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Página 32 Igreja da Santíssima Trindade, conheça a obra que Fátima abriu ao mundo. Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. Director: Abel Matos Santos Ano 2 Número 19 1 de Novembro de 2007 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222 Destaques Vaticano beatifica 498 mártires assassinados na guerra civil de Espanha. SUPLEMENTO NAS CENTRAIS Página 14 António Dias em entrevista, o tesoureiro fala-nos das contas das Festas, com 15 mil euros de lucro Páginas 45 Aficion ao rubro Tel. 243 677 049 Rua de S. Pedro, n.º 13 – 2100-164 Coruche A loja dos seus filhos! Aeroporto em Alcochete Aeroporto em Alcochete mais barato 3 mil milhões mais barato 3 mil milhões Conheça o estudo da CIP na página 9 Entrevista exclusiva Entrevista exclusiva com Zita Seabra com Zita Seabra página 3 Bombeiros assinalam Bombeiros assinalam 79 anos 79 anos página 11 página 35 Benfica Benfica e Sporting Sporting na Inauguração na Inauguração do novo relvado do Couço do novo relvado do Couço Conheça o novo T Conheça o novo Tratado de Lisboa ratado de Lisboa V amos aceitá-lo? amos aceitá-lo? página 16 CDU/PCP ao ataque CDU/PCP ao ataque A CDU/PCP vive A CDU/PCP vive num verdadeiro num verdadeiro marasmo político” marasmo político” “Intimidação e ameaça. “Intimidação e ameaça. Como disse o P Como disse o P apa apa «não tenhais medo»” «não tenhais medo»” página 8 página 21

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Igreja da Santíssima Trindade,conheça a obra que Fátima abriuao mundo.

Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Director: Abel Matos Santos – Ano 2 • Número 19 • 1 de Novembro de 2007 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: € 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222

Destaques

Vaticano beatifica 498 mártiresassassinados na guerra civil deEspanha.

SUPLEMENTO NAS CENTRAIS

Página 14

António Dias em entrevista, otesoureiro fala-nos das contas dasFestas, com 15 mil euros de lucro

Páginas 45

Aficion ao rubro

Tel. 243 677 049Rua de S. Pedro, n.º 13 – 2100-164 Coruche

A lojados seus filhos!

Aeroporto em AlcocheteAeroporto em Alcochetemais barato 3 mil milhõesmais barato 3 mil milhões

Conheça o estudo da CIP na página 9

Entrevista exclusivaEntrevista exclusivacom Zita Seabracom Zita Seabra

página 3

Bombeiros assinalamBombeiros assinalam79 anos79 anos

página 11 página 35

BenficaBenfica ee SportingSporting na Inauguraçãona Inauguraçãodo novo relvado do Couçodo novo relvado do Couço

Conheça o novo TConheça o novo Tratado de Lisboaratado de LisboaVVamos aceitá-lo?amos aceitá-lo?

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CDU/PCP aao aataqueCDU/PCP aao aataque

““A CDU/PCP viveA CDU/PCP vivenum verdadeironum verdadeiromarasmo político”marasmo político”

“Intimidação e ameaça.“Intimidação e ameaça.Como disse o PComo disse o Papaapa«não tenhais medo»”«não tenhais medo»”

página 8 página 21

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Com a organização desteevento, que em boa horaa autarquia coruchense

pretendeu inserir no programaoficial da XXIII Feira do Livroà margem da Bienal de artesplásticas e das XIX Jornadas deGastronomia de Coruche, foimeu desejo que se criasse umaoportunidade que possa contri-buir para que haja uma maiorabertura para análise e debatesobre a consciência política emCoruche.

Compreendo perfeitamenteque a presença e o testemunhoda Dr.ª Zita Seabra, possa tersido desconcertante para os quenão acreditam na nossa quasemilenar Pátria e Nação, de valo-rosos homens de bem, de riquís-simas tradições, bons costumese valores, de liberdade e demo-cracia, do nosso Humanismo eUniversalismo Portugueses, on-de “o Mundo todo abarca e nada

aperta”, segundo o nosso grandepoeta e vate imortal Luíz Vaz deCamões.

Hoje vivemos na era da De-mocracia Liberal, Democraciaesta que é inimiga do igualitaris-mo promovido pela chamadaDemocracia Popular, pois aDemocracia Liberal privilegia adiversidade e encara o ser hu-mano como pessoa, não igual,nem diferente, mas única.

A chamada Democracia Po-pular por tantas vezes ostentadapelos bárbaros regimes do lesteeuropeu, de forte cariz e pendorcomunista e estalinista, que jáprovocou mais de 126 milhõesde mortes e de vítimas no mun-do inteiro, posso afirmar queapesar de não perfilhar da ideo-logia marxista, tenho compai-xão pelos mais de cerca de 30milhões de comunistas soviéti-cos que foram condenados àmorte e brutalmente assassina-

dos pelo regime de Estaline,aquele que mais comunistasmatou à face da terra.

Hoje vivemos na era da De-mocracia Liberal, onde são va-lorizadas a privacidade, o espa-ço individual, as aspirações decada pessoa, onde impera oEstado de Direito, onde os De-veres, as Garantias e os Direitosestão consagrados pela Consti-tuição da República Portuguesa.

Hoje vivemos na era da De-mocracia Liberal, onde todos oshomens têm liberdade de ex-pressão, têm liberdade de acessoà informação, onde a informa-ção é livre de fluir e é livre deser distribuída e redistribuída,todos temos liberdade de esco-lha, temos responsabilidadespessoais, pois atingimos todos amaioridade.

Hoje vivemos na era da De-mocracia Liberal, e a luta que seavizinha será sem sombra de

dúvidas aquela contra os anõesda Liberdade, pois a censuranão é admissível, muito menos aDitadura do pensamento únicopoderá prevalecer.

A Liberdade enquanto tal, éa consagração da diversidade,ao invés do igualitarismo tãopropagado pelos anões da Li-berdade e Ditadores do Pensa-mento Único, é a consagraçãode um modo de vida livre,assente no direito à propriedadee iniciativa privadas, à Fé, àstradições, aos valores, aos usose costumes locais, à pertença auma estrutura social natural, queé a Família, a Comunidade e aNação, integradas numa Pátrialivre e independente.

