CATÁLOGO CASAS TÍPICAS DE PORTUGAL

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Catálogo Casas Típicas de Portugal Cultura, Língua e Comunicação Culturas de Urbanismo e Mobilidade 6 EFA NS Técnicas Administrativas

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CatálogoCasas Típicas de Portugal Cultura,

Língua e Comunicação Culturas de Urbanismo e Mobilidade 6

EFA NS Técnicas Administrativas

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Índice

Minho............................................................................................................................................3

Trás-os-Montes..............................................................................................................................8

Beiras...........................................................................................................................................12

Estremadura e Ribatejo................................................................................................................22

Alentejo.......................................................................................................................................26

Algarve.........................................................................................................................................29

Açores..........................................................................................................................................33

Madeira.......................................................................................................................................36

Casas de Sonho............................................................................................................................40

Adelaide Coutinho...........................................................................................................................41

Marta Silva......................................................................................................................................42

Susana Magalhães...........................................................................................................................44

Mavilda Silva...................................................................................................................................47

Ana Pereira......................................................................................................................................51

Alice Marques..................................................................................................................................52

Rute Veloso.....................................................................................................................................54

Carla Rocha......................................................................................................................................56

Sílvia Gomes....................................................................................................................................59

Maria Paula Teixeira........................................................................................................................61

Fátima Porto....................................................................................................................................64

Isabel Valverde................................................................................................................................66

Carmen Airosa.................................................................................................................................68

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Joana Silva Dias...............................................................................................................................70

O Minho é uma província do Norte de Portugal que se dedica à

agricultura, pastorícia, pecuária e ao turismo rural. Os principais produtos

agrícolas são os cereais, que deram origem a um tipo de construção

muito típico do Alto Minho: os espigueiros. São formados por uma câmara

estreita, com paredes aprumadas e fendas verticais para arejamento.

Assentam numa base de pés simples, normalmente de pedra,

rematados por cornijas ou capitéis salientes, de forma a impedir o acesso

dos roedores. O chão é constituído por um lastro de pedra, com lajes

longitudinais. No topo, são geralmente rematados por uma cruz, que

invoca a protecção divina para os cereais. Os espigueiros serviam para

proteger o cereal das intempéries e dos animais roedores. Alguns deles

ainda são utilizados.

As casas típicas das aldeias serranas são em granito com telhados

de colmo, que nos dias de hoje foi na maioria substituído pela telha. As

principais características destas habitações são: cobertura inclinada de

quatro águas, com beirados salientes, para um melhor escoamento da

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chuva, chaminé estreita, acima do cume do

telhado, forro no telhado por cima dos barrotes,

varanda corrida envidraçada, grandes blocos quadrangulares de granito,

dispostos em fiadas horizontais, grandes lajes de pedra, coluna do

alpendre com elemento decorativo em “S” de dupla espiral.

Estas casas possuem estas características devido à principal

actividade económica desenvolvida na província, a Agricultura, e também

devido às condições atmosféricas. O Minho é uma zona com um clima frio

e chuvoso e as suas habitações são adequadas a esses factores

climáticos, consoante a pluviosidade.

Nas vertentes e vales da serrania minhota, encontram-se casas

feitas de granito e madeira, geralmente com dois pisos: no rés-do-chão

fica a pocilga, o lagar e outras divisões para arrumar os utensílios

agrícolas, no primeiro andar os quartos, a sala e a cozinha. O acesso à

parte superior da casa faz-se por uma escada exterior, que termina em

varanda.

Estas casas rurais destinam-se particularmente ao turismo rural.

Os materiais de construção mais usados nesta região são: os blocos

de granito quadrangulares, para a construção da estrutura da casa, as

madeiras, usadas no forro do telhado e para os barrotes de suporte,

grandes lajes de pedra e a telha, que veio substituir o colmo no cimo dos

telhados.

Os principais elementos decorativos são:

A CORNIJA – de maneira geral, dá-se o nome de cornija a todo

conjunto de molduras salientes que servem de arremate superior às obras

de arquitectura. Ângulo de um edifício.

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O CAPITEL – Parte superior da coluna, acima do fuste (parte

principal da coluna, entre o capitel e a base), em que descansa a

arquitrave (parte do entablamento [friso e cornija] que descansa sobre os

capitéis das colunas). Nome do arremate superior dos balaústres.

As JANELAS – a sua caixilharia é em madeira, são pequenas e com

portadas.

A COLUNA DO ALPENDRE – com elemento decorativo em “S” de

dupla espiral.

Nos interiores das habitações do Minho predominam as madeiras e o

ambiente rústico, com

escadaria em madeira

e lareiras em pedra. O mobiliário é tradicional com madeiras pouco

tratadas. Ainda hoje se utilizam os fogões/fornos a lenha, o que torna a

sua gastronomia especial. São casas modestas, tendo apenas o essencial

para a sua habitabilidade, mesmo no turismo rural.

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Como adornos são utilizados: Brinquedos,

barcos, espigueiros, tabuleiros, aproveitam a

madeira como matéria-prima brinquedos pintados em cores fortes e que

recordam a infância à antiga; a construção de miniaturas de barcos à

escala com materiais de adorno a relembrar a época dos descobrimentos;

espigueiros, na tradição rural, os tabuleiros utilitários

primeiro, depois decorativos.

Ferros forjados, cobres, latoaria são

artefactos que se utilizam como elementos

decorativos, seja na construção civil no caso dos

ferros forjados (varandas, portais, cataventos, fechaduras, aldrabas);

cobres, originários de oficinas onde se produziam panelas e tachos, potes

de alambiques, sulfatadores que, depois, com apurados

gravados e finura de linhas se transformam nos cobres

artísticos; latoaria, hoje, praticamente só com funções

decorativas.

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Os bordados

e rendas em pano alinhado, linho,

estopa fina e lã, com a utilização do fio

de algodão perlé ou fio de lã e

produzidos a partir da combinação das chamadas

cores folclóricas (o azul, o vermelho e o verde).

A cerâmica também se destaca como elemento decorativo nestas

habitações, a tão conhecida Louça da Meadela

(faiança louça de pó de pedra).

A cantaria tem como matéria-prima o granito. Os canteiros

tradicionais utilizam apenas o martelo, o cinzel, esquadro e o metro para

moldar o granito em bruto, transformando-o em esbeltas formas de arte:

bicas de água (carrancas), conchas, relógios de

sol, santos populares, fogões de sala,

chafarizes e fontanários.

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Há séculos atrás, a construção da casa transmontana era formada

por um só compartimento, no qual, num canto acendia-se o lume e noutro

dormia a família, que geralmente era numerosa.

Mais recentemente a casa típica transmontana era dividida em dois tipos:

a casa alpendrada, cuja sua construção era em xisto com varanda

recolhida, situada a meio da fachada; a casa serrana, que por sua vez era

construída em xisto ou granito, com escadas salientes e telhados de duas

águas.

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A sua constituição era formada por o rés-do-chão e primeiro andar.

O rés-do-chão destinava-se a arrecadações e lojas de gado, o qual servia

para o aquecimento do piso superior e o primeiro andar destinava-se ao

convívio familiar. Um dos traços característicos nestas casas é a

existência de anexos, onde estão incluídos palheiros, cabana de recolha

de carros agrícolas e acurralada onde é depositado os estrumes.

A região transmontana está situada numa zona montanhosa e de

vales. Nesta região o inverno é muito rigoroso e o verão com

temperaturas muito altas e seco. Estas características influenciam a

construção das casas: o Inverno é muito rígido, assim o granito protege-a

do frio, o que permite aos seus moradores, aquece-la por dentro com as

lareiras; em contrapartida, no Verão a casa conserva-se mais fresca

isolando-a do calor.

Uma das poucas excepções que existe

nesta região, é a diferença de classes sociais,

reflectindo-se nas habitações. Os chamados

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“senhores” habitavam em casas muito grandes feitas exclusivamente de

granito, onde empregavam pessoas para cuidar das mesmas; na classe

mais baixa as suas casas eram mais modestas e mais pequenas.

O Homem transmontano recorreu à natureza para construir as suas

casas. As matérias-primas mais utilizadas seriam o xisto, granito e

madeiras.

Xisto – é uma rocha sedimentar formada por acumulações de

cianofíceas (algas verdes azuladas, fixadoras de nitrogénio). O xisto

existe há cerca de 250 milhões de anos. Em linguagem popular é

conhecida por lousa.

Granito – é uma rocha formada por três minerais:

mica, quartzo e feldspato. Esta pedra é mais dura

que o mármore. O granito é duradouro, bonito e

forte.

Madeira – era utilizada na construção vários tipos

de madeira: castanheiro, nogueira, carvalho,

entre outros.

Os principais elementos decorativos do interior e exterior das

habitações são:

Interiores – é usual nas cozinhas a utilização do cubo ou embódio

(funil) que comunica com a pia dos porcos, por onde se lança a

vianda (alimento) para esses animais; os potes de ferro, caldeira de

cobre e a borralheira que serve para armazenar a cinza, badil,

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tenazes, são presentes nestas habitações. A

saída do fumo é facilitada por uma pequena

cabana, erguida no declive do telhado, que

serve como trave do fumeiro onde se

penduram os presuntos para se ultimar a

cura ao fumo. Por trás das lareiras surge a boca do forno, para

cozer o pão, que depois é guardado numa arca de castanho

juntamente com a carne de porco, essa arca encontra-se no canto

da cozinha e serve também como

mesa.

Exterior – verifica-se muito como decoração a arte do azulejo, que

em algumas casas particulares são visíveis em fontes, fontanários,

largos, jardins, capelas, igrejas, etc. Normalmente, este tipo de

azulejo atrai pelos seus desenhos, pinturas, formas e seus dizeres.

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No passado a construção de habitações (outros edifícios) era feita

de materiais na própria região como sejam os calhaus rolados do rio

(“bolas”), o granito, o xisto, o barro vermelho, a madeira (castanho e

pinho) e a telha portuguesa ou canudo.

As paredes exteriores eram construídas com as “bolas” depois de

partidas ao meio, o granito era utilizado para a construção das esquinas

das casas e para o suporte das janelas, o xisto era colocado sobre as

janelas e o barro vermelho servia para vedar as paredes.

Interiormente as paredes e o soalho da casa eram em madeira de

pinho, assentando este último em barrotes de castanho. O divisionamento

da casa era feito da seguinte forma: no rés-do-chão encontravam-se o

curral e/ou arrumos e no primeiro andar a cozinha, os quartos

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(normalmente em número de dois), e a varanda em madeira, sendo a

ligação entre os dois pisos feita por uma escada interior em madeira.

A razão desta divisão tinha a ver com as condições climatéricas da

região, pois a presença de animais no rés-do-chão fornecia calor ao piso

superior. Outra característica destas habitações era a não existência de

chaminés, vistos os fumos saírem directamente pelo tecto.

  Hoje, apesar do ainda existente património arquitectónico, a

dificuldade de loteamento, o retorno dos emigrantes, têm contribuído

para a progressiva destruição do núcleo urbano da vila com maiores

características tradicionais.

Imagens de casas Beirãs

Casa Tradicional da Guarda Casa tradicional de Tábua Uma casa tipicamente Beirã

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Casa tradicional de Viseu Casa de xisto da Beira Casas da Região das Beiras

Casa típica Beira Baixa Casa típica Beira Alta

Casa típica Beira Baixa

Imagens de casas Beirãs - CostaNova

A Arquitectura da Costa Nova

A praia da Costa Nova é um óptimo local de lazer e excelente

espaço para férias em qualquer altura do ano. Com os seus "palheiros"

riscadinhos, qual pijama colorido, apresenta uma marginal de aspecto

único, em primeiro lugar pelo seu aspecto garrido e policromo: é o verde,

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o azul, o amarelo e o vermelho, que transmitem sensações de alegria e

jovialidade. A estrada ribeirinha permite longos e salutares passeios, a pé

ou de bicicleta, para admirar paisagens, embarcações e artes locais de

pesca.

Origem dos "palheiros"

Os primeiros palheiros foram construídos à beira-mar, por

pescadores, para guardar as redes e todo o restante material de pesca.

Nesta época eram constituídos por uma única e ampla divisão. Mais tarde,

e segundo as necessidades individuais dos pescadores, começaram a

surgir algumas divisões interiores. A construção era feita com materiais

da zona, único recurso existente dada a precária situação económica da

comunidade piscatória local.

Características dos "palheiros"

Os antigos palheiros de habitação possuíam um só piso e erguiam-

se sobre estacas, que ficavam à vista, e se encontravam assentes na

areia seca. O tabuado exterior era disposto horizontalmente, mas, no final

do século passado, foi introduzida uma variação, reflectindo a vontade de

ostentação social: o tabuado passou a ser disposto verticalmente,

sinalizando o facto de os seus proprietários viverem com certo desafogo

económico. Com o aumento da população e a fixação das areias, as

estacas foram sendo progressivamente reduzidas, passando os palheiros

a ser assentes no solo.

Os mais antigos e modestos palheiros eram pintados a vermelhão, e só

posteriormente surgiram exemplares com o tabuado pintado de duas

cores, frescas e garridas, transmitindo uma atmosfera de alegria e

vivacidade.

Hoje, restam poucos palheiros de madeira na Costa Nova,

utilizando-se quase exclusivamente o cimento. Os mais recentes palheiros

são edificados utilizando técnicas de construção modernas, mas

respeitando os traços arquitectónicos dos antigos, especialmente  no que

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se refere à fachada principal. A sua peculiaridade arquitectónica confere

características únicas a estas praias, individualizando-as tanto a nível

nacional como internacional.

Materiais de construção e acabamentos

O tijolo de adobe é um material vernacular usado na

construção civil. É considerado um dos antecedentes

históricos do tijolo de barro e seu processo construtivo é

uma forma rudimentar de alvenaria. Adobes são tijolos de terra crua,

água e palha e algumas vezes outras fibras naturais, moldados em formas

por processo artesanal ou semi-industrial.

Chama-se argamassa à mistura feita com pelo menos

um aglomerante, agregados miúdos e água. O

aglomerante pode ser a cal, o cimento ou o gesso. O agregado mais

comum é a areia, embora possa ser utilizado o pó de pedra.

Normalmente, a argamassa é utilizada em alvenaria e em revestimento.

A Pedra de Xisto pode ser castanha ou preta e é muito utilizada

na construção civil. As casas tradicionais Beirãs são na sua

maioria feitas em pedra de xisto ou têm acabamentos em

xisto.

Telha de alvenaria de várias cores muito utilizada

nos telhados das casas Beirãs.

Alvenaria em tijolo, utilizada em paredes de interior ou para

revestimentos de exterior.

Blocos de alvenaria em cimento. Não muito

utilizado na construção tradicional.

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Materiais de construção e acabamentos

Mármore, granito, calcário, ardósias...As pedras naturais da

Barmat são originárias de pedreiras localizadas na região.

Xisto Ardósia. Xisto de cor cinzenta-azulada a cinzenta escura,

homogéneo, compacto, finamente granular, exibindo clivagem xistente

nítida. Utilizações Recomendadas: Pavimentos e revestimentos e outras

aplicações tanto para interiores como para exteriores.

Pedra de granito Cinza, por vezes trabalhada para acabamentos de

exterior, originárias das pedreiras da região.

Pedra granito castanho da Figueira da Foz, muito utilizada na

construção tradicional das casas Beirãs, proveniente das pedreiras

portuguesas.

O tabique, também designado de “taipa de fasquio”, “taipa de

rodízio”, “taipa de sopapo”, “taipa de chapada”, “pau a pique”, “terra

sobre engradado” ou “barro armado” é um método construtivo comum

em grande parte das construções tradicionais, consiste numa estrutura de

madeira interligada por trama de madeira, formado por um engradado

preenchido por terra argilosa, podendo conter fibras vegetais. As

construções em tabique foram as que melhor resistiram ao terramoto de

1755.

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Madeira de Carvalho Negral. Moderadamente pesada, muito

retráctil. Madeira com utilizações bastante circunscritas, mais valorizável

em carpintarias. Utilizada em pisos, também como travessas, muito

utilizada nas construções rurais, estores e tutores.

Em arquitectura, um lintel é uma peça dura de materiais

diversos (madeira, pedra, concreto etc.) que constitui o acabamento da

parte superior de portas e janelas; sendo também chamada de verga ou

padieira.

Lintel trabalhado em madeira de cedro.

Lintel trabalhado em pedra pertencente a uma catedral.

ELEMENTOS DE DECORAÇÃO

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Cama de ferro trabalhada, utilizando no passado os colchões de

palha.

Cómoda com tampo de mármore, espelho embutido e pequenas

gavetas como guarda-jóias.

Baú em madeira, onde se guardavam as roupas de cama e

enxovais.

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Mesa-de-cabeceira com tampo de mármore e local para guardar o

bacio.

Cadeira em palhinha, utilizada quer no quarto quer na sala.

Candeeiros a petróleo, utilizados nas mesas-de-cabeceira.

Bacio ou penico em zinco pintado, guardava-se no quarto na

mesa-de-cabeceira.

Lavatório portátil em zinco esmaltado, utilizado no quarto ou na

divisão que servia de casa de banho.

Bidé portátil, em porcelana pintada, utilizado nos quartos ou

divisão que servia de casa de banho.

Bidé portátil, em zinco esmaltado, utilizado nos quartos ou

divisão que servia de casa de banho.

Banheira com pés, em zinco esmaltado, portátil para se poder

usar nos quartos ou em divisória própria

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Espelho portátil, em madeira, pintada à mão. Utilizado no quarto

ou casa de banho.

Fogão a lenha, que servia também de caldeira para

aquecimento das casas.

Mesa ou aparador de serventia à sala ou cozinha.

Móvel de cozinha para guardar as loiças, que se decorava com

bicos de renda.

Banco corrido, em palhinha, utilizado nas salas ou cozinhas.

Móvel de sala, com tampo em mármore e quase sempre

decorado com um espelho.

Mesa corrida de cozinha ou sala, em madeira maciça.

Móvel de canto cuja finalidade era fazer de dispensa, em vez de

vidro utilizava-se a rede mosquiteiras.

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No Sul as casas são normalmente caiadas de branco e rebocadas,

dado que o clima é quente e seco, quase todas pequenas e térreas.

Nestas regiões existem casas com diversas características

dependendo da zona, os terrenos são bastante argilosos e calcários,

sendo estes materiais com qualidade isoladora.

Predominam as cores azul, verde, ocre e vermelhão, pintadas com

uma facha por fora nas partes laterais e rodapés.

Ribatejo

Na casa ribatejana empregam telhados de duas águas (telhado em

forma de V invertido), possibilitando assim o caimento da água para os

dois lados. Nestes utilizam telha canudo com curvatura acentuada. Têm

chaminés alongadas perpendiculares ao cume (alto) do telhado.

As paredes são caiadas para protegerem o adobe das intempéries,

com rodapés vermelhão, ocre, azul ou verde.

O chão por sua vez é em terra batida, vermelhos ou ocre, regados

com aguada de barro.

A sua construção é feita em adobe (blocos de massa, constituída

por areia e brita ligados entre si com argila), a fundação é feita em pedra

a fim de evitar o contacto do adobe com a humidade.

Estremadura

Na zona norte da Estremadura (Marinha Grande) a maior parte das

construções são em madeira.

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São estacadas, evitando assim a acumulação de areias. Normalmente são

de cor ocre ou vermelha.

Casa alpendrada

Na zona interior centro da Estremadura, na zona de (Ansião)

predomina a tradicional casa alpendrada.

Casa de planta rectangular, construída em adobe ou taipa, com

cobertura em telhado de quatro águas, prolongando-se em água corrida

sobre o alpendre. Piso térreo aberto por uma porta de vão reentrante,

tendo a um lado um banco corrido adossado à fachada e do outro lado de

nove degraus que acede a um alpendre murado de vãos delimitados por

colunas de fuste octogonal. Porta ladeada por duas janelas rectas.

Casa saloia

No território da península de Lisboa (Loures) existe habitualmente a

construção saloia, caracterizada pelos seus telhados mouriscos de quatro

águas. Devido á actividade agrícola do homem as casas são compostas

de lagares, adegas, estábulos, currais e fornos.

Uma curiosidade na zona saloia (Concelho de Loures) é seus

moinhos. Tendo sido das áreas de maior transformação de cereais, é por

isso natural que um número de moinhos desse á paisagem do concelho

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um tom pitoresco. As paredes são igualmente rebocadas e pintadas de

branco e tendo pormenores coloridos (rodapés coloridos azul).

Ainda na zona centro de Lisboa podemos encontrar os bairros típicos da

cidade:

Bairro Alto

Bairro Alfama

Bairro da Bica

Bairro da Mouraria, etc...

Nestas zonas do país podemos encontrar material:

Argila – É formada pela alteração de certas rochas, como as que tem

feldspato, a argila pode ser encontrada próxima de rios.

Brita - É uma areia para juntar à massa do cimentado

O basalto - É uma rocha ígnea eruptiva, de granulação fina.

Cal - É uma das substâncias mais importantes para a indústria, sendo

obtida por decomposição térmica de calcário (de 825 a 900 °C). Também

chamada de cal viva ou cal virgem, é um composto sólido branco.

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Calcário - São rochas sedimentares que contêm minerais com

quantidades acima de 30% de carbonato de cálcio (aragonita ou calcita).

Quando o mineral predominante é a dolomita, a Rocha calcária é

denominada calcário dolomítico.

Granito - O granito é uma rocha ígnea de grão fino, médio ou grosseiro,

composta essencialmente por quartzo e feldspatos, tendo como minerais

característicos frequentes moscovite, biotite e/ou anfíbolas.

Xisto - É o nome genérico de vários tipos de rochas metamórficas

facilmente identificáveis por serem fortemente laminadas. Em linguagem

popular, em Portugal é também conhecida por “lousa”.

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A província alentejana situa-se a sul do País e divide-se em duas

áreas, Alto e Baixo Alentejo. É uma zona com muitas planícies, tornando-

se bastante árida no Verão. Apesar de ser uma zona seca, existem dois

tipos de árvores predominantes, o sobreiro e a oliveira. O porco preto é

um animal doméstico típico da região sendo a sua carne apreciada em

todo país.

Sendo o clima da região bastante tórrido, as casas são caiadas de

branco para protecção dos raios solares. À volta das portas e janelas são

pintadas faixas amarelas e azuis para protecção dos insectos que são

atraídos pela cor branca, afastando os

insectos do interior das casas, as janelas de

pequenas dimensões, serviam para manter a

casa fresca.

A chaminé era de grandes dimensões (pois

algumas das casas possuíam fornos a lenha) e

era construída na fachada frontal. O telhado era de duas águas com forro

de canas para isolamento do calor, optando alguns por colocar uma ou

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duas telhas de vidro para a luz entrar. A sua construção era de tijolos de

barro amassados e secos ao sol, a cobertura era em argamassa de cal e

areia.

Os materiais usados na área são: argila (barro), cal, xisto, areia e

pedra da região.

 De um modo geral, a casa era decomposta em cozinha (que funciona

como sala) e quartos. Os quartos eram pouco usados, só serviam para

dormir. Além de serem pouco iluminados também eram frios. Toda a casa

era fria, porque o chão era de xisto ou de tijoleira e as paredes eram

muito grossas barrando assim a entrada do calor.

Na cozinha tinha uma lareira grande e larga,

onde se aqueciam e cozinhavam pão, bolos e

outros. No inverno a cozinha servia como sala

onde as pessoas permaneciam, por ser o local

mais quente da casa. O gado era guardado em

caves,

porque

viviam em colinas.

Localização Geográfica

O Baixo Alentejo integra a extensa

Região Alentejo, sendo limitado a norte

pelo Distrito de Évora, a leste por

Espanha, e a sul pelo Distrito de Faro.

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Esta sub-região integra 13 Concelhos: Aljustrel, Almodôvar, Alvito,

Barrancos, Beja, Castro Verde, Cuba, Ferreira do Alentejo, Mértola, Moura,

Ourique, Serpa e Vidigueira.

Clima

Em termos climatéricos, o Baixo Alentejo é

uma Região de clima mediterrânico, sendo

caracterizado por uma temperatura média

anual elevada que oscila entre os 15º e os

17,5º. No interior as amplitudes térmicas

variam entre os 13º e os 15º graus celsius,

sendo que  os dias com temperatura máxima

superior a 25º elevam-se a mais de um terço do ano. A precipitação anual

é mal repartida verificando-se um excesso de água no Outono e Inverno e

acentuada carência no Verão.  

Esta sub-região é fortemente marcada não só por um património

cultural, que se reflecte nos sítios arqueológicos, castelos, igrejas, antigas

minas,   museus, e pequenas vilas e aldeias que com as suas construções

tradicionais reflectem a diversidade das influências culturais a que esta

região esteve sujeita, mas também por um património natural do qual

constituem exemplos as zonas de protecção especial (ZPE) de Moura,

Barrancos e do Guadiana.

Gastronomia

A carne de porco e de borrego são a

base da gastronomia tradicional da

sub-região, juntando-se-lhes ainda as espécies cinegéticas

como o javali, o coelho, a lebre e a perdiz. O pão, o azeite e as

ervas aromáticas são ingredientes fundamentais desta cozinha

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mediterrânica, dando sabor às sopas, migas, ensopados e açordas. Os

vinhos, queijos, enchidos e presuntos – alguns com Denominação de

Origem – são elementos indispensáveis da boa mesa alentejana. Os ovos,

a gila e a amêndoa são elementos integrantes da confeitaria, sendo de

salientar a doçaria conventual. Cada localidade tem as suas

especialidades gastronómicas.

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A arquitectura tradicional algarvia, de forte influência árabe

(deixada pelos mouros que por cá se instalaram durante milhares de

anos) reflecte a história, o gosto popular e as necessidades concretas

desta região quente e soalheira. Contém pormenores como as chaminés

decoradas, as platibandas coloridas, as frescas açoteias e o branco da cal

nas paredes que têm origem em utilidades específicas do quotidiano de

outros tempos.

Apesar da predominância de casas quadradas pintadas de branco,

há excepções, que se adequam ao clima do Algarve e enriquecem o

património edificado. É o caso dos telhados de quatro águas, abundantes

em Tavira e Faro, dos moinhos, de vento e maré, e dos engenhos d’água,

que constituem um importante legado na história da região algarvia.

São características da tipologia destas casas as chaminés algarvias,

que podem ser cilíndricas ou prismáticas, quadradas ou rectangulares,

simples ou elaboradas. São um simbolismo da região e uma prova da

influência de cinco séculos de ocupação árabe.

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Os engenhos d’água são milenares e utilizados para

elevar a água e conduzi-la ao campo, as noras, as

cegonhas e os açudes sustentam técnicas primitivas de

irrigação fazendo parte da história da agricultura

algarvia.

Outros elementos característicos desta região são os moinhos de

maré e vento, engenhos do passado que funcionavam aproveitando as

forças da natureza. Estes moinhos, as azenhas, mantêm-se actualmente

como um importante legado na história da região algarvia.

É de referenciar os telhados da zona de Tavira e Faro que possuem

os chamados “Telhados de quatro águas”, imagem de marca de Tavira,

cuja arquitectura se caracteriza por estas coberturas de forte influência

oriental, espalhadas por toda cidade.

Em Olhão as casas são quadradas caiadas de branco, com terraço

planos de inspiração árabe e platibandas debruadas a cinzento e azul,

sendo o orgulho desta cidade.

Contraste entre a Casa dos Montes e a Casa Modernista – Chalés

Casa dos Montes

A vasta área serrana situada entre a Serra do Caldeirão e o Vale do

Guadiana representa hoje, talvez, o sector do território algarvio em que

em encontramos mais preservada e intacta a casa popular tradicional,

térrea, construída em xisto e caiada. É preservada mais frequentemente

por abandono ou no processo de decadência do que por acções de

recuperação que cada vez mais se impõem como necessárias.

A casa dos Montes é historicamente uma estrutura térrea de base

rectangular e de uma só água, marcada por uma grande flexibilidade

evolutiva e capaz de suportar sucessivas ampliações de acordo com as

necessidades do agregado familiar. Quando se refere à habitação do Vale

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do Guadiana, em geral com uma só água, com paredes de xisto e com

pavimentos de terra batida. Contudo ocorre também aqui a casa térrea

com duas águas, e surgem uma série de variantes no aproveitamento

interno dos espaços de viver. Na Serra do Caldeirão fronteira natural

entre o Alentejo e Algarve - região de xisto, onde as construções

manifestam conformidades com aquelas duas províncias, as habitações

apresentam aspecto bem definidos: as suas proporções, a simplicidade e

sobretudo a escala dos seus elementos, o emprego do xisto nas

alvenarias e a combinação dos parâmetros deste material, com a cal que

o reveste são de registar. Estas habitações apresentam a forma

rectangular habitual, porém é dado ver a junção dos vários corpos com a

mesma configuração muita vezes em diferentes níveis, formando um

único conjunto. As paredes divisórias são os elementos de suporte da

cobertura, cobrindo em alguns casos, algumas superfícies.

Casa Modernista –Chalés

Embora não seja fruto de

construtores especialistas revelam um

aspecto importante da casa popular: a sua

evolução, ou sua substituição, sobretudo a

partir do Séc. XIX, por via da maior

internacionalização de influência e modas

estilísticas e construtivas; e, em

contrapartida, a importância que as casas

populares do Algarve foi adquirindo a

concepção de projectos de arquitectura por

arquitectos, para habitações de férias na

região.

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Contrastando com a casa dos montes surge o chalé que utiliza

coberturas muita inclinadas, com o emprego de madeiras aparentes, em

sanqueados muito salientes da fachada, com utilização da telha industrial

(a de tipo Marselha).

Associados a este novo conceito de casa, surgem também os vãos

com desenho ogival (numa evocação simbólica do revivalismo neo-

gótico), e a aplicação de elementos construtivos complementares, como

mirantes e terraços.

Este tipo de casa porém, está mais associado às novas classes sociais

com mais posses, como a classe média e “burguesa” urbana e menos aos

grupos mais pobres e rurais da sociedade portuguesa e algarvia.

O aparecimento deste novo tipo de construção reflecte a casa

familiar centro-europeia, ocorre mais nas regiões serranas (no Algarve,

Serra de Monchique e seus núcleos urbanos), ou então nos centros

urbanos mais importantes como modo inovador e “à moda “de construi a

casa nova ou a casa de veraneio, tal como sucede em Tavira ou em

Messines.

Principais Materiais de Construção/ Elementos Decorativos

Os vários tipos de pedra que podemos encontrar no solo e no

subsolo algarvio permitem uma diversidade de expressões construtivas e

arquitectónicas – dos mais correntes xisto e calcário, respectivamente por

toda a Serra e Barrocal, aos excepcionais e localizados grés de Silves e

Messines (um arenito) e à dura pedra de Monchique, a foiaíte.

O calcário está normalmente reservado para a utilização em partes

mais nobres da construção arquitectónica - como as molduras dos vãos,

em portas e janelas.

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A Região Autónoma dos Açores é

constituída por nove ilhas e estão

divididas em 3 partes distintas.

O Grupo Ocidental é composto por Corvo

e Flores; o Grupo central por Faial, Pico,

São Jorge e Terceira; no Grupo Oriental,

Santa Maria e São Miguel, neste grupo está incluído um grupo de

rochedos e recifes vulcânicos.

Os Açores são constituídos por montanhas

e vales cobertos de vegetação, lagoas de grande

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beleza, crateras de vulcões extintos, nascentes de águas fumegantes,

lamas ferventes e cavernas misteriosas, tudo isto faz com que os Açores

tenham uma paisagem deslumbrante.

As casas típicas dos Açores sofreram várias alterações ao longo dos anos.

As influências culturais e arquitectónicas de

vários países, a geografia e clima determinou os

estilos diferentes.

Sendo esta uma região vulcânica e rica em

florestas, o material usado era a madeira, a

pedra vulcânica e basáltica. A construção era simples e defensiva, isto

para se defenderem contra os elementos da

natureza. Estas eram cobertas de colmo ou

telhas, possuíam um único piso, tinham paredes

triangulares com pequenas janelas e portas com

abertura bem acima do nível da rua. Neste piso

havia três divisões, separados por madeira. A entrada ficava no meio da

casa, de um lado estava um quarto para dormir e do outro a cozinha, com

lareira, o forno e a amassadeira onde se preparava as refeições.

O piso era de terra batida, com excepção do

quarto que tinha o chão e o tecto coberto de

madeira. Entre o tecto e o telhado havia um

espaço chamado "falsa" onde era armazenado

os produtos agrícolas. Anexo à casa havia um

depósito coberto (cisterna) que recolhia as águas da chuva e outro para

apoio agrícola (atafona). Ao redor da casa era um espaço para cultivo e

criação de animais. Todo a casa e anexos eram cercados por um muro.

Ao longo dos anos, como já referi anteriormente,

as casas evoluíram. Ficaram mais confortáveis,

mas o estilo predominante era o Português.

Surgiram nas ilhas açorianas a cantaria, os

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azulejos de Portugal, as peças decorativas das Índias, as novas cores e

formas sul-americanas, que clareavam os tons tristes e escuros das

casas.

Actualmente já podemos determinar com mais exactidão a Casa Típica

Açoriana. Estas casas são constituídas por três

pisos. No rés-do-chão é guardado os produtos

agrícolas, no primeiro andar ficam os quartos, sala

de estar e a cozinha e no terceiro piso serve para

arrumos. As janelas em guilhotina, varadas trabalhadas com ripas de

madeira. Muitas destas casas ostentam figuras decorativas em alvenaria,

faiança e porcelana.

Os materiais utilizados nesta construção é da própria região, isto é a

pedra vulcânica e madeira. A pintura das suas paredes é feita com cal,

assim ficam mais bonitas e vistosas.

O aspecto arquitectónico das casas açorianas é alterada consoante a ilha

a que nos referimos, porém os materiais de construção utilizados são

iguais.

Não é demais salientar que para se construir uma casa, nesta região, é

necessário obedecer as regras e condições estéticas, esta medida foi

tomada pelas autoridades locais para preservar a beleza e as

características tradicionais açorianas, que se viram ameaçadas.

Catálogo de matérias de construção e figuras decorativas

Pedra vulcânica

Faia das IlhasFaiança

Azulejo Português

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Há trinta e cinco milhões de anos, uma erupção vulcânica fez nascer

uma ilha no Oceano Atlântico. Da lava ergueram-se espectaculares

montanhas cobertas de densa floresta e luxuriante vegetação.

Actualmente, a actividade vulcânica encontra-se extinta. Perante este

cenário deslumbrante, os descobridores não tiveram dificuldade em

escolher o seu nome, ILHA DA MADEIRA. As condições do meio geográfico

e as actividades do homem levaram-no a construir habitações e abrigos

feitos na rocha. A essas construções dá-se o

nome de “furnas” (em algumas localidades

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têm o nome de “lapas”)(fig.1). Existem vários tipos de furnas, umas são

recolhidas e fechadas na rocha; outras podem ser recuadas, interiores,

cravadas na montanha.

Fig.1

Há também aquelas que são salientes e que têm a fachada para o

exterior. Em algumas, há também aquelas que são de zinco, telha ou

colmo. Em localidades, a furna passou de habitação a pouso de gado

(palheiros) e a depósito de produtos agrícolas; as mais próximas do mar

serviam para guardar redes de pesca e outros materiais.

Situado no Oceano Atlântico a apenas 500Km do Continente Africano e a

1000Km de Portugal Continental, encontra-se o Arquipélago da Madeira.

Este, para além da ilha com o mesmo nome, é composto pela Ilha do

Porto Santo (Ilha Dourada) a 90Km NE Funchal; pelas (Ilhas) 3 ilhotas

desertas e inabitáveis (Deserta Grande, Bugio e Ilhéu Chão 20Km SE do

Funchal) e pelas Ilhas selvagens e constituem uma reserva natural, a

280Km do Funchal.

A ilha da Madeira é também constituída principalmente por basalto,

podendo no entanto, encontrar-se notórios calcários coloridos na Zona de

S. Vicente (costa norte).

A distribuição das terras foram

feitas por estes três povoadores

e as ilhas da Madeira e Porto

Santo foram divididas em três

capitanias. A vertente Sul da

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Madeira ficou a cargo de João Gonçalves Zarco (1450), a vertente norte

coube a Tristão Vaz Teixeira lha do Porto Santo foi entregue a Bartolomeu

Perestelo (1446).

Fig.7

As “casas de palha” (típicas do concelho de Santana e um dos

principais cartazes turísticos da ilha) são construídas de mandebarro

amassado com palha; as fachadas são triangulares de madeira e com as

paredes brancas, tendo uma larga barra pintada na base (Fig.7). Estas

casas possuem normalmente um rés-do-chão e um primeiro andar, o qual

se destina a servir de dispensa, isto é, lugar onde se guardam os produtos

da terra, podendo também haver escadas exteriores em madeira de

acesso à dispensa.

Estas casas são cobertas de colmo e

sobre um olhar atento reparamos que nas

esquinas dos telhados das casas mais

antigas (que se podem encontrar por todo o

lado, ao redor da ilha), elementos

decorativos tais como caras de anjos,

pombas de asa abertas, cães, gatos,

corujas entre outros. Estas figuras

inicialmente eram feitas manualmente em

barro, actualmente são em gesso, sendo

Fig.8

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retocados por artesãos existentes no Funchal. Tiveram influências várias

quer nacionais quer estrangeiras, nomeadamente, minhotas, mouriscas

africanas e da Flandres. Apesar do Porto Santo ter sido descoberto antes

da Madeira, a verdade é que foi esta a primeira das ilhas a ser povoada,

isto porque a primeira tentativa de povoar Porto Santo não resultou

devido à aridez do solo.

Existem dois grupos de habitações, a casa antiga ou secular,

normalmente de dois pisos e a casa rural térrea, com cozinha integrada.

Normalmente construídas de acordo com o meio ambiente onde estão

inseridas. A sua construção é em pedra sendo as paredes de pedra

vulcânica a única existente nas ilhas, em alguns casos a cal é aplicada

directamente sobre basalto. Possuem um telhado

“abatido” e com beiral, chaminé prismática,

faixas nas portas e janelas de cor cinzenta ou

vermelha, paredes em tufo ou basalto,

pavimento em lajes de basalto e janelas de

guilhotina, com estores de ripes horizontais de

madeira. A casa de Porto Santo é mais

elementar, possuindo cozinha integrada e forno exterior, cobertura de

duas ou quatro águas em telha cerâmica.

Os principais atractivos da Ilha da Madeira são as

festividades do Carnaval, que espelham as características culturais do

povo madeirense, o famoso fogo-de-artifício, que se realiza todos os anos

a 31 de Janeiro, a Festa da Flor, que ocorre na Primavera quando as flores

estão no seu melhor (existindo mais de 700 espécies de plantas

superiores a conservar), já há muitos anos um dos maiores atractivos

tanto para os turistas como para os próprios madeirenses. O artesanato,

sendo os vimes uma das principais indústrias da Madeira, antes de serem

usados são fervidos para lhes

conferir elasticidade e torná-

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los mais fáceis de manejar. É essa fervura que lhes confere a cor

acastanhada em vez do branco de origem. A feitura de cestos para as

vindimas, peças de mobiliário (cadeiras, canapés e mesas) foi muito

desenvolvida na ilha. Mas é com os “Carros do Monte” que assume a sua

importância.

“É do

maciço caprichoso das lavas dependuradas

do alto; da corda de serranias entulada em

gargantas; dos contrafortes e colinas de

amparo que protegem as várzeas; dos

colos arcantes que minoram as alturas das

lombadas que se enrugam descendo às

achadas; dos tabuleiros de cultivo quer matizam as encostas de

fertilidade do solo banhado de luz; de tanto e tamanho ornato junto que

te vem Madeira, a tua beleza consagrada.”

Engº. Carlos Ribeiro

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Adelaide Coutinho

A casa dos meus sonhos é uma vivenda muito

simples rodeada de um jardim e uma pequena

piscina. Seria um duplex de tom claro, com uma

suite de casal luminosa e de decoração simples.

Queria um quarto para cada um dos meus filhos e

outro para estudo, que seriam no andar de superior. As janelas seriam

grandes, porque gosto da luz natural e muito sol. Teria uma sala enorme

com lareira e decoração clássica. A cozinha seria Tradicional mas com

todas as modernices. Na casa, existiriam jarras de flores e muitas plantas

porque adoro. Teria um jardim de inverno muito confortável. No jardim

teria uma colecção de cactos de várias espécies e outros, porque gosto

de jardinagem. A cave conteria uma lavandaria, sala de jogos e convívio

com um balcão de bar e sofás confortáveis, arrumos e garagem para dois

carros, bicicletas e mais. Teria um terraço com barbecue para os tempos

livres. Adora-mos churrascos e lazer. Estaria localizada numa zona

sossegada, longe do stress, nos arredores de Gaia ou Porto. Eu e os meus

filhos apreciamos muito a natureza, animais e o bem-estar. A nossa casa

seria amiga do ambiente tanto em termos de materiais usados na

construção como no uso diário. Os quartos serão decorados ao gosto de

cada um, respeitando as diferenças pessoais. No resto da casa, teríamos

diferentes opiniões mas viriam ao encontro do conforto desejado de cada

um de nós. Teríamos uma empregada para alguns cuidados. Teria painéis

solares para economizar energia e o ambiente. Naturalmente, usaria

redutores de água e luz e outros semelhantes para reduzir os custos. O

lixo será separado para o eco ponto, assim como o biológico será

aproveitado para estrume. O nosso LAR seria uma ILHA de bem-estar

aberta aos nossos amigos e convidados.

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Marta Silva

Na minha casa de sonhos estaria eu e a minha mãe. Gostaria de ter

a minha casa entre verdes e praia, com lagos, jardins e piscina à volta da

casa. Para mim seria uma habitação térrea, além de gostar muito, estou

também a pensar na minha mãe, que não podia de maneira nenhuma

andar a subir e descer escadas, a menos que existisse elevador.

Gostaria de uma casa pré-fabricada, onde utilizaria essencialmente

a madeira, se possível, de “Grapiá” pela sua qualidade e resistência

comprovada ao ataque dos “bichos da madeira”, além de passar por um

rigoroso processo de selecção. A madeira é um isolante natural, térmico e

acústico. Tenho o conhecimento que a casa pré-fabricada por ser de

madeira incendeia-se como todas as outras construções, apenas por

factores externos. É um sistema de construção prático e de qualidade, é

uma obra extremamente rápida e também de custos reduzidos em

comparação às construções normais. Para durabilidade destas casas

basta um verniz especial com filtro solar de tempo a tempo.

Em relação à decoração da minha casa, gostaria que tivesse uma

decoração moderna com um toque rústico, como por exemplo: no exterior

da casa gostaria de jardins, lagos, piscina, porque adoro nadar; e um

grande terraço nas traseiras da casa, onde houvesse vários puffs, um

barbecue, tudo isto decorado dentro de um estilo rústico. Em relação ao

interior da casa, a cozinha seria uma das áreas maiores, onde teria uma

decoração dentro dos tons pretos e beges. No centro da cozinha estaria

um balcão de mármore, e vista para os jardins, piscina e para o terraço. A

sala de jantar gostaria que fosse grande, separada da sala de estar por

um grande arco. A sala de jantar seria decorada em tons de laranja e

castanho e na sala de estar, os tons bordeaux e champagne. No meu

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quarto gostaria dos tons de preto, cinza

e rosa, onde também tivesse uma área razoável que desse para a casa de

banho, que seria toda em pedra; xisto e granito rosa; o quarto de vestir

em tons de verde limão. Uma das paredes do quarto, com acesso para a

piscina e jardim, seria tudo em portas de correr em vidro. A casa de

banho de serviço seria em tons de bege com madeira e o escritório seria

em motivos africanos com um toque moderno.

E esta seria uma das minhas casas de sonho, sim, porque eu tenho

uma casa de sonhos para vários orçamentos.

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Susana Magalhães

A casa dos meus sonhos, posso começar por dizer que me considero

uma pessoa com muita sorte porque já tenho essa casa de sonho.

Possuo um apartamento de tipologia T2 recuado, com 2 quartos, 1

WC completo, 1 cozinha grande, 1 sala que faz sala de jantar e estar, e

um Hall.

Inicialmente existia 1 WC de serviço mas desistimos e fizemos a entrada

para o sótão aí.

Estamos a fazer um aproveitamento de sótão que abrange a casa toda.

Forramos com lã de vidro para isolamento quer sonoro, bem como,

térmico. Noutra fase forramos com pladur. Ainda não conseguimos

finalizar as obras, mas o nosso projecto será fazer a casa de banho de

serviço, sala de convívio e um quarto.

Terá de ser assoalhado o chão, em princípio de chão flutuante em

wengué. Serão abertas no telhado 2 janelas tipo escotilhas e na parte de

entrada faremos um pequeno jardim de interior, pintaremos as paredes

com cores claras (ainda não definimos bem a cor, mas clara

definitivamente), e aproveitaremos as partes terminais do telhado para

fazer armários de arrumação.

Lá em casa vivemos eu, o meu marido Armindo, o meu filho André,

e depois temos duas cadelas (Lassie e a Minie), um Agapone (pássaro),

duas tartarugas, dois peixes e dois hamsters.

Como tenho a sorte de viver perto da serra de Canelas e

relativamente perto da praia, usufruo de um ar saudável.

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Tenho dois terraços com paredes altas. No das traseiras, a que

temos acesso pela cozinha e pela sala, tenho um género de uma

despensa que também faz de lavandaria, onde de brincadeira digo que é

o apartamento das minhas cadelas, divido por uma cerca construída por

nós, a partir da reciclagem de uma palete de madeira velha. De seguida,

no mesmo terraço, fizemos um canteiro de um cano velho, onde pintámos

e plantámos rosas e chorões, sendo muito agradável levantarmo-nos de

manhã e ver as flores todas as abertas é um diverso espectáculo de flores

já para não falar dos passarinhos que vem cantar para o telhado. Por

altura do Verão é neste terraço que colocamos uma mesa e cadeiras e um

guarda do sol e fazemos as refeições aí o que é muito agradável.

No terraço da frente, que tem acesso pelos quartos queremos fazer

um jardim, nesta fase do projecto fizemos uma espécie de lago com uma

plástico e com um quadrado de quatro placas de madeira (pranchas)

onde de seguida esticámos muito bem esse mesmo plástico dobrado e

resistente e agrafámos depois à volta e forrámos com passadiço de

bambu, cobrimos o fundo com pedras e enchemos de água e passámos

as tartarugas para a sua casa nova. Também é nesse mesmo terraço que

colocamos as camas de rede e espraiamo-nos aí ao sol.

Numa fase posterior, queremos forrar esta área com tapete de relva

natural e com pedrinhas e colocar canteiros com flores entre outras

plantas.

Adoro espaços verdes para o André jogar a bola sem se magoar.

Em termos de reciclar e economizar, temos tomado várias medidas

nesse sentido, como por exemplo, colocámos redutores em todas as

torneiras para reduzir a pressão da água; em questão da iluminação, e

tendo um electricista em casa, arranjámos soluções para economizar, tais

como: lâmpadas economizadoras, ligação separada (se tiver mais que

uma lâmpada, tenho a opção de ligar só uma). Colocámos um

temporizador na tomada da máquina de secar, em que só trabalha em

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horário económico, bem como na máquina de lavar a roupa e a máquina

de lavar a louça, que só trabalham no horário acima mencionado e com a

carga completa.

Fazemos aproveitamento da água da chuva para regar e para lavar

os terraços, e também temos garrafões de água transformados em

comedouros para os pássaros.

Também no prédio colocámos sensores em que só acende a luz quando

passamos, e o projector só acende quando anoitece e desliga assim que

amanhece.

Também possuo uma garagem individual grande, onde

aproveitámos o espaço para fazer arrumações com estantes, e onde

também temos um armário para guardar tendas, material para a praia,

bem como as ferramentas. O meu marido também faz manutenção aos

carros, e está a recuperar uma FIAT 127 (1979), que foi último carro do

meu pai. Tenho guardada a nossa mota Yamaha YZF 600, as bicicletas e

um jipe a bateria do meu filho. De acesso à garagem, temos uma praceta

que pertence ao prédio e onde podemos fazer aniversários, ou

simplesmente os miúdos podem fazer diversas brincadeiras sem correr

perigo.

Posso concluir que, apesar de ainda não ter concluído os meus

projectos, eu tenho a minha CASA DE SONHO.

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Mavilda Silva

A minha futura casa de sonho

será de campo nas estrelas, de

acordo com os meus sonhos de

criança.

Sonhava com a família e eu nela a

habitar.

Hoje continuo a sonhar com

uma casa nas estrelas, onde não há

guerra, não há trânsito nem mesmo vizinhos complicados.

Como não é possível, limito-me a sonhar com os pés na terra e

então é uma casa no campo.

A habitar nela estaríamos nós, os que vivemos presentemente

juntos: a minha Família. Eu, meu marido, a Soraia (minha filha mais

velha), o Miguel (meu filho do meio) e a Miriam (a mais novinha).

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Gostava que fosse de forma circular com outra parte construída em

recto, toda envidraçada e a um telhado giratório espelhado, de onde

admirava as estrelas, com ginásio, sala de cinema, salão de jogos, piscina

interior e exterior com sauna e jacuzzi.

Para isto tudo, ia necessitar de regularizar a obra.

A casa vai ser de campo, rodeada de árvores e arbustos, flores de

todas as cores e uma vasta gama de erva, onde o que predomina são as

Estrelas, mas com muito sol.

Gostaria que tivesse no telhado uma telha de nome Roma em vidro e

painéis solares sendo que o telhado seria giratório com ventiladores

eólicos. Por fora as poucas paredes que tivesse seriam caiadas de branco

e rebocadas, envidraçada a toda a volta com pequenas janelas e porta

envidraçada também.

O conforto dos envidraçados: queria que fosse em vidro acústico,

material não-poroso e transparente pois garante a iluminação natural. E o

Bambu Película opaca para privacidade.As persianas e cortinas seriam de

tecido Green Screen para protecção solar, reduzem a entrada de calor e

evitam a luminusidade excessiva, são mais seguros em caso de incêndio

não há emissão de fumaça.

Os móveis da casa (todos sem excepção) Seriam em Bambu composto

basicamente de longas fibras vegetais.

A pintura interior seria de tinta Colaza Eco-Paint Clarus,

biodegradável, aquoso, com alto poder de recobrimento e alta

durabilidade, é de secagem rápida e livre de COVs, não possui odores

desagradávies.

Economia de água e energia, Luminárias de LED, chip emissor de

luz que também é chamado de “SOLID STATE LIGHTING”, conhecido como

“LED”, sistema de quadros sinóticos “Ilumina Fácil” de automação que

garante o completo gerenciamento da instalação elétrica.

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Nas casas de banho e cozinha a Válvula de descarga fluxo duplo é

uma óptima forma de poupar, válvula com dispositivo de fluxo duplo (6

litros para sólidos, 3 litros para líquidos).

Permite controle de fluxo com economia e favorece educação

ambiental.

Nas casas de banho e cozinha o revestimento de paredes seria: O

Ecomosaico feito de material reciclado que utiliza o resíduo eliminado

pelas máquinas de corte de marmorarias.

Na aplicação de revistimento do piso seria: madeiras nobres de lei,

em extinção, provenientes principalmente de elementos de antigas

construções, como esquadrias,assoalhos entre outros. Possibilita o reuso

de peças que seriam descartadas, diminuindo a demanda por madeiras

novas.

Para decorar a sala de Inverno, como poltronas escolhia: A

Economia Poltrona e Puff Gisele uso de madeiras certificadas FSC e fibras

naturais.Não esquecendo toda a climatização.

A sala de Verão seria fresca e escurinha, com as cadeirinhas de

tecido claro e fresco e com reservatório para colocar as pipocas e coca-

cola.

No sotão a tinta seria natural : revestimento natural cujo principal

componente é a terra crua. A utilização da tinta de terra natural

possibilita o uso de recursos do local, economia de materiais e

combustíveis, saúde para os habitantes, tecnologia simples e

tradicional, entre outros.

A decoração seria muito pouca em relação a adornos, mas se os

possuí-se seriam : Objectos em madeira de redescobrimento, excluindo as

loiças.

Para as casas de banho escolheria: toalhas confeccionada com fio

de fibra de bambu. além de ser uma fonte natural e altamente renovável,

as fibras de bambu possuem maciez, conforto, excelente absorção e alta

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concentração de vitamina B, proteínas e agente biobactericida. Os

tapetes tanto para as casas de banho como para cozinha e outros quartos

de arrumo seriam feitos em broinha; tapete confeccionado com a tira da

rama, apara de malha descartada pela indústria têxtil. os trabalhos são

feitos à mão por um grupo de tecelãs no sul de Minas Gerais , mas

proposta de Claudia Araújo é reaproveitar inovando no design, sem

perder de vista a utilização e manutenção do produto.

Seriam seis pisos.

Começo pela parte exterior: na entrada, teria a garagem com casa

de banho e quarto de arrumos a área total era de 28m2; seguidamente, a

piscina exterior, com uma vasta extensão de relva e arbustros, onde

colocaria guarda-sóis, umas camas de rede, uma cozinha regional com

um barbecue, e suas respectivas cadeiras e mesinhas, um enorme pátio

em tijoleira e um jardim.

A cave iria ser a garrafeira a todo o cumprimento da casa para ser

fresco e arejado,no primeiro piso teria o salão de jogos ( ping-pong, bilhar,

máquinas de jogo, insufláveis, matrecos e brinquedos) uma casa de

banho de serviço 4m2, seguidamente a piscina interior , o jaccuzi e a sala

de sauna.

No segundo piso, seria a cozinha à americana com 17m2; fogão e

mesa no centro da cozinha e o balcão de mármore a todo o redor.

Incluído nesse piso, a de sala de jantar com 15m2 e uma casa de banho

de serviço com uma área de5m2.

O terceiro piso tem dois quartos suites e 11m2 com varandas,

roupeiros embutidos com porta de correr ,a casa de banho dos quartos

seria com banheira de hidromassagem e louça cerâmica trabalhada á

mão com 10m2 cada uma, o quarto dos noivos e o outro da bébé, um

roupeiro embutido no corredor e um escritório com 9m2 .

No quarto piso, haveria mais dois quartos suite ambos com 11m2 ,

roupeiros embutidos e com varandas viradas para o jardim, nas casas de

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banho teria também banheira dehidromassagem, sendo a loiça em

cerâmica mas um estilo mais juvenil e com 8m2 cada casa de banho, ao

fundo do corredor teria um escritório (sala de estudo) com 9m2 para

ambos os filhos e outro roupeiro embutido.

O quinto piso seria a sala de Inverno com 15m2 e noutra divisão a

sala de Verão com 21m2, onde estaria a sala de cinema, existindo

também uma casa de banho de serviço com 3m2

sala Inverno

sala de Verão e cinema

No sexto piso, o dito sótão com dois quartos suites para convidados

cada um com a área de 10m2 incluindo as casas de banho, uma

biblioteca com 3m2 e um amplo terraço.

Ana Pereira

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Seria uma casa térrea, em duplex. Com quatro quartos, para cada

um de nós, ou seja, um para mim e para o meu companheiro, um para o

meu filho mais velho com 17 anos, um para o meu filho mais novo com 4

anos e um para o meu pai. Cada quarto teria uma casa de banho

completa. Na parte de cima da minha casa teria os quartos, dois do lado

esquerdo e os outros dois do lado direito, com uma grande janela e um

grande hall. Estas mesmas divisões seria tudo ao quadrado, da parte de

baixo teria uma casa de banho de serviço, uma sala rectangular, mas

larga, com lareira, Seria dividida entre a sala de jantar e a sala de estar. A

cozinha seria também rectangular e larga, com armários em todas as

paredes, incluindo frigorífico e máquina de lavar a loiça, com uma mesa

rectangular ao meio da cozinha para as refeições. Com espaço suficiente

para nos movimentarmos à vontade.

Nas traseiras da casa teria uma grande marquise para arrumos,

para a máquina de secar e lavar roupa. Uma grande garagem rectangular

para três carros. Ainda nas traseiras da casa teria um grande pátio para o

meu filho mais novo brincar e para apanharmos sol. E teria uma piscina. À

volta da piscina teria relva. O pátio seria de tijoleira. Para os alicerces da

casa os principais materiais seriam, em ferro e cimento. As paredes em

pedra e depois pintadas com tinta branca, o chão dos quartos e o hall

seriam em soalho flutuante, o chão das casas de banho, cozinha e salas

seria em tijoleira. As escadas de acesso ao piso de cima seria em madeira

mas a direito, não queria escadas em caracol. Assim seria a minha a

minha casa de sonho.

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Alice Marques

Vivi e nasci num Pais Angolano (Luanda), por isso a minha casa de

sonho é muito baseada na construção típica do meu País de origem, onde

o sol e o mar o caracterizam, e seria aqui a minha localização da casa de

sonho. A construção típica angolana e mais actual são feitas de troncos

de árvores e cobertas com colmo, com características de casa pré-

fabricada. As divisões seriam grandes tendo as seguintes divisórias: 4

quartos, 2 WC, cozinha, despensa, lavandaria e sala, dependências de

interior, no exterior teria um alpendre á volta de toda a casa, com várias

camas de rede e estaria rodeada de muitas árvores como coqueiros,

palmeiras, mamoeiros, mangueiras e

bananeiras, porque para além da sombra

que me iria oferecer à casa, também me

forneciam fruta natural para a casa. A casa

seria decorada interiormente com pouca

mobília (só o essencial) mas tudo rústico e

com peças angolanas fabricadas no meu País.

Na minha casa aproveitava ao máximo tudo o que a natureza me

ofereceria (sem a prejudicar), a sua construção seria de madeira

reciclável, luz directa até tarde (porque teria grandes janelas), redução de

energia (pois cilindros e esquentadores não seriam necessários), redução

no consumo de água, utilização de painéis solares para aproveitamento

do sol e baixar a facturação da luz, empregaria também lâmpadas de

redução energética, e os electrodomésticos seriam

os mais ecológicos possíveis, as torneiras com

redução de água e tentaria sempre reger-me

pela política dos “3R” “Reduzir, Reciclar e

Reutilizar”.

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A área envolvente, seria um verdadeiro paraíso, uma vez que

estaria localizada pelo mar a dentro, suportada por vários pilares de

madeira, onde as horas de lazer seriam aproveitadas ao máximo na

pesca, a nadar, a andar de barco, etc.

Gostaria muito de partilhar esta minha casa de sonho com o meu marido,

filhos, mãe e irmã mais nova.

A minha casa de sonho seria e será sempre uma “PALHOTA”.

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Rute Veloso

O meu agregado familiar é constituído por três adultos e uma

criança. A minha casa de sonho seria construída tendo em conta essas

mesmas pessoas.

A minha casa de sonho seria uma moradia edificada com

materiais que proporcionassem tanto conforto como eficiência

energética.

Adquiria um painel solar, colector, aproveitamento de água com o

intuito de reduzir as facturas e preservar o meio ambiente.

A moradia teria uma composição de dois pisos, porque considero

mais funcional e conseguia manter os pisos superiores limpos e em

melhor estado de conservação.

Na cave, edificava uma adega porque o meu marido é um grande

coleccionador e apreciador de vinho.

No R/Ch construía a cozinha, paredes

e chão em granito, mobiliário prático, um

balcão no centro da cozinha com fogão

encastrado e uma chaminé,

electrodomésticos encastrados e de

simples utilização/limpeza, a lavandaria para tratar das roupas, a sala de

lazer para conviver com a família e amigos. Esta sala de lazer iria ter uma

área considerável, porque todos os membros que constituem o meu

agregado familiar adoram festas, dançar, ver cinema, etc. De seguida,

construía a sala de jantar, uma casa de banho de serviço, anexos e

ginásio. Este seria utilizado por todos nós e convidados, para além de ser

saudável praticar desporto é um dos hobbies preferidos da minha família.

No primeiro piso, faria 6 suites com varanda para desfrutar das paisagens

envolventes: rio, verde e árvores.

No segundo piso, um escritório com uma secretária ergonómica e

cadeira, computador, impressora, sofá, mesa de apoio e plasma, para

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quando nos apetecesse fazer uma pausa. Este local estaria direccionado

para efectuar trabalhos académicos, pesquisas e lazer (Messenger). Tinha

todo o sentido ter uma casa de banho e uma varanda.

No exterior da moradia, teria um jardim enorme com árvores,

piscina com opção de cobertura no Inverno, parque infantil para o meu

filho e crianças que nos visitassem, um barbecue com o intuito de fazer

churrasco para a família e amigos, um abrigo para o cão, visto a família

adorar animais, e a garagem.

A escolha de adornos iria depender do mobiliário escolhido,

necessidades e estado de espírito.

“A casa de sonho, tal como o significado das palavras que acabo de

referir, só existe na minha imaginação, mas é bom sonhar”.

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Carla Rocha

Uma casa para a minha família, eu, o Hugo (filho), o Ricardo

(companheiro) e para o nosso futuro bebé.

Para satisfazer os gostos de cada um de nós, esta casa, tem de ter

espaços muito diferentes…

O exterior da casa devia ter um enorme jardim para as brincadeiras

ao ar livre, que poderia estar perto da piscina e de uma churrasqueira

para os dias mais quentes. Um espaço com vertente desportiva, porque o

Hugo e o Ricardo gostam de praticar desporto, para isso necessitaria de

um Pavilhão Multiusos. Para mim, gostava de uma piscina porque adoro

nadar e também pela saúde, sendo a natação o desporto mais completo,

faz bem à saúde e principalmente às nossas costas. A piscina podia ser ao

ar livre ou no interior da casa, gosto de ambas as alternativas, mas

sempre aquecida e com cobertura para os dias de frio.

Esta casa deveria ter um escritório para colocarmos os

computadores, para estudo e trabalho. Um espaço suficientemente amplo

que abrangesse os três membros da família.

Gostava que a minha casa de sonho tivesse também um espaço de

lazer para a família, com jogos (de tabuleiro e de consola), com cinema,

música e algo relacionado com crianças mais pequenas, estas são as

actividades de lazer que todos gostamos. Este espaço seria para

relaxarmos, brincarmos e estarmos em família. Esta divisão devia de

estar situada no sótão e ter muitas clarabóias, de forma a permitir a

entrada do sol e a visualizarmos a chuva, porque sempre sonhei ter uma

zona assim.

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A casa de sonho devia ter três a quatro quartos, sendo que seria um

para cada um de nós e outro para as visitas. Cada quarto devia ser suite

para termos mais privacidade.

A cozinha devia ser grande e espaçosa, com uma ilha a meio e um

balcão onde pudéssemos fazer as refeições. O Ricardo adora cozinhar e

seria nesta zona que nos iria deliciar com os seus petiscos. A sala de

jantar e estar devia de estar na mesma área da cozinha tornando as três

divisões num espaço amplo e confortável, sem paredes pelo meio e com

uma lareira para os dias mais frios de inverno. Este espaço destina-se ao

convívio familiar e social, somos uma família que gosta de convidar os

restantes parentes e os amigos para almoços, jantares e serões em

conjunto, por isso devia ser bastante aconchegante. Para completar a

zona de refeições e lazer, acrescentava uma casa de banho. Gostava de

uma cozinha bastante moderna e com materiais de fácil higienização e

limpeza.

Na garagem, um espaço para os carros, outro de bricolage, uma

zona de arrumos, para objectos de jardinagem, limpeza, e outros, e

também uma lavandaria com as máquinas de lavar e secar roupa, com

materiais simples e laváveis.

Esta casa devia ter linhas modernas mas não muito direitas, uma

mistura entre o moderno e o clássico. Com um alpendre à volta da casa,

estilo americano, para nos podermos sentar a ver os nossos filhos

brincarem, ou a ler um livro, a conversar, etc. Esta casa teria três pisos:

no primeiro piso, a cozinha, salas, casa de banho, escritório; no segundo

piso, as suites; no terceiro, o espaço de lazer para toda a família.

No interior da casa, gostava de ter linhas simples e uma decoração

ainda mais simples, não gosto de muitos objectos de decoração mas sim

de pequenos detalhes que fazem toda a diferença. Nas casas de banho,

gostava de fazer um contraste com tintas e granitos. Materiais que

fossem laváveis e higiénicos, com protecções anti-fungos e humidades.

Page 62: CATÁLOGO CASAS TÍPICAS DE PORTUGAL

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Gostava de pintar a minha casa de diversas cores que tornassem o

ambiente acolhedor e convidativo. Cada divisão deveria ter uma cor

consoante a finalidade a que se destina, tons suaves para as divisões de

relaxamento e tons mais fortes para as zonas de lazer e de actividades.

Gosto de fazer contrastes de cores dentro de cada divisão. As tintas

deviam ser ecológicas e laváveis.

A minha casa de sonho deveria ser perto do mar, num local calmo e

paradisíaco. Num país onde o clima fosse quente e o mar predominasse…

Talvez em S. Tomé e Príncipe, mas é claro que neste país falta a

educação, não tem muitas alternativas académicas para as crianças e

jovens. Tinha de pensar numa alternativa para a localização com mais

possibilidades de ensino e saúde para a minha família.

A casa devia ser eficiente, com painéis solares para aquecimento

das águas, sistemas de recolha e separação de lixo, optimização dos

espaços para utilização dos recursos solares para aquecimento da casa,

aproveitamento das águas pluviais, com tratamento das mesmas, para

banhos, piscina, e sistemas de rega, utilização de lâmpadas económicas,

reguladores de intensidade para espaços com diversos tipos de

iluminação, sensores de presença em alguns sítios chave, iluminação

solar no exterior, electrodomésticos de classe A+ para poupar energia. E

todos os outros meios que possam poupar o ambiente e os recursos

naturais.

Gosto de preservar o meio ambiente e por isso sou a favor de tudo

o que o protege. No jardim, gostava de ficar com alguma da vegetação

natural existente na área envolvente, com bastantes árvores para nos

proteger do calor e para interagir com as brincadeiras. Adoro paisagens e

gostava de criar uma casa que fosse uma imagem de sonho…

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Sílvia Gomes

casa dos meus

sonhos seria uma casa

rústica construída em

pedra, térrea, onde eu

pudesse aliar um estilo funcional e prático ao conforto próprio de uma

casa rural. Seria por isso uma casa tipicamente do campo com alicerces

em pedra e madeira e com cobertura em telha. No entanto, gostaria de

manter um determinado estilo neo-gótico no interior, com paredes

pintadas em cores de branco, vermelho e preto. Esta casa seria destinada

à minha habitação assim como à dos meus pais e irmã, onde poderíamos

conciliar os gostos de cada um de nós em termos de decoração,

estruturação, divisão de espaços sem colidirmos com a liberdade e

A

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privacidade de cada um de nós. Teríamos então uma casa que iria de

encontro ao conceito da casa dos meus sonhos e a uma casa

decorativamente e com arquitectura ao desejo dos meus pais e irmã.

Imperaria o conforto e beleza de uma casa rústica, na minha opinião

bastante acolhedora.

Teria espaços amplos, com divisórias grandes, espaços verdes no

exterior, paisagem campestre e piscina exterior.

Esta casa utópica ou idílica para as nossas possibilidades, seria

rodeada de árvores, jardins, no cimo de um planalto, com um ambiente

saudável no exterior, e com algumas habitações em volta para não

sentirmos um isolamento social. No interior, teríamos áreas de lazer e

preferencialmente uma área onde todos poderíamos associar a

privacidade e convívio entre nós, onde pudéssemos ver cinema,

conversar, realizar festas, ouvir música ou estarmos pura e simplesmente

sós quando fosse necessário, para estudo, trabalho ou meditação. Teria,

por isso, um aspecto iluminado e confortável, funcional e que servisse

também de escritório para recolhimento e trabalho, ou simplesmente

descanso.

A minha casa de sonho, além deste espaço amplo e conciliador,

teria os seguintes espaços constituintes: três quartos amplos, uma sala

de estar com elementos decorativos africanos a lembrar o safari, bem

iluminada e com objectos que aliam o prático ao mais moderno e

sofisticado. A ideia seria ser um espaço de convívio da família e possíveis

convidados, uma cozinha género americano americana, com balcão e

cadeiras em volta dos armários da cozinha e electrodomésticos

envolventes, de preferência grande para que todos pudéssemos circular à

vontade, uma despensa enorme para arrumos, e duas ou três casas de

banho, uma maior, revestida de tijoleira, azulejo e banheira género

jacuzzi em mármore, além de todos os outros armários necessários para a

sua utilização e com janelas, onde a iluminação solar entrasse e

Page 65: CATÁLOGO CASAS TÍPICAS DE PORTUGAL

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contrastasse com o ambiente deste espaço. As outras casas de banho

seriam de serviço e o mais utilitárias possível.

Gostaria ainda que fosse uma casa circundada de algumas

varandas para aproveitamento solar, onde pudéssemos fazer churrascos

e mais uma vez para convívio social. No exterior, teríamos uma piscina

com espreguiçadeiras e árvores em redor.

Para aproveitamento solar, teríamos painéis solares, sistemas de

rega automatizada, e sistemas para aproveitamento de águas da chuva,

sensores para detecção de intrusão e incêndio. Alguns mecanismos

automatizados para tornar a casa mais eficiente e confortável, adequando

as necessidades de cada um de nós a aspectos de funcionalidade.

Basicamente, a minha casa de sonho seria mesmo utópica porque

conciliaria uma arquitectura rústica aliando também o modernismo

urbano, com uma paisagem, no horizonte, com vista para o mar, mas em

cima do planalto numa zona preferencialmente verde.

Maria Paula Teixeira

Sendo a reflexão proposta

subordinada ao tema “A minha casa de

sonho”, vou libertar-me de aspectos que obriguem a usar da razão

servindo-me apenas da minha imaginação.

O sonho dá-nos aquilo que a

realidade nos nega

O sonho dá-nos aquilo que a

realidade nos nega

Page 66: CATÁLOGO CASAS TÍPICAS DE PORTUGAL

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Para projectar uma casa que me proporcionasse uma satisfação

plena não posso cingir-me apenas aos actuais membros do meu agregado

familiar: eu, meu marido, dois dos meus filhos e sogra, para definir os

espaços necessários, interiores e exteriores. Na minha casa de sonho,

teria de haver condições para receber e acolher outros familiares e

amigos. Uma casa só por si não tem grande significado, seja ela grande

ou pequena, simples ou luxuosa. Para mim, a minha casa de sonho seria

sempre o local onde pudesse ser feliz, compartilhando a minha felicidade

com as pessoas de quem gosto e que gostam de mim.

O modelo mais aproximado da casa dos meus sonhos e seu meio

envolvente é o que vulgarmente se chama de “quinta”.

Ou seja, deverá estar implantada no interior de uma vasta área de

terreno, tendo em vista que só fará sentido para mim, se estiver inserida

num contexto em que animais e plantas estejam presentes e contribuam

para a tornar na minha casa de sonho.

A minha casa de sonho terá de estar enquadrada numa paisagem

pouco modificada pelo Homem, em que a Natureza seja respeitada e

sendo ela própria um elemento perfeitamente integrado na paisagem,

não poluente e construída de forma a ser o mais eficiente possível no que

refere a consumo e aproveitamento energético.

A sua construção (estrutura), a beleza arquitectónica, o conforto e a

funcionalidade serão alcançados através da utilização de materiais e

equipamentos que garantam um consumo mínimo de energia e não

contribuam para a poluição ambiental, respeitando as características da

região em que fosse edificada.

A preservação da Natureza e do ambiente são indispensáveis para

concretizar o meu sonho, pois sem eles não haverá futuro.

De forma a fazer um uso racional da água, as instalações

hidráulicas seriam complementadas por equipamentos economizadores

de água e a existiria um sistema de aproveitamento de águas pluviais e

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um sistema de tratamento de efluentes por zona de raízes e utilização de

águas residuais tratadas para irrigação do terreno.

A poupança de energia seria um factor importante, pelo que seria

feito aproveitamento dos condicionantes climáticos locais (radiação solar,

temperatura do ar, humidade relativa e ventos). A orientação e inclinação

dos telhados definidas para melhor aproveitamento da radiação solar e

para gerar energia com a incorporação de sistemas de aquecimento solar

que seria utilizada para o aquecimento de água e energia eléctrica de

emergência.

A pedra (granito), a madeira, o vidro e a telha portuguesa seriam os

materiais construtivos de preferência.

Estes materiais são os escolhidos tendo em conta a zona de

implantação e os espaços envolventes. A traça arquitectónica obedeceria

à utilizada nas construções tradicionais existentes.

Seria numa zona rural, junto a curso de água e com acesso rápido à

cidade mais próxima. (Minho ou Trás-os-Montes), implantada no interior

de terreno com áreas verdes de lazer, pomar e zonas de pastagem para

animais.

Teria dois pisos:

Piso 0: Constituído por cozinha, dispensa, sala de jantar, sala de

estar, salão de diversão, escritório, 2 QB e quarto de serviço com QB.

Piso 1: Constituído por duas alas, sendo uma destinada aos quartos

de familiares (7) e a outra com os quartos destinados a hóspedes (3).

Todos os quartos com QB privativo. Hall comum, espaçoso.

O piso 1 seria dotado exteriormente por um balcão corrido e amplo, com

acesso a todos os quartos.

Contíguo ao edifício e aproveitando o balcão do piso 1, seriam

criadas diversas zonas dotadas com cadeirões e mesas de apoio, para

reuniões informais.

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Na área verde próxima seria construído um barbecue e uma cobertura

para apoio.

- Adega e cozinha regional

- Garagem

- Estábulo e outros abrigos para animais

- Arrecadação

Caso existissem condições para uma racional utilização de água do

rio e sua reutilização e tratamento, e fosse possível a sua implantação

aproveitando as condições naturais, dotaria a quinta de uma piscina.

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Fátima Porto

Ao idealizar a minha casa de sonho, tive em consideração a vários

factores. O principal seria, sem dúvida, o bem-estar da minha família.

Quando penso na minha "casa de sonhos" é realmente um sonho

quase inatingível.

Ao idealizar esta casa, tenho em conta a minha família mais

próxima, que são as minhas queridas filhas e o meu marido.

Sendo eu uma apaixonada pela natureza a casa seria num monte,

mais precisamente na região de Trás-os-Montes. Ela (casa) seria térrea,

os materiais de construção seriam oriundos da própria região, como o

granito e a sua construção estaria de acordo com as casas típicas da

região.

A casa teria 4 dormitórios e teriam pelo menos 25m2 cada. Dois

quartos destinavam-se às minhas filhas, outro para mim e para o meu

marido e o ultimo para as visitas. Teria também três divisões especiais,

um estaria repleto de brinquedos e jogos didácticos para usufruto das

minhas filhas, outro seria um local de estudos, com computadores e

materiais necessários para tal, e o terceiro seria um ginásio para manter

a forma da minha família.

Cada dormitório teria uma casa de banho própria, para além de

todos os acessórios fundamentais para uma casa de banho, teria de ter

banheira de hidromassagem e um LCD fixado na parede.

A cozinha, um local muito especial para mim, teria de ter uns 45m2

e a mobília seria toda de madeira de carvalho. Este local teria de ter

todos os acessórios existentes para a confecção de alimentos, uma lareira

com um sofá com material lavável ao seu redor e uma mesa de granito e

madeira. Anexado a cozinha teria uma divisão onde pudesse colocar os

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produtos regionais confeccionados por mim, por exemplo os enchidos, os

fumados e a doçaria.

Teria uma divisão de pelo menos 30m2, com um LCD, aparelhagem

de som, jogos de diversão, cadeiras muito confortáveis e claro um sofá

para relaxar. Teria de ter uma garagem com espaço suficiente para dois

automóveis e bicicletas. Uma divisão que seria exclusivamente destinado

ao meu marido com todos acessórios necessários para bricolage.

No exterior da casa não poderia faltar uma zona para convívio, que

teria uma churrasqueira, mesas, cadeiras e armários de madeira, uma

bancada para cozinhar, tudo coberto com vigas de madeira e telha.

Uma piscina aquecida nesta casa não poderia faltar. Seria ao ar

livre, com opção de ser coberta no inverno, com cadeiras e mesas à sua

volta e vários guarda-sóis. Nos dias sufocantes do Verão a água seria fria

e no Inverno quente. Todos os espaços vazios ao redor da casa teriam

relvado.

A decoração do interior da casa seria com ornamentos tradicionais e

os móveis em madeira de castanho. Os tectos teriam vigas de madeira

para lembrar o "antigamente". O chão também seria em madeira,

excluindo as casas de banho e cozinha.

A construção desta casa, como já referi anteriormente, estaria de

acordo com as características da região transmontana e os seus materiais

também. Iria utilizar energias renováveis. Colocava no telhado um painel

solar, um sistema de recolha e tratamento de água da chuva que seria

utilizada na rega do relvado, para a piscina e

para os autoclismos.

Esta é a "casa dos meus sonhos".

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Isabel Valverde

Gostaria que a minha casa de sonho fosse uma moradia com

poucas habitações à volta e com imensos espaços verdes, uma piscina e

um mini ginásio no exterior. Vivo actualmente no centro do Porto, cada

vez mais o stress, confusão, barulho e poluição são factores constantes.

Penso que com esta moradia, poderia usufruir de um ar menos poluído e

de um ambiente mais calmo. Um ambiente mais livre, de privacidade e

com mais direito à minha liberdade, respeitando também a natureza

desfrutada à minha volta, isto porque sou responsável pela minha

liberdade, não esquecendo a dos outros.

O interior da minha casa seria com dois pisos, onde a parte de baixo seria

a cozinha com balcão e um espaço abundante, espaço esse porque gosto

de cozinhar e fazer da minha cozinha uma sala de lazer, aproveitando

esse tempo também para conviver com a família. Gostava de aproveitar

esta área para lá fazer as minhas refeições, ao mesmo tempo que

aproveito a companhia familiar. Teria que ter uma televisão para que

todos pudessem assistir aos telejornais, um gosto comum a todos.

Precisava de um escritório para a realização de trabalhos, duas

casas de banho, uma com hidromassagem, outra só com os elementos

essenciais, lavandaria grande, com todas as máquinas necessárias e

estendais. No hall, existiriam poltronas e uma mesinha para conversas de

visitas rápidas e inesperadas. Os anexos seriam todos em tijoleira, porque

acho mais fácil de limpar, torna-se mais fresca.

Relativamente ao piso de cima, seria constituído por 3 suites, com

banheiras de hidromassagem e quarto de vestiário. Queria uma sala de

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lazer para conviver, ver televisão, ouvir música, dançar, e para situações

românticas. Este espaço estaria equipado com todas as condições para

que todos os membros da família pudessem partilhar momentos de

confraternização, integrando a Vanessa, de 16 anos, em todas a

actividades. Todos os anexos deste piso teriam que ser em madeira

envernizadas, e decorados por mobílias de tons pretos e vermelhos.

Escolheria em madeira porque gosto do cheiro, faz-me sentir mais em

contacto com a natureza, e sendo envernizada torna-se mais fácil a

limpeza.

Esta casa serviria para habitar eu, o meu marido Zé e a minha filha

Vanessa. A 3ª suite serviria para acolher convidados. A piscina será usada

para lazer, mas também de forma a contribuir para o bem da minha

saúde e do ambiente, no aproveitamento das águas para lavagens.

Colocaria dois painéis solares e contentores para a reciclagem do lixo.

Desejaria ainda ter uma cave para arrumos e garagem que comportasse

2 carros. A construção teria que ser com materiais bastantes resistentes e

de qualidade, que pudesse contribuir para o ecossistema. Visto hoje em

dia haver imenso facilitismo na aquisição a diversos materiais e

acessórios, utilizaria todos os recursos necessários para a contribuição de

um bom ambiente, e de uma casa eficiente.

O meu sonho não passa por uma casa de sonho, mas sim uma

melhor qualidade de vida. O importante para mim numa casa, não são os

excessos mas algo que me desse a paz espírito e equilíbrio, que no

mundo cá fora se torna cada vez mais difícil de encontrar.

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Carmen Airosa

O meu agregado familiar é constituído por 4 pessoas, eu o meu

marido e os meus dois filhos, o mais velho com 23 anos e o mais novo

com 15 anos. Ambos passam muito tempo em frente aos computadores

pois estão a estudar na área da informática. O mais velho termina este

ano o curso de Engenharia Informática e o mais novo está a tirar o 10º

ano, num curso tecnológico de informática. 

Todos somos muito caseiros, gostamos do sossego, de receber em

casa os amigos, ouvir boa musica, dar grandes caminhadas e ir, sempre

que possível, ao cinema. 

A minha casa de sonho, tendo em conta o acima referido, seria na

periferia da cidade, longe dos prédios ao alto, da confusão citadina e onde

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a natureza predominasse. Estaria em contacto com a natureza mas a um

passo da cidade. 

Optaria por uma casa térrea com um bom jardim a toda a volta,

com anexos para arrumos e onde pudéssemos fazer umas boas

“patuscadas” com os amigos, gostaria de ter uma piscina e um pequeno

ginásio. 

Esta minha casa deveria ser constituída por 5 quartos com WC e

vestiário, 1 escritório, 1 sala de jantar, 1 sala de estar com lareira , um

WC de serviço entre sala de jantar e estar, uma grande cozinha com

vistas para o jardim e saída directa para o mesmo. As janelas e portas

deveriam ser grandes para que a casa tivesse boa entrada de luz. Não

esquecendo a garagem com espaço para pelo menos 2 carros.

O escritório deveria ser amplo, composto por 3 secretárias, uma para

cada um dos meus filhos e outra a ser repartida por mim e meu marido.

Seria, assim, uma maneira de estarmos muito tempo juntos, pois

passamos longas horas em frente aos computadores. 

Sendo uma casa térrea, o telhado deveria ser claro e em telha típica

portuguesa, janelas e portas em madeira, gostaria de ter painéis solares e

que a sua construção contemplasse materiais ecológicos e amigos do

ambiente. Gostaria de ter uma casa eficiente mas não inteligente. A sua

cor exterior deveria ser clara, gosto da cor salmão claro, amarelo claro,

rosa seco claro pois acho que são cores que não me saturam e

transmitem calma. 

A construção exterior deveria ser constituída por muita madeira e

algumas paredes em pedra clara, no jardim gostaria de ter canteiros com

flores em redor da casa e também uma pequena horta. 

A decoração interior deveria contemplar móveis claros e de linhas

modernas com uma boa organização de arrumos, poucos bibelôs e os que

tivesse deveriam ser grandes e robustos, muitas obras de arte nas

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paredes, poucos tapetes e cortinas leves e simples condizendo com a

decoração. 

Na folha seguinte, estão imagens de algumas casas que também

são de sonho. 

Não passa de um sonho, mas enquanto puder sonhar, porque não

fazê-lo…! 

Joana da Silva Dias

A minha casa de sonho teria de ser na cidade ao pé do mar com

ampla área de vegetação. Uma casa sofisticada onde impera o

modernismo, requinte e conforto.

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A esta casa estaria agregadas 2 ou 3 pequenas casas onde amigos

e familiares se poderiam acomodar de uma forma mais privada e

igualmente confortáveis.

No meio da vegetação haveria várias áreas de lazer, campos de

jogos (ténis, minigolfe, basquete, futebol, entre outros), piscinas (grandes

e pequenas), zonas de relaxamento e lazer. Todos estes espaços

serviriam para que o meu filho, eu e o meu marido pudéssemos brincar e

receber amigos e familiares e assim nos divertirmos como gostamos de

fazer.

Na casa principal existiriam 5 quartos, todos eles com wc’s e

quartos de vestir, que ficariam localizados no segundo andar. Os quartos

teriam grandes janelas e seriam decorados uns com cores fortes e

quentes e outros teriam cores claras e relaxantes.

No primeiro andar ficaria a cozinha que seria espaçosa e bem

equipada, para que eu pudesse organizar grandes festas e fazer as

iguarias que tanto gosto de fazer para agradar a família e por vezes os

amigos. Neste piso existiria também uma grande sala de jantar, mobilada

com uma enorme mesa e cadeiras altas para servir todas as refeições

com grande requinte. Anexada a sala de jantar estaria uma sala de estar

com grandes sofás e puffs para podermos passar belos momentos de

prazer todos reunidos. Teria uma grande televisão, aparelho de música,

DVD e consolas. Estas salas teriam também janelas grandes para permitir

que fosse bem iluminada pelo sol e onde poderíamos desfrutar da vista

de mar e para parte da vegetação.

No rés-do-chão ficaria o grande hall de entrada com uma enorme

escadaria que levaria aos pisos superiores bem como uma grande porta

dupla que daria acesso ao salão de festas que teria acesso também aos

jardins. Esse salão estaria dividido em várias zonas, quer de refeição

como de descontracção e diversão.

Page 77: CATÁLOGO CASAS TÍPICAS DE PORTUGAL

Pági

na29

Todas as divisões teriam belos quadros, espelhos e candeeiros que as

iluminariam durante a noite quando o sol já não o pudesse fazer através

das grandes janela que todas as divisões teriam. Todo o pavimento seria

em madeira de tonalidade clara.

Por toda a casa haveria grandes arranjos de flores naturais que

iriam dar um toque de requinte.

Nesta casa eu também iria sonhar, ser feliz e com toda a certeza

fazer muitas pessoas felizes.

Poderia colocar muitos exemplos de casas, mas opto por apenas

anexar uma das paisagens que eu gostaria de contemplar das grandes

janelas da minha casa enquanto estivesse junto da minha família e

amigos.

Obrigada a todos os que ainda me ajudam a sonhar…