Caso Prático - O Palácio Da Pena - A Cultura Da Gare - Alexandre Lopes

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SINTR A CASO PRÁTICO: O PALÁCIO DA PENA ALEXANDRE LOPES EPRAL 2015-16 MÓDULO 8 – A CULTURA DA GARE

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Este power point, foi feito no âmbito da disciplina de HCA 12o ano.

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SINTRA

CASO PRÁTICO: O PALÁCIO DA PENA

ALEXANDRE LOPESEPRAL 2015-16

MÓDULO 8 – A CULTURA DA GARE

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ERGUIDO SOBRE UM ROCHEDO [O PALÁCIO]PARECE SAÍDO DE UM CONTO DE FADAS

Richard Strauss, compositor

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A OBRA A Arquitetura da Obra pertence a D. Fernando II de Portugal, e Barão Ludwig von Eschwege.

O Patrono da Obra é D. Fernando II de Portugal. Período de Execução Entre 1838 e 1868.

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CONTEXTUALIZAR A SERRA DE SINTRA E O PALÁCIO DA PENA• Época Medieval (século XII): existia na serra de Sintra uma capela dedicada a Nossa Senhora da Pena. • 1503: nesse local, foi erigido um pequeno mosteiro, mandado construir por D. Manuel I, como agradecimento da viagem de Vasco da Gama à Índia e doado à ordem de S. Jerónimo.• 1755: o edifício sofreu danos graves devido ao terramoto, levando ao seu abandono.• 1834: o governo liberal português extingue as ordens religiosas.

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CONTEXTUALIZAR A SERRA DE SINTRA E O PALÁCIO DA PENA• 1838: o rei D. Fernando II «descobre» e compra o mosteiro.• 1842-54: realiza-se a recuperação do mosteiro e a construção do novo palácio.• 1889: o palácio e o parque são comprados pelo estado.• 1910-12: o palácio é convertido em museu.• 1995: a Serra de Sintra é classificada, pela UNESCO, como Paisagem Cultural-Património da Humanidade.

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A BIOGRAFIA DE D. FERNANDO II DE PORTUGAL Filho do príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Gotha e da princesa Antónia de Kohary, Fernando Augusto Francisco António nasceu em Corburgo a 29 de Outubro de 1816.

Inicialmente Duque de Saxe-Coburgo-Gotha e mais tarde rei de Portugal pelo seu casamento com a rainha D. Maria II.

A sua actividade política não foi muito marcante, tendo-se limitado a ser conselheiro de sua mulher e, mais tarde, dos filhos.

Assumiu a regência do reino após a morte de D. Maria II em 1835. Dois anos mais tarde entregou o poder a seu filho, D. Pedro V.

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A BIOGRAFIA DE D. FERNANDO II DE PORTUGAL De elevada educação literária e artística, dedicou-se ao longo da vida ao desenvolvimento e à protecção das belas-artes nacionais. Foi protector da Academia das belas-artes de Lisboa, também se preocupou com a conservação dos monumentos portugueses (Mosteiro da Batalha e dos Jerónimos), e exerceu o mecenato (ou o incentivo) em relação a diversos artistas, como os irmãos Columbano e Rafael Bordalo Pinheiro.

Interessou-se pelo património artístico nacional, comprando e recolhendo inúmeras peças de arte, que ainda hoje ornamentam alguns museus e palácios nacionais.

Este rei foi ele próprio um artista, cantor, pintor, desenhista e gravador.

Faleceu em Lisboa, a 15 de Dezembro de 1885.

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SOBRE A CONSTRUÇÃO O projecto é encomendado ao mineralogista germânico Barão de Eschwege, que se inspira em obras como o Palácio de Stolzenfels, o Castelo de Rheinstein, e o Palácio de Babelsberg. O rei interveio de forma determinante na construção do palácio, ao nível dos detalhes decorativos e simbólicos.

Sendo esta uma obra que reúne diversos estilos de distintas épocas, aqui podemos encontrar desde o neo-gótico ao neo-mourisco, passando por sugestões indianas e manuelinas.

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EDIFÍCIO DAS COCHEIRAS Na fachada principal, possui um portal de arco em “asa de cesto”, em cima uma janela de influência neo-manuelina e num dos vértices, salienta-se uma guarita, que serve de minarete¹ para o Parque. Esta é de referência islâmica, a sua cúpula é revestida de azulejos e é delimitada por merlões.

¹Minarete é a torre de uma mesquita, local do qual o almuadem,  encarregado de anunciar em voz alta, anuncia as cinco chamadas diárias à oração.

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PORTAL MONUMENTAL Este portal é antecedido por uma ponte levadiça, a sua porta é de arco de volta perfeita, emoldurado por bolas, uma imitação do Cunhal das bolas, no Bairro Alto em Lisboa. A restante fachada e os dois minaretes são revestidos por pontas-de-diamante, inspiradas na Casa dos Bicos, em Lisboa.

Cada coluna da porta contém uma serpente que serve de guarda. Na parte superior, encontramos cinco merlões, em que o do meio possui duas espadas e os restantes a cruz de Cristo coberta de peles de animais, que estão associadas à ordem do Tosão de ouro.

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PÓRTICO DE TRITÃO Também denominado por “Pórtico alegórico da criação do mundo”, este possui quatro arquivoltas em estilo neo-gótico, emoldurado por corais manuelinos.

Este mostrengo é entendido como uma celebração dos Descobrimentos e os motivos vegetais nele presentes são uma referência à gesta marítima dos portugueses.

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PÓRTICO DE TRITÃO Este é, porventura, o elemento que melhor representa o ideário romântico do príncipe D. Fernando: o Pórtico do Tritão.

