dinamismo em pessoa, onde se combinavam todas as virtudes de um sacerdote modelo. Em toda sua plenitude, alçando-o às alturas dos eleitos do Senhor, a Santa Casa recebe seu auxílio e a Catedral se reforma pelo carinho com que via os templos de Cristo.

Não era suficiente melhorar as condições da casa que recebe os enfermos pobres, nem bastante melhorar o ambiente onde os fiéis se reúnem para as suas orações. Em Botucatu também, como por toda


parte, havia velhos sem famílias, razão porque a 07 de setembro de 1922, festejando o 1º centenário de nossa independência política, fundava o Asilo de Mendicidade, o asilo que é um dos mais importantes de São Paulo (hoje Casa Pia São Vicente de Paulo “Asilo Pe. Euclides”). Padre Euclides se santificava, toda sua preocupação era com os que sofrem com os humildes, com os que são levados às margens dos grupos sociais, dentro das sociedades. Teria, pois, de sorver, novo “Cálice de Fel”, pelo bem que espalhavam, pelo conforto que dava aos sofredores e para impor-lhe o sacrifício, em lugar do boníssimo D. Lúcio, vem dirigir nossa diocese D. Carlos Duarte Costa. Projetando no Pe. Euclides certos traços de sua formação moral e religiosa, vê na sua glorificação, alguém que lhe possa empanar o brilho dado apenas pelo título possuído, remove-o para Piraju, para logo em seguida despedi-lo de sua diocese. Padre Euclides imprime a execução de seu plano que foi simplesmente grandioso, de assistência social as notas marcantes de sua alma, o desinteresse, a pureza e a santidade. Conhecedor profundo, pelo cérebro que se ilustra e pelo coração que jamais se maculou, ele se constituiu, no período de sua vida, o melhor dos evangelizadores, o mais ardente patriota, o mais humano dos homens. Quem, num período igual ao de sua existência, fez mais que ele? Quem fez melhor que ele?

A justiça dos homens a ele se manifestou por todos os meios e em toda parte, na sua maior grandeza, se sociedade diante dele se prostraram reconhecidas rendendo-lhe as mais expressivas homenagens, se o seu nome ultrapassava fronteiras e se pronunciava com admiração e respeito por todos que o ouvissem, não lhe faltou quem colocasse em sua fronte uma coroa de espinhos. É dos que se santificaram o sofrimento das perseguições. O Pe. Euclides foi martirizado, não uma, mas algumas vezes, martirizado sim, quando lhe suspenderam as ordens sacerdotais de que tirava tudo para a edificação de seus asilos, enfermarias e igrejas e o lançam na miséria material, martirizado quando o expulsam da diocese pelo pecado de querer amar o seu semelhante sofredor, como se com isso pudessem abater-lhe o espírito eleito que fez de sua vida um apostolado. Despedido, retira-se o Pe. Euclides de São Paulo e procura abrigo na Capital da República (Rio de Janeiro). Para ele que não fez mal algum, por mais leve que fosse e que tanto bem espalhou, aquela perseguição devia acabrunhá-lo. Se no


seu interior buscou a causa porque fora tratado tão mal por seu superior hierárquico, possivelmente não encontrou, porque a sua humildade cristã, a doçura de sua alma, a formação toda especial de seu caráter por certo não o permitiam, mas nós, que não lhe fomos iguais, dissemos logo que aquele gesto só podia ter nascido da inveja e do despeito.

Se o Pe. Euclides estivesse ainda conosco, certamente lamentaria as atitudes que levaram o Bispo de Maura a ser expulso da Igreja e se estivesse em suas mãos, por certo iria ao seu perseguidor como quem vai a um sofredor, levar-lhe o remédio que o salvasse. Mas nós dizemos, somente, que bem merecida foi a sua pena. A perseguição que lhe foi movida, revolta não só os filiados ao catolicismo, como a todos os homens de qualquer crença. Os protestantes convidam-no novamente a fazer parte de sua religião e lhe oferecem o cargo de bispo, mas não é isso que ele quer, nem a fama de seu nome; Padre Euclides não quis nada, nada, porque sempre obteve das graças de Deus aquelas forças físicas e morais que o fizeram padre convicto e o construtor gigante dos abrigos dos desamparados, dos templos dos fieis católicos e das enfermeiras dos que sofrem. No Rio D. Leme o recebe como pai e lhe oferece uma paróquia, mas ele recusa o pede uma capelinha, sente-se fraco, o físico não o ajuda. A luta que nele se trava, nós, que o conhecemos, podemos avaliar. O espírito, que se eleva cada vez mais em anseios para novas realizações, que aproveitem os sofredores, os abandonados, os doentes e a matéria que se enfraquece ao caminhar na moléstia, a exigir repouso, o espírito que se santifica, a julgar que todo o plano não se cumpriu, porque há muitos que precisam dele e a matéria que se debilita, a não corresponder aos anseios d’alma fazem-no combalido, obrigado a vir para São José dos Campos. Rapidamente se julga curado e volta para o desempenho de suas funções, ele precisa ainda trabalhar, porque o asilo de Ribeirão Preto necessitava de melhorias, de reformas. De ampliações precisava a biblioteca da Legião Brasileira. Certo dia Pe. Euclides está sentado numa sala do maior e melhor hospital do Rio de Janeiro, o hospital da Ordem Terceira de São Francisco, onde fora internado por ordem do Revmo. Cardeal que sempre o admirou. Recosta a cabeça no espaldar da cadeira, cerra os olhos e pensa: velhos sem famílias, abandonados, juntam-se no seu pensamento os enfermos pobres de todas as moléstias. Procura contá-los, são tantos: Depois dá um


balanço nos que estão internados em Ribeirão Preto, em São José do Rio Pardo e em Botucatu. Parece-lhe que há falta de lugares, além disso, em muitas cidades do Brasil nada há para o amparo da velhice e do doente. Os doentes e velhos abandonados crescem em número no seu pensamento.

Aflige-se, abre os olhos, desencosta a cabeça, levanta-se e vai até a janela, como que em busca de ar, a olhar para os céus. Como é triste este mundo e como toda tristeza se estampa em seu rosto. Do pensamento não saem aquelas figuras dos pobres e dos enfermos. Conta-os e reconta-os, o número cresce tanto que se transforma numa multidão. Subitamente um raio de alegria ilumina o rosto pálido do Padre, olhar sereno. O problema se resolve: asilos, casas, enfermarias, casas, enfermarias, asilos surgem, crescem e abrigam a todos. Sente-se exausto e procura o leito. O trabalho fora demasiadamente grande para aquele físico combalido. Os dias passam e em grande número os amigos visitam-no, saindo todos consternados em ver que o físico se abatia daquela alma tão grande, que só as dos Santos se comparam. Um dia temem a morte do Pe. Euclides, Alfredo Porto, seu cunhado e seu braço direito na execução dos seus planos, corre para vê-lo, não como das outras vezes, porque esta foi a última visita. Padre Euclides esteve sempre lúcido. Alfredo ouve de seus lábios: “Desta vez não escapo, porém estou satisfeito, tudo que desejava, realizei”. Pessoas entram na sala de visitas, trazendo uma expressão no semblante que é um misto de esperança e desespero, chegam até a porta do quarto, entram, olham o Padre, acenam-lhe a cabeça, menos para cumprimentá-lo do que para deixar caírem às lágrimas. À sua cabeceira Alfredo e Clotilde Porto, seu cunhado e irmã. Seus amigos revêem a vida do Padre e sofrem as amarguras por que ele passou, das obras que eternamente marcarão a passagem daquele que em breve nascerá no céu.

A noite do dia 25 de fevereiro de 1945 foi longa. Recebe os Sacramentos da Igreja. Agora se vê o ponteiro do relógio marcar os minutos e os segundos, a expectativa é dolorosa, a noite avança e está quase terminando. Pe. Euclides, que estivera calmo, imóvel dá sinais de vida. Todos olham com olhares de quem desejaria ver um milagre, levantar-se e voltar à sua atividade. As luzes da cidade maravilhosa apagaram-se e a alma do Pe Euclides Carneiro repleta de luz, desprendeu-se e “subiu para o SENHOR”.


Cálice usado nas missas celebradas pelo Pe. Euclides


194706 de janeiro: Foi comemorado o primeiro ano dos relevantes serviços prestados ao Asilo, pelas dedicadas Irmãs Vicentinas. A diretoria recebeu comunicado que o Sr. Máximo apelou ao Supremo Tribunal do Rio de Janeiro, tendo em vista que o tribunal de São Paulo havia confirmado a sentença do Juiz desta cidade. Em março foi aprovado o 1º Regulamento interno desta Casa. Nesta data foi dado conhecimento sobre o falecimento do ex-presidente desta instituição, Sr. Bernardino Correa Amaro, cuja missa será celebrada na capela do Asilo, no próximo dia 16 às 7 horas. A Irmã Superiora, Thereza José deverá estar ausente da Casa por alguns meses e para substituí-la foi designada a Madre Helena. No dia 3 de junho, faleceu no Asilo o Sr. Antonio Eugênio Titton o qual deixou Cr$ 3.500,00 para serem gastos com seus funerais, missas e o translado dos ossos de sua esposa para o jazigo do mesmo. Foi solicitado um voto de profundo pesar pelo falecimento do Frei Bernardo. Para as festividades em louvor a São Vicente de Paulo, foram sorteados os seguintes festeiros: Adolfo Pinheiro Machado e Sra.; Antonio Vasconcelo e Sra.; Antonio da Graça e Sra.; Antonio Ré e Sra.; Acácio Pinto e Sra.; Arthur Benfica e Sra.; Antonio Batista e Sra.; Amilcar Potiens e Sra.; Antonio Stefanini e Sra.; Ângelo Maitan e Sra.; Arthur Fantim e Sra.; Ancelmo Palombarini e Sra.; Ângelo Dezem e Sra.; Ângelo Longo e Sra.; Arlindo de Almeida e Sra.; Antonio Tecchio e Sra.; Antonio Sartori e Sra.; Bruno Costilhas e Sra.; Carlos de Almeida Pinto e Sra.; Diamantino Ferreira Inocêncio e Sra.; Dácio Teixeira Pinto e Sra.; Delfim da Graça Cardoso e Sra.; Domingos Laposta e Sra.; Durval de T. Barros (Vitoriana); Emílio Bonafede e Sra.; Edgard de Carvalho; Empilia e Elvira Maranhão; Eliza de Barros; Elpidio Egidio do Amaral e Sra; Emílio Malleus e Sra.; Francisco Fucciolo; Hilário Giovaneli e Sra.; Guerino Biazon e Sra. (Itatinga); Heitor Carvalho; Irmã Ambrosini; Irmãs Magnani; José Nicoleti e Sra.; José de Marchi e Sra.; Jair Rodrigues Alves e Sra.; José Freire Villas Boas e Sra.; José Ferro e Sra.; João Gramuglia e Sra.; José Cardim e Sra.; Joaquim José da Silva e Sra.; João de Sousa e Sra.; João Pauleti e Sra.; José da Rocha Torres e Sra.; João Pasqualique e Sra.; José de Barros e Sra.; Leontino T. Pinto e Sra.; Luiz Teixeira Pinto e Sra.; Luiz Lopes e Sra.; Luiz Fontes e Sra.; Lino Fortes e Sra.; Mário Vendito e Sra.;


Mário Andreazi e Sra.; Amaral Amando de Barros e Sra.; Manoel Belver Fernandes e Sra.; Manoel Sobrinho e Sra.; Miguel Salati e Sra.; Manoel das Neves Pinhão e Sra.; Moacyr Villela e Sra.; Miguel Natale e Sra.; Nelson Fernandes e Sra.; Otorino Pescatori e Sra.; Osório Tuiuti Passos e Sra.; Oswaldo Lunardi e Sra.; Pedro Eichemberger e Sra.; Paulo Macoris e Sra.; Paulo Gori e Sra.; Pedro Losi e Sra.; Pedro Conceição Serra Negra e Sra.; Renato de Barros e Sra.; Ricardo Pauletti e Sra.; Ruy Ribeiro e Sra.; Silvio Iasi e Sra.; Silvio Nigro e Sra.; Vadi Jorge e Sra.; Vicente Urso e Sra.; Waldomiro Pires Correia e Sra.

No mês de outubro visitou nosso Asilo uma comissão de vicentinos de Avaré, sendo oferecido aos mesmos um almoço de confraternização, oferta do Conselho Central desta cidade.

Foi remetido um telegrama de congratulações e agradecimento pelo 8º aniversário da Rádio Emissora PRF8.

194820 de junho: A Casa Pia recebeu as seguintes doações: Srs. Henrique Garcia Cr$ 1.000,00; Roque Teodoro Ramos Cr$ 30,00; José Leiva Cr$ 50,00 e Dona Edith Dias de Oliveira Cr$ 400,00. Do Dr. Antonio Delmanto, uma carta informando que o deputado Dr. Aureliano Leite solicitou aumento da subvenção em mais Cr$ 6.000,00. Nesta data, houve um acontecimento triste e desagradável, cujos trechos irei relatar, de acordo com a ata da reunião de 20/06/48. “Informa o Sr. Presidente que com grande surpresa sua e dos demais membros da diretoria, foi informado, quando se encontrava na redação da Folha de Botucatu, em companhia do 1º tesoureiro, para receber um donativo deixado a esta Casa pelo Sr. Henrique Garcia, de que havia na referida redação, uma carta redigida pelo Padre Eufrácio Palácios, para ser publicada pelo citado jornal. Na carta havia graves injúrias e malévolas afirmações sobre a situação interna do Asilo e sobre a direção da instituição. O redator chefe daquele órgão de imprensa Botucatuense, mostrando sua intenção de justiça e de bom senso, disse ao Pe. Palácios, conforme nos relatou, não ser possível tal publicação, pois o mesmo não poderia provar tais acusações e por isso, não merecia e não poderia merecer fé, criando, se publicado, um falso conceito da


administração e da vida interna do Asilo Pe. Euclides. A carta em apresso não foi lida a não ser pelo Sr. Redator, isto em razão da Lei de Imprensa, tendo sido a mesma devolvida ao Pe. Palácios. A diretoria sabedora de tão grave quão insólita denúncia, partindo, como de fato partiu de um sacerdote que se encontra em contato com a direção interna e a diretoria, para a qual poderia e deveria endereçar toda e qualquer censura ou crítica, caso desejasse melhorar ou emendar algum defeito ou imprudências da administração, entretanto isso não ocorreu. Tendo se valido de um meio que deixou a diretoria perplexa, sem saber se de fato estava diante de um membro do clero, ou se diante de um homem com maquiavélicas intenções, pois o Asilo está aberto a qualquer crítica construtiva e sadia. Diante desse problema a diretoria da Casa entrou em contato com o Monsenhor José Melhado Campos, com o qual se transportou ao Asilo, onde se encontrou com o Pe. Palácios, tendo lhe solicitando explicações a respeito da aludida carta. Nessa reunião o Pe. Palácios negou ter estado na redação do jornal, assim como ter solicitado publicação de qualquer carta comprometedora ao bom nome da diretoria, dizendo que sempre julgou fora de qualquer suspeita os membros da diretoria e das Irmãs de caridade. Em virtude de tal afirmativa, foram os Srs. Presidente e Vice-Presidente e 1º Tesoureiro à presença do Sr. Pedro Chiaradia, digno redator da Folha de Botucatu, para dizer as palavras contraditórias do Pe. Palácios, com a finalidade de esclarecer o assunto. O Sr. Pedro confirmou perante os diretores a vinda do Padre à redação e a solicitação para a publicação da carta citada. Os três diretores voltaram à presença do Pe. Palácios, juntamente com o Monsenhor Melhado, tendo outra vez negado tal procedimento, isto é, ser o autor da carta. Não podendo contar mais com a simpatia da diretoria, não merecendo mais a confiança da mesma, foi solicitado ao Monsenhor Melhado a necessária autorização para a retirada do Pe. Palácios da capelância do Asilo”.

Monsenhor Melhado atendeu ao pedido da diretoria e determinou a retirada do Pe. Palácios. Segundo o presidente, a diretoria não agiu com intenção de magoar ou desabonar o seu antigo Capelão, mas cumprir o sagrado dever de zelar pela continuidade da obra vicentina.


Foram escolhidos os festeiros que irão colaborar nas festividades em louvor a São Vicente de Paulo, cuja relação é a seguinte: Antonio Pires de Campos e Sra.; Ademar Vicentini e Sra.; Américo de Souza e Silva e Sra.; Amílcar Pupo Aielo e Sra.; Arthur Pereira da Silva e Sra.; Aristides Vitti e Sra.; Augusto Santi e Sra.; Antonio Lopes e Sra.; Antonio Martins Coelho e Sra.; Afonso Liguori e Sra.; Antonio Paulo de Oliveira e Sra.; Antonio Dorini e Sra. (Toledo); Arnaldo Mendes Freitas e Sra.; Antonio Correia dos Santos e Sra.; Alcides Dias de Moura e Sra.; Aristides Lumina e Sra.; Álvaro Monteiro e Sra.; Ângelo Piazza; Antonio de Azevedo; Bruno Fabrizi e Sra.; Bruno Losi e Sra.; Bertolino Pereira da Silva; Benedito Franco da Silveira e Sra.; Benedito Lopes e Sra.; Celso Ruas Martins e Sra.; Constante Pauleti e Sra. (Pardinho); Camilo Mazzoni e Sra.; Ciro Leão e Sra.; Carlos Bauer e Sra.; Custódio Nogueira e Sra.; Carlos Aranha Pacheco e Sra.; Darcilio Pinheiro Machado e Sra.; Duvilio Leão e Sra.; Diderot Camargo e Sra.; Daniel da Silva e Sra.; Egidio Petenazi e Sra. Eduardo Zucari e Sra.; Elias Gabriel e Sra.; Eugenio Melocci e Sra.; Francisco Lyra e Sra.; Francisco Batista de Almeida e Sra.; Francisco Reigada e Sra.; Francisco Iasi e Sra.; Fausto Lira e Sra.; Fauze Sawaia e Sra.; Hermelindo Mori e Sra.; Orácio Traballi e Sra.; Humberto Milanesi e Sra.; Hermelindo Soares e Sra.; Humberto Titton e Sra.; Horácio Taddei e Sra.; Gastão Dal Farra e Sra.; Gregório Garcia e Sra.; Gabriel Melhado de Campos e Sra.; Geraldino de Lima e Sra.; Guido Basseto e Sra.; Ignácio Loyola Vieira Novelli e Sra.; José Serafim Nicoleti e Sra.; José Tomazini Filho e Sra.; Jorge Vizzoto e Sra.; Josino de Andrade e Sra.; João Simões e Sra.; José Antunes Filho e Sra.; Jandiro Villas Boas e Sra.; José Fusco e Sra. (Pardinho); João de Barros Filho e Sra. (Pardinho); Julinho Ferraz e Sra.; Joaquim Fernandes Vieira e Sra.; Joaquim Marins e Sra.; João Evangelista e Sra.; João Furlan e Sra.; Jordão Barbosa e Sra. (Lobo); Joaquim Correia Barbosa e Sra.; João Cicino e Sra.; Joana Fazzio; Luiz Zilo e Sra.; Luiz Geraldo de Oliveira e Sra.; Luiz Caccinelli e Sra. (Rubião Júnior); Libero Di Murro e Sra.; Luiz Cassano e Sra.; Leonel de Castro e Sra.; Laurindo Isidoro Jaqueta e Sra.; Mariano Balarim; Manoel Martins e Sra.; Manoel de Campos e Sra.; Mário Barbieris e Sra.; Manoel Sabino e Sra.; Marcos Bravim e Sra.; Nelson Botti e Sra.; Orlando Gonçalves e Sra.; Oscar Portes e Sra.; Paleologe Guimarães


e Sra.; Pedro Laperuta e Sra.; Romeu Levy e Sra.; Romeu Amaral e Sra.; Salvador de Campos e Sra.; Sebastião Ramos e Sra.; Silvio Bestetti e Sra.; Sebastião Ponte e Sra.; Vinício Camargo Pinto e Sra.; Vadi Jorge e Sra. (Anhembi); Totó Pedro e Sra.; Tito Carlos Pereira Filho e Sra.; Thomaz Lara Fernandes e Sra.; Teodomiro Pires Correia e Sra.; Thomaz Sartori e Sra.; Urbano Bassoli e Sra. e Waltrudes Pires de Camargo e Sra.

Em outubro recebemos com grande satisfação a visita do Bispo D. Henrique G. Trindade, recém-chegado a Botucatu. Foram remetidos ofícios de agradecimentos, ao Dr. Antonio Delmanto pela atenção e carinho que tem dispensado aos idosos de nosso asilo, ao Sr. Prefeito Municipal pelos serviços de reparos no caminho desta Casa e aos vereadores que elevaram a cota de subvenção da Prefeitura ao Asilo, de dez para vinte mil cruzeiros. Esteve também visitando o Asilo a Madre Provincial das Irmãs Vicentinas, levando consigo as melhores impressões de nossa instituição. A Usina não vem entregando o leite com regularidade.

194905 de março: Esteve em visita ao Asilo o Sr. Sisenando Costa Carvalho, representante dos Diários Associados. O Dr. Antonio de Souza Noschesi fez doação de peças sanitárias, as quais já estão sendo assentadas. Em reunião da diretoria foi marcada a data das festividades em homenagem a São Vicente de Paulo, tendo início em 31 de julho e terminado em 07 de agosto. Tratou-se da eleição da nova diretoria que se dará no dia 10 de julho.

Em reunião do dia 29 de junho, presentes os confrades: Francisco Casini – Presidente; Otacílio Paganini – Vice-Presidente; Paulo de Assumpção Marques e José Carlos Fortes, 1º e 2º Secretários. O Sr. Presidente comunicou que não foi possível a realização da prévia das eleições, visto que não estavam presentes os presidentes das conferências e lamenta que novamente vem demonstrar que os confrades desta cidade faltaram com a boa vontade para com o Asilo. Diante desse fato, ficou bem visível a urgência na reforma dos Estatutos, pelo qual a diretoria do Asilo será nomeada pelo Conselho Central, com a aprovação do Sr. Bispo. D. Melhado fez visita a esta Casa, trazendo 20 cobertores e roupas aos asilados.


1950Nada encontramos sobre este ano.

195108 de abril: Em virtude de o confrade Francisco Casini ter solicitado licença, estava respondendo pela presidência o confrade Antonio Rebelo Ferreira, tendo sido constado em ata um voto de louvor pelos anos que o Sr. Casini esteve a serviço do Asilo. Foi recebida uma saca de café doada pelos Srs. Aureliano Vicentini e Braz Nogueira, pertencentes ao Comitê pró candidatura do Sr. Prestes Maia. Por solicitação da diretoria, o Sr. Emilio Peduti financiou a reforma da charrete da entidade. O Sr. Renato de Barros, prefeito Municipal, se comprometeu a fazer um paredão na entrada do Asilo e consertar, na base de concreto, a rua que dá acesso ao mesmo. Em junho a presidência estava a cargo do confrade Antonio Rebelo Ferreira, tendo como 1º Tesoureiro Benedito Oliveira França e 2º Tesoureiro Jaime Ferrari e a administração interna Irmã Maria Saint’Omer, superiora das vicentinas. O Sr. Bispo nomeou Capelão do Asilo o Padre Nicolau.

Por intermédio do Dr. Jaime de Almeida Pinto, foi oficiado o Dr. Antonio Silvio da Cunha Bueno, solicitando melhorias nas subvenções desta Casa. Através de ofício foi feito agradecimento ao Círculo Operário pela apresentação da Banda Musical. O Sr. Lourenço Ferrari fez uma doação de Cr$ 10.000,00 e de acordo com os Estatutos, o mesmo passou a figurar como Sócio Benemérito. O confrade Jaime Ferrari ficou encarregado de visitar os confrades Benedito França e Francisco Casini que se encontram enfermos. Foi discutida em reunião, a necessidade de construir duas enfermarias e melhoria nas instalações sanitárias, resolveu-se então oficiar o Dr. Ademar de Barros, Sra. Alzira do Amaral Peixoto e Sr. Lucas Nogueira Garcez, solicitando auxílio para esse fim. Carta do Deputado Federal Ulisses Guimarães, informa ter apresentado um projeto de lei fixando em Cr$ 50.000,00 uma subvenção federal à Casa Pia. Doada pelo Sr. Ernesto Horn, uma carrocinha para o transporte de terra. Com referência ao confrade Francisco Casini, a diretoria, com aprovação do Sr. Bispo Diocesano, resolveu admitir a sua permanência na Casa por alguns dias, devido o seu precário estado de saúde.


Em 14 de agosto o Bispo Diocesano fez visita pastoral ao Asilo, falando aos velhinhos, abençoando a diretoria, todos os vicentinos e os pobres em geral. O Sr. Bispo estava acompanhado do Monsenhor Agostinho Colturato e do Padre Luiz Oliveira Andrade. Nesta data a diretoria do Asilo foi convidada para assistir ao lançamento da pedra fundamental das sede do Círculo Operário. O presidente falou sobre o confrade Francisco Casini que exerceu por vários anos, com dedicação e energia, o cargo de presidente da Casa e que após pertinaz enfermidade “entregou sua alma ao Senhor”. Constado em ata, pela vontade da diretoria, um preito de gratidão, tendo sido celebrada na capela, uma missa pela alma do querido confrade.

Os Srs. Albertinho Martins e Ademar de Barros remeteram um donativo de

Cr$ 3.000,00. Oficiado o Sr. Apolinário de Almeida, solicitando ao mesmo desligar da rede de iluminação do Asilo, a ligação de luz da sua residência. Por ocasião da festa em homenagem a São Vicente, os irmãos Piva ofereceram ao Asilo uma queima de fogos no valor de Cr$ 20.000,00.

Em 28 de outubro foi empossada a nova diretoria, a saber: Pres. Antonio Rebelo Ferreira; Vice - Pres. Marcellino Guilherme; 1º Sec. Paulo de Assumpção Marques; 2º Sec. José Carlos Fortes; 1º Tes. Benedito de Oliveira França e 2º Tes. Jaime Ferrai. O Sr. Cid de Oliveira Mendes doou Cr$ 1.000,00. O Dr. Antonio Delmanto mandou carta solicitando demissão do cargo de diretor clínico do ambulatório. Em resposta a diretoria oficiou o mesmo, agradecendo os serviços e favores concedidos pelo estimado doutor. Foi solicitado do Sr. Edson Lara alguns caminhões de pedregulhos. Monsenhor Agostinho Colturato encontra-se em Araraquara para tratamento de saúde e sendo nesta data seu aniversário o confrade José Fortes passou um telegrama felicitando-o e desejando um breve restabelecimento. Pelo confrade Marcelino Guilherme foi proposta uma conversa com a encarregada dos festejos e da recepção do Governador que virá a esta cidade para a festa do Asilo, foi marcada a data de 17 de dezembro para a quermesse, sendo escolhido como local o terreno onde será construída a Caixa Econômica. Falou na oportunidade a Madre Maria Saint’Omer, comunicando ter recebido ordem de solicitar, da diretoria, aumento dos vencimentos das Irmãs. Realizada a negociação, ficou resolvido que a


partir de dezembro, as Irmãs passarão a receber Cr$ 300,00 cada uma. O Sr. Pedro Losi ofertou, como donativo Cr$ 500,00 e o Sr. José Canto, Cr$ 250,00. Foi feito um empréstimo para reformar o prédio onde está instalada a sede social dos vicentinos, cuja reforma importou em Cr$ 10.000,00. Em virtude do Sr. Bispo D. Henrique G. Trindade estar completando Bodas de Prata sacerdotais, foi enviado ofício, felicitando-o. O Dr. Jaime de Almeida Pinto, Deputado Estadual, fez constar de sua verba pessoal a importância de Cr$ 10.000,00. A diretoria comunicou ao Sr. Antonio Peduti a necessidade de arrecadar os bens do Asilo que estão em poder do mesmo. Ao confrade Otacílio Paganini foi enviado ofício agradecendo o grande trabalho que vem desenvolvendo em prol do Natal dos pobres.

195213 de janeiro: Recebeu a diretoria, comunicado do Conselho Central que o Regimento interno foi aprovado. O Sr. Emílio Peduti, comunicou através de ofício que estava assumindo o cargo de Prefeito Municipal desta cidade. O Deputado Arnaldo Laurindo destinou Cr$ 5.000,00 de sua verba pessoal ao Asilo. O confrade presidente ficou muito surpreso com a declaração do Sr. Raul de Barros, dizendo que não era mais amigo do Asilo.

Foi recebida a importância de Cr$ 74.000,00, fruto das verbas dos Srs. Deputados Estaduais e solicitado do Deputado Federal Cunha Bueno, empenho no aumento da verba federal. Foi recebida a doação de Cr$ 100,00 do Sr. José Sab. Foi empreitado o serviço de levantamento e cobertura da construção destinada à enfermaria, incluindo também os sanitários, pelo valor de Cr$ 50.000,00. Por motivo de afazeres particulares, o confrade Marcelino Guilherme solicitou demissão da vice-presidência. Foram doadas 4.000 mudas de café para serem plantadas no terreno da Casa Pia. A Sociedade Agropastoril remeteu ofício, comunicando que depois de muitos anos fornecendo gratuitamente o leite dos asilados, não poderá continuar. Por esse motivo o Sr. Domingos Sartori conseguiu com seus amigos o fornecimento de 10 litros diários. Os deputados Jaime de Almeida Pinto e Arnaldo Laurindo fizeram uma doação de Cr$ 10.000,00. Na época, os dirigentes do Asilo costumavam distribuir no comércio pequenos cofres de madeira que eram arrecadados nos finais dos meses. Em junho foi recebida


a importância de Cr$ 20.000,00 de donativos pela verba “Resto a Pagar” na União. O problema da água para esta Casa voltou a ser discutido e a diretoria em contato com o Sr. Prefeito solicitou sua ajuda, afirmando o mesmo que faria todo serviço necessário desde que a entidade fornecesse os canos. Agradecimentos ao Sr. Pedro Losi pela doação de Cr$ 5.000,00 e à Diretoria do Círculo Operário e a seu Maestro da Corporação Musical que abrilhantou a festa de São Vicente. Foi adquirida, pela diretoria, uma camionete Ford ano 46 por Cr$ 35.000,00. O Sermão de encerramento da citada festa foi feito pelo Monsenhor Melhado, considerado fantástico pelos presentes. A diretoria resolveu instalar um despensário a fim de angariar donativos em espécies, funcionando na casa da Rua Marechal Deodoro, onde está residindo a Sra. Maria Mendel. Por intermédio do Dr. Hélio Malheiros, o Sr. Geraldino de Lima doou dois indispensáveis aparelhos de uso clínico. Com a camionete adquirida, os diretores estão percorrendo a zona rural, acompanhados dos festeiros para recolher prendas como: frangos, leitoas, cabritos, garrotes, café, feijão, milho, ovos, etc. Na reunião de 13 de outubro, tomou posse no cargo de vice-presidente o confrade Luiz Lopes, eleito pelo Conselho Central. Do deputado José Fernandes Bertola foi recebido Cr$ 15.000,00 de doação. No expediente do dia 24 de novembro, foram remetidos ofícios aos Srs. Zilo Capoani que doou 02 sacos de açúcar. José dos Santos Pereira, 01 saco de café; Germinal Ortz, diversos cobertores; Simionini Guidi & Foschi Ltda, 01 rolo de fumo e ao Dr. Jaime de Almeida Pinto, por ter consignado em sua verba pessoal a importância de Cr$ 10.000,00. Agradecimentos também ao Sr. Prefeito pela ligação de água até esta Casa. Foi vendida a segunda parte do terreno da Avenida D. Lúcio, esquina com a Rua Visconde do Rio Branco por Cr$ 40.000,00, pois a outra metade já havia sido vendida no início do ano pelo mesmo valor. O total arrecadado será empregado na construção de uma casa na Rua Curuzu.

195302 de fevereiro: A reunião desse dia foi realizada exclusivamente para agradecimentos: Sr. Emilio Peduti pelo donativo de Cr$ 5.000,00; Sr. Ruy F. Malta, Diretor da Estação Experimental do Lageado, pela doação


de 05 sacas de café limpo; Prof. Arnaldo Laurindo, pela consignação de Cr$ 5.000,00 de sua verba pessoal; Sr. João Ribas, pelo recebimento da subvenção Federal; Sra. Albertina de Alcântara, pela doação de Cr$ 15.000,00 e mais uma casa na Rua Prof. Tonico de Barros; Dr. Adolfo Dinucci pela doação de um Título da Dívida Ativa do Estado no valor de Cr$ 50.000,00 e Sr. João Chaguri, Cr$ 100,00, referentes a parte de um “bolo esportivo”. Esteve em São Paulo, o Sr. Presidente acompanhado do Tesoureiro com a finalidade de conseguir donativos, foram recebidos pelo Sr. Otávio Vaz de Camargo, pessoa muito gentil, que prometeu conseguir com os deputados, donativos em dinheiro. Foi remetido ofício ao Sr. Arnaldo Panuzzio, Delegado Regional do Sesi, em Sorocaba, solicitando liberação da venda de gêneros alimentícios ao Asilo. A Casa da Rua General Telles, 753, onde residia o Sr. Arlindo de Almeida, será alugada ao Sr. Walterson Sanderberg. Foram construídas duas casas geminadas, na Rua Visconde do Rio Branco, com o dinheiro recebido da Mitra Diocesana, pela venda de um terreno para construção da Casa Paroquial de São Benedito.

Durante a festa de São Vicente, foi inaugurada a enfermaria com a presença do Monsenhor José Melhado de Campos, representando o Sr. Bispo D. Henrique G. Trindade. Por intermédio do Sr. João de Araújo, foi recebido um cheque no valor de Cr$ 5.000,00, doado pelo Deputado Jaime de Almeida Pinto. O Sr. João Petry, residente em Presidente Prudente, fez um donativo de Cr$ 4.000,00. Com o dinheiro obtido da venda do terreno da Rua Velho Cardoso, serão construídas 03 casas no terreno próximo do Asilo. O Sr. Joaquim Amat presenteou os velhinhos com 15 pares de sapatos. Do Sr. Lindolfo Rocha foram recebidos 05 sacos de feijão. Os confrades Luiz Lopes e Alberto Guimarães estão percorrendo aos domingos, os sítios para recolher prendas. Dr. Antonio Delmanto comunicou que o Deputado Federal Dr. Antonio de Souza Noschesi, grande benfeitor desta Casa, incluiu em sua verba pessoal o auxílio de Cr$ 60.000,00. A casa da Rua Velho Cardoso, alugada ao Sr. Rivaldo A. Cintra terá seu telhado reformado. Será feito idêntico serviço na casa do Largo da Matriz, Praça Rubião Júnior, alugada ao Sr. João Franzolim. Ao Dr. Joaquim do Amaral Gurgel, foi remetido ofício agradecendo as diversas plantas das casas construídas pelo Asilo. O Sr. Ruy de Malta, diretor da Fazenda Lageado, doou 10 sacas de café.


Sr. Henrique Garcia mandou, por intermédio da Folha de Botucatu, Cr$ 1.000,00 como presente de Natal aos velhinhos, também como presente de Natal a Companhia Industrial Agrícola mandou uma peça de brim azulão.

195412 de fevereiro: No início deste ano estando vago o cargo de 2º tesoureiro, passou a ocupá-la o Sr. João Pachoalick, em caráter provisório, pois a partir de junho o citado confrade assumiu a vice-presidência, passando o cargo anterior ao Sr. Gorizio Frederighi. O Deputado Dr. Jaime de Almeida Pinto comunicou à diretoria que conseguiu com seus colegas de Assembléia o valor de Cr$ 120.000,00. A festa em louvor a São Vicente contou com a presença do Sr. Bispo Diocesano celebrando a Santa Missa e depois fazendo uma visita geral aos velhinhos internos. Os confrades Antonio Rebelo Ferreira e Benedito de Oliveira França lançaram a idéia de ladrilhar (com tijolos) o piso da subida do Asilo, plano que foi aprovado pela diretoria e Conselho Central, estando tal obra orçada em Cr$ 100.000,00 e para custear a mesma foi aberto um “Livro de Ouro”. O sucesso da arrecadação foi tão grande que já em novembro foi iniciado o serviço. O Sr. Jordão, da Estação de Lobo doou 02 carros de milho e o Sr. Biazon de Itatinga prometeu para o final de ano diversas prendas, como: leitoas, frangos, milho, feijão e ovos. Esta instituição foi contemplada com a doação de mais uma casa pela Sra. Antonia de Oliveira, localizada na Rua Dr. Cardoso de Almeida, nº 1421. Esteve em visita a esta Casa a Madre Provincial de São Paulo, levando ótima impressão. Com o pedido de demissão do confrade Paulo de Assumpção Marques o confrade Gorizio Frederighi passou a ocupar o cargo de secretário e para o cargo de 2º tesoureiro foi nomeado Ângelo Ganzelli.

195517 de janeiro: O calçamento da subida do Asilo já chegou até a entrada principal e notamos que o mesmo ficou muito bonito e resistente. O Sr. Prefeito havia prometido pedras e cimento para que fosse feita a rampa da divisa, porém quando a diretoria foi buscar, o material foi negado. No dia 19 de julho, dia do nosso Patrono, São Vicente de Paulo, houve missa às 7 horas e um tríduo nos dias 21, 22 e 23. O Conselho Central resolveu que


todos os donativos deverão ser publicados no jornal “Monitor Diocesano”. O Deputado Abreu Sodré fez uma doação de Cr$ 15.000,00. A Madre Geral das Irmãs Vicentinas esteve visitando esta Casa e solicitou aumento nos vencimentos das irmãs que dirigem a mesma. O Sr. Presidente, confrade Rebelo e o confrade França, percorreram a zona rural e conseguiram 19 leitoas, 02 patos e diversas galinhas. O padre Aparício Menezes, vindo do Rio Grande do Sul, que estava alojado no Casa para tratamento de saúde, mudou-se para Bofete. A lista a cargo do Sr. Guerino Bizon, além dos frangos e leitoas, rendeu Cr$ 2.672,00. No dia 31 de julho durante a festa regulamentar da Sociedade de São Vicente de Paulo, o presidente da Casa Pia leu um relatório dando conhecimento das obras executadas: construção de um Albergue para pobres volantes; construção de um galpão; construção de uma casa para ferramentas; instalação de água da cidade; reforma geral das instalações elétricas; construção de 05 casas para alugar; reforma e pintura de 08 casas de aluguel; construção do forro do refeitório; pintura geral das casas dos velhinhos; reforma completa da geladeira; construção de uma saleta de costura para as Irmãs; troca de todos os assoalhos das

Conclusão do calçamento com tijolos na entrada do asilo (1955)


casas dos idosos, inclusive sala e pavilhão central; construção de uma cerca ao redor do Asilo; plantação de 1.500 pés de café; obtenção de aumento da subvenção Federal de Cr$ 5.000,00 para Cr$ 40.000,00; obtenção de doações de casas; construção de duas enfermarias; uma copa; construção do piso na entrada; compra de uma charrete e uma camionete Ford.

