CBPM - CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA TÉCNICA ... · o estudo de ambientes geológicos,...

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CBPM - CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA TÉCNICA Relatório das Atividades 2016 Programação 2017 Rafael Avena Neto Diretor Técnico Senhores Conselheiros, Este ano de 2016 continuou sendo um ano muito difícil para a CBPM, não só pela continuidade da crise nacional/mundial, mas, principalmente, pela redução e contingenciamento do nosso orçamento. Apesar disso, no entanto, foi possível alcançar alguns importantes objetivos previstos na programação, com destaque para o estudo de ambientes geológicos, para a seleção e descarte de várias áreas, junto ao DNPM, consideradas não promissoras em termos de potencialidade econômica e pela viabilização de um potencial prospecto para ouro, o Jurema Leste, além das negociações com a CODELCO, empresa estatal chilena e uma das maiores produtoras mundial de cobre, visando uma futura licitação das áreas do Caboclo dos Mangueiros, na região norte do estado. Ao longo do ano de 2016 todas as commodities minerais continuaram apresentando variação de queda, apesar da pequena reação positiva ocorrida no último trimestre. Isso trouxe sérias dificuldades para a mineração brasileira, com reflexos fortes para a Bahia, como por exemplo, para o Níquel de Itagibá - Mirabela, que teve suas atividades suspensas temporariamente e para o Vanádio de Maracás, que, apesar de cumprir toda a sua programação prevista, inclusive alcançando antecipadamente a meta final de produção, não obteve ainda seu equilíbrio financeiro. A Bahia, muito em função da paralisação da exploração do minério de níquel e do minério de cobre da Caraíba Metais, teve um impacto negativo muito grande na sua arrecadação mineral. A CBPM, em especial, sofreu uma retração forte este ano em termos de recursos próprios. Apesar disso, contudo, o estado se manteve como o quinto produtor mineral brasileiro, com uma participação de 2,42% (figura abaixo), embora Mato Grosso comece a despontar fortemente no cenário mineral brasileiro, em função da exploração de minério de ferro naquela unidade da federação, assim como o Amapá com ouro e caulim.

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CBPM - CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO DIRETORIA TÉCNICA

Relatório das Atividades 2016 Programação 2017 Rafael Avena Neto

Diretor Técnico

Senhores Conselheiros, Este ano de 2016 continuou sendo um ano muito difícil para a CBPM, não só pela continuidade da crise nacional/mundial, mas, principalmente, pela redução e contingenciamento do nosso orçamento. Apesar disso, no entanto, foi possível alcançar alguns importantes objetivos previstos na programação, com destaque para o estudo de ambientes geológicos, para a seleção e descarte de várias áreas, junto ao DNPM, consideradas não promissoras em termos de potencialidade econômica e pela viabilização de um potencial prospecto para ouro, o Jurema Leste, além das negociações com a CODELCO, empresa estatal chilena e uma das maiores produtoras mundial de cobre, visando uma futura licitação das áreas do Caboclo dos Mangueiros, na região norte do estado.

Ao longo do ano de 2016 todas as commodities minerais continuaram apresentando variação de queda, apesar da pequena reação positiva ocorrida no último trimestre. Isso trouxe sérias dificuldades para a mineração brasileira, com reflexos fortes para a Bahia, como por exemplo, para o Níquel de Itagibá - Mirabela, que teve suas atividades suspensas temporariamente e para o Vanádio de Maracás, que, apesar de cumprir toda a sua programação prevista, inclusive alcançando antecipadamente a meta final de produção, não obteve ainda seu equilíbrio financeiro.

A Bahia, muito em função da paralisação da exploração do minério de níquel e do minério de cobre da Caraíba Metais, teve um impacto negativo muito grande na sua arrecadação mineral. A CBPM, em especial, sofreu uma retração forte este ano em termos de recursos próprios. Apesar disso, contudo, o estado se manteve como o quinto produtor mineral brasileiro, com uma participação de 2,42% (figura abaixo), embora Mato Grosso comece a despontar fortemente no cenário mineral brasileiro, em função da exploração de minério de ferro naquela unidade da federação, assim como o Amapá com ouro e caulim.

Dentro desse cenário adverso, a empresa buscou alternativas que pudessem amenizar o impacto orçamentário em suas atividades de pesquisas, decorrente da diminuição dos valores dos royalties vinda do petróleo (Fonte 109), que em termos de Bahia teve uma redução superior a 40%, além de administrar a queda em relação aos seus recursos próprios (Fonte 213), decorrente, principalmente, da suspensão temporária da produção de níquel da Mirabela Mineração, da queda na produção e do começo de exaustão da área da CBPM na mina de bentonita de Vitória da Conquista, do atraso dos pagamentos dos royalties pela Vanádio de Maracás e da suspensão, para otimização, do processo de beneficiamento, do ouro da Yamana no Alvo C1 em Santa Luz.

Tudo isso contribuiu para um movimento descendente da participação das áreas da CBPM na Produção Mineral Baiana Comercializada (PMBC), cujo valor evolui negativamente em relação a 2015, representando apenas 14,13% em 2016 (figuras abaixo).

Em relação às suas atividades técnicas a empresa deu prosseguimento aos trabalhos de desenvolvimento mineral, dentro da filosofia de atuação implantada e, nesse sentido, merece destaque o reinício do programa de sondagem, que vai viabilizar ou não a consolidação de algumas importantes descobertas, como por exemplo, as de níquel e cobre no prospecto Caboclo dos Mangueiros (Pilão Arcado – Campo Alegre de Lourdes) e as de ferro na região de Paratinga, cujos primeiros resultados indicam serem as mesmas bastante significativas em termos de novas jazidas para a Bahia.

PMBC Receita Bruta Empresas Parceiras Participação % Variação %

2011 2.089.703.402,33 596.743.328,68 28,56 - 2012 2.394.988.430,11 656.280.459,00 27,40 9,98 2013 2.542.073.279,77 542.891.033,97 21,36 17,28- 2014 2.391.657.078,99 460.163.708,87 19,24 15,24- 2015 2.446.163.818,43 596.659.776,35 24,39 29,66 2016 2.116.851.898,21 299.019.691,17 14,13 49,88-

Total 13.981.437.907,84 3.151.757.998,04 22,54

Durante este período de 2016 foram desenvolvidos, nos quatro programas específicos de pesquisa mineral, dezesseis projetos/prospectos, sendo seis dentro do subprograma Estudos e Pesquisas Geocientíficas, além da continuidade do Mapa Metalogenético. Essas atividades visaram, fundamentalmente, o aumento do conhecimento geológico e da descoberta de novas jazidas no território baiano, com vistas a acelerar a geração de empreendimentos de mineração, capazes de proporcionar bem estar social e econômico para o Estado da Bahia. Igualmente, tiveram continuidade as atividades de atração de investimentos e promoção das oportunidades minerais da empresa, bem como suas atividades rotineiras, conforme pode ser observado nesse relatório, que foi dividido em duas partes, sendo a primeira um resumo das atividades e a programação prevista para 2017 e, uma segunda parte, o relatório integral, mais completo, das atividades desenvolvidas. PARTE I – RESUMO DAS ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM 2016 E PROGRAMAÇÃO TÉCNICA PARA 2017 1 - PESQUISA E PROSPECÇÃO MINERAL

De conformidade com as diretrizes programáticas estabelecidas para 2016, coube à Gerência de Geologia Básica e Aplicada - GEBAP a implantação de ações geológico-prospectivas voltadas para um melhor entendimento do conhecimento geológico e metalogenético do território baiano, desenvolvidas através do PROGEO - Programa de Estudos Geológicos e do PROADIM - Programa de Análise de Dados e Investigação de Ambientes Geológicos. À Gerência de Prospecção e Oportunidades Minerais – GEPRO coube as ações de avaliação e descobertas de novas oportunidades minerais da CBPM, desenvolvidas através do PREVAP -Programa Estratégico de Valorização de Áreas de Pesquisa da CBPM e do PROSPEM - Programa Sistemático de Pesquisa Mineral:

1.1 - PROGEO - Programa Estudos Geológicos, que concentra as ações conjuntas com as universidades, visando um conhecimento maior da geologia baiana. A CBPM disponibiliza o apoio logístico para atividades de aprimoramento do conhecimento geológico do estado, enquanto que as universidades participam com técnicos, professores e bolsistas (estagiários). Desta forma, foi realizado o subprograma Estudos e Pesquisas Geocientíficas, desenvolvido mediante os seguintes trabalhos, envolvendo a Universidade Federal da Bahia - UFBA e a Universidade Nacional de Brasília - UNB: “Origem do Depósito de Níquel Laterítico e suas Rochas Encaixantes de Calembe e Fazenda Santana, Município de Maracás, Bahia”; “Estudo dos Granulitos Paleoproterozoicos entre Uruçuca e Ilhéus, Município de Ilhéus, Bahia”; “Estudo dos Granulitos do Morro do Pernambuco, Município de Ilhéus, Bahia”; “Geologia, Petrologia e Geoquimica do Corpo Ultramáfico Caboclo dos Mangueiros, Município de Campo Alegre de Lourdes, Bahia” e “Petrologia e Geocronologia das Mineralizações Sulfetadas e Rochas Encaixantes do Complexo Rio Salitre, Município de Juazeiro, Bahia”. Deu-se continuidade, também, ao “Mapa Metalogenético do Estado da Bahia” – 2ª Fase (Convênio UFBA/UEFS), que tem como objetivo principal a indicação e caracterização de áreas com potencial para mineralizações de interesse econômico no Estado da Bahia, cuja análise metalogenética - previsional está sendo realizada em duas províncias geológicas, localizadas na região nordeste e centro-norte do território baiano, ambas com o desenvolvimento de modelos previsionais, que já aponta notáveis perspectivas para o prognóstico de ambientes geológicos propícios a novas mineralizações. Também

teve início os trabalhos do Mapa Geocronológico e Geotectônico do Estado da Bahia, que visa à obtenção de Mapas Preditivos para estudo de ambientes geológicos e descoberta de novas áreas mineralizadas;

1.2 - PROADIM - Programa Análise de Dados e Investigação de Ambientes Geológicos, que envolve estudo, revisão, análise e integração de dados existentes no acervo da CBPM, além de informações trazidas à empresa por terceiros ou pelo histórico de produção mineral do estado, ou ainda, de tendências apontadas pelo mercado. Executado através de investigações de áreas em ambientes geológicos específicos visa à descoberta de substâncias minerais em que a Bahia é carente, como fosfato, cobre, enxofre, entre outros. Merecem destaques os seguintes projetos realizados este ano:

Mundo Novo – aonde vem sendo realizada a integração de todos os dados já levantados ao longo das pesquisas realizadas anteriormente na região, visando trabalhos mais específicos de investigação. Igualmente está em estudo à análise-revisão da ambiência geológica da sequência vulcanossedimentar, com a integração de trabalhos geológicos, geoquímicos, geofísicos e das sondagens executadas, com atualização do mapeamento dessa área prospectiva. Com isso, novas coletas de amostras estão sendo realizadas, tanto em superfície quanto nos testemunhos de sondagem, para a realização de petrografia e análises químicas de elementos maiores, traço e Terras Raras. Com o desenvolvimento dos trabalhos de campo, subsidiados pelas informações de subsuperfície, novas informações serão adicionadas, destacando-se a identificação de rocha vulcânica ultramáfica talcificada, com textura tipo spinifex. Esse fato determina esta fácies como komatiitica, que associada às estruturas do tipo pillow lava, anteriormente reconhecidas, caracteriza e confere a esta sequência vulcanossedimentar, a hierarquia efetiva de uma estrutura do tipo Greestone Belt;

Irecê - que consta da análise e revisão de dados da sequência carbonática da Bacia de Irecê, com a integração de trabalhos geológicos, geoquímicos e geofísicos em diversas escalas, com ênfase na caracterização e delimitação dos ambientes deposicionais, de forma a caracterizá-los quanto às suas potencialidades metalogenéticas, as quais podem induzir a execução de trabalhos de prospecção futuros. Com a integração dos dados foram elaborados mapas, onde está sendo possível delimitar vários subambientes marinhos, controladores da deposição dos clásticos carbonáticos. Eles foram individualizados em unidades deposicionais, nas quais se sobressaíram anomalias de fósforo, zinco e chumbo, a partir de levantamentos geoquímicos anteriores (CBPM - Companhia Baiana de Pesquisa Mineral e VM - Votorantim Mineração). Nos levantamentos de campo realizados foram executadas seções regionais na bacia, reconhecendo-se um ambiente de origem glacial e um ambiente de origem marinha, sendo possível neste último, individualizar subambientes de água rasa e profunda. Com isso verificou-se que a associação da metalogenia se faz com as fácies depositadas em condições de lâmina d’água, pouco espessa, tendo sido individualizados corpos de estromatólitos mineralizados em fósforo e áreas de rolados de gossan, com mineralização sulfetada de zinco;

Bacia do Rio Pardo – refere-se à integração, estudo e análise de trabalhos geológicos realizados no âmbito da Bacia Metassedimentar do Rio Pardo, de idade neoproterozoica. Foi possível caracterizar as rochas dessa sequência, a deposição de uma fácies conglomerática - leques aluviais de ambiente continental (Formação Panelinhas), sobreposta por clásticos peliticos/cabonáticos/arenosos, depositados em margem passiva de um mar epicontinental (Subgrupo Itambé) e recoberto por

fluxos detríticos de natureza turbidítica, depositado em bacia molássica de antepaís (Formação Salobro). A prospecção metalogenética no âmbito da referida bacia foi finalizada, nesse ano de 2016, com a produção de um relatório final bastante conclusivo, porém sem resultados econômicos interessantes;

1.3 - PREVAP - Programa Estratégico de Valorização de Áreas de Pesquisa da CBPM, que realiza investigações preliminares em direitos minerários da CBPM, visando determinar a viabilidade ou não dos mesmos. Através desse programa foram descortinados alguns prospectos interessantes, que foram investigados em 2016, tais como:

Ipirá-Pintadas – foi concebido para executar um programa de prospecção de detalhe em três áreas de pesquisa de titularidade da CBPM, onde se procurou fazer a delineação das suas reais potencialidades para minerais de cromo e níquel, nos alvos denominados Fazenda Sítio (870.469/2014) e Fazenda Lajedo Queimado (872.257/2014) e de Terras Raras no alvo Fazenda Caldeirãozinho (870.477/2014). Isso ocorreu depois da constatação da presença de teores anômalos desses elementos, com valores máximos em solo de níquel (3.846 ppm), cromo (2.327 ppm) e lantânio (2.540 ppm), revelados em trabalhos anteriormente realizados. Das três áreas investigadas apenas na Fazenda Caldeirãozinho os resultados das análises químicas de Terras Raras, em amostras de rocha coletadas em trincheira, confirmaram os resultados obtidos em solo dos projetos anteriores executados. Isso abre uma perspectiva para a provável existência de mineralizações de elementos Terras Rara no alvo pesquisado, com possibilidades econômicas favoráveis. Desta forma, sugeriu-se a manutenção dessa área para a realização de trabalhos mais detalhados em 2017. Nas demais, a prospecção geoquímica de solo e rocha apresentaram valores significativos para o elemento níquel e cromo, no entanto, na checagem desses valores, através de amostragem de rocha em trincheira, os mesmos não se confirmaram e ficaram bem abaixo daqueles encontrados em solo e rocha. Por este motivo, tanto as áreas da Fazenda Sitio, quanto à área da Fazenda Lajedo Queimado foram descartadas junto ao DNPM;

Caracol-Remanso – encontra-se em pleno desenvolvimento e deverá continuar em 2017. Foi elaborado com o propósito de avaliar e/ou reavaliar setenta e duas áreas de pesquisa, que correspondem a processos de titularidade da CBPM junto ao DNPM, todas localizadas na região noroeste do Estado da Bahia, fronteira com o Piauí. Em termos de geologia a área do projeto está inserida no setor norte do domínio tectônico Corredor do Paramirim, situado no limite entre o Cráton do São Francisco e as Faixas de Dobramento Rio Preto e Riacho do Pontal. Por se tratar de uma região de grandes perspectivas metalogenéticas, haja vista a presença confirmada de depósitos de ferro-titânio-vanádio, cobre-níquel e fosfato, toda a área foi objeto de levantamentos aerogeofísicos de alta resolução. Sendo assim, as áreas que compõem esse projeto foram selecionadas a partir de estudos analíticos e interpretativos preliminares, através dos dados aerogeofísicos antes referidos, buscando a definição de alvos específicos para a pesquisa mineral. Os trabalhos realizados estiveram voltados para o levantamento e organização dos dados existentes, não só referentes aos mapeamentos geológicos básicos e levantamentos aerogeofísicos, mas também aos trabalhos de cunho prospectivos ali realizados. Em paralelo, na área do projeto, procedeu-se a elaboração de bases planimétricas, geológicas e geofísicas, em escalas adequadas, para a execução de atividades de campo, quando foram realizados estudos analíticos, interpretativo e integrativo dos dados aerogeofísicos disponíveis, buscando a definição de alvos específicos para a investigação local;

Rio Salitre - tem como objetivo uma investigação, através de sondagem, de alvos selecionados a partir do Relatório Conjunto Final Positivo de Pesquisa (Alvos 6, 8 e 9), apresentado ao DNPM. Com isso foi indicada uma reserva de dez milhões de toneladas de sulfetos (pirita>pirrotita), associados com rochas do Greenstone Belt do Rio Salitre, onde os ensaios econômicos demonstraram o aproveitamento destes depósitos sulfetados, para produção de minério de enxofre, visando a produção de ácido sulfúrico. Também foram constatados, em dois furos mais profundos, intervalos contínuos de até 1% de cobre, fato que poderá indicar uma zonalidade da mineralização, passando de pirita>pirrotita, ao norte, para uma predominância de calcopirita>pirita>pirrotita, ao sul. A CBPM detém ainda, na região do Rio Salitre, alguns alvos que abrem perspectivas para a descoberta de novos corpos sulfetados com mineralizações de cobre, zinco, níquel e ouro, através de novas pesquisas e sondagem, que serão realizadas em 2017;

Sobradinho - teve como objetivo pesquisar uma área situada na região norte do Estado da Bahia, no município de Sobradinho. Essa área está localizada na unidade vulcanossedimentar denominada Unidade Sobradinho e situada no âmbito do extremo meridional do Lineamento Sobradinho. Esse projeto, concluído em 2016, está inserido em área de titularidade legal da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral, denominada Alvo Bonsucesso. O trabalho de revisão e integração dos dados, obtidos em projetos anteriores, foi complementado com o reconhecimento geológico detalhado ao longo dos trends, que apresentavam confluência de valores geofísicos anômalos (HLEM, IP/R e MAG) e anomalias geoquímicas (especialmente ouro, arsênio e cobre). Com base nesses dados, a investigação realizada envolveu a coleta de quarenta e quatro amostras para concentrado de bateia, visando à contagem de pintas de ouro em pontos estratégicos. Os resultados encontrados revelaram a inexistência de correspondência entre valores geoquímicos de ouro, arsênio e cobre, encontrados em trabalhos anteriores da CBPM, com as anomalias geofísicas de HLEM, IP/R e MAG. Assim, concluiu-se que não existem atrativos prospectivos para a área estudada, nem para mineralizações auríferas, nem para outros metais bases. Com isso confeccionou-se um relatório final negativo de pesquisa, que foi entregue ao DNPM;

1.4 - PROSPEM - Programa Sistemático de Pesquisa Mineral, que realiza trabalhos em áreas de titularidade legal da CBPM, consideradas atraentes do ponto de vista econômico, mas que necessitam de pesquisas mais detalhadas. Teve como destaque mais recente a configuração da expressividade do depósito de sulfetos de cobre e níquel, denominado Caboclo dos Mangueiros descoberto no município de Pilão Arcado/Campo Alegre de Lourdes. Este programa vem sendo conduzidos em conformidade com os seguintes procedimentos metodológicos: abertura de picadas e acessos; sondagem rotativa diamantada; amostragem, coleta e preparação para análise química dos testemunhos de sondagem, além da descrição geológica dos testemunhos e avaliação dos resultados. Os principais projetos executados em 2016 foram os seguintes:

Investigação de Áreas Potenciais (Sondagem) - objetivou a valorização de áreas de pesquisa que já possuem ocorrências minerais relevantes ou potenciais jazidas, as quais estão distribuídas em cinco áreas do Estado da Bahia. Essas áreas de pesquisas que envolvem essas ocorrências e possíveis jazidas estão distribuídas pelos seguintes projetos: Rio Salitre, com indícios de mineralização sulfetada de cobre e zinco; Caboclo dos Mangueiros, com um corpo ultramáfico que encerra mineralizações sulfetadas em níquel e cobre; Alvo Calembe com mineralizações lateríticas de níquel, associadas a corpos ultramáficos e Alvos Fazenda Santana e

Campo do Meio, com indícios de mineralização de níquel e cobre, ambos associadas a corpos máfico-ultramáficos estratificados.