É por tudo isto, que movi-mentos da sociedade civil, comoo da reposição do busto do ilus-tre filho da terra, o Sr. MajorLuíz Alberto de Oliveira, quegerou uma petição com mais de

1300 assinaturas, que o Jornalde Coruche dinamizou e entre-gou à Câmara de Coruche napessoa do seu Presidente, paraser discutida e votada, devemser apoiados, debatidos e acimade tudo respeitados.

Sei que a votação em sede deexecutivo estará para breve, de-pois da Presidente da Assem-bleia Municipal ter impedido asua aberta discussão, referindoque é da exclusiva competênciado executivo camarário a decisão.

Sei que o Sr. Presidente e oexecutivo não terão medo de adiscutir e de a votar! Outra coisao Povo de Coruche não espera,nem merece! Saber ser Livre eViver em Liberdade é saber vivera realidade guiado por um so-nho lúcido.

Viva Coruche, Viva Portugal!Um abraço fraterno.

____

No plano nacionalAssinalamos com satisfação

a divulgação do estudo da CIPsobre o novo aeroporto de Lis-boa que indica de forma clara eirrefutável as vantagens da cons-trução da nova unidade aeropor-tuária no actual campo de tiro deAlcochete, com as inevitáveisvantagens para o nosso concel-ho de Coruche. Será sem dúvidauma “lufada de ar fresco” para anossa economia e desenvolvi-mento. Que o saibamos prepararcom tempo e de forma susten-tada.

Também destaque para a pre-sidência portuguesa da UniãoEuropeia, com o texto para o no-vo tratado europeu, que “todos”prometeram que referendavam eque agora já dão o “dito por nãodito”. Esperemos que possamoster a oportunidade de discutir-mos e de nos pronunciarmossobre tão importante texto, quesendo para uns a “salvação” daEuropa, é para outros altamenteprejudicial aos estados mem-bros e às suas populações, jáque avança para um modelo defederação europeia ao invés deuma união intergovernamental.Sobre todos estes temas, po-demos ler ao longo deste jornal.

No plano localA bonita vila do Couço es-

teve em festa com a inaugura-ção do novo piso sintético paraa prática desportiva.

Equipamento fundamentalpara qualquer lugar, foi contes-tado e reprovado pela junta defreguesia local, mas o executivocamarário avançou com a obra eo povo esteve lá todo para feste-jar, tendo o presidente da juntaestado presente na inauguração.

Manifesta alegria de todos,nas habituais entregas de lem-branças e no jogo entre as equi-pas de velhas glórias do Spor-ting e do Benfica que ali se des-locaram, para mostrar que aindadominam o esférico.

Referência ainda para a pres-tação pública de contas dacomissão de festas, que o nossojornal ajudou a divulgar com aprodução da separata, que apre-senta um saldo positivo emcerca de 15 mil euros, algo iné-dito e que reflecte a competên-cia e rigor nas contas e na equi-pa deste ano.

Até ao Natal e façam o favorde ser felizes!

____Abel Matos Santos

Director

2 O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007

Fundador, Proprietário e Director: Abel Matos Santos • CP: TE 463 ([email protected])Redacção: Av. 5 de Outubro, 357-3.º B. 1600-036 Lisboa • Rua de Salvaterra de Magos, 95. 2100-198 CorucheFax: 243 675 693 • Tlm: 91 300 86 58 Editor: ProCoruche – NIPC: 507700376 Registo na ERC n.º 124937Depósito Legal: 242379/06 ISSN: 1646-4222 Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: MensalPaginação e Grafismo: Manuel Gomes Pinto Agenda e Notícias: [email protected] Principal: João Carlos Louro (CP 7599), Mafalda Fonseca e Edite Costa Revisão: Carlota Alarcão (CP 6731)Assinaturas e Publicidade: Isabel Pinto, Conceição Louro e Carlos Tadeia • ([email protected])Tlm: 91 300 86 58 • Contabilidade: Manuel Alves dos SantosImpressão: Empresa do Diário do Minho, Lda, Braga. Cobranças: Conceição LouroColaboraram neste número: Abel Matos Santos, Ana Palma, António Cabecinhas Mendes, António Colimão, AntónioMoreira, Domingos Xavier, Hélio Lopes, Luís Martins, João Louro, João Macedo, João Perry, Joaquim Mesquita, JoséCaeiro, Mariazinha Alarcão Macedo, Marta Costa Almeida, Miguel Mattos Chaves, Osvaldo Ferreira, Rita Cruz, RodrigoTaxa, Telma Caixeirinho, Vitório Rosário Cardoso, Búzios, Cáritas, GI-CMC, GI-GCS, GI-PSD, GI-PS, GI-PCP, GI-Verdes, NERSANT, Paróquia CCH, Rádio ONU, RVS.Fotografias: AMS, Carlota Alarcão, João Louro, Joaquim Mesquita, Manuel Pinto, Telmo-CMC, Vitório RosárioCardoso, GI-CMC, GI-GCS, Nersant.Cartoon: Pedro Nascimento Web: Henrique Lima

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A conferência e apresentação do livro “Foi Assim”, por Zita Seabra, que o Jornal de Coruche realizouno passado dia 13 de Outubro, ao coincidir com as comemorações dos 90 anos da aparição de Fátima,

terá, quiçá, tornado este evento algo controverso, talvez por este município ter sido, no passado,tradicionalmente conservador, afecto à força político-partidária do Partido Comunista Português.

As obras, as realizações e as vontades

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JC – Porque é que decidiuescrever o livro “Foi assim”?

ZS – O livro fala da minhavivência no PCP até ao ano de1989, altura em que sai e passeia ter uma vida normal. Retomeia vida profissional como editoraque é o que faço com muito gos-to, e, nos intervalos faço políticaque também gosto muito.

O livro “Foi assim” é umaautobiografia dos anos que mi-litei no comunismo, começaquando entrei no PCP e acabaquando saio do PCP, quandodeixei de ser comunista.

JC – Quais as razões que alevaram a escrever?

ZS – Primeiro por uma ati-tude egoísta em relação a mimprópria, ou seja, queria ter direi-to ao meu passado, à minha his-tória. Se eu não escrevesse olivro, roubavam-me o meu pas-sado, eu tenho o meu passado etenho direito a ele. Quanto maistempo passava, se não escre-vesse o livro, o meu passadoresumia-se a “foi militante doPCP e passou-se para o PSD” enão ficava tudo o resto.