Chegará a esta cidade e visitará o Asilo o Padre Diretor Espiritual da Comunidade da Casa Mãe da Bélgica.

195605 de janeiro: Assumiu o cargo de superiora desta Casa, a Irmã Maria Clarisse, em virtude da transferência da Irmã Saint’Omer. Em 22 de abril o confrade presidente levou ao conhecimento dos membros da diretoria que a situação do Asilo é precária, tendo em vista os constantes aumentos dos gêneros de primeira necessidade, sendo que a verba do Estado referente ao ano passado foi de Cr$ 50.000,00 e como foi deliberado pelo Conselho Central, o balancete deste ano foi publicado no “Monitor Diocesano” e uma cópia remetida ao próprio Conselho. O prédio da Rua General Telles, 971 foi completamente reformado, sendo o gasto de Cr$ 80.000,00, tendo sido alugado por Cr$ 5.000,00 mensais. Os inquilinos das casas do Asilo estão com seus aluguéis atrasados, estão sendo remetidas cartas de cobranças. Foi recebida comunicação de que a subvenção Federal deste ano será de Cr$ 35.000,00 e a Estadual de Cr$ 50.000,00. Foram plantados mais 500 pés de café caturra, perfazendo um total de 2.000 pés, doados pela prefeitura e neste ano será colhida a 1ª safra do café plantado anteriormente. Espera-se que para o próximo ano a colheita seja suficiente para suprir o gasto anual. Pela Comissão dos festejos do 1º centenário de Botucatu, foi doado um busto de bronze do querido Pe. Euclides, erguido em uma coluna de pedras na frente do pavilhão central que com grande pompa foi inaugurado no dia 14 de abril do corrente ano, tendo no ato feito um belo discurso o Padre Ulisses Moreira de Araújo, enaltecendo o homenageado. Recebida a subvenção da Prefeitura no valor de Cr$ 10.000,00. As missas do mês de julho foram oficiadas pelos Padres: Caetano Pizani; Silvio Maria Dario; Ramires; Sr. Bispo, Monsenhor Melhado e Aparício.

No mês de agosto: Caetano Pizani; Violante; Aparício e Silvio


Maria Dario. No mês de outubro, os Padres: Silvio Maria Dario; José Oliveira Andrade; Violante; Gusson; Inácio e Frei Leonardo de Campinas. Foi recebida comunicação do Senador Lino de Matos; Deputado José Miraglia e do Secretário da Agricultura, consignando ao Asilo as verbas de Cr$ 5.000,00, Cr$ 5.000,00 e Cr$ 10.000,00, respectivamente, estando as mesmas depositadas no Banco do Estado de São Paulo, Agência local.

195715 de maio: Tomou posse o novo Presidente do Conselho Central, Prof. Haroldo de Andrade. Foi comunicado à diretoria que o Sr. Prefeito Municipal, Dr. João Q. Reis teve de reduzir a verba municipal de Cr$ 20.000,00 para Cr$ 5.000,00. Da Secretaria da Educação foi recebida uma verba de Cr$ 100.000,00. Em julho foi iniciada a ampliação da Capela que será de 180m2, cuja orientação está a cargo do confrade Rebelo. Os alugueis das 15 casas estão rendendo por mês a importância de Cr$ 23.950,00. O Deputado Dante Perri informou que neste ano o Asilo receberá Cr$ 67.000,00 correspondentes às verbas pessoais de diversos deputados e que a verba federal será de Cr$ 275.000,00. O confrade presidente apresentou cópia da carta que continha o seu pedido de demissão, sendo o mesmo acompanhado de todos os membros da diretoria.

No dia 13 de outubro tomou posse a nova diretoria que ficou assim constituída: Pres. Otacilio Paganini; Vice - Pres. Laurindo Isidoro Jaqueta; 1º Tes. Hilário Fioravante; 2º Tes. Alcides Dias Moura; 1º Sec. João Salate. O 1º ato da nova diretoria foi a venda da camionete Ford 46, pela importância de Cr$ 125.000,00, negócio aprovado pelo Conselho Central. Esse veículo necessitava de uma reforma geral, cuja despesa não era conveniente aos cofres da entidade. O Sr. Antonio Rebelo Ferreira e sua esposa doaram uma casa situada na Rua Newton Prado, 214. A diretoria recebeu o registro do Asilo no Conselho Nacional de Serviço Social sob número 2177 e matrícula no Serviço Social do Estado, recebendo o número 88.

O confrade Otacílio Paganini fez uma visita à Estação Experimental do Café, Lageado, conseguindo a doação de algumas sacas de café. O Diretor da Estação, Sr. Waldemar Gadelha, prometeu também auxiliar em tudo que for possível, fornecendo ainda 02 caminhões de lenha e mais 02


sacos de café torrado. Foram enviadas 20 cartas a fazendeiros, solicitando donativos de café, cereais, etc; alguns já atenderam. O Sr. Otacílio esteve também em Itatinga na casa do Sr. Guerino Biazon, grande benfeitor desta Casa, tendo conseguido diversos donativos no valor de Cr$ 6.000,00. Os Irmãos Martins do Teatro de Alumínio ofertaram um espetáculo aos idosos internos. O funcionário Eugênio Gonçalves da Cunha, segundo informações das Irmãs, vem agindo de forma inconveniente, inclusive se embriagando constantemente. Informou o Sr. Presidente que não irá tomar medidas drásticas contra o mesmo e sim procurar recuperá-lo, pois é pai de 04 filhos. Para isso será feito um trabalho da diretoria e das Irmãs. O saldo do caixa neste mês é de Cr$ 396.227,60 e segundo informação do Sr. Presidente, o prosseguimento das obras da capela é uma das metas. Passado um mês a diretoria chegou a conclusão que o caso do Sr. Eugênio não tem solução, pois o mesmo não aceita conselhos, voltando a fazer todas as confusões já criadas por ele anteriormente. Depois de muitas negociações o caso foi resolvido na Promotoria Pública, tendo o mesmo recebido todos os seus direitos. Depois de deixar o Asilo, o pai do Sr. Eugênio veio suplicar à diretoria que fosse acolhida a família do mesmo, visto que ele tinha necessidade de uma internação para tratamento. Logicamente, por um ato de piedade o Sr. Presidente acolheu a esposa e os filhos até que o Sr. Eugênio tivesse condição de conviver com os mesmos.

195803 de fevereiro: O confrade Otacílio Paganini recebeu resposta do Dr. Waldemar Gadelha, que autorizado pelo Ministério da Agricultura, doou 05 sacas de café beneficiado. Este senhor tem ajudado muito o Asilo, pois já forneceu 05 caminhões de lenha e está reformando, nas oficinas da Fazenda, uma charrete de uso contínuo. Foram recebidos donativos para os velhinhos, destacando-se 45 capinhas de lã confeccionadas por Dona Luiza de Castro Macedo e 02 espetáculos, levados a efeito do Teatro de Alumínio, com artistas próprios e da Rádio Emissora de Botucatu, apresentando uma renda de Cr$ 5.570,00. Foram reiniciados os trabalhos de construção da nova capela e espera-se que para a próxima festa de São Vicente já possa ser celebrada missa nas novas dependências. O Sr. Presidente comunicou


com muita tristeza o falecimento da Irmã Clarisse, superiora da Casa, que vinha desenvolvendo os trabalhos da administração interna. Em substituição à Irmã Clarisse, esteve à frente dos trabalhos a Irmã Márcia que também se houve muito bem, deixando o cargo no dia 26 de janeiro, quando acompanhada pela Madre Provincial, tomou posse como Superiora a Irmã Maria Sanit’Omer, a qual já estivera no mesmo cargo de 1950 a 1955. A diretoria vem trabalhando junto aos sócios mensalistas com a finalidade de melhorar a arrecadação. O confrade Otacílio agradeceu, em nome da diretoria, os vicentinos que estiveram nos portões do cemitério, cuja arrecadação foi de Cr$ 15.916,00. Foi feita uma reforma nos chiqueiros onde estão os porcos para consumo da Casa. Além do cafezal que está indo bem, foram plantados milho, feijão e mandioca. Foi enviado ofício ao Dr. Nelson Dib Saad, superintendente da Sorocabana, solicitando dormentes e tábuas velhas para servir de lenha para o fogão. Foi tratado o assunto da ligação direta de água para o Asilo, conservando a atual ligação do poço que é acionada por bomba. Atualmente a direção interna está assim constituída: Superiora, Irmã Maria Saint’Omer e colaboradoras Irmãs Georgina, Alice e Ana Maria.

Capela do Asilo, ampliada em 1958


Corre na cidade uma lista autorizada pela diretoria, sob a responsabilidade do Sr. Simão Paulo Gonzaga, para angariar fundos para a aquisição de uma máquina de projeção de Filmes aos asilados enquanto a conferência Santo Ivo doou um rádio, um alto falante e um microfone. Foi informada pelo tesoureiro a compra de 24.000 tijolos para término da capela, no valor de Cr$ 25.750,00. Em março, o Sr. Otacílio Paganini informou que estava tudo em ordem com relação ao atendimento dos velhinhos, porém o grande problema estava sendo a água, sugerindo inclusive, que fosse colocada uma nova bomba e efetuada a compra de mais canos para uma segunda ligação direta do município. Continuando, comunicou que foi mandado erigir um obelisco para homenagear o falecido confrade Francisco Casini, ex-presidente que tanto fez para o progresso da Sociedade, também que mandou mudar o obelisco do Pe. Euclides, que estava de fronte à casa principal, para o canteiro lateral. Foi dito ainda que sexta-feira, dia 7 de março foi realizada a última missa solene na capela, uma vez que deverá fazer a mudança provisória do Santíssimo para que seja feita a ligação do prédio que se acha em construção. O orçamento para a parte de madeiramento foi feito na Serraria Santo Antonio.

Para os vitrôs, foram atendidas as sugestões do Sr. Bispo, cujo orçamento foi feito na serralheria Sartor, pelo preço de Cr$ 45.070,00. Em virtude dos relevantes serviços dedicados a esta Casa, os Srs. Waldemar Gadelha e Antonio Rebelo Ferreira, foi concedido aos mesmos os títulos de Sócios Beneméritos. O cargo de 2º secretário foi preenchido pelo confrade Ruy Arruda Soares Ribeiro. Frei Afonso Maria de Louveira se acha em repouso, numa de nossas dependências, para restabelecimento, sendo feita uma visita ao mesmo, pela diretoria.

Em maio, a construção da Capela continua em ritmo acelerado, sendo a despesa até o momento de Cr$ 207.373,70.

Foi encomendada à Marmoraria Pasini, de Sorocaba, o altar, a mesa de comunhão e respectivos pisos, todos em mármore, no valor de Cr$ 80.000,00.

Foi doado o altar, pela família Peduti, no valor de Cr$ 45.000,00. A mesa de comunhão no valor de Cr$ 32.000,00, foi doada pelos vicentinos de Botucatu, através do Conselho Central e Conselhos Particulares. O sino


que pesa mais ou menos 20 kg é doação da família do Dr. Francisco Blasi. 06 colunas de mármore no valor de Cr$ 5.000,00 cada, doadas por: Sr. João Passos e Sra.; família Rodrigues Torres; Dr. Adolfo Dinucci e filho; Sr. José Cucí Musumecci e Sra.; em memória do Dr. Edmundo Araújo de Oliveira e em memória da Irmã Clarisse. Suporte para água benta, Sr. Domingos Paganini e família; Imagem e suporte, Sr. João Vendito e família; Dona Alice; Nilda I. P. Rodrigues Alves e Dona Yole Dinucci Fernandes. Colunas menores, Sr. Carlos Pinto e família; Antonio Ré Filho e família. Cruz, Domingos Sartori. Janelas, Sr. Miguel Rodrigues e família; memória de Mário José Carvalho Del Cistia; Dr. Brasil Blasi e Elza F. Leite Blasi; Sociedade Italiana de Beneficência Casa D’Itália; memória de Joaquim Prado; memória de Amélia Matos Dias; uma devota e Maria Helena; Vera Magali; Lucila e Serafim Blasi (Quando as Missas passaram a ser celebradas com o sacerdote de frente para os fiéis, o Sr. Ferrucio Varoli e Imaculada M. Varoli, doaram a mesa-altar, em 24/07/66).

A campanha dos bancos para a Capela foi coberta de êxito, tendo-se conseguido a doação de todos, num total de 30, sendo os seguintes doadores: Famílias: Anselmo Vicentini; Otacílio Paganini; João Salate; Progresso Garcia; Luiz Mori; Cunha Malheiro; Antonio e Humberto Popolo; Vitório Gasparini; Antonio Ferreira Filho; Ciro Leão; Plínio Paganini; Laurindo Isidoro Jaqueta; Antonio Ricardi; Luiz Carlos Vieira; Rui Ribeiro; Hilário Fioravante; Camalhonti; Pedro Torres; José Ramires; Brasilio Damato; Osmar Delmanto; Cid Guelli; João Queiroz Reis; Alfredo Padovan; José da Silva Coelho; Isolina Menha Andrade; Luiz Baptistão; Nicolau Avaloni; Vasco Bassoi e Casas Pernambucanas.

A diretoria foi procurada pelos repórteres da Gazeta de Botucatu, para uma reportagem a qual foi publicada no dia 15/05 com fotografias e informações a respeito do Asilo. Lavrado em ata o agradecimento da diretoria. Em junho estava sendo realizado o revestimento externo da Capela, pelo valor de Cr$ 40.000,00. Também lavrado em ata agradecimentos aos Irmãos Spirandeli pela colaboração na pintura do forro da Capela, agradecimentos também às Casas Pernambucanas pela doação de Cr$ 2.000,00.

A reunião de 16 de novembro foi muito movimentada e com grande número de notícias dadas pelo Sr. Presidente, a saber: a renda da última


quermesse foi de Cr$ 55.880,00. A bênção oficial da nova Capela será no dia 23 de novembro, com missa em ação de graças. A despesa da construção da Capela até o dia 10 do corrente era de Cr$ 699.533,10 e os donativos até agora recebidos, somam Cr$ 231.757,00. O problema da água foi resolvido com o empréstimo de uma bomba da Sorocabana. Foram vendidas 07 leitoas e um porquinho por Cr$ 4.800,00 e os donativos dos portões de cemitério somaram Cr$ 20.634,90. Foi remetido ofício ao Sr. Ministro da Agricultura, solicitando 20 sacas de café, embora já tenhamos recebido 10 sacas por intermédio do Dr. Waldemar Gadelha. Foi recebida uma doação de

Cr$ 10.000,00 do Sr. José Cucí Musumecci em memória da Irmã Clarisse. Foi comprado do Dr. Brasil Blasi 30 sacos de açúcar, recebendo 01 saco em doação.

Finalmente o Sr. Presidente falou que em virtude de sua saúde estava solicitando demissão de seu cargo, no que foi acompanhado por todos os membros da diretoria, sendo na oportunidade redigido, pelo secretário, um ofício ao Conselho Central, sendo o mesmo assinado por todos. O Sr. Otacílio Paganini agradeceu seus companheiros de diretoria e o Sr. Hilário Fioravante solicitou um voto de louvor ao presidente pelo desempenho de sua missão, não poupando esforços em benefício do Asilo.

195908 de março: Tomou posse a nova diretoria, que ficou assim constituída: Pres. Rui Soares Arruda Ribeiro; Vice - Pres. Ivo Losi; 1º Sec. Roque Oswaldo Matera; 2º Sec. Plínio Paganini; 1º Tes. Humberto Popolo e 2º Tes. Hilário Fioravante. Foram recebidos quatro banheiros, doados pelos Srs. João Queiroz Reis; Hilário Fioravante; Alcides Dias Moura e Thomaz Sartori. Depois de um brilhante trabalho do confrade vereador Plínio Paganini, na Câmara Municipal, o Asilo foi declarado de Utilidade Pública pela Lei nº 762.

Ficou combinado que o Sr. Presidente irá consultar um advogado para saber a forma legal de atualizar os aluguéis das casas do Asilo, pois a arrecadação está completamente defasada, também ficou acertado que a diretoria deverá ampliar o número de sócios. Tendo a entidade a necessidade de possuir uma condução, foi feita a compra de um Ford 28


“pé de bode”, por Cr$ 120.000,00, pagos com Cr$ 50.000,00 de entrada e mais 20 parcelas de

Cr$ 3.500,00. Foi comunicado que o Conselho Central pretende fundar uma conferência nesta Casa, com os confrades da diretoria, à qual seria dado o nome de Nossa Senhora dos Pobres. Foi recebido convite da conferência Nossa Senhora Aparecida, para assistirmos à missa das Cinco Intenções, no dia 11 às 6 horas no Santuário de Nossa Senhora de Lourdes e dia 17 às

7 horas na Capela da Santíssima Trindade, em seguida reunião coletiva no Salão São Luiz. Estiveram em visita ao Asilo os Srs. Prof. Bernardo Juvenil Celso, Vice-Presidente do Conselho Central e Wadi Jorge e Sra. O confrade Otacílio Paganini foi nomeado Curador da asilada Etelvina M. Conceição. Foram distribuídas diversas cartas na cidade, solicitando ajuda à Casa Pia e segundo o Sr. Presidente o resultado tem sido ótimo. O Sr. Vice - Pres. ficou encarregado de cuidar do movimento financeiro da festa que será realizada no próximo mês de julho, sendo confeccionados 500 cartões para o churrasco, que serão vendidos a Cr$ 50,00 cada. Na reunião de 09 de agosto o Sr. Presidente pediu exoneração do cargo, por motivos particulares, sendo a mesma aceita pelo confrade Pres. do Conselho Central, Prof. Haroldo Alves Andrade. Foi autorizada, pelo presidente do Conselho Central a venda do “pé de bode”, nas mesmas condições de compra. O Deputado Paschoal Ranieri Mazzili, mandou uma carta comunicando uma subvenção em sua verba pessoal de Cr$ 50.000,00 para o ano próximo. Dia 08 de dezembro foi realizada reunião com a nova diretoria, assim constituída: Pres. Humberto Popolo; Vice - Pres. Plínio Paganini; 2º Vice - Pres. Francisco Elias de Almeida; 1º Tes. Abílio Dorini; 2º Tes. Hilário Fioravante; 1º Sec. Roque Oswaldo Matera; 2º Sec. Bernardo Juvenil Celso. Nesta reunião, ficou apenas na comunicação de que duas famílias da cidade pretendem construir mais uma casa aos internos.

19601º de janeiro: Foi muito comentado e muito elogiado o Natal dos velhinhos que foi organizado pelo Sr. Antonio Popolo Netto e Dr. Domingos Minicucci Filho. A nova bomba d’água foi comprada por Cr$ 35.000,00. Aprovado


em reunião que os vencimentos das Irmãs foram aumentados para Cr$ 1.500,00 mensais a cada uma.

Em 28 de outubro esteve em visita à Casa a Madre Maria Sinforosa, superiora Geral e Irmã Maria Aparecida, secretária da Ordem, estando presente também a superiora da Casa. O Sr. Presidente informou que a situação do Asilo é muito boa, havendo um saldo no banco superior a Cr$ 600.000,00. Essa reserva de Caixa e os melhoramentos, como a troca dos telhados de 08 casas e também troca de pisos, estão sendo possíveis graças ao trabalho de todos os vicentinos da cidade, trabalhando com listas de São Vicente de Paulo, em homenagem ao nosso padroeiro. A coleta dos portões de cemitério rendeu Cr$ 36.477,00. O café produzido no Asilo foi vendido à Cafeeira Peduti e rendeu aos cofres do mesmo,

Cr$ 89.846,40. Como subvenção da Prefeitura, recebemos Cr$ 36.000,00.

196126 de março: Em reunião deste dia, a diretoria foi comunicada, pelo presidente, o recebimento dos seguintes donativos: Dr. Camilo Fernandes Dinucci, Cr$ 50.000,00; Sr. João Batista Siloto, Cr$ 5.000,00; Álvaro Zacarias, Cr$ 3.000,00; Família de Francisco Octaviano Cardoso (Maninho Cardoso), Cr$ 20.000,00; Dona Naima Aun, Cr$ 1.000,00 e subvenções de Deputados Estaduais, Cr$ 100.000,00. Foi comunicado ainda que as casas do Asilo, situadas na Rua Visconde do Rio Branco deverão receber calçadas, visto que o calçamento chegou até elas.

196215 de abril: Presente a diretoria e também o confrade Luiz Fabiano, Vice-Presidente do Conselho Central. Em virtude do afastamento do confrade Abílio Dorini do cargo de tesoureiro, foi contratado o confrade Oswaldo Gamito para preencher à máquina, os recibos deste ano, recebendo pelo serviço a gratificação de Cr$ 3.000,00. Por intermédio da Estação Experimental do Café “Lageado”, o Ministério da Agricultura doou 30 sacas de café. Nesta data está assumindo a direção interna a Irmã Maria Úrsula, em substituição à Irmã Maria Saint’Omer que foi transferida para


São Paulo. Esta recebeu ofício de agradecimento pelos valiosos e carinhosos serviços prestados aos asilados. Ofício também de agradecimento à Família Biazon de Itatinga pelos inúmeros serviços e favores prestados à Instituição.

196318 de janeiro: Apresentando o balancete do ano anterior, o qual apresentou um saldo bancário de Cr$ 974.656,40. Na reunião do dia 18 de novembro, depois das orações iniciais o Sr. Presidente comunicou aos presentes, que num esforço todo pessoal e numa demonstração de alto espírito vicentino o confrade Otacílio Paganini, que havia sido autorizado pela diretoria a trabalhar e comandar uma campanha para construção do tão esperado necrotério, havia sido entregue a Casa Pia São Vicente de Paulo, nesta data, completamente pronto, sem nenhum gasto para esta diretoria. Foi realizada uma missa na Capela e logo em seguida o confrade Otacílio, usando da palavra, fez a entrega solene do referido necrotério. O trabalho desse confrade foi muito elogiado, sendo enaltecido pela diretoria, juntamente com seus benfeitores, enfim a população desta querida cidade.


196524 de março: Houve uma reunião extraordinária com as presenças dos confrades: Humberto Popolo; Plínio Paganini; Hilário Fioravante e Roque Oswaldo Matera, cuja finalidade, segundo o Sr. Presidente, foi comunicar a doação, pelo Governo do Estado de uma camionete Ford 49, em péssimo estado de conservação, necessitando de grande reforma. Diante disso, a diretoria, sabendo que já havia uma oferta de Cr$ 1.100.000,00, resolveu vendê-la e pretendendo com o dinheiro apurado comprar um veículo em boas condições.

196606 de janeiro: Reunião realizada em caráter extraordinário, com a finalidade


de atender um pedido do confrade Hilário Fioravante, para deixar o cargo de 1º tesoureiro, passando para 2º, em virtude de afazeres particulares. Atendida a solicitação, foi convidado o confrade Jandiro Marques, que aceitou prontamente o cargo. A diretoria passou a ser a seguinte: Pres. Humberto Popolo; Vice - Pres. Plínio Paganini; 1º Sec. Roque Oswaldo Matera; 1º Tes. Jandiro Marques e 2º Tes. Hilário Fioravante. Aos 25 de março houve reunião ordinária e o Sr. Presidente disse que o Asilo vai se mantendo regularmente, aumentando os aluguéis, recebendo donativos e subvenções Estaduais e Federais através dos deputados. Como assunto principal, a Diretoria recebeu ofício do Sr. Gerente da Caixa Econômica Federal oferecendo um total de 34 bilhetes da Loteria Federal para que o Asilo os vendesse, ficando o lucro para a entidade, porém os membros da diretoria alegaram falta de tempo para executar tal tarefa. Foi então proposto um acordo comercial com o Sr. Mário Lopes Abelha, que já opera no ramo de bilhetes. Feita a consulta ao Sr. Mário, o mesmo concordou prontamente, isto por tratar-se de um Asilo. O lucro desse negócio é entre Cr$ 70.000,00 e Cr$ 90.000,00, que será revertido inteiramente ao Asilo.

1967

Nova Moeda: Cruzeiro Novo – NCr$ (13/02/67 a 14/05/70)

25 de março: Apresentado o balanço do ano anterior, apresentando um saldo bancário de Cr$ 3.363.543,00. Segundo a gerência da Caixa Econômica Federal, a proposta dos bilhetes ficou sem efeito. Foram recebidas as subvenções: NCr$ 300,00 da Prefeitura Municipal e NCr$ 500,00 do Lions Club. Foi vendida a camionete Ford 49 por NCr$ 1.100,00 ao Sr. Júlio Lourenção e no mesmo dia foi comprado do Sr. Delson Ferro, uma Perua Kombi 1963 por NCr$ 2.400,00. Foi construída uma casa com 10 x 15 m com apartamento e abrigo para a viatura.

196825 de março: Foram feitos pelo Sr. Pres. os seguintes comunicados: O


balanço fechado em 31/12/67 apresentou, nas Agências Bancárias, um saldo de NCr$ 12.266,87. Foi doado pela Companhia Telefônica Brasileira o material de uma casa localizada na Rua Cesário Alvim (João Passos), 568, cuja demolição ficou a cargo do Asilo, no valor de NCr$ 1.350,00, sendo satisfatório o resultado. Foi vendido o terreno dos fundos da casa da Rua Dr. Cardoso de Almeida, 142 ao Sr. Eduardo Mericoffer Neto, pela importância de NCr$ 566,30. Em novembro do ano passado o Dr. Camilo Fernandes Dinucci iniciou a demolição da cozinha velha e em seguida foi construída uma provisória ao lado. As obras da nova foram concluídas neste mês de março, com novos fogões à lenha e à gás, sendo também novos os pratos, as mesas, talheres, geladeira, rádio e panelas. Foi construída também moderna e ampla lavanderia e um novo refeitório. Foi doada uma televisão marca Pioner, pela Organização Popolo.

196925 de março: Reunião com os seguintes comunicados: O balanço encerrado em 31/12/68 apresentou um saldo bancário no valor de NCr$ 18.322,30. Foram recebidas subvenções Municipal e Federal no valor de NCr$ 3.593,50. Foi muito lamentada a saída da Irmã Úrsula, que vinha ocupando o cargo de Superiora da Casa. Foi indenizado o Sr. Augusto Dias, funcionário, com NCr$ 1.000,00, dispensado em virtude de desacordo com as Irmãs.


25 de março: A diretoria se reuniu neste dia e o Sr. Presidente deu os seguintes avisos: saldo bancário apresentado no balanço de 31/12/1969 foi de NCr$ 26.862,18; arrecadação obtida nos portões do cemitério, por ocasião do dia de finados foi da importância de Cr$ 1.538,37. O Dr. Camilo Fernandes Dinucci construiu, nas dependências do Asilo, uma casa do tipo bangalô, para uma ex-empregada sua, no valor de Cr$ 10.000,00. Foi recebida uma casa na Rua Amando de Barros, s/n (2583), no Lavapés, dos Irmãos Simplício.

Em reunião de maio foi comunicado que o confrade Jandiro


Marques foi transferido para Bauru e o confrade Roque Oswaldo Matera alegou múltiplas ocupações. Pelos motivos expostos os mesmos solicitaram afastamento de seus cargos de 1º tesoureiro e 1º secretário, respectivamente. Foram convidados os confrades Alcides Dallaqua e Benjamim Palmezan para ocupar esses cargos, sendo prontamente aceito pelos mesmos. Dessa forma a diretoria ficou assim constituída: Pres. Humberto Popolo; Vice - Pres. Plínio Paganini; 1º Tes. Alcides Dallaqua; 2º Tes. Hilário Fioravante; 1º Sec. Benjamim Palmezan e 2º Sec. Roque Oswaldo Matera. Além da diretoria citada, na reunião do dia 22 de setembro, estiveram presentes as Irmãs: Georgina Alves de Oliveira; Josina Alves de Oliveira; Afonsa Maria Gouvêa; Maria Brígida de Camargo e Maria Odélia Mariano. Foi dado início às reformas dos 16 sanitários, sendo responsável pelos serviços o Sr. Orlando França. Por intermédio do Dr. Camilo Fernandes Dinucci, conseguiu-se a revalidação do Registro na Secretária da Promoção Social, no setor de Obras Sociais, recebendo o número 80. O confrade Plínio Paganini sugeriu que seja feito um convênio entre a Casa Pia e o Hospital das Clínicas de Rubião Júnior. A Irmã Georgina, superiora da Casa, comunicou que nos próximos dias teremos a visita da Madre Provincial, Irmã Anita.

197125 de março: Foi recebida a subvenção municipal no valor de Cr$ 3.000,00 e federal, no valor de Cr$ 4.000,00.


197310 de março: Presentes os membros da diretoria e também o Sr. Sérgio Canela; Irmã Marta; Irmã Odélia e Irmã Vitória. A nova Coordenadora, Irmã Marta falou sobre os trabalhos que pretendem fazer em conjunto com a diretoria, visando a promoção humana, falou também sobre o belo trabalho realizado pelas Irmãs que aqui estiveram.

O confrade Plínio Paganini falou sobre a possível visita a esta Casa


do Coronel Itaboraí Viana, presidente do CEAS de São Paulo. Foi constado em ata a satisfação de todos os diretores da Casa pela eleição do confrade Plínio Paganini para o cargo de Prefeito Municipal. 25 de março, reunida a diretoria com as Irmãs Marta, Vitória, Odélia e Aparecida; Sr. Alberto Laurindo; Deputado Estadual Pedro Manasone; Srs. José Esteban Zumeta; Darlei Vilela; Francisco Judice e Genaro Cerazo. Dia 25 de abril a reunião da diretoria foi realizada no gabinete do Sr. Prefeito Municipal às 21 horas, em caráter extraordinário com a finalidade de discutir as prioridades da entidade: construção e equipagem de uma lavanderia moderna; ligação de água da rede da Prefeitura, visto o grande consumo de energia elétrica pela bomba do poço; colocação de alambrados na rua que dá acesso ao Asilo, para embelezamento e segurança dos idosos e Irmãs; reparação geral das instalações elétricas, internas e externas; reforma das casas dos velhinhos e casa da sede; construção de um novo depósito de água. Sugestões aprovadas, com a condição de serem realizadas à medida do possível.

Em abril foram expedidas cartas ao Rotary, Lions e Conselho Central, solicitando auxílios para a compra de postes e cimento. Os equipamentos da lavanderia foram adquiridos da firma Baunner do Rio Grande do Sul.

Foi vendida uma pequena casa, localizada na Rua Dr. Cardoso de Almeida, 1421 ao Sr. Fernando Sarmento e Souza, onde residia a Sra. Lourdes Figueira, por Cr$ 10.000,00; venda aprovada pelos vicentinos e em Assembléia realizada em 13 de março, estando presente o Sr. Arcebispo D. Vicente M. Zioni. Foi constado em ata agradecimentos aos Srs. Alberto Losi Filho, Roque Oswaldo Matera e Conselho Particular de São Benedito pelas contribuições na compra de postes de cimento, também ao Lions Club. Em reunião de 1º de junho, presentes os diretores, as Irmãs Marta, Adélia e Vitória e também o Sr. Neder Filho. A firma Duratex informou que o pedido de chapas será atendido proximamente. Foram adquiridas 32 janelas para as casas dos internos. Os equipamentos da lavanderia foram transportados pela Transportadora Barra Bonita, gratuitamente por interferência do confrade João Lopes. Estiveram presentes na reunião de 1º de agosto, os confrades Batista José Spadotto e Edemundo de Oliveira, também presentes o Dr. João M. G. Maldonado, apresentando ofício da Diretoria do Hospital das Clínicas de Rubião Júnior, comunicando assistência médica aos nossos


velhinhos. A Irmã Marta informou sobre as palestras que serão realizadas na semana do ancião com participação de artistas da TV e rádios de São Paulo, a serem proferidas de 24 a 28 de setembro.

197430 de dezembro: Realizada a reunião, estando presentes a diretoria e as Irmãs. Pelo confrade Presidente, foi apresentado um relatório dos fatos mais importantes, relacionados com a Casa Pia durante os anos de 1973 e 1974: de acordo com a programação, foi realizada em Botucatu, patrocinada por esta Casa, a Semana da Geriatria, no período de 24 a 28 de setembro de 1973, coordenada pela Irmã Marta. Entre os diversos oradores, tivemos as presenças de: Dra. Maria José Del Papa Zacharias; Dra. Luanda Carandina; Dra. Clodete F. Saad Hosne; Profa. Jair Conti; Ana Margarida Torres, cujo resultado foi considerado excelente. Concluído o curso, foram distribuídos certificados, tendo sido o curso supervisionado pela Delegacia do Ensino Secundário e Normal de Botucatu, com o seguinte temário: Aspectos Profissionais e Previdenciários; Aspectos de Saúde Pública de Geriatria; Aspectos Psiquiátricos da Geriatria; Aspectos de Relações Humanas na Velhice e Aspectos Sociais e Recursos Sociais. Esse curso foi realizado nos salões do Colégio Santa Marcelina e no final da semana, como encerramento, foi realizado um baile da saudade nos salões da Associação Atlética Botucatuense, também realizado um churrasco, cuja renda foi de Cr$ 12.690,10.

Por intermédio do Sr. Prefeito e SAEB foi construída a ligação de água da rede pública, cujo resultado não foi satisfatório, tendo em vista que as casas dos idosos estão em um nível superior ao da caixa. Foram concluídas as reformas das lavanderias, sendo instaladas máquinas e centrífugas. Foram reformadas as casas dos internos, na parte elétrica e hidráulica. Foram colocados os postinhos para sustentação dos alambrados, sendo o grande colaborador o Dr. Camilo Fernandes Dinucci. A CPFL colocou postes de cimento, com instalações novas e bicos de luz até a entrada da Casa Pia. Internamente foram colocadas lâmpadas de mercúrio de 220 v. Recebemos da Duratex as chapas que foram aplicadas nos forros das casas dos velhinhos. Foram colocadas 32 novas venezianas nas casas,


Em 1974 Dr. Camilo Fernandez Dinucci, grande benemérito da Casa Pia, doou a reforma completa da cozinha e refeitório.

Sra. Leontina C. Dinucci (esposa), Sra. Luciana F. Dinucci (mãe), Dr. Camilo F. Dinucci

Sr. Humberto Popolo e esposa, D. Sílvio Maria Dario, Dr. Camilo, mãe e esposa


todas de ferro, sendo assentadas gratuitamente pelo Dr. Jolio Martins. Foram pintadas todas as casas e reformado o refeitório, sendo que a mão de obra ficou em Cr$ 5.000,00, pagos ao Sr. Benedito Gonçalves. Foi vendida a Perua Kombi ao Sr. Alberto de Plácido, por Cr$ 5.250,00 e comprada outra nova pelo preço de Cr$ 31.000,00. As arrecadações nos portões do cemitério foram: 1973 – Cr$ 7.010,75 e 1974 – Cr$ 8.604,33. De acordo com ordens superiores as Irmãs Marta, Aparecida e Adélia foram substituídas pelas Irmãs Leoni, Jaqueline e Antonieta. Os postes de iluminação interna foram doados pelo Sr. Luiz Witzler. Agradecimentos ao Sr. Orlando de Almeida e funcionários da CPFL pelos serviços prestados.

197515 de setembro: Reunião realizada neste dia, com a presença de toda diretoria e das Irmãs Leoni, Antonieta e Jaqueline. Recebido ofício da Superintendência Regional da Receita Federal, 8ª Região – Delegacia da Receita Federal de Sorocaba, com Ato Declaratório número DRF/57/12/75, que reconhece e concede isenção do Imposto Único sobre energia elétrica. Os Srs. Eduardo Bandeira de Mello Marins doou uma bomba da marca

Sr. Plínio Paganini, Dom Sílvio, Dr. Camilo e sua mãe


Jacuzzi para ser colocada no poço que já atingiu a profundidade de 19 m. A colocação da bomba foi feita gratuitamente pelo Sr. Alfredo Marcolim. O Sr. Orlando de Almeida e sua equipe, auxiliados pelas Irmãs, estão trabalhando no reparo das cercas que determinam as divisas desta entidade. Na oportunidade foi feito agradecimento ao Sr. Orlando que também participou da colocação do alambrado na Avenida de entrada desta Casa. Era intenção de a diretoria colocar seus imóveis sob administração de uma imobiliária, desde que a mesma fizesse em forma de donativo, porém ficou estabelecido a cobrança de 10% o que fez a diretoria desistir da idéia. Foi recebido ofício do Consórcio Internacional da Promoção Social, esclarecendo que poderá encaminhar àquele CIPS, as receitas médicas dos idosos, com a finalidade de conseguir os medicamentos necessários, com taxa de Cr$ 1,00.

197624 de novembro: Reunida a diretoria e as Irmãs que administram a parte interna da Casa, o Sr. Pres. passou a enumerar os últimos benefícios e serviços realizados, como seguem: encaminhado ao Sr. Secretário da Promoção Social, através do CEAS, pedido de subvenção no valor de Cr$ 144.000,00, para o exercício de 1977. Feita reforma do barracão de trabalho no valor de Cr$ 6.694,00; compra de uma serra circular por Cr$ 450,00; despesa de aração do terreno para plantio, Cr$ 2.260,00; combate às formigas saúvas Cr$ 700,00; construção do poço, Cr$ 8.542,00; reforma da pocilga, Cr$ 454,00; reforma do barracão para criação de coelhos, Cr$ 1.200,00; reforma geral na mini-granja; construção de uma caixa d’água, Cr$ 2.000,00; pintura da Capela, Cr$ 7.500,00; compra dos restantes postes e alambrados, Cr$ 8.000,00; compra de um fogão a gás, Cr$ 1.400,00; compra de panela de alumínio, Cr$ 1.300,00; compra de uma calandra e uma caldeira, Cr$ 36.000,00; compra de mudas frutíferas para o pomar, Cr$ 320,00; instalação do telefone, nº 2005; construção de 02 carneiras no cemitério para serem utilizadas pelas Irmãs que falecerem nesta Casa. Foi recebido do Conselho Metropolitano o donativo de Cr$ 10.000,00.

