Cascavel, sexta-feira, 10 de outubro de 2016 Nº 1835...

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Santa loira! Embora o alto clero de Cascavel tenha assi- nado a recomendação dos bispos do Paraná, reunidos em março último, de não ofertar be- bidas alcoólicas em festa de igreja, despreo- cupe-se com o calorão que se anuncia para o fim de semana: na Festa das Colônias, há sim cerveja sem e com álcool, ao preço camarada de R$ 4. Cascavel, sexta-feira, 10 de outubro de 2016 - Ano XVIII- Nº 1835 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo Uma nota emitida pela saúde pública, assevera que o africano apresentava febre alta, mas não tinha outros sintomas característicos do ebola, como diarreia e vômito. Pode ser “alarme falso”. Importa dizer que a saúde agiu rápido, cumpriu os protocolos de segurança e um avião da FAB já levou o enfermo a um centro de referência, no Rio de Janeiro. O que falta esclarecer é como um sujeito oriundo de país assolado pela epidemia entrou em Santa Catarina pela Argentina e em todo o percurso da África até Cascavel, nenhum agente público tenha apurado sua origem e respectivos riscos sanitários. Não dá para pôr a cama na varanda. Nossos medos estão mais que justificados. A negra cor do pânico! Por definição estético/científica, o branco é ausência de cor, o preto ausência de luz. Por definição do pacifista Mahatma Gandhi, o medo tem alguma utilidade, mas a covardia não. Se você prefere uma visão mais descontraída do medo, fique com Woody Allen: “Não é que eu tenha medo de morrer. É que eu não quero estar lá na hora que isso acontecer”. A cor do medo, frases de efeito a parte, era negra na noite de lua cheia de ontem. E aqui não é possível aplicar a cartilha do “politicamente correto” do aspecto racial, expondo este texto aos cornetas que enfati- zam a divisão entre negros e brancos até na boa intenção de igualá-los. Souleymane Bah, africano de Guiné, 47 anos, negro e pobre. A presença febril dele na UPA Brasília, periferia Norte de Cascavel, trouxe a suspeita do ebola - virus letal em até 90% dos infectados. E fez surgir os mais tacanhos comentários na velocidade absurda dos tempos de gentes conectadas (o que é diferente de gentes bem informadas). Eu moro perto de um haitiano, estou com medo”, postou uma pessoa. Aqui, a mistura do pânico com a ignorância. O Haiti é aqui, na América Central. O país está há um oceano Atlântico inteiro de distância da costa da África, em outro continente. Não há epidemia ou sequer surto de ebola no Haiti. Misturando negros haitianos com negros africanos, a informação contagiada afligiu as pessoas. O atávico e ancestral medo da morte nos visitava. No jogo das máscaras, cinco anos atrás, Santos x Coritiba se enfrentaram aqui no Estádio Olímpico, em meio a uma epidemia de gripe. Os torcedores usaram máscaras. Portanto, já vivemos a experiência do pânico epidemioló- gico. Mas não se trata de acostumar-se com o medo. A repercussão foi tão intensa, que, anestesiados, es- quecemos de medos aparentemente menores, como daquelas vozes cavernosas divulgadas ontem na mídia nacional, em que “respeitados” senhores, contaminados pelo vírus da corrupção, esmiuçaram como funcionava, em detalhes sórdidos, a partilha do esquema bilionário na Petrobras. Ali, dedos rápidos de mãos brancas transformaram o óleo negro no papel verde da moeda americana. Diante da palheta multi-colorida das ameaças - e como hoje é sexta- -feira, dia em que a virtude prevarica, segundo Nelson Rodrigues, melhor então ficar com o olhar nem aí para temperaturas extremas do Raul que nasceu 10 mil anos atrás: “Quando todos praguejavam contra o frio, eu fiz a cama na varanda”. Em tempo: depois do tira e põe de prefeito, do vereador preso, do ataque do tigre no Zoo e agora do suposto caso de ebola, o que falta acontecer em Cascavel este ano? Um tsunami no córrego Bezerra? O medo em todas as suas cores Todos lá! Com a galera torcendo para que o ebola não passe de um “chute”, a bola rola no Estádio Olímpico, domingo. E poderá colocar Cascavel de volta ao primeiro escalão do futebol para- naense. O FC Cascavel precisa apenas empa- tar com o Paranavaí, a partir de 15h30, para subir e passar a receber aqui equipes como o Furacão e o Coxa. Vale prestigiar... “Olhando para alguns eleitos, afirmo que o povo não levou a cola na urna, o povo cheirou cola antes de votar!” (José Simão, humorista, na “Folha de São Paulo”) O jogo das máscaras: o que falta acontecer aqui?