Referindo-se à estranha e demoníaca figura, D. Fernando afirmou tratar-se de um «pórtico alegórico da criação do mundo», sintetizando simbolicamente a teoria dos «quatro elementos».

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Segue-se o pátio dos arcos, que tem vista para a grande lezíria a norte de Sintra.

Daqui observamos a torre do relógio, que teve como base a torre de Belém.

Aqui podemos salientar a grande torre cilíndrica, onde encontramos janelas com vãos (meias rosáceas).

PÁTIO DOS ARCOS

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JÁ NOS INTERIORES DO PALÁCIO Encontram-se recheados e acumulados de bens, provocando alguma escassez de espaço, mas achava-se necessário para ostentar um ambiente de luxo e requinte.

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SALA DE JANTAR O tecto apresenta uma abóbada de nervuras em estrela, sendo esta e as paredes, revestidas a azulejos. Encontra-se mobilada com armários, aparadores, tapete turco e cortinados de renda Suiça. Aqui salienta-se no centro da mesa, uma caravela estilizada, sustentada por Neptuno e pelas Ninfas.

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APOSENTOS DE D. CARLOS I O quarto de D. Carlos I encontra-se guarnecido por mobiliário estilo império, constituído por cama, mesa-de-cabeceira, chaise-longue e espelho. Numa das casas de banho é possível visionar um water-closet (WC), um chuveiro de águas quentes e frias, o primeiro deste estilo a ser importado para Portugal.

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APOSENTOS DE D. CARLOS I Sendo este um rei artista, no seu atelier deparamos com caixas de tintas, pincéis e um conjunto de sete telas inacabadas, de temática amorosa. Uma das paredes é revestida por uma enorme tela onde se observa a serra de Sintra e, nela presente, o Palácio da Pena.

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CAPELA Esta é uma das pequenas celas dos monges do antigo mosteiro, que o rei decidiu reaproveitar para construir uma pequena capela. É constituída por uma nave, capela-mor, sacristia e coro lateral. As suas paredes e tecto são revestidas por azulejos mudejáres.  

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CAPELA Neste espaço é de salientar o vitral da janela principal. Este apresenta, em cima, a esfera armilar e a cruz de Cristo, entre eles, as bandeiras com as armas de Portugal e de Saxe-Coburgo-Gotha. Do lado esquerdo está representada a Nossa Senhora da Pena, com Jesus nos braços e, ao seu lado direito S. Jorge. Em baixo, do lado esquerdo vemos o rei D. Manuel I com projecto para a Pena. Por último está Vasco da Gama e como fundo uma caravela e a Torre de Belém.

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QUARTO VEADOR E DAMAS Estas duas primeiras dependências do andar superior encontram-se revestidas a estuque. O quarto do veador é decorado com motivos vegetalistas, como folhas, troncos e pinhas, o quarto das damas com temas florais.

 

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QUARTO DA RAINHA No quarto da rainha as paredes são revestidas a estuque, com algumas aplicações de folha de ouro, reproduzindo padrões mouriscos. O mobiliário é constituído por cama, contador e bufete em pau-santo. Aqui destaca-se uma bacia e gomil pertencentes à colecção pessoal de D. Fernando. O quarto de vestir encontra-se forrado a tecido ainda original e composto por mobiliário e acessórios.

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SALA DE SAXE A sala de saxe, como o nome indica, encontra-se guarnecida por porcelana de saxe.

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ESCRITÓRIO DA RAINHA O escritório é composto por uma secretária e cadeira românticas, por alguns objectos pessoais como uma pequena menina em porcelana de saxe e um estudo a óleo do pintor Cristino Silva.

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SALA PRIVATIVA A sala de estar privativa da família real é forrada a damasco, o mobiliário é eclético e de diversas proveniências.

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SALA ÁRABE As paredes desta divisão são revestidas a fresco, têmpera e, devido à falta de espaço e desprovida monumentalidade, trompe l’oeil, que lhe promove uma certa grandeza. Aqui encontramos o exotismo de D. Fernando, onde ele combina todo o tipo de estilos, que o levou à construção do palácio.

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TERRAÇO DA RAINHA Do terraço da rainha conseguimos ter diferentes perspectivas do palácio e uma vista para o monte do gigante, onde é possível observar a estátua do guerreiro, que representa o guarda do palácio. É um trabalho em bronze, criado para fomentar a mitologia Sintrense.

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VISTA DO TERRAÇO DA RAINHA

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SALA INDIANA As alusões indianas são reforçadas pelo mobiliário em teca, como cadeiras, canapé, mesa de centro e de apoio. Esta sala abre para a janela suportada pelo tritão. As paredes são cobertas de estuque com padrões mouriscos e indianizantes. A cobertura é feita por um tecto em madeira, decorado por motivos neo-mouriscos.

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SALÃO NOBRE Era utilizado como sala de acolhimento e encontra-se ornamentada por estuques brancos e rosas. Desenvolve nas suas paredes diversos campos decorativos verticais, em que, na parte superior encontramos cartelas quadradas onde se inscrevem rosáceas em relevo. O mobiliário é variadíssimo, destacando-se o de origem indiana. Esta sala era orientada para os faustos e para o convívio íntimo.

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SALA DOS VEADOS No piso inferior do torreão encontra-se a sala dos veados. Possui uma coluna cilíndrica ao centro, que consiste numa espécie de tronco de árvore, do alto da qual brotariam folhagens. Esta dependência foi usada inicialmente como sala de jantar. Devido ao seu arranjo em 1855, o seu destino final é alterado.