Foram executados 1.273,75 metros lineares de sondagem, nos quais foram coletadas 890 amostras. A execução da programação de sondagem contemplou o Alvo Calembe (DNPM nº 872.700/2015) e a Fazenda Santana (DNPM nº 871.633/2013), estando atualmente em execução no alvo Campo do Meio (DNPM nº 872.590/2013). Os resultados analíticos recebidos para o Alvo Calembe confirmaram a mineralização associada a níveis lateriticos e apontam para resultados promissores. A sondagem no alvo Fazenda Santana interceptou rochas granulitizadas, enriquecidas em magnetita. Por sua vez, a sondagem no alvo Campo do Meio ocorre interceptando rochas ultramáficas com sulfetos disseminados. O programa nessas três áreas deverá ser concluído em 2017. Assim sendo, após a conclusão da sondagem, análise e integração de todos os dados disponíveis, serão elaborados relatórios finais de pesquisa, com estimativas de reservas dos depósitos encontrados e confirmação ou não dos mesmos como novas oportunidades minerais da CBPM para negociação;

Avaliação de Áreas - compreende um esforço realizado pela CBPM objetivando integrar e avaliar dados prospectivos obtidos ao longo dos anos, através de inúmeros projetos de pesquisa e de levantamentos aerogeofísicos. Esse projeto pretende analisar a potencialidade econômica para direitos minerários considerados indefinidos, no que se refere ao seu enquadramento em programas de pesquisa sistemático. Os direitos minerários, que se encontram vinculados a esse projeto, foram estabelecidos, conjuntamente com o Setor de Controle de Áreas - SECAR, a partir da avaliação do portfólio atual da empresa, tomando por base a exclusão daquelas áreas já direcionadas a outros projetos/programas formalizados até 2016. Do universo de direitos minerários, atualmente sob outorga da CBPM, foi pinçado, para serem executados trabalhos de avaliação, um total de 163 títulos minerários, situados junto ao DNPM, levando-se em conta em primeiro lugar aquelas áreas com requerimento de pesquisa recente, posteriormente as com recobrimento antigo e, finalmente, as com pedido de prorrogação de alvará.

As atividades executadas nesse projeto, no ano de 2016, tiveram como procedimento padrão a compilação, integração e avaliação de dados históricos e recentes, para os direitos minerários com vencimento até dezembro de 2016 e inicio de 2017, tudo isso com vistas à emissão de parecer antes das etapas de campo e proposição de atividades a serem executadas, seguido de reconhecimento de campo, e finalização através de parecer técnico. A ordem de avaliação das áreas selecionadas obedeceu, preferencialmente, a data de vencimento dos alvarás de pesquisa, com situações logísticas excepcionais, nas quais as conveniências de proximidade geográfica foram utilizadas como critério. Através desse procedimento foram avaliados, em 2016, um total de cinquenta e três áreas de pesquisa, somando três (3) processos positivados; doze (12) negativados; quatro (4) prorrogados; quatorze (14) recobertos; três (3) não recobertos, além de mais 17 processos com data de vencimento até 2019.

Encontra-se, atualmente, aos cuidados desse projeto, um total de aproximadamente 23% das áreas da CBPM, como pode ser visualizado na figura abaixo, que corresponde à classificação dos direitos minerários ativos da CBPM.

Na execução das atividades nessas áreas foram selecionados cinco alvos para programas de pesquisa sistemática, associado a terrenos de maior prospectividade, e que convêm detalhamento em maior nível escalar. Os alvos foram estabelecidos com hierarquia de prioridade na seguinte ordem: Prospecto Jânio Quadros-Condeúba (870.328/15, 870.385/15, 872.117/16, 870.378/15, 870.380/15); Prospecto Boquira (871.189/2012); Prospecto Urandi (873.492/2009, 873.608/2009 e 872.456/2013); Prospecto Itagibá (870.265/2009 e 870.929/2010) e Prospecto Itambé (873.165/2009). 2 – OPORTUNIDADES MINERAIS, CONTROLE DE ÁREAS E MEIO AMBIENTE

Nesse programa, desenvolvido pela Gerência de Empreendimentos Minerais e Gestão Ambiental – GEMAM e pelo Controle de Áreas (SECAR), as atividades estão ligadas ao acompanhamento dos direitos minerários da CBPM e dos contratos de Pesquisa Complementar e Arrendamento desses direitos minerários, tendo sido desenvolvidos diversos trabalhos de consolidação dessa importante área da empresa, tais como:

Acompanhamento dos direitos minerários em áreas com relatório final de pesquisa entregue ao DNPM até a obtenção das respectivas Portarias de Lavra e a assinatura do Contrato de Arrendamento com empresas parceiras; Acompanhamento técnico das pesquisas geológicas complementares, em áreas objeto de contratos de parceria entre a CBPM e empresas privadas, constantes dos Contratos de Pesquisa Complementar e Promessa de Arrendamento de Direitos Minerários; Fiscalização das empresas arrendatárias, no que se refere à produção e ao pagamento de royalties; Realização de visitas técnicas para fiscalização da produção das jazidas arrendadas.

Em relação à licitação de áreas, foram lançados, em 2016, quatro editais de licitação, preparados em função de contatos e manifestações formais de empresas interessadas em áreas de barita, granito ornamental e areia, porém apenas uma foi

concretizada, para barita, numa demonstração cabal de como a crise afetou negativamente o interesse dos investidores na mineração. Ressalte-se que no período de 2007 a 2016 foram realizadas 72 licitações de oportunidades minerais da CBPM, das quais 39 resultaram em celebração de contratos de pesquisa complementar e/ou contratos de arrendamento de jazidas. Essas licitações abriram perspectivas de aplicação de R$ 116,64 milhões, recursos de empresas privadas em programas de pesquisa mineral em áreas de titularidade da CBPM e no pagamento de Prêmios de Oportunidade no valor de R$ 17,9 milhões.

Em termos de recursos próprios a CBPM faturou este ano um montante de R$ 10.337.630,18 oriundos dos contratos de arrendamento de direitos minerários, aos quais, se adicionarmos as parcelas relativas às multas e correções relacionadas ao contrato com a Mirabela Mineração, no valor de R$ 536.869,07 perfaz um total, em royalties, de R$ 10.874.499,25. Quando comparado ao mesmo período de 2015, no que diz respeito ao faturamento de royalties, verifica-se uma queda de 33,08%, devido à diminuição da lavra da Companhia Brasileira de Bentonita no direito minerário da CBPM, bem como a crise que afetou a construção civil, impactando na produção da Cerâmica Peróla Branca, Telhafort, Céramus, Peval e nas paralisações temporária da Mirabela, Lagoa Matéria Prima e Pedreira Santa Tereza.

Visualizada globalmente, a receita de recursos próprios da CBPM está assim representada: royalties, 87,85%, prêmios de oportunidade 10,28% e outras receitas (aluguel, serviços diversos, leilão e venda de aerolevantamentos e editais) 1,87%.

Do total deste faturamento foram recebidos, efetivamente, apenas sete milhões de reais. Quando comparamos ao mesmo período de 2015 (R$ 10,67 milhões), o decréscimo nas receitas de royalties é de 32,23%, devido, principalmente, à inadimplência da Vanádio de Maracás, que, tendo em vista aos compromissos financeiros assumidos pela empresa na fase de implantação, ainda não encontrou o seu ponto de equilíbrio financeiro, mas cujo débito foi pactuado com a CBPM para pagamento em 2017. Em relação a outras receitas (R$1,22 milhões) houve também uma queda de 42%.

A Mirabela, mesmo com a paralisação temporária de suas atividades, contribuiu com 78%, originados no contrato de confissão de dívida e acrescidos de ajustes de

87,85

0,98

0,89

10,28

RECEITAS DA CBPM - 2015 royalties (87,85)

Reembolso TAH

(0,89)

Outras Receitas

(0,98)

Prêmio

Oportunidade

(10,28)

royalties referentes a exercícios anteriores. A Vanádio de Maracás e a Companhia Brasileira de Bentonita – CBB, ambas em operação, foram responsáveis, respectivamente, por 16,26% e 3,59%. As demais empresas contribuíram com 2,16% do total recebido.

Ressalte-se, mais uma vez, que a queda das cotações mundiais das commodities minerais, em 2015/2016, principalmente do níquel e do vanádio, afetou consideravelmente a vida das empresas parceiras, principalmente da Mirabela Mineração e da Vanádio de Maracás e, consequentemente, os pagamentos de royalties à CBPM. A respeito do preço do níquel, a queda de sua cotação no mercado mundial, iniciada em 2013, afetou drasticamente as operações da Mirabela, obrigando o grupo a suspender temporariamente a produção do níquel sulfetado e tentar colocar no mercado o níquel laterítico. No caso do Vanádio de Maracás a situação é um pouco melhor, porém também preocupante. Em relação à Bentonita de Vitória da Conquista a queda da barragem de rejeitos da Samarco, em Minas Gerais, provocou uma perda de 35% no seu faturamento, já que a Samarco e outras empresas satélites da mesma, são os principais clientes da Companhia Brasileira de Bentonita, além do fato de que a empresa começou a lavrar em suas próprias áreas, diminuindo a extração da matéria prima no direito minerário da CBPM.

A CBPM tem atualmente em seu portfólio 704 direitos minerários, sendo que 330 estão sob a responsabilidade de empresas privadas e 374 sob a responsabilidade direta da CBPM, conforme tabela a seguir:

SITUAÇÃO/PERÍODO

Ano

2015

Dez

Ano 2016

Mês

Janeiro

Ano 2016

Mês

Fevereiro

Ano 2016

Mês

Março

Ano 2016

Mês

Abril

Ano 2016

Mês

Maio

Ano 2016

Mês

Junho

Ano 2016

Mês

Julho

Ano 2016

Mês

Agosto

Ano 2016

Mês

Setembro

Ano 2016

Mês

Outubro

Ano 2016

Mês

Novembro

Ano 2016

Mês Atual

Dezembro*

Requerimentos de Pesquisa 77 65 65 16 15 16 18 24 24 13 12 27 38

Desistência Requerimento de Pesquisa 15 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2

Habilitação para Disponibilidade de Pesquisa 3 3 4 4 4 4 4 6 6 5 4 2 2

Alvarás de Pesquisa 407 400 391 431 430 428 428 428 425 437 439 431 418

Alvarás de Pesquisa - Renúncia 10 19 14 6 6 6 6 6 7 21 30 30 17

Pedidos de Prorrogação 13 15 19 18 15 15 15 15 17 17 17 25 25

Pedido de Prorrogação - Renúncia 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Prorrogados 96 88 88 90 82 81 79 69 63 63 60 58 58

Prorrogado (por 01 ano) 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1

Prorrogados (por 02 anos) 7 7 7 8 10 10 10 10 4 4 4 4 4

Prorrogados (por 03 anos) 89 81 81 81 71 70 68 58 58 58 55 53 53

Relatórios em Julgamento 32 40 38 32 41 43 37 38 41 37 40 42 42

Pedidos de Sobrestamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Pedido Renovação de Sobrestamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Relatórios Negativos em Julg 4 12 10 5 14 14 8 9 12 8 10 12 12

Relatórios Positivos em Julg 28 28 28 27 27 29 29 29 29 29 30 30 30

Relatórios Positivos Aprovados 40 40 40 40 41 41 41 41 40 40 39 39 39

Relatórios Aprovados 3 2 2 2 3 3 3 3 3 3 2 2 2

Pedido de Prorrogação Requerimento de Lavra 34 34 34 34 27 27 28 30 29 29 26 26 26

Prorrogação Requerimento de Lavra concedido 3 4 4 4 11 11 10 8 8 8 11 11 11

Pedidos de Lavra 59 59 58 59 58 58 58 58 58 58 59 59 59

Portarias de Lavra 21 21 22 22 23 23 23 23 23 23 23 23 23

TOTAL DE DIREITOS MINERÁRIOS DA CBPM 748 731 725 712 709 709 703 702 697 693 693 706 704

DIREITOS MINERÁRIOS (LICITADOS/ARRENDADOS) 331 331 330 328 328 328 328 330 330 330 330 330 330

DIREITOS MINERÁRIOS (CONTROLE CBPM) 417 400 395 384 381 381 375 372 367 363 363 376 374

Quadro Atual dos Direitos Minerários da CBPM:

DIREITOS MINERÁRIOS - 2016

As despesas para manutenção dos direitos minerários da CBPM foram da ordem de R$ 2.102.720,72, sendo que R$ 1.737.575,22 refere-se à Taxa Anual por Hectare (TAH).

Despesas Valor (R$)

ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) 6.544,56

Emolumentos (Req de Autorização de Pesquisa/Imissão de Posse) 57.095,41

TAH (Julho/2016) - 1º semestre 2016 466.052,54

TAH (Janeiro/2017) - 2º semestre 2016 1.271.522,68

Vistoria de Fiscalização 585,06

Demais Atos de Averbação (Prorrogação do Alvará de Pesquisa) 10.522,60

Multas (Não apresentação de RFP e outras) 290.308,71

GRU Diversos (Cessão, Certidão) 89,16

TOTAL 2.102.720,72

Na área de meio ambiente e sustentabilidade, como não poderia deixar de ser, a CBPM, em 2016, continuou a dar forte ênfase a esse segmento, através do seu setor específico e da CTGA – Comissão Técnica de Gestão Ambiental, que tem como principal finalidade agilizar os julgamentos e a avaliação dos processos de licenciamento ambiental. Isso vem permitindo que a empresa possa atuar de maneira mais efetiva, junto ao INEMA, visando à liberação das licenças ambientais para trabalhos de pesquisas em suas áreas, além de dar apoio aos parceiros em empreendimentos mineiros que necessitem desses licenciamentos ambientais.

3 – PROMOÇÃO DE OPORTUNIDADES MINERAIS Esse programa, desenvolvido pela Gerência de Informação e Divulgação - GERID, mesmo tendo sido um ano muito difícil por causa do contingenciamento de recursos, teve seus resultados alcançados reduzidos, mas dentro do padrão, pois foram publicadas as edições rotineiras do jornal interno “O Mineral” e os da série Arquivos Abertos e Publicações Especiais. Houve a cobertura de diversos eventos internos, apoio na área de treinamento (palestras internas) e manutenção do site e do novo canal de comunicação, o Newsletter CBPM. Infelizmente, porém, a empresa deixou de participar dos eventos técnicos externos, tão importantes para a área de negociação e atração de investimentos, o que refletiu na pequena procura de empresários, resultando em apenas uma só licitação realizada este ano.

O Setor de Geoprocessamento (Segeo) deu continuidade à organização das bases de dados dos projetos técnicos da CBPM, que consiste na padronização em estrutura de pastas, armazenada no servidor de arquivos, submetidos a backups diários. Estão sendo alocados os dados resultantes dos diversos projetos da área técnica, com a centralização das informações em estrutura de pastas-padrão e elaboração do tutorial, contendo normas e procedimentos. Este trabalho vem sendo desenvolvido em conjunto com as gerências, com o apoio da diretoria técnica da empresa.

Deu-se continuidade, também, aos trabalhos rotineiros do setor, com o objetivo de manter as atividades contínuas de integração de dados e elaboração de layout de mapas e figuras, preparação de relatórios municipais de recursos minerais, preparação de dados para a produção de CDs, sensoriamento remoto, manutenção do site, inclusive do webGis, análise da escala e das bandas das cenas de satélite gratuitas, inclusive hiperespectrais, com destaque para as atualizações das bases planimétricas (hidrografia, sistema viário e localidades), vetorização de mapas, atualização de bases planimétricas (hidrografia, sistema viário e localidades), utilizando, basicamente imagens (Cybers, RapidEye, Ortofotos) e geração de modelos digitais de terreno, utilizando SRTM e ortofotos, entre outras importantes atividades para o desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa da CBPM.

Prosseguiram-se, também, os trabalhos do Projeto Estrada Real – Caminhos da Bahia, uma parceria entre a CBPM e a Secretaria Estadual de Turismo, tendo sido realizadas duas campanhas de campo. A primeira serviu para detalhar com precisão os trechos compreendidos entre os municípios de Iraquara e Morro do Chapéu, o que praticamente permitiu a conclusão do trecho entre Rio de Contas e Jacobina, bem como para adensar as informações no município de Boninal. Na segunda foi possível detalhar melhor os trechos nas cidades de Rio de Contas, Piatã e Morro do Chapéu. Ao fim destas duas campanhas, associados os trechos levantados durante os anos de 2014 e 2015, foi possível detalhar a rota da estrada Real, compreendida entre os municípios de Rio de Contas e Jacobina, em praticamente 100% de sua extensão, num total de 635 quilômetros atualizados. Alguns dos trechos levantados já possuem capacidade para serem potencializados como produtos turísticos, por atravessarem cidades históricas e locais de grande beleza cênica, associadas aos trechos de calçamento, que podem ser classificados como turismo cultural e turismo de aventura ou geoturismo. Nos intervalos das campanhas de campos os dados foram compilados e organizados em arquivos de geoprocessamento e extenso banco de fotografias. Para o início de 2017 prevê-se a conclusão do projeto, com a elaboração do Relatório Final.

Lajedo Bordado - Morro do Chapéu e Trecho do Calçamento na Serra do Barbado – Abaíra

Em termos de treinamento, apesar das restrições, a empresa desenvolveu internamente algumas atividades, destacando-se:

-Palestra do Professor Cezar F. Ferreira Filho da Universidade de Brasília sobre o tema “Principais Depósitos de Ni-Cu, PGE Sulfetados Associados aos Magmatismo Mafico -Ultramáfico: processo Metalogenéticos e exemplos”;

- Palestra da geóloga Rejane Lima Luciano sobre “Petrografia e Geoquímica das Rochas Metacarbonáticas no Complexo Angico dos Dias, Bahia/Piauí/Brasil”;

- Palestra dos diretores da Largo Mineração sobre a situação atual da Vanádio de Maracás;

- Palestra do diretor da Mineração Caiçara, Dr. Antônio Matias, sobre “Pequenos Depósitos Auríferos– Lavra e Beneficiamento – Modelos Realizados (Mato Grosso, Pará e Tocantins). Perspectivas na Bahia”;

- Palestra sobre “Coríndon na Bahia: Tipologia dos depósitos e áreas para prospecção, ministrada pelo professor Haroldo Sá”.

A CBPM deu prosseguimento, também, às atividades da Litoteca, onde estão cadastradas e armazenadas 19.172 caixas de testemunhos de sondagem, com aproximadamente cinco metros cada, totalizando 95.860 metros de furos de sonda, além de um expressivo número de amostras de sedimento e solo dos projetos realizados pela empresa ao longo dos seus 43 anos.

Localizada no Município de Simões Filho, está instalada no Centro Industrial de Aratu (CIA), nas dependências da SUDIC, em um espaço cedido pelo sistema de comodato. Todo o acervo está disponível para atender a comunidade geológica, cientifica e empresarial, abrigando um expressivo número de amostras de sedimentos de corrente e de solos, arquivados em pequenos sacos plásticos e guardados em pastas - arquivo.

Nesse período foi finalizada a fixação de placas de identificação nos galpões, bem como instalados painéis com a descrição de todos os projetos e a identificação de onde encontrar as respectivas amostras nos pavilhões e prateleiras. O sistema de identificação também foi atualizado no aplicativo de consulta disponível no site da CBPM. Com isso, os técnicos têm conhecimento do volume de amostras de cada projeto, mesmo antes da visita à Litoteca. Consultas ao acervo de amostras dos projetos da CBPM também podem ser realizadas por pesquisadores de outras instituições públicas e privadas. Para isso basta programar a visita e solicitar autorização da diretoria técnica da CBPM.

Finalizando, é importante destacar o andamento das tratativas visando a implantação do empreendimento da Vitro do Brasil (Contrato de Arrendamento nº 001/2015), que após a finalização das negociações com os superficiários, teve seu

pedido de Licença Ambiental, para implantação da mina em Santa Maria Eterna, em Belmonte, deferido. Ressalte-se que a implantação deste empreendimento tem efeito estratégico para o Estado da Bahia, uma vez que vai permitir o seu ingresso no ramo industrial da produção de vidros para embalagens de cosméticos. Com a finalização da entrega do terreno em Camaçari, vizinho a fábrica da Boticário, a empresa planeja implantar a unidade produtiva de vidros e embalagens no primeiro semestre de 2018.

Maquete layout geral: frente de lavra, planta de beneficiamento, silos de estocagem, expedição e embarque. Jazida de areia

em Sta. Maria Eterna, Município de Belmonte. (Fonte: Vitro/PROGEN)

Pilha de areia classificada, a ser enviada, por correia transportadora aos silos de estocagem. Jazida de areia Sta. Maria Eterna, Município de Belmonte. (Fonte: Vitro / PROGEN)

De igual forma e de muita importância para o aproveitamos desses depósitos de areia é a viabilização do empreendimento liderado pela Portsmouth Participações/Mineração Jundú, vinculada ao Grupo industrial francês – Saint Gobain, que é detentora do Contrato de Pesquisa Complementar e Promessa de Arrendamento n° 022/2010, celebrado com a CBPM. Essa empresa apresentou à CBPM o Relatório de Reavaliação de Reservas, com 35.158.096 toneladas de reserva medida e 37.072.759 de reserva indicada, totalizando 72.230.855 toneladas de areia silicosa de alta pureza. Consequentemente foi assinado o contrato de arrendamento da portaria de lavra e formalizado o pedido de sua averbação junto ao DNPM. A empresa planeja implantar a unidade de beneficiamento para produção e embarque da areia, via Porto de Ilhéus (local da instalação da unidade), ainda em 2017 e, para tanto, a ideia da empresa é obter, de imediato, os necessários e obrigatórios licenciamentos ambientais para, inicialmente, fazer a lavra e o beneficiamento da Areia Silicosa.

Outros empreendimentos que tiveram significativo avanço em 2016 foi o da empresa B4F Holdings Participações, titular do Contrato de Pesquisa Complementar nº 002/2015 para pesquisa, lavra e beneficiamento da nefelina sienito, no município de Itarantim e o do cobre de Curaçá. O primeiro está em fase de obtenção da licença de operação para extração e tratamento de 70 mil toneladas de minério, a serem submetidas a testes tecnológicos em laboratórios de Santa Catarina e Paraná, detentoras de plantas que poderão ser usadas no beneficiamento do minério no primeiro ano de atividade do empreendimento, para posterior teste comercial de mercado e comercialização do produto. Já o segundo, após a liberação pelo INEMA da Autorização Ambiental (AA), referente às áreas da CBPM (871.513/2002, 871.514/2002 e 873.649/2006), o DNPM concedeu as Guias de Utilização (GU) para a lavra de 4.000 toneladas em cada uma dessas áreas. Assim, a Pedreira Petrolina, detentora do contrato com a CBPM, poderá extrair 12.000 toneladas do minério para testes tecnológicos dos produtos obtidos a partir dos minérios sulfetados e oxidados de cobre. Este fato representa um avanço no cronograma do projeto e na definição dos parâmetros para a implantação de uma unidade mínero-industrial para produção de concentrado e de sulfato de cobre ainda em 2017. PROGRAMAÇÃO PREVISTA PARA 2017 A CBPM deverá enfrentar em 2017 o mesmo desafio de 2016, o de trabalhar com um orçamento reduzido e ficar submetida à crise por que passa a mineração mundial. Fica a esperança de que haja uma continuidade na recuperação do mercado das commodities, iniciada no final do ano, e que os empreendimentos nos seus direitos minerários possam dar melhor retorno em termos de recursos próprios. Nesse caso, sobretudo com relação ao baixo orçamento, pretende-se maximizar os trabalhos, reduzir os custos, principalmente em termos de áreas requeridas, atuando prioritariamente naquelas que apresentem indícios potencialmente promissores do ponto de vista metalogenético, passando em seguida a dar ênfase na atração de investimentos.

Assim sendo, dar-se-á continuidade, em 2017, pela GEBAP – Gerência de Geologia Básica e Aplicada, dentro do PROGEO – Programa de Estudos Geológicos e do PROADIM – Programa de Analise de e Investigação de Ambientes Geológicos, as seguintes ações:

No PROGEO/Subprograma Estudos e Pesquisas Geocientíficas, cujo custo operacional é bastante baixo para a empresa, haja vista que se utilizam pesquisadores e estudantes das universidades sem despesas para a CBPM, com a empresa dando apenas o apoio logístico, em trabalhos a serem desenvolvidos em áreas de nosso interesse, através de ações de pesquisas básicas, será concluído o Mapa Metalogenético do Estado da Bahia, convênio UFBA/UEFS, que irá apresentar mapas preditivos, apontando perspectivas para o prognóstico de ambientes geológicos propícios a novas mineralizações. Será dada continuidade também ao Mapa Geocronológico e Geotectônico do Estado da Bahia, importante ferramenta de conhecimento geológico, visando à comparação de regiões, reconhecidamente produtoras, com novas áreas potenciais, do ponto de vista metalogenético.

No Mapa Metalogenético os trabalhos de finalização da análise metalogenética e previsional em curso, justamente nas províncias geológicas localizadas na região NE do estado, bem como a elaboração do relatório final para publicação específica, deverá está concluído no primeiro semestre de 2017. Nessas províncias estão sendo finalizados os modelos previsionais, com foco principalmente nos minerais de

cobre, cromo, ouro, ferro, fosfato e metais base. Essas pesquisas vêm conseguindo os objetivos propostos, a saber: (i) implantação de banco de dados com a integração de novas bases ao sistema do mapa metalogenético (geofísicos, geoquímicos, petrográficos), visando o suporte das decisões CBPM-UFBA/UEFS; (ii) implantação de banco de dados de padrões espectrais de minerais e rocha em imagens de satélite; (iii) incorporação de novos dados geocronológicos e isotópicos e, (iv) proposição de nova regionalização tectônica do território baiano, estabelecendo sua relação com os processos metalogenéticos.

No caso do Mapa Geocronológico e Geotectônico será dada continuidade a análise e integração de trabalhos geológico-geocronológico-isotópicos, buscando o registro das idades dos diferentes trabalhos envolvendo a geotectônica e a geocronologia. Para tanto serão preparadas e elaboradas cartas e mapas, em diversas escalas, colocando no seu interior a geologia, os traços estruturais e geofísicos, de forma simplificada, na escala 1:500.000, para a edição do mapa final na escala 1:1.000.000. Às pesquisas de campo, com a verificação das grandes unidades geotectônicas e suas relações com a geologia regional serão implementadas.

Dentro desse subprograma, sob a responsabilidade direta da Assessoria Técnica da DTE, envolvendo universidades (professores e alunos), sobretudo a Universidade Federal da Bahia, além da continuidade dos trabalhos iniciados em 2016, serão executados os seguintes estudos:

- “Estudo Petrográfico e Litogeoquímico do Corpo Máfico-Ultramáfico de Campo do Meio, Município de Marcionílio Souza, Bahia”, que terá como participante um estudante de pós-graduação do IGEO-UFBA ficando sob a orientação da professora Ângela Leal. Na modalidade universitária mestrado, ambos deverão entregar o relatório final completo após dois anos de trabalho, conforme cronograma estabelecido;

- “Estudo Petrográfico, Litogeoquímico e Geocronológico da Intrusão Alcalina de Jaguaquara, Municipio de Jaguaquara, Bahia”, que terá como participante um estudante de pós-graduação do IGEO-UFBA, ficando sob a orientação da professora Jailma Santos Souza. Na modalidade universitária mestrado, ambos deverão entregar o relatório final completo após dois anos de trabalho, conforme cronograma estabelecido;

-“Apoio Complementar ao Mapa Metalogenético do Estado da Bahia”, refere-se ao apoio da CBPM às viagens de campo, confecção de lâminas petrográficas e análises químicas a esse convênio com a UFBA.

Pelo PROADIM/Subprograma Estudos de Ambientes Geológicos terão continuidade as pesquisas básicas, através dos seguintes projetos prioritários: Mundo Novo

Com os trabalhos de campo e integração geológica utilizando, sobretudo, os estudos geofísicos e geoquímicos na ambiência vulcanossedimentar de Mundo Novo, vem sendo hierarquizada uma estrutura do tipo greenstone belt, com o ordenamento estratigráfico das fácies máficas e ultramáfica mapeadas, bem como o posicionamento da mineralização, reconhecidamente portadora de Zn. Neste contexto, a continuação dos trabalhos complementares de mapeamento geológico, petrográficos e litogeoquímicos se fazem necessárias, objetivando o refinamento dos elementos de campo ligados às fácies máficas, ultramáficas e sequências intercaladas de cherts, rochas calciossilicáticas e formações ferríferas bandadas.

Deverá ter continuidade à amostragem de testemunhos de furos de sondagem, na tentativa de compatibilizar os dados de superfície com aqueles em profundidade. Com isso se pretende definir, com certa segurança, a estratigrafia do vulcanismo, na tentativa de posicionar a mineralização de Zn, que parece estar associada à presença de hidrotermalização (carbonatação), a qual poderá constituir um guia orientativo de prospecção, para locação de novos furos de sondagem na ambiência vulcânica.

Na ambiência sedimentar são conhecidas mineralizações/ocorrências e depósito de barita, assim como assinaturas geofísicas de EM e IP/R, que possivelmente podem representar mineralizações de metais base na parte norte do greenstone belt. Assim, no contexto dessa estrutura, se faz necessária a caracterização/definição das assinaturas geofísicas de EM e IP/R, impressas em profundidade nessa ambiência, quanto a sua metalogenia, de modo a orientar decisões para à manutenção ou descarte de direitos minerários da CBPM. Com essa finalidade foram selecionadas as anomalias numeradas como 14 e 54, alinhadas em um trend geofísico e posicionadas na ambiência sedimentar (figura a seguir). Esse trend deverá ser objeto de investigação através programa de prospecção, usando somente perfuração de poços exploratórios, na presente anomalia geofísica, encoberta por extensa cobertura. Nessas áreas, para cada uma delas, está sendo projetada uma locação de furo de sondagem. Na figura, no alvo 54, visualiza-se a presença de uma zona anômala, em profundidade rasa, condutiva e polarizável, bem definida, com características forte, larga e com controle litológico.

Secção de Cargabilidade e Resistividade do Alvo 54

Irecê

Com a integração dos trabalhos geológicos, geofísicos, geoquímicos e com a realização de etapas de campo, a Bacia de Irecê, no ano de 2016, foi parcialmente estudada na sua porção central, oeste e sul. Verificou-se que nos processos deposicionais predominou a acumulação de sedimentos em subambientes de água rasa, onde a metalogenia é representada por depósitos de fosfato e zinco, além de ocorrências de Pb e Ba. Com este controle ambiental as mineralizações de fosfato associaram-se a estratos de estromatólito do tipo colunar e tapetes, tendo, estes teores de concentrado economicamente exploráveis, enquanto que as

mineralizações de Zn ocorrem associadas á manifestações superficiais de gossans (rolados), posicionadas, estratigraficamente, abaixo dos estratos de estromatólitos.

No bordo norte e nordeste da bacia ainda não foram desenvolvidos estudos. Sendo assim, nessa parte da bacia, em 2017, serão executadas pesquisas geológicas, com a realização de seções, objetivando um maior conhecimento/detalhamento da sedimentação naqueles bordos, além de suas caracterizações petrográficas e litogeoquímicas, sempre procurando entender sua metalogenia. Estes trabalhos devem ser também estendidos ás sub-bacias de Campinas (NE da Bacia de Irecê) e de Una-Utinga, na qual, são relatadas ambiências deposicionais também de água rasa, propícias à presença de novos depósitos.

Com relação às mineralizações fosfatadas e sulfetadas de Zn, reconhecidas na região SW de Lapão, essas deverão ser objeto de um programa de prospecção com furos de sondagem, a ser realizado em 2017 pela GEPRO; Minerais Portadores de Futuro

Em 2017 pretende-se iniciar um importante projeto estratégico, denominado de Minerais Portadores de Futuro, visando à integração de dados em ambientes propícios a conterem minerais estratégicos e portadores de futuro, uma denominação atual para um grupo de substâncias consideradas como essenciais para o desenvolvimento das cadeias produtivas de alto valor agregado, que, segundo o Plano Nacional de Mineração - 2030, do Ministério de Minas e Energia, se enquadram como estratégicos, pois são e serão fundamentais para a agroindústria de alta tecnologia e dos quais o Brasil é dependente. Entre eles se encaixam Terras Raras (ETRs), Fosfato, Potássio, Grafite (para Grafeno), Cobalto, Tântalo, Tálio e Lítio, entre outros. È grande à importância desses minerais para o desenvolvimento futuro, associado ao conceito de minerais escassos ou críticos para o país, bem como, por serem aqueles que apresentam vantagens comparativas para a economia, pela geração de divisas de forma continuada. Ressalte-se que desde o passado recente, passando pelo presente, mas principalmente por ser relevante para o futuro, a pesquisa dessas substâncias se torna altamente significativa para o Estado da Bahia.

A ser desenvolvido pela GEBAB, com apoio da GEPRO e da GEMAN, este projeto constará da integração e investigação de dados de diversos trabalhos geológicos executados em ambientes propícios a conterem essas mineralizações. Numa etapa inicial será desenvolvida uma ampla pesquisa bibliográfica, buscando-se comparação dos diversos ambientes geológicos, com os ambientes já estudados no Estado da Bahia, de modo à selecionar àqueles que apresentem similaridades e possibilidades de conterem esses minerais.

Após a caracterização desses ambientes favoráveis/correlatos e reconhecidos a encerrarem tais mineralizações, estes serão integrados com dados geológicos, geoquímicos e geofísicos existentes, de modo a alocar todo conhecimento a cada ambiente. Serão programadas seções geológicas regionais e de detalhe, para caracterização destas ambiências, ao tempo em que, serão coletadas amostras para realização de análises geoquímica de rocha total, confecção de seções polidas/delgada, além da realização de análise de microscopia eletrônica para caracterização dos ETRs. Após os trabalhos geológicos executados nos ambientes selecionados, estes vão ser hierarquizados em áreas-alvo para execução futura de prospecção de detalhe.

No âmbito da GEPRO – Gerência de Prospecção e Oportunidades Minerais serão executados dois programas: o PREVAP – Programa Estratégico de Valorização de áreas de Pesquisa da CBPM e o PROSPEM – Programa Sistemático de Pesquisa Mineral e os seguintes projetos: Caracol – Remanso (PREVAP)

Serão concluídas as avaliações das 41 áreas devolvidas recentemente à CBPM, não trabalhadas pela Camaleão Mineração (Contrato de Pesquisa Complementar) e que necessitam de trabalhos adicionais de pesquisa. Também serão concluídos os trabalhos nas 18 áreas de pesquisa sobrepostas a uma anomalia de ouro detectada em programas anteriores, visando a descoberta de áreas com potencial aurífero. Nas cercanias delas foi mapeada, pela CPRM, uma extensa zona de cisalhamento, com direção NE, que poderá ser a fonte primária do ouro. Por este motivo foi incluída na programação do projeto uma investigação sistemática com perfis geológicos transversais à zona cisalhada, com amostragem de rocha, além de ser dada atenção especial para venulações de quartzo, que ocorrem ao longo desta zona. Ainda em 2017 serão concluídos as verificações em três áreas selecionadas na primeira fase do projeto e nas demais áreas programadas. Quartzo de Jânio Quadros/Condeúba (PREVAP)

Localizado na interface entre os municípios acima citados, representa um alvo com relevante ocorrência de quartzo industrial de alta pureza (teores de SiO2 entre 99,64-99,85%), com recursos geológicos da ordem de 500 milhões de toneladas. Esta associado a uma faixa de metachert grosso, geologicamente ligado a uma unidade vulcano-exalativa, com níveis métricos de formação ferrífera bandada, pertencente ao Greenstone Belt Guajerú. Esse depósito de quartzo necessita de avaliação quantitativa e qualitativa, através de mapeamento de detalhe e sondagem rotativa diamantada, além de ensaios tecnológicos de beneficiamento. Investigação de Áreas Potenciais (PROSPEM)

Em 2016 foram sondadas as áreas denominadas de Calembe, no município de Lajedo do Tabocal, Fazenda Santana no município de Maracás e Fazenda Campo do Meio, no Município de Marcionílio Souza, totalizando 1.273,75 metros. Para 2017 será realizado, por esse projeto, sondagens no Rio Salitre (alvos 2, 3 e noroeste), Caboclo dos Mangueiros e Ferro de Paratinga, além das áreas localizadas nos seguinte prospectos: Ferro de Campo Largo e Umburanas, entre outros. Vale salientar ainda que os alvos, identificados nos projetos Mundo Novo (parte norte), Irecê (localidade Lapão SW) e Quartzo de Jânio Quadros/Condeúba deverão ter a realização de sondagens específicas. Projeto Avaliação de Áreas (PROSPEM)

Na execução das atividades desse projeto, relacionando principalmente as áreas com sugestão de recobrimento, foram selecionados cinco alvos para programas de pesquisa sistemática para 2017, os quais estão associados a terrenos de maior prospectividade, e que convêm detalhamento em maior nível escalar. Os alvos foram estabelecidos com hierarquia de prioridade para os seguintes prospectos: Boquira, Urandi; Itagibá, Itambé e Rio Capim, conforme descritos com mais detalhe a seguir:

(i) Prospecto Boquira: situado no município de Boquira, este alvo está inserido no domínio estrutural do Corredor do Paramirim, no setor oriental do Complexo Boquira. Neste contexto observa-se uma associação vulcanossedimentar indivisa, similar à encontrada na mina de Boquira, dada por formação ferrífera bandada, grafita xistos, sericita-magnetita xistos, quartzitos ferruginosos, diopsiditos, talco-tremolita xistos e ultramáficas. Em investigação recente, por concentrado de bateia, para contagem de pintas e análises químicas, foram identificados oito (08) pontos com positividade na contagem de pintas de ouro, os quais foram encaminhados para laboratório. Está sendo sugerido para 2017 o adensamento do programa de concentrado de bateia e posterior realização de pesquisa sistemática, através de geoquímica de solo, mapeamento geológico e aberturas de trincheiras, objetivando identificar a fonte aurífera;

(ii) Prospecto Urandi: com localização no município homônimo, encerra alvo aerogeofisico de alta prioridade em ambiente geológico de potencial mínero-econômico, principalmente para mineralizações de metais ferrosos e preciosos. As anomalias aeromagnéticas são dipolares, alinhadas segundo N35E e distando apenas três quilômetros, a oeste, do Complexo Urandi, unidade vulcanossedimentar de idade arqueana. O trend, com a ocorrência de blocos e afloramentos de formação ferrífera, ultrapassa 1,2 km de comprimento e largura aparente maior que 200 metros. Considerando ser a ambiência geológica prospectiva, é muito provável que existam intercalações, tanto associadas a variações estratigráficas, quanto a repetição por dobramentos. Nesses casos, pode ser que essas larguras sejam aumentadas, podendo ser estudadas ambas as possibilidades com a verificação por um programa de trincheiras e/ou sondagem rasa;

(iii) Prospecto Itagibá: posicionado no município homônimo e vinculado inicialmente ao polígono inicial do Projeto Mirabela, esse prospecto está relacionado a anomalias aeromagnéticas e atribuído a anomalias de VTEM. Geologicamente está relacionado a corpos bastante estirados de restos de unidade supracrustais (formação ferrífera bandada e rochas máfico-ultramáficas), no contexto dos granulitos do Complexo Ibicaraí, pertencente ao Orógeno Itabuna-Salvador-Curaçá. Análise por fluorescência – FRXp, em amostras de mão, apresentaram positividade para ouro. Sendo assim é sugerido um programa de mapeamento em escala de detalhe e amostragem sistemática para tratamento pedogeoquímico;

(iv) Prospecto Itambé: com localização no município de Itambé, o alvo é assinalado por anomalia aeromagnética dipolar, associada a um corpo ultramáfico de aproximadamente 600 x 1.000 metros, com potencialidade para mineralizações primárias de Cr e Cu-Ni-EGP e, secundariamente, de talco. Em 2017 será realizado trabalho de abordagem sistemática de prospecção, em escala de detalhe, com aberturas de picadas, e amostragem geoquímica de solo;

(v) Prospecto Rio Capim: área localizada no município de Uauá, onde se pretende fazer um follow-up com amostragem de sedimento de corrente, através concentrado de Bateia, objetivando a identificação de alvos para ouro.

No que diz respeito aos direitos minerários da empresa, a CBPM deverá prosseguir com seu programa de valorização de áreas, de maneira a descartar as áreas consideradas de pouco interesse econômico e trabalhar de forma mais intensa naquelas mais promissoras, utilizando fortemente a sondagem, como principal ferramenta de pesquisa. Desta forma, a empresa continuará desenvolvendo trabalhos no âmbito do Projeto Avaliação de Áreas, em direitos minerários da CBPM, cujos relatórios finais deverão ser entregues ao DNPM, entre 2017 e 2018.

Vale registrar, contudo, que para obter sucesso nessa empreitada haverá necessidade de pesquisas adicionais para a elaboração desses relatórios, as quais definirão a potencialidade ou não dessas áreas, objetivando o descarte das mesmas (relatório negativo) ou o prosseguimento das pesquisas aprofundadas (recobrimento ou relatório de prorrogação). Isso se fará principalmente através do programa de sondagem a ser realizado em 2017, prevendo-se, para tanto, a realização de cerca de quatro mil metros a serem perfurados.

Pretende-se concluir, também, pela Gerência de Empreendimentos Minerais e Gestão Ambiental – GEMAM, logo no início do ano, o projeto “Avaliação Estratégica dos Distritos de Minério de Ferro da Bahia”, uma consolidação dos dados, no cadastro do DNPM, de todos os processos relativos a minérios de ferro na Bahia. Outro trabalho que deverá ser concluído em 2017 por essa gerência e colocado em disponibilidade para licitação é o “Ouro Jurema Leste”, advindo de dados dos trabalhos desenvolvidos durante os projetos Jurema Leste e Serrinha Olhos d’Água, executados no período de 1982 a 2006. Esses levantamentos permitirão a construção de um banco de dados e da modelagem dos antigos resultados, os quais só dispunham de armazenamentos analógicos. Com isso poderá surgir uma oportunidade mineral para ouro, visando ofertá-la à iniciativa privada, o que se pretende fazer durante o PDAC no Canadá, com vista a atrair investimentos mínimos da ordem de seis milhões de dólares. Este evento é o principal encontro mundial de empresas mineradoras e desenvolvedoras de jazidas minerais, que se realiza, anualmente, em Toronto no Canadá, no início de março. A presença da CBPM neste fórum é fundamental para divulgar o seu portfólio de oportunidades de negócios, sendo essa ação da maior relevância, uma vez que, trata-se de um momento de aproximação entre possíveis investidores. Neste caso, vale ressaltar que a CBPM já logrou êxito num desses eventos, com a captura de investidor para o projeto Níquel de Itagibá, cujos investimentos alcançam hoje uma cifra total de mais que 800 milhões de dólares.

Outro evento fundamental para atração de investimento é o Congresso Brasileiro de Mineração – Exposibram, principal encontro da mineração brasileira, promovido pelo Instituto Brasileiro de Mineração – IBRAM, realizado bianualmente em Belo Horizonte, no mês de setembro. Portanto, trata-se de um fórum de relacionamento e de negócios entre profissionais técnicos e empresários, que estão ali reunidos com vistas à divulgação dos projetos de empreendimentos minero-industriais reais ou potenciais e de novas tecnologias. Além disso, envolve entendimentos empresariais de prestação de serviços e negociação de oportunidades minerais. Desta forma, é mais um fórum adequado para a promoção desses novos empreendimentos mineiros da CBPM junto ao mercado.

No âmbito de atuação na área de geração e atração de investimentos pretende-se realizar-se um trabalho de integração de dados geológicos e modelamento do depósito de zinco, cobre e ouro da Fazenda Coqueiro, com checagem de testemunhos de sondagens, análises químicas, inspeção de campo e elaboração do relatório final certificado (Geologic Opinion), nos moldes da Norma Internacional 43 -101, além da elaboração do Catálogo de Oportunidades Minerais 2017, no formato de fichas, com informações técnicas (bilíngues), condensadas dos vários projetos a serem ofertados ao mercado. Essa peça promocional é o instrumento primordial para divulgação nos eventos de atração de investimentos nacional e internacional.

Outro trabalho a ser desenvolvido na GEMAM é o denominado Avaliação Estratégica dos Distritos Auríferos da Bahia, que se refere a um documento promocional de grande utilidade para os investidores que buscam empreendimentos

minero-industriais de natureza aurífera e ao mesmo tempo, dá suporte ao planejamento do desenvolvimento regional do estado.

No âmbito da Gerência de Informação e Divulgação – GERID, a empresa deverá continuar com sua política de divulgação dos trabalhos desenvolvidos, do conhecimento geológico do estado e de licitações das oportunidades minerais, de maneira a atrair novos empreendimentos na área mineral. Para tanto, está prevista a publicação de pelo menos mais dois novos volumes da série Arquivos Abertos (Depósitos de Pirita - Pirrotita e Calcopirita do Greenstone Belt do Rio Salitre - GBS - Juazeiro/BA e Potencial do Depósito de Ouro de Jurema Leste) e um da série Publicações Especiais (Avaliação Estratégica dos Distritos de Minério de Ferro da Bahia), bem como a elaboração do conteúdo do Atlas da Mineração Baiana.

Para 2017 está prevista, também, a realização da última campanha de campo do Projeto Estrada Real e a compilação final dos dados. A partir desta última campanha e conclusão da compilação, será elaborado o relatório final do projeto e a elaboração da edição de um volume da Série Publicações Especiais, a ser lançado até o final desse ano.

Resumindo, para 2017 serão executadas as seguintes ações:

1 - Programa Estudos e Pesquisas Geocientíficas (ASTEC/GEBAP); 2 - Projeto Mapa Metalogenético do Estado da Bahia (GEBAP); 3 - Projeto Mapa Geocronológico e Geotectônico - 1ª Fase (GEBAP); 4 - Projeto Irecê - 2ª Fase (GEBAP); 5 - Projeto Mundo Novo - 2ª Fase (GEBAP); 6 - Projeto Minerais Portadores de Futuro (GEBAP); 7 - Projeto Avaliação de Áreas (GEPRO); 8 - Projeto Investigações de Áreas Potenciais (GEPRO); 9 - Projeto Caracol - Remanso - 2 ª Fase (GEPRO); 10 - Projeto Quartzo de Jânio Quadros/Condeúba (GEPRO); 11 - Projeto Avaliação Estratégica dos Distritos Auríferos da Bahia (GEMAM); 12 - Projeto Avaliação Estratégica dos Distritos de Minério de Ferro da Bahia (GEMAM); 13 - Projeto Atlas da Mineração (GERID).

Dentro do possível será dada atenção ao treinamento da equipe técnica, através de palestras e cursos internos, adequação e padronização da coleta de dados, com padronização de cadernetas e entrosamento das equipes de campo, objetivando que os trabalhos sejam desenvolvidos por uma equipe homogênea e fixa, especializando, desta forma, o novo quadro técnico da CBPM. Com isso, espera-se que os mesmos possam vir, num futuro próximo, a substituir os colaboradores mais antigos. Um processo de doutorado na UFBA está em andamento por um dos geólogos da CBPM, não deixando de perder de vista outros engajamentos de geólogos da empresa na realização de mestrados na UFBA e UnB, usando áreas e suporte técnico da CBPM.

Dentro das expectativas para 2017-2018, substâncias minerais como o zinco, fosfato, calcário, ouro, quartzo, feldspato, níquel e o próprio ferro, além do cobre e do titânio, poderão ampliar a atual participação da CBPM no cenário mineral baiano e para tanto se pretende dar ampla divulgação dessas oportunidades minerais, com a participação em pelo menos dois importantes eventos previstos para 2017, o PDAC – Canadá e a EXPOSIBRAM - Minas Gerais.

Atenção especial será dada, também, ao imenso arquivo mineral que a CBPM possui, incrementando os trabalhos na Litoteca, informatizando todo o acervo.

Através do Setor de Geoprocessamento (Segeo), pretende-se atualizar o nosso Banco de Dados Corporativo, de forma a padronizar a estrutura da empresa, armazenando no servidor todos os arquivos de projetos, submetidos a backups diários, onde serão alocados os dados resultantes dos diversos trabalhos técnicos realizados e a serem realizados pela área técnica, além de manter as atividades contínuas de integração de dados e elaboração de layout de mapas e figuras, preparação de relatórios municipais de recursos minerais, preparação de dados para a produção de CDs, sensoriamento remoto, manutenção do site, inclusive do webgis, atualização de bases planimétricas (hidrografia, sistema viário e localidades) e vetorização de mapas, entre outras importantes atividades para o desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa.

Uma nova ferramenta de consulta deverá ser disponibilizada ao público, através do nosso site, via aplicação WEB, facilitando o acesso às informações dos levantamentos aerogeofísicos realizados pela CBPM. O aplicativo deverá disponibilizar um mapa índice para todos os 37 projetos de levantamentos aerogeofísicos realizados desde 1975, tendo como plano de fundo o Mapa Geológico da Bahia. A partir de um clique no limite do projeto, constante no mapa índice, será possível exibir todas as funcionalidades de obtenção das informações do projeto aerogeofísico, com textos e filtros para cada um dos tipos de produtos a serem obtidos, tais como geologia, magnético – 1DV, condutividade aparente, tório, etc., em resolução mais baixa e a opção de download em geotif correspondente.

Finalmente espera-se que os dois empreendimentos previstos para a areia silicosa, da Vitro e da Portsmouth Participações/Mineração Jundú, e o empreendimento da nefelina sienito de Itarantim, da B4F, sejam realmente implantados e que as minas, de ouro, arrendada a BioGold/Yamana, a de fosfato primário, arrendada a Galvani/Yara e a de cobre, arrendada à Pedreira Petrolina, possam finalmente entrar em produção até o final de 2017.

Para 2017 a projeção de receita de royalties aponta para uma evolução relativamente otimista, quem sabe voltando ao patamar dos 15 milhões, levando-se em conta, principalmente, a evolução do Vanádio de Maracás, que até 2020 deverá estabilizar sua contribuição em torno de 20% e ao retorno das atividades da Mirabela e o início da produção de ouro em Santaluz, pela Yamana.

PARTE II – ATIVIDADES REALIZADAS EM 2016

Durante o período de 2016 foram desenvolvidos, nos quatro programas específicos de pesquisa mineral, dezesseis projetos/prospectos, além da continuidade do Mapa Metalogenético do Estado da Bahia. Essas atividades visaram, fundamentalmente, o aumento do conhecimento geológico e da descoberta de novas jazidas no território baiano, com vistas a acelerar a geração de empreendimentos de mineração, capazes de proporcionar bem estar social e econômico para o Estado da Bahia. Igualmente, tiveram continuidade as atividades de atração de investimentos e promoção das oportunidades minerais da empresa, bem como suas atividades rotineiras, conforme pode ser observado a seguir:

GEBAP – GERÊNCIA DE GEOLOGIA BÁSICA E APLICADA

As atividades nessa gerência foram voltadas principalmente para o refinamento do conhecimento de ambientes geológicos, dos tipos vulcanossedimentar (Projeto Mundo Novo), bacias sedimentares (Projetos Bacia do Rio Pardo e Irecê), e a atualização de dados geocronológicos, geotectônicos e metalogenéticos da Bahia, através dos projetos Mapa Geocronológico e Geotectônico do Estado da Bahia e Mapa Metalogenético do Estado da Bahia (Fase II) (CBPM-UFBA).

As ações dos programas geológicos da GEBAP foram dirigidas, sobretudo, para um melhor entendimento geológico dos macros ambientes e sua metalogenia, além dos Estudos e Pesquisas Geocientíficas, conforme descrição a seguir: PROGEO – PROGRAMA DE ESTUDOS GEOLÓGICOS

Subprograma Estudos e Pesquisas Geológicas

Mapa Geocronológico e Geotectônico do Estado da Bahia

Este projeto está sendo realizado através de uma ampla análise dos trabalhos já realizados, onde consta a geologia, a tectônica e as datações geocronológicas, de preferência àquelas onde essas características estão conjugadas. No âmbito do estado a equipe do projeto catalogou 378 publicações, com as características acima citadas. Dessas, vale registrar que 230 foram adquiridas por downloads online de bibliotecas especializadas, onde 114 já estão organizadas em planilhas software excel, tendo sido considerados os diversos métodos geocronológicos, embora esteja sendo priorizado o método U-Pb em zircão. Com isso 281 dados de idades absolutas e 195 dados de razões isotópicas já foram devidamente coletados.

Na preparação/elaboração desse mapa estão sendo utilizadas cartas em escalas diversas, sendo 13 cartas geológicas simplificadas em escala 1:500.000, 67 arquivos catalogados de cartas geológicas na extensão pdf e 54 arquivos de cartas geológicas na extensão. shp, (Figura a seguir);

Mapa Índice das Cartas Geológicas em diferentes escalas trabalhadas pelo projeto

Vale registrar que, no final de 2016, foram realizadas duas viagens de reconhecimento de segmentos tectônicos importantes da Bahia: uma referiu-se ao estudo do limite entre o Complexo Mairi e o Complexo Caraiba, separados por zona de cisalhamento e, a outra, ao estudo do segmento arqueano-paleoproterozoico do

oeste da Bahia, onde se situam as cidades de Coribe e Correntina. Foram coletadas 10 amostras para a confecção de lâminas delgadas, 05 amostras para a realização de análises químicas e 06 amostras para a realização de análises geocronológicas dessas unidades geotectônicas referidas.

Mapa Metalogenético do Estado da Bahia – CBPM-UFBA-UEFS - Fase II

Esse convênio desenvolveu, em 2016, tanto no campo, quanto no laboratório, levantamentos de novos dados, utilizando geoprocessamento para caracterização de áreas com possibilidades de conterem mineralizações de interesse econômico. Destacaram-se nesses estudos duas áreas na região nordeste do Estado, nas quais foram desenvolvidos modelos previsionais, com foco em minerais de metais base, fosfato, cromo, ouro e ferro, estes relacionados a terrenos supracrustais de idades paleo a neoproterozoica.

Os trabalhos desenvolvidos, na ambiência sedimentar neoproterozoica das sub-bacias de Campinas e Una - Utinga apontam controles geológicos para mineralizações fosfáticas. Somam-se a eles controles geofísicos (gama espectrometria e magnetometria) que, combinados com análises espectrais, devem contribuir para o conhecimento de novas áreas mineralizadas. Também outros trabalhos desenvolvidos nesse convênio têm possibilitado a criação de novos modelos para as mineralizações de apatita, situadas nos terrenos paleoproterozoicos dos complexos Saúde, Rio Salitre e Tanque Novo-Ipirá (Unidade Serra do Camisão). As considerações acima foram validadas através trabalhos de campo, pesquisas litogeoquímicas e padrões geofísicos (gama espectrometria e magnetometria). Os registros das sequências supracrustais referidas estão sendo consideradas como tendo evoluído através de ambientes marinhos plataformais. Diante do exposto, considera-se que a potencialidade dessa região, onde predomina uma ambiência sedimentar, pode encerrar mineralizações fosfáticas bastante expressivas, haja vista, a explotação de cristais de apatita em garimpos no Complexo Ipirá - Tanque Novo.

Estudos e Pesquisas Geocientificas

Estabelecido sob a forma de subprograma, dentro do PROGEO, e envolvendo universidades, professores e alunos, sobretudo da UFBA - Universidade Federal da Bahia foram apoiados alguns estudos de interesse da CBPM. Esses têm especialmente um cunho científico, mas com interesse direto na performance econômica da empresa e, apesar de estarem sob a égide da GEBAP, são subprogramas diretamente ligados e administrados pela ASTEC - Assessoria Técnica da DTE - Diretoria Técnica.

Conforme descritos a seguir, estes trabalhos contaram com a colaboração da CBPM, no que diz respeito à disposição de veículos com motorista, hospedagem e alimentação dos estudantes, além da realização de lâminas petrográficas e análises químicas de rochas e minérios. São os seguintes os estudos realizados em 2016, os quais terão continuidade em 2017:

- “Origem do Depósito de Níquel Laterítico e suas Rochas Encaixantes de Calembe e Fazenda Santana, Município de Maracas, Bahia”. Envolve estudante de graduação em Geologia do IGEO-UFBA, ficando sob a orientação da professora Natali Barbosa. Na modalidade universitária TFG - Trabalho Final de Graduação, os participantes deverão entregar o relatório final completo após um ano de trabalho, conforme cronograma estabelecido. Esse estudo teve inicio em outubro de 2016

com a ida do estudante à área, quando então fez-se o reconhecimento da geologia e acompanhamento dos furos de sondagem em execução;

- “Geologia, Petrologia e Geoquimica do Corpo Ultramáfico Caboclo dos Mangueiros, Municipio de Campo Alegre de Lourdes, Bahia”. Iniciado em 2016, esta pesquisa tem como participante o estudante de pós-graduação Vitor Bandeira Martins Matos do IG/UnB, tendo como orientador o professor Cesar Fonseca Ferreira Filho. Na modalidade universitária mestrado, ambos deverão entregar o relatório final completo após dois anos de trabalho, conforme cronograma estabelecido. Esse estudante vem trabalhando no tema a um ano, estando prevista a primeira viagem de trabalho, junto com o seu orientador e acompanhados por geólogos da CBPM, no primeiro semestre de 2017;

- “Petrologia e Geocronologia das Mineralizações Sulfetadas e Rochas Encaixantes do Complexo Rio Salitre, Município de Juazeiro, Bahia”. Este estudo tem como participante o estudante de pós-graduação Ramon Matos Arouca Junior do IG/UnB, ficando sob a orientação da professora Maria Emilia S. Della Giustina. Na modalidade universitária mestrado, ambos deverão entregar o relatório final completo no final de 2017, conforme prevê seu cronograma. O estudante já foi á área de pesquisa e amostrou, juntamente com a sua orientadora, os testemunhos de furos de sondagem executados na parte norte da área e colocados à disposição na Litoteca da CBPM, em Salvador;

- “Estudo dos Granulitos Paleoproterozoicos entre Uruçuca e Ilhéus, Bahia”. Esse estudo está sendo executado pela estudante de graduação em Geologia e ex-estagiária da CBPM, Lais Sacramento, ficando sob a orientação do professor Johildo Barbosa. Na modalidade universitária TFG - Trabalho Final de Graduação deverá entregar o relatório final completo após um ano de trabalho, conforme cronograma estabelecido. Esse estudo teve início em julho de 2016, com a ida do estudante à área, tendo estudado a principal pedreira de rocha granulítica ali existente. Lâminas petrográficas e análises químicas de amostras de rocha coletadas estão sendo estudadas; -“Estudo dos Granulitos do Morro do Pernambuco, Ilhéus, Bahia”. Esse estudo está sendo executado pela estudante de graduação em Geologia e ex-estagiária da CBPM, Francine Pereira, ficando também sob a orientação do professor Johildo Barbosa. Na modalidade universitária TFG - Trabalho Final de Graduação deverá entregar o relatório final completo após um ano de trabalho, conforme cronograma estabelecido. Esse estudo teve início em julho de 2016, com a ida do estudante na área. Foram mapeadas as rochas do Morro do Pernambuco, tendo sido coletadas várias amostras. Essas estão sendo estudadas tanto do ponto de vista petrográfico quanto geoquímico. Vale ressaltar que as rochas granuliticas do Morro do Pernambuco, em Ilhéus, são muito parecidas com as rochas granulíticas do Farol da Barra, Salvador, sob todos os pontos de vista da geologia, inclusive quanto as idades (2,7Ga). PROADIM – Programa de Analise de e Investigação de Ambientes Geológicos

Subprograma Estudos de Ambientes Geológicos

Projeto Mundo Novo

No início dos trabalhos, em 2016, foi realizada a integração dos trabalhos geológicos da região, envolvendo o Greenstone Belt Mundo Novo, sendo compatibilizados os mapas geológicos na escala 1:100.000, tanto da CBPM quanto da CPRM -

Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais, àqueles das Folhas Jacobina, Caldeirão Grande, Piritiba, Mundo Novo, Lajedinho e Rui Barbosa. Nessa oportunidade foram produzidas, na mesma escala, imagens geofísicas temáticas, magnetométricas e gamaespectrométricas. Foi desenvolvida a reanálise e interpretação dos dados dos levantamentos de IP/R de todos os alvos AEM, para futuros trabalhos mais específicos de investigação.

A análise-revisão da ambiência geológica da sequência vulcanossedimentar de Mundo Novo está sendo desenvolvida, com a integração de trabalhos geológicos, geoquímicos, geofísicos e das sondagens existentes, com atualização do mapeamento dessa área prospectiva. Com isso está se obtendo informações mais detalhadas, inclusive utilizando-se novas coletas de amostras, tanto em superfície quanto nos testemunhos de sondagem, para a realização de petrografia e análises químicas de elementos maiores, traço e Terras Raras. Até o momento foram reestudadas 113 lâminas e seções delgadas, tanto as antigas quanto as novas, das tipologias máficas e ultramáficas, quer sejam as de superfície ou dos furos de sondagem. A coleta de novas 121 amostras foi realizada para a caracterização petrográfica e litogeoquímica das unidades em estudo.

Com o desenvolvimento dos trabalhos de campo, subsidiados pelas informações de subsuperficie, novas informações estão sendo adicionadas, destacando-se a identificação de rocha vulcânica ultramáfica talcificada com textura tipo spinifex. Esse fato determina esta fácies como komatiitica, que associada às estruturas do tipo pillow lavas, anteriormente reconhecidas, caracteriza e confere a esta sequência vulcanossedimentar a hierarquia efetiva de uma estrutura do tipo Greestone Belt. Nesta fácies, com ocorrência em dois alvos selecionados para investigação, foi procedida amostragem de solo, coletando-se um total de 150 amostras.

Espacialmente, com base na integração dos trabalhos de sondagem no alvo denominado Fazenda Coqueiro, foi elaborado pela equipe do projeto, um bloco diagrama do corpo sulfetado mineralizado, conforme mostra a figura a seguir.

Bloco diagrama da mineralização sulfetada de Zn da Fazenda Coqueiro. Quanto ao contexto metalogenético, ainda nessa área do Greenstone Belt, para efeito prospectivo, estão sendo individualizados dois ambientes: (i) um vulcânico, ao qual se associa as mineralizações sulfetada de Zn, exalativas, e com manifestações carbonatadas, impregnando as rochas máficas, associadas com a presença de

cherts e formações ferríferas bandadas e (ii) outro, sedimentar, constituído por pelitos de granulação fina á média, no qual ocorre mineralizações sulfetadas de bário, exemplificadas pela mina extinta de barita de Itapura. Nesse último, importantes anomalias geofísicas estão sendo encontradas em profundidade, que deverão ser testadas.

Por outro lado, vale registrar que, na porção centro oeste da área do projeto, possivelmente em zona de falhamento, que põe em contato gnaisses com os metassedimentos pelíticos antes referidos, identificou-se a presença de coríndon. Este ocorrência está sendo investigada pela equipe do projeto, embora em 2010 ela tenha sido motivo de um TFG - Trabalho Final de Graduação por uma estudante em Geologia da UFBA.

Em relação aos direitos minerários, no âmbito do Projeto Mundo Novo, foram avaliadas 08 áreas: em 02 foi elaborado relatório negativo e em 06 recomendou-se a sua manutenção, através de “recobrimentos” no DNPM - Departamento de Produção Mineral. Com a locação das ocorrências minerais e levando-se em conta os ambientes geológicos (calcados no posicionamento estratigráfico da mineralização na sequência vulcânica e na carbonatação presente nas rochas máficas) e ambientes geofísicos (calcados nos trends EM e anomalias de IP/R), pretende-se, numa fase seguinte, proceder às investigações tanto nas ambiências vulcânicas, quanto nas ambiências sedimentares. Com isso se poderá ter uma melhor definição em relação às situações dessas áreas frente ao DNPM: se as mantêm ou as descarta. Projeto Irecê

A análise e revisão de dados da sequência carbonática da Bacia de Irecê foi desenvolvida nesse ano com a integração de trabalhos geológicos, geoquímicos e geofísicos em diversas escalas, com ênfase na caracterização e delimitação dos ambientes deposicionais, na tentativa de caracterizá-los quanto suas potencialidades metalogenéticas, sobretudo para trabalhos de prospecção futuros.

Com a integração dos trabalhos foram elaborados mapas geológicos na escala 1:100.000, das Folhas Xique-Xique, Rio Verde, Camirim, Umburanas, Gentio do Ouro, Central, Irecê, América Dourada, Barra do Mendes, Canarana, Morro do Chapéu, Ouricuri do Ouro, Seabra e Palmeiras, totalizando 14 mapas. Através da interpretação geológica desses mapas foi possível delimitar vários subambientes marinhos controladores da deposição dos clásticos carbonáticos. Eles foram individualizados em unidades deposicionais, associando-se a estas, anomalias de P, Zn, Pb a partir de levantamentos geoquímicos anteriores (CBPM e VM-Votorantim Mineração). Soma-se a isso a concordância das interpretações dos dados geofísicos, com imagens magnetométricas e gamaespectrométricas, também na escala 1:100.000, nas mesmas da folhas acima.

Trabalhos de detalhe também foram realizados com análise dos levantamentos geofísicos aéreos e terrestres da Votorantim Metais, com interpretação geoelétrica das áreas de detalhe investigadas, que objetivaram subsidiar programa de prospecção posterior. Nos levantamentos de campo realizados foram executadas seções regionais na Bacia de Irecê, reconhecendo-se um ambiente de origem glacial e um ambiente de origem marinha, sendo possível, neste último, individualizar subambientes de água rasa e profunda. Com isso se enfatizou a associação da metalogenia com as fácies depositadas em condições de lâmina d’água pouco espessa. Nessas atividades de campo, subsidiadas por estudos

petrográficos (27 amostras), foram individualizados na região SW de Lapão, corpos de estromatólitos mineralizados em P e áreas de rolados de gossan com mineralização sulfetada de Zn. Os corpos de estromatólitos foram pesquisados com a coleta de 108 amostras de solo. Essas áreas, com mineralizações de P e Zn, atualmente identificadas, serão objeto de prospecção em 2017, através de geofísica terrestre (IP/R) e sondagem. Projeto Bacia do Rio Pardo

Localizada nos limites entre o Cráton São Francisco e a Faixa Aracuaí, na região sul da Bahia, o referido projeto tratou da integração, estudo e análise de pesquisas geológicas no âmbito da Bacia Metassedimentar do Rio Pardo (Neoproterozoica), que foram trabalhados por diferentes entidades ligadas à Ciências da Terra, inclusive a CPRM e CBPM. Com isso foi possível caracterizar as rochas dessa seqüência como do tipo rifte intracontinental, que evoluíram para uma bacia de ante-pais. Iniciou-se com a deposição de uma fácies conglomerática - leques aluviais de ambiente continental (Formação Panelinhas), sobreposto por clásticos peliticos/cabonáticos/arenosos, depositados em margem passiva de um mar epicontinental (Subgrupo Itambé) e recoberto por fluxos detríticos de natureza turbidítica, formados em bacia molássica de ante país (Formação Salobro). O fechamento desse rifte ocorreu no Neoproterozoico, durante o Ciclo Orogenético Brasiliano/Pan Africano, compartimentando a bacia em dois seguimentos separados por falha compressional (Falha Rio Pardo - Água Preta): segmento norte com deformação epidérmica e segmento sul com deformação endodérmica.

A prospecção metalogenética no âmbito dessa bacia foi finalizada nesse ano de 2016 com a produção de um relatório final. Neste está indicado que esse projeto focou, sobretudo, a ambiência de margem passiva, polideformada, tendo sido executado levantamentos geológicos, geoquímicos (solo residual), geofísico (IP/R) e sondagem, na qual foram descritas ocorrências de sulfetos disseminados (pirita) e grafita.

GEPRO – GERÊNCIA DE PROSPECÇÃO E OPORTUNIDADES MINERAIS

Essa gerência, de uma maneira geral, realiza investigações preliminares em direitos minerários da CBPM, visando determinar a viabilidade ou não dos mesmos. Através dela foram descortinados alguns prospectos interessantes, que impõem a continuidade das investigações em 2017, a exemplo do Projeto Avaliação de Áreas, que sinaliza perspectivas alvissareiras para mineralizações de ouro, cobre e níquel. Trabalhos realizados nesse contexto levaram ao descarte de diversos direitos minerários, cujas áreas não apresentaram boas perspectivas econômicas, embora outras tenham revelado potencialidades favoráveis em termos metalogenético.

A GEPRO possui dois programas: o PREVAP e o PROSPEM. No primeiro realizaram-se os projetos Ipirá-Pintadas, Caracol-Remanso, Rio Salitre e Sobradinho, enquanto que no segundo os projetos Investigação de Áreas Potenciais (Sondagem) e Avaliação de Áreas.

PREVAP – Programa Estratégico de Valorização de áreas de Pesquisa da CBPM

Projeto Ipirá-Pintadas

O referido projeto foi concebido para executar um programa de prospecção de detalhe, em três áreas de pesquisa de titularidade da CBPM. Nessas áreas objetivou-se a delineação das suas reais potencialidades minerais, em termos de cromo e níquel, nos alvos denominados Fazenda Sítio (870.469/2014) e Fazenda Lajedo Queimado (872.257/2014) e, de Terras Raras no alvo Fazenda Caldeirãozinho (870.477/2014) (Figura).

Localização das áreas do Projeto Ipirá-Pintadas

Isso se valorizou depois da constatação da presença de teores anômalas desses elementos, com valores máximos em solo de Ni=3.846ppm, de Cr=2.327ppm e de La=254ppm, revelados em trabalhos anteriormente realizados nas mesmas, pelo Projeto Consolidação de Áreas (CBPM, 2015) e pelo Projeto Verificação de Anomalias Aerogeofísicas (CBPM, 2015).

As atividades executadas em 2016, para a consumação desses objetivos, constaram de abertura, descrição e amostragem de rocha em canal de trincheiras, nos alvos Fazenda Sítio e Fazenda Caldeirãozinho, discriminados no quadro abaixo.

Por sua vez, no alvo Fazenda Lajedo Queimado foram executados três perfis geológicos para a avaliação da sua potencialidade metalogenética, tendo chegado à conclusão que a área não merece trabalhos de maior detalhe de prospecção geológica, por apresentar potencialidade metalogenética baixa.

DNPM

Amostras de

Rochas Coletadas

Análises Químicas Rochas

LD (lâminas)

Trincheiras (m)

870.469/2014

332 163 6 219

872.257/2014

15 15 1 -

870.477/2014

215 164 4 335

TOTAIS 562 342 11 556

Resumindo, das três áreas investigadas apenas na Fazenda Caldeirãozinho os resultados das análises químicas de Terras Raras, em amostras de rocha coletadas em trincheira, confirmaram os resultados obtidos em solo dos projetos anteriormente citados. Isso abre uma perspectiva boa para a provável existência de mineralizações de elementos Terras Rara no alvo pesquisado, com possibilidades econômicas interessantes. Desta forma, sugeriu-se a manutenção dessa área para a realização de trabalhos mais detalhados em 2017. Nas demais, a prospecção geoquímica de solo e rocha apresentaram valores significativos para o elemento níquel e cromo, no entanto, na checagem desses valores, através de amostragem de rocha em trincheira, eles não se confirmaram e estiveram bem abaixo daqueles encontrados em solo e rocha, no Projeto Verificação de Anomalias Aerogeofísicas, desenvolvido em 2015. Por este motivo, tanto a área Fazenda Sitio quanto a área Fazenda Lajedo Queimado foram descartadas; Projeto Caracol – Remanso

O referido projeto teve início em 2016, estando atualmente em desenvolvimento, devendo continuar em 2017. Ele foi elaborado com o propósito de avaliar e/ou reavaliar 72 áreas de pesquisa, que correspondem a processos de titularidade da CBPM junto ao DNPM. Estas áreas estão distribuídas nas Folhas (1:100.000) Campo Alegre de Lourdes (SC-23-X-D-IV), Peixe (SC-23-X-D-I), Campo Grande (SC-23-XD-V), Remanso (SC-23-X-D-VI)) e Lagoa do Alegre (SC-24-V-C-I), todas localizadas na região noroeste do Estado da Bahia, fronteira com o Estado do Piauí. Abrangem parcialmente os municípios de Casa Nova, Remanso, Campo Alegre de Lourdes, Caracol, Anísio de Abreu e Fartura do Piauí.

Em termos da geologia, a área do projeto está inserida no setor norte do Domínio Tectônico Corredor do Paramirim, situado no limite entre o Cráton do São Francisco e as Faixas de Dobramento Rio Preto e Riacho do Pontal (Figura abaixo).

Por se tratar de uma região de grandes perspectivas metalogenéticas, haja vista a presença de depósitos já investigados de ferro-titânio-vanádio, cobre-níquel e fosfato, toda a área foi objeto de levantamentos aerogeofísicos de alta resolução, incluindo àqueles denominados de Campo Alegre de Lourdes/Mortugaba (CBPM, 2005/2006) e Médio São Francisco (CPRM, 2009). Sendo assim, as áreas que compõem esse projeto foram selecionadas a partir de estudos analíticos e interpretativos, através dos dados aerogeofísicos antes referidos, buscando a definição de alvos específicos para a pesquisa mineral. Mapa de Localização e Situação das Áreas do Projeto Caracol – Remanso

Inicialmente os trabalhos estiveram voltados para o levantamento e organização dos dados existentes, não só referentes aos mapeamentos geológicos básicos e levantamentos aerogeofísicos, mas também para os trabalhos de cunho prospectivos ali realizados. Em paralelo, na área do projeto, procedeu-se a elaboração de bases planimétricas, geológicas e geofísicas, em escalas adequadas à execução dos trabalhos de campo. A partir daí, foram realizados estudos analíticos, interpretativos e integrativos dos dados aerogeofísicos disponíveis, buscando a definição de alvos específicos para a investigação local.

Os trabalhos geofísicos foram executados pela equipe especializada de apoio da CBPM, e envolveram as seguintes atividades:

(i) Elaboração de imagens geofísicas temáticas, magnetométricas e gamaespectrométricas na escala 1:100.000, das folhas Campo Grande, Remanso e Lagoa do Alegre (Figura a seguir); (ii) Elaboração de mapas de interpretação magnetométricas da área que, apesar da presença de uma extensa cobertura detrítica-laterítica de idade tércio-quaternária, vêm fornecendo informações importantes com relação à caracterização do seu arcabouço estrutural, inclusive porque é uma região tectonicamente complexa, em função da superposição de eventos orogênicos que ali atuaram; (iii) Elaboração de um programa de trabalhos de campo, em nível de reconhecimento, para verificação, não somente dos elementos geológicos e estruturais relacionados às anomalias magnéticas, mas também, visando caracterizar ambientes geológicos e consequentemente buscar parâmetros para definição de programas de pesquisa complementares nas áreas selecionadas

Mapa de Campo Magnético Total da área do Projeto situando as áreas de pesquisa

Os trabalhos de prospecção geológica desenvolvidos, em 2016, foram iniciados com o reconhecimento geológico da área, executado através de seções geológicas regionais, elucidativas, tendo como base os mapeamentos geológicos já existentes. Também foram realizados em caráter preliminar e a título de reconhecimento, alguns caminhamentos em três áreas inclusas no projeto e portadoras de depósitos de ferro (BIF), correspondentes aos processos 871384/2012, 871387/2012 e 872559/2012. Essas áreas foram anteriormente pesquisadas pela Mineração

Camaleão Ltda., mediante Contrato de Pesquisa Complementar celebrado com a CBPM.

Dando prosseguimento aos trabalhos foi realizada investigação geológica em mais treze áreas, buscando estabelecer uma correspondência entre os litotipos identificados e as feições anômalas configuradas no levantamento aerogeofísico. Estes trabalhos constaram da execução de caminhamentos transversais a estas anomalias, com descrição detalhada dos afloramentos. Eventualmente foram coletadas amostras para estudos de laboratório, inclusive para datação geocronológica. Dessas treze áreas, objeto desta investigação, duas (DNPM 870310/2012 e 870311/2012) apresentaram indícios de processos mineralizantes para Cu, Co e Ni, e outra (DNPM 872479/2012) registrou a presença de um corpo de BIF com reserva da ordem de 3MT e teor em torno de 30%. Os dez processos restantes foram descartados por não indicarem, nos seus domínios litológicos, qualquer mineralização ou mesmo ambientes propícios a existência de processos mineralizantes. Verificou-se também que as feições aerogeofísicas anômalas estão relacionadas a restritas concentrações de magnetita nas rochas granitóides e gnaíssicas ou relacionadas a pequenas lentes de BIFs, que são frequentemente observadas na região, preferencialmente na forma de acumulações de rolados nas encostas ou associadas a crostas supergênicas.

Ainda nesse ano de 2016 as investigações também visaram um bloco de áreas situado nas imediações do povoado de Angicos, abrangendo as Folhas Campo Grande (SC-23-X-D-V) e Remanso (SC-23-XD- VI), correspondendo a dezoito processos ligados ao DNPM, onde anteriormente havia sido configurada uma expressiva anomalia de ouro. Essa foi interpretada em função de resultados de uma amostragem regional de sedimento de corrente. Nestas áreas foi iniciada uma investigação, perseguindo a origem da mineralização aurífera, a qual parece situar-se em uma extensa zona de cisalhamento, na direção NE-SW, que atravessa as duas citadas folhas. Ainda nessa zona foi executado um programa de concentrado de bateia, visando a pesquisa do ouro, que abrangeu uma extensa área nas imediações do povoado de Angico, município de Campo Alegre de Lourdes. Assim, foram coletadas 40 amostras de sedimento, onde 85% foram descartadas por não conterem a quantidade mínima de pesados. Também, face à presença das coberturas detríticas tércio-quaternária, antes referidas na área pesquisada, optou-se por uma amostragem através de poços, que foram escavados nos “pontos anômalos” para Au, detectados na amostragem de sedimento ativo de corrente. Estes poços, em número de dez, foram abertos no leito das drenagens principais e atravessaram a cobertura detrítica, atingindo o bed rock. Neles foram coletadas amostras separadamente nos diferentes níveis atravessados, totalizando 10 amostras de rocha (no fundo dos poços) e 12 amostras de cascalhos, que foram encaminhadas para análises.

Coincidentemente, nessa zona de cisalhamento, ocorrem afloramentos de rochas ultramáficas, com nítidos efeitos hidrotermais e, portanto, indicando potenciais zonas mineralizadas. Neste contexto foi realizada uma intensa amostragem dos corpos ultramáficos e das manifestações hidrotermais nessa zona de cisalhamento (Figura).

Mapa de Amostragem Geoquímica para Au no Projeto Caracol-Remanso

De acordo com trabalhos executados pode-se concluir que das setenta e duas (72) áreas inicialmente selecionadas para investigação, dez (10) foram negativadas junto ao DNPM, por não apresentarem potencial econômico. Por sua vez, vinte e uma (21) foram selecionadas para trabalhos mais detalhados, sendo dezoito (18) delas associadas à anomalia de ouro detectada em projetos anteriores e três (3) para Cu, Ni e Co.

As demais áreas (quarenta e quatro, 44) não foram ainda investigadas face às dificuldades de negociações da CBPM com a empresa Camaleão, relativas às pesquisas de outras áreas de ferro da área. Estas deverão ser alvo de investigação em 2017, quando deverá ser incluída a investigação de outra extensa zona de cisalhamento com direção NE, onde a geoquímica de sedimento de corrente, feita anteriormente pela CPRM, indica valores anômalos de ouro.

No quadro a seguir é apresentado os dados físicos do projeto obtidos em 2016, considerando a quilometragem total de seções geológicas realizadas, amostras de rochas coletadas, análises petrográficas e análises químicas de rocha e concentrado de bateia.

Perfis Geológicos Km 125,50

Análise Química de Rocha Unid. 43

Análise Química de Conc. de Bateia Unid. 52

Pontos de descrição Geológica Unid. 354

Amostras de rocha coletadas Unid. 107

Análises Petrográficas Unid. 47

Projeto Rio Salitre

Este projeto teve como objetivo uma investigação através de sondagem de alvos selecionados a partir do Relatório Conjunto Final Positivo de Pesquisa (Alvos 6, 8 e 9), apresentado ao DNPM, o qual indicou uma reserva de dez milhões de toneladas de sulfetos (pirita>pirrotita), associados com rochas do Greenstone Belt do Rio Salitre. Nesse caso, ensaios econômicos demonstraram o aproveitamento destes depósitos sulfetados para produção de minério de enxofre, visando produção de ácido sulfúrico. Também foram constatados, em dois furos de sondagem mais profundos, já realizados, intervalos contínuos de até 1% de Cu, fato que poderá indicar uma zonalidade da mineralização, passando de pirita>pirrotita, para uma predominância de calcopirita>pirita>pirrotita. A CBPM detém ainda, na região do Rio Salitre, os alvos 2 (DNPM - 874.405/2011 e 872.591/2012) e 3 (DNPM –

872.487/2012) e Noroeste (DNPM - 872.239/2010 e 872.240/2010), o que abre perspectivas para descoberta de novos corpos sulfetados com mineralizações de Cu, Zn, Ni e Au e/ou ricos em pirita/pirrotita. Para atingir estes objetivos foi proposto um programa de sondagem rotativa exploratória, utilizando a integração dos dados (mapeamento geológico, prospecção geofísica terrestre/aérea e prospecção pedogeoquímica), que abrangem os alvos supracitados. Após a integração desses dados foram sugeridos 5 furos a serem efetuados nos alvos 2, 3 e Noroeste. Estima-se um programa de 1.000 metros de sondagem, sendo 2 no alvo 2, 1 no alvo Noroeste e 2 no alvo 3. Será realizada a descrição litoestrutural dos testemunhos de sondagem, com indicação dos trechos mineralizados para futura serragem. Cerca de 50 amostras (30 lâminas delgadas e 20 secções polidas) deverão ser retiradas dos testemunhos para estudos petrográficos, além de 600 amostras para análises químicas. Os trabalhos programados serão realizados, em 2017, através do Projeto Investigação de Áreas Potenciais (Sondagem).

Ainda com relação a esse projeto deve ser ressaltada a confecção de dois relatórios para participação de concorrências, em duas áreas postas em disponibilidade pelo DNPM: a primeira no município de Uauá, na Sequência Vulcanossedimentar do Rio Capim e outra no município de Sobradinho na região do Salitre. Projeto Sobradinho

O objetivo desse projeto foi pesquisar uma área situada na região norte do Estado da Bahia, no município de Sobradinho. Ela está localizada em unidade vulcanossedimentar (Unidade Sobradinho) no âmbito do extremo meridional do Lineamento Sobradinho. O projeto está inserido em área de titularidade legal da CBPM denominada Alvo Bonsucesso (DNPM nº 871.397/2012) (Figura).

Mapa geológico regional da Faixa Sobradinho Meridional, com destaque para os alvos Bonsucesso e Rolinha. Modificado de Leite et al. (2000)

Nesta área, trabalhos pioneiros foram desenvolvidos no ano 2000, compreendendo reconhecimento geológico e verificação de expressiva anomalia aeromagnética, orientada preferencialmente na direção NE-SW, identificada no Projeto Levantamento Aerogeofísico de Domínios Vulcanossedimentares da Bahia – Área Sobradinho (LASA/CBPM, 1998).

Trabalho de revisão e integração dos dados, obtidos em projetos anteriores foi complementado com o reconhecimento geológico detalhado ao longo dos trends, que apresentavam confluência de valores geofísicos anômalos (HLEM, IP/R e MAG) e anomalias geoquímicas (especialmente Au, As e Cu). A investigação realizada envolveu a coleta de quarenta e quatro (44) amostras para concentrado de bateia, visando à contagem de pintas de ouro em pontos estratégicos. Os resultados encontrados revelaram a inexistência de correspondência entre valores geoquímicos de Au, As e Cu, encontrados em trabalhos anteriores da CBPM, com as anomalias geofísicas de HLEM, IP/R e MAG. Também os trabalhos da presente pesquisa mostraram a ausência de resultados positivos para o concentrado de bateia. A investigação também confirmou a presença de formação ferrífera bandada na área, entretanto, de pouca extensão.

Assim, conclui-se que não foram verificados atrativos prospectivos para a área estudada, nem para mineralizações auríferas, nem para outros metais bases. Com isso se confeccionou um relatório final de pesquisa com características negativas para o Alvo Bonsucesso. PROSPEM – Programa Sistemático de Pesquisa Mineral

Projeto Investigação de Áreas Potenciais (Sondagem)

No ano de 2016, através sondagem rotativa diamantada, esse projeto visou a valorização de áreas de pesquisa que já possuem ocorrências minerais relevantes ou potenciais jazidas, as quais estão distribuídas em cinco regiões do estado. As áreas de pesquisas que envolvem essas ocorrências e possíveis jazidas estão distribuídas no Projeto Sulfetos do Rio Salitre, com indícios de mineralização sulfetada de cobre e zinco, no Prospecto Caboclo dos Mangueiros, com um corpo ultramáfico que encerra mineralizações sulfetadas em níquel e cobre, no Alvo Calembe com mineralizações lateríticas de níquel, associadas a corpos ultramáficos e no alvo Fazenda Santana com indícios de mineralização de níquel e cobre, associadas a corpos ultramáficos estratificados.

Foram executados 1.273,75 metros lineares de sondagem e coletadas 890 amostras. Até o final do ano de 2016, a programação de sondagem contemplou o Alvo Calembe (DNPM nº 872.700/2015) o Alvo Fazenda Santana (DNPM nº 871.633/2013) e o Alvo Campo do Meio (DNPM nº 872.590/2013).

Os resultados analíticos recebidos para o Alvo Calembe confirmaram a mineralização associada a níveis lateriticos e apontam para resultados promissores.

A seguir estão listados os dados dos furos de sonda e os intervalos mineralizados, com teores obtidos para ICP OES/ digestão por multiácido:

FD-PIAP-CA-003 (12.00m @0.67% Ni, 0.29%Cr) FD-PIAP-CA-004 (14.75m @ 0.68%Ni, 1.45%Cr) FD-PIAP-CA-005 (19.10m @0.53% Ni, 0.33%Cr)

A sondagem no Alvo Fazenda Santana interceptou rochas granulitizadas, enriquecidas em magnetita. Por sua vez, a sondagem no alvo Campo do Meio ocorre interceptando rochas ultramáficas com sulfetos disseminados. O programa nesses alvos deverá ser concluído em 2017, com a interpretação dos dados de sondagem, análise e integração de todos os elementos disponíveis. Nessa

oportunidade serão elaborados relatórios finais de pesquisa com estimativas de reservas dos depósitos encontrados. Projeto Avaliação de Áreas

Refere-se a trabalhos realizados pela CBPM objetivando integrar e avaliar dados prospectivos obtidos ao longo dos anos, através de inúmeros projetos de pesquisa e de levantamentos aerogeofísicos. O Projeto leva em conta a definição da potencialidade econômica dos direitos minerários da empresa, considerados, ainda, sob indefinição, no que se refere ao seu enquadramento em programas de pesquisa sistemáticos.

Os direitos minerários, que se encontram vinculados ao projeto, foram estabelecidos, conjuntamente com o Setor de Controle de Áreas - SECAR, a partir da avaliação do portfólio atual da empresa, tomando-se por base a exclusão daquelas áreas já direcionadas a outros projetos/programas formalizados até 2016. Do universo de direitos minerários atualmente sob outorga da CBPM, foi pinçado, para esse projeto, um total de 163 títulos minerários, em situação, junto ao DNPM, como: Requerimento de Pesquisa, Recobrimento ou Pedido de Prorrogação de Alvará.

As atividades executadas tiveram como procedimento padrão a compilação, integração e avaliação de dados históricos e recentes, para os direitos minerários da CBPM com vencimento até dezembro de 2016 e inicio de 2017. Teve como intenção a emissão de parecer pré-campo e proposição de atividades a serem executadas posteriormente no campo e finalizado através de parecer técnico. A ordem de avaliação das áreas selecionadas obedeceu, preferencialmente, a data de vencimento dos alvarás de pesquisa, com situações logísticas excepcionais, onde conveniências de proximidade geográfica foram utilizadas como critério.

Através desse procedimento avaliou-se, em 2016, um total de cinquenta e três áreas de pesquisa, somando três (3) processos positivados; doze (12) negativados; quatro (4) prorrogados; quatorze (14) recobertos; três (3) não recobertos; além de mais (17) processos com data de vencimento até 2019 (Ver quadro a seguir).

Na execução das atividades do projeto, relacionado principalmente as áreas com sugestão de recobrimento, foram selecionados 05 alvos para programas de

pesquisa sistemática, associado a terrenos de maior prospectividade, e que convêm detalhamento em maior nível escalar em 2017. Os alvos foram estabelecidos com hierarquia de prioridade na seguinte ordem, chamadas por prospectos, a saber: Boquira, Urandi, Itajibá, Itambé e Rio Capim cujas características geológicas estão colocadas na programação para 2017. OUTRAS ATIVIDADES Petrografia e Análises Químicas

Nesse Setor de Apoio - SEATE aos projetos da CBPM, a área de petrografia recebeu grande quantidade de amostras para a realização de estudos petrográficos, tanto em lâminas delgadas como em delgadas polidas. Além disso, houve o acompanhamento dos trabalhos de campo dos petrógrafos, tanto na identificação de rochas de afloramentos, quanto na de rochas advindas dos furos de sondagem, aquelas dos diversos projetos executados no ano de 2016. Foi um total de 269 rochas analisadas, subdivididas em estudos de lâminas delgadas (LD, 262) e delgadas polidas (LDP, 7).

Também no SEATE, no setor de análises, no ano de 2016, os trabalhos se concentraram na: (i) análises químicas de solo, rocha e minérios, em parceria com a GEOSOL, através convênio, de amostras advindas dos diversos projetos em execução; (ii) lâminas delgadas e polidas confeccionadas pelo laboratório de laminação da CBPM e (iii) fichas com os dados das analises petrográficas.

Sendo assim, nesse ano de 2016, com relação às análises químicas foram recebidas e encaminhadas para a GEOSOL 1.650 amostras, tendo sido recebidos 1.996 resultados, devendo-se registrar que 885 foram resultados recebidos de amostras enviadas no exercício de 2015. Quanto ao laboratório de laminação esse recebeu 321 amostras para serem laminadas. Sendo assim, foram confeccionadas 313 laminas, das quais 269 foram devidamente estudadas pelos petrógrafos da CBPM. Ainda nesse contexto, deve-se colocar que nesse ano foram digitadas 443 fichas de análises petrográficas dos diversos projetos da CBPM. Geofísica

Visando subsidiar a execução dos projetos e da programação técnica desenvolvidos pela GEBAP e pela GEPRO e na elaboração de relatórios de áreas de pesquisa para o DNPM, foram feitas programações de trabalhos geofísicos para os projetos, confeccionados mapas geofísicos temáticos e textos sobre resultados dos trabalhos aerogeofísicos e geofísicos terrestres e preparadas imagens magnéticas e imagens gamaespectrométricas para os diversos projetos executados em 2016, a saber: (i) Caracol-Remanso, com a elaboração de imagens geofísicas temáticas, magnetométricas e gamaespectrométricas na escala 1:100.000 de diversas folhas do projeto, além de realizar verificação dos elementos geológicos, estruturais, relacionados às anomalias magnéticas, além de caracterizar ambientes geológicos na busca de parâmetros para definição de programas de pesquisa complementares;(ii) Mundo Novo, com a confecção de imagens geofísicas temáticas, magnetométricas e gamaespectrométricas, na escala 1:100.000, das folhas Jacobina, Caldeirão Grande, Piritiba, Mundo Novo, Lajedinho e Rui Barbosa, incluindo reanálises e interpretações dos dados dos levantamentos de IP/R de todos os alvos AEM da área realizados por diversos projetos executados pela CBPM; (iii) Irecê, com a confecção de imagens geofísicas temáticas, magnetométricas e gamaespectrométricas na escala 1:100.000, de 25 folhas que envolvem a região do

projeto, incluindo a verificação dos elementos geológicos e estruturais relacionados às anomalias e, (iv) Mapa Geocronológico e Geotectônico da Bahia com a elaboração e estudo dos dados aeromagnetométricos das folhas 1:500.000, denominadas Brasília-NE (SD.23-NE), Bahia-NO (SD.24-NO), Aracaju-SO (SC.24-SO), Rio São Francisco-SE (SC.23-SE), Rio São Francisco-NE (SC.23-NE), e Aracaju-NO (SC.24-NO) tendo sido as mesmas escaneadas e digitalizadas para o projeto.

Da mesma forma, a geofísica deu apoio à GEMAM com as seguintes atividades: (i) verificação da potencialidade das 192 áreas envolvidas nos dois contratos de pesquisa complementar entre a CBPM e a Camaleão Mineração (no 029/2011 e no

002/2012), quando, nessa oportunidade, foram efetuadas análises e interpretações de todos os dados geológicos, geofísicos e geoquímicos disponíveis das regiões. E, a partir dos resultados destas interpretações, foram selecionadas 47 áreas para serem reavaliadas pelo Projeto Caracol-Remanso.

Vale ainda chamar a atenção que a geofísica elaborou, no ano de 2016, diversos orçamentos para aquisição dos produtos dos levantamentos aerogeofísicos realizados pela CBPM, solicitados por empresas privadas, empresas públicas e por consultores independentes. Em atendimento a solicitação da Magnesita S.A., para aquisição de dados aerogeofísicos de propriedade da CBPM, foram preparados arquivos de banco de dados e grids, no formato Geosoft, Oasis Montag dos levantamentos aerogeofísicos da área Barra da Estiva/Tremedal, cujos produtos foram gravados em DVD e entregues a essa empresa, após pagamento. Em atendimento a solicitação da CODELCO, para aquisição de dados aerogeofísicos de propriedade da CBPM, foram preparados arquivos de banco de dados, no formato Geosoft, Oasis Montag dos levantamentos aerogeofísicos das áreas Barra da Estiva/Tremedal, Campo Alegre de Lourdes/Mortugaba e Ibitiara/Rio de Contas, cujos produtos foram gravados em DVD e entregues a CODELCO, também após pagamento. Igualmente, foram atendidos vários pedidos do Curso de Pós-graduação em Geologia da UFBA para cessão de dados aerogeofísicos de propriedade da CBPM, no formato Geotiff, visando Trabalhos Finais de Graduação, Mestrados e Doutorados. A geofísica participou também na elaboração do Edital para Venda dos Produtos dos Levantamentos Aerogeofísicos da Área Extremo Oeste Bahia e na elaboração de um texto sobre a disponibilização para o site da CBPM, e para jornais e revistas.

Finalizando não se pode deixar de citar a participação da geofísica na elaboração de imagens aeromagnetométricas georeferenciadas (CMT e ASA) das áreas Jequié/Itororó e Dom Basilio/Guajerú, para o projeto denominado de “Avaliação Estratégica dos Distritos de Minério de Ferro da Bahia, da GEMAM. Geoquimica

A equipe participou do assessoramento geoquímico e na execução de trabalhos de prospecção mineral executados pela empresa. Esses trabalhos constaram de uma programação de amostragem para análise química, processamento dos dados e interpretação dos resultados.

Também foi realizada a recuperação e integração de dados digitais dos projetos: Bacia Rio São Francisco; Barra - Oliveira dos Brejinhos; Avaliação de Alvos de Geofísicos do Vale do Paramirim; Metais Bases e Fosfato da Bacia de Irecê; Mundo Novo; Sobradinho; Boa Sentença - CAB; Ibitira - Brumado; Ipiaú - Barra do Rocha; Itapicuru Norte; Lajedinho - Ipirá; Mirabela - Palestina; Ouro e Metais Base do Bloco

Gavião; Poço do Ouro; Rio Jacaré; Ruy Barbosa - Jaguarari; Sucuriú - Riacho do Cinquenta; Verificações Minerais; Ibitira - Ubiraçaba e Serrinha - Olho D'água. Os dados existentes foram organizados em ambiente GIS, com um total aproximado de 5.000 amostras de solo, sedimento de corrente, bateia e rocha, visando facilitar a sua integração com dados geológicos e geofísicos, além de novas interpretações desses resultados. Atualização e correção dos dados geoquímicos no catálogo de projetos da CBPM constou igualmente das atividades em 2016.

Dois analisadores portáteis por fluorescência de raios-X (PXRF) - modelo Bruker TITAN S1-600, adquiridos no início do ano, foram utilizados em analises pontuais e qualitativas de amostras de solo, rocha e testemunhos de sondagem utilizados em diversos projetos da CBPM, tanto na GEBAP quanto na GEPRO. Vale registrar também que, para o uso dos analisadores citados, foram utilizados dados de laboratórios de amostras de solo e rocha já existentes e, usando suas polpas retornadas do laboratório, foram reanalisadas as mesmas com o equipamento, visando confrontar os resultados obtidos com aqueles advindos do laboratório, e assim, foi possível gerar uma biblioteca de coeficiente de correlação validando algumas análises. Ainda fez parte das atividades da equipe de geoquímica as perfilagens de três furos da área de Campo do Meio, em Marcionílio Sousa, utilizando o analisador (PXRF). Com isso pode-se ter uma ideia dos teores de zinco dos testemunhos de sondagem recuperados, correlacionando-os com os tipos de rocha atravessados. Esses resultados foram compatibilizados com as anomalias geofísicas visando à tomada de decisão na locação de furos posteriores.

Para 201 se pretende criar uma metodologia para recuperação de dados geoquímicos de projetos antigos. Esse trabalho está sendo iniciado com dados dos projetos Ubaira - Santa Inês, Umburanas e Contendas - Mirante. Esses projetos já possuem boa parte do acervo escaneado, porém ainda não digitados, o que impossibilita o retrabalhamento desses dados utilizando softwares mais recentes. Agrimensura

Durante o ano de 2016 a equipe de Agrimensura da CBPM participou das seguintes atividades e eventos, conforme listadas a seguir: Fevereiro a Março – Viagem de campo para realização de Levantamento planialtimétrico no alvo Santana, em Catu/BA(DNPM 874407/2011) e desenho de mapa topográfico planialtimétrico para relatório do DNPM; Abril, Julho e Agosto – Desenho de mapas topográficos de campo para o Projeto Caracol – Remanso; Maio – Desenho de mapas topográfico de campo e mapa de programação de poços para o Projeto Avaliação de Áreas na região de Jânio Quadros - Condeúba; Junho – Participação na 2ª Reunião Plenária da Comissão Estadual de Cartografia e Geoinformação - CECAR do Estado da Bahia; Setembro – Viagem de campo para realização de levantamento planimétrico em área do processo DNPM 870785/1992 e desenho de mapa topográfico planimétrico para atendimento de exigências do INCRA, INEMA e DNPM; Novembro – Participação no GEOPUBLICA - V Encontro de Produtores e Usuários de Informações Geoesapaciais do Estado da Bahia; Dezembro – Participação na 4ª Reunião Plenária da Comissão Estadual de Cartografia e Geoinformação - CECAR do Estado da Bahia;

Participação do 4°GeoDay com a apresentação da empresa Drones Solutions com a seguinte programação: Visão Geral sobre Vants/Drones; Potenciais Aplicações de Vants/Drones; Regulamentação dos Vants/Drones no Brasil; Voo demonstrativo, Etapas de Operação e Mapeamento, em área do Parque de Pituaçu (Alto do São João); Participação do Seminário de Georreferenciamento de Imóveis Rurais/Urbanos e Registros Públicos em Salvador; Breves conceitos de topografia e cartografia para tabeliães, registradores e advogados; Peças técnicas para a retificação de registros públicos e usucapião administrativa; Sinter-Sistema Nacional de Gestão de Informações Territoriais – Georreferenciamento de Imóveis Urbanos; Georreferenciamento de Imóveis Rurais – Normas Técnicas – SIGEF; Cadastro Online dos Imóveis Rurais – Declaração Eletrônica de Cadastro; Trimble RTX: Nova tecnologia para posicionamento preciso em tempo real seu o uso de base GPS; SIRGAS 2000 e Rede de referencia cadastral para georreferenciamento de imóveis urbanos; Retificação de Registro Público; Usucapião Administrativa; Debate com os profissionais de agrimensura, técnicos do INCRA, tabeliães, registradores e advogados; PEC – Programação de Educação Continuada – CREA BA; Participação do Workshop de Geotecnologias e Aplicações – Diversas palestras técnicas; Participação do Seminário de Novas Tecnologias – Patrocinado pela BentleyTopoGRAPH; As vantagens da nova plataforma do BentleyTopoGRAPH; BentleyTopoGRAPH aplicado no Georreferenciamento; Aplicação prática do software BentleyTopoGRAPH em Projetos; O que há de novo no BentleyTopoGRAPH; Contex Capture – Modelando Infraestrutura 3D por fotos; Tecnologia Laser Scanner 3D – Precisão e Eficiência Aplicados na Topografia e em Obras de Infraestruturas.

GEMAM – GERÊNCIA DE EMPREENDIMENTOS MINERAIS E GESTÃO MINERAL. Oportunidades MInerais Consolidadas Níquel de Itagibá

Inaugurada em 2009, a Mirabela Mineração tornou-se uma das maiores produtora de concentrado de níquel sulfetado do mundo. Os investimentos para implantação da Mina e Usina de Beneficiamento, situada em Itagibá, no vale do rio de Contas, alcançaram cifras superiores a US$ 800 milhões.

Isso só foi possível em razão da atração de investidores internacionais pela CBPM, cujas atividades foram materializadas através da Concorrência Pública 005/2003, que gerou Contrato de Arrendamento de Direitos Minerários.

Presentemente, essas instalações mínero-industriais detém uma produção acumulada entre 2009-2016 de 657.108 toneladas de concentrado. O valor desta produção totaliza cerca de R$ 2,5 bilhões. O teor médio relativo à produção do concentrado aponta: 14,35% de Níquel; 3,16% de Cobre; 0,26% de Cobalto. Em termos de metais preciosos o teor médio do Ouro foi de 1,17 g/t; da Platina: 2,11g/t; e Paládio: 1,14 gr/t.

Quando em condições normais de operação o complexo mínero-industrial envolve a colaboração de 1.240 empregados diretos e indiretos.

Atualmente, em decorrência do declínio dos preços do níquel, bem como demais commodities no mercado mundial, a Mirabela Mineração Ltda. se viu obrigada a solicitar a CBPM e ao DNPM, em maio deste ano, a suspensão temporária das atividades operacionais. Em face disso, permanece no quadro da empresa, atualmente, apenas 75 empregados, responsáveis pela manutenção de equipamentos, e guarda das instalações, além daqueles envolvidos com a gestão do empreendimento. Em julho a Mirabela assinou com a CBPM um Termo de Reconhecimento e Confissão de Dívidas, referente ao pagamento de royalties em atraso, qual vem sendo honrado, até a presente data nos termos pactuados. De todo o modo, a empresa realizou neste ano pagamentos à CBPM superiores a R$ 7,6 milhões, decorrentes de royalty, multas e parcelas contratadas; Vanádio de Maracás

A lavra e beneficiamento realizados pela empresa Vanádio de Maracás (Contrato de Arrendamento 019/2013) para os minérios (magnetita vanadífera), maciço e disseminado, estão sendo executados em cava a céu aberto. Esse minério é considerado o de melhor teor mundial, com 1,11% (V2O5) e os recursos medidos e indicados alcançam 24,6 milhões de toneladas. A rota de beneficiamento o minério envolve britagem, moagem, separação magnética, sendo, ao final tratado, química e metalurgicamente, para a obtenção do pentóxido de vanádio (V2O5), que é o produto final.

Os investimentos consolidados neste complexo mínero-industrial, inaugurado em maio de 2014, alcançam cerca de U$ 350 milhões, sendo liderados pelo grupo canadense Largo Resources. Atualmente, emprega 644 trabalhadores.

O produto obtido é exportado como matéria-prima para indústrias de aços especiais, os quais são usados nas áreas de óleo, gás, materiais cirúrgicos, turbinas eólicas e ferrovias de alta velocidade. Atualmente, o volume da produção do complexo - mina e unidade de beneficiamento é de aproximadamente 800 toneladas mensais. Isso representa 100% da capacidade instalada, a qual foi alcançada a partir do último mês de Junho.

Não obstante o qualificado desempenho operacional da empresa se verificou que, em razão da forte depressão das cotações internacionais das commodities minerais na atual conjuntura mundial, concomitante com os pagamentos dos compromissos relativos aos financiamentos da fase de implantação, existe um déficit nas receitas operacionais da empresa, o qual apenas foi superado nos últimos dois meses do ano, em função da ligeira melhoria dos preços. Nestas circunstâncias, o faturamento de royalty, devido à CBPM por esta empresa no presente exercício, alcança R$ 4.17 milhões, dos quais só foram quitados até o presente cerca de R$ 1,03 milhão. Disso resulta em pendências a serem quitadas do quanto pactuado no Termo de Reconhecimento e Confissão de Dívidas, assinado no primeiro semestre.

Ouro de Santa Luz

Representantes da empresa Santa Luz Desenvolvimento Mineral Ltda. (Grupo YAMANA / Contrato de Arrendamento 030/2014) apresentou a CBPM um plano para a retomada das atividades da Mina de ouro C1, em Santa Luz. Para isso estão previstos investimentos da ordem de até U$ 84 milhões, envolvendo o programa de sondagens e modificações na planta de beneficiamento e nas barragens. A retomada da produção de ouro está prevista para iniciar-se no segundo semestre de 2017. A expectativa com as modificações efetuadas é de se obter uma recuperação de até 82% do ouro contido no minério colocado na planta.

Certamente isso vai melhorar muito o Fluxo de Caixa do empreendimento, uma vez que, a recuperação anterior alcançava cerca de 30% do ouro contido no minério, o que obrigou a paralisação operacional da empresa para o estudo de melhorias na rota de processo e implantação dessas melhorias na usina de beneficiamento. Fosfato de Irecê

A empresa Galvani Indústria, Comércio e Serviços S.A. (Contrato de Arrendamento 017/2008) concluiu, neste ano, os estudos sobre a rota tecnológica para obtenção de concentrado fosfático, a partir do minério primário mediante processo de flotação reversa, a qual foi testada em bancada, em planta piloto e em escala industrial, os quais se mostraram sucessivamente viáveis. Prossegue-se agora com os testes agronômicos de campo do produto principal e dos subprodutos.

A meta do empreendimento é atingir 600.000 toneladas/ano de produtos, sendo 200.000 t/ano de concentrado fosfático para produção de SSP (Fosfato Super Simples) com 31,5% de P2O5; 120.000 t/ano, de subproduto fino da deslamagem com teor de 17,5% de P2O5, a ser utilizado como fertilizante; e 200.000 t/ano de calcário dolomítico fosfatado, com 7,5% de P2O5, para ser utilizado como corretivo de solo. Em decorrência da carência de água em Irecê serão construídas duas plantas para tratamento do minério; uma no local da jazida, em Irecê, que fará o beneficiamento primário, até a britagem, e outra em Luiz Eduardo Magalhães, onde existe água para o desenvolvimento das demais etapas do beneficiamento (lavagem e flotação). O start up do empreendimento deverá ocorrer em 2019.

O CAPEX projetado para a implantação do empreendimento é da ordem de 20 milhões de dólares. Na oportunidade a Galvani demonstrou interesse no aproveitamento do zinco de Irecê, a ser utilizado como um dos micros elementos, juntamente com manganês e boro para uso agrícola. Bentonita de Vitória da Conquista

A produção de bentonita da mina de Vitória da Conquista, no povoado de Pradoso, da Companhia Baiana de Bentonita (Contrato de Arrendamento 010/2006) teve uma queda, neste ano de 2016, em virtude do rompimento da barragem da Samarco, que representa o principal cliente da empresa. Além disso, o valor do royalty a ser pago à CBPM foi drasticamente reduzido, uma vez que, atualmente, apenas 10% do minério retirado vem da Cava 01, direito minerário da CBPM.

Atualmente este empreendimento está bem estruturado, inclusive com jazida própria e com planta industrial de beneficiamento implantada. A capacidade instalada é para

150 mil toneladas/ano de bentonita beneficiada, mas em 2016, a produção foi de cerca de 130 mil toneladas.

Ao longo do exercício deste ano a CBB pagou à CBPM R$ 204,82 mil, decorrentes de royalty pelo uso de sua jazida. Calcário de Irecê

A CBPM assinou o contrato de arrendamento de direitos minerários nº 001/2016 com a Pedreira Santa Tereza, objetivando a implantação e operação da mina para lavra de calcário e produção de brita, dentre outros, em Irecê.

A produção anual mínima planejada é de 16.500 toneladas. A Pedreira Santa Tereza pagou neste exercício R$ 4,98 de royalty. Oportunidades MInerais em Consolidação

A CBPM celebrou, este ano, contratos de Pesquisa Complementar e Promessa de Arrendamento com empresas visando a implantação de complexos mínero-industriais de variados portes.

Areia Silicosa de Belmonte

A Vitro do Brasil (Contrato de Arrendamento nº 001/2015) finalizou as negociações com os superficiários. Isso permitirá obter no primeiro semestre de 2017 a Licença Ambiental para implantação da mina em Santa Maria Eterna, em Belmonte. O Plano da empresa é de iniciar a lavra e o beneficiamento de Areia Silicosa de Alta Pureza no segundo semestre do próximo ano.

Aguarda-se a averbação pelo DNPM do contrato de arrendamento parcial para a empresa, de uma parte de área com Portaria de Lavra (Processo nº 870.329/1989) com 246,36 hectares. Ressalte-se que a implantação deste empreendimento tem efeito estratégico para o Estado da Bahia uma vez que vai permitir o seu ingresso no ramo industrial da produção de vidros para embalagens.

O segundo projeto, de muita importância para o aproveitamos dos grandes depósitos desta areia, é liderado pela Portsmouth Participações/Mineração Jundu, vinculada ao Grupo industrial francês – Saint Gobain, que é detentora do Contrato de Pesquisa Complementar e Promessa de Arrendamento n° 022/2010 celebrado com essa CBPM.

Essa empresa apresentou à CBPM o Relatório de Reavaliação de Reservas, com 35.158.096 toneladas de reserva medida e 37.072.759 de reserva indicada, totalizando 72.230.855 toneladas de areia silicosa de alta pureza.

Conseqüentemente foi assinado, em 30.08.2016, o contrato de arrendamento da portaria de lavra e formalizado o pedido de sua averbação junto ao DNPM. A ideia desta empresa é obter, de agora por diante, os necessários e obrigatórios licenciamentos ambientais para, inicialmente, fazer a lavra e o beneficiamento da areia. O plano inicial diz respeito à produção e beneficiamento para o mercado local e internacional. Nefelina de Itarantim

A empresa B4F Holdings Participações, titular do Contrato de Pesquisa Complementar nº 002/2015 para pesquisa, lavra e beneficiamento de nefelina

sienito, no município de Itarantim, está em fase de obtenção da licença de operação para extração e tratamento de 70 mil toneladas de minério, a serem submetidas a testes tecnológicos em laboratórios de Santa Catarina e Paraná, detentoras de plantas que poderão ser usadas no beneficiamento do minério no primeiro ano de atividade do empreendimento. Quartzo/Feldspato de Castro Alves

A CBPM e a empresa Lagoa Matérias Primas assinaram o contrato de arrendamento de direitos minerários n° 005/2016 para lavra e beneficiamento de quartzo, em Castro Alves, com royalties mensais de 9,7%, em decorrência da liberação, pelo DNPM, da Portaria de Lavra n° 191, de 20/04/2015, referente à área de pesquisa DNPM n° 870.243/2004.

O Plano de Aproveitamento Econômico (PAE) da área de pesquisa 872.844/2005, pertencente ao contrato de pesquisa complementar 050/2008, assinado com a Lagoa Matérias Primas, visando à pesquisa, extração e beneficiamento de quartzo e feldspato na região de Castro Alves, foi elaborado e protocolizado no DNPM. Ouro do Itapicuru Norte – Santa Luz

A empresa Mineração Caiçara está desenvolvendo trabalhos de pesquisa complementar nas áreas potencialmente mineralizadas em ouro (Contrato 058/2012). As atividades foram concentradas em oito alvos com abertura de cinqüenta trincheiras e execução de 106 furos de sondagem rasa. O melhor resultado, até o momento, foi a detecção de uma faixa de oito metros de largura com teor máximo de 41,44 ppm de ouro e também a localização de um veio de quartzo aurífero, onde se obteve teor de até 83,33 ppm. Certamente tais resultados, embora aponte a presença de ouro neste sistema litológico, são pontuais, carecendo de mais investigações para definição de uma jazida.

A Caiçara instalou um escritório de apoio na área e vem investindo cerca de R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais) por mês nas pesquisas. Argilas do Recôncavo e Sul do Estado

A Pérola Branca teve, este ano, retração de vendas, ocasionada pela crise no setor da construção civil, produzindo apenas 600 mil peças/mês, havendo a expectativa de comercializar, mensalmente, 900 mil peças em 2017. Barita de Contendas do Sincorá

A empresa Fibra Empreendimentos e Participações Ltda. venceu a concorrência 002/2016 e assinou, em dezembro, o contrato de pesquisa complementar para pesquisar e lavrar a barita contida no processo de DNPM 870.420/1980, localizada no município de Contendas do Sincorá. Ouro do Jurema Leste

Foram finalizadas a revisão de dados e o modelamento geológico das áreas do projeto com a produção de um Geological Opinion, elaborado por um consultor senior QP (Qualify Person), em conformidade com a Norma Canadense NI 43-101, para apresentação do prospecto ao setor mineral nacional e internacional.

Para isso, foram reanalizados os Log’s dos furos executados pelo Projeto Jurema Leste Fase, II / “Ouro do Contendas - Mirante e Serrinha - Olho D’Água”, com a finalidade de tipificar e quantificar os sulfetos e ouro que ocorrem associados com as formações ferríferas. Outras Atividades

Foram desenvolvidas pela gerência diversas atividades rotineiras, com destaque para: Acompanhamento dos direitos minerários em áreas com relatório final de pesquisa entregue ao DNPM até a obtenção das respectivas Portarias de Lavra e a assinatura do Contrato de Arrendamento com empresas parceiras; Acompanhamento técnico das pesquisas geológicas complementares, em áreas objeto de contratos de parceria entre a CBPM e empresas privadas, constantes dos Contratos de Pesquisa Complementar e Promessa de Arrendamento de Direitos Minerários; Fiscalização das empresas arrendatárias, no que se refere à produção e ao pagamento de royalties; Realização de visitas técnicas para fiscalização da produção das jazidas arrendadas.

Realizou-se, também, no âmbito dessa gerência, o projeto Avaliação Estratégica dos Distritos de Minério de Ferro da Bahia, objetivando realizar um diagnóstico sobre a presença de ferro na Bahia. A finalização dos trabalhos de campo e a elaboração do relatório final do projeto individualizaram cinco grandes distritos, contendo desde depósitos a simples ocorrências de minério de ferro.

O mais importante deles é o Distrito Ferrífero do Sudoeste da Bahia que engloba os depósitos de: (i) Caetité/Urandí; (ii) Brumado/Guajerú; (iii) Boquira/Botuporã e (iv) Paratinga/Riacho de Santana, todos eles com potencialidades para impactar fortemente na implantação do sistema FIOL/Porto Sul.

Além da Mina Pedra de Ferro, em Caetité, os depósitos da Santa Fé Mineração Ltda. e da MUMBAI Ore encontram-se em fase avançada de pesquisa e pode entrar em produção tão logo seja concluída a implantação da infraestrutura do sistema FIOL/Porto Sul, uma vez que estes projetos localizam-se às margens da ferrovia, nos municípios de Lagoa Real e Brumado, respectivamente. GERID – GERÊNCIA DE INFORMAÇÃO E DIVULGAÇÃO PROMOÇÃO DE OPORTUNIDADES MINERAIS Esse programa, desenvolvido pela Gerência de Informação e Divulgação - GERID, teve seus resultados alcançados reduzidos, mas dentro do padrão, pois foram publicadas as edições rotineiras do jornal interno “O Mineral” e os da série Arquivos Abertos e Publicações Especiais. Houve a cobertura de diversos eventos internos, apoio na área de treinamento (palestras internas) e manutenção do site e do novo canal de comunicação, o Newsletter CBPM. Infelizmente, porém, a empresa deixou de participar dos eventos técnicos externos, tão importantes para a área de negociação e atração de investimento, o que refletiu na pequena procura de empresários, resultando em apenas uma só licitação realizada este ano.

Na Série Publicações Especiais editorou-se a tese do Dr. Ricardo Fraga, para posterior publicação, "Inventário do Patrimônio e Geoconservação na Chapada

Diamantina - Bahia – Brasil e na Série Arquivos Abertos foi publicado o volume nº 41, "Integração de Dados e Seleção de alvos na Região de Brumado-Condeúba", de autoria de Inácio de Medeiros Delgado, Antônio Raimundo Leone Espinheira, Ives Antônio de Almeida Garrido e Pedro de Alcântara Rangel, tendo como organizadores os geólogos Icalmar Antônio Vianna e Adalberto de Figueiredo Ribeiro.

Foi realizada a editoração do relatório final do Projeto Bacia do Rio Pardo e o Estudo sobre a região Econômica Sudoeste N° 8.

A área de marketing e eventos - SEMAE deu-se apoio logístico ao ciclo de palestras da CBPM e às diversas atividades de apresentações e reuniões interna e externa, bem como na Litoteca para acadêmicos, iniciativa privada e equipes da CBPM;

Atendimento a empresa MGC pesquisa Mineral LTDA - Solicitada através do seu diretor geol. Sr. Marcelo Antônio Gonçalves Conceição e do geol. Walter Mônaco autorizados pela DTE a ter acesso ao furo FSG-A-1 do projeto Serrote de São Gonçalo em Monte Santo/Uauá para verificação e analise visual dos testemunhos de sondagem.

Apoio aos geólogos da GEBAP Ricardo Speafico e sua equipe geol. Francisco Dias e a técnica de geologia Francisca Lucia para analise de integração de dados do projeto Fazenda Coqueiro dos intervalos solicitados nos furos de sondagem FCQ01, FCQ02, FCQ04, FCQ06, FCQ13, FCQ15, FCQ16, FCQ18 e atividades de redescrição das análises de furos do Projeto Mundo Novo. Apoio Logístico e divulgação das palestras e treinamento, destacando-se:

-Palestra do Professor Cezar F. Ferreira Filho da Universidade de Brasília sobre o tema “Principais Depósitos de Ni-Cu, PGE Sulfetados Associados aos Magmatismo Mafico -Ultramafico: processo Metalogeneticos e exemplos”;

- Palestra da geóloga Rejane Lima Luciano sobre “Petrografia e Geoquímica das Rochas Metacarbonáticas no Complexo Angico dos Dias, Bahia/Piauí/Brasil”;

- Palestra dos diretores da Largo Mineração sobre a situação atual da Vanádio de Maracás;

- Palestra do diretor da Mineração Caiçara, Dr. Antonio Matias, sobre “Pequenos Depósitos Auríferos– Lavra e Beneficiamento – Modelos Realizados (Mato Grosso, Pará e Tocantins). Perspectivas na Bahia”;

- Palestra sobre “Corindon na Bahia: Tipologia dos depósitos e áreas para prospecção, ministrada pelo professor Haroldo Sá”.

Apoio logístico para apresentação no auditório dos diretores da Vanádio Mineração.

Coordenação da visita do gerente corporativo de Mineração e da doutora de Mineração da Galvani a Litoteca para analise dos testemunhos de sondagem do projeto Irecê.

Participação presencial no evento realizada pela (UNEB) com o tema A jornada Acadêmica de pesquisa e Extensão Universitária (JAPEX) de 22 a 24 de agosto no campo do Cabula. A CBPM compôs a mesa de abertura da jornada acadêmica. Em parceria com Museu Geológico a CBPM expôs seus banner e folder institucionais e exibiu o programa de governo Prisma com exibição de peças do Artesanato Mineral, além de filmes Institucionais no espaço reservado para empresa. Cobertura de reuniões e eventos:

Foram vários outros eventos, em 2016, que tiveram apoio do SEMAE, destacando-se:

1 - Apresentação da CBPM a comitiva dos Geologos do Serviço Geologico Chines 2 - Reunião técnica com a equipe da Galvani Mineração 3 - Assinatura de Contratos de Arrendamento com a empresa Mineração Jundu 4 - Assinatura de Contratos com a empresa Lagoa Mineração para pesquisa de Quartzo e Feldespato no Municipio de Castro Alves

5 - Assinatura de Contratos de Arrendamento com a Pedreira Santa Teresa 6 - Audiência Pública na Câmara Municipal de Salvador, Posse da nova diretoria da CIPA, Apresentação do Plano Inova Mineral na UFBA e Reunião de diretores com empregados. Palestra para alunos do Senai/Cimatec 7 - Visita dos novos superintendentes regionais do DNPM e CPRM 8 - Celebrações do Outubro Rosa e Novembro Azul 9 - XXXII Semana Integrada de Prevenção de Acidentes

Produção de matérias:

Durante o ano de 2016 foram produzidas 58 matérias para veiculação no site da CBPM e encaminhamento aos veículos de comunicação especializados em mineração e editorias de economia. Também foram reproduzidas, no site da empresa, 154 matérias sobre geologia e mineração veiculadas em sites especializados.

Clipping:

Repercussão de matérias produzidas pela Assessoria de Comunicação da CBPM em sites e jornais.

Jornal interno:

Em 2016 foram elaboradas e distribuídas as edições nº 34 a 37 do jornal “O Mineral”.

Newsletter (Mala Direta):

Durante o ano de 2016 foram elaboradas e encaminhadas 27 edições de mala direta com as principais notícias do mundo mineral repercutidas no site da CBPM e distribuídas para o público interno e externo participantes do mailing.

Na área do Setor de Desenho e Edições Técnicas – SEDET foram desenvolvidas diversas ações de apoio aos trabalhos e eventos da CBPM, aos bem como à Secretaria de Desenvolvimento Mineral e ao Museu Geológioco e Centro Gemológico da Bahia.

Apoio ao Ciclo de Palestras, na criação de cartazes e na divulgação das mesmas.

Continuação da digitalização do acervo técnico (texto, gráficos, tabelas, figuras e mapas) e apoio a Jornada Acadêmica de Pesquisa e Extensão Universitária – JAPEX / UNEB Criação de cartazes, folder e baner para os eventos da CBPM.

Elaboração de Manuais e cartilhas de procedimentos técnicos

O Setor de Geoprocessamento (Segeo) deu continuidade à organização das bases de dados dos projetos técnicos da CBPM, que consiste na padronização em estrutura de pastas, armazenada no servidor de arquivos, submetidos a backups diários. Estão sendo alocados os dados resultantes dos diversos projetos da área técnica, com a centralização das informações em estrutura de pastas-padrão e elaboração do tutorial, contendo normas e procedimentos. Este trabalho vem sendo desenvolvido em conjunto com as gerências, com o apoio da diretoria técnica da empresa. Deu-se continuidade, também, aos trabalhos rotineiros do setor, com o objetivo de manter as atividades contínuas de integração de dados e elaboração de layout de mapas e figuras, preparação de relatórios municipais de recursos minerais, preparação de dados para a produção de CDs, sensoriamento remoto, manutenção do site, inclusive do webgis, análise da escala e das bandas das cenas de satélite gratuitas, inclusive hiperespectrais, com destaque para as atualizações das bases planimétricas (hidrografia, sistema viário e localidades), vetorização de mapas, atualização de bases planimétricas (hidrografia, sistema viário e localidades), utilizando, basicamente imagens (Cybers, RapidEye, Ortofotos) e geração de modelos digitais de terreno, utilizando SRTM e ortofotos, entre outras importantes atividades para o desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa da CBPM.

Prosseguiram-se, também, os trabalhos do Projeto Estrada Real – Caminhos da Bahia, uma parceria entre a CBPM e a Secretaria Estadual de Turismo, tendo sido realizadas duas campanhas de campo. A primeira serviu para detalhar com precisão os trechos compreendidos entre os municípios de Iraquara e Morro do Chapéu, o que praticamente permitiu a conclusão do trecho entre Rio de Contas e Jacobina, bem como para adensar as informações no município de Boninal. Na segunda foi possível detalhar melhor os trechos nas cidades de Rio de Contas, Piatã e Morro do Chapéu. Ao fim destas duas campanhas, associados os trechos levantados durante os anos de 2014 e 2015, foi possível detalhar a rota da estrada Real, compreendida entre os municípios de Rio de Contas e Jacobina, em praticamente 100% de sua extensão, num total de 635 quilômetros atualizados. Alguns dos trechos levantados já possuem capacidade para serem potencializados como produtos turísticos, por atravessarem cidades históricas e locais de grande beleza cênica, associadas aos

trechos de calçamento, que podem ser classificados como turismo cultural e turismo de aventura ou geoturismo.

A CBPM deu prosseguimento, também, às atividades da Litoteca, onde estão cadastradas e armazenadas 19.172 caixas de testemunhos de sondagem, com aproximadamente cinco metros cada, totalizando 95.860 metros de furos de sonda, além de um expressivo número de amostras de sedimento e solo dos projetos realizados pela empresa ao longo dos seus 43 anos.

Localizada no Município de Simões Filho, está instalada no Centro Industrial de Aratu (CIA), nas dependências da SUDIC, em um espaço cedido pelo sistema de comodato. Todo o acervo está disponível para atender a comunidade geológica, cientifica e empresarial, abrigando um expressivo numero de amostras de sedimentos de corrente e de solos, arquivados em pequenos sacos plásticos e guardados em pastas - arquivo.

Nesse período foi finalizada a fixação de placas de identificação nos galpões, bem como instalados painéis com a descrição de todos os projetos e a identificação de onde encontrar as respectivas amostras nos pavilhões e prateleiras. O sistema de identificação também foi atualizado no aplicativo de consulta disponível no site da CBPM. Com isso, os técnicos têm conhecimento do volume de amostras de cada projeto, mesmo antes da visita à Litoteca. Consultas ao acervo de amostras dos projetos da CBPM também podem ser realizadas por pesquisadores de outras instituições públicas e privadas. Para isso basta programar a visita e solicitar autorização da diretoria técnica da CBPM.