Primeiro, passou o temposuficiente para não ser um livrode retaliação, de vingança. Nãoé nada disso e como estou per-feitamente bem com o meu pas-sado, já posso falar sobre ele.Falar sobre o que ele teve debom e mau! Falo do meu per-curso, do que gosto e do que nãogosto de ter feito.

O tom deste livro não é umtom magoado, é um tom normalde quem escreve memórias.

Eu tenho um amigo que medizia para escrever o livro aouvir o Avante, para colocar demanhã a tocar e escrever, paraeu criar o ambiente em que tinhavivido e ser capaz de transmitiressa experiência do que era adureza da vida clandestina e deestar longe da minha família.

JC – Como é na verdade oComunismo?

ZS – Eu cito no livro, os dis-sidentes da URSS,que começaram em1917 (começaram aios dissidentes), têmuma frase muitocuriosa e interessanteque é “os comunistas

apagam sempre os passados”.Veja o apagar do Trotsky dacélebre fotografia de Lenine achegar a São Petersburgo, emque ele sai da estação de com-boios e está Trotsky e ele passaa vida a desaparecer da foto-grafia, desaparece da história daUnião Soviética. É assim que oscomunistas funcionam.

Os nomes das terras mudam,São Petersburgo passou a Petro-grado, há Volvogrado, Lenine-grado, Estalinegrado, os nomesdas ruas mudam, portanto oscomunistas apagam do passa-do tudo conforme lhes interes-sa no presente. A mim, tambémme faziam isso com o meu pas-

sado, por isso achei que deviaescrever este livro.

Os dissidentes comunistasdiziam assim “o futuro é certo,seguro e cientifico, o passado aDeus pertence”, no comunismoé assim. Só encontrei um paísque resolveu bem estas ques-tões, por exemplo com as ruas.Foi em São Tomé, onde a certaaltura eles tinham a Rua Salazar,Rua Craveiro Lopes e então pu-seram Rua Ex-Craveiro Lopes,Rua Ex-Salazar, e aquilo ficoutudo bem!

Nós, sobretudo aqui, em re-lação a mim, acusam-me que es-tive lá e que lutei pela liberdade,foi a parte boa e já lá vamos àparte má, e os militantes pós 25de Abril, os chamados anti-fascistas retroactivos que quan-do era difícil não estavam lá,mas que apareceram a seguir ao25/4, como o Jerónimo de Sou-sa, o Vital Moreira, a Ilda Figuei-redo ou a Odete Santos. É tudodepois, porque antes era difícil,a coisa doía. Não me venhampois dar lições que não as rece-bo!

Eu escrevi esse livro pararecuperar o meu passado naqui-lo que ele tem de heróico, a lutapela liberdade, porque em mui-tos casos os comunistas têm umlado profundamente trágico.

O Comunismo foi sempreisto, em todo o lado, em Portu-gal e em todo o lado.

A tragédia são as ideiasque o comunismo defende eque em todo o lado deram omesmo resultado.

Esse é um dos motivos queme levou a escrever, é que aocontrário do que se diz e oiçomuita vez, “as ideias estão cer-tas, a prática do comunismo éque foi errada”, não é verdade!Ideias certas dão práticas cer-

tas, ideias erradas dão práti-cas erradas.

Uma vez o Joaquim Chissa-no dizia-me “Zita se o comunis-mo deu o que deu com brancos,pretos e amarelos (eu não podiadizer isto a ele, mas ele podiadizer-me a mim) é porque qual-quer coisa está errado no idealcomunista”. Na Rússia, Checos-lováquia, na China onde aindaestá a dar, onde ainda há presospolíticos que são mortos e fuzi-lados.

Eu estive recentemente nu-ma conferência com aquele jo-vem que ficou em frente àqueletanque na praça de Tianamen, eque na altura o mundo não res-pirou ao ver aquelas imagens,acabou por fugir para a embai-xada dos EUA, doutorou-se evive nos EUA, e, dizia-me elena tal conferência que os cole-gas dele ainda estão presos naChina.

Há fuzilamentos na China,por razões politicas e o Oci-dente está-se nas tintas paraos direitos do Homem. Háfuzilamentos em Cuba, a Cubade Fidel de Castro! Tem pre-sos políticos por delito deopinião. Os escritores e ospoetas cubanos por escreve-rem estão presos. Portanto ésempre o mesmo resultado!

Fidel de Castro matou e fezsofrer muito mais gente, muitomais nem tem comparação, doque Salazar. Che Guevara par-ticipou directamente nos pelo-tões de fuzilamento. Eu vim daFeira do Livro de Frankfurt eapresentaram-me um editor quelançou um livro chamado “Overdadeiro retrato de Che Gue-vara”, e, esta é a grande tragé-dia do Comunismo, é que asvitimas do Comunismo do

Zita Seabra esteve em Coruche, no passado dia 13 de Outubro, a convite do Jornal de Coruche,para uma conferência sobre o comunismo e apresentação do seu livro “Foi assim”.

Foi com entusiasmo que a recebemos e aqui deixamos o que de mais importante nos disse.

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 3

Farmácia S. JoséDir. Técnica – Maria Helena A.L. Barata Batista

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> continua na página seguinte

com Zita Seabra

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século XX parece que não exis-tiram, parece que não foramvitimas. Não têm memoriais,não têm monumentos, não têmretratos para as lembrarmos.

Existe, felizmente, um movi-mento que se chama Memorialque nasceu na Rússia logo aseguir à queda do muro de Ber-lim e à queda do império comu-nista, que foi organizado a partirdos intelectuais russos paraidentificar os tais milhões demortos do comunismo. Têm deter nome, são vítimas, e sóquando se percebe que a víti-ma de um Nazi é tão igual àvítima de um Comunista é quea gente fica bem com o mun-do. Quando percebi isso, deixeide ser comunista! Comunista nosentido da ideologia e volteipara a vida normal e retomei aminha vida profissional com aliberdade suficiente para fazer oque entendi.

JC – E a sua ida para oPSD?

ZS – Não negociei com nin-guém a minha ida para o PSD,não integrei nenhum grupo parapassar da bancada do PCP paraa do PSD. Fui para a minha acti-vidade profissional, primeiro naQuetzal, depois na Bertrand,tendo agora a minha própria edi-tora, a Aletheia.