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Santa loira!Embora o alto clero de Cascavel tenha assi-nado a recomendação dos bispos do Paraná, reunidos em março último, de não ofertar be-bidas alcoólicas em festa de igreja, despreo-cupe-se com o calorão que se anuncia para o fim de semana: na Festa das Colônias, há sim cerveja sem e com álcool, ao preço camarada de R$ 4.

Cascavel, sexta-feira, 10 de outubro de 2016 - Ano XVIII- Nº 1835 - Clipping News Agência de Notícias - (45) 3037-5020 - Editor: Jairo Eduardo

Uma nota emitida pela saúde pública, assevera que o africano apresentava

febre alta, mas não tinha outros sintomas característicos do ebola, como diarreia e vômito. Pode ser “alarme falso”. Importa dizer que a saúde agiu rápido, cumpriu os protocolos de segurança e um avião da FAB já levou o enfermo a um centro

de referência, no Rio de Janeiro. O que falta esclarecer é como um sujeito oriundo de país assolado pela epidemia entrou em Santa Catarina pela Argentina

e em todo o percurso da África até Cascavel, nenhum agente público tenha apurado sua origem e respectivos riscos

sanitários. Não dá para pôr a cama na varanda. Nossos medos

estão mais que justificados.

A negra cor do pânico!Por definição estético/científica,

o branco é ausência de cor, o preto ausência de luz. Por definição do pacifista Mahatma Gandhi, o medo tem alguma utilidade, mas a covardia não. Se você prefere uma visão mais descontraída do medo, fique com Woody Allen: “Não é que eu tenha medo de morrer. É que eu não quero estar lá na hora que isso acontecer”.

A cor do medo, frases de efeito a parte, era negra na noite de lua cheia de ontem. E aqui não é possível aplicar a cartilha do “politicamente correto” do aspecto racial, expondo este texto aos cornetas que enfati-zam a divisão entre negros e brancos até na boa intenção de igualá-los.

Souleymane Bah, africano de Guiné, 47 anos, negro e pobre. A presença febril dele na UPA Brasília, periferia Norte de Cascavel, trouxe a suspeita do ebola - virus letal em até 90% dos infectados. E fez surgir os mais tacanhos comentários na velocidade absurda dos tempos de gentes conectadas (o que é diferente de gentes bem informadas).

“Eu moro perto de um haitiano, estou com medo”, postou uma pessoa. Aqui, a mistura do pânico com a ignorância. O Haiti é aqui, na América Central. O país está há um oceano Atlântico inteiro de distância da costa da África, em outro continente. Não há epidemia ou sequer surto de ebola no Haiti.

Misturando negros haitianos com negros africanos, a informação

contagiada afligiu as pessoas. O atávico e ancestral medo da morte nos visitava.

No jogo das máscaras, cinco anos atrás, Santos x Coritiba se enfrentaram aqui no Estádio Olímpico, em meio a uma epidemia de gripe. Os torcedores usaram máscaras. Portanto, já vivemos a experiência do pânico epidemioló-gico.

Mas não se trata de acostumar-se com o medo. A repercussão foi tão intensa, que, anestesiados, es-quecemos de medos aparentemente menores, como daquelas vozes cavernosas divulgadas ontem na mídia nacional, em que “respeitados” senhores, contaminados pelo vírus da corrupção, esmiuçaram como funcionava, em detalhes sórdidos, a partilha do esquema bilionário na Petrobras. Ali, dedos rápidos de mãos brancas transformaram o óleo negro no papel verde da moeda americana.

Diante da palheta multi-colorida das ameaças - e como hoje é sexta--feira, dia em que a virtude prevarica, segundo Nelson Rodrigues, melhor então ficar com o olhar nem aí para temperaturas extremas do Raul que nasceu 10 mil anos atrás: “Quando todos praguejavam contra o frio, eu fiz a cama na varanda”.

Em tempo: depois do tira e põe de prefeito, do vereador preso, do ataque do tigre no Zoo e agora do suposto caso de ebola, o que falta acontecer em Cascavel este ano? Um tsunami no córrego Bezerra?

O medo em todas as suas cores

Todos lá!Com a galera torcendo para que o ebola não passe de um “chute”, a bola rola no Estádio Olímpico, domingo. E poderá colocar Cascavel de volta ao primeiro escalão do futebol para-naense. O FC Cascavel precisa apenas empa-tar com o Paranavaí, a partir de 15h30, para subir e passar a receber aqui equipes como o Furacão e o Coxa. Vale prestigiar...

“Olhando para alguns eleitos, afirmo que o povo não levou a

cola na urna, o povo cheirou cola antes de votar!”

(José Simão, humorista, na “Folha de São Paulo”)

O jogo das máscaras: o que falta acontecer aqui?

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Pé quente

Urnas que degolam

Pitocas

Loteca do PitocoMal a urna eletrônica “vomitou”

sua última tirinha na escolinha da zona rural de acesso asfaltado em Toledo, o prefeito Beto Lunitti tirou a tampa da caneta e foi fundo no Diário Oficial.

“Degolou” em uma só “penada” sete secretários, tesourou quase 1/3 do salário dele próprio e de dezenas de ocupantes em cargos comissiona-dos.

Embora as urnas tenham dado ao Paço de Toledo um recado seme-lhante aos vizinhos palacianos de Cascavel, com votação expressiva dos oposicionistas Dilceu Sperafico e Zé Schiavinatto, Lunitti diz que a degola não tem a ver com o resultado ruim da eleição.

“Atingimos o limite prudencial na folha de pagamento e a receita caiu, em setembro, mais de R$ 1 milhão”, disse o prefeito. Com os secretários “sobreviventes” acumulando o cargo dos degolados, o vizinho pretende economizar R$ 560 mil/mês.

Embora o remédio amargo do Lu-nitti tenha sido prescrito após a aber-tura das urnas, o humor dele pode ter

sido afetado pela apuração de votos. Elton Welter, o candidato do Paço toledano, fez pouco mais de 8 mil vo-tos no município. O Zé fez 39,5 mil e o Sperafico 44,1 mil em Toledo. Es-tão eleitos com expressivas votações. Welter está fora do jogo.

MAquiAvEL“Quando fizer o bem, faça-o aos

poucos. Quando for praticar o mal, fazê-lo de uma vez só”. A frase é de Maquiavel. Edgar Bueno foi ma-quiavélico. Antes ainda de assumir o novo mandato, no final de 2012, fez todas as “maldades” de uma vez só. Achatou sem piedade o salário da companheirada. Reduziu até o aten-dimento nas UBS.

Após equilibradas as contas da gastança da campanha, espera-se agora a primeira parte da oração maquiavélica: o bem, mesmo que aos poucos. Enquanto a prescrição de Maquiavel não estiver completa, o grupo dele colhe o mau humor nas urnas: a redução da votação de An-dre Bueno e a derrota de Nelson Padovani, candidatos apoiados pelo Paço.

Lula, o todo poderoso do PT, e Aldo Rabelo, o homem do PCdoB no ministério dilmista, cogitam viajar emergencialmente a Cascavel para apagar o incêndio entre o comunista Paulo Porto e o petista Jorge Bo-cassanta. Eles temem que a desa-vença possa entregar de “mão beija-da” o Palácio do Planalto para o 45.

Após o senador Requião se posi-cionar na eleição do segundo turno em favor da Dilma, cresceu a ex-pectativa em torno de outros per-sonagens tão influentes e decisivos como ele na etapa final da disputa presidencial: Levi Fidelix, Eymael, Zé Maria e Piva.

Almir Satter se apresenta em Cascavel. Será na “Virada Cultural”, no próximo dia 17.

Fernando Giacobo, agora com o domicílio eleitoral em Foz do Iguaçu, colheu expressiva votação no Paraná, mais de 144 mil sufrágios. Gigante no Estado, anão em Cascavel. Aqui ele não passou de 9,8 mil votinhos.

Foram cinco os vencedores na Lote-ca do Pitoco. Cada um errou ape-nas dois prognósticos: São eles: vilmar, do Mellos Cabeleireiros, Paulo Mion, Felipe Oliveira, José Wellington, Terezinha Moresco e Leila Previati Cardoso. O erro mais recorrente dos muitos apos-tadores, foi crivar Requião contra a Gleisi. Em Cascavel, a senadora bateu o peemedebista, conforme descreve o quadro ao lado.

Adelino fez 204 em 280 vo-tos possíveis em uma das urnas do Olívio Fracaro, no Morumbi, reduto histórico do deputado. Em média, ele fez 70% dos votos nas seções eleito-rais do colégio.

O número

Nos vemos na Feirinha do Pequeno Produtor, sábado de manhã, no Centro Cívico. Tchau...

The endAlgumas capas recentes da revista “Aldeia” trouxeram homens públicos em ascensão no cenário político estadual. Entre eles, Ratinho Junior, com mais de 300 mil votos, Evandro Roman, Paranhos e Mácio Pa-checo.

Dilma (52.156)Aécio (85.386)Marina (17.270)Paranhos (29.362)Andre Bueno (21.082)Dr Solano (895)Dr Jorge dos Santos (4.294)Evandro Roman (19.965)Fernando Giacobo (9.867)Adelino (23.486)Lemos (10.683)Martendal (3.143)Pacheco Xerife (18.976)Padovani (7.369)Alfredo Kaefer (7.018)Marcelo Almeida (5.480)Gomide (20.553)Beto Richa (98.632)Requião (25.902)Gleisi (29.072)Rafael Brugnerotto (3.371)Inês de Paula (6.000)Eymael (75)Pastor Everaldo (888)