Em 12 de dezembro, foi dada posse, pelo presidente do Conselho Central de Botucatu, Sr. Antonio Carlos Cesário, à nova diretoria, que


ficou assim constituída: Pres. Roque Oswaldo Matera; Vice - Pres. Antonio Carlos Leão; 1º Sec. Domingos Celso Burini; 2º Sec. João Lopes Garcia; 1º Tes. Mauro Nogueira Duarte e 2º Tes. Cid Francisco Teixeira. A diretoria contará ainda com a colaboração dos Srs. Orlando de Almeida e Pedro Proto, encarregados das festividades. Estiveram presentes a esta reunião, os seguintes membros do Conselho Central: Vitório Gasparini; Rodrigo Teófilo Neves Ribeiro; Domingos Paganini; Adauto Ferreira; Alípio Adelino da Silva e Edinor Frederico. Na qualidade de presidente, o confrade Roque agradeceu a presença de todos e apresentou aos mesmos, as Irmãs Vicentinas, Maria Leoni, Jaqueline e Antonieta, responsáveis pela administração interna. Foi sugerida pelo mesmo, a compra de “lembranças” para as Irmãs, em agradecimento pelos serviços prestados aos velhinhos e pela passagem do Santo Natal. Foi lavrado em ata, votos de congratulações ao Sr. Cid Francisco Teixeira, pela conclusão do curso de Educação Física, na Faculdade da Barra Bonita. Dr. Eduardo Guedes Cassimiro doou Cr$ 300,00 para serem empregados nas festividades de Natal dos internos. Foi sugerido pelo confrade Mauro N. Duarte a confecção e uso de talões de

Voluntários dando assistência aos idosos


recibos para maior controle dos recebimentos.

197706 de janeiro: Presentes na reunião, a diretoria e as Irmãs Leoni, Antonieta e Jaqueline. Inicialmente tratou-se da locação feita junto a Agência dos Correios, de uma caixa postal, que recebeu o nº 207. O valor anual da locação é de Cr$ 60,00, cujo valor foi doado pelo confrade Vitório Gasparini. Foi comunicado aos presentes que a Sra. Maria Laurindo, proprietária da casa situada na Rua Prof. Fornos, 395, pretende doar a mesma ao Asilo, ficando com usufruto do imóvel. Foi apresentada a relação dos imóveis do Asilo e também os valores dos alugueis de cada um. Foi esclarecido pelo Presidente que os imóveis estão sendo administrados pelo Dr. Sebastião Figueiredo Torres, mediante o valor de Cr$ 250,00 mensais, estando este também presente na reunião, falou sobre as condições das casas e que os alugueis estão merecendo atualizações. No dia 30 de janeiro aconteceu uma reunião extraordinária com a presença do Dr. Feiz Zacharias que veio submeter à apreciação da diretoria a iniciativa tomada pela Irmã Leoni de convidar presidiários de “bom comportamento” para prestar serviços de mão de obra. Foi dada a palavra ao Dr. Feiz que sugeriu a vinda imediata de detentos dizendo que a vinda dos mesmos seria em caráter experimental, não havendo compromissos de ambas as partes, isto é, entre a Casa Pia e Conselho Carcerário, em manter os detentos, por tempo indeterminado na entidade. Ficou acertado que toda responsabilidade, quanto ao comportamento, alimentação, etc, seria da Secretaria da Segurança. O Dr. Feiz falando do alcance social da medida, solicitou a aprovação dos membros da diretoria, no que foi atendido. Ficou acertada para o dia 11 de fevereiro, a vinda dos detentos para os alojamentos do Asilo. Foram apresentados os Srs. Silvio Mário e Alcides Vieira, novos cobradores das mensalidades. O Dr. João M. G. Maldonado está prestando assistência médica aos asilados de forma gratuita, às segundas-feiras às 15 horas. Os membros da diretoria tomaram conhecimento de que esta Casa não é considerada de Utilidade Pública Estadual e Federal, embora conste em alguns impressos da entidade. Estão sendo tomadas providências para a regularização. Foi recebida carta do Sr. Haroldo Alves de Andrade,


sugerindo medidas para regularização dos aluguéis. O Dr. José Ricardo de Oliveira, presidente do Conselho Carcerário desta cidade, enviou carta solicitando confirmação do acordo verbal feito entre esta Casa e a entidade que preside. Os confrades, Roque Oswaldo, João L. Garcia e Cid Teixeira ficaram de fazer visitas aos inquilinos, tentando negociação amigável quanto aos aluguéis. Os Irmãos Egidio e Alcides Magro compraram os eucaliptos ao preço de Cr$ 30,00 o metro cúbico. O Sr. Virgilio Tito, um dos beneficiados com o acordo efetuado com o Conselho Carcerário, receberá como prêmio pelos serviços prestados a importância de Cr$ 400,00, sendo que o mesmo em breve voltará ao convívio da sociedade dos homens. A Irmã Superiora entregou ao tesoureiro a importância de Cr$ 9.600,00, sendo Cr$ 3.000,00 da venda de eucaliptos e o restante da venda de ovos, verduras e também donativos. Foi recebida do Consulado Geral da Itália, através do Sr. Arcebispo, a doação de 11 caixas contendo mantimentos diversos. A CPFL enviou cheque no valor de Cr$ 916,00 correspondendo à doação de 04 meses, recebida também a doação de Cr$ 100,00, feita pelo Dr. Eduardo Guedes Cassimiro.

Depois de várias ponderações foi decidido retirar da Imobiliária Visconde, a cobrança dos aluguéis e para tanto foi comunicado o Dr. Sebastião F. Torres, sobre a resolução da diretoria. Será enviado ofício ao Sr. Antonio Carlos Leão, indagando quanto à sua permanência no cargo de vice-presidente. Foi recebida a importância de Cr$ 18.530,00 dos irmãos Magro pela venda dos eucaliptos. Sobre os detentos que prestam serviços a esta Casa, ficou acertado que receberão Cr$ 50,00 por semana. Em 06 de julho o Sr. Antonio Carlos Leão solicitou demissão do cargo de vice-presidente. Por intermédio do Deputado João Lázaro de Almeida Prado, recebemos notícia da publicação no D.O. do Estado, datado de 30/06/77, do parecer favorável da Comissão de Constituição e Justiça, sendo o Projeto de Lei nº 136/77, declarando esta Casa Pia, de Utilidade Pública. O mesmo deputado entrou em entendimentos com o Deputado Federal Dr. Ivanir Freitas Garcia, objetivando declarar esta Casa também de Utilidade Pública Federal. Recebido ofício do M.M. Juiz de Direito Dr. José Augusto de Abreu Machado, dizendo da retirada dos detentos que se achavam alojados no Asilo, esclareceu que a saída deve-se à mudança


havida no Código Penal Brasileiro. Agradeceu a colaboração e colocou-se à disposição para eventuais necessidades. Foi adquirida uma geladeira comercial com capacidade para 800 kg, totalmente equipada, também comprada aparelhagem de som para a Capela. Em 23 de outubro, o confrade Miguel Ribas Campos assumiu o cargo de vice-presidente. Foi recebido ofício 472/77, data de 28/09/77 da Câmara Municipal apresentado pelo vereador João Carlos Moreira, enaltecendo o trabalho da diretoria. O Sr. Eduardo Barbosa, juntamente com o Clube dos Diretores Lojistas, doou uma televisão aos velhinhos. Em 10 de novembro foi realizada uma reunião extraordinária, estando presentes os confrades: Roque O. Matera, Miguel R. Campos, Domingos C. Burini, João L. Garcia, Cid. F. Teixeira, Antonio C. Cesário, Rodrigo Teófilo N. Ribeiro, as Irmãs Leoni, Jaqueline e Antonieta e também a Madre Provincial Yolanda Maia acompanhada da Conselheira Provincial Maria Socorro Alvares de Assunção. Inicialmente a Irmã Yolanda apresentou cópia do contrato entre a Congregação Vicentina e a Casa Pia São Vicente de Paulo, cuja vigência terminou em 31/07/77. Pela mesma Irmã foi solicitada a manifestação dos presentes sobre a renovação do referido contrato. Os confrades Cesário e Roque se manifestaram a favor da renovação, não havendo objeção dos demais membros. A coleta dos portões do cemitério rendeu Cr$ 18.665,00 e a polentada oferecida pelo Conselho Central rendeu Cr$ 5.403,25, sendo esta, aplicada na construção de um campo de bochas para diversão dos velhinhos. Foram avisados os Srs. Vicentinos que a 4ª festa regulamentar da Sociedade São Vicente de Paulo será realizada no dia 10 de dezembro, às 19h30min, na Igreja Nossa Senhora de Lourdes.

197823 de abril: Iniciada a reunião deste dia, foi dada entrada os pedidos de afastamento dos confrades: Domingos Celso Buriri, 1º Secretário; João Lopes Garcia, 2º Secretário e Cid Francisco Teixeira, 2º Tesoureiro, ficando a diretoria composta pelos confrades Roque Oswaldo Matera, Presidente; Miguel Ribas Campos, Secretário e Mauro Nogueira Duarte, Tesoureiro. O terreno da Rua General Telles, anexo ao prédio onde funcionava a sede do Conselho Central (ambos cedidos pelo Asilo), foram vendidos com o


consentimento do confrade Haroldo de Oliveira Andrade, presidente das Obras Unidas do Conselho Metropolitano, sendo comprador o Sr. Deolindo Zanotto pelo valor de Cr$ 700.000,00 (cuja importância foi empregada na construção da sede, onde funcionava o Conselho Central, em terreno do Asilo situado na Rua João Thomas de Almeida). Foi recebida de entrada a importância de Cr$ 250.000,00, que deduzida a comissão de 5% paga ao corretor Sr. Humberto Milanesi Júnior, no valor de Cr$ 12.500,00, sendo o restante Cr$ 237.500,00 aplicado no Banespa a prazo fixo.

Ficou constado em ata votos de profundo pesar pelo falecimento dos ex-presidentes desta Casa, confrades Humberto Popolo e Antonio Rebelo Ferreira. Apesar dos esforços da diretoria e do nosso Arcebispo, as Irmãs deverão deixar este Asilo no dia 20 de julho próximo, conforme carta recebida da Superiora da Congregação. O Sr. Arcebispo e a diretoria estão empenhados em conseguir junto a outras Congregações Religiosas

Visitantes: Luiz Lopes, ida Fortes Lopes, José Tinon, Pedro Losi e João Raphael


para substituírem as Irmãs que estão se retirando.Dia 20 de julho, Irmãs da Congregação Religiosa “Servas do

Senhor”, passaram a fazer parte da administração interna, graças ao contrato assinado entre as partes. Nesse dia, a Superiora Irmã Maria Lúcia Barroso, juntamente com a enfermeira Irmã Otilda Wolf e a candidata Salete da Silva Maia, assumiram a administração interna da Casa. No dia 21 foi nomeada a Irmã Agda Maria de Oliveira para prestar o serviço de Superiora desta entidade, em seguida chegou o Sr. Arcebispo Dom Vicente Marcheti Zioni e o Chanceler Monsenhor Eanes de Melo Cotias.

No dia 22 houve Santa Missa festiva celebrada por Dom Zioni e concelebrada por Monsenhor Alfredo, estando presentes o Sr. Roque O. Matera, Presidente da Casa; o Sr. Antonio Carlos Cesário, Presidente do Conselho Central e vários vicentinos da cidade. Em 03 de setembro, reunião com a presença da diretoria e das Irmãs Maria Agda e Maria Otilda, tendo siso tratada a elaboração do regimento interno, cujo trabalho foi executado por Dom Zioni e Irmã Lúcia, Superiora da Ordem. Foi recebida proposta do Dr. Jairo Jorge Gabriel para troca da casa da Rua Marechal Deodoro, 429 por outra situada na Rua Antonio Amaral César, 33 – Vila Maria, assunto aprovado pela diretoria, permuta realizada e o Dr. Jairo voltando ao Asilo a importância de Cr$ 40.000,00. Além das Irmãs Agda e Otilda, prestarão serviços as noviças Maria Salete e Maria Silvana, que não seriam remuneradas, de acordo com o contrato, porém a diretoria resolveu pôr uma gratificação de meio salário mínimo

(Cr$ 750,00) a cada uma, pois ambas prestam relevantes serviços, com dedicação e amor aos velhinhos. Foi recebida a 2ª parcela de Cr$ 250.000,00, tendo sido aplicada no Unibanco a prazo fixo. A inauguração da sede do Conselho Central está prevista para o dia 12 de novembro próximo. Dia 27 de setembro, dia de São Vicente, foi comemorado o dia do ancião com passeios de ônibus cedidos pela Empresa Trevisani, sendo visitados vários pontos da cidade, sendo os idosos acompanhados pelo Confrade Miguel Ribas. Após o passeio foi servido o almoço acompanhado de vinho, cerveja e refrigerantes, à tarde, saboroso lanche, tudo doado por corações bondosos, como: Paulo Guimarães; Casa Central; Padaria do Felipe; Sra. Sofia Zanotto e Dr. Marão acompanhado de companheiros do


Lions. Presente também o conjunto musical “Serenata”, da Rádio Emissora. Às 17 horas houve o jantar e às 19 horas, brincadeira dançante a cargo do conjunto do confrade Lazinho da Vila Antártica. A divisa da sede do Conselho Central e da família do Sr. Orioni Siloto, estava apresentando dúvidas, porém, segundo declaração do filho do Sr. Siloto, o ex-presidente, Sr. Humberto Popolo autorizou o mesmo a fazer um muro de divisa e usar parte do terreno do Asilo para guardar seu caminhão. Acerto da divisa: o Asilo fica com 2 m na parte irregular e cede 6 m à família do Sr. Orioni, sendo o muro construído por ambas as partes.

197909 de janeiro: Realizada reunião extraordinária na sede do Conselho Central para deliberar sobre proposta recebida para venda de um imóvel de propriedade do Asilo. Estavam presentes os seguintes confrades: Roque O. Matera, Presidente; Mauro N. Duarte, Tesoureiro; Miguel R. Campos, Secretário; Antonio Carlos Cesário, Presidente do Conselho Central; Vitório Gasparini, Vice-Presidente; Alípio Adelino da Silva, Tesoureiro; Shirley Lessa, Presidente C. Partícula da Catedral, João Lira Brandão, Presidente C. Part. De São Benedito; Osman Pedro de Barros, Presidente C. Part. Menino Deus. O Sr. Presidente falou que a finalidade da reunião é estudar a proposta recebida do Dr. Mário Cotrim Sartor, diretor da Sobrena, para a compra do imóvel situado na Rua General Telles, 971. O Sr. Roque O. Motera forneceu as explicações solicitadas pelos presentes: O citado imóvel tem uma pendência judicial, isto é, uma ação de despejo por falta de pagamento, sendo o despacho do Juiz, favorável a esta Casa. Foi apresentada a proposta do Dr. Mário Cotrim Sartor: valor Cr$ 1.000.000,00, que serão pagos em 12 prestações mensais, a partir de fevereiro, da seguinte forma: fevereiro, Cr$ 150.000,00; março, Cr$ 100.00,00; abril, Cr$ 100.00,00; maio, Cr$ 50.00,00; junho, Cr$ 50.00,00; julho, Cr$ 50.00,00; agosto, Cr$ 50.00,00; setembro, Cr$ 100.00,00; outubro, Cr$ 100.00,00; novembro, Cr$ 100.00,00; janeiro de 1980, Cr$ 50.00,00 e fevereiro, Cr$ 100.00,00. O confrade Vitório Gasparini sugeriu uma contra proposta, sendo 10 pagamentos mensais de Cr$ 100.000,00.


O confrade Roque esclareceu sobre a possibilidade de adquirir o prédio da Rua Amando de Barros, 1058, com a citada venda. O prédio é de construção antiga, mas está em boas condições, podendo render bons aluguéis, visto possuir 02 salas comerciais, na parte térrea e 02 residências na parte superior. Dada a mim a palavra, sugeri duas alternativas: 1ª: concordando a sugestão do confrade Vitório, ou seja, 10 pagamentos de Cr$ 100.000,00 e 2ª: aceitar a proposta do Dr. Mário C. Sartor, desde que seja concretizada a compra do sobrado da Rua Amando de Barros, sugestão aprovada por unanimidade. O Sr. Presidente ficou encarregado das negociações.

Em junho a Rádio PRF8 transmitiu um programa sertanejo diretamente do Asilo, alegrando muito os velhinhos que procuravam cantar junto com os artistas.

Entre centenas de “acontecimento” entre os internos, vou citar um: “dois asilados, Agenor e Aramis agrediram-se, sendo necessária a intervenção do Sr. Roque e da Polícia. Levados ao Pronto Socorro e à Delegacia, Agenor passou a noite na cadeia e Aramis voltou para o Asilo trazido pela R.P.”.

Em 24 de agosto o confrade Francisco Elias de Almeida passou a ocupar o cargo de 2º Tesoureiro. O confrade Roque esclareceu que está fazendo o possível para regularizar a situação dos imóveis, percorrendo cartórios e pesquisando atas antigas. Realizada a compra do prédio da Rua Amando, o mesmo recebeu o nome de “Edifício Pe. Euclides”, em homenagem ao saudoso e querido Pe. Euclides Gomes Carneiro. Existe uma placa na parede do prédio. Foi comentada a realização da tradicional festa junina: às 9 horas foram levantados os mastros em louvor a São João e São Pedro, a seguir, passeio de ônibus com os velhinhos, gentilmente cedido pela Empresa Trevisani; às 12 horas, almoço com a participação dos idosos, Irmãs, diretoria e presidente do Conselho Central; à tarde, participação da dupla sertaneja da Rádio Municipalista, Roseiro e Rosimar, cantando várias músicas, sendo muito aplaudidos; logo a seguir, brincadeira dançante animada pelo alto falante instalado no recinto da Casa. Tarde de muita alegria para nossos velhinhos. Foi recebido um aparelho para aplicação de oxigênio, doado por uma pessoa de São Paulo que não quis se identificar,


entregue por intermédio do Dr. Helio Malheiros.Com profunda tristeza, recebemos a notícia do falecimento de

um dos maiores benfeitores desta Casa, Dr. Camilo Fernandes Dinucci, ocorrido no dia 17 de junho. O Sr. Presidente propôs prestar uma singela homenagem ao Dr. Dinucci, organizando um álbum onde seriam colocadas as fotos existentes no Asilo, tiradas por ocasião da inauguração das novas instalações da cozinha e refeitório, obras doadas pelo mesmo. Esse álbum foi entregue à esposa do grande e querido benfeitor.

Foi realizada uma permuta de casa da Rua Velho Cardoso, 329, com outra situada na Rua Azálea, nº 580, esta de propriedade do Sr. Erasto Rodrigues Alves Júnior. A permuta teve o consentimento do confrade Antonio Carlos Cesário, Presidente do Conselho Central e do confrade Adail Bueno, Presidente do Conselho Metropolitano. A Irmã Otilda foi transferida para o Hospital de Itatinga, sendo substituída pela Irmã Raquel. O Sr. João Arena fez uma oferta de compra da casa da Rua Chico Braz, 310, de Cr$ 120.000,00, pagáveis em 04 prestações, este imóvel encontra-se em péssimas condições não podendo ser alugado, o dinheiro recebido da venda, poderá ser usado na reforma geral da casa da Rua Amando de Barros, 2583 (doada pelo asilado Sr. Simplicio) que também está em péssimo estado de conservação. A diretoria está empenhada na compra de uma casa da Rua Visconde do Rio Branco, próxima ao Rio Lavapés, pela importância de Cr$ 200.000,00, estando apenas aguardando o final do inventário que está a cargo do Dr. Antonio Tilio Júnior.

O Dr. Rubens Torres informou que o Asilo é imune a impostos, de acordo com o Art. 19, item 3º, letra C da Constituição Federal.

A partir de novembro o Escritório Giocar passou a fazer a contabilidade da Casa, cobrando Cr$ 1.500,00 mensais.

198007 de dezembro: Reunião realizada com o objetivo principal a nomeação da nova diretoria da Casa Pia São Vicente de Paulo. O confrade Prof. Antonio Carlos Cesário, Presidente do Conselho Central de Botucatu, de conformidade com os estatutos da Casa, optou pela permanência do confrade Roque O. Matera na presidência da mesma. O confrade Roque fez


a indicação dos outros membros da diretoria, a qual ficou assim constituída: Presidente Roque Oswaldo Matera; Secretário Miguel Ribas Campos e Tesoureiro Mauro Nogueira Duarte.

A diretoria contará ainda com a colaboração do confrade Vicente Rosica que ficará responsável pelos recebimentos dos carnês do INPS e Funrural dos asilados. Dada posse à nova diretoria o Sr. Roque elaborou um plano de trabalho para o próximo mandato: fazer uma rede de esgoto interna, ligando à rede oficial da Sabesp; remodelação da rede de água, substituindo canos de ferro por PVC; reforma geral dos banheiros.

Usando da palavra a Irmã Maria Agda de Oliveira, superiora da Casa, congratulou-se com a manutenção do Sr. Roque O. Matera e demais membros da diretoria, desejando as melhores bênçãos de Deus Nosso Senhor para os novos trabalhos que a diretoria se propôs a realizar.

198105 de agosto: Foi feito um contrato verbal com o Sr. Fernando de Almeida Marques que levaria a “lavagem” para porcos e no final de cada mês traria 08 dúzias de ovos. Em outubro foi realizado um almoço especial, ofertado pelo Sr. Manoel Cremonini e em seguida um passeio de ônibus para os velhinhos.

198214 de abril: Aniversário de Botucatu (127 anos) houve desfiles e os velhinhos se apresentaram no desfile com uma faixa, com os dizeres: “JOVEM, AME HOJE ESTES VELHOS, PORQUE AMANHÃ VOCÊ NECESSITARÁ DE UM JOVEM PARA AMAR VOCÊ” (Chovia muito neste dia).


A diretoria se reuniu no dia 30 de julho e o presidente comunicou aos demais diretores o andamento do Programa Pró Idoso que esta Casa deverá celebrar com a Secretaria da Promoção Social. Para concretizar o convênio deverão ser tomadas as seguintes providências de acordo com o Decreto 18880 de 12 de maio de 1982, publicado no D.O. do Estado em 13 de maio. Teve esta entidade seu plano de concessão de subvenção do Programa Pró Idoso aprovado recebendo por intermédio da Agência local do Banespa a O.P. nº 1351/82 de 23 de julho a importância de Cr$ 1.198.000,00, referente à 1ª parcela que se destina à implantação do referido Programa. Em setembro houve uma reunião com as Irmãs e quatro membros do Programa Pró Idoso: Assistente Social, Irani; Terapeuta Ocupacional, Edna; Enfermeira Auxiliar, Admir e Monitor de Recreação, Mauro.

Em outubro foi dada a notícia de que já foi implantado e está em pleno funcionamento o Programa em caráter experimental, pelo prazo de 90 dias, desde 1º de setembro. Para desempenho desse Programa, foram admitidos os seguintes servidores: Irani Branco Lourenço, Assistente Social; Edna Maria Rossetto, Terapeuta Ocupacional; Mário Tamelini, Monitor de recreação e Admir Florêncio Pais, Atendente de enfermagem. Os salários desses servidores foram conhecidos por intermédio da Sra. Lauri Nunes Garcia, supervisora da equipe de Ação Social de Botucatu. Para maior comodidade do pessoal foi desocupada uma casa com vários cômodos para que seja, nesse local, instalado e organizado os referidos setores. Por solicitação da Sra. Edna Maria Rossetto, foi-lhe entregue o talão de cheques para que a mesma efetue os pagamentos necessários para o desenvolvimento de suas funções. No dia 29 de outubro, foi recebido das mãos do Governador do Estado, Dr. José Maria Marins, um cheque no valor de Cr$ 1.200.000,00, referente à 2ª parcela do Pró Idoso, cujo depósito foi efetuado no dia 25 na Agência do Banespa.

Este auspicioso acontecimento foi publicado no Jornal de Botucatu, edição 184 de 27 de outubro. Para fazer frente a toda despesa do Asilo, esse dinheiro foi aplicado no Banespa em “Open-Market”.

198325 de março: Comemorou-se 25 anos de vida consagrada ao Senhor, da


Irmã Maria Agda de Oliveira. Dia 20 de maio houve a despedida das Irmãs da Consolata da Santa Casa de Misericórdia, saída muito sentida pela população desta cidade.

Dia 12 de outubro o Sr. Fernando de Almeida Marques, realizou em benefício desta Casa uma “formatura” de cães adestrados, estando presente para a entrega das medalhas o nosso amigo e Prefeito Antonio Jamil Cury.

Em 26 de novembro, diretoria e Irmãs reunidas para tratar do convênio Pró Idoso celebrado com a Secretaria da Promoção Social. Foi feita uma indagação: – seria conveniente ou não em manter esse convênio? No final do mês completará 90 dias de funcionamento do Programa em caráter experimental. Falou o Sr. Presidente que tem pleno conhecimento dos desentendimentos que estão acontecendo entre os organizadores, diretoria e a Irmã Superiora. Colocado o assunto para apreciação e discussão, solicitou o mesmo que cada membro da diretoria se manifestasse e desse a sua opinião a respeito do assunto. Após trocas de idéias, chegou-se à conclusão, diretoria e Irmã Superiora, que o convênio deverá ser suspenso a partir de 01º de dezembro. Tal deliberação será comunicada a Sra. Lauri Nunes Garcia, supervisora da Equipe de Ação de Botucatu, para que sejam tomadas as devidas providências junto à Secretaria da Promoção Social, e que seja feita a rescisão do convênio.

Em 23 de dezembro Dom Zioni veio inaugurar a Capelinha São Pio X, trazendo a imagem de São Vicente de Paulo e o Santíssimo Sacramento.

198431 de março: Reunida nas dependências da Casa Pia, a diretoria tomou as seguintes medidas: pedido de isenção da TRU (Taxa Rodoviária Única); apresentar relatório das atividades de 1983; renovação da matrícula na Coordenadoria da Promoção Social e prestação de contas referente a saldo do convênio Pró Idoso, no valor de Cr$ 1.749.499,76.

Recebido da esposa do Sr. Geraldo Bartoli o donativo de Cr$ 500.000,00 e também autorização do reajuste da contribuição mensal da Proelma, de Cr$ 10.000,00 para

Cr$ 50.000,00. Para o Natal dos velhinhos a Duratex enviou donativo de Cr$ 250.000,00 e da Província dos Capuchinhos de São Paulo,


foi recebido o donativo de Cr$ 1.000.000,00, graças ao trabalho do Frei Rafael Maria Serran. No mês de abril, foi recebida a subvenção da Secretaria da Promoção Social, no valor de Cr$ 3.836.000,00, exclusivamente para manutenção.

Estão dando assistência médica e voluntária aos velhinhos, os doutores: Eder Trezza; Eduardo Guedes Cassimiro; João Maldonado e Felipe. Em maio o Pe. João Zamp deixará esta Casa, depois de três meses, para uma missão do Xingu. Em 19 de julho as Irmãs fizeram uma festa para comemorar as Bodas de Prata do casal Roque O. Matera e Terezinha Leão Matera.

Em 06 de novembro, foi celebrada na Catedral, missa pela passagem do décimo ano de falecimento de Dom Henrique G. Trindade, fundador da Congregação “Servas do Senhor”.

Violeiros de Osasco vieram se apresentar ao povo desta cidade e a convite do Prof. Cesário estiveram também se apresentando aos nossos internos. Foi recebido nesta Casa o Sr. Walter Silva, irmão das Irmãs Maria de Lourdes e Maria Eva que se encontra com suspeita de câncer, para fazer aplicações na Faculdade. A pedido de Dom Zioni, esteve em repouso no

Dra. Maria (voluntária) que sempre cuidou das mãos das idosos


Asilo o Pe. João Zamp para tratamento. A quadrilha dos jovens da Vila dos Lavradores e da Irmã Maria do Rosário veio se apresentar para os nossos velhinhos.

No dia 16 de dezembro, na Capela do Asilo foi celebrada missa dos vicentinos, havendo logo após Assembléia e confraternização.

A Irmã Maria Agda foi transferida, vindo para substituí-la a Irmã Liduvina Nicomedes. Dom Zioni esteve visitando esta Casa, acompanhado de um Padre de Lins e conversaram com os internos.

Foram recebidas as seguintes doações: Com. Salomão, Cr$ 15.000,00; Protec, Cr$ 50.000,00; Dona Olga Cardinali da Silva, Cr$ 10.000,00. Neste ano o Pré Mobral está funcionando neste Asilo.

1985 01º de janeiro: Às 10 horas, na Capela, foi celebrada missa pelo Pe. Renato (belga) com a presença da diretoria e apresentação da nova Superiora, Irmã Maria Liduvina.

No dia 6 foi realizada a festa do milho, as garotas da Casa das Meninas e as Irmãs do Seminário, Cecília e Ester vieram ajudar. Os velhinhos acharam uma delícia as pamonhas e o curau.

No dia 27 de janeiro a Casa de Repouso São Bento (Rubião Júnior), passou a ser propriedade dos Vicentinos. Em março os velhinhos receberam a visita dos vicentinos da Vila Aparecida, houve também uma reunião do confrade Roque com a Assistente Social Sueli Isabel Tamelini e os internos foram presenteados com 45 pizzas pelo “Tatão” do Por do Sol.

Foi dado início à pintura da cozinha por alguns vicentinos comandados pelo confrade Orlando de Almeida. As senhoras vicentinas da Vila Aparecida participaram da festa junina dos velhinhos oferecendo doces, bolos e os tradicionais sonhos. A festa foi muito animada, com fogos, quentão e pipocas, participou também, a quadrilha dos anciãos, com 50 participantes, trazida pelo Sr. Orlando de Almeida.

Setembro, na comemoração da semana do ancião, o Rotary Norte e a Caio colaboraram com os internos, patrocinando um passeio de ônibus pela cidade em companhia das Irmãs e funcionários. Dia 08 de dezembro, dia de Nossa Senhora, foi celebrada a Santa Missa pelo Frei Afonso. No


Natal, após a missa houve um almoço muito bem preparado pelas Irmãs e alguns voluntários, sobremesas variadas e a tradicional entrega de presentes aos idosos.

1986Nova Moeda: Cruzado – Cz$ (28/02/86 a 15/01/89)

31 de janeiro: Neste dia, reuniu-se o Conselho Central, sob a presidência do confrade José Mendes e de acordo com os Estatutos, convidou o confrade Vicente Rosica, para assumir o cargo de presidente da Casa Pia São Vicente de Paulo “Asilo Pe. Euclides”, o qual prontamente aceitou. Nessa mesma reunião foi dada posse ao novo Presidente. No dia 21 de fevereiro foi realizada a 1ª reunião da nova diretoria que ficou assim constituída: Pres. Vicente Rosica; Vice - Pres. Antonio Spadotto; 1º Sec. Adauto Ferreira; 2º Sec. Noel Carlos Gomes; 1º Tes. Mauro Nogueira Duarte; 2º Tes. Elzo Pedro Bertocchi. Vogais: Domingos Paganini e Otacílio Paganini, presentes também a Irmã Liduvina, atual Superiora; Irmãs Ida, Cecília e Rocio e ainda o confrade Idinor Frederico. Ficou marcada uma nova reunião para o dia 28 próximo, na qual deverá estar presente o ex-presidente, confrade Roque O. Matera que fará entrega de um relatório final de sua gestão e dará detalhes sobre a atual situação da entidade para que a nova diretoria possa realmente iniciar seus trabalhos programados. Na reunião do dia 28 foram notados vários impostos atrasados, pois os inquilinos não estão pagando os IPTUs. Como estava previsto, o confrade Roque O. Matera entregou o balancete “Demonstração de Rendas e Despesas” feito pelo escritório de contabilidade Giocar, do Sr. Fernando A. Giovanetti. Com a finalidade de solicitar isenção dos impostos para licenciamento de veículos, o despachante Chidichino ficou de resolver esse assunto.

Foi recebida intimação do Departamento do Trabalho para prestar declarações sobre a ex-funcionária Luzia Ferreira de Jesus que entrou com uma ação trabalhista contra o Asilo e o confrade Roque não compareceu à 1ª audiência. O confrade Otacílio Paganini apresentou 50 cartas datilografadas para serem distribuídas aos fornecedores comerciais, esclarecendo a situação atual desta Casa, visto que a mesma vem sendo esquecida pela


população. O confrade Presidente recebeu do Dr. Vasco Bassoi o processo 22/83 referente ao menor Paulo Sérgio de Oliveira que atualmente mora nesta Casa. Documento emitido pelo Sr. Juiz de Direito Dr. Paulo Coradi e pelo curador de menores Dr. Luiz Paulo Santos Aoki, que pelo exposto responsabiliza o confrade Roque pela educação e manutenção do menor. Em reunião de diretoria ficou resolvido que a admissão de idosos está suspensa até a normalização dos problemas existentes.

No dia 1º de março houve Santa Missa celebrada por Dom Zioni e em seguida Assembléia Vicentina. Neste mês foram aprovados os novos estatutos da Casa Pia São Vicente de Paulo. A Páscoa dos velhinhos foi realizada com grande êxito, graças às Irmãs que cuidam desta Casa. Na oportunidade os internos receberam uma doação de 80 ovos de páscoa da Prink, por intermédio do Sr. Carlos Antonio de Rosa e a sorveteira Skimel fez uma doação de 100 sorvetes.

As Irmãs acompanhadas de 03 velhinhos e 03 velhinhas foram cumprimentar o Arcebispo Dom Zioni pela passagem da Páscoa, o Sr. Arcebispo ficou muito contente com tal visita, presenteando a todos com medalhinhas, bentas pelo Papa. Chegaram ao Asilo, as seguintes doações: Dr. Arimar, Cz$ 1.500,00; Hidroplas, Cz$ 3.000,00; A. Losi, Cz$ 500,00; Aristides Bernardo, Cz$ 400,00; Nenê Batista (César Neto), 05 sacos de arroz em casca; Francisco Murcia de Souza, Cz$ 1000,00 e Sra. Luiza Nicoletti, doces e salgados. Foi enviado ofício ao Sr. Juiz de Direito da 3ª Vara com a finalidade de resolver o problema do menor Paulo Sérgio de Oliveira que está morando ilegalmente nesta Casa, sendo que a Assistente Social Amélia esteve conversando com o mesmo, continuando a diretoria no aguardo de uma solução.

As alunas da Escola de Dança Suely vieram homenagear nossas velhinhas pela passagem do dia das mães, alegrando as mesmas e servindo o delicioso lanche da tarde.

Foi recebido ofício nº 587/85 solicitando a presença do Presidente no dia 24 de agosto às 16h40min no Departamento do Trabalho, onde haverá o julgamento da ação trabalhista movida pela Sra. Luzia contra esta entidade. O deputado Pacheco Chaves doou Cz$ 700,00.

O confrade Otacílio Paganini conseguiu patrocinadores para a


confecção de 10.000 envelopes e folhetos que serão distribuídos por toda cidade, tendo início no dia 12 de junho e encerramento com arrecadação no dia 22, sendo esta a campanha para a 1ª grande “Revoada Vicentina” de Botucatu. A Casa dos Materiais já fez a sua doação no valor de Cz$ 1.380,00 e o Sr. Wagner, gerente da Simape, doou Cz$ 397,00.

No dia 1º de junho foi realizada uma reunião extraordinária, convocada com a finalidade única de tratar de dois assuntos ainda pendentes da diretoria anterior e para a diretoria atual solucioná-los: o 1º refere-se ao jovem Paulo Sérgio de Oliveira, já com 17 anos e que reside no Asilo há mais de 02 anos; o 2º é um acordo verbal com a Unesp, para pernoites de pacientes que estariam esperando atendimentos por aquele hospital, este fato vem causando sérios problemas para a atual diretoria, principalmente por não se enquadrar nos estatutos da Casa e também por não haver acomodações adequadas. Foram comunicados, por intermédio de ofício, os diretores do hospital da impossibilidade de tal atendimento. Foram regularizados os licenciamentos dos veículos pertencentes a esta Casa. Foi comunicado pela diretoria o resultado da 1ª “Revoada Vicentina”: Cz$ 97.531,40, além de apreciável quantidade de roupas e alimentos.

A firma Rimpex fez doação de 50 litros de desinfetantes e a Rebram 50 litros de QBOA.

Em visita a esta Casa, Dona Judith Monteferrante fez entrega de 10 bandejas de madeira e um microfone para a Capela e a Dona Maria Dinucci Gianella doou 72 canecas e toalhas de banho. Em homenagem ao dia dos pais os internos tiveram um almoço festivo.

Dia 19 de setembro teve início a semana do ancião com tarde da Pizza patrocinada pelo “Tatão” (Por do Sol). Nesta semana esta Casa foi visitada de forma festiva pelas internas da Casa das Meninas Amando de Barros; alunos do Colégio La Salle, presenteando os velhinhos com doces, bolos e principalmente com muitos divertimentos e alegria. As Irmãs Cecília, Rocio e as pré-noviças acompanharam os idosos para ver o filme “Os Trapalhões”. Na noite do dia 24, D. Zioni celebrou a missa em ação de graças pelos benfeitores, com participação brilhante do Coral de Dona Lúcia Novelli, no dia seguinte os velhinhos foram passear de ônibus cedido pela Hidroplas, à tarde o Rotary homenageou os internos com presentes,


lanches, doces e refrigerantes e a Sra. Rose e a família Carboniere fez doação de bolos, estando presente nesta tarde festiva o Pe. João Domingues de Arealva. No final da semana do ancião os lanches, doces e refrigerantes foram patrocinados pelas senhoras: Deise Sabino e Dora Prado, juntamente com o Sr. Aristides Bernardo e família Lessa. Os vereadores doaram Cz$ 253,81 que foram empregados na compra de tintas, sendo o serviço de pintura executado pelos atiradores do Tiro de Guerra.

A ação trabalhista movida pela Sra. Luzia, ex-funcionária, foi encerrada, sendo esta entidade obrigada a pagar à mesma a importância de Cz$ 59.235,00.

Por solicitação da Assistente Social Sônia, o menor Paulo Sérgio permanecerá na Casa até o final de setembro. Segundo o confrade Rosica os arquivos desta Casa estão sendo organizados pela jovem Suely Tamelini, gratuitamente. O confrade Adalto Ferreira solicitou licença do cargo de 1º secretário. Em 03 de outubro o Governador Franco Montoro comunicou que através do decreto 26.126, concedeu a esta casa a importância de

Cz$ 70.000,00. A coleta nos portões do Cemitério rendeu Cz$ 16.717,55. A Irmã Liduvina levou ao conhecimento do Sr. Presidente a necessidade de contratar funcionárias para auxiliar nos banhos dos idosos, pois esse serviço está sendo executado somente pelas Irmãs. No dia 06 de novembro “alguém” entrou no galinheiro levando as 39 galinhas. As senhoras Tereza Guimarães e Tereza Borgatto são voluntárias que auxiliam muito nos trabalhos da Casa. A asilada Joana Galerani (ainda se encontra no Asilo) foi levada ao oftalmologista, Dr. Marquesi, pela Irmã Rocio.

Em comemoração ao Natal, o Coral da Igreja Presbiteriana veio a esta Casa cantar e oferecer lanche aos velhinhos.

Por ocasião do Natal foram recebidas muitas doações: Sra. Marineusa Albertini, chinelos para todos os internos; Sra. Rosa Amat, colchas estampadas também para todos os idosos; Sr. Valdemar de Souza Barbosa, gêneros alimentícios no valor de Cz$ 5.162,92; Sr. Paulo de Freitas, Cz$ 500,00; Sr. Mário Henrique Bauer, Cz$ 1.000,00; Sr. Alberto Losi, Cz$ 1.000,00; Duratex, Cz$ 2.000,00; Sr. Brás Nogueira, 01 boi de 14 arrobas; Sr. João Barisson Vilares, Cz$ 1.000,00 e o Sr. Zilo, 01 saco de açúcar.


198714 de janeiro: A Irmã Maria Ida levou ao conhecimento da diretoria que as doações feitas pelos vicentinos, quando das visitas aos domingos, estão sendo entregues diretamente aos velhinhos, havendo desperdícios, pois estão misturando doces, bolachas com fumo e cigarros, prejudicando a limpeza dos dormitórios e também a saúde dos mesmos, visto que alguns não podem comer muitos doces em virtude do diabetes, tendo sido uma recomendação médica. De acordo com o Sr. Tesoureiro, foi iniciado o ano com saldo de Cz$ 69.979,09.

A Secretaria da Câmara Municipal enviou ofício informando a constituição da Mesa para os trabalhos do biênio 87/88: Presidente Progresso Garcia; Vice - Presidente Oswaldo Moreira Pagani; 1º Secretário Bayge Fadel; 2º Secretário Jair Maschetti, colocando-se à disposição desta casa.

A Sra. Gabriela Conceição Celestino, moveu processo na Justiça do Trabalho, reclamando seus direitos sobre serviços prestados no Asilo no período de 1974 a 1985. O processo foi entregue ao Dr. Vasco Bassoi para cuidar do caso, visto que o período citado não é verdadeiro.

O confrade Nerval Biral foi convidado a fazer parte da diretoria, sendo o convite aceito com grande satisfação. O Atlético Clube Lageado e a Empresa Auto Ônibus Botucatu realizaram um churrasco na Fazenda, cuja renda foi destinada a esta Casa, na importância de Cz$ 15.357,00. A Irmã Liduvina retornou ao Convento, assumindo o cargo de superiora a Irmã Maria Ida. Há muito tempo o confrade responsável pela escrituração reclamava a falta de uma máquina de escrever para agilizar os serviços, desta vez o Sr. Presidente resolveu atendê-lo, comprando uma Facit por Cz$ 6.000,00. Como sempre o Pe. Paquito, muito querido pela diretoria, Irmãs e idosos, veio atender as confissões dos velhinhos em preparação para a Páscoa. O Prefeito Jamil Cury designou o funcionário Cláudio dos Santos para auxiliar nos serviços de “cuidador” dos internos. No mês de maio o confrade Roque O. Matera comunicou que, em virtude da Casa São Bento ser ocupada pela Prefeitura, os móveis e objetos lá existentes seriam transferidos para o Asilo, em forma de doação. No dia 12/03/87


foi aplicada a importância de Cz$ 200.000,00 e no dia 29/04/87, o mesmo valor, no Banco Sudameris, rendendo, respectivamente Cz$ 32.531,69 e Cz$ 39.115,81, sendo a primeira à taxa de 400% a.a. e a segunda a 580% a.a. (de acordo com o registrado em Ata).

Para alegria geral dos velhinhos o Prof. Neder Filho organizou uma bela festa junina na qual os mesmos se divertiram muito. O Governador Orestes Quércia liberou uma verba de Cz$ 80.136,00 para aquisição de equipamentos e o Sr. João Onofre da Fonseca fez uma doação de 250 kg de gêneros alimentícios. A segunda “Revoada Vicentina”, realizada em agosto rendeu a importância de Cz$ 286.098,02.

Para homenagear nosso padroeiro, São Vicente de Paulo, no dia 26 de setembro, houve missa festiva realizada pelos vicentinos, com Assembléia Geral e confraternização entre os confrades, Irmãs, funcionários e idosos. A arrecadação realizada nos portões do cemitério rendeu Cz$ 60.604,70. O Rotary realizou um churrasco no galpão, obtendo Cz$ 12.000,00 para o caixa desta Casa.

A Sra. Maria Gianella fez uma doação de 100 fronhas e 30 lençóis.

Festa do Divino Espírito Santo (realizada no Asilo juntamente com os internos)


1988Em fevereiro o salário mínimo era de Cz$ 5.280,00

18 de janeiro: Na primeira reunião do ano estiveram presentes os confrades: Vicente Rosica; Idinor Reis Frederico; Otacílio Paganini; Antonio Spadotto; Noel Carlos Gomes; José Mendes e as Irmãs: Maria Terezinha Cyrineu; Maria Angélica dos Santos; Maria Otilda Wolf; Maria Liduvina e a Superiora da Ordem, Maria Lúcia Barbosa que falou que está havendo interferência da presidência na administração interna da Casa e que em contato com o Sr. Arcebispo, recebeu ordem de manter 04 irmãs para bem cuidar das tarefas diárias e que as mesmas deverão se sentir como se estivessem em suas casas. O confrade Otacílio Paganini se manifestou dizendo que faz parte de diretorias desde 1943 e que sempre surgiram alguns desentendimentos e graças às orações ao Divino Espírito Santo e a São Vicente de Paulo, tudo se resolveu da melhor forma possível, dentro da maior harmonia, devendo prevalecer sempre o Espírito de Caridade, para bem cuidarmos dos nossos velhinhos e que tais fatos só prejudicam o prestígio atual que esta Casa tem na cidade.

Os confrades pertencentes à Diretoria estiveram presentes na Catedral Metropolitana nas festividades em comemoração aos 35 anos de fundação da Congregação das Servas do Senhor.

Doações recebidas: Duratex, Cz$ 10.000,00; Sr. José Eduardo Sampaio Aranha, 105 kg de arroz; Prefeito Municipal, 240 kg de carne e funcionários do Banco do Brasil, Cz$ 48.677,36.

Quanto ao processo da Ação Trabalhista movida pela Sra. Gabriela Conceição Celestino, esta entidade perdeu a causa, sendo obrigada a pagar Cz$ 60.000,00 à mesma. Foi efetuada a pintura do refeitório e da Capela, sendo a despesa de Cz$ 133.725,00.

O presidente Rosica comunicou à diretoria que recebeu um telefonema do Sr. Arcebispo, demonstrando descontentamento com os desencontros entre as diretrizes das administrações internas e externas. O confrade Rosica ficou surpreso, pois no momento a situação é de harmonia, mesmo assim ficou marcada uma reunião entre a diretoria do Asilo, a diretoria das Irmãs do Convento e o Sr. Arcebispo para uma solução dos


problemas, da forma mais amistosa possível.O Dr. Eder Trezza esteve neste dia 12

de abril, consultando os internos. No dia 02 de junho foi a vez do Dr. João Maldonado fazer o mesmo serviço voluntário.

A Sra. Cornélia de Barros Mello Franco doou duas vacas que foram abatidas para consumo dos internos. Do CEAS foi recebida a importância de Cz$ 175.000,00 para compra de gêneros alimentícios.

Em reunião de 30 de agosto, presentes as diretorias do Asilo e do Convento das Servas do Senhor, a Irmã Maria Lúcia Barbosa, superiora da Ordem, expôs as divergências que vem sendo notadas entre as Irmãs que trabalham na Casa e o Sr. Rosica, dizendo inclusive que se esses problemas não forem superados as Irmãs não poderão continuar cuidando dos velhinhos. Depois de várias negociações, ficou combinado que seria organizado um regulamento definindo as funções de cada membro das diretorias. Comemorando a semana do idoso foi realizado um almoço especial oferecido pelo Rotary Club às Irmãs e aos internos, à tarde um grupo de professoras aposentadas serviu um delicioso

lanche. Também estiveram alegrando os velhinhos, os “Lobinhos” do Grupo de Escoteiros.

1989Nova Moeda: Cruzado Novo – NCz$ (16/01/89 a 15/03/90)

20 de janeiro: Reunião realizada pelo Conselho Central com a presença dos confrades: José Mendes; Moacyr Fatori; Idinor Reis Frederico e Manoel


Campos, com a finalidade de propor a permanência da atual diretoria até janeiro de 1991, sendo a mesma aprovada por unanimidade. O Sr. Presidente informou que o pedido feito ao Pró-Vida foi atendido. Estamos recebendo 70 camas; 76 criados mudos; 10 mesas de fórmica; 40 cadeiras plásticas; 41 colchões com capas de napa; 35 colchões com capas de pano; 70 travesseiros e 06 camas hospitalares. Dos móveis substituídos, doamos 40 camas e 40 colchões ao asilo de Itaporanga. Por intermédio da Sra. Erô Cury, recebemos uma enceradeira, doada pela Tapeçaria Santa Terezinha.

O confrade Plínio Paganini que presidiu a Comissão Organizadora do Programa da TV “Cidade contra Cidade”, do qual Botucatu participou no dia 20/01/89, entregou à diretoria um cheque no valor de NCz$ 1.840,04, do qual foi repassado 25% à Casa das Meninas e 25% à Casa dos Meninos. A terceira “Revoada Vicentina” rendeu NCz$ 1.201,00. O Asilo recebeu em doação uma casa na Rua Carlino de Oliveira, 421 do Sr. Alfredo Mário Pinto.

O Sargento do TG 02-048, sabedor da existência de uma cabina de Guarda no Asilo, solicitou a doação da mesma, cujo pedido foi aprovado pela diretoria.

O Presidente Rosica e as Irmãs receberam a visita da Promotora Dra. Maria José Dal Papa Zacharias que veio solicitar uma vaga para a Sra. Joyra Villas Boas, pedido atendido prontamente, sendo a Joyra recebida no dia seguinte pelas Irmãs Hilda e Raquel. Dr. Antonio de Oliveira Campos está muito doente e recolhido nesta Casa.

No dia 31 de maio, os confrades Vicente Rosica e Antonio Spadotto, presidente e vice-presidente, respectivamente, apresentaram carta de demissão, revoltados com comentários maldosos sobre suas administrações, principalmente sobre a pessoa do presidente.

Em 29 de junho, em reunião do Conselho Central o Presidente Sr. José Mendes convidou o confrade Orlando de Almeida para o cargo de presidente do Asilo, sendo que o mesmo aceitou com grande satisfação sendo então nomeado, conforme Estatutos da Sociedade São Vicente de Paulo. No dia 3 de julho tomou posse a nova diretoria que ficou assim constituída: Pres. Orlando de Almeida; Vice - Pres. Dr. Eder Trezza; 1º Sec. Mário Fernandes; 2º Sec. Luiz Francisco Witzler; 1º Tes. Waldir José


de Souza e 2º Tes. Shirley Lessa. Vogal Dr. Waldir Santiloni.Os novos diretores, depois de trocas de opiniões, chegaram à

conclusão que a prioridade está na atualização dos aluguéis dos imóveis que estão completamente defasados.

Em 15 de setembro, além da diretoria, participaram da reunião o Sr. Nerval Biral, nomeado procurador administrativo e o Dr. Venâncio Martins que foi convidado pelo presidente, para auxiliar no difícil problema dos irrisórios aluguéis pagos pelos inquilinos, também presentes as Irmãs Hilda, superiora da Casa; Elizabete e Juliana. Ficou também combinado que as contribuições mensais passariam para o mínimo de NCz$ 10,00. Os confrades Waldir e Biral visitaram as firmas: Café Tesouro; Arroz Botu; Peixaria Nipo Brasileira e Arroz Arawal, com a finalidade de angariar gêneros alimentícios.

No dia 16 de dezembro membros da Igreja Presbiteriana vieram homenagear os internos com lindos cânticos, trouxeram bolos, sonhos e refrigerantes.

No dia 25, no café da manhã, as Irmãs distribuíram os presentes aos idosos e a Irmã Hilda preparou um almoço todo especial aos velhinhos.


03 de fevereiro: O confrade Waldir José de Souza renunciou ao cargo de tesoureiro, tendo sido substituído pelo confrade Nerval Biral, em virtude do 2º Tesoureiro Lessa estar sobrecarregado em seus afazeres. No dia 02 de junho foi celebrada uma Missa em comemoração ao 1º ano de gestão da atual diretoria e logo após reunião que contou com os membros da diretoria do Asilo e do Conselho Central. Na oportunidade o Sr. Presidente citou algumas providências tomadas: encontrou a Casa com 49 internos e hoje tem 76; colocação de novos pisos; limpeza geral do terreno; pinturas e reformas das casas, refeitório e lavanderia; construção da uma mini-granja; reforma do chiqueiro; conta com 05 funcionários; 05 Irmãs; 02 funcionários cedidos pela Prefeitura e 08 estagiários do Serviço Social da UNIFAC, sob a supervisão do Assistente Social, confrade Mário Fernandes. Os Drs. Eder


Trezza e João Maldonado têm vindo para dar atendimento aos velhinhos. Funcionários da Prefeitura presentearam os internos com um belo almoço.

No mês do idoso tivemos vários eventos: visita do grupo de professoras aposentadas preparando lanches e trazendo novas canecas e cachecóis, visita de membros da Igreja Metodista conversando e cantando com os idosos, garotas da Casa das Meninas e o Clube da 3ª Idade apresentando suas quadrilhas; trenzinho “Maria Fumaça” levando os velhinhos para passear e voltando diversas vezes, trazendo alunos do La Salle com gêneros alimentícios; Dona Zélia, voluntária trazendo bolo para o lanche da tarde e o Sr. Pupo presenteando a Irmã Maria Juliana com uma ovelhinha de 04 meses.

199124 de janeiro: Um grupo de Espíritas do Centro “Caminho da Verdade” veio fazer uma visita aos internos, inclusive filmando tudo. Faziam parte desse grupo o Dr. João Maldonado e a Dra. Irene P. da Silva. Para uma consulta a dois internos com problemas neurológicos, esteve nesta Casa o Dr. Luiz Antonio.

É muito importante ficar registrado o cuidado e a dedicação do Dr. Eder Trezza com as irmãs e com os velhinhos. A interna Joyra Villas Boas, que estava em tratamento em Marília, retornou a esta Casa. Alunos do Colégio Santa Marcelina realizaram uma gincana em prol dos velhinhos e a Sra. Judith Monteferrante e suas amigas vieram fazer um lanche aos internos, trazendo ainda sabonetes e talco.

Na tarde de 20 de junho, as senhoras: Terezinha Fogaça Franco; Maria Helena Bartoli; Luiza Bartoli; Nilza Tancler e Maria Spadotto vieram fazer os famosos sonhos para os idosos.Em 22 de junho o Conselho Central se reuniu extraordinariamente, sob a presidência do confrade Nerval Biral, eleito recentemente, com a finalidade de nomear o Sr. José Orlando Witzler para o cargo de Presidente do Asilo. A posse da nova diretoria aconteceu no dia 04 de julho, após a missa em que participaram as Irmãs do Convento, ficando assim constituída: Pres. José Orlando Witzler; 1º Vice - Pres. Neide Pereira Godoy; 2º Vice - Pres. Dr. Eder Trezza; 3º Vice - Pres. Izidoro Martins; 1º Sec. Aparecido Orivaldo


Spadotto; 2º Sec. Jair Roberto Barros; 1º Tes. Nilson Machado Guerreiro; 2º Tes. José Mariano de Oliveira (Zezo). Vogais: Antonio José Figueira; Carlos Alberto Sodinha; Elzo Pedro Bertocchi; Francisco Antonio Toledo; José Pedutti; Júlio César Troncarelli; Luiz Augusto Felipe; Departamento de Engenharia, Eugenio Monteferrante Neto; Departamento Jurídico, Hélio C. Volponi, Oswaldo Caldas e Rogério Luiz Galendi; Departamento de Patrimônio, Ademar Zaponi e Luiz Nivaldo Calônego; Departamento de Finanças, Alcides Ravagnani Filho, José Antonio Ferraz e José Darci Modolo; Secretaria, Simone de Fátima Seno; Contadora, Solange Aparecida de Biasi e Diretor de Obras Unidas, Arlindo Orpheu.

A nova diretoria demonstrava muita vontade de trabalhar, inclusive em suas reuniões eram sugeridos planos bem elaborados, cujo objetivo, segundo o presidente, era realizar uma ótima administração em prol dos internos, funcionários e apoio total às Irmãs. O confrade Biral falou que confiava muito no trabalho de todos. Em reunião da diretoria foi cogitada a criação de um “Fundo Mútuo” em favor dos idosos; construção e reformas das casas dos internos e revisão dos aluguéis. Dr. Eder lançou a idéia da

Internos: João leite (cuidando da antiga horta)


construção de um pavilhão como consultório médico, com divisões para homens e mulheres. Foi realizada uma reunião com o Prefeito Joel Spadaro e a diretoria acompanhada do Dr. Oswaldo Paes de Almeida e entre outras solicitações foi pedida a doação de uma ambulância. O Sr. Arlindo Orpheu deu uma idéia de transformar umas das casas em alojamentos para parentes dos internos e das Irmãs. Cinco internos foram levados até Itatinga pelo Sr. Arlindo para presenciar o festival de música sertaneja. Nos dois últimos domingos de julho as equipes do Confrade Mário Fernandes e da consócia Geni vieram preparar os almoços dos velhinhos. Padre Eanes celebrou Missa e por ser dia dos pais, os internos receberam muitas visitas, inclusive alguns indo almoçar com os familiares. O Sr. Helio Volponi falou da necessidade de se conseguir uma renda mensal fixa. Foi feita a contratação de um caseiro com um salário mínimo para ele e também para sua esposa. O Presidente Witzler concedeu um aumento de 30% aos funcionários. Foi dado início na reforma da farmácia; compra de armários para o escritório; reforma dos veículos; auxílio ao Convento de Itatinga com frutas e verduras. Em setembro, na semana do idoso, foi realizada uma campanha recorde de arrecadação de alimentos, com veículos nas ruas, ajuda do TG e divulgação nas rádios. Sob a direção da Sra. Neide, foi realizado no BTC um chá beneficente que apresentou uma arrecadação de Cr$ 802.000,00. No dia 27 a Rádio Municipalista ofereceu um saboroso lanche aos velhinhos, fazendo também entrevistas com os mesmos. De acordo com a diretoria, a receita de Cr$ 380.000,00 passou para Cr$ 1.200.000,00, aproximadamente. A arrecadação nos portões do cemitério foi de Cr$ 1.423.000,00. Todas essas verbas estão sendo reservadas para a construção de um mini-hospital. Em reunião do dia 20 de novembro, foi lida e comentada pelo Sr. José Orlando, uma carta do presidente do Conselho Central, Sr. Nerval Biral, distribuída aos vicentinos e ao Conselho Metropolitano de Bauru, causando um profundo descontentamento da diretoria presente, que solicitou de imediato uma reunião extraordinária com o Conselho Central para esclarecer o mais breve possível esses assuntos.

Dia 06 de dezembro, às 16 horas houve missa festiva, comemorando Bodas de Ouro de sacerdócio do Monsenhor Eanes de Mello Cotias. Foi muito bonita a homenagem que as Irmãs fizeram a ele. Dia 20, missa pelos


benfeitores, celebrado pelo Frei Luiz.

199202 de janeiro: No início desse ano o confrade Nerval Biral se afastou da presidência do Conselho Central, tendo assumido provisoriamente o Vice - Presidente, confrade Francisco A. Pires de Campos.

Nesse período, recebi a visita de muitos vicentinos solicitando para que eu aceitasse ser candidato ao cargo de presidente do Conselho Central, porém argumentei que não poderia aceitar o convite em virtude de meus afazeres familiares e profissionais e também por não me considerar apto para assumir tal cargo. Passados alguns dias, fui surpreendido pela presença em minha residência dos confrades: Edemundo de Oliveira, Moacyr Fatori, João de Souza, Domingos Paganini, Ozoneo Paganini e Manoel Campos, procurando me convencer a aceitar a candidatura. Depois de bastante conversa, pedi um tempo para pensar melhor e conversar com meus familiares, principalmente com minha esposa Alaide. Por tratar-se de um cargo onde predomina a Caridade, resolvi aceitar tal desafio, tendo sido eleito com apoio total dos vicentinos. A posse se deu no dia 20 de março e a nova diretoria do Conselho Central, mesmo tendo conhecimento da bela administração que vinha sendo desenvolvida pela equipe do Sr. José Orlando Witzler, resolveu reconduzir o confrade Orlando de Almeida ao cargo de presidente da Casa Pia São Vicente de Paulo, o qual havia deixado o cargo muito triste, chegando às lágrimas.

Empossado o novo presidente que apresentou sua diretoria: Pres. Orlando de Almeida; Vice - Pres. Aduir Soares dos Santos; 1º Sec. Mário Fernandes; 2º Sec. Ricardo Zanin; 1º Tes. Manoel de Campos; 2º Tes. Antonio Spadotto e Vogal, Mauro Nogueira Duarte.

Em sua 1ª reunião, 27 de março, o confrade Orlando falou em fazer uma gestão, ouvindo sempre os demais membros da diretoria, pensando em algumas modificações relacionadas com os funcionários e as instalações.

A cerimônia de comemoração das Bodas de Ouro da Congregação Servas do Senhor foi celebrada nesta Casa, pelo nosso Arcebispo Dom Antonio Maria Mucciolo. Acompanhado dos seminaristas, esteve o Padre Paquito visitando os velhinhos.


Dr. Eder Trezza trouxe dois médicos, Dr. Paulo Villas Boas e Dr. João C. Cação, da UNESP, para conhecer o Asilo e prestar atendimento aos internos. Os “Amigos do Alheio” levaram as três vacas que a entidade possuía. Em maio o Dr. Brant esteve consultando os idosos e resolveu internar uma de nossas velhinhas no hospital do Bairro. A Irmã Juliana trouxe o Frei José para ministrar a Unção aos velhinhos enfermos e o Frei Afonso celebrou a missa do dia 06 de junho e no dia 13, foi celebrada pelo Padre Eanes.

Chegou a esta Casa uma família com 05 pessoas, todas cegas, ficarão internadas até que os vicentinos reformem o barraco que está caindo. No dia 12 de julho aconteceu o famoso “Bailão” onde os idosos dançaram à vontade. Em 05 de setembro, Dom Antonio esteve visitando o Asilo, dando uma bênção a todos os velhinhos, Irmãs e funcionários. No dia 01º de outubro o grupo da terceira idade forneceu um delicioso lanche aos “vosinhos” (tratamento afetivo usado pelas Irmãs e funcionários), terminado o lanche houve um forró pra valer. A Irmã Maria Raquel Tamelini, por motivo de saúde, deixou o Asilo, indo morar no hospital de

Conjunto de idosos (interno)


Itatinga, levando consigo os agradecimentos pela dedicação e carinho que sempre dedicou aos idosos. Estiveram dando atendimento aos velhinhos, os doutores: Paulo Villas Boas, João Maldonado e Paulo Inácio. No dia 02 de dezembro, na qualidade de presidente do Conselho Central, fui até o Asilo para conversar com a Irmã superiora com a finalidade de resolver desentendimentos que estavam acontecendo entre as Irmãs e o presidente da Casa. Por determinação do confrade Orlando o escritório foi mudado para a residência do contador Sr. Zeus, na Rua José Dal Farra, 48. Declarou também que irá reativar a granja de frangos e poedeiras, levou ao conhecimento da diretoria os problemas de relacionamento entre as Irmãs e a presidência, falou também da folha de pagamento dos funcionários que está se tornando insustentável.

Frei Afonso e Frei José vieram atender os idosos em confissão, preparando-os para o Santo Natal. A festa do dia 22 foi muito bonita, a comunidade da Igreja Presbiteriana veio servir um saboroso lanche e cantaram lindas músicas de Natal, à noite o “Papai Noel” esteve presente trazendo balas, culminando com o encerramento da novena do Natal, havendo ainda a apresentação de um teatro, presépio ao vivo com os internos, crianças e jovens sendo os personagens. Tudo isso preparado pelas Irmãs Nilda Reis, Juliana, Rocio, Cecília e Neide.

Palavras de uma das Irmãs: “Que correria para os preparativos do Natal; a Irmã Juliana saiu cedo para comprar frutas. Que alegria! Todos com espírito de festa; ao soar do sino, foram para a Capela, os que não podem caminhar as Irmãs se encarregam de levá-los nas cadeiras de rodas, mas todos foram, só ficaram os acamados. Na Capela fizemos a Celebração da Palavra e distribuímos a Santa Comunhão, pois já estavam preparados para receber Jesus na Comunhão. Após a celebração, viemos em procissão até o refeitório trazendo o Menino Jesus. Tomamos café e depois cada vosinho saiu com seu presente de Natal, felizes foram abrir seus pacotes”.

1993Nova Moeda: Cruzeiro Real – Cr$ (01/08/93 a 30/06/94)


01º de janeiro: Ainda palavras de uma Irmã: “Ano Novo. Logo ao amanhecer batemos o sino, todos os vosinhos vão para a Capela, aí fizemos a Celebração da Palavra, distribuímos a Santa Comunhão, realizamos uma pequena procissão com Maria Mãe de Deus até o refeitório, tomamos café, felizes e satisfeitos. Padre Aristeu veio almoçar conosco”.

Irmã Angélica, Superiora Geral das Servas do Senhor, veio dar posse à nova Superiora da Casa Pia, Irmã Maria Juliana Rossi. A Irmã Juliana levou a interna Maria de Lourdes Pereira ao dentista Maeca para fazer uma prótese dentária. Na noite do dia 06 de fevereiro aconteceu a Ordenação Diaconal do jovem Edmilson José Zanin, filho do casal de vicentinos Ricardo e Darci. Participaram da cerimônia as Irmãs Cecília, Rocio, Neide e Juliana.

O impasse entre as Irmãs e a presidência da Casa continuava. Uma das partes (Presidente) queria apenas três Irmãs e a outra parte (Irmãs) queria um número maior para o trabalho interno da Casa, por esse motivo, voltei a fazer uma nova reunião com a comunidade das Irmãs.

No dia 15 de março, Frei Joaquim veio celebrar Missa às 16 horas. No dia 25, novamente estivemos reunidos com Dom Antonio; Irmã Maria Angélica, superiora geral das Servas do Senhor, Irmã Eva das Dores Silva; Irmã Maria Margarida Ferreira e a superiora da Casa Pia, Irmã Juliana Rossi, cujo objetivo era o de resolver o contrato das Irmãs, porém não chegamos a um acordo, foi dado um tempo para as duas partes pensarem.

No dia 26 voltei a conversar com a Irmã Juliana a respeito do mesmo assunto. Para que a responsabilidade da resolução de tão difícil solução não ficasse somente a cargo da diretoria do Conselho Central, convocamos uma reunião geral dos vicentinos da cidade, também com a participação das Irmãs Maria Neide Biazon e Juliana Rossi. Ao iniciarmos a reunião, fizemos uma explanação do assunto que deu origem a essa reunião extraordinária. Depois das intervenções de alguns confrades foi dada a “palavra livre”, onde a Irmã Juliana explicou aos vicentinos os motivos dos desentendimentos que estavam acontecendo entre o presidente do Asilo e as Irmãs.

No dia 03 de abril o confrade Presidente Sr. Orlando de Almeida, solicitou demissão do cargo. No dia 06, no período da manhã, voltei novamente ao Asilo para conversar com a Irmã Juliana, solicitando sua


ajuda na administração até acertar a situação da diretoria. À tarde, voltei (e segundo a Irmã), todo feliz, dando a notícia de que o confrade Álvaro Picado Gonçalves havia concordado em assumir o cargo de presidente da Casa, sendo o mesmo apresentado à Irmã Superiora e demais Irmãs.

A nova diretoria ficou assim constituída: Pres. Álvaro Picado Gonçalves; Vice - Pres. Otacílio Paganini; 2º Vice - Pres. Moacyr Fatori; 1º Tes. Noel Carlos Gomes; 2º Tes. Nilson Guerreiro; 1º Sec. Nereu Parise; 2º Tes. Rubens Jardim; Vogais: João de Souza; Mauro Duarte Nogueira; Geni Gasparini de Souza; Antonio Paulino e Romualdo Balestrim (Esta seria uma diretoria provisória). O novo presidente procurou informações com a Irmã Superiora sobre os trabalhos da Casa para dar início às suas atividades.

Mesmo com a troca da diretoria, continuava o impasse quanto ao número de Irmãs que deveriam prestar serviços na administração interna da Casa.

No dia 14 o confrade Álvaro esteve reunido com a Comunidade das Irmãs: Henriqueta; Maria Angélica dos Santos; Liduvina Nicomendes; Maria Eva das Dores Silva e Maria Margarida Ferreira, procurando resolver a situação Irmãs/Asilo, havendo na oportunidade uma proposta das Irmãs:

1º - Registrar na Obra 04 Irmãs;2º - Admissão de mais 04 funcionários;3º - Remanejamento de funcionários, para que haja funcionários presentes durante 24 horas;4º - Função das Irmãs: duas supervisoras e duas na enfermagem. Esta proposta foi levada pelo presidente da Casa ao Conselho Central, sendo solicitada também a minha opinião.

Após cauteloso estudo, chegamos à conclusão da impossibilidade de atender tal proposta. Concordamos em admitir seis irmãs como autônomas. Proposta rejeitada pela Congregação, sendo estipulado o prazo de 30 dias para a retirada das mesmas da Casa Pia. Vencido o prazo as Irmãs retiraram seus pertences, porém foi permitida a permanência por mais 10 dias das Irmãs Juliana e Nilda. No dia em que estava expirando o prazo, Dom Antônio retornou de sua viagem, telefonamos ao mesmo solicitando sua


ajuda para contornar a situação. Dom Antonio marcou reunião para o dia 15 de maio. No dia 03 de maio as Irmãs Cecília Azevedo de Melo e Maria Neide Biazon deixaram a Casa, permanecendo as Irmãs Maria Juliana Rossi e Maria Nilda dos Reis. Como havia sido marcada, no dia 15 aconteceu a reunião nas dependências do Asilo. Participaram da reunião: Dom Antonio Maria Mucciolo; confrades Álvaro Picado Gonçalves; Moacyr Fatori e Otacílio Paganini e as Irmãs: Maria Angélica dos Santos; Juliana, Nilda, Maria Margarida, Maria Eva e Liduvina. O confrade Álvaro ponderou que o clima negativo foi criado anteriormente à sua gestão, sendo que as Irmãs receberam total apoio dos vicentinos na reunião convocada pelo Conselho Central. Dom Antonio falou que para se chegar a um bom termo, primeiramente deverá prevalecer o Espírito Cristão e depois a flexibilidade das duas partes. Solicitou ainda que os únicos perdedores na atual situação são os velhinhos internos e que o Asilo sem a proteção das Religiosas corria um sério risco no que se refere à Evangelização Cristã. Depois de mais algumas ponderações, a superiora Irmã Maria Angélica dos Santos disse que as Irmãs já tinham sido designadas para outros setores, mas como a insistência do Sr. Álvaro e o apelo de Dom Antonio, e sobretudo, pela necessidade dos internos, iria fazer o possível para remanejar Religiosas de outras localidades para formar uma nova equipe, mas para tal impunha algumas exigências: 1ª Contratação de 04 Religiosas; 2ª Contratar uma funcionária para o quadro de folgas e férias; 3ª Contratar um motorista, sendo o prazo para essas providências, de 04 meses a contar desde dia 15. Como a diretoria se comprometeu em cumprir tais itens, tudo ficou resolvido. Dia 20 de maio a equipe do confrade Mário Fernandes e Sra. Maria Gamas veio fazer uma bela macarronada aos internos. Para o dia 30 de maio foi marcada a 1ª tarde cultural vicentina, coordenada pelo jovem Gildesio Antonio Corvino; o coral da EECA regido pelo jovem Adenil Costa Júnior, apresentou músicas sacras e populares, encerrando com a coroação de Nossa Senhora. Estivemos presentes bem como a diretoria da Casa, as Irmãs e um grande número de vicentinos, funcionários e voluntários. No dia 20 de junho, a Irmã Nadir e o funcionário Jesus José Maria Silveira foram à missa das 19h, na Vila Aparecida, para despedida do Padre Aristeu Cyrilo, que está deixando aquela Paróquia por motivo de saúde, indo para


Bauru, no Lar dos Velhinhos.Em virtude do confrade Manoel de Campos estar enfermo o confrade

João de Souza assumiu o cargo de Procurador dos internos junto ao INSS.Os festeiros do Bairro de Anhumas, comandados pelo confrade

Joaquim Ramos Nogueira, promoveram um almoço aos velhinhos. Os componentes do Centro de Lazer Nova Aurora trouxeram presentes e promoveram o café da tarde com bolachas e bolos, fazendo a alegria dos internos.

Pelo confrade Noel, tesoureiro da Casa Pia, foi apresentado o balancete do mês de julho: Receita Cr$ 220.533.598,28 e despesa Cr$ 240.873.317,31, passando um saldo negativo para julho no valor de Cr$ 20.339.719,03. Em reunião do Conselho Central, no mês de agosto, propus e obtive a aprovação dos demais membros da diretoria, a efetivação da atual diretoria do Asilo até o ano de 1996.

O confrade Álvaro solicitou minha autorização para vender um burro e uma carroça e também um cabra com dois filhotes, no que foi atendido. O preço da carroça e do burro foi de Cr$ 7.500,00 e a cabra Cr$ 5.200,00. No dia 26 de setembro, participamos, juntamente com o confrade Álvaro e a Irmã Nadir da missa da Catedral, homenageando nossa Padroeira,

Encontro do interno Polos e o cantor Tinoco (amigos de infância)


Santana, sendo realizada na oportunidade as festividades do centenário dos vicentinos nesta cidade (Conferência de Santana, sendo presidida por muitos anos pelo saudoso confrade Domingos Paganini).

O confrade Zeus de Meira Coelho foi o Contador da Casa Pia por muitos anos. O confrade Álvaro e a Irmã Nadir estiveram na Rádio Municipalista e PRF8 fazendo a abertura do mês do idoso, visitaram também, escolas, Tiro de Guerra, Grupos da 3ª Idade, tendo sido muito bem recebidos, sendo os resultados, excelentes. A Sra. Julia e suas vizinhas forneceram o lanche da tarde e também recreação com sanfona, violão e a Irmã Nadir ao pandeiro, alegrando muito os velhinhos.

Dia 25, missa às 16 horas em ação de graças a São Vicente de Paulo e também aos fundadores da Congregação Servas do Senhor, Dom Henrique G. Trindade e Irmã Henriqueta Trindade, pelos 41 anos de fundação. Esta Casa recebeu a visita da Sra. Leontina Dinucci (leiga consagrada), viúva do Dr. Camilo Dinucci, com grande satisfação, sendo o casal grande benfeitor deste Asilo.

As professoras Neide e Marise, do Colégio Santa Marcelina,

Jantar realizado entre a diretoria e as idosos


juntamente com os alunos, trouxeram feijão que foi arrecadado pela 4ª série. Foi emocionante ver os alunos dividindo seus lanches com os velhinhos.

No dia 02 de outubro estiveram visitando os internos, os “Lobinhos” do Grupo de Escoteiros. Fizeram algumas demonstrações, distribuíram sabonetes e fizeram aquilo que os velhinhos mais gostam: entrevistas (perguntas sobre suas vidas, idade, onde nasceu, etc.).

No dia 15 estivemos, juntamente com a Irmã Nadir, confrades Álvaro e Otacílio Paganini em audiência com o Prefeito Jamil Cury (nosso padrinho de casamento), onde falamos das necessidades do Asilo, sendo que o Prefeito ficou de nos ajudar. Dr. Agnelo Audi, presidente do Lions, acompanhado de três amigos, veio trazer gêneros alimentícios. Foi remetido ofício a CAIO, solicitando um ônibus para a romaria dos velhinhos a Aparecida do Norte, o qual foi negado. Enviamos então o mesmo pedido à Empresa Vale do Sol e fomos prontamente atendidos.

No dia 24, participamos juntamente com a diretoria e Irmãs do Asilo, na Paróquia de São Benedito da missa celebrada por Dom Antonio e Monsenhor Eanes, em ação de graças pela recuperação da saúde do nosso Arcebispo. Dia 01º de novembro o confrade Otacílio Paganini veio dar a notícia de que havia conseguido verba para a compra do fogão econômico, tão desejado.

A professora Wilma Lopes, coordenadora do SESI, veio com os jovens da 8ª série trazer doações em alimentos. Dia 04, as Irmãs Nadir, Jorgesy, Cecília, o Sr. José Maria e mais 02 velhinhos participaram da missa comemorativa aos 44 anos de ordenação sacerdotal de Dom Antonio Maria Mucciolo. Dia 06 a diretoria promoveu um churrasco de confraternização entre internos, funcionários, Irmãs, diretoria e Conselho Central, sendo o mesmo temperado e assado pelo Sr. Orlando Bartoli. Dia 5 de dezembro, houve missa na Capela, às 7h30min, celebrada por Dom Antonio e abrilhantada pelo coral de Itatinga e logo após, Assembléia Vicentina seguida de salgadinhos e confraternização.

Foi recebido, em cerimônia simples, o cheque destinado à compra do fogão econômico, donativo adquirido graças ao Dr. Otacílio Paganini Júnior, junto à firma Atlantic de Petróleo; presentes diversos vicentinos, Irmãs e também o Prefeito Jamil Cury. Logo após a entrega, houve uma visita geral


aos internos. Na reunião da diretoria do dia 14 foi discutido o assunto dos estatutos do Asilo, visto que está havendo um conflito estatutário, causando prejuízos à Casa com respeito aos convênios Federal, Estadual e Municipal. O confrade Edemundo de Oliveira ficou encarregado de tratar do assunto junto ao Conselho Metropolitano.

Dia 25 foi celebrada a missa de Natal com participação geral das Irmãs, diretoria, funcionários e internos. Após a missa, almoço de confraternização e troca de presentes.

1994Nova Moeda: Real – R$ (a partir de 01/07/94)

01º de janeiro: Celebração da Palavra com os velhinhos, na Capela, em seguida procissão até o refeitório com festa de confraternização. Na primeira reunião da diretoria da Casa Pia São Vicente de Paulo, realizada no dia 11 de janeiro, estiveram presentes os confrades: Álvaro Picado Gonçalves; Noel Carlos Gomes; Moacyr Fatori; Nereu Parisi; José Carlos Mira; Ricardo Zanin; Pedro Proto; João de Souza; Antonio Paulino; Zeus de Meira Coelho; Adenil Costa Júnior; José Mendes e Edemundo de Oliveira. Também participei, representando o Conselho Central. Fui cobrado pelo confrade Álvaro sobre o pedido de audiência ao Sr. Prefeito para reinvidicar do mesmo o que havia sido prometido em encontro anterior. Do confrade Edemundo foi solicitado esclarecimento sobre o andamento do processo de reforma dos estatutos junto ao Conselho Metropolitano.

A Irmã Nadir Silveira, superiora desta Casa está sendo transferida para a Casa dos Meninos Sagrada Família, sendo substituída pela Irmã Bernadete de Cassis Castilho Veiga, da cidade de Macaé. Recebemos a doação de 40 colchões da família Fernando Gianella.

Estava praticamente fechada uma permuta do corredor de 3 m de largura que vai dos fundos do prédio da Rua Amando de Barros, 1070 até a Rua João Passos, por uma casa de propriedade do Sr. José Edson Colpas, situada na Rua Vicente Bartocchi, 201. Porém o vizinho do terreno, Sr. Célio R. Padovan, por ter feito uso do mesmo por algum tempo, requereu na justiça “Servidão”, ficando anulada a transação que era muito vantajosa


para o Asilo.Por iniciativa do confrade Moacyr Fatori e auxílio dos Srs. José

Orsi, Romualdo Balestrim, Domingos Henrique e Alcides Ferraz foi construído um campo de bochas para divertimento de nossos idosos. Dia 21 aconteceu a ordenação sacerdotal do diácono Edmilson José Zanin no ginásio do colégio Santa Marcelina.

Com auxílio de Dom Antonio foi feito um pedido de uma Perua Kombi à Misereor da Alemanha, porém a mesma alegou não poder atender a solicitação por falta de verba para esse fim. O confrade Noel, tesoureiro da Casa, apresentou o balancete do mês de fevereiro: saldo anterior, Cr$ -32,28; receita, Cr$ 3.116.748,68; despesa, Cr$ 3.116.442,57; permanecendo um saldo de Cr$ 306,11, não sendo paga a conta da farmácia no valor de Cr$ 517.122,97. Foi divulgado o resultado do bingo realizado em parceria com

Dr. Jansen “brincando” com a julinha e sua inseparável boneca


a UNASABS, no mês de maio, com uma renda líquida de Cr$ 907.200,00 dividida, coube a cada entidade Cr$ 453.600,00. Dr. Fernando Saliba esteve na Casa dando atendimento gratuito aos velhinhos. No dia 08 de maio a Sra. Lúcia Lobo preparou um almoço para a Irmandade do Divino e uma tarde de orações também com as presenças dos internos. Em 20 de junho a imagem de Nossa Senhora de Fátima, Peregrina, de Portugal, ficou na Capela das 10h às 15h, indo depois para a Igreja de São José.

Foram servidas pizzas aos idosos, doadas pelo “Tatão” do Por do Sol. Festa junina com participação dos idosos, Irmãs, funcionários e voluntários, sendo apresentada animada quadrilha e festa junina, patrocinada pelo grupo da 3ª idade com um baile, encerrando com um saboroso lanche, bingo beneficente realizado por senhoras voluntárias e apresentação da Escola de Samba do Lavapés. Em agosto os atiradores do Tiro de Guerra visitaram os velhinhos, trazendo óleo e fósforo. Também esteve presente o coral de Rubião Júnior, cantando durante a missa. O mês de setembro foi muito movimentado, com os eventos: lanches, oferecidos por “Lanches Sodinha”; Dr. Valdomiro levando os internos para o desfile de 07 de setembro; Pe. Volmir de Porto Alegre celebrando missas em nossa Capela; vicentinos da conferência São Geraldo oferecendo lanches; Dr. Valdomiro providenciando entradas para os velhinhos no Circo; passeio de ônibus pela cidade patrocinado pelo SESI; jantar com saborosas pizzas do “Tatão”; festa pelos 42 anos de fundação da Congregação das Servas do Senhor; churrasco organizado por um grupo de voluntários; apresentação da Corporação Musical da Prefeitura; Dona Júlia Lopes e suas primas oferecendo lanche “cachorro quente”; jantar com deliciosos salgados oferecidos pelo Prof. Eder da “Formiguinha”.

Estiveram também visitando esta Casa, crianças e funcionários da LBV; alunos da EECA com lanches; grupos de professores aposentados oferecendo lanches e um baile; Odete e suas amigas da Igreja Presbiteriana distribuindo “comes e bebes” e sorvetes doados pela Bete da Skimel.

No dia de São Vicente, café com diversos petiscos e doces, almoço festivo, jantar com pastéis e bolos, finalizando com uma procissão em louvor a São Vicente de Paulo. Participei de uma reunião com a presença de Dom Antonio, diretoria do Asilo e as Irmãs: Maria Angélica dos Santos, Lúcia


Barbosa, Liduvina Nicomendes, Maria Margarida Ferreira, Eva das Dores e Bernadete Cássia C. Veiga, para verificação e avaliação do andamento da Casa, terminada com resultado satisfatório.

Dia 12 de outubro, Dia de Nossa Senhora Aparecida, três casais de benfeitores fizeram um delicioso churrasco. Às 15 horas foi realizada uma procissão, saindo do barracão, passando por todo o pátio e encerrando na Capela, onde foi terminada a reza do terço.

Dra. Maria José Dal Papa Zacharias levou a interna Joyra Villas Boas a uma consulta com a Dra. Clodete. Pe. Silvio da Paróquia de Nossa Senhora de Fátima esteve confessando os velhinhos em preparação para o Santo Natal.

Dia 23 houve um jogo beneficente na Ferroviária. Os idosos, José Pelosi, José Picalho e Joaquim Primo foram assistir ao jogo acompanhados do presidente Álvaro e Irmã Bernadete Cássia. No Natal, missa, almoço festivo e entrega dos presentes aos internos.

199501º de janeiro: 1º de Ano, almoço festivo com a participação dos internos irradiando felicidade, juntamente com as Irmãs. Os Drs. José Nelson, Fernando Saliba e José R. Colombo têm atendido nossos velhinhos com muita dedicação e carinho. No dia 5 de agosto os jovens do TLC estiveram visitando os idosos. No dia 13 o Dr. Giovane atendeu o interno Antonio Monteiro nesta Casa Pia. Houve um show da dupla Gian e Giovani na A.A. Ferroviária. O confrade Álvaro e as Irmãs Neusa M. Campos e Neide Biazon acompanharam diversos velhinhos para assistir. Dr. Marco Garita e Dra. Vânia consultaram diversos idosos.

O interno Milton Gonçalves gosta muito de passar final de semana nas residências de seus irmãos Nelson e Dirceu. A Sra. Dagmar participa como voluntária cortando cabelos dos internos. Os proprietários e funcionários da Churrascaria Tabajara ofereceram um belo almoço aos velhinhos. Acompanhados das Irmãs Neusa e Neide e alguns funcionários os idosos foram de ônibus à romaria na Aparecida do Norte. Era contagiante a alegria dos mesmos, pois além da viagem eles levavam um “dinheirinho” dado pela diretoria. No retorno todos queriam contar alguma coisa da


viagem e mostrar as compras realizadas.Em setembro o idoso Alcides Gabriel passou por uma cirurgia de

hérnia realizada pelo Dr. Ubajara. Como sempre acontece a “Formiguinha” veio presentear os internos com salgadinhos, os jovens do TLC completaram o lanche com bolos e doces.

A Sra. Lúcia Lobo e a Sra. Bete ofereceram um jantar festivo aos internos no dia 29. A Irmã Gema do Colégio Santa Marcelina e alunas fizeram visita, trazendo produtos de limpeza. Dia 01ºde dezembro o interno Mário C. Tassinari foi atendido pelo Dr. Paulo Marquesi.

199623 de abril: Encerrada a reunião do Conselho Central, foi iniciada a da Casa Pia São Vicente de Paulo. Depois das orações iniciais o confrade Álvaro Picado Gonçalves iniciou a reunião dizendo: “Em atenção ao apelo formulado pelo Prof. José Celso Soares, Vieira, presidente do Conselho Central, decidi continuar na presidência desta Casa. Tal decisão foi

Centenário da irmã Henriqueta, fundadora da Congregação “Servas do senhor”, Irmã de Dom Henrique G. Trindade (setembro de 1995)


estimulada também pelo fato do Prof. Shirley Lessa, ex-presidente do Conselho Central ter aceito o convite para o cargo de vice-presidente”. Fomos empossados e saudados pelo presidente do Conselho Metropolitano de Bauru, confrade Célio Losnak.

O confrade Álvaro agradeceu os companheiros que com ele trabalharam na gestão anterior. Agradeceu a mim pelo apoio dado quando presidente do Conselho Central, agradeceu o confrade João de Souza pela sua dedicação como vogal e procurador dos velhinhos perante o INSS. Finalmente apresentou a constituição de sua nova diretoria: Pres. Álvaro Picado Gonçalves; Vice - Pres. Shirley Lessa; 1º Sec. Mario Fernandes; 2º Sec. Luciano César Giandoni; 1º Tes. Maria Pereira Silva Souza; 2º Tes. Antonio Paulino e Vogal, João de Souza.

Dr. Fernando Saliba prestou atendimento aos idosos: Rosina, Dovilio, Benedito de Paula, Mario Tassinari, Geraldo e Herminda. Dr. Marcelo P. Pinho, fisioterapeuta, voluntário, esteve prestando atendimento aos internos, Moisés e Dona Mariinha.

Durante a Assembléia do dia 10 de maio o confrade Álvaro fez um relato de sua gestão, bem como uma prestação de contas, falou sobre o trabalho, em conjunto com o nosso Arcebispo Dom Antonio, visando a permanência das Irmãs na administração interna do Asilo; realização de um convênio, sem ônus para a Casa, com a Funerária São José, beneficiando todos os internos; reforma da Perua Kombi; compra de fogões; restauração de geladeiras; instalação de bebedouros; aquisição de 50 mesas e 200 cadeiras e melhoramento em algumas casas. Permuta de uma casa situada na Rua Edmundo Techio, 410 por uma casa em péssimo estado, da Rua Curuzu. Construção da moradia do interno Milton Gonçalves com materiais doados por seu irmão Nelson Gonçalves da Casa dos Materiais. Agradeceu o apoio que teve dos funcionários, Irmãs, voluntários e idosos esperando que nessa 2ª gestão aconteça o mesmo. Em 16 de junho foi internada, no hospital espírita de Marília a Joyra Maria Castanho Villas Boas, por recomendação do Dr. João Maldonado, tendo sido acompanhada pelo funcionário Marcos Palmeira.

Dois estudantes de Psicologia da USC de Bauru, Nedy e Ester realizaram a campanha “Adote um Idoso” que resultou na adoção de 40


velhinhos. Esse evento foi abrilhantado pela Banda Marcial do Colégio Santa Marcelina e pela Banda Musical Dr. Damião Pinheiro Machado.

O Clube da 3ª Idade fez uma apresentação de sua quadrilha e realizou um baile para os idosos que dançaram a vontade. As internas Maria Joana Trindade e Maria Pires receberam visitas de seus padrinhos, Sr. Plínio Paganini e esposa. Também receberam visitas de seus padrinhos os internos João Lima e Valdir Fernandes. Alguns velhinhos estavam precisando de cuidados médicos e a Dra. Vânia do Posto de Saúde da Vila Jardim veio prestar atendimento aos mesmos.

A voluntária Sra. Iza, costuma vir a esta Casa para fazer trabalhos manuais com os idosos, despertando nos mesmos um prazer e um misto de felicidade e alegria.

Atendendo meu pedido a Irmã Neusa trouxe duas nutricionistas para um serviço voluntário, junto às funcionárias que trabalham no setor de alimentação dos internos. Duas estudantes do 6º ano de Medicina da UNESP, Vanessa e Adriana, juntamente com mais duas colegas vieram dar

Confrades Celso e Darci realizando a visita dominical (obrigação de cada conferência)


suas colaborações, atendendo os idosos.Atendendo pedido do Sr. Francisco Murcia de Souza, recebemos um

idoso para ser internado, de nome Raimundo Gabriel Carro, na oportunidade o Dr. Chamas estava dando atendimento à idosa Rosa Buriola. Em 28 de julho recebemos duas Assistentes Sociais, Mara e Ilda na condição de estagiárias. No dia 01º de agosto foi realizada uma reunião extraordinária com a finalidade de transmitir a mim, de forma oficial, o cargo de presidente, em virtude do afastamento por 60 dias do confrade Álvaro, como determina a Regra da Sociedade São Vicente de Paulo, no caso de candidatura a cargos eleitorais. Após a transmissão o Sr. Álvaro fez a entrega de toda documentação que estava em poder do confrade Zeus de Meira Coelho, contador da Casa. Ao se despedir o confrade Álvaro se propôs em solucionar algumas pendências e se colocou à minha disposição sobre qualquer dúvida que surgir. No início de setembro convoquei uma reunião extraordinária com a finalidade de discutir a venda de um lote de terreno situado na Rua Curuzu, esquina com a Rua Santos Dumont, por dois motivos: 1º - A Prefeitura está ameaçando de multa caso não sejam feitos muro e calçada e a Entidade não tem a mínima condição de executar tais serviços; 2º - Os telhados e calhas da Capela, da casa das Irmãs, da cozinha e do refeitório estão necessitando de urgentes reformas, pois chove por todos os lados; as máquinas de lavar, secar e centrifugar estão quase parando. Pelo exposto e sabendo que o Asilo atravessa uma situação financeira muito difícil, a diretoria aprovou por unanimidade a venda.

Em novembro marcamos uma nova reunião para uma auto-avaliação dos dois meses de nossa administração e também esclarecer que a atuação na presidência é provisória, estando o Conselho Central a procura de um confrade com disposição de aceitar o cargo, visto que o confrade Álvaro foi eleito vereador, cujo cargo exigirá quase que tempo integral. Ainda na reunião, deixei claro que nesse curto espaço de presidência estou satisfeito com os trabalhos das Irmãs, funcionários e voluntários e que qualquer reclamação ou reinvidicações deverão ser dirigidas a mim ou à Irmã Superiora. Fui taxativo quanto aos horários de trabalho, folgas, horas extras, vales e férias. Apresentei algumas obras que foram executadas nesse período: reforma dos telhados e calhas da casa das Irmãs, refeitório


e cozinha, reforma geral das máquinas da lavanderia e corte de eucaliptos. A venda do terreno foi concretizada com autorização do Conselho Metropolitano de Bauru por R$ 12.000,00. Foi realizado um bingo por voluntários, cuja renda foi revertida em um almoço para os velhinhos no dia 12 de outubro. A coleta efetuada pelos vicentinos nos portões dos cemitérios rendeu R$ 4.025,40.

O início de nossa gestão foi muito difícil, não por culpa do confrade Álvaro, mas sim pelos déficits que vêm se acumulando de mês para mês (receita menor que a despesa), acompanhavamos de perto o trabalho dele e estávamos a par do sofrimento desse nosso amigo para manter, pelo menos, certo equilíbrio nas finanças.

Tomamos algumas medidas que se faziam necessárias: 1ª, contratamos uma escrituraria (Lucimara) para que o escritório passasse a funcionar o dia todo; 2ª, todas as casas alugadas teriam um contrato, para isso contratamos uma Imobiliária (Guia de Imóvel) com a finalidade de regularizar todas as pendências relativas aos imóveis; 3ª, todo funcionário terá de ser registrado; 4ª, redigir um regimento interno para que cada um saiba sua função; 5ª, regularização da dívida junto ao INSS; 6ª colocação de uma “cancela”, doada pelo Dr. Edgard S. De Sordi, no início da entrada do Asilo para evitar “encontros” em carros estacionados; 7ª, reforma geral do

Dr. Paulo Villas Boas (voluntário) examinando uma interna


nosso sistema elétrico, pois os chuveiros dos idosos não estão aquecendo o necessário, principalmente no inverno. Com essa reforma pagaremos apenas a energia das casas, ficando a parte externa por conta da Prefeitura, tudo isso graças ao amigo Jamil Cury.

No mês de setembro (mês do idoso), graças às Irmãs, funcionários, voluntários e beneméritos, esta Casa foi muito movimentada com os eventos realizados:

Dia 12, jantar com salgadinhos, oferta da “Formiguinha”;Dia 15, almoço oferecido pela Cantina da Otilia;Dia 16, jantar realizado pelo Ki-Chucarrasco;Dia 17, jantar, polentada, oferta do Restaurante Inhos e recitação do terço pela Sra. Judith Monteferrante;Dia 19, almoço, lasanha, oferta do casal Raí Cintra e esposa, comemorando Bodas de Ouro;Dia 19, às 15 horas, filme no Cine Nelli;Dia 19, às 17 horas, pizzas oferecidas pelo “Tatão” (Por do Sol);Dia 20, às 17 horas lanches oferta da Panicenter;Dia 20, às 19 horas, bingo organizado pelas voluntárias Lúcia e Bete;Dia 24, visita ao Zoológico de Bauru, oferta da Empresa Serra Dourada;Dia 27, missa e almoço, oferta da Churrascaria Tabajara;Dia 29, festa patrocinada pela UNIFAC;Dia 29, exposição dos trabalhos realizados pelos idosos com a supervisão da Professora Iza;Dia 29, bazar beneficente organizado pela Irmã Cássia;Dia 30, lanches patrocinados pelo Lions Club que também trouxe um sanfoneiro, realizando um belo baile, diversão predileta dos internos. Tivemos também as visitas de três médicos da Dermatologia da UNESP: Dr. Joel, Dras. Silvia e Regina que vieram realizar uma avaliação dos nossos velhinhos.

Internos que estiveram visitando o Zoológico de Bauru: Francisco Barbosa; Oswaldo A. de Souza; José Bernardo da Silva; Marcelino do Santos; Sebastião R. da Silva; José Picalho; Milton Gonçalves; Raimundo


G. Carros; Dovilio Rod. de Castro; José Batista Cardoso; José Pelose; Nelson F. Pereira; Olimpio Biazon; João Leite; Lázaro Jorge; Anita de Oliveira; Isabel Correa; Júlia Soares; Maria de L. Pereira; Rosa Rod. da Silva; Maria Joana Trindade; Joana Galerani; Herminda de Jesus; Mercedes de Andrade Rosa; Maria Neusa F. Gomes; Santa Lino; Benedita de Paula e José Elpídio Candido. Em 08 de dezembro, confirmamos o confrade João de Souza, procurador dos internos, junto ao INSS para recebimento dos proventos dos mesmos.

Recebemos do cunhado Adib Fadel, diretor da Unilever, a doação de uma tonelada de produtos de higiene e limpeza

199703 de janeiro: Neste dia faleceu um dos grandes benfeitores desta Casa Pia, o confrade Plínio Paganini que além de pertencer a diversas diretorias sempre olhou com espírito cristão e vicentino para nossos velhinhos, inclusive sendo padrinho da idosa Maria Joana Trindade que ao saber da notícia fez questão de ir ao velório, chorando a perda de pessoa tão querida.

Em virtude da dificuldade de conseguir um vicentino para assumir a presidência e atendendo solicitação do Presidente do Conselho Central, confrade e amigo José Celso Soares Vieira, aceitei assumir o cargo de presidente, desde que o confrade Emilio E. Cassetari fosse o vice - presidente o qual embora relutante, também aceitou. Em 06 de fevereiro foi realizada a reunião extraordinária do Conselho Central com a finalidade de dar posse à nova diretoria que ficou assim constituída: Pres. Shirley Lessa; Vice - Pres. Emilio Euclides Cassetari; 1º Tec. José Ângelo Gonçalves; 2º Tes. Maria Pereira Silva Souza; 1º Sec. Manoel de Campos; 2º Sec. Mário Fernandes e Vogal, Vicente Waldir Borgatto. Combinei com os colegas de diretoria que nos próximos dias irei convidar outros vicentinos para ocupar outros cargos.

Em março, além da diretoria, fizeram parte da reunião as Irmãs: Maria Adélia Cordeiro; Maria Neide Biazon; Maria Rita de Assis; Neusa Maria de Campos e Clotilde Francisca de Lima.

No dia 08, componentes da Polícia Feminina trouxeram rosas para


as internas, em comemoração ao Dia da Mulher. O Prefeito Municipal enviou ingressos para que os velhinhos, acompanhados das Irmãs Neusa e Maria José, fossem assistir ao show do Circo de Moscou. Foram também assistir a um teatro infantil no Colégio La Salle, onde ganharam das crianças mais de 100 ovos de Páscoa. Dois estudantes de medicina, Vanessa e Fábio vierram consultar os internos e acharam por bem, internar o idoso Luiz Branco (Biju) na Misericórdia, sob os cuidados do Dr. Paulo Villas Boas. Dia 28, sexta-feira Santa, os idosos acompanharam as cerimônias do dia pela Rede Vida de Televisão. No dia 03 de abril foi realizada uma reunião muito importante, comparecendo, além de nossa diretoria, também os confrades: Célio Losnack, José Sidney Vicente e Maurício Góes, da Comissão de Obras Unidas do Conselho Metropolitano de Bauru; Irmã Maria Rita de Assis; Edemundo de Oliveira e João de Souza, estes dois últimos representando o Conselho Central de Botucatu. Os confrades de Bauru foram convidados para verificar e opinar sobre a construção de um pavilhão para abrigar nossos velhinhos, em estilo moderno, funcional e confortável. O projeto era a construção do pavilhão em troca do terreno de 20.000m2, à esquerda

Irmã Cassia e as voluntárias que preparavam o almoço aos domingos


da entrada, onde seria construído um conjunto de moradias.Infelizmente esse projeto não se concretizou em virtude da Empresa

responsável pela venda dos apartamentos que seriam construídos não conseguir colocar o número necessário.

Ao assumir a presidência, procurei fazer uma reunião geral (diretoria, Irmãs e funcionários) deixando bem claro que a minha gestão seria dedicada primeiramente aos nossos idosos. Eles são a razão da existência do Asilo, deverão ser tratados com o maior respeito, carinho, amor e paciência. Deverá haver um entrosamento perfeito entre e diretoria, as Irmãs, os funcionários e os voluntários. Os confrades Emílio e José Angelo (Zico) concordaram com nossas palavras e demonstraram satisfação de estar prestando suas colaborações em prol dos velhinhos. Estavam presentes a Irmã Rita de Assis, superiora da Casa, que recebeu todo apoio da diretoria na administração interna e os funcionários: Marco Antonio Jacinto, José Maria Pereira, Ana Maria Spadim, Antonio Laino, Tereza Conceição da Silva, Maria de Louders de Oliveira, Lucimara Aparecida Vito, Jacinta Spadim, Zilda Graciano, Cleiri Garcia, Maria Seabra, Maria Inês de Oliveira e Maria José de Souza. Não compareceram as Irmãs: Maria Adélia, Maria Neide, Neusa Maria e Maria José. No dia 05 de maio, convocamos uma reunião extraordinária para que toda diretoria tomasse conhecimento de algumas divergências entre a superiora, Irmã Rita e as demais, resultando na saída da superiora que foi substituída pela Irmã Liduvina Nicomedes. Em junho tivemos a oportunidade de completar a diretoria, como havíamos prometido. Nomeamos Vogais e Conselho Fiscal. Vogais: Irmã Neusa Maria, confrade José Mendes, Manoel Garcia Filho e José Domingos Borgatto; Conselho Fiscal: confrades Domingos Paganini, Mauro Nogueira Duarte e Vicente Waldir Borgatto. Por motivo de mudança do confrade Manoel de Campos para Bauru, convidamos o confrade Ercio José Dall’Aqua para exercer o cargo de 1º secretário o qual aceitou para nossa satisfação.

Reunião extraordinária, realizada em 30 de junho, exclusivamente para relatar aos demais membros da diretoria os estados lastimáveis em que se encontram os imóveis pertencentes ao Asilo, principalmente o prédio da Rua Amando de Barros, 1058 a 1070, oferecendo perigo até mesmo aos transeuntes, pois a Prefeitura, por intermédio do engenheiro Targa nos


alertou, esclarecendo que em caso de qualquer acidente, esta diretoria será responsabilizada. A diretoria do Conselho Metropolitano de Bauru visitou o prédio e constatou a urgente necessidade de uma reforma. Para resolver essa situação nos autorizou a venda de um terreno na esquina da Rua Visconde do Rio Branco com a Rua José Peduti, com 900m2. Ficou acertado que se o valor obtido pela venda fosse superior ao da reforma aplicaríamos o restante em outro imóvel que seria na casa da Rua General Telles, 753 que apresenta rachaduras e afundamentos do piso, sendo, portanto, o valor recebido, empregado exclusivamente em imóveis.

Com relação aos aluguéis, tentamos atualizá-los de uma forma amigável com os inquilinos, pois os mesmos estavam completamente defasados, porém não obtivemos êxito, inclusive fomos maltratados por alguns. Entramos então com processos na justiça, para as devidas revisões e graças a São Vicente, fomos bem sucedidos. Entramos com dois processos de usucapião dos imóveis da Rua Curuzu, 1707 e Amando de Bartros, 2583, pois os mesmos não tinham sido doados totalmente ao Asilo (doadores e herdeiros já falecidos).

Em julho já estávamos com a parte financeira quase em ordem,

Shirley, Pe. Orestes, Dom Zioni e Dom Antonio (jantar de confraternização)


porém quando nos dirigimos ao INSS para requerer a CND, fomos informados de que por um descuido, nos últimos 29 meses não havia sido recolhidas as Guias correspondentes. Solicitamos o parcelamento da dívida de R$ 19.000,00 aceito pelo INSS para 15 meses, mas a parte relativa aos funcionários, R$ 3.900,00 teve de ser recolhida à vista e para tanto tomamos emprestado esse valor da Conferência Santana e com uma rifa quitamos tal empréstimo.

Convocamos mais um reunião extraordinária com a presença da diretoria e das Irmãs com a finalidade de acertar horários e cargos dos funcionários que estavam um tanto irregulares. Ficou combinado que o confrade Emilio e a Irmã Liduvina iriam até o escritório do Contador Zeus para acertar esses detalhes de acordo com as leis trabalhistas. Foram alertados também os voluntários que preparam os almoços aos domingos, sobre os horários, pois os mesmos deverão ser servidos até às 11h30min e os lanches às 14 horas.

A escriturária Lucimara solicitou demissão, portanto, temporariamente o serviço será executado pela diretoria, tendo esta enaltecido o trabalho que a consócia Irene Jorge dos Santos vem realizando na organização contábil da Casa.

Quando das buscas de documentos, encontramos duas escrituras, uma de um imóvel situado na Rua Curuzu, 62 (não conseguimos localizá-lo) e outra do imóvel da Rua Coronel Fonseca, 669 que não se acha registrado como propriedade do Asilo. Recebemos em doação um computador 386 dos Srs. Silso de Oliveira Pinto da “Acorse”; José Lázaro Antunes da “Point” e Rotary Norte.

Assinamos convênio com a Secretaria da Criança e do Bem-Estar Social, por intermédio das Sras. Suely Tamelini e Amélia Sibar e recebemos R$ 4.800,00 no período de agosto a dezembro.

O terreno citado anteriormente foi vendido ao Sr. Antenor Camargo da Silva, por R$ 27.000,00. Devemos registrar o empenho dos funcionários do INSS, Sra. Miriam Destro e o confrade João de Souza na obtenção de aposentadorias dos nossos velhinhos.

No dia 26 de agosto, 30 dos nossos idosos viajaram de ônibus da Serra Dourada para o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. Por solicitação


da diretoria da UNIFAC, fomos falar aos alunos de Ciências Sócias sobre o Asilo e seus internos.

Para a semana do idoso foram programados os seguintes eventos: 20/09, lanche festivo; 21/09, churrasco, lanche e show beneficente da 3ª idade, realizado pela Sra. Salma Tomé; 22/09, visitas aos velhinhos pelas alunas das escolas Rafael de Moura Campos e Américo Virginio dos Santos, com participação da LBV, fornecendo lanches; 23/09, passeio ao clube de campo da Duratex, incluindo lanches e refrigerantes; 24/09, almoço oferecido pela Churrascaria Tabajara, passeio de trenzinho, colaboração da Sra. Satiko Inoue; 25/09, lanche e lazer, promoção do Centro de Lazer Nova Aurora; 26/09, lanches com participação do Lions e LBV; 27/09, dia de São Vicente de Paulo, missa em ação de graças aos benfeitores e 28/09, grande festa de encerramento a partir das 14 horas, com churrasco, bebidas, pipoca, sonhos e sorvetes, lazer com participação da Academia de Dança e equipe teatral do Prof. Kim Marques. Da equipe da Sra. Judith Monteferrante de Melo recebemos a doação de 1.073 fraldões.

O Sr. Marcos Ramos, voluntário que vem sendo muito útil a esta Casa, foi nomeado Vogal. Em reunião realizada em 28 de outubro, ficou fixada a data de 16 de novembro para uma festa com churrasco, bebidas, sonhos, sorvetes, churros e como principal atração o “touro mecânico” cedido pela Staroup por intermédio do confrade e Vogal Izidoro José Merenda.


1998Foi o ano mais difícil de nossa administração, tivemos de enfrentar

discórdias entre funcionários, falta de colaboração entre eles e até momentos de indisciplina, horários não respeitados, retirada das Irmãs Servas do Senhor, tudo isso em prejuízo de nossos velhinhos.

Depois de várias reuniões, conseguimos colocar tudo nos devidos lugares. Consultamos representantes do Ministério do Trabalho para colocar em ordem jornadas de trabalho, férias e folgas. Em nosso escritório, contamos agora com os serviços do jovem Paulo W. Ferrari e contratamos auxiliares de enfermagem. Recebemos convite para participarmos da festa de comemoração das Bodas de Prata de 06 Irmãs da Congregação, no dia 08 de fevereiro. Entre essas Irmãs estão duas que fazem parte da administração desta Casa, Irmã Liduvina e Maria Neide Biazon. Estamos enviando ao Conselho Central a importância de R$ 2.559,35, referente a 2,5% da arrecadação do Asilo no ano de 1997, cujo balanço apresentou um prejuízo de R$ 46,60. Contratamos 02 enfermeiras e durante o mês de março contaremos com uma médica clínica geral, que dará plantão duas vezes por semana. Autorização concedida pelo Dr. Herculano Dias Bastos, Secretário Municipal de Saúde.

Estávamos em reunião quando surgiu o Sr. Arnaldo Vitalino que solicitava uma autorização por escrito, com a finalidade de arrecadar donativos para esta Casa. A diretoria, de comum acordo, achou prudente não conceder tal autorização, agradecendo a boa vontade do mesmo.

O funcionário Marcos Palmeira vem apresentando problemas de alcoolismo, estamos tentando, com a permissão do mesmo, uma internação em Itaporanga.

A Sra. Satiko Inoue está fazendo, junto aos membros do Centro de Lazer Nova Aurora, uma arrecadação de gêneros alimentícios. A Irmã Liduvina comunicou que a Casa vem atendendo, por mês, uma média de 100 “moradores das ruas”. Eles são alimentados e recebem a assistência possível, porém como o Asilo já possui seus 70 internos, fica difícil essa situação, pois temos a nossa programação.

Foi sancionada pelo Presidente Fernando Henrique Cardoso a lei que regulamente o trabalho voluntário nas instituições sem fins lucrativos,


isentando as mesmas do vínculo empregatício.Na reunião de abril, falamos da satisfação de vermos o entrosamento

entre a diretoria, Irmãs e funcionários, notando que o ambiente de trabalho está agradável. Os funcionários estão se ajudando mutuamente, principalmente nos finais de semana. Nessa reunião foi comentado sobre os relevantes serviços prestados aos idosos pelo voluntário Marco Ramos (Marcão). A cuidadora Cida falou que o interno Duvilio está muito agressivo, aconselhamos à mesma, muito calma e paciência. Foi decidida pela diretoria, a proibição de criação de animais, como cães, gatos, porcos, etc, pois a limpeza de todas as dependências do Asilo deverá ser a melhor possível para evitarmos problemas com a Vigilância Sanitária. Foi vendida a Perua Kombi azul, que estava em péssimo estado, por R$ 1.300,00. Por recomendação médica, foi sugerida uma limpeza bucal de nossos internos e para tanto o Dr. Lourival Ramazini fez uma doação de 72 escovas. Foi programado pelo Clube dos Lojistas um jantar para o dia 23 de maio, na Associação Atlética Botucatuense, com renda total para esta Instituição.

A Irmã Liduvina ficará afastada por um mês para tratamento de

Voluntárias preparando os “famosos” sonhos


saúde em Minas Gerais.O Sr. Gilmar dos Santos participou das festividades realizadas no

recinto da JVC, com uma barraca em benefício do Asilo, arrecadando a importância de R$ 609,00.

No dia 08 de junho houve uma reunião extraordinária por solicitação da Superiora Geral da Congregação Servas do Senhor, Irmã Maria Margarida Ferreira. Estavam presentes, além da Superiora, Irmã Eva das Dores da Silva, Vice-Superiora Geral; Irmã Liduvina Nicomedes, Superiora da Casa Pia; Irmã Almerinda Vaz Ferreira e Irmã Nadir Silveira; pela diretoria da Casa, eu como Presidente, Emilio E. Cassetari, Vice-Presidente; José Angelo Gonçalves, 1º Tesoureiro e Ercio José Dall’Aqua, 1º Secretário. A Irmã Superiora comunicou que após 20 anos de serviços dedicados aos idosos internos, as Irmãs estavam deixando o Asilo. As razões estão colocadas na carta que será transcrita mais adiante. Falei que já estava prevendo essa decisão das Irmãs, mas que esperava que houvesse, antes da decisão, uma reunião com o nosso Arcebispo Dom Antonio M. Mucciolo,

Zezinho (interno-deficiente visual), o Alberto (cafezeiro) e a bacia com os sonhos


a fim de encontrarmos uma solução para o problema. Foram feitas várias colocações pelos presentes, tais como: “repercussão negativa na cidade”, “dificuldade para encontrar outra Congregação Religiosa para assumir a direção interna da Casa”, “a falta da parte espiritual dos velhinhos”. Perguntamos qual seria o prazo para deixarem a Casa, respondendo a Superiora que deveria ser o mais rápido possível. Solicitei um prazo um pouco maior, ficando decidido que a data limite seria 31 de julho. Lamentei a saída das mesmas e agradeci os 20 anos de dedicação e amor com que serviram nossos velhinhos. A Irmã Liduvina comentou as razões de tal decisão e o seu pesar ao deixar os internos.

A CARTA RECEBIDA

Botucatu, 08 de junho de 1998.

Ilmo. Sr. Shirley LessaD. D. Presidente do Asilo Padre Euclides.

Cumprimentamos fraternalmente, eu, Irmã Maria Margarida Ferreira, Superiora Geral da Congregação das Servas do Senhor, juntamente com o meu Conselho Geral em reunião ordinária do dia 05 de junho de 1998, refletido, estudado e após termos consultado nosso Arcebispo Dom Antonio Maria Mucciolo, decidimos as saída das Irmãs Servas do Senhor da entidade Asilo Pe. Euclides.

Depois de 20 anos de serviços dedicados aos idosos, sentimos não termos condições de continuarmos na Obra. Os vários motivos que nos levaram a tomar esta decisão dos quais ressaltamos os principais:

1º – A falta de Irmãs para o trabalho a nós confiado na Obra.2º – A necessidade de novas perspectivas para Congregação.Certas de sua compreensão e apoio, subscrevo-me com especial

consideração. Ass. Irmã Maria Margarida Ferreira Superiora Geral


Solicitamos uma audiência com Dom Antonio Maria Mucciolo que gentilmente nos recebeu na Cúria Metropolitana às 10 horas do dia 10 de junho.

Estávamos acompanhados dos confrades Emílio, José Ângelo e Ercio. O assunto, logicamente foi a saída das Irmãs da Casa Pia São Vicente de Paulo. Dom Antonio falou que a Superiora da Congregação o procurou relatando as razões da decisão tomada, disse ainda que não via qualquer possibilidade de uma reconsideração por parte das mesmas. O Sr. Arcebispo nos prometeu empenho em conseguir outra Congregação para ocupar o lugar deixado pelas Servas do Senhor. Em nossa presença, ligou para as Irmãs Vicentinas, no Rio de Janeiro, porém foi informado de que a superiora estava em visita às Casas da Ordem, no Mato Grosso.

Recebemos carta da Irmã Liduvina, de Macaé (RJ), datada de 15/06, na qual explica as razões de seu afastamento como superiora do Asilo. Por necessidade da Congregação, agradece a consideração e o apreço da diretoria, funcionários, voluntários e internos, desejando a todos felicidades, deixando-nos um abraço fraterno.

No dia 20 de junho, Dom Antonio telefonou para que eu e ele fossemos até o Colégio Santa Marcelina, onde se encontrava o Padre Wilton Moraes Lopes, fundador da Congregação Copiosa Redenção, para verificarmos a possibilidade da vinda das Irmãs dessa Congregação para nosso Asilo. Em conversa com o Pe. Wilton ficou combinado que iríamos conhecer e solicitar a vinda das Irmãs.

No dia 27, partimos para Ponta Grossa (PR), em companhia de Dom Antonio e do confrade José Celso Vieira, presidente do Conselho Central, para conhecermos a Comunidade Assistencial da Copiosa Redenção, fundada há 10 anos pelo Padre Wilton.

Após 04 horas de viagem, tomamos um delicioso café da manhã e passamos a visitar as Obras mantidas pela Congregação: Casa de Retiro das Irmãs; Convento; Chácara de Recuperação de drogados e Casa de Recuperação de meninas de rua. Ficamos impressionados com a organização e especialmente com a alegria e entusiasmo das Irmãs. O dia foi de visitas e conhecimento do trabalho que a Congregação faz em


benefício dos carentes. É um trabalho exemplar, onde se observa o amor das Religiosas e do fundador ao próximo necessitado. É o amor de Deus agindo naquelas religiosas.

No final do dia, depois de um belo jantar, participamos de uma reunião com o Pe. Wilton e a Madre Adenise e para nossa alegria, fomos informados que a partir do dia 10/11/98, viriam para nosso Asilo, 05 Irmãs e 05 noviças.

A Madre Adenise nos apresentou uma relação contendo as providências a serem tomadas para o acolhimento das Irmãs que viriam para nossa cidade.

Para cobrir a ausência das Irmãs Servas do Senhor, a diretoria resolveu que a Sra. Zilda e seu marido João ficassem responsáveis pela administração interna da Casa, até a chegada das Irmãs da Copiosa Redenção.

Durante a viagem de volta, Dom Antonio convidou a mim e ao confrade José Celso para uma entrevista na Rede Vida de Televisão, no

Chegada das irmãs da “Copiosa Redenção) em 14 de novembro de 1998 - Missa celebrada por Dom Antonio e Pe. Wilson (Fundador da Ordem)


programa “Frente a Frente”, a qual aconteceu no dia 05/08. Estava prestando serviços nesta Casa o Sr. Antonio Lúcio, funcionário da Prefeitura. Com a aposentadoria do mesmo, solicitamos a reposição, porém nossa solicitação foi indeferida.

As Irmãs Servas do Senhor deixaram o Asilo no dia 03/08/98 às 10 horas. O casal Zilda e João está desempenhando muito bem a função a eles determinada.

A Colônia Santa Marina tem fornecido algumas partes de frangos abatidos em quantidade acima de nossas necessidades, o excesso temos enviado à Casa dos Meninos Sagrada Família.

Em virtude de estarmos há 06 meses sem receber verbas oficiais, tivemos que recorrer ao Conselho Central um empréstimo de R$ 3.500,00 e por intermédio de nosso tesoureiro, da Cooperativa dos Funcionários do Banespa, mais R$ 3.000,00.

Como todos os anos, sendo setembro o mês do idoso, são realizados diversos eventos, como churrasco, excursões, passeios de ônibus, trenzinho, almoços, jantares e lanches oferecidos pelo comércio. A Belco, da família Schincariol nos presenteou com 1.700 latinhas de refrigerantes. Apresentação da dupla Fábio e Júnior, sorteio de dois televisores e uma bicicleta, gentileza das Empresas: Funerária São José; Serveplus; Thadeu Seguros; Expande Corretora e Vidrolândia. Festividades encerradas no dia 27, sendo as mesmas apoiadas pela Mara, Assistente Social e dos voluntários.

O empréstimo feito junto ao Conselho Central foi liquidado graças ao recebimento da verba da Secretaria do Bem-Estar Social. Recebemos em doação da Sra. Maria das Graças Pesavento um carro Gol 1980 e também um lote de terreno no Condomínio “Ninho Verde II”, da Sra. Vera Suely Romeu. Recebemos comunicado que as Irmãs da Copiosa Redenção estarão chegando no dia 09 de novembro à tarde para nos auxiliar na administração interna da Casa. Conforme o combinado com o Pe. Wilton, fundador da Congregação, o Asilo estará pagando um salário mínimo a cada religiosa. A semana do idoso foi um sucesso, várias entidades fizeram visitas aos internos, trazendo presentes, lanches, doces, salgados e bolos.

Como estava previsto, às 16 horas do dia 09, chegaram as Irmãs,


vindas da cidade de Ponta Grossa. A Madre Superiora Geral, Irmã Adenise Somer e a Irmã Maria Ivani Dossa, acompanharam as irmãs que permanecerão trabalhando na Casa. A Superiora desta Casa será a Irmã Neuci Aparecida Ferreira e as 09 noviças são: Orestina Demenjon de Souza; Terezinha Pereira dos Santos; Márcia Terezinha Costa; Marlene Aparecida de Lima Fernandes; Tatiana Ferreira dos Santos; Eva Balico; Lúcia Munhoz Hermoso; Maria Fernanda Sipoli e Reginalda Galvão.

As religiosas foram recebidas com muita alegria pela diretoria, funcionários, voluntários e idosos. Às 18 horas o Sr. Arcebispo Dom Antonio M. Mucciolo, acompanhado do Arcebispo Emérito, Dom Vicente Marchetti Zioni, celebraram Missa em ação de graças pela vinda da Congregação Copiosa Redenção à nossa Arquidiocese. Após a Santa Missa, foi servido um delicioso jantar preparado e servido com muito carinho pelos voluntários: José Maria Lobo, Duvirges Mendonça; Vera Ribeiro; Lúcia Helena Garcia Lobo e Maria Aparecida Balesteiros.

Estavam presentes no jantar, Dom Antonio; Dom Zioni; Pe. José Lorusso; Pe. Orestes; diretorias do Conselho Central e Asilo, com as respectivas esposas e as Irmãs recém-chegadas. No dia 10 o Sr. João Eloi

Pe. Antonio Maria e as irmãs da Copiosa Redenção


Ramos, proprietário da Frangolândia, preparou e serviu às Irmãs, idosos, funcionários e diretoria um delicioso churrasco.

Às 15 horas foi realizada uma reunião entre as Irmãs e a diretoria com a finalidade de mostrar às mesmas o funcionamento, a estrutura e a situação a Casa Pia. Depois das orações pela Madre Adenise, falei como assumi a presidência, devido o afastamento do então presidente Álvaro P. Gonçalves, eleito vereador de nossa cidade. Falamos sobre a estrutura da Sociedade São Vicente de Paulo, responsável pelo Asilo Pe. Euclides. Falamos sobre os imóveis de propriedade do Asilo, também dos funcionários e as funções de cada um, esclarecemos sobre as atividades dos voluntários junto aos idosos. Apresentamos a Assistente Social e as auxiliares de enfermagem. Transmitimos às Irmãs plena autonomia na administração interna da Casa e nos colocando à disposição das mesmas para qualquer dúvida.

O Vice-Presidente Emílio, responsável pela parte interna, relatou as dificuldades que vem observando no dia a dia do Asilo. A superiora da Casa, Irmã Neuci falou sobre a Congregação e a disposição das Irmãs para cuidar dos velhinhos e que na medida do possível, com certeza, irão se adaptar à nova atividade. Salientou que com o amor de Cristo, haverá união, fraternidade e entrosamento das pessoas. Estando presente à reunião a Assistente Social Mara, colocou-se à disposição em colaborar sempre. Finalmente, falou a Superiora Geral Madre Adenise, dizendo que a falta de experiência no trato com os idosos será superara pela dedicação e amor que as Irmãs dispensarão aos velhinhos, falou também que as religiosas estão felizes e contentes com a vinda para Botucatu, sendo a intenção das mesmas de unir e motivar as pessoas na caridade de Jesus Cristo.

No sábado, dia 14 houve missa concelebrada pelo Dom Antonio, pelo Padre Wilton e o Padre Odair da cidade de Ponta Grossa, presentes Irmãs da Congregação Servas do Senhor e Marcelinas que prestam serviços à Arquidiocese, membros da diretoria, Irmãs recém chegadas e pessoas da comunidade.

Dom Antonio fez a apresentação oficial das Irmãs da Copiosa Redenção, sendo lido aos presentes o documento baseado no Cano 609, do Código de Direito Canônico, recebendo a Congregação “Copiosa


Redenção”. O fundador da Congregação, Pe. Wilton, relatou como aconteceu a fundação.

A instituição teve início com duas senhoras viúvas e uma solteira e pela graça de Deus a Congregação se expandiu rapidamente com inúmeras vocações.

Padre Wilton levou a minuta do contrato que será assinada entre a Congregação e a Casa Pia São Vicente de Paulo. Registramos em Ata a alegria e confiança com a chegada das religiosas. Entre as boas notícias, recebemos com muito pesar a comunicação do falecimento da Sra. Maria Glória Guimarães Soler, incansável colaboradora desta Casa, durante muitos anos prestou seus serviços, especialmente na preparação das missas em nossa Capela. Aproveitando a estada de Dom Antonio, solicitei do mesmo uma entrevista, na Rede Vida, com a Sra. Maria Silvia Ferreira e Dra. Cecília Magaldi, dirigentes da Ação da Cidadania de Botucatu, sendo marcada para o dia 28 de novembro.

Nesta oportunidade estamos quitando o empréstimo feito em nome do nosso tesoureiro, confrade José Ângelo Gonçalves. A arrecadação nos portões do cemitério rendeu R$ 4.548,26.

Almoço de confraternização pela chegada das irmãs da copiosa redençao


O botucatuense benemérito desta Casa, Dr. Wanderley Paganini, estará lançando no próximo dia 04 de dezembro, no Rotary Norte, livro de sua autoria, cuja renda será destinada, 50% ao Asilo e 50% à Casa das Meninas Amando de Barros. Além dessa doação, o Sr. Wanderley oferece com muita freqüência um boi para alimento de nossos velhinhos.

A Irmã Neuci falou sobre a adaptação das Irmãs no Asilo e na cidade. Com o auxílio das Irmãs, tomamos as seguintes providências: implantação de enfermaria para os casos mais graves; equipe para cuidar da farmácia; elaboração de um cardápio, estabelecendo alimentação para cada dia da semana e com a colaboração da Professora de enfermagem da UNESP, Sra. Adareluci, estão sendo transmitidos os cuidados que devem ser tomados na enfermaria.

Estivemos juntamente com a Irmã Neuci na PRF8, falando sobre o Asilo.

O final do ano foi bastante movimentado, além do almoço de confraternização entre a diretoria, Irmãs, idosos e funcionários, os velhinhos receberam muitos presentes e foram homenageados com as visitas: professores e alunos do Colégio La Salle; Santa Marcelina; Escola Cirandinha; Escola Infantil de Dança; Coral da Polícia Civil de Botucatu e Igreja Presbiteriana, estando presente também o “Papai Noel”. Além dos presentes, receberam ainda panetones e refrigerantes. Por iniciativa das Irmãs foi concluída a pintura interna de nossa Capela.

199903 de janeiro: Reunião de início de ano, o confrade Emílio usando da palavra, lembrou que com os atrasos das verbas dos convênios esta Casa tem a situação financeira abalada. Solicitou o máximo de economia para que não seja atingido o conforto dos internos. A Irmã sugeriu e tentará entrar em entendimento com o Padre Marcelo Rossi, visando acertar um grande evento e tentará também um contato com o cantor Daniel. Nossa sugestão para melhorar a receita seria a troca de alguns imóveis que estão em “péssimo estado” de conservação, por outros, mesmo em menor quantidade, mas que rendessem melhores aluguéis.

Em reunião que tivemos com o Dr. Camacho, Juiz de Direito,


fomos informados de que os elementos condenados com penas leves serão enviados ao Asilo para prestarem serviços diversos. Infelizmente a experiência não teve o êxito desejado.

Fomos convidados pelo Conselho Municipal de Assistência Social a comparecer, com um membro da diretoria, nas reuniões na Prefeitura, todas as terças-feiras, às 16 horas.

Com o carro Gol que recebemos em doação, foi feita uma rifa com 5.000 cartões ao valor de R$ 2,00 cada.

Com autorização da Prefeitura o médico Dr. Jansen passou a prestar atendimento aos nossos internos às quartas-feiras e a Dra. Adriana Polachinni às segundas-feiras. O professor de História da Escola Dr. João Maria de Araújo trouxe um grupo de alunos para entrevistarem nossos velhinhos, tendo sido gravadas pela TV Modelo. A satisfação de nossos internos foi espetacular, sentiram-se importantes dando entrevistas. Esse evento foi comentado entre eles por diversos dias. Recebemos a visita da Sra. Valéria, esposa do Prefeito Pedro Losi Neto, acompanhada dos membros da área social, trazendo 68 ovos de páscoa aos idosos. A Irmã Neuci participou de uma reunião com o Dr. Paulo Villas Boas, Dra. Adriana, Dr. Jansen, Dr. Brant e a Professora Dareluci para estudarem

Irmãs da Copiosa Redenção; Dra. Dareluci (voluntária) e internas


um atendimento mais freqüente aos asilados. Foram concluídas a pintura externa da Capela, a reforma da farmácia e a reforma geral da caixa de energia elétrica. Recebemos a agradável notícia de que a Irmã Neuci foi nomeada Madre Regional, porém ela poderá deixar o Asilo em novembro.

No dia 17 de abril foi realizada a Assembléia Geral dos vicentinos de Botucatu às 18 horas, na Igreja do Sagrado Coração de Jesus. As Irmãs desta Casa estiveram presentes participando ativamente, cantando e alegrando todos os fiéis que participaram da Santa Missa.

A Irmã Neuci nos informou que no dia 09 de maio, no programa “Louvemos ao Senhor” da Rede Vida, apresentado pelo Pe. Antonio Maria será lançado o CD das Irmãs Inês, Maria da Cruz e Juliana da Copiosa Redenção. Na romaria anual dos vicentinos para Aparecida do Norte, estarão presentes os internos Antonio Honorato, Sebastião T. da Silva e Osvaldo Alves de Souza, acompanhados das Irmãs Neuci, Lícia e Reginalda. O Coral Nossa Senhora de Fátima esteve se apresentando aos internos, inclusive com a presença do Pe. Joinville, prestigiando os aniversariantes, nascidos de janeiro a abril. A mais festejada foi Dona Mariinha que estava

Assistente social (2ª da esquerda para a direita), irmãs e internas


completando 97 anos.No dia 01º de janeiro foi assinado o contrato entre a Casa Pia São

Vicente de Paulo e a Pia União de Maria Mãe da Divina Graça – Copiosa Redenção, por mim e pelo Pe. Wilton.

Como acontece todos os anos, nossos velhinhos estão sendo vacinados contra gripe, tétano e pneumonia. Providenciamos também a colocação de corrimãos nos banheiros, para evitar quedas e barras paralelas aos lados das casas, para fisioterapia.

Em reunião do Conselho Central, realizada em 20 de junho, a diretoria do mesmo, houve por bem prorrogar nosso mandato até março de 2000, no que fomos acompanhados por toda diretoria da Casa. A rifa do carro Gol teve como ganhador o Sr. José Maria Pereira, funcionário desta Instituição.

O empréstimo de R$ 5.000,00, feito em nome do nosso tesoureiro José Ângelo Gonçalves (Zico) junto à Cooperativa dos Funcionários do Banespa, está sendo quitado em 06 parcelas mensais de R$ 923,00.

Estudantes de Medicina da UNESP vêm dando assistência na terapia dos idosos e os de Agronomia, coordenados pelo Professor Fim, estão prestando assistência ao pomar e à horta.

Estamos recebendo as seguintes doações: gêneros alimentícios da UNIFAC; 30 kg de arroz do Sr. Celso Quinteiro; café do Café Tesouro; verduras e legumes da Demétria e R$ 600,00 de um anônimo. No mês de agosto, as superioras da Copiosa Redenção estiveram reunidas nesta Casa.

No mês de setembro, mês do idoso, procuramos realizar o máximo de eventos aos internos e graças às colaborações do comércio e voluntários, tivemos: visita ao zoológico de Bauru, onde receberam lanches e refrigerante, almoços e jantares: da Duratex, Restaurante Ki Churrasco, Por do Sol, Inhos, Churrascaria Tabajara, Frangolândia, Nova Aurora e Ação da Cidadania; visitas dos alunos das escolas Pequeno Príncipe e Prof. Francisco Guedelha.

Participamos da abertura da campanha “Gente que precisa da Gente”, organizada pelo Supermercado Pavão e recebemos 694 kg de alimentos.

Em 19 de dezembro o Lions Club organizou um belo almoço e


distribuiu doces e presentes.No Natal tivemos a presença do “Papai Noel”, distribuindo presentes

que foram arrecadados na comunidade, o almoço do dia foi organizado pelos restaurantes Inhos, Ki Churrasco e voluntários. A arrecadação nos cemitérios rendeu R$ 4.569,14.

Foi feito um remanejamento entre as religiosas da Copiosa Redenção, permanecendo entre as primeiras que chegaram apenas a Irmã Neuci e Irmã Tatiane.

200003 de janeiro: Foi eleito presidente do Conselho Central da Sociedade São Vicente de Paulo de Botucatu, o confrade Edemundo de Oliveira, sucedendo o confrade José Celso S. Vieira e em reunião extraordinária o mesmo solicitou a minha permanência na presidência por mais um mandato de 04 anos. Pela amizade e consideração que tenho para com o confrade Edemundo e também pelo prazer de continuar servindo nossos velhinhos, aceitei o convite, sendo empossado de imediato.

Convidei os amigos que iriam dividir comigo essa responsabilidade por mais 04 anos, ficando assim constituída a nova diretoria: Pres. Shirley Lessa; Vice - Pres. Emilio Euclides Cassetari; 1º Sec. Ercio José Dall’Aqua; 2º Sec. Vicente Waldir Borgatto; 1º Tes. José Ângelo Gonçalves; 2º Tes. José Domingos Borgatto; Diretor Social, Darci Antonio Frederico; Diretor de Eventos, Edison Cardoso dos Santos; Vogais: João de Souza, Marcos Ramos, Maria Bernadete Eggert, Darci Ap. José Zanim e Irene Jorge dos Santos; Conselho Fiscal: Domingos Paganini, Mauro Nogueira Duarte e João de Souza; Comissão para assuntos diversos: Regina L. Paganini, Maria Pereira da Silva Souza, Reinaldo da Silva, Izidoro José Merenda, Lourival Martins Camacho, Elvira Frederico Morandim, Manoel Garcia, Célia Regina Barduco e Andislan Dellucci.

O Sr. Bráz Nogueira e Dona Rosita estiveram no Asilo para nos comunicar que em breve estarão construindo uma enfermaria, cujo custo será de aproximadamente R$ 30.000,00, sendo essa construção uma homenagem a Sra. Izolina Paes de Almeida Nogueira (Dona Zola). Para administrar a obra, o Sr. Bráz escolheu uma equipe de sua confiança, Srs.


Álvaro Picado Gonçalves, Hélios Monteferrante, Celso Luiz Bueno e Mário Pilan Júnior. Por ocasião da Páscoa, a UNIFAC e a Prefeitura ofereceram um almoço especial e distribuíram ovos de chocolate, contando com a colaboração do Lions Club, realizamos um chá-bingo. No dia das mães nossas vozinhas receberam flores, presentes, lanches e uma apresentação teatral.

A festa patrocinada pelo Lions Club rendeu R$ 1.614,00. Durante a participação da Semana Angelino de Oliveira (12 a 16 de junho) arrecadamos R$ 260,00 e os jovens vicentinos realizaram um “Pedágio”, arrecadando R$ 1.436,60. O total dessas contribuições será destinado à compra de materiais para enfermaria.

A festa junina foi realizada no “Espaço Cultural”, com apresentação da Banda Municipal, conjuntos musicais e vários cantores, cuja arrecadação foi de R$ 2.128,41. Participaram do evento, membros da diretoria e voluntários, colaborando com o Diretor Social, confrade Darci A. Frederico e a Assistente Social da Casa, Sra. Mara.

Atualmente estamos com 320 “sócios contribuintes”. A Superiora Irmã Neuci, sugeriu a troca do vigia noturno por uma Auxiliar de Enfermagem, para melhor atendimento aos internos durante as noites.

Nesta data estamos recebendo os Novos Estatutos para as Obras Unidas da Sociedade São Vicente de Paulo, sendo o mesmo transcrito integralmente no Livro de Atas desta Casa.

200122 de março: O Asilo está em festa, está sendo inaugurado o Centro de Recuperação Hospitalar “Isolina Paes de Almeida Nogueira” (Dona Zola). Obra doada pelo ex-deputado Bráz de Assis Nogueira, que ao receber o Título de Cidadão Emérito Botucatuense, ficou tão feliz e por gratidão resolveu reverter essa homenagem em benefício dos velhinhos desta Casa.A esposa do Sr. Bráz, Sra. Maria Rosa Peduti Nogueira (Dona Rosita) também teve grande participação nesse presente que o nosso Asilo recebeu. O nome da Obra é uma homenagem à genitora do doador. Estiveram presentes à solenidade, além do Casal de doadores, Dom Antonio Maria Mucciolo, toda diretoria da Casa, Irmãs, diretoria do Conselho Central,


vicentinos, vereadores, diversas autoridades, funcionários, voluntários, os idealizadores, confrade Álvaro P. Gonçalves, Hélios Monteferrante, Celso Bueno e principalmente os Internos. Dom Antonio deu sua bênção à Nova Obra.

O Sr. Bráz declarou que tem certa ligação com o Asilo, pois costumava brincar neste local quando criança.

A seguir, palavra do Sr. Bráz durante a inauguração.

ASILO DE BOTUCATU

Aldeia da Serra, 22 de março de 2001.

As Senhoras e Senhores foram convidados para participar de um evento estimulado pela Câmara Municipal de Botucatu, quando

Inauguração do Centro de recuepração “Isolina Paes de Almeida Nogueira (Dona Zola) em 22 de março de 2001). Na foto Helios e esposa, Álvaro e esposa, Deputado Braz, esposa, filha e Shirley


agraciou-me com o Título de Botucatuense Emérito, portanto não fossem os vereadores, este prédio não existiria.

Resolvi retribuir e, após consultar os amigos Álvaro Picado Gonçalves (idealizador da iniciativa), Hélios Monteferrante e Celso Bueno, escolhemos o Asilo para ser assistido. É evidente um ato beneficente que visa melhorar a vida daqueles que passam por aqui.

Mas entendi, ser também, uma oportunidade para descarregar a consciência e buscar reparação por não ter lutado mais pelo Municipalismo e Voto Distrital, duas vítimas de graves mazelas do século XX – século de gigantescas fraudes políticas.

Para melhor compreensão invoco o passado:Quando menino, por volta das décadas de 30 e 40, assisti este Asilo

– assim como a Santa Casa de Misericórdia e Ofanatos – ser mantido, e muito bem mantido pela Comunidade Botucatuense, com doações e recursos obtidos de eventos beneficentes, tais como bailes, leilões e quermesses.

Então surgiu – com força – a ideologia pela concentração do Poder, movimento mundial, por tanto globalizante – da direita ou da esquerda, Karl Marx versus Weber, que no Brasil deturpou o sistema Federativo e espoliou os Municípios, exaurindo sua autonomia econômica em favor da União, situação que até hoje atormenta nosso dia a dia de contribuintes.

Vale explicar: mal inspirados em alguns “ISMOS” os Governantes confiscaram parte das nossas rendas, transferindo-as para a distante metrópole Rio – hoje, a mais distante, Brasília – prometendo que de lá resolveriam nossos problemas, mormente os assistenciais.

E aí, deu no que deu; nossas funções beneficentes atrofiaram e as entidades locais passaram a viver de promessas, na expectativa que indefectíveis impostos e taxas correspondentes aos deveres sociais fossem compensadas.

Pior, o nosso elevado e aguerrido espírito de participação – hoje tão conclamado – também foi pelo ralo da insensibilidade, conseqüência da “burrice” que deslocou o poder Político do lugar onde deve ser praticado, esvaziando substancialmente o debate sobre como e em que aplicar os recursos locais. Como sempre os desditosos foram os mais penalizados. A carência


é constatável neste Asilo que passou a viver de migalhas, minorada pelos esforços dos vicentinos e religiosos que conseguem obter dádivas de uma população frustrada diante dos problemas sociais, não devidamente atendidos pelo Poder centralizado. Assim, espoliados econômica e financeiramente, aguarda-se a contrapartida pelo que nos foi cobrado em forma de tributos.

Daí esta contribuição: que neste prédio – estruturalmente aquém dos monumentais “palácios públicos” de São Paulo e Brasília – possam os nossos velhos terminar seus dias com alguma dignidade.

Ademais, espero que este acontecimento estimule os Políticos a continuar pressionando, para que os problemas coletivos sejam solucionados na Comuna. Não duvidem, no Município está o embrião da “terceira via”, a almejada alternativa entre o comunismo utópico e o capitalismo insensível. Portanto, nem tanto Davos nem tanto Porto Alegre para encontrar um novo sistema em favor do Bem Comum. Além disso, é mais fácil conviver e participar das “micro querelas” do Café do Ponto do que assistir as ornamentais “Macro Catilinárias” dos mercenários

Missa celebrada por Dom Antonio M. Mucciolo (inauguração do Centro de Recuperação)


forjadores de opinião, os retumbantes eruditos sem cultura, estéreis “salvadores da humanidade”.

Recomendo não se perder tempo discutindo as vantagens ou não da globalização; ela é irreversível como conseqüência da facilidade crescente das comunicações e transportes; vale dizer, é a determinação da natureza impondo sua vontade pela força da evolução.

Assim, sugiro que toda energia seja aplicada no aprimoramento da democracia “epidérmica”. Nisso os suíços inspiram modelo, pois lá o módulo político é o quarteirão, jurisdição ainda menor do que o próprio município.

Mas, para evoluir é necessário redistribuir as funções Constitucionais dos três níveis de Governos – União, Estados e Município – definindo, racionalmente, suas obrigações (por Servir) e direitos (de Cobrar) pelos serviços prestados.

Por tudo isso, vale a pena lutar e só Deus sabe o quanto lutei, mormente em 1971 quando na Fortaleza de São João cursava a Escola Superior de Guerra como único estagiário político.

Deputado Braz Nogueira (doador do Centro de Recuepração) falando sobre a obra


Agora, dois apelos: Senhores Vereadores, instituam o Dia do Idoso... E que ele ocorra em Outubro, após o Dia da Criança, para que a Comunidade possa vir aqui avaliar, em última instância e ainda a tempo, seu desempenho na área Social.

Senhores Jornalistas: mantenham ativa a Consciência Comunitária através de publicações sobre o Asilo e seus problemas... Aqui sim a verdade é nua e crua para que se possa aferir os acertos e erros praticados em favor dos nossos carentes.

É oportuno agradecer os organizadores deste evento por terem homenageado minha mãe dando-lhe o nome a estas instalações. Pelo que dedicou a este Asilo, ela fez por merecer.

Como derradeiro comentário: Júlio César após as grandes conquistas, ao entrar triunfante em Roma, em plena apoteose, fazia-se acompanhar em sua biga de um escravo cuja única função era repetir: “Lembra-te que és mortal”...

Assim a Política é a nobre atividade praticada pelos homens, mas que acima de tudo exige renúncia ao Superego; também muitas vezes é incompreendida, portanto mal praticada por sociedades que ainda reagem mais às emoções do que às soluções. Por isso, impõe aos seus praticantes vocação e árdua dedicação.

Mas agradeço ao Pai por ter provado... E de modo especial por tê-la iniciado na escola certa, na Câmara Municipal de Botucatu.

Meu agradecimento ao Sr. Brás e Dona Rosita

Em 7 de setembro de 1922 o Pe. Euclides carneiro fundou este Asilo. A partir dessa data, pouca coisa foi construída neste local. Isso aconteceu por dois motivos: falta de apoio dos poderes constituídos e também pela política arcaica de nossa Sociedade. Tenho certeza de que todas as diretorias que por aqui passaram tiveram vontade de realizar algo mais, porém foram tolhidas por entidades superiores.

Mas...em setembro de 2000 (78 anos após), surgem duas almas bondosas e caridosas: Sr. Brás Nogueira e sua esposa Dona Rosita, que pensando em nossos velhinhos doaram esta importante Obra que


Fotos da inauguração


virá beneficiar aqueles que necessitam de um atendimento pessoal e cuidadoso, podendo chegar aos seus últimos dias com mais cidadania e maior dignidade.

Sr. Brás e Dona Rosita como seria importante se outras pessoas procurassem imitá-los. Quero também ressaltar o trabalho da Comissão de Obras: Hélios, Álvaro e Celso que juntamente com a Irmã Neuci se desdobraram para a concretização desta inestimável Obra, o Engenheiro Mário Pilan, demais Irmãs, voluntários, membros da diretoria e funcionários.

Quero fazer agora uma pequena reflexão: “tentemos imaginar um mundo sem idosos. É difícil, não é? Afinal de contas, onde iriam parar os nossos pais, avós e tantas outras pessoas que tanto gostamos? Como viveremos sem elas? O fato é que sem os velhos seria muito difícil manter a harmonia da sociedade, pois eles são os nosso ponto de apoio para a vida. Mesmo depois de adultos é comum que busquemos a ajuda deles para resolvermos problemas de nossas vidas. Desde crianças costumamos vê-las como modelo de conduta moral e social, procurando sempre imitar todas suas qualidades. Não há dúvida que a natureza nos faz envelhecer para que os mais jovens tenham condições de desenvolver com maior segurança.”

Sr. Brás e Dona Rosita, tenho certeza que se a Julinha, o Marcelino, o Zezinho, o Gabriel, o Polosi, a Mariinha, o Oswaldo e outros 53 velhinhos, tivessem a oportunidade de se manifestar, diriam: “Caríssimos amigos e irmãos em Cristo. Sabe, nós somos velhos, somos crianças de cabelos brancos, precisamos de amor, de cuidados, de atenção, estamos sós, muitos nos abandonaram, porém vocês lembraram-se de nós. Olhamos para o mundo e sentimos quanto é grande a nossa solidão. Estamos sós, mas temos a capacidade de lembrar. As recordações são o único elo que nos liga à vida. Olhamos nossas mãos trêmulas e calejadas e sentimos recordar o passado. Elas eram fortes como as suas, fizeram de tudo para ajudar a sobreviver e dar alento e conforto àqueles que nos amavam. Hoje elas estão vazias e não podem demonstrar ternura e afeto, porque estamos sós. Miramos no espelho, nossas rugas, sinais de luta que travamos contra o sol, a chuva, o vento, o frio inclemente, restou a solidão, embora nesta Casa tenha o amor e carinho da diretoria, das irmãs, dos voluntários e funcionários.


Sr. Brás e Dona Rosita, vocês se uniram a nós, ofereceram suas mãos amigas para que pudéssemos ter um novo abrigo. Nós lhes oferecemos nossas orações.

Não...não podemos pagar-lhes, mas Cristo saberá recompensá-los com bênçãos o conforto que nos trouxeram.

Quando entrarmos na eternidade, lembraremos de vocês junto ao SENHOR.”

No dia 09 de maio, o confrade tesoureiro, José Ângelo Gonçalves, alegando compromissos particulares, solicitou demissão do cargo e para ocupar o seu lugar foi convidada a Sra. Irene Jorge dos Santos que aceitou prontamente. Na oportunidade, a Sra. Irene convidou a Sra. Célia Regina de Marchi Barduco para auxiliá-la, convite também aceito.Em virtude da difícil situação financeira do Asilo, fizemos um empréstimo de R$ 15.000,00 em meu nome junto à Cooperativa dos Funcionários Aposentados do Banespa.

Havia um projeto de cedermos, em comodato, uma gleba de terra de aproximadamente 30.000m2 destinada à prática esportiva, com a finalidade de “tirar garotos das ruas”, inclusive tendo sido assinado um contrato; de um lado a diretoria desta Casa e do outro os Srs. José Ricardo da Silva, José Benedito França Câmara, Acir Paula Leite e Mauro Kioshi Kassama. Infelizmente esse projeto não foi concretizado.

Recebemos as seguintes doações: Sra. Alaise Badelucci Carvalho, R$ 300,00 para compra de pães; do casal José Pires e Ruth Ambiel Pires, R$ 200,00; do Dr. Fernando Paganini Pereira, R$ 120,00 para aquisição de um inalador e do casal Dr. Fernando Pimazoni e Mara, janelas e portas para a reforma de uma casa de idoso.

Foi discutido, em reunião, o comportamento de alguns funcionários sobre os cuidados que os mesmos deverão ter com os internos, sendo remetidas cartas de advertências e se não houver melhora, serão demitidos. Também foi cogitada a saída de dois idosos, por não se comportarem dentro do mínimo exigido pelo regulamento da Casa. Fomos informados pela Irmã Luciane de que o Bingo destinado a equipar o ambulatório médico rendeu R$ 3.196,00.


Estamos aguardando o recebimento do título de “Entidade de Caráter Filantrópico” que trará grandes benefícios a esta Casa, pois toda documentação foi enviada ao órgão competente do Governo Federal.

A consócia Irene sugeriu que vendêssemos o terreno localizado na parte superior do Asilo, com aproximadamente 30.000m2 (não utilizado) cuja arrecadação seria destinada a novas construções e reformas. Por sugestão da Irmã Neuci, foi feito um comunicado aos visitantes quanto ao cuidado na distribuição de bolachas, doces e cigarros, pois temos internos que seguem regimes sob orientação médica e de nutricionistas.

Devemos registrar o trabalho voluntário da enfermeira, Professora da UNESP, Sra. Joselaine Rosália Batista Shelp, que vem realizando um projeto extraordinário com nossos internos. Registramos também a presença do Dr. Evanil Pires de Campos, Clínico Geral, que vem atendendo nossos velhinhos e do Fisioterapeuta Dr. Marcelo Pinho de Campos, que vem realizando um grande trabalho com os idosos. O imóvel da Rua Carlino de Oliveira, 421, cuja doação foi feita em 1988 pelo Sr. Alfredo Mário Pinto e que estava gravado com a cláusula de usufruto, passou a pertencer em definitivo ao Asilo em virtude do falecimento do doador.

Por intermédio do Advogado Dr. Marcelo Delevedove, entramos com processo de usucapião dos imóveis da Rua Curuzu, 1707 e Rua Amando de Barros, 2583 (esses imóveis haviam sido doados em partes). Como acontece com freqüência, recebemos do Sr. Wanderley Paganini a doação de um garrote, já abatido para alimentação dos internos. A Claus Sport fez doação de uma caixa de roupas novas. A Duratex ofereceu a 36 idosos, acompanhados da Assistente Social Mara e 05 Irmãs, um dia muito agradável, com passeio, café da manhã, almoço e café da tarde.

Durante a semana do idoso nossos velhinhos foram presenteados com deliciosos almoços oferecidos pela Churrascaria Tabajara; Frangolândia e Ki Churrasco. Do Lions Club, recebemos 250 kg de arroz e o Rotary patrocinou um passeio de trenzinho pela cidade.

Por motivo de doença da esposa, o confrade João de Souza, que por muitos anos foi o procurador dos internos junto ao INSS, solicitou afastamento, sendo esse trabalho executado atualmente pelo vice-presidente, confrade Emilio E. Cassetari. Convocamos uma reunião com as Irmãs para


reformulação das tarefas das mesmas, estabelecendo horários para que sempre haja uma Irmã responsável pela Casa, quer nos dias úteis, como também nos sábados e domingos.

No final do ano o Sé Supermercados colocou em doação 02 ambulâncias que seriam destinadas a ENTIDADES BENEFICENTES (por intermédio de votação da população) sendo contemplada com uma delas o “Aconchego”, entidade destinada ao amparo aos idosos e por incrível que pareça, a Prefeitura Municipal foi contemplada com a outra. Tal fato nos levou a escrever um artigo publicado no “Diário da Serra”, com o seguinte título: “PREFEITURA É INSTITUIÇÃO DE CARIDADE?”. Houve inclusive um protesto geral entre as pessoas que depositaram seus votos nas urnas do Supermercado.

A firma “SABRICO” realizou uma promoção com uma bela arrecadação de gêneros alimentícios doados a este Asilo.

O ano foi encerrado com todas aquelas festividades e eventos destinados ao bem estar de nossos internos.

PREFEITURA É INSTITUIÇÃO DE CARIDADE?

O Sé Supermercados quando de sua inauguração, houve por bem presentear Botucatu (DUAS INSTITUIÇÕES DE CARIDADE OU HOSPITAIS), com duas ambulâncias. Os clientes que efetuassem compras, entre os dias 17 e 31 de outubro, teriam o direito de escolher uma INSTITUIÇÃO DE CARIDADE OU HOSPITAL e depositariam na urna o seu voto (cupons).

Cada cupom esclarecia: “ O Sé Supermercados em parceria com a Comunidade de Botucatu, contribuindo com o Bem–Estar Social, fará a doação de duas AMBULÂNCIAS 0 km a duas INSTITUIÇÕES DE CARIDADE OU HOSPITAIS de sua escolha (uma ambulância para os dois mais votados.)”

Logicamente, cada INSTITUIÇÃO DE CARIDADE saiu a campo procurando angariar o maior número de votos e, nós, representantes do Asilo Pe. Euclides, auxiliados por um grande número de voluntários e mais 300 vicentinos, nos dedicamos com maior afinco, visando termos uma


ambulância, que tanta falta nos faz. Todos aqueles que conhecem o Asilo têm ciência de nossas dificuldades para transportamos os idosos carentes até a UNESP (às vezes de 4 a 5 viagens por dia), inclusive vários deles para fazer hemodiálise,

Sabendo que nunca teríamos condições financeiras para adquirir uma ambulância, estava ali a grande oportunidade, sendo redobrada a esperança. Quando em contato com pessoas que tinham conhecimento de nossa luta, elas diziam: “Só dá Asilo na votação”. Mas... Como em tudo tem um mas, veio a decepção e revolta: o Asilo tinha ficado em terceiro lugar, com 6643 votos. Em primeiro lugar, ficou o Aconchego, com 7660 votos e em segundo lugar, pasmem senhores... a PREFEITURA MUNICIPAL DE BOTUCATU (como Instituição de Caridade), com 6948 votos!

O que nos levou a fazer esse desabafo foi a indignação de todas as pessoas que nos encontram e nos dizem: “Isso é um absurdo, pois nem sabíamos que a Prefeitura estava concorrendo com as INSTITUIÇÕES

Edenilson, sub-gerente do Sé, entrega solenemente as chaves da ambulância para o presidente do Asilo Shirley Lessa


DE CARIDADE!”.Somos questionados a todo momento: “Você acha que alguém

votaria na Prefeitura como INSTITUIÇÃO DE CARIDADE? Você não pode ficar calado nesse momento, pois a população deve ter conhecimento de casos como esse”.

Quando convidado para presidir o Asilo, aceitei com a melhor boa vontade e amor o encargo, para defender, com toda minha força e dedicação, aqueles idosos que lá estão – agora sem vitalidade – para que sejam mais respeitados em seus últimos dias. Sei que críticas virão, mas este desabafo se faz necessário, pois sempre primei em defender as causas justas.

Shirley Lessa

200201º de janeiro: Festividades de início de ano, missas, presentes, almoços e jantares patrocinados pela Casa e também por voluntários.

No dia 13 de fevereiro, convocamos uma reunião exclusivamente administrativa, estando presentes a diretoria da Casa Pia e representando a Congregação Copiosa Redenção, as Irmãs Adenise, Madre Geral; Fabiane; Andréia e Zenilda, nova Superiora que substituiu a Irmã Neuci, transferida para Maringá. Usando da palavra, a Madre Adenise fez um relato sobre as mudanças necessárias que a nova superiora irá fazer nesta Casa. Como estavam chegando “Postulante”, perguntei qual seria a função das mesmas no Asilo. Solicitamos também um maior entrosamento entre a Administração e as Religiosas que trabalham com os internos.

O confrade Emílio, Vice-Presidente e responsável pela administração interna, falou sobre o ambiente da Casa, pedindo maior participação das Religiosas junto aos idosos e funcionários, buscando um ambiente agradável entre as pessoas que aqui trabalham.

Estivemos em Bauru participando de uma reunião do Conselho Metropolitano, sobre Obras Unidas, falamos sobre nossa indignação com a contribuição que os asilos têm de repassar aos Conselhos mensalmente, falamos também sobre uma maior autonomia que cada Obra Unida deveria ter com relação à administração de seus imóveis.


Em virtude de não estarmos recebendo “em dia” nossas subvenções, fomos levados a fazer um empréstimo de R$ 5.000,00 junto à Conferência de Santana, que será quitado em 10 parcelas mensais.

Após as críticas e mesmo revolta das pessoas que tomaram conhecimento sobre a “FORMA” que foi usada para contemplar a Prefeitura Municipal, com uma ambulância, a direção do Sé Supermercado resolveu reparar o erro, colocando mais um ambulância para doação, sendo desta feita o Asilo o mais votado pelos clientes.

Dessa forma, recebemos uma ambulância 0 km, equipada e licenciada, cuja placa é DAV-0079, São Paulo.

O confrade Emílio vem elogiando a conduta da nova superiora, Irmã Zenilda, na condução dos trabalhos da Casa.

O dia 21 de março foi de muita festa e alegria, a interna Maria Pires de Oliveira (Dona Mariinha) estava comemorando 100 anos. Ela que foi Servente da Escola Dom Lúcio por muitos anos.

O nosso galpão estava repleto de pessoas que queriam prestar-lhe homenagem. Quando Dona Mariinha entrou, trazida em sua cadeira de rodas, foi aplaudida de pé por todos os presentes e quando perguntei se ela estava contente, respondeu: “Este é o dia mais feliz de minha vida”.

Estavam presentes, filhos, netos, bisnetos e trinetos; ex-alunos, professores e funcionários da Escola. Dentre os ex-alunos destacamos o Dr. Joel Spadaro que também fez questão de homenagear a querida velhinha. Presentes também a atual Diretora, Professora Maria Nazaré Malheiros Sansão e o Dr. Edgard Sebastião De Sordi, dentista da Escola.

Dona Mariinha nasceu em Avaré, não conheceu seus pais, sofreu muito até chegar a esta cidade.

Quando de nossas conversas ela sempre dizia que Botucatu é uma terra abençoada e que devia muito aos professores e funcionários da Escola, também aos ferroviários que ajudaram a criar 04 filhos. A felicidade da homenageada era contagiante, principalmente quando estava sendo entrevistada pelas Rádios. A festa contou com a colaboração total do Sé Supermercado, pois o mesmo forneceu toda bebida, salgadinhos, bolos e doces à vontade.

É nosso dever registrar que os funcionários do Sé vêm colaborando


todos os meses com as festas dos aniversariantes do mês, com salgados, bolos e refrigerantes.

Ficou acertado que no dia 23 de junho realizaremos nossa festa junina em parceria com a Polícia Militar. Para acertar detalhes fizemos uma reunião que contou com as seguintes presenças: Tenentes: Maurício Lanhoso e Luiz Antonio Lopes; Vicentinos: Vicente W. Borgatto, José Domingos Borgatto, Darci Frederico, Noé C. Lima, Narciso Módolo; José C. Mira, Edemundo de Oliveira, Vitor Ferreira, Emílio E. Cassetari, Michael A. P. Lunaro, Yolanda Meneghim, Darci Ap. José Zanim, Irene Jorge dos Santos, Célia Regina de Marchi Barduco, Irmãs Zenilda e a Assistente Social Mara Silva B. de Castro. Teríamos o funcionamento de barracas de churrasco, pastéis, cachorro quente, bebidas, bingo, quentão, vinho quente, sorvete, bola na lata e pesca. Cada barraca funcionará sob a responsabilidade de um Conselho Particular. O Tenente Lanhoso conseguiu 12 barracas, palanque com cobertura, 200 cartazes e 04 duplas sertanejas. A aparelhagem de som ficou a cargo do advogado Sidney Góes e a bilheteria foi fornecida pelo Sr. Caio Sartori. O Lions, Rotary e Colônia Italiana foram convidados a participar. A presença do pessoal do Quartel foi muito importante. A festa foi um sucesso.

Com autorização do Conselho Central e Metropolitano, foram vendidos 04 lotes localizados em Rubião Júnior.

Convocamos uma reunião para comunicar aos demais membros da diretoria que depois de 04 anos prestando valiosos serviços ao Asilo, as Irmãs da Congregação da Copiosa Redenção estão deixando esta Casa, por decisão dos superiores da Ordem, cuja saída está prevista para o dia 18 de novembro. Fizemos um agradecimento todo especial às Irmãs que muito fizeram por nossos idosos. Designamos a funcionária Benedita da Fátima Honório Barreiros para a função de auxiliar administrativa para ser responsável pela administração interna.

Por exigência do COREN (Conselho Regional de Enfermagem), fomos obrigados a contratar mais 02 auxiliares de enfermagem, sendo uma responsável pelos banhos e outra pela medicação.

É com muita satisfação que registramos um agradecimento todo especial aos funcionários da Indústria Aeronáutica Neiva Ltda. pela


inestimável colaboração que vêm dando a esta diretoria, pois os mesmos estão patrocinando reformas das casas de nossos internos, representados pelos funcionários: José Armando Pescatori; Bernadete R. Bighetti; Silvia Regina Morales; André Ricardo; Luís Gustavo C. Silva; Antonio Carlos Simonetti;

Externamos, em nome de nossos velhinhos, toda gratidão pela bondade daqueles que se preocupam com o bem-estar dos menos favorecidos. Que Deus proteja os Funcionários da Neiva e seus familiares.

Estamos construindo uma pequena casa para a idosa Maria Neusa Felipe Gomes em troca de uma casinha de sua propriedade, em Rubião Júnior.

Em virtude da mudança na administração interna, devido à saída das Irmãs, convocamos uma reunião geral para solicitar dos membros da diretoria, funcionários e voluntários, todo empenho possível no atendimento de nossos internos. Aproveitando a mesma reunião, mostramos a real situação financeira para pagar o 13º dos funcionários, precisamos recorrer a um empréstimo em nosso nome, no valor de R$ 10.000,00 junto à Cooperativa dos Funcionários do Banespa, em virtude dos convênios federal e estadual estarem atrasados (temos R$ 15.000,00 a receber). Ainda na mesma reunião achamos oportuno ler e comentar as metas aprovadas na Plenária do Conselho Metropolitano de Bauru, realizada em outubro na cidade de Ourinhos. Na correspondência recebida do Conselho Central estavam os assuntos tratados na Plenária, pedindo à diretoria do Asilo, acatar e transformar em realidade as metas aprovadas.

Uma síntese de algumas recomendações:a) Antes de fazer uma internação, deverá conscientizar os familiares

para que cuidem do idoso;b) Transformar o Asilo em “Casa Dia”, o Asilo fica com o idoso durante

o dia, retornando para a família à noite;c) A Legislação está cobrando profissionais especializados para poder

a Casa funcionar;d) Por não poder cumprir as exigências (de entidade que não pensam

nos idodos), algumas Casas terão de fechar;


e) Momentaneamente, não receber novos internos, pois provavelmente teremos de receber internos de casas que irão fechar;

f) Sempre que possível, procurar receber orientação da Promotoria Pública, sempre com notificações por escrito e com cópia;

g) O Conselho Metropolitano promoverá visitas para avaliar e exigir o cumprimento das normas vigentes.

Analisando a correspondência recebida, cheguei à conclusão que a burocracia e legislação sobre as Obras Unidas, farão desaparecer instituições de caridade com mais de 100 anos. É lamentável que os homens responsáveis pelo destino do nosso País permitam que pessoas insensíveis determinem como essas Obras sejam dirigidas. Esses indivíduos não admitem que pessoas ajudem o próximo sem qualquer interesse, em especial, o financeiro. Aqueles que praticam a caridade são movidos pelo amor de Deus e ao próximo. É muito fácil legislar em um gabinete confortável e luxuoso sem nunca ter se aproximado de um idoso para conhecer as suas deficiências, suas angustias e carências de um “ombro amigo” para, pelo menos, escutar os seus problemas. Como passar a noite com seus familiares se, pelo menos 80% dos idosos não possuem?

O nosso Asilo Pe. Euclides, apesar de imposições vindas de fora, continuará a cuidar, fazer o bem e procurar dar uma vida digna aos idosos, como era o desejo do Padre Euclides há mais de 80 anos.

Quando do centenário de Dona Mariinha, nosso amigo Joel Spadaro publicou o artigo:

OS CEM ANOS DE DONA MARIINHAQuantas pessoas você conhece que ultrapassaram a barreira dos cem anos? E com plena lucidez, então? Pois eu conheço uma. É a Dona Mariinha, querida e conhecida por sua atuação no Grupo Dom Lúcio. Mãe da Laura, da Jandira (in memoriam) e da Araci, sempre viveu na Vila dos Lavradores. Por ter nascido em 1902, acho que ela é do tempo do Bairro da Estação, como era denominada a Vila, em seus primórdios. Neste 21 de março haverá uma pequena festa para ela. Irão velhos amigos, ex-professores e ex-alunos. Há uns meses, encontrei-me com ela lá no HC da UNESP. Ao tentar testar-lhe


a memória, perguntando-lhe se me conhecia, recebi a seguinte resposta: - claro que sim! Como eu ia me esquecer de um pestinha como você, que me dava trabalho lá no Dom Lúcio, exclamou. Pois é essa pequena criatura, que marcou tanto nossas vidas, que vamos homenagear. Sua imagem com o sino, que ela tocava no início e no final das aulas, ficou como uma bela cena fotográfica, que o tempo não apagou. Ao contrário, as cores e o significado ficaram mais fortes com o correr dos anos. Dona Mariinha e o seu Sebastião, inspetores de alunos, é que cuidavam da criançada, nos tempos da Escola Pública que nós freqüentávamos, e que nos ensinavam que o professor era referência social de importância.

Dona Mariinha era severa e doce ao mesmo tempo. Saias longas, um birote nos cabelos, e um monte de meninas penduradas nos braços. Ao formar a Fila para o lanche (pão com banana ou goiabada, muitas vezes) tornava-se severa. O mesmo acontecia para organizar a fila para a sopa (de fubá, com freqüência). Com ela não havia brincadeira; o comando era exercido de forma rígida. Mas, se alguém caía e raspava os joelhos e/ou cotovelos, lá vinha ela com o cuidado de quem nasceu para cuidar de gente. Você podia gostar ou não gostar dela; jamais ela lhe seria indiferente. Não tinha como isso acontecer, tal a força de sua personalidade. Por isso não a esquecemos!Ela tinha uma risada gostosa; sua filha Araci herdou e aprimorou essa característica materna. Suas filhas herdaram também seus dotes de cozinheira. Quando se aposentou do Dom Lúcio, após longos anos de trabalho, ainda teve tempo para cuidar dos netos e viver ali nos altos da Rua Major Matheus, por muitos anos. Quase em frente ao Dom Lúcio.


Como fazia a professora Zuleika Pavão, dona Mariinha adorava um dedo de prosa; ainda gosta!Eu, particularmente, gostava de provocar sua prodigiosa memória, fazendo-a relembrar fatos ligados à nossa infância e às atividades na inesquecível Escola Primária. Até agora, tenho certeza, alguém que lhe perguntar algo daquele tempo não ficará sem resposta clara e inteligente. Queremos saudá-la por sua longevidade. Mais ainda, pelas lições de vida que nos deu na árdua tarefa, junto a professores e diretores, de modelar gerações de crianças em idade de Grupo Escola. Tarefa difícil, mas nobre; desgastante, mas compensadora. Sobretudo, essencial! Parabéns à direção do Dom Lúcio e ao Shirley Lessa pela iniciativa conjunta de, no dia 21/03, fazer homenagem a tão marcante pessoa. Por certo, no momento de cortar o bolo estaremos ouvindo, mesmo que com imaginação, o velho sino e o comando de sua dona; vamos lá, organizam-se, não sejam apressados; tem para todos, seus pestinhas! Um abraço carinhoso e emocionado

Joel Spadaro 14/03/02

200305 de janeiro: Iniciamos o ano com uma reunião entre a diretoria e funcionários para uma análise sobre o ano findo, agradecendo a colaboração de todos que com muita dedicação conseguiram suprir a falta das Religiosas e traçamos metas para o ano que inicia, procurando sempre uma convivência de amizade, harmonia e colaboração, culminando com a meta principal que é o bem-estar de nossos velhinhos. Pedimos desculpas aos nossos funcionários pelo atraso de 03 dias no pagamento, isto aconteceu em virtude dos atrasos dos repasses das verbas estaduais e federais. Para tentar melhorar nossa arrecadação, estamos contratando em caráter experimental o serviço de Telemarketing. Solicitamos de diretores e funcionários a colaboração no sentido de verificar elementos que têm vindo ao Asilo apenas para fazer “pregações”, acabando por perturbar e confundir as cabecinhas de nossos internos.

Recebemos a agradável visita dos componentes responsáveis pela Associação dos Funcionários da Neiva que vieram comunicar que estarão iniciando a segunda fase das reformas das casas deste Asilo. Estiveram


presentes, além da diretoria da Casa, os convidados Sr. José Carlos Barduco e Sr. Edson dos Santos.

O Sr. José Armando Pescatori sugeriu que fizéssemos uma campanha na Imprensa para que outras empresas colaborem com o material, ficando a Associação encarregada da mão de obra, dessa forma as reformas sairiam mais rápidas. Foi cogitada também a construção de uma lavanderia ou reforma da atual que se encontra em péssimo estado de conservação.

Participamos da festa da mandioca, arrecadando R$ 770,00, também da festa junina realizada no “Espaço Cultural” com a barraca da mini pizza com a renda de R$ 680,00. Recebemos novamente do Sr. Wanderley Paganini um garrote com aproximadamente 11 arrobas (quando comentamos com os idosos sobre essas doações, eles dizem: “que homem de coração bondoso, vamos rezar para que Deus abençoe toda sua família”).

No dia 09 de junho foi realizada a apresentação da Orquestra Sinfônica Municipal, cuja arrecadação de R$ 2.810,00 foi repassada a este Asilo. Recebemos do Rotary Club Norte a doação de 5.300 fraldões.

Depois de muita “luta”, nosso Asilo foi reconhecido como Entidade

Doação de 5000 fraldas geriátricas (Rotary) em maio de 2003. Na Foto Sr. Roberto Mulles e esposa


de Utilizada Pública pelo Governo Federal.A sobrinha da Sra. Silvia Picinim, interna desta Casa, doou R$

6.000,00 para ampliação e reforma de uma casa para abrigar sua tia que reside neste Asilo há alguns anos.

Com recursos financeiros da Sra. Hiliete Ribeiro, foi construída uma nova casa para abrigar a Sra. Antonieta Ney Ribeiro.

Com o serviço de telemarketing estamos arrecadando uma média de R$ 3.000,00 por mês e a contribuição dos sócios é de aproximadamente R$ 1.800,00.

Em reunião da diretoria, lembramos aos confrades que o nosso mandato está terminando e que o meu desejo é de que o vice-presidente Emilio E. Cassetari se candidate e assuma o cargo para dar continuidade às metas que traçamos há 08 anos (mas... o Emílio não está muito entusiasmado).

Em setembro, como acontece todos os anos, a última semana foi repleta de festividades, sempre patrocinadas por firmas, escolas, clubes de serviços e voluntários.

Em dezembro, o “Papai Noel” esteve no Asilo distribuindo presentes aos internos e a diretoria programou as festividades alusivas ao Natal.

Em 17 de dezembro, convocamos uma reunião da diretoria, em caráter extraordinário, com a finalidade de ler, apreciar, debater e aprovar os novos estatutos da Casa Pia São Vicente de Paulo “Asilo Pe. Euclides”, atendendo as exigências do novo Código Civil Brasileiro.

O confrade Emílio efetuou a leitura e notamos que a finalidade e objetivos continuam os mesmos. No Estatuto anterior, usava-se a denominação “Entidade” e agora se usa “Obra Unida”. A expressão “Associados” refere-se aos vicentinos.

Confrades presentes: Shirley Lessa, Emilio E. Cassetari, Ercio José Dall’Aqua, Vicente Waldyr Borgatto, José Domingos Borgatto, Irene Jorge dos Santos, Célia Regina de Marchi Barduco, João de Souza, Domingos Paganini e Mauro Nogueira Duarte. O Estatuto foi aprovado por unanimidade, cuja cópia foi fixada no Livro de Atas, coladas nas folhas de 68 a 74.


200428 de janeiro: Dia 28 foi convocada uma reunião extraordinária, sendo o assunto principal a eleição da diretoria da Casa Pia, sendo que nosso mandato terminará em abril. Temos procurado, entre os Vicentinos, confrades dispostos a assumir os cargos da futura diretoria. Não está fácil conseguir pessoas dispostas a aceitar. Depois de inúmeros convites, o confrade Emílio, embora relutante, resolveu aceitar (vencido pela insistência) a difícil e trabalhosa tarefa de conduzir o destino desta Casa nos próximos 04 anos (até abril de 2008).

No dia 19 de abril foi publicado o Edital de convocação para a realização da eleição, no dia 27, na sede administrativa deste Asilo.

Membros do Colegiado Vicentino que deverão votar: diretoria da Casa Pia, confrades Shirley, Emilio, Ercio, Waldyr e José D. Borgatto. Diretoria do Conselho Central: Reinaldo da Silva, Célia Regina, Irene Jorge. Pelo Conselho Particular de São Benedito: Noé Caldeira de Lima.

Foi apresentada uma única “Chapa” e como determina nosso estatuto, a eleição é realizada por escrutínio secreto. Feita a apuração, a “Chapa” inscrita foi eleita por unanimidade.

O presidente eleito, confrade Emílio E. Cassetari deu conhecimento dos componentes de sua diretoria: Pres. Emílio Euclides Cassetari; Vice - Pres. João Cláudio Alves; 1º Sec. Ercio José Dall’Aqua; 2º Sec. Moacyr Fatori; 1º Tes. Romeu Ricieri Bertani; 2º Tes. Edson Cardoso dos Santos; Diretor de Patrimônio: Shirley Lessa; Diretores Sociais: Cláudio Ferreira dos Santos, Irene Jorge dos Santos e Célia R. De Marchi Barduco; Conselho Fiscal: Mauro Nogueira Duarte, Domingos Paganini e João de Souza; Suplentes do Conselho Fiscal: Vicente Waldyr Borgatto, José Domingos Borgatto e Olavo Fernando Bauer.

Estando presente o Presidente do Conselho Central, confrade Reinaldo da Silva, e de acordo com os poderes a ele conferidos, deu posse aos eleitos, com poderes jurídicos a vigorar em 1º de maio de 2004.

Na última reunião que presidimos, fiz o seguinte pronunciamento, que ficou lavrado em ata: “Primeiramente não quero que este comentário seja interpretado como uma crítica às diretorias anteriores, pois sei que todos que por aqui passaram deram partes de suas vidas para oferecerem


uma administração voltada para o bem-estar dos internos e a preservação deste patrimônio deixado pelo querido Padre Euclides Carneiro. Também não quero fazer apologia à minha administração, pois se consegui realizar algumas coisas, foram frutos de um trabalho conjunto de uma diretoria que trabalhou unida, mesmo nas horas mais difíceis e um Vice - Presidente sempre presente. Devemos dividir os méritos com a diretoria (Emílio, Ercio, Irene, Waldyr, Zezo, Zico, Darci e Célia), funcionários e voluntários. Esta é apenas uma prestação de contas de 08 longos anos.

Logo que assumimos, conseguimos regularizar uma dívida com o INSS. Conseguimos junto ao Governo Federal, o Título de Filantropia, este representará uma economia de aproximadamente R$ 50.000,00 ao ano. Eram 16 funcionários mais 06 Irmãs da Congregação Servas do Senhor, na enfermagem, 01 funcionária não habilitada para o cargo e 01 médica. Passamos para 18 funcionários, incluindo 05 auxiliares de enfermagem, sendo 01 para o período noturno, 01 Assistente Social, 01 auxiliar de escritório, 01 motorista, 01 médico cedido pela Prefeitura e mais os voluntários: 04 médicos, 01 enfermeira Padrão, 01 fonoaudióloga,

Dra. Marly Saad e a Rose (voluntárias) no café com os idosos


01 fisioterapeuta e 01 nutricionista.Quando as Irmãs Servas do Senhor deixaram esta Casa,

conseguimos com o auxílio de Dom Antonio e do Prof. Celso, a vinda de 10 Irmãs da Congregação Copiosa Redenção. Com a saída dessas Irmãs, não aumentamos o número de funcionários e conseguimos a redução de 20% na despesa do Pessoal (cada Irmã era remunerada com 01 salário mínimo). Fomos obrigados a demitir funcionários por falta de condições no trato com nossos idosos. No setor financeiro, procuramos um maior equilíbrio entre a receita e despesa, pois estava havendo um déficit mensal de aproximadamente R$ 2.000,00, o qual, em geral é coberto com eventos, como bazar, bingo e festividades. Quanto à área do Asilo, contratamos o Engenheiro Joel Gabriel da Rocha para realizar o levantamento topográfico e memorial descritivo e entramos na justiça por intermédio do Advogado Marcelo Delevedove, com processos de Retificação de área. A documentação dos imóveis estava um tanto confusa e graças ao auxílio inestimável do amigo Erasto Rodrigues Alves, conseguimos regularizar todas as escrituras, estando hoje, arquivadas juntamente com a foto de cada imóvel. Tentamos fazer uma revisão nos aluguéis, de uma forma amigável, como não foi possível, fizemos judicialmente. Havendo uma grande inadimplência com relação aos aluguéis, entregamos a administração dos mesmos a uma imobiliária (Guia de Imóveis). Com a venda de um terreno, conseguimos reformar totalmente o prédio da Rua Amando de Barros, 1058 a 1070 que se encontrava em situação precária, proporcionando atualmente uma boa receita. Entramos com processo de usucapião de dois imóveis que pertenciam ao Asilo, apenas em partes.

Sempre discordei de algumas normas da Sociedade com relação aos poderes de negociações dos imóveis. Na minha opinião as diretorias das Obras Unidas deveriam ter mais autonomia. Vejamos um exemplo: – possuímos 03 imóveis sem qualquer condição de serem habitados, estamos deixando de arrecadar R$ 1.200,00 a cada mês, como os mesmos estão fechados há 03 anos, a Casa Pia deixou de receber R$ 43.200,00. Com a venda de um deles, teríamos condições de reformar os outros dois, deixando-os em ótimos estados para gerar renda. Será que é melhor três em péssimas condições, inclusive gerando reclamações de vizinhos e


intimações dos Poderes Públicos ou dois em boas condições? O patrimônio, nas condições que relatamos não estaria sendo dilapidado. Acredito que nenhuma diretoria teria a intenção de prejudicar esta Casa. Estou de pleno acordo que qualquer negociação deverá passar pela apreciação e aprovação dos Conselhos, Central e Metropolitano, porém com maior agilidade, eliminando certas burocracias.

Quando assumimos a direção do Asilo, recebemos 16 imóveis com 19 aluguéis (prédio com 04 moradias), trocamos 01, reformamos 06, requeremos usucapião de 02, recebemos doações de 07 (conforme testamentos em nosso poder) que passarão para a Entidade por ocasião de morte dos doadores.

Tentamos algumas reformas com os próprios inquilinos, descontando seus gastos com aluguéis, sempre com contratos, porém quase sempre surgiram problemas, inclusive com notas “frias”, muito superiores às reais despesas.

Quanto aos imóveis localizados na área interna, destinados aos internos, recebemos 14 em más condições, conseguimos, com auxílio dos parentes de alguns internos, a construção de 03, reformamos 02 com nossos parcos recursos e graças à Associação dos Funcionários da Neiva, mais 07 foram reformados, havendo uma grande melhoria nas acomodações de nossos velhinhos. Foi construída uma enfermaria, doação do Sr. Bráz de Assis Nogueira e indicação do confrade Álvaro Picado Gonçalves.

Muita coisa ainda falta a ser feita, reforma do prédio do escritório, casa principal, cozinha, refeitório, lavanderia e principalmente a Capela (Tenho certeza que o Presidente Emílio conseguirá todas essas reformas).

Quanto aos nossos internos, graças a Deus, estão muito bem. Recebem toda assistência e conforto possível. Existe toda uma estrutura para servi-los: médicos; enfermeiros; assistente social; fisioterapeuta; atendimento excelente da UNESP; até cabeleireiras e manicures, destacando-se o trabalho extraordinário dos funcionários e voluntários; equipes dos domingos (equipes de vicentinos e voluntários que vêm todos os domingos fazer e servir o almoço dos internos).

Dediquei (ainda dedico) parte do meu tempo, trabalhando pelo Asilo sem receber ou querer nada em troca, sendo apenas pelo amor a


Deus e aos queridos velhinhos. Agradeço aos membros dos Conselhos e Conferências, companheiros de diretoria, funcionários e voluntários. Aos Vicentinos, solicito maior participação na vida desta Casa, tenham mais carinho com esta Entidade centenária. Colaborem e ajudem a mantê-la sempre viva para atender cada vez melhor as nossas “crianças de cabelos brancos”.

Botucatuenses, visitem o Asilo, meia hora de “prosa” com um idoso nos traz ensinamentos e reflexões para nossa vida, pois a infância passa, a juventude também passa, porém a velhice permanece e aumenta.”

Sempre que visitava a imobiliária do meu amigo João Alberto Pires de Campos, a conversa era sempre relacionada com nosso Asilo Pe. Euclides. Quando estava para terminar meu mandato, ele me disse: - Aqui está uma homenagem às diretorias, funcionários e voluntários:

ORAÇÃO DOS VELHINHOS DO ASILO

BEM-AVENTURADOS os que nos deram um tetoPara reparar a perda de nossos lares

BEM-AVENTURADOS os que nos apóiam nosso caminharPorque nossos passos são trôpegos e vacilantes

BEM-AVENTURADOS os que nos abrem as portas de manhãPara que o calor do sol venha nos aquecer

BEM-AVENTURADOS os que não nos repreendemPelos alimentos derrubados sobre as toalhas das mesas

BEM-AVENTURADOS os que silenciamPara podermos ouvir os pássaros das manhãs

BEM-AVENTURADOS os que nos alegram


E nos trazem esperanças, para aliviar nossas dores

BEM-AVENTURADOS os que, em nossa solidão,Derramam em nosso espírito a chuva e o sol

BEM-AVENTURADOS os que nos dão a certezaDe que não estamos sozinhos e abandonados

BEM-AVENTURADOS os que nos aplicam a insulinaPara manter o equilíbrio de nosso organismo

BEM-AVENTURADOS os que medicam nosso coraçãoQue bate descompassado pelas desilusões

BEM-AVENTURADOS os que dizem ser nossos filhosPorque os filhos legítimos se esqueceram de nós

BEM-AVENTURADOS os que estão ao nosso ladoOuvindo nossas estóriasAcalentando nossas almasJorrando luzes em nossos caminhos, Para alcançarmos um diaUma grande pazNo aconchego de DEUS.

JOÃO ALBERTO PIRES DE CAMPOS

No dia 24 de junho foi realizada a primeira reunião da nova diretoria, presidida pelo confrade Emilio Euclides Cassetari. Após as orações iniciais, aconteceram as apresentações dos novos diretores e comentários em geral. O tesoureiro Sr. Romeu Bertani falou da necessidade de organizar alguns setores da Casa. O Vice-Presidente, Sr. João Claudio Alves sugeriu a


contensão de despesas.Na reunião de 17 de agosto, além da presença da diretoria, faziam

parte da mesma, a Assistente Social, Sra. Mara Silvia B. Castro e a administradora interna da Casa, Sra. Benedita Fátima Honório Barreiros. Pelo confrade Emílio, foi dada a agradável notícia de que a nova lavanderia estava começando a ser construída, falou que a obra terá um custo maior que a verba aprovada pela Câmara, porém a idéia é de começar a mesma, atingindo a fase possível de construção e depois “lutar” junto à Prefeitura uma nova verba para a conclusão. Foi rescindido o contrato com a empresa de marketing, tendo sido contratado um cobrador para arrecadar as contribuições. Embora a situação financeira esteja difícil, os compromissos estão sendo liquidados, às vezes, com pequenos atrasos. Continuamos lutando com as inadimplências de vários inquilinos, para amenizar um pouco as despesas, estamos dando inicio a uma campanha de doação de leite e fraldões. O Diretor Social, Sr. Cláudio fez uma explanação de como será a “noite italiana” do dia 02 de outubro na Associação A. Botucatuense.

Na reunião do dia 05 de outubro, o confrade Emilio levou ao conhecimento de todos a situação financeira do Asilo, sendo que a receita está em torno de R$ 24.000,00 e a despesa atingindo R$ 29.000,00. Existe, como sempre existiu, uma preocupação para que a situação difícil não atinja o conforto dos nossos velhinhos.Foram dadas diversas sugestões: aumentar o número de sócios contribuintes e realizações de eventos. Foi por nós lembrado que assim que se regularize o Título de Filantropia, junto ao INSS, teremos uma redução na despesa de R$ 4 000,00 mensais. Como todo ano, os “amigos do Asilo” patrocinaram a belíssima apresentação da Orquestra Municipal, proporcionando uma arrecadação de R$ 3 l75,00.

Em novembro minha esposa Alaide restaurou todas as imagens dos Santos da capela desesta Casa Pia..

200530 de janeiro: Nesta data foi realizada a primeira reunião do ano, em caráter extraordinário para ser comunicado com grande pesar o falecimento do


confrade Domingos Paganini, ocorrido no dia 08, pertencente à diretoria como membro do Conselho Fiscal, sendo nesta oportunidade convocado o suplente confrade José Domingos Borgatto para assumir o cargo.

O confrade Emilio falou sobre a pessoa do confrade Domingos: “Vicentino desde 1939, como membro da Conferência de Santana, da qual foi presidente por 52 anos, foi uma pessoa extraordinária, dedicou sua vida à família, ao comércio de Botucatu e, especialmente, aos menos favorecidos através do movimento vicentino; que Deus o tenha em seu reino”.

No início do mês de maio, em reunião extraordinária, foi comunicado pelo confrade Emilio, o pedido de demissão do Sr. Romeu Ricieri Bertani, do cargo de 1º tesoureiro, sendo o mesmo substituído pelo Sr. Edison Cardoso dos Santos, 2º tesoureiro, conforme Art. 25 de nossos estatutos. O cargo de 2º tesoureiro passou a ser ocupado pelo Sr. Renato Lumina Pupato.

Foi proposta, por uma firma especializada, a realização de um bingo que traria uma renda substancial ao Asilo, porém antes de assinar qualquer contrato, o confrade Emilio achou que seria melhor consultar os órgãos competentes nas áreas Federal, Estadual e Municipal chegando, juntamente com os outros diretores, à conclusão de que não deveria correr tal risco.

Esta Entidade recebeu da Receita Federal, delegacia de Bauru, mercadorias que foram apreendidas em contrabando. Realizado um bazar, conseguimos arrecadar a importância de R$ 8.745,35.

A orquestra Sinfônica Municipal realizou uma apresentação no Teatro Municipal Camilo Dinucci cuja renda foi doada integralmente a esta Casa, no valor de R$ 3.060,00.

Por iniciativa e coordenação da Sra. Ana Maria Cassetari Fernandes e de sua equipe, foi realizada uma feijoada nos salões da Igreja Nossa Senhora Aparecida, tendo sido muito grande a colaboração de toda diretoria, principalmente do Vice - Presidente, João Cláudio Alves e do Diretor Social, Sr. Cláudio Ferreira dos Santos. Esses dois diretores deram total cobertura ao evento que rendeu R$ 6.000,00 que propiciou um reforço de caixa para pagamento do 13º dos funcionários.

Em 25 de outubro foi realizada uma reunião da diretoria com a finalidade de discutir a venda de uma casa residencial, localizada na Rua Azálea, 580. O último inquilino, além de atrasar os pagamentos dos


aluguéis por mais de 06 meses, deixou o imóvel em péssimas condições. Por intermédio do Advogado, Dr. Marcelo Delevedove, foi dada entrada em um processo judicial para recebimento dos aluguéis e também o ressarcimento dos danos causados ao imóvel. Feito o orçamento para uma possível reforma, foi calculado em R$ 70.000,00, valor impossível para o Asilo assumir, então a diretoria chegou à conclusão que seria mais correto vender o imóvel e sendo o valor obtido revertido integralmente nas reformas dos imóveis que estão em péssimos estados de conservação, como a Capela, cozinha; refeitório; casa central e escritório. Consultamos 04 imobiliárias, sendo estabelecido o valor de R$ 140.000,00. Por intermédio da presidência foi enviada toda documentação necessária ao Conselho Central que juntamente com o Conselho Metropolitano irão estudar a proposta e nos autorizar a negociação.

Em virtude da sobrecarga que representa a presidência desta Casa, o confrade Emilio ainda desempenhava a função de receber, junto aos bancos, as aposentadorias dos internos. Para amenizar essa carga, a partir deste mês de novembro foi transferido ao confrade Dalmir Alcarde o encargo do recebimento das aposentadorias, sendo, portanto, Procurador dos internos

Presidente Emílio, irmã, voluntárias e alunos visitando os idosos


perante os bancos e o INSS.

200614 de fevereiro: Conforme ata desta data, o Conselho Metropolitano detectou algumas falhas na ata da reunião de 25/10/05, pois o assunto deveria ser tratado em reunião extraordinária e não ordinária como foi realizada na ocasião. Refeita a dúvida e de acordo com os trâmites legais, a venda do imóvel da Rua Azaléa, 580 foi autorizada pelo Conselho Metropolitano, Conselho Central e Diretoria do Asilo, pelo valor de R$ 140.000,00 (cento e quarenta mil reais), pagamento à vista.

A importância apurada será aplicada em sua totalidade na reforma dos imóveis da área interna da Entidade, para que se cumpra o Art. 33 de nosso Estatuto.

O confrade Emilio comunicou aos demais diretores que foram gastos, com recursos da Prefeitura, R$ 57.318,63 na construção da nova lavanderia, faltando R$ 39.782,48 para a conclusão da obra. Esse valor deverá vir da Prefeitura Municipal. Para tanto, estamos contando com a ajuda da Dra. Karina Santos Pupato que está empenhada na liberação imediata dos recursos e também com a boa vontade do Prefeito Mário Ielo. Também foi comunicada a intenção da Prefeitura de abrir uma avenida ao lado do Asilo, devendo ser desapropriada uma área que deverá ser trocada com a construção de um muro com 30 m de recuo, ficando dessa forma, esta Casa completamente cercada e mais segura, restando ainda uma área para ser loteada.

No dia 30 de março, recebemos na sede administrativa dos vicentinos, para uma reunião extraordinária, membros do Conselho Metropolitano, confrades Célio Losnak, Luiz Alberto Guandalim, Laércio Denolli Queiroz e José Eduardo Goulart Neto; da diretoria do Asilo, os confrades Emílio E. Cassetari, Shirley Lessa, Ercio José Dall’Aqua, Edison Cardoso dos Santos, João Cláudio Alves, Cláudio Ferreira dos Santos e Célia Regina de Marchi Barducco. A reunião foi muito importante, pois a diretoria do Conselho Metropolitano se prontificou a nos auxiliar nas obras que a Prefeitura venha a fazer nas desapropriações de faixas de terras, inclusive autorização para a venda de lotes que terão 30 m de fundos, sendo que toda


arrecadação será revertida nas construções e modernização desta Casa.Para maior comodidade de nossos funcionários, foram abertas

contas “Rendefácil” na Nossa Caixa. Dessa forma, para receber seus salários, serão usados cartões magnéticos.

O engenheiro Dr. Mário Pilan Júnior está trabalhando em um projeto de revitalização, embelezamento e funcionalidade desta entidade.

O presidente Emílio firmou contrato com a empresa Silva e Silveira Ltda. (LPNet) para instalação de uma antena para internet, sendo o aluguel no valor de 02 salários mínimos, além da utilização de “Banda Larga”.

No dia 11/04, com a presença de várias autoridades, entre elas o Dr. Mário Ielo, Prefeito Municipal e o Dr. Waldemar P. de Pinho, Vice - Prefeito, foi inaugurada a nova lavanderia, construída com recursos fornecidos pela Prefeitura.

Em junho houve reunião para ser discutida a solução que deverá tomar a diretoria com relação aos funcionários Benedita de Fátima Honório Barreiros e Celso Eduardo Gomes que não estão agindo de acordo com as normas e regulamentos da Casa. Após várias opiniões, a diretoria resolveu,

2006 - inauguração da nova lavanderia


por unanimidade, a dispensa dos mesmos.Foi recebida em doação, do Hospital Cantídio de Moura Campos,

uma máquina de lavar roupas. Por ser um tanto grande para a quantidade de roupas dos internos e estando sujeita a consertos, o confrade Emílio resolveu trocar por uma menor, em perfeito estado de conservação.

O presidente Emilio e sua equipe estão realizando (como eu havia previsto) grandes e belas reformas nos imóveis da área interna, Capela, Escritório, Casa Principal, Cozinha, Refeitório, e Galpão de Festas. Minha sugestão é para que todos que tenham um “tempinho”, e principalmente os Vicentinos, visitem o Asilo para verem as reformadas e modernizadas instalações e baterem um “papinho” com os velhinhos.

Em reunião de 30 de outubro, foi tratada a troca, realizada com o Conselho Central de Botucatu, do terreno onde estava localizado o prédio de número 753 da Rua General Telles, com 12,40m de frente por 19,50m da frente aos fundos, pertencentes à Casa Pia, pela Sede Social da Rua João Tomás de Almeida, 11 de propriedade do Conselho Central, cuja tramitação foi autorizada pelo Conselho Metropolitano e documentada em Cartório. No referido terreno, será construída a nova sede do Conselho Central de Botucatu. Logo que o prédio da Rua João Tomás de Almeida, 11 seja desocupado, será feita a Averbação de propriedade do Asilo, visto que o terreno já pertence ao mesmo.

Com o auxílio da Assistente Social, Sra. Mara, faremos um relato das atividades e doações do ano: estágio de Auxiliar de Enfermagem do SENAC, sob o comando da Professora Maria Beatriz Sartori Manoel, também estágio de Auxiliar e Técnico de Enfermagem da Escola Domingos Minicucci Filho.

Eventos para angariar recursos: bazar, bingo, portões do cemitério em finados, 2º Festival do queijo e vinho patrocinado pela Adega Paratodos (R$ 5.000,00), apresentação da Orquestra Sinfônica (R$ 2.750,00).

Doações: 02 bois para consumo dos internos (Dr. Wanderley Paganini e Sra. Sandra Maracajá Cordeiro); UNIFAC, trote universitário, cestas básicas, produtos de higiene e na Páscoa, ovos de chocolate; Rotary Club Botucatu, produtos de higiene. Nas comemorações dos aniversariantes do mês, bolo da Panificadora Bartoli e refrigerantes da


Sra. Dulce Elena Fernandes; FATEC, fraldas e leite; Alunos da Creche do Lageado, anualmente, Colomba Pascal. Passeio ao Rio Bonito; Clube da A.A.B., churrasco oferecido por um idoso morador do Asilo, ônibus cedido pela Prefeitura; Dia das Mães e dos Pais, café da manhã oferecido pelo Colégio Liceu Anglo; Festa Junina, patrocinada pelos alunos da Medicina da UNESP; Lanche oferecido anualmente pela Campanha MC Dia Feliz, com patrocínio da CAIO-INDUSCAR.

Setembro – Mês do Idoso: churrasco oferecido pela Frangolândia; café da manhã e almoço oferta da DURATEX, no seu Clube de Campo; apresentação do Coral pelos alunos do Colégio SETA; jantar pelo Restaurante KI CHURRASCO; apresentação do Coral pela UNIMED; passeio com almoço no Clube de Campos ÁGUA NOVA, município de São Manuel.

Lanches oferecidos mensalmente: Odete Bruder e amigos – Igreja Presbiteriana; Prof. Sérgio Campos e esposa Ondina; Grupo de jovens da Catedral – coordenador Jair; Sra. Deise Sabino, doação mensal de 1.000 fraldas; AFABAN – Associação dos Funcionários Aposentados do Banespa, doação de 01 computador; Usina São Manuel, doação de 150 kg de açúcar; Loja Marisa, doação de roupas 03 vezes ao ano; Rotary Botucatu Norte, doação de 01 computador.

Está sendo realizada a reforma da cozinha, refeitório e despensa, sendo fiscalizada pela Vigilância Sanitária que se manifestou favoravelmente. Está sendo providenciada a poda das árvores, cujas folhas estão entupindo as calhas. A arrecadação de finados, nos cemitérios rendeu a importância de R$ 8.300,00.

Com auxílio da Prefeitura está sendo instalada, em terreno desta Casa, uma horta comunitária cujo objetivo é social, aproveitando a mão de obra de pessoas desempregadas. O objetivo do Asilo, além de colaborar com o projeto social da Prefeitura é também obter verduras e legumes para o consumo de nossos velhinhos. Houve um alerta, pelo tesoureiro Edson Cardoso dos Santos, para que não haja vinculo empregatício com o pessoal da horta.

O Presidente Emílio solicitou um afastamento por 15 dias para submeter-se a uma pequena cirurgia, tendo assumido o vice João Cláudio


Alves.Como Diretor de Patrimônio, fiz uma explanação sobre os imóveis

pertencentes ao Asilo, relatando as providências tomadas, como retificação de área, regularização de uso-capião da Rua Curuzu, 1707, providência de Escrituras e Certidões, inclusive com fotos de todos, é sabido que por falta de controle e organização, esta Casa perdeu alguns imóveis. O amigo Emilio falou que foi um trabalho árduo, acrescentando que talvez nunca houve uma preocupação total com os bens imóveis. “Hoje temos controle dos mesmos.”

Dezembro – Festa de Natal, entregas de presentes doados pelo grupo de jovens ERA DE AQUÁRIOS e também a presença da Mamãe Noel (Terezinha).

Mensalmente contamos com a presença das cabeleireiras: Cinira, Isabel e suas alunas para cortar, pintar e pentear os cabelos dos vozinhos e vozinhas.

Semanalmente, as manicures e pedicures vêm cuidar das mãos e pés dos internos, cortando e pintando as unhas.

Inauguração da lavanderia e do morderno salão de beleza


2007Em 5 de fevereiro foi realizada a primeira reunião do ano, para

prestações de contas do ano anterior e citar as realizações: reforma completa da cozinha e refeitório, impermeabilização da laje sobre a cozinha com uma massa asfáltica , substituição de todos os móveis do refeitório e compra de um fogão industrial . Foi comunicada a mudança do horário do jantar das l6h 30, para as l8 horas, sendo que ás l4 h 30 será servido um lanche.

Recebemos do Pe. Aristeu Benedito Cirillo o pedido para residir nesta Casa, propondo um pagamento De 2,5 salários mínimos, logicamente a diretoria concordou plenamente, manifestando alegria alegando que o Asilo se sentiria enriquecido com a presença do querido Padre e a Diretoria , orgulhosa. Infelizmente, depois de alguns dias , por motivo de saúde, o Pe. Aristeu precisou permanecer na cidade de Ourinhos.

Foi recebida do Conselho Particular de São Benedito , uma proposta verbal sobre a compra da casa localizada na Praça Carlos Gomes número 42. Por tratar-se de um patrimônio do Asilo, depois de ouvidos os diretores, foi decidido por unanimidade pela conservação do imóvel.

Conforme comunicado á nossa diretoria, existe na Câmara Federal um pedido do deputado Milton Monti para doação de uma Perua Kombi, também nos informou o vereador Antonio Carlos Vaz de Almeida que fez uma solicitação ao mesmo deputado para que esta Casa seja contemplada com subvenção Federal.

A Secretaria de Assistência Social de Botucatu informou que foi colocada á disposição uma verba no valor de R$ 20 000,00, repassada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome-

Gabinete do Ministro. Essa verba terá de ser usada na aquisição de material de escritório, colchões e medicamentos. No mês de agosto foi instalado um portão eletrônico na entrada desta Casa.

Em virtude de o barracão destinado à guarda das doações, como cadeiras de rodas, camas , colchões e outros móveis, estarem em péssimo estado de conservação, a diretoria decidiu pela construção de outro mais amplo com a possibilidade de abrigar até mesmo um moderno salão de beleza e como o Asilo possui uma poupança de R$ 20 000,00 , os funcionários da Embraer fizeram uma doação de R$ l3 900,00 e a Prefeitura realizou a terraplanagem do terreno, foi dado início na construção


do esperado barracão.O Asilo, representado pelo seu presidente Emilio e a Prefeitura

pelo Dr. Rubens Bicudo e Dra. Karina dos Santos Pupato firmaram um acordo para a derrubada dos bambus da rua que dá acesso à Usina Indiana a fim de facilitar a colocação de galerias para o escoamento das águas das chuvas e o asfaltamento da rua. Em retribuição, a Prefeitura asfaltou toda área interna, aplicando,aproximadamente 90 toneladas de massa asfáltica.

No mês de outubro retornou a esta Casa a Sra. Joyra Maria Castanho Villas Boas, grande benfeitora desta Entidade, com doações de imóveis, sendo seu Curador o Dr. Samir Zacharias. No mês de novembro, como é tradição, foi realizada, pelos vicentinos, a coleta de finados nos portões dos cemitérios, arrecadando a importância de R$ 9 526,00, aconteceu também a realização de um bazar, cuja renda foi de R$ 3 000,00.

Nossos velhinhos foram presenteados com um passeio de barco até Barra Bonita, com direito a um belo almoço.

Durante este ano contamos com doações dos seguintes colaboradores: Rotary Clube Botucatu Norte; Funerária Coração de Jesus; Pedro Eugênio Frederico; Asfel; Café Tesouro; Sra. Alaíde Chaguri; Dirceu Gonçalves; Celso Nascimento Bruder; Marilia Moreira Reis; Padre Aristeu; Sra. Elisa R. Coraini; Orquestra Sinfônica; Terra Veículos; José Sanches Ruiz; Tecnaut Ind. E Comércio; Escola Liceu Anglo; Colégio Seta; Faculdade ITE; Rotary Bons Ares e Conferência Nossa Senhora dos Remédios.

No final do ano aconteceu um almoço de confraternização entre nossos idosos e os internos do Hospital Prof. Cantídio de Moura Campos, num ambiente descontraído, de grande alegria e felicidade entre os mesmos. Natal e Ano Novo, época em que existe uma atenção toda especial dos dirigentes, funcionários e voluntários aos internos, com as presenças do Papai Noel e Mamãe Noel, distribuição de presentes, missa e confraternização entre diretoria, funcionários, voluntários e idosos

2008Realizada a primeira reunião do ano, onde foram tratados assuntos

administrativos, o Pres. Emílio convidou os membros da diretoria para uma visita ao imóvel “barracão” que está sendo construído, o qual terá


três divisões: uma para receber as doações como colchões,camas, cadeiras de rodas e móveis em geral; a segunda servirá para a realização de bazar e a terceira abrigará um salão de beleza, cujos equipamentos estão sendo doados pelo Sr. Iran, proprietário do “Rielli’s Cabeleireiro”. Nessa mesma reunião, foi solicitado aos vicentinos a formação de “chapas” para concorrer na eleição para nova Diretoria e Conselho Fiscal da Casa Pia, pois o mandato da atual diretoria terminará em 30 de abril..

No dia 28 de fevereiro, aconteceu uma reunião extraordinária, convocada pelo Edital de l8 do mesmo mês, com a finalidade de eleger a nova Diretoria para o período de 01/05/2008 a 30/04/20l2, sendo presidida pelo confrade Emílio, atual presidente.

A “chapa” vencedora tem como Presidente o confrade João Cláudio Alves e vice-Presidente Cláudio Ferreira dos Santos. Conselho Fiscal: Efetivos: José Augusto Barriquelo, Carlos César Ramos e Narciso Modolo. Suplentes: Irene Jorge dos Santos, Armando Barbieri e Alceu de Souza Valim. 1ª Secretária, Inês Bártoli; 2ª Secretária, Edna Aparecida Genari; 1º Tesoureiro , Dalmir Alcarde e 2º Tesoureiro, Edson Cardoso dos Santos.

Aos 22 de maio, foi realizada reunião extraordinária, convocada pelo Presidente de Conselho Central de Botucatu, confrade Paulo Roberto Fontes Júnior com a finalidade de dar posse à Diretoria eleita. Nessa oportunidade, o Presidente eleito usou da palavra para dar conhecimento dos demais membros de sua diretoria: Diretores Sociais: Nívio Mariano Michelin; Rubens Estanislau Tonini; Antonio Carlos de Silva Leite; João Cláudio Thomaz da Silva e Matilde Silva. Diretor de Patrimônio Nelson Luis Machado Quadrado.

O confrade Paulo Roberto Fontes Júnior falou sobre a Sociedade São Vicente de Paulo, destacando o crescimento entre os jovens. Elogiou a administração do confrade Emílio. Presente também na reunião o confrade José Celso S.Vieira, ex-presidente do Conselho Central, que enalteceu as realizações da gestão do Emílio.. Tive também a oportunidade de falar para confirmar as palavras do Prof. Celso, fiz também um relato sobre o Asilo nos últimos 12 anos, o qual passava por grandes dificuldades financeiras e o patrimônio sem qualquer controle, estando hoje organizado e todos os imóveis cadastrados, registrados e fotografados.. Contamos ainda com as agradáveis presenças do Dr. Samir Zacharias; Sr. José Carlos Lourenção,


Pres. da Câmara; Sr. Antonio João Janes, Pres. do Asilo de Itatinga e mais uns 50 Vicentinos.

No dia 3 de junho, foi realizada a primeira reunião da nova Diretoria , oportunidade para apresentação de todos os componentes que irão dirigir o Asilo nos próximos quatro anos. Os novos administradores se propuseram a trabalhar, tomando as medidas e decisões visando sempre ao bem-estar dos idosos. O Pres. João Cláudio propôs a construção de muros para que haja maior segurança aos internos e para tanto já está contando com a colaboração da OAB.

Na reunião do dia 7 de junho, além da diretoria, estiveram presentes a Assistente Social Mara Silva Batista de Castro, a Psicóloga Hérika Oliveira S. Maior, os confrades PAULO R. Fontes Júnior e João Narciso Aguiar, presidente e tesoureiro do Conselho Central.

Foi feita uma consulta à Prefeitura sobre a possibilidade de um vigia até que o Asilo fosse totalmente murado, em resposta o Prefeito prometeu levantar recursos para a construção do muro.

A diretoria juntamente com a OAB está elaborando projeto de um salão para atividades dos idosos. Pelo Pres. do Conselho Central foi solicitado um boletim para que o mesmo tome conhecimento do patrimônio da Entidade. Estão sendo revistos os contratos de aluguéis dos imóveis, pelo Diretor de Patrimônio, para que, na medida do possível, sejam feitos reajustes.

O almoço realizado no dia 10 de agosto rendeu R$ 2 643,50 e a apresentação da Orquestra Sinfônica R$ 6 370,00. Para divulgação desta Casa, está sendo realizada a campanha “NOSSOS IDOSOS” pela Sra. Malu Ornelas e Agência Peagade, cujas fotos foram expostas na Expo-Botucatu. Em 10 de outubro, aconteceu um jantar beneficente que rendeu R$ 5 590,00 e a arrecadação de finados realizada pelos vicentinos, nos portões dos cemitérios totalizou R$ 8 324,00.

Em 14 de dezembro, foi realizada a festa de confraternização entre a diretoria, funcionários e os idosos e no dia 20 as festividades de fim de ano com entrega dos presentes e participações do Papai Noel e da Mamãe Noel.. O Pe. Marcelo Prado, pároco da Igreja de São Benedito, voltou a propor a troca da casa da Praça Carlos Gomes,42 por outra localizada na


Rua Curuzu, serão feitas avaliações dos imóveis , podendo haver novas negociações.

Conforme relatório da Diretoria, foram apresentadas as atividades do ano: assistência médica com geriatras da UNESP, voluntários como dermatologistas, fisioterapeutas, dentistas,gastroenterologistas, ginecologistas e oftalmologistas ( 25 idosas realizaram o exame de mamografia no Centro de Doenças de mama ).

Na campanha de vacinação contra a gripe, os funcionários do Posto de Saúde vieram para vacinar nossos velhinhos, acompanhados dos mascotes “Vô e Vó Gotinha” para alegria dos internos. Na área de alimentação , as estagiárias do Curso de Nutrição da UNESP, orientaram sobre organização de alimentos, sobre validades, ministraram palestras para as cozinheiras com a finalidade de melhorar a manipulação dos alimentos e higienização.

Dia 21/05 , com a presença da Diretoria, doadores, voluntários,vicentinos e internos, foi inaugurado o moderno Salão de Beleza cujos móveis e equipamentos foram doados pelo RIELLI’S CABELEIREIRO.

Setembro, mês do idoso, tivemos as seguintes realizações: churrasco oferecido pelo João da Frangolândia; café da manhã e almoço no Clube de Campo da DURATEX, pastéis e refrigerantes oferecidos pelo ROTARY CLUBE CUESTA, apresentação da ESCOLA DE DANÇA do PROF. FÁBIO, alimentos doados pela CAIO, INDUSCAR e FUNDO DE SOLIDARIEDADE, bingo realizado pelos funcionários da Empresa LTM, jovens do Grupo NOVA ERA distribuindo brindes, doações das Igrejas MORMON e BÍBLICA, apresentação da peça teatral “CAMINHOS DOURADOS” e dança folclórica, pelos alunos da CRECHE MUNICIPAL 24 de MAIO.

Nossos idosos tiveram ainda a oportunidade de visitar o CEVAP- Centro de Estudos e Venenos e

Animais Peçonhentos da UNESP, participaram também da “CÃO CAMINHADA” realizada pelos alunos da ZOOTECNIA.

Mensalmente o Grupo de Senhoras da Catedral doam 1 000 fraldas geriátricas, (sendo atualmente essa quantia insuficiente), no decorrer do ano a EUCATEX doou 400; a ASSOCIAÇÃO DOS FUNCIONÁRIOS


da EMBRAER , 2 000 e a Empresa BIOTECH BOTUCATU- Comércio de Produtos Veterinários, mais 2 000., amenizando o déficit do produto por alguns meses. O LIONS CLUBE LEÃO DA SERRA e o Grupo de Senhoras da Catedral doaram 36 lençóis. Semanalmente a voluntária da DEMÉTRIA desenvolve grupo de terapia de TAI CHI, contamos ainda com a colaboração das cabeleireiras e manicures. valorizando a auto-estima e os cuidados femininos nessa fase da vida. Do ponto de vista psicossocial, foi proporcionado atendimento personalizado, focalizando as angústias, as alegrias, a solidão, o processo de abrigamento, o “abandono” familiar e outros fatores do histórico da vida dos nossos idosos. A profissional de Terapia Ocupacional promoveu Oficinas com a finalidade de restabelecer as perdas físicas e sociais que causam desajustes no idoso, agindo como facilitador que capacita o mesmo a fazer o melhor uso possível das capacidades remanescentes. Para a criação da Oficina Terapêutica, houve um investimento financeiro da verba da Instituição Cáritas, a qual é arrecadada na Campanha de Fraternidade, no valor de R$ 1 000,00.

Para a comemoração do NATAL e encerramento do ano, contamos com os eventos: churrasco oferecido pela Lanchonete da Sônia, apresentação

Nova diretoria do Asilo: Nelson M. Quadrado, Cláudio Ferreira dos Santos, José Augusto Barrichelo, João Claudio Alves e Dalmir Alcarde


do coral da UNESP e da Igreja Presbiteriana com canções natalinas. Na noite da entrega dos presentes doados pela comunidade, contamos com a apresentação do Coral da Igreja Metodista, sendo servida aos internos uma ceia, com panetones, suco de uva e frutas típicas da época, sempre com as presenças do Papai Noel e Mamãe Noel.

Neste final de ano, esta Entidade foi contemplada com uma doação de R$ 50 000,00 pelo Governo Estadual, para aquisição de um veículo para transporte dos internos.

A Prefeitura Municipal destinou uma verba de R$ 265 000,00 para construção do muro ao redor da Casa Pia e construção de um prédio de 324 m2 para criação do espaço de vivência, grupo terapêutico, sala de jogos, sala de TV , aulas de dança e outras atividades que possam vir em benefício dos idosos, preenchendo o tempo ocioso dos mesmos

2009Início de ano; realizadas reuniões com os funcionários de todos os

setores para mudanças nas dinâmicas diárias. Registramos as presenças dos adolescentes da Igreja Bíblica conversando com os idosos e ouvindo as suas estórias. Em fevereiro, um grupo de amigos ofereceu um belo churrasco para o almoço dos internos. Professor e alunos do grupo de dança de salão prepararam um lanche e, com músicas carnavalescas fizeram a alegria de nossos velhinhos, no dia seguinte voluntários serviram pastéis e refrigerantes.

Diariamente são realizadas atividades pelos funcionários das áreas de: enfermagem, serviço social, psicologia e cozinha, patrocinando : alimentação, medicação, higiene, entrevistas, acompanhamento em consultas médicas, contando sempre com a direção e participação dos voluntários.

Semanalmente o clínico com especialidade em geriatria, vinculada à UNESP, presta atendimento, realizando consultas, exames e quando necessário, encaminhando para especialistas.

Às quartas feiras são servidos lanches diferenciados, sempre de acordo com a vontade dos idosos. O ROTARY CLUBE DE BOTUCATU, serviu um almoço com nhoque, salada , arroz, refrigerantes e sobremesas.


O atendimento social e psicológico acontece semanalmente, sendo individual ou em grupos. Na parte social, uma estagiária do Curso de Serviço Social da UNAPAR VIRTUAL- UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ, está desenvolvendo suas atividades, cumprindo 7 horas semanais.

As alimentações são realizadas cinco vezes ao dia: café da manhã, almoço, café da tarde, jantar e ceia. A atividade de terapia ocupacional é realizada às quartas-feiras das 13 às 17 h (pintura, crochê e tricô), futuramente outras atividades serão desenvolvidas com a finalidade de melhorar a qualidade de vida dos internos. Temos recebido visitas de jovens da Igreja Presbiteriana do Jardim Paraíso, alunos da Escola Estadual José Pedreti Neto acompanhados de seus professores e alunos da Faculdade USC que serviram lanches e refrigerantes. Este ano não contamos com a colaboração da UNIFAC com a tradicional doação de ovos de Páscoa, por esse motivo a Diretoria assumiu tal despesa. Os patrocinadores dos lanches da Páscoa foram os alunos da Creche do Lageado. Mensalmente o grupo da Odete e da Ondina patrocina um lanche especial.

Alunos do Colégio La Salle realizaram a campanha do talco, na própria escola, arrecadando l84 unidades que foram doadas aos nossos internos. Com recursos conseguidos em um bazar, foi realizado um passeio

Em 24 de setembro foi inaugurado o Centro de Convivência. Na foto, o atual presidente João Claudio e os ex-presidente Shirley, Alvaro e orlando


com 30 idosos na Pizzaria “Estância l3”, onde os mesmos passaram uma tarde com muita alegria. Dr. Marcelo Pinho Campos, fisioterapeuta, presta serviços gratuitos há vários anos e atualmente mais duas fisioterapeutas (Adriana e Mirela) estão colaborando no atendimento. Recebemos do ROTARY CLUBE 2 400 fraldas geriátricas e mais 42 lâmpadas econômicas para serem colocadas nas casas dos internos. Foram realizadas duas festas juninas, patrocinadas pelo SENAC (dia 6) e alunos do CURSO DE MEDICINA (dia 28). Pelos alunos da Igreja Bíblica, foram doados produtos de limpeza. O Grupo de Oração da Conferência Imaculado Coração de Maria patrocinou um saboroso lanche. No dia l2, de julho a Diretoria Social preparou uma festa julina que contou com a quadrilha do Grupo da terceira idade NOVA AURORA e apresentações de duplas sertanejas, apresentando uma renda de R$ 3 900,00. Estiveram em visita os alunos do SENAC e da Coordenadoria do Projeto do Instituto Adolescer que é vinculada à FLORA VIDA, ultimando estudos para a possibilidade de urbanizar a Entidade.

É muito prazeroso ver a disponibilidade dos internos em auxiliar nos afazeres domésticos, bazar, lavanderia, costura e varredura do pátio.

O Pres. João Cláudio e sua equipe têm demonstrado um dinamismo muito grande, principalmente no setor de construções: o Asilo está totalmente murado , oferecendo maior segurança aos internos e funcionários, o prédio onde será o Centro de Convivência com 324 m2 é uma realidade, abrigando as seguintes atividades: Oficina Terapêutica, Oficina de Memória, Oficina de Dança, Oficina de artesanato, Recreação e filmes, tudo isso promovendo uma melhor qualidade de vida aos idosos. Para a construção do muro e do Centro foi liberada, pelos governos dos Prefeitos Mario Ielo e João Cury, uma verba de R$ 265 000,00.

A inauguração do Centro aconteceu no dia 24 de setembro às l5 horas. Foi uma festa muito bonita e concorrida, contando com as presenças do Pref. João Cury, ex-Pref. Mario Ielo, deputado Bruno Covas, vereadores, Diretores, ex-Diretores, demais autoridades, funcionários, voluntários e principalmente os internos. O espaço interno, decorado com baners de idosos e trabalhos doados por artistas plásticos desta cidade. Vários oradores usaram da palavra com homenagens e agradecimentos. Um lindo desfile a cargo da Malu Ornelas, autora das fotos e baners da Campanha “NOSSOS


IDOSOS”.Acredito que a atual Diretoria trará imensos benefícios à CASA PIA e consequentemente aos idosos que lá residem.

Em minha opinião, todo vicentino que almeja um cargo dentro da Sociedade de São Vicente de Paulo, deveria primeiramente fazer parte da diretoria de um Asilo, pois somente com essa experiência o confrade teria noção da responsabilidade de dirigir uma Entidade com 60 a 70 idosos, onde, às vezes há carência de tudo, sendo comum, até mesmo uma difícil situação financeira. Dessa forma, haveria mais entrosamento entre os Conselhos e as Obras Unidas. Essa afirmação é de quem viveu as duas situações, pois fui presidente do Conselho Central e do Asilo Pe. EUCLIDES. Quando presidente do Conselho Central, estive sempre ao lado da Diretoria, com visitas constantes, lutando sempre que possível, pela nossa CASA PIA SÃO VICENTE DE PAULO-ASILO PE. EUCLIDES.

PARA QUE POSSAMOS FAZER UMA REFLEXÃO SOBRE OS SERES HUMANOS QUE SE ENCONTRAM NUM ASILO.

DOR DO ABANDONO

Era uma manhã de sol quente e céu azul quando o humilde caixão contendo um corpo sem vida foi baixado à sepultura. De quem se trata? Quase ninguém sabe.

Muita gente acompanhando o féretro? Não. Apenas umas poucas pessoas.

Ninguém chora. Ninguém sentirá a falta dela. Ninguém para dizer adeus ou até breve.

Logo depois que o corpo desocupou o quarto singelo do asilo, onde aquela mulher havia passado boa parte de sua vida, a moça responsável pela limpeza encontrou em uma gaveta ao lado da cama, algumas anotações. Eram anotações sobre a dor...

Sobre a dor que alguém sentiu por ter sido abandonada pela família num lar para idosos... Talvez o sofrimento fosse muito maior, mas as palavras só permitiam extravasar uma parte desse sentimento, grafada em algumas frases: Onde andarão meus filhos? Aquelas crianças sorridentes


que embalei em meu colo, alimentei com meu leite, cuidei com tanto desvelo, onde estarão?

Estarão tão ocupadas, talvez, que não possam me visitar, ao menos para dizer olá, mamãe?

Ah! Se eles soubessem como é triste sentir a dor do abandono...A mais deprimente solidão... Se ao menos eu pudesse andar...Mas dependo das mãos generosas dessas moças que me levam todos os dias para tomar sol no jardim...

Jardim que já conheço como a palma da mão.Os anos passam e meus filhos não entram por aquela porta, de

braços abertos, para me envolver com carinho... Os dias passam...e com eles a esperança se vai... No começo, a esperança me alimentava, ou eu a alimentava, não sei...

Mas, agora...como esquecer que fui esquecida? Como engolir esse nó que teima em ficar em minha garganta, dias após dias? Todas as lágrimas que chorei não foram suficiente para desfazê-lo. Sinto que o crepúsculo desta existência se aproxima...

Queria saber dos meus filho... dos meus netos... Será que ao menos se lembram de mim? A esperança, agora, parece estar atrelada aos minutos...que a arrastam sem misericórdia... para longe de mim. Às vezes, em meus sonhos,vejo um lindo jardim... É um jardim diferente,que transcende os muros deste albergue e se abre em caminhos floridos que levam a outra realidade, onde braços afetuosos me esperam com amor e alegria... Mas quando acordo, é a minha realidade que eu vejo... que eu vivo... que eu sinto...

Um dia alguém me disse que a vida não se acaba num túmulo escuro e silencioso... Que a vida continua após a morte, de uma outra forma... Mas com certeza a minha matéria, a minha mente, o meu eu dessa vida que vivo agora, com o nome que tenho... nunca mais existirá! E quando a morte chegar,só restará a saudade que com o passar do tempo se ameniza...( se é que alguém vai sentir saudade de mim, já que não sentem enquanto estou viva neste asilo).

Sinto que a minha hora está chegando... Depois que eu partir, gostaria que alguém encontrasse essas minhas anotações e as divulgasse.


E que elas pudessem tocar os corações dos filhos que internam seus pais em asilos, e jamais os visitam...Que eles possam saber um pouco sobre a dor de alguém que sente o que é ser abandonado...

Autor: David Souza Costa

DEUSUm dia desses, eu conversava com um velho. Devia ter mais de

oitenta anos de idade e era lúcido.Pelo menos, parecia que era totalmente lúcido. Essa certeza, no

entanto, desapareceu, quando, sem que eu esperasse, ele me disse que gostaria de ser Deus. Achei esquisito aquilo. Pensei comigo: “Lá vem mais um deus, desses com d minúsculo, para enganarem os ingênuos”. Assim mesmo, resolvi dar corda ao velho. Queria saber mais alguma coisa a respeito de seu desejo de divindade:

_Naturalmente, o senhor gostaria de ser Deus, para ter todos os seus poderes, para fazer o que bem entendesse consigo e com os outros...

—Engano seu, meu filho, disse-me o velho, em tom calmo e pausadamente.

—Que prazer me daria poder fazer tudo o que quero?—Por exemplo, o senhor poderia transformar-se em jovem! –disse-

lhe, como se tivesse descoberto seu grande segredo.— Juventude? Por que eu deveria tornar-me jovem, novamente?

Já fui jovem e sonhei todos os sonhos da juventude. Já fui jovem e realizei o que a juventude me permitia. Que graça haveria em realizar tudo novamente? Não, não quero ser jovem, meu filho. Quero que o ciclo de minha vida continue, sem tropeços e sem grandes novidades...

Aquilo me surpreendeu. É que eu sempre pensei que todo velho gostaria de ser jovem. Aquele pelo menos, não gostaria. Mas gostaria de ser Deus. Para quê?

—Quer ser Deus, para ser eterno? —arrisquei.O velho olhou-me de um jeito, como se quisesse me dizer “Esses

jovens!...”Mas não disse. Colocou o braço em minhas costas, como meu pai

fazia, quando queria dizer-me algo sério:


—Que sentido há na eternidade para o ser humano, meu filho? Que prazer eu poderia sentir, ao ver meus filhos envelhecerem e morrerem? Que prazer eu poderia sentir, ao ver minha família e meus amigos desaparecerem? Que prazer eu poderia sentir em ficar onde ninguém permanece?

Com certeza eu seria uma peça de museu ou um ser tão excêntrico, que seria temido por todos.

Então?...—Deus é eterno, sim, meu filho, mas não é sua principal virtude.—Não?—Deus seria muito pequeno, se sua principal virtude fosse a

eternidade.—É verdade! –concordei.

A curiosidade começou a aumentar. Quando ele me disse que queria ser Deus, comecei a duvidar de sua sanidade mental. Agora, não. Algo de diferente tinha aquele velho. Algo que não conseguia perceber. Algo que ele queria que eu descobrisse, sem que ele tivesse que me contar.

—Então, qual é a maior virtude de Deus? –ele me perguntou.Achei ter encontrado a resposta:—A criação do mundo! – gritei vitorioso.—Não, meu filho. A criação do mundo foi só conseqüência. Disse-

lhe que não sabia. A eternidade me parecia uma virtude muito grande. Criar o mundo, uma virtude impossível de calcular.

—Pense bem!- insistiu o velho. Pensei:—O mistério da Santíssima Trindade—Não! O mistério somos nós que criamos, não Ele. Para Deus, não

existe mistério. Tudo é muito claro...—O que é, então? – perguntei-lhe derrotado.—É a bondade, meu filho. Gostaria de ser Deus, para ter a bondade

que Ele tem.Pensei que estivesse errado.—A bondade de Deus é uma virtude maior que o amor que Ele

sente pela humanidade—A bondade de Deus é anterior ao amor que Ele sente. Só as pessoas

boas são capazes de amar.


É que o amor é entrega, e só as pessoas boas são capazes de abrir mão de si mesmas, para se entregarem aos outros. Deus, porque é bom, nos ama. E, porque nos ama, entrega-se. Foi assim que Ele se fez filho de si mesmo, para vir ao mundo e dar sua vida pela nossa salvação.

—Porque nos ama. –Insistiu.Imagine se Deus não fosse bom, Ele nos amaria com tal intensidade?Percebendo que eu estava, ainda, em dúvida, concluiu:—A bondade é a semente, o amor é o fruto. O fruto é bom; porque

a semente é boa. Da bondade jamais nascerá o ódio. Jamais nascerá a falsidade. Jamais nascerá a traição...

Queria ser Deus, apenas para ter a bondade que Ele tem. As pessoas boas são felizes. As pessoas divinamente boas são divinamente felizes!...

Autor Bahige Fadel.

Ao encerrar este livro, sinto ter realizado uma proposta feita ao meu amigo Emílio e a mim mesmo. Com o advento da informática está muito mais fácil de se ter conhecimento do andamento do Asilo, (mas para chegar aqui tive de ler aproximadamente 1 500 atas e outros documentos).

Embora não fazendo mais parte da Diretoria, continuo freqüentando a Casa Pia, é prazeroso visitar e conversar com os diretores, funcionários, voluntários e principalmente com os internos.

Como fiz questão de citar todos os diretores que passaram por esta Casa, sinto-me na obrigação de mencionar também os nomes daqueles funcionários, benfeitores, doadores e voluntários que estiveram conosco (muitos estão morando com o SENHOR) , mas também existem muitos ainda trabalhando para o bem estar de nossos velhinhos. Deixarei também registrados os nomes de alguns idosos, (os mais velhos) e (os com maior tempo de permanência na Casa).

I- FUNCIONÁRIOS: André D. Gimenez; Andréa C. Boaro; Claudia Bertolli R. S. e Silva; Cláudio F. Alves; Edenilson Luís de Barros; Ednalva S. Alves; Ezequiel de Matos; Fernanda Vivan Silvestre; Hugo Leonardo da Silva; Jacinta de Fátima Costa; Joana Barbosa dos Santos; Marta Aparecida Soares;Mar5ia Helena B. Pereira; Maria Inês B. de Oliveira; Neusa Bento


Paes Laurindo; N isley Aparecida Fabiano; Regina de C. Moura; Sandra R. Bardella; Sérgio Leonardo Góes; Silvana Pereira de Campos; Tânia Belém e Valdenice Messias Senna de Matos.

Sérgio Michel de Oliveira – Auxiliar AdministrativoMara Silvia B. Castro – Assistente SocialHérika de O . Soto Maior – PsicólogaBetina Alponti Fioravante – Terapeuta Ocupacional

II – IDOSOS COM MAIS ANOS DE INTERNAÇÃO:

Lazara da Conceição (Lazinha)............... 43 anosAlexandrina Serrato Garcia.......................31 “Escolástica P. de Souza..............................30 “Benedita de Paula .......................................29 “Nelson Francisco Pereira ............................28 “Joana Galerani .............................................25 “Tereza Ferreira..............................................20 “Santa Lino da Silva .....................................20 “Iracema C, Pereira Santos ...........................19 “

III – INTERNOS COM MAIS IDADES: Silveria Pires...................................... 98 anosEmília Bernabé ................................. 93 “Santinha de Paula ...............................89 “José Lorenzetti ...................................89 “Diva Xavier Biaggioni........................ 89 “Arminda dos S. Fernandes.................. 89 “Vitório Belém .................................... 87 “Silvia Piccinin .................................. 87 “Lazara da Conceição ........................ 86 “José Elpidio Cândido ...................... 85 “


IV – VOLUNTÁRIOS:Médicos: Drs. Paulo J. F. Villas Boas; Jansen Micheleto Furlan;

Luís Antonio Craveiro e Marli A. Tsuru Saad.Dentistas: Drs. Olavo Henriques e Emílio CassetariProtético: Silvio Baldini.Fisioterapeutas: Marcelo de Pinho Campos; Mirela Fernanda Balde

de Almeida e Adriana Castilho Paes.Cabeleireiras: Maria Isabe Brisotti e Cinira de Lourdes ZucariManicures: Maria Pereira Silva Souza; Leda Maria Longo Almeida;

Zenaide Celina Frederico; Maria Aparecida Garcia e Zilda Francisco Garcia.

Grupo de Senhoras dos deliciosa “sonhos”: Helena Cuter Vocci; Francisca Tomazini; Maria Helena Cristal; Maria Helena Ribeiro; Heide Maria de Jesus; Luzia Tozzo; Benedita Pereira Luciano; Luiza Bártoli; Augusta Cárdia; Aparecida Valim; Roseli Leite; Odete de Oliveira r Gabriela Jacinto.

Grupos que prepararam e ainda preparam almoço aos domingos: Darci Aparecida J. Zanin; Geni Gasparini de Souza; Conceção Casaes; Mariquinha Godoy; Rosa Urbano; Vera Velzner Araújo; Elvira Passaroni Bertassi; Lázaro Pereira; Lucimeire de Almeida; Izabel Copel; Yolanda Meneghim; Terezinha Torelli; Maria Santi; Esmeralda Scarmínio; Ricardo Zanin; Eliza Angella; Lourdes Andrade;Oswaldo Montagner; Isaura Ferreira; Elza Motta; Terezinha Bicalho Martins; Santina Spadotto Carvalho; Dalva Cavalari; Aparecida de Carvalho; Nelson Gonçalves; Mário Fernandes; Maria do Carmo Gamas; Maria Aparecida do Nascimento Chiarelli; Deusa Chiarelli Silveira; José Antonio Silveira; José Roberto Bueno; Cristiane Nora Bueno; Marina Campos Silveira; Sérgio Roberto Fernandes; Wanda de Campos Rodrigues; Joaquina Campos; Nelson Garcia; Sérgio Campos; Ondina Maria Zaparolli Campos; Ondina Giudice Fontes; “Cafezeiro” - Albero Alves é um voluntário diferenciado, está presente diariamente no Asilo, iniciou em 09/03/l980, trazendo pó de café, preparando o “cafezinho” e servindo os internos três vezes ao dia. Por essa atitude foi apelidado pelos idosos de “CAFEZEIRO”


Aos sábados são celebradas missas às l5 h 30 min pelo Pe. Marcelo Henrique do Prado.

VOLUNTÁRIOS que colaboraram e os que ainda colaboram na preparação da capela e que participam ativamente durante as Santas Missas: Murilo Antunes; Gerson Carnieto; Dirce Carnieto;Cleophas Soler; Maria Hermínia Ol. Vicentini; Nelson Vicentini; Ana Rosa do Vale Carvalho; Neusa Carmen Bertani; Lenise Salvador; Nilce Bertani; Mariana Costa Ol. Rocha; Telma Luiz Gonzaga; Inês Luiz Gonzaga; Janaina C. Vieira Falcão; Adriano Militão Leite e Catia Ap. da Silva Nunes Militão.

MINHAS HOMENAGENS E AGRADECIMENTOSA Dom Antonio Maria Mucciolo que esteve presente em todas

Assembléias Vicentinas durante o período em que fomos presidente do Conselho Central. Que nos fazia visitas constantes, nos dava todo apoio na resolução de problemas do Asilo e nos auxiliou na vinda das Irmãs da Copiosa Redenção para que tivéssemos o mais importante num asilo, ¨A PARTE ESPIRITUAL¨

Dom Zioni que sempre demonstrou muito carionho pelos nossos internos. Monsenhor Zezinho eo Pader Orestes que apoiaram nossa diretoria quando da saída das Irmãs da Copiosa Redenção.

Aos Freis de N.S. de Lourdes que celebraram muitas Missas aos nossos velhinhos.

Ao Padre Paquito que era o verdadeiro preparador espiritual dos nossos internos nas semanas Santas e festividades de finais de anos. À s I r m ã s Vi c e n t i n a s , S e r v a s d o S e n h o r e C o p i o s a Redenção que primavam pela Vida Espiritual de nossos idosos.

Aos amigos do BANESPA que se tornaram sócios com suas colaborações mensais.

Dom Silvio Maria Dario, Dom Melhado, Padre José Fortes, Padre Aristeu, Padre Ianes.

Ao Sérgio Michel de Oliveira e Dalmir Alcarde que trabalharam


diversos dias na elaboração das fotos deste livro. Ao José Edson Colpas e Sérgio Basso. À Rádio Municipalista; Wanderley e Neder que nos deram espaço,

para falarmos sobre o livro.Ao João Carlos Figueroa que nos incentivou e auxiliou na

publicação deste.À UNESP em nome de seus médicos , enfermeiros e funcionários

que sempre deram um atendimento todo especial aos nossos internos.. Ao Pref. João Cury Neto que tornou possível a confecção e impressão deste histórico.

Botucatu, 08 de novembro de 2009.

Shirley LessaNascido em Bauru em 17 de fevereiro de 1935.

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