A minha geração foi marca-da pela guerra colonial, trêsfrentes de guerra. Hoje quandose conta isso, as pessoas da ida-de dos meus filhos não perce-bem, mas a minha geração foimarcada por essa vivência, ondese ia para a guerra ou para oexílio.

Era uma geração revoltada,onde uns eram PC, outros ML’s,outro MRPP, outros Estalinistas.Eu a escrever o livro ainda mediverti, quando estava a acabarum amigo meu, José ManuelFernandes, Director do Público,dizia-me, “tu falas de um ple-nário logo a seguir ao 25/4onde ias falar para 5 mil estu-dantes, a maioria maoistas,estalinistas, Ml,s, Pctp-mrpp, efomos para lá aos gritos para tunão falares e na primeira filaestava eu”.

Depois saiu o livro e passadouns dias jantei com o JorgeCoelho, que todos conhecem doPS, e veio-me dizer que o livroera sério porque foi ver se fala-va de um plenário com estu-dantes, o tal plenário, e de factolá eu falava nisso. E ele disse--me, “é que na primeira filaestava eu”. Portanto vim a saberdepois destes anos todos quepelos menos dois que eu conhe-ço estavam na primeira fila anão me deixar falar.

Portanto, era um período

onde líamos as coisas mais hor-ríveis, como o livrinho verme-lho, livros de Lenine, de Sartre,de Mão, mas vivemos muito anossa geração e teria tido muitapena se não a tivesse vivido.

É fundamental o regime de-mocrático, o pluripartidarismo,com todos os defeitos que possater, é bom viver em democraciae num regime plural como é onosso.

A maioria dos dissidentes nomundo, os que saíram do comu-nismo, saem para partidos libe-rais. Aqui é que foi a excepção!Acho que foi por termos saídotodos muito tarde do comunis-mo, já muitos anos depois do25/4.

JC – Andou enganada noPCP?

ZS – Eu enquanto estive noPCP fui sempre comunista. Eununca digo, pois acho uma deso-nestidade intelectual aquelaspessoas que dizem “eu fui sem-pre dissidente”. Não, não, o sercomunista é aceitar e saber poronde se anda. Eu sei bem poronde andei e o que andei a de-fender. Não andei enganada!

E acho ridículo quem dizque andou enganado!

Eu quando lá estive defendiaa colectivização dos meios deprodução, a Ditadura do prole-tariado, o papel de vanguardados comunistas, da classe ope-rária, a superioridade moral doscomunistas, e, não entendo co-mo é que andou lá tanta gentesem saber onde andava!? Não éverdade que não soubessem, éuma desonestidade intelectual.

E portanto, eu digo no livro,e pago o preço por isso, queenquanto lá estive fui uma ver-dadeira bolchevique, fui diri-gente comunista, fui do comitécentral, da comissão politica doPCP. O meu gabinete era emfrente ao do Dr. Álvaro Cunhal,éramos seis naquele andar. Eu

sabia exactamente onde estava.Quando comecei a ser dissi-

dente, e a dissidência é como agravidez, não se pode chegar ao4.º mês e dizer agora durante umano fico no 4.º mês, não dá, aofim de 9 meses nasce a criança.A dissidência é igual, quando secomeça não acaba, acaba nasaída, foi sempre assim.

JC – É nessa altura quesai…

ZS – A partir do momentoem que se sai e se percebe quese esteve errado, que se percebeque mudou… (em Portugal todaa gente muda, mas às vezes per-gunto se fui só eu que mudei?Logo a começar pelos militaresdo 25/4, andavam a fazer a

guerra a 22 e 23/4 e no diaseguinte viraram as espingar-das), e ao longo da vida muitasvezes se muda, eu mudei!

Assumo do meu passadotudo o que ele teve de heróico ede trágico! Há uma parte dolivro que eu vivi e que me arre-pendo profundamente que é osofrimento que fiz aos meuspais, só depois de uma pessoaser mãe é que se percebe.

Também digo outra coisano livro que é ainda bem quefelizmente fomos derrotados,felizmente que perdi! Feliz-mente que Cunhal perdeu! Senão teríamos uma tragédiaigual ao dos outros paísesonde os comunistas forampoder! Rigorosamente igual!Não há uma excepção!

Felizmente que perdi, e porisso no lançamento do meu livroconvidei como um dos apresen-tadores, além do José PachecoPereira, o Dr. Mário Soares, poiso livro é também uma home-nagem a ele.

É evidente que o Dr. Sá Car-neiro, do PPD, o CDS, forammuito importantes no 25 de No-vembro, no derrotar o comunis-mo no fim do verão quente de

1975. Mas houve alguém, o Dr.Soares, que determinantementenesse dia, ajudou a que o PCPtivesse sido derrotado e o paíster podido entrar numa democ-racia e hoje podermos estar aquitodos a conversar. Se o Dr. Má-rio Soares não o tivesse feitonão estaríamos todos aqui a con-versar assim. O Dr. Soares foiimportante, agora anda amigodo Hugo Chavez (risos).

Álvaro Cunhal nunca reco-nheceu que tinha perdido no25/11, só reconheceu muitomais tarde, só quando o comu-nismo caiu na Rússia é que elereconheceu. Mas o que é certo éque foi derrotado. E o PRECacabou ali no 25/11, apesar de

se ter dito durante anos que con-tinuava em curso. Quando eu saíem 1989 ainda se dizia que esta-va em curso e é por isso que eutive um choque grande comCunhal, pois ainda se andava apreparar a revolução armada. Édai que vem o meu choque e édai que eu saio.

Mas o que é a realidade,sem fantasia nenhuma, é queo 25/11, com o Dr. Soares e oPS, foi determinante para aderrota do PCP. E portanto eudigo muito sinceramente, esteé o meu passado e conto-olivremente, e felizmente quefui derrotada!

JC – Há uma frase sua queme impressiona, “as vítimasdo nazismo são iguais às docomunismo”…

ZS – Ao estar há dias naFeira do Livro de Frankfurt, re-parei numa coisa engraçada. Háuns anos só se viam livros aexplicar a 2.ª Grande Guerra e afalar dos milhões de mortos donazismo, aqui na Europa culta,onde nasceram estas duas ideo-logias trágicas e que fizeram mi-lhões de mortos, o Nazismo e oComunismo.

Agora metade dos livros são

sobre o comunismo e pela Euro-pa inteira. Então encontrei umlivro francês com o título “Pro-letários de todos os países domundo, desculpai-nos”, isto ins-pirado na frase do comunismo“Proletários de todos os paísesdo mundo, revoltai-vos”. Deveser inspirado nessa geração doMaio de 68 que em França tam-bém andou a partir carros emontras e a partir tudo.

Há dois balanços que estão acorrer, a geração do Maio de 68,que alguns ministros francesesactuais integraram e alemãesestiveram até ligados à esquerdae a grupos terroristas como oBaader-Meinhof. Sarkozy che-gou agora ao poder a dizer quequer arrumar os ideais da gera-ção de 68, e ao mesmo tempo oque é feito das vítimas docomunismo? Os tais milhõesde mortos que não têm nome,homenagens, esculturas, pa-rece que não existiram?

Para a maior parte dos euro-peus continentais as vítimas docomunismo não existiram. Aideia é que talvez o Mao ou oPol Pot tenham feito para láalguma coisa, a Coreia do Nor-te, mas aqui parece que nãoexistiram… Isto é um lado dra-mático para a história da Euro-pa, porque se a Europa nãoassume as vítimas do comunis-mo que fez, se não assumimos onosso passado trágico e muitomau, então corremos o risco dea qualquer momento voltar aomesmo sítio.

Por isso é que acho muitoimportante esta memória doque foi a tragédia do comunis-mo, esta tragédia que o comu-nismo deixou. Eu relato no meulivro, como é possível apagá--la???

Foi brutal o que a Europa fezde mortos com o comunismo e onazismo e não adianta saberquem matou mais, porque dosdois lados foram milhões depessoas.

O nazismo em nome dasuperioridade da raça ariana e ocomunismo em nome de ideaisque deram o que deram sempree que hoje parece que se fazesquecer porque é que deram.Mas sabe-se muito bem porqueé que deram, foi o não olhar aosmeios que se usam para atingiros fins. Foi por isso que deusempre aquele resultado e dariasempre em Portugal. São essesideais comunistas que estãoerrados e que provocarameste sofrimento brutal.

JC – E o período do 25/4 ao25/11?

ZS – Felizmente que o pós25/4 com o comunismo até ao25/11, em Portugal, não fez

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 20074

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(continuação da página anterior) Grande Entrevista

A mesa com Dionísio Mendes, Presidente da Câmara, Zita Seabra e Abel Matos Santos, director do Jornal de Coruche

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muitas vítimas, mas isso nãoresultou do recuo do PCP massim do medo que teve de ser avítima, de ser derrotado pelasarmas. O partido comunistatenta dizer que recuou para evi-tar vítimas, para o pais nãoentrar em guerra civil. Não, émentira! Não fizeram nada por-que os militares todos do Norte,os paraquedistas, o PS, PSD, eCDS estavam unidos contra oPCP e não havia forças parafazer a revolução. Foi por issoque o PCP recuou, fez-se aquiloque o PCP chamou de dar umpasso atrás para depois dar doisà frente.

O PCP tentou de tudo, pren-deu latifundiários, ocupou ter-ras, ocupou fábricas, prendeucapitalistas, ao contrário de Espa-nha onde a transição para aDemocracia é feita sem proble-mas. O PCP quando perde aseleições para a AssembleiaConstituinte, depois de tentartudo para impedir as eleições,tudo, a reforma agrária arrancaprecisamente antes, tentou ocu-par tudo o que fosse possível,mandou o COPCOM prenderMelos, Champalimauds e essestodos, só porque eram capitalis-tas, não porque estivessem aconspirar. Até se prenderamMelos que não eram Melos, mascomo eram Melos de nome eviviam em Cascais foram presos(risos).

Enfim, o PCP tentou tudopara passar da revolução deFevereiro para fazer o nossoOutubro, inclusive afrontando econfrontando o Dr. Soares.

Álvaro Cunhal tentou fa-zer em Portugal exactamenteo mesmo que Lenine fez naRússia, tal e qual. Há a revo-lução de Fevereiro que é o nossoAbril e Cunhal previu 10 anosantes o que se ia passar e disseque “os militantes comunistasnão desertam, mas infiltram asforças armadas”, o que se pre-tendia era infiltrar o exército einfiltrou-se, para fazer virar asespingardas e elas viraram. Cu-nhal escreveu isto e agiu emconformidade. Só teve um prob-lema, tal como Lenine, é quequando a coisa aconteceu elenão acreditou.

Ele estava em Paris e nãoacreditou que o 25/4 se ia dar, aocontrário da Direcção do inte-rior. Quando saiu a coluna dasCaldas ele convocou uma reu-nião do comité central paraSetembro para Moscovo, e como que sucedeu veio a realizar-seem Alhandra.

Portanto, quando se deu o25/4 ele não estava cá, não veiode comboio como Lenine, veiode avião. É neste contexto que oDr. Soares me contou uma his-tória que eu não conhecia, Cu-nhal tal como Lenine, sobe paracima de um tanque com ummarinheiro e um soldado (comona tal foto onde está Trotsky quereferi e que os comunistas o

apagaram) e vem no tanque nomeio da multidão. O Dr. Soaresfoi esperar o Cunhal e no entusi-asmo daquela fraternidade al-guém coloca o Soares em cimado tanque e Cunhal quando o vêem cima do tanque manda-odescer, e, os camaradas fazemdescer o Dr. Soares. Há fotogra-fias e está tudo documentado.

O Dr. Soares disse que “aipercebi que ia enfrentar o PCPe o Cunhal a partir desse mo-mento”.

Mesmo depois do PCP per-der as eleições para a Consti-tuinte, atrás do PS, PSD e CDS,com uma votação reduzidíssi-ma, menos de 8 dias depois no1.º de Maio, nos festejos noestádio do Inatel, Cunhal nãopermitiu que a porta se abrissepara entrar o Dr. Soares. Ouseja, Soares tinha acabado deganhar as eleições, era ministroda república e o PCP e Cunhalnão o deixam entrar.

O marinheiro foi lá e fechou-lhe a porta na cara e não entrouna tribuna.

A partir dai é uma cavalgadado PCP até ao 25/11, onde foiderrotado, mas uma cavalgada atentar criar condições para arevolução armada. Eu sei de mui-ta coisa mas não posso provar,por isso só conto o que eu fiz.Eu tinha os estudantes metidosem casas, à espera que nosdessem armas para irmos para arua, para a revolução socialista,e no dia 25/11 tive o grande des-gosto de em vez de lhes dar asarmas e os mandar para as ruas,os envei para a cama, porque dooutro lado havia mais gente doque no nosso lado.

Foi com um grande desgostoque os mandei para a cama…Foi uma sorte! De tal maneiraque Cunhal depois enviou-mepara a União Soviética, mas issovem no livro.

Eu acredito que houvequem tenha sofrido muitonesses dias em Portugal. E éessa soma de vários sofrimen-tos que tem do nos fazer estaralerta para não voltarmos ai.

Não se pode sair do comu-nismo e dizer que só estávamoscom as coisas boas e que as más,que o Estalinismo e os milhõesde mortos, eram do Cunhal ouda União Soviética. Era da UniãoSoviética que recebíamos ordense dinheiro e era igual o que que-ríamos fazer, era o nosso mode-lo. Não é legítimo dizer que setraz a herança boa e que não te-mos nada a ver com a tragédia.

JC – Porque é que nãoficou numa área intermédiacomo o PS?

ZS – Porque na altura oSecretário -Geral do PS não erao Dr. Mário Soares, era o Dr.Jorge Sampaio, de quem eu nãogosto nada desde essa altura. ODr. Jorge Sampaio em plena dis-sidência do PC, fez uma aliançapara a Câmara de Lisboa com osortodoxos do PC e foi uma coisaque não foi muito bonita. Eu naaltura fui convidada, VitalMoreira convenceu-me a ir auma sessão do Dr. Sampaio quequeria estar com os dissidentespara dar uma ideia de que tinhaos ortodoxos mas não estavacom os ortodoxos, que era umapessoa que se dava com um ladoe com outro. Para a coisa ficarmais pacífica fui a uma recep-ção da candidatura do Dr.Sampaio e o Dr. Sampaio nãome cumprimentou, para não sairno retrato comigo.

Depois por acaso entrei parao PSD, e o acaso é neste sentido,na altura o PS começa a mudar ea deixar o socialismo, eu já tra-balhava nas edições na Quetzal eum dia fui a uma recepção ondeestava o Prof. Cavaco Silva e eledisse-me que acompanhavacom muita atenção o que estavaa fazer a minha editora, e eudisse o seguinte, “o Sr. Primeiroministro ontem deu uma confe-rência de imprensa onde diz queiam baixar os juros na bancapara as pequenas e médiasempresas, para ficar iguais aosjuros das grandes”. Disse-lheque não era assim, pois tinha idoa correr pedir uma livrança àCaixa Geral de Depósitos e fize-ram-me as condições anteriores.No dia seguinte, estávamos nogabinete dele, com o presidentedo Banco de Portugal a resolveressa questão e a discutir livran-ças e taxas de juro. A partir daificámos amigos e ele depoisconvidou-me para o PSD.

JC – Temos a China aindacom o comunismo e o pior doliberalismo selvagem.

ZS – A China comunistaexplora os seus habitantes, nãorespeita os direitos humanos e oOcidente não se importa, quer éfazer negócios com a China.Para o ano há lá os jogos olímpi-cos e ninguém se rala com osdireitos humanos na China.

Penso que o que se passa naChina é uma situação insusten-tável, pois é uma contradiçãomuito grande. O grande dramada China é o Partido comunistaestar no poder e não haver umaclasse média, pois é esta que faza estabilidade democrática. Alipassa-se dos muito pobres paraa nomenclatura comunista mui-to rica, dá o que dá.

JC – Como foi a sua expe-riência nas visitas à UniãoSoviética?

ZS – Eu fui a Moscovodepois do 25/11 e fui lá três ve-zes, e não quer dizer que vi pou-co. Eu achava que tudo o quevia confirmava aquilo que eudefendia. Tudo aquilo que eudefendia, quando lá ia, via comuns pequenos defeitos, umascoisas pequenas, porque nor-malmente antes de lá irmos ti-nham uma pequena conversaconnosco onde nos diziam, nomeu caso foi com Cunhal, queme explicou que não era tudoexactamente igual ao que se di-zia, que tinha alguns pequenosproblemas, que havia prostitui-ção e outras coisas.

Mas aquilo confirmava econfirmava porquê? Porquequeríamos confirmar aquilo queíamos ver! Era com essa dis-posição que se partia e portantotudo confirmava aquilo quequeríamos ver.

Eu relato alguns casos dra-máticos disto mesmo. Um dosmais inócuos que conto foi daprimeira vez que fui a Moscovoter perguntado porque não haviacafés? E os camaradas expli-caram “não, aqui não há cafésporque faz muito frio, ninguémvai ao café com 20 graus nega-tivos”, e eu achei normal aexplicação do camarada. Se ocamarada dizia que não haviacafé porque estava frio então eraessa a verdade.

Depois vou a Moscovo noinício da Perestroika e começo aver aquele povo em liberdade ea primeira coisa que abre emMoscovo são cafés! Eu fui àabertura do café e as pessoasestavam felicíssimas e foi ai queme lembrei do café do Pushkin.Que estupidez, como é possível

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 5

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ANÚNCIO

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 20076

acreditar que não havia cafésporque o clima é frio. Nas Dita-duras nunca há cafés, porque éai que as pessoas convivem efalam, que conspiram.

Outro exemplo, é o da cons-trução, em Moscovo, de umapiscina super moderna comondas e tudo, tendo eu ficadomuito contente com o avanço docomunismo, como eram fantás-ticos os camaradas e isto e aqui-lo, e depois a seguir quando lávou nessa viagem constato queMoscovo inteiro exigia deitarabaixo a piscina e reconstruir aigreja que lá existia antes dapiscina (que os comunistas dei-taram abaixo para fazer a pisci-na).

Eu fui ver os restos dessaigreja, dessa basílica, que foiconstruída para comemorar avitória sobre Napoleão, e quedepois foi destruída à bombapor Estaline para fazer a piscina.Enfim, achava aquela piscinafantástica e depois tive a maiordas vergonhas.

JC – E a Festa do Avante?ZS – Em relação à Festa do

Avante, este ano foi dedicada

aos 90 anos da Revolução deOutubro e alguém perguntou,mas acho que devíamos ter per-guntado mais, como é possível90 anos depois ainda fazer umafesta de homenagem aos 90anos de uma revolução quedeixou milhões de vítimas?

E essas vítimas começaramno tempo de Lenine, e é por issoque coloco uma fotografia nomeu livro em homenagem aessas vítimas, ao movimentomemorial que nasceu na Rússiaa seguir à queda do muro deBerlim. É uma pedra do pri-meiro campo de concentração,do primeiro Goulag que abriuna Rússia e esse campo foi aber-to por Lenine. E foram os in-telectuais comunistas que ele lámandou, como Gorky, que escre-veram algumas das páginasmais horríveis desta históriatoda. Lenine para calar o Oci-dente que protestava a dizer quese estavam a atropelar os direi-tos humanos, escreve a dizerque é uma prisão óptima, ondetudo é lindíssimo.

Tudo isto foi e é uma ver-gonha, um horror.

JC – O comunismo estáesgotado?

ZS – Totalmente. O comu-nismo felizmente morreu! Ain-da subsiste na China, Birmânia,Cuba e Coreia do Norte. Esperoque rapidamente acabe.

O movimento memorial fezum monumento em homena-gem às vítimas do comunismona praça principal de Moscovo,onde existe e existia desdeLenine as polícias políticas co-mo o KGB ou NKVD, e à frentena praça Lubianka colocou umapedra trazida desse antigo con-vento ortodoxo que se transfor-mou simbolicamente no pri-meiro campo de concentraçãoaberto no Goulag. É por issoque trouxeram essa pedra e essapedra lá está.

Se forem a Moscovo e pas-sarem por essa praça e virem apedra, lembrem-se que ela re-presenta milhões de mortos docomunismo que a história quaseesqueceu.

____

Entrevista deAbel Matos Santos

Fotos de Joaquim Mesquita

Locais • Notícias Locais • Notícias

GG R A N D ER A N D E EE N T R E V I SN T R E V I S TT AA

(continuação da página anterior)

com Zita Seabra

VENDA DE PINHAS MANSASA Santa Casa da Misericórdia de Coruche recebepropostas para venda das pinhas mansas das suaspropriedades:

MONTE DA BARCA, VALE VERDEe ANIVERSÁRIOS

As propostas deverão ser entregues em carta fecha-da, uma para cada propriedade, na Secretaria daSanta Casa, Largo de S. Pedro nº 4 – 1º Andar, emCoruche, até às 17 horas do dia 16 de Novembro de2007.

A abertura das propostas será feita e comunicadaposteriormente.

A Santa Casa da Misericórdia reserva-se o direito denão aceitar qualquer das propostas caso o seu valornão seja do interesse desta Instituição.

Coruche, 16 de Outubro de 2007.A Mesa Administrativa

Santa Casa da Misericórdia de Coruche

Recebeu-se para não culti-var. Esta norma da dita “senho-ra” UE deu muito que falarquando foi instituída.

Só se podia produzir segun-do os ditames da “organização”.“Que ninguém se preocupasse”porque os EUA e afins produzi-am tudo o que nos fazia falta(produtos agrícolas entenda-se)por preços muito baixos. Paraquê então estar a produzir comcustos elevados se o dinheiro épreciso para tanta coisa?

Que nos voltasse-mos para aindustria (?) pois que haveria,por certo, muita coisas quepoderíamos fazer. Agriculturacomo sempre se fez é que nempensar.

Pois. Teoricamente pareciatudo estar correcto. Só queesqueceram-se (?) de que há umdado importante no meio detudo isto: chama-se petróleo.

Em fim de vida dizem. Vaidaí os nossos “benfeitores” te-rem chegado à brilhante conclu-são que afinal o dito cujo petró-leo teria que ser substituído mastarde ou mais cedo, parece quemais cedo do que tarde, por ou-tras energias chamadas alterna-tivas.

Pois bem, como morre acivilização se acabar o “popó” etudo o que lhe anda à volta, váde inventarem combustível apartir , por exemplo ,do óleo demilho. O bio-combustível.

Ora bem, então, novas regrasamigos! A partir de agora nemmais um baguinho que seja dotal milho que nos prometeramvender na quantidade que qui-sesse-mos por “dez réis de melcuado”.

Todos os baguinhos são pre-ciosos para transformar no talproduto milagroso que nos vai

salvar a todos. Então o que eraverdade ontem, por magia dos“senhores do universo”, é men-tira hoje.

Terras em pousio? Que lou-cura! Toca mas é a semear tudo,todinho mesmo que ainda tem éque nos vender bastante cereal.Por enquanto a preços inimagi-náveis até aqui. O “Eldorado”está aí!

Milho a preços de fazer sal-tar a mola a qualquer agricultore a fazer que o sonho seja rapi-damente ansiado por muitos.Terras a atingirem certamenteloucuras de preço de renda porHectare.

A procura vai “enlouquecer”as gentes. Vêm aí anos de far-turinha. Muita farturinha.

Faz-me lembrar o “leite dopadre””. Um dia destes conto ahistória!

____

O “leite do padre”ou a “abençoadadesordem”

João Costa Pereira

REFLEXÕES

No passado mês de Outubro,um condutor atropelou de formaviolenta e brutal uma mulherresidente na Fajarda, quandoesta atravessava a estrada numapassadeira de peões, junto a suacasa, na Fajarda, Coruche. Ocondutor do veículo, deu entra-

da no Hospital Distrital de San-tarém em estado grave.

A nossa conterrânea MariaEmília de Oliveira, casada emãe de um rapaz, foi a sepultarpara o cemitério da Fajarda. OJornal de Coruche endereça assentidas condolências à família.

Atropelamentomata mulherna Fajarda

Uma idosa de 77 anos foiroubada por um homem que sefez passar por funcionário daSegurança Social.

O bandido, pediu para ver asnotas que a mulher tinha emcasa para ver se eram notas vál-idas e mal se apanhou com o

dinheiro colocou-se em fuga deautomóvel.

As autoridades avisam parase evitar ter somas avultadas dedinheiro em casa e em caso dedúvida chamar sempre as auto-ridades.

Homem roubaidosos

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 7

CASAS COM GENTE, foio nome do programa que aCâmara Municipal de Corucheapresentou, no passado dia 19de Outubro, no Museu Munici-pal de Coruche.

De acordo com a autarquia“o Centro Histórico da Vila deCoruche à semelhança de tan-tos outros centros históricos,tem, nos últimos anos, sofridoum decréscimo populacionalelevadíssimo resultado da fugadas camadas mais jovens parazonas periféricas, em especialpara as áreas de foros”, peloque “um dos alvos do novoQREN é precisamente a reabi-litação e renovação urbana”.

Para a autarquia, o “trabalhode reabilitação implica nãoapenas intervir no edificado,mas também revitalizar, trazen-do para os Centros Históricosmais população, incentivando aaquisição de prédios nos cen-

tros históricos e possibilitar oarrendamento”.

Para atingir este objectivo aCâmara de Coruche vai criar umsubsídio para permitir um im-pulso no mercado de arrenda-mento e no de aquisição dehabitação própria a novos ca-sais, que pretendam vir a residirno Centro Histórico, pretenden-do que os actuais proprietáriosrentabilizem os seus bens e pa-ralelamente reabilitem o edifi-cado no Centro Histórico.

Para o presidente da autar-quia, O programa “CASASCOM GENTE” é uma ideia en-tusiasmante, visto que “este pro-grama insere-se numa estraté-gia mais vasta que visa a pro-moção, requalificação e revita-lização do Centro Histórico daVila de Coruche”

Dionísio Mendes avançacomo os principais objectivosdo projecto “atrair pessoas pa-

ra a zona urbana mais antiga,envolvendo os proprietários deimóveis, estimulando o mercadode arrendamento e a transacçãode prédios urbanos”.

O edil acrescenta ainda ou-tras intervenções futuras: “va-mos mexer também nos espaçospúblicos – passeios, ruas, lar-gos, praças, iluminação, sinalé-tica, mobiliário urbano, espa-ços verdes, jardins, etc., estandoneste momento em curso a cria-ção de uma SRU – Sociedade deReabilitação Urbana, que seráo motor da recuperação do edi-ficado e coordenará a políticaurbanística para o Centro His-tórico”.

O autarca de Coruche acre-dita que “a requalificação ur-bana acrescentará qualidade devida, aumentará a atractividadee ajudará a fixar populações”.

____GI-CMC

Programa Casas com GenteObjectivo – Subsidiar a aquisição ou arrendamento de imóveis no Centro Histórico da Vila deCoruche. A renda total do imóvel não poderá ascender a mais de € 500 e o valor de aquisiçãodo imóvel não poderá ascender a mais de € 100.000.

Destinatários – Arrendatários com as seguintes características:a) O rendimento per capita seja superior a € 350 e inferior a € 1000;b) Não sejam proprietários de habitação própria permanente.

Proprietários com as seguintes características:a) O rendimento per capita seja superior a € 350 e inferior a € 1000;b) Que tenham adquirido, no ano anterior ao da candidatura ou venham a adquirir até ao

máximo de um ano após o fim do concurso, um imóvel para habitação própria e per-manente no Centro Histórico da Vila de Coruche;

c) Que não sejam proprietários de habitação própria permanente, salvo a que é objecto desubsídio a atribuir nos termos do presente regulamento.

Período de Duração – De 1 a 5 anos se se mantiverem os pressupostos que justificaram aatribuição.

Valor do subsídio – Não pode ser inferior a € 75 nem superior a € 200, sendo o valor fixadoanualmente pela Câmara Municipal.

Actualização do montante do subsídio – Índice de preços do consumidor conhecido noprimeiro dia útil do mês de Janeiro de cada ano.

A quem é pago o subsídio? – A fim de garantir o pagamento da renda o subsídio é pago direc-tamente ao proprietário do imóvel. No caso da aquisição o subsídio é pago ao beneficiário.

Forma de atribuição do subsídio – Por concurso, com os seguintes critérios de atri-buição:Agregados familiares em que os dois elementos trabalhem na área do Município de Coruche;Agregados familiares em que um dos elementos trabalhe na área do Município de Coruche;Agregados com o maior número de elementos; Agregados familiares com média de idades inferior a 30 anos;Agregados familiares com mais baixo rendimento per capita.

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A CDU/PCP de Coruchevive actualmente num verda-deiro marasmo político. Nãotem ideias, não dá sugestõesnem apresenta propostas parao futuro do concelho.

___

Foi assim que o comunicadodo PS de Coruche, respondeu àCDU. Para o PS:

– os eleitos comunistas limi-tam-se a criticar o trabalhodesenvolvido e não fazem pro-postas

– O que custa à CDU é quea câmara de Coruche é activa,empreendedora, tem iniciativa,faz obra, contrariamente ao quesucedeu durante quase trintaanos de poder comunista

– a CDU que fique des-cansada que os coruchensesnão são tolos nem andamenganados. Conhecem o nosso

trabalho há cinco anos e decerteza que não se enganaramem 2001 e em 2005

– Agora até se dão ao des-plante de afirmar que a comuni-cação social é controlada peloPS. Que conclusão mais patéti-ca. Para o PCP de Coruche acomunicação social não sabever, anda de olhos tapados, qualceguinho, guiada pela mão doPresidente da Câmara e do PS.De certeza que se vêem ao es-pelho e anseiam pelas práticasdos países onde são ou forampoder. Todos nos lembramos daex-União Soviética ou de Por-tugal no período do PREC.Todos sabemos o que se passaem Cuba, na China e na Coreiado Norte.

– Na obra da Zona Ribei-rinha o comportamento daCDU e dos seus vereadores foide votar a favor os “trabalhos a

mais” e agora até parece queestiveram ausentes nessas de-cisões.

– a CDU inventa irregulari-dades e ilegalidades onde o Tri-bunal de Contas as não encon-tra.

– no último mandato daCDU todos recordamos as vi-cissitudes da obra do MuseuMunicipal (única obra de relevorealizada pelos comunistas na-quele período de quatro anos).

Ele foi “trabalhos a mais”,

facturas sem requisição recla-madas sem estarem devida-mente documentadas. Mais de180 mil euros ao custo inicial daobra. O executivo do PS teve,inclusive, de pagar em 2005duas facturas referentes à obra,quