CASO CLÍNICO ASMA
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CASO CLÍNICOCASO CLÍNICO ASMA ASMA
Identificação: MSB, 46 anos, fem, do lar, Porto Alegre
Dispnéia recorrente desde a infância, chiado no peito, dor torácica em aperto2 despertares noturnos/semana por asmaDiversas internações por insuficiência respiratóriaVentilação Mecânica 2 vezesAlergia a diversos ATB e anti-inflamatóriosSinusites de repetiçãoHASAVC prévioNunca fumou
Exame Físico:
BEG, LOC, normotensa
Desvio da comissura labial ( sequela do AVC)
Ap. Resp: sibilos ins e exp difusos, tiragem , FR 30
Sem outras alterações
Medicações em uso:
budesonida 1200mcg dia + formoterol 24mcg/dia (inal)
salbutamol+ipratrópio (inal) resgate diariamente 4X dia
enalapril (VO)
Qual o diagnóstico mais provável ?
a) Asma leve não controlada
b) DPOC
c) Asma grave não controlada
d) IC direita
(04/2006)
VEF1 pré 1,87(59%) VEF1 pós 2,06(65%)
CVF pré 3,03 (79%) CVF pós 3,14(81%)
(05/2006)
VEF1 pré 1,95(64%) VEF1 pós 2,17(71%)
CVF pré 2,81 (76%) CVF pós 3,11(81%)
RX tórax : Sem alterações
Medicações 05/2006 :
fluticasona1000mcg dia + salmeterol 100mcg/dia (inal)
salbutamol+ipratrópio (inal) resgate diariamente 4-6X dia
CO 20 mg dias alternados
Internações : 2 em 11/2006
Qual a conduta recomendada?
a) Indicar CO de manutenção
b) Aumentar as doses de CI e do BD
c) Acrescentar anti-leucotrieno VO
d) Indicar anti-IgE
Conseqüências da asma grave
• Pacientes com asma grave não controlada têm um maior risco de eventos fatais de asma
1–3
• Asma grave não controlada responde por 80-85% dos casos de óbito relacionados à asma3
• Comparados com portadores de asma leve, os pacientes com formas mais graves da doença têm uma chance 4 vezes maior de hospitalização4
1. Global Initiative for Asthma (2004 update published 2005) 2. McFadden ER, Warren EL. Ann Intern Med 1997;127:142–7
3. Papiris S, et al. Critical Care 2002;6:30–444. Fuhlbrigge AL, et al. Am J Respir Crit Care Med 2002 15;166:1044–9
CONTROLE DA ASMA
Controlado
Parcialmente
ControladoPelo menos 1 em qualquer semana
Não Controlado
Sintomas diurnos Nenhum ou mínimo 2 ou mais / semana
3 ou mais presentes em qualquer semana
Despertares noturnos Nenhum pelo menos 1
Necessidade de medicamentos de resgate
Nenhuma 2 ou mais por semana
Limitação de Atividades
NenhumaPresente em qualquer momento
PFE ou VEF1Normal ou próximo do normal
< 80% predito
Exacerbação Nenhuma 1 ou mais por ano 1 em qualquer
semana
Asma de Difícil Controle - Definição
Forma da doença com controle insuficiente, apesar do estabelecimento de terapêutica adequada com ajuste para o nível de gravidade clínica
• Sinônimos: asma intensa, asma grave, asma difícil, refratária, instável, de risco mortal, córtico-dependente, córtico-resistente.
• Chung KF e cols. Eur Respir J 1999, 13: 1198- 208• ATS Workshop on refractory asthma. Am J Respir Crit Care Med 2000, 162: 2341- 51• GEMA 2003. http:77www.gemasthma.com• Lopez-Viña A e cols. Arch Bronconeumol 2005, 41: 512- 23
Asma de Difícil Controle
• Exclusão de outros diagnósticos
• Exposição ambiental
• Tabagismo
• Uso inadequado dos dispositivos inalatórios
• Uso de medicamentos concomitantes
• Doenças naso-sinusais
• Refluxo gastroesofágico
• Desordem psiquiátrica
Critérios maiores
- uso de um corticóide oral contínuo ou durante mais de 6 meses em um ano
- uso contínuo de corticóides inalados em doses elevadas (> 1200 mcg de budesonida ou equivalente) com um BDLD
Critérios para o diagnóstico de Asma de Difícil Controle
Critérios menores
- VEF1<80% ou variabilidade do PFE>20%
- uso diário de BDCD
- uso de mais de 3 pulsos de corticóide oral no ano
- ter apresentado um episódio de asma quase fatal
- uma ou mais consultas em serviços de urgência no ano anterior
- deterioração rápida da função pulmonar ao diminuir a dose do tratamento com corticóide
Critérios para o diagnóstico de Asma de Difícil Controle
Certificar-se quanto ao tratamento adequado
Somente 30 a 50% dos pacientes seguem corretamente a terapia, devido aos efeitos dos fármacos empregados ou por características próprias do paciente.
A via inalatória requer treinamento, que deve ser fornecido pela equipe de saúde.
Asma de Difícil Controle
Confirmar a limitação ao fluxo aéreo
Considerar o diagnóstico diferencial
Identificar comorbidades e fatores exacerbantes
Assegurar o tratamento apropriado e o seu cumprimento
adequado
Asma de Difícil Controle
EVOLUÇÃO:
fluticasona 1000mcg/dia + salmeterol 100mcg/dia+ anti-leucotrieno – sem modificação do controle
sinusites de repetição
alergia a todos os ATB usados
2 dosagens de IgE 541 –385
Neuropatia de MsSs e MsIs
EVOLUÇÃO:
VEF1 47% previsto
biópsia de seios da face infiltrado eosinofílico
eosinofilia
PROBLEMAS
Asma de difícil controle
HAS
AVE
Rinossinusite de repetição
Neuropatia
Eosinofilia
Alergia grave
Aumento de IgE
Baseado nos problemas anteriores, quais os
diagnósticos diferenciais poderiam ser levantados?
a) Pneumonia de hipersensibilidade
b) BOOP
c) Churg-Strauss
d) DPOC
CONDUTA ADOTADA
Pulsoterapia com metilprednisolona
Pulsoterapia com ciclofosfamida
Assintomática
VEF1 77% previsto
RESPOSTA AO TRATAMENTO