Catálogo Mostra Filatélica Beja Dezembro 2010

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MOSTRAFILATÉLICA

Congresso da Federação Portuguesa de Filatelia - APD

Local do Congresso: BejaPark Hotel, 20 de MarçoRua 1º de Maio, 1

7800-510 BEJA

Beja, 20 a 23 de Março de 2010Núcleo de Coleccionismo do Centro Cultural e Desportivo do

Hospital José Joaquim Fernandes - Beja

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• A ORGANIZAÇÃO

Núcleo de Coleccionismo do Centro Cultural e Desportivo do Hospital José Joaquim Fernandes - Beja

• OS APOIOS

Federação Portuguesa de Filatelia – APDCorreios de PortugalDirecção do Centro Cultural e Desportivo do Hospital José Joaquim FernandesBejaPark Hotel

• O CARIMBO COMEMORATIVO

A funcionar em Posto de Correio, no local da exposição, no dia 20 de Março de 2010, das 14,30 às 18,00 horas.

O CARIMBO COMEMORATIVO

O REAL Mosteiro de Nossa Senhora da Conceição, e freiras da Ordem de Santa Clara foi fundado em 1459 pelos duques da, então vila de Beja, os Infantes D. Fernando e Dª. Beatriz, pais da Rainha Dª. Leonor, nascida em Beja e do Rei D.

Manuel I. Sempre protegido pela Casa Real, chegou a possuir uma nau e gozou de imensos privilégios na relação directa com a Santa Sé, chegando a ser, segundo frei Jerónimo de Belém, uma das instituições mais ricas do país. Extinto no século XIX e parcialmente demolido, albergou a partir de 1927 a Biblioteca Pública (hoje a funcionar em edifício próprio) e o Museu Regional da cidade.Para a História da Arte Portuguesa constitui uma das principais construções proto-manuelinas, dada a precocidade da transição dos estilos gótico para o manuelino. Portais góticos e manuelinos, abóbadas nervuradas, azulejaria de quinhentos a setecentos, talha dourada barroca, policromia de mármores embutidos, pinacoteca variada, valorizam o cenóbio onde viveu e morreu a autora das Lettres Portugaises (editadas em 1669), as célebres cinco cartas de amor escritas por madre Mariana Alcoforado ao cavaleiro francês marquês de Chamilly.

Leonel Borrela

• O LOCAL E O HORÁRIO

Local: Rua Poeta Afonso Lopes Vieira, 15 (Junto à Câmara Municipal

Horário: Dia 20 das 14H30 às 18H00Dia 21 EncerradoDias 22 e 23 das 20H00 às 23H00.

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É POSSÍVEL COLECCIONAR SELOS USADOS?

Geada Sousa

É possível coleccionar selos usados? Não vamos iniciar este texto com a resposta a esta pergunta. Primeiramente, iremos apresentar um pequeno estudo sobre a forma

como foi franquiada a correspondência recebida, por uma grande empresa da região, em 2008.

A resposta imediata à pergunta ficará a cargo dos filatelistas que tiverem a paciência de nos ler. No entanto, no final, não deixaremos de dar a nossa opinião sobre o assunto.

Para podermos realizar este estudo, foram-nos facultados todos os sobrescritos recebidos pelo correio, por uma das maiores empresas de todo o Baixo Alentejo (julgamos que a segunda maior), no período de 1 de Janeiro a 31 de Dezembro de 2008, num total de 14.161 sobrescritos.

Se alguns sobrescritos não nos foram entregues, podemos afirmar, com elevado grau de certeza, que não representarão mais que 2% ou 3%, percentagem esta que não vai alterar em nada, as conclusões que cada leitor queira tirar.

Foram analisados somente os seguintes aspectos: Fórmula de franquia: “Selos”, “Taxa Paga”, “Franquia Mecânica”, “Sistema Nave”, “Correio Azul / Correio Verde”.Proveniência: território nacional ou estrangeiro.

No caso dos sobrescritos que apresentavam selo, analisámos também o seu tipo, isto é, se o selo era da Série Base, Selo Comemorativo, Eifa (Etiqueta de Impressão de Franquia Automática), ou se apresentava, por

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insuficiência do valor do selo, como complemento de franquia, a etiqueta computorizada do Sistema Nave.

No caso do Correio Azul (CA) foi também estudado se o sobrescrito era uma “Carta Inteira” (sobrescritos disponibilizados pelos correios ou por eles autorizados) ou se era um sobrescrito vulgar, identificável pela Etiqueta autocolante de Correio Azul.

Neste último caso, foi também analisado a fórmula de franquia, isto é, “Selos”, “Taxa Paga”, “Franquia Mecânica”, “Sistema Nave”.

Não registámos os vários escalões da correspondência nem, por conseguinte, as suas franquias. No entanto podemos afirmar que a sua esmagadora maioria era do 1.º e do 2.º escalão.

Vejamos o quadro que se segue, não inclui a correspondência do estrangeiro, (436 unidades):

Quadro I – Correspondência NacionalTipo de Franquia Quantidade Percentagem

Taxa Paga 6068 44,20%Franquia Mecânica 2457 17,90%Sistema Nave 2148 15,65%Selos 1323 9,64%Eifas 12 0,10%Franquia Mista 19 0,14%Correio Azul / Correio Verde 1698 12,37%Total 13725 100,00%

Franquia mista: Sobrescritos que apresentavam duas das seguintes fórmulas de franquia: Selo, Etiqueta do Sistema Nave, ou Eifa.

Pela leitura do quadro observa-se que a correspondência franquiada com selos é mais de quatro vezes e meia inferior à que é franqueada por “Taxa Paga”.

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Quadro II – Correspondência do EstrangeiroTipo de Franquia Quantidade Percentagem

Taxa Paga 318 72,94%Franquia Mecânica 110 25,22%Selos 8 1,84%Total 436 100,00%

Tal como acontece em Portugal, também na correspondência vinda do estrangeiro predomina a modalidade de franquia de “Taxa Paga”.

Outros aspectos relacionados com esta correspondência. Comecemos por analisar os 1.354 exemplares da correspondência

franqueada com selos, com Eifas, ou que apresentavam franquia mista, em que, para além de outra, uma destas fórmulas de franquia também foi utilizada, e que representou 9,88 % do volume total da correspondência.

Quadro III – Cartas com Selos/EifaTipo de Selo Quantidade Percentagem

Selo Base 847 62,60%Selo Comemorativa 373 27,50%Selo Base + Selo Comemorativo 103 7,61%Eifa 12 0,89%Franquia Mista 19 1,40%Total 1354 100,00%

Pela leitura do quadro verifica-se que o selo base esteve presente em mais de 70% de toda a correspondência que teve o selo como fórmula de franquia.

Verifica-se também que faltou apenas 4,06% para que dois terços desta correspondência tivessem o selo base como única fórmula de franquia.

Vejamos de seguida o que se passou com o Correio Azul/Correio Verde.

Como se viu pelo Quadro I, 12,37% num total de 1.698 unidades eram de Correio Azul ou de Correio Verde.

A percentagem deste último é francamente inferior à do Correio Azul, pois não significa mais do que 5,18% (88 exemplares), da totalidade de correio deste tipo, que estamos a analisar.

Vejamos como estas 1.698 unidades se apresentaram:

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Quadro IV – Correio Azul/Correio VerdeTipo de sobrescrito Quantidade Percentagem

Sobrescrito inteiro (Azul e Verde) 881 (88 exemplares são Correio Verde)

51,85%

Sobrescrito Inteiro + com complemento em selos

6 0,35%

Sobrescrito de edição particular e franquiado com “Taxa Paga”

455 26,80%

Sobrescrito com etiqueta autocolante de CA e franquiado com Sistema Nave

251 14,80%

Sobrescrito particular com etiqueta autocolante de CA e franquiado com Franquia Mecânica

63 3,70%

Sobrescrito com etiqueta autocolante de CA e franquiado com Selos (1 exemplar com Eifa)

42 2,50%

Total 1698 100,00%

Analisando o quadro, verifica-se que um pouco mais de metade do correio circulado pela modalidade de Correio Azul ou Correio Verde usou para tal o Sobrescrito Inteiro disponibilizado pelos Correios, o que parece provar a boa aceitação deste produto.

À excepção do primeiro modelo emitido de Sobrescritos Inteiros de Correio Azul, encontrámos todas as várias variedades descritas nos artigos que aqui publicámos, faz agora precisamente, um ano.

Vejamos como foram franquiado os registos recebidos:

Quadro V – Tipo de Franquia dos RegistosTipo de Franquia Quantidade Percentagem

Taxa Paga 228 23,50%Sistema Nave 615 63,20%Com Selo 22 2,20%Franquia Mecânica 15 1,60%Correio Azul / Correio Verde Sobrescrito pré-franquiado de Registo

93 9,50%

Total 973 100,00%

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O quadro V diz-nos que mais de 63% da correspondência que circulou sob registo foi franquiado com a etiqueta computorizada do “Sistema Nave”.

É também bastante significativa a correspondência que circulou com “Taxa Paga”, pois representou quase um quarto do total dos registos.

Respondendo, de forma simplista, à pergunta que deu título a este estudo, diremos que não é possível coleccionar selos usados, mas...

O volume de correspondência estudada é bastante significativo e permite afirmar com alguma segurança que não é possível fazer uma colecção de selos usados em que se pretenda incluir todos os valores das várias séries que vão entrando em circulação.

Os 9,56% de cartas que foram franquiadas com selo apresentavam quase sempre os selos do 1.º escalão do correio normal e do correio azul.

Embora não tenhamos tomado nota do número de selos diferentes que era possível obter na correspondência estudada, ele foi, seguramente, inferior a 100 exemplares.

Ora, estar um ano inteiro a passar a pente fino toda a correspondência de uma tão grande empresa e conseguir somente uma centena de exemplares é, por certo, desmotivador e em pouco tempo o iniciado, se não tiver o apoio de um veterano, desistirá.

Quanto ao mas inserto num dos parágrafos anteriores, diremos: É possível fazer um trabalho muito interessante com outras fórmulas

de franquia, nomeadamente com as etiquetas computorizadas do Sistema Nave e com as inúmeras variedades da impressão tipográfica ou aposição de carimbo da modalidade de “Taxa Paga”.

Das primeiras, existem vários tipos de letra e de papel. É também possível obter, com relativa facilidade, todos os tipos de etiqueta que o Sistema Nave permite, tais como Registos, Correio Normal, Correio Azul (vários escalões), etc., tanto para o Serviço Nacional como para o Serviço Internacional. Deste último é possível obter muitas variedades, consoante o destino da correspondência – Espanha, Europa, etc. –, os diversos tipos de registo, etc..

É ainda possível fazer um trabalho muito interessante com o nome das muitas centenas de balcões emissores, pois muitos têm o nome de lugares ou de personagens que marcaram a nossa História.

Sobre esta última possibilidade, veja-se por exemplo a etiqueta fornecida pelos computadores da estação de Correios da rua Diogo de Gouveia em Beja; apresenta o nome romano da cidade, “Pax Júlia”.

Da legenda “Taxa Paga”, aparecem inúmeras variedades. Contabilizámos mais de algumas dezenas de exemplares diferentes, uns por aposição de carimbo, outros por impressão tipográfica.

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Admitimos como provável que haja mais variedades de “Taxa Paga” que não chegaram até nós, por as empresas que as utilizam não se terem correspondido, neste período, com a empresa que estudámos.

Como curiosidade, refira-se que na dezena e meia de milhares de sobrescritos estudados, somente encontrámos dois sobrescritos, que no seu programa “Qualidade”, os correios marcaram, para poderem seguir o seu trajecto.

Um dos fragmentos que um destes sobrescritos apresenta, tem o logotipo dos correios e a palavra “Qualidade”; o outro, em letras maiúsculas e em duas linhas, diz-nos que “A demora deste objecto foi controlada/Queremos servi-lo com qualidade”.

Caro leitor, na impossibilidade de coleccionar selos usados, por que não iniciar uma colecção deste tipo?

Vai ver que não é difícil. Facilmente chegará às muitas centenas de exemplares e fica extremamente económica.

Aqui fica o desafio.

COLECÇÕES EXPOSTASFilatelia

Império RussoPortugal – Provas, defeitos e ensaios

José da Costa Lemos

Correio Militar do AfeganistãoDa Reconquista ao 25 de Abril

Joaquim Manuel Cortes

Expansão Portuguesa Ultramarina Francisco Jorge Lagugas Geada Sousa

Aves, esses conquistadores dos aresFrancisco Matoso Galveias

OutrasSímbolos da República (Bibliografia, Cartofilia, Numismática e Filatelia)Sidónio Pais (Bibliografia diversa)

José Geada Sousa

Pintura

Exposição / Venda de AguarelasPintor Leonel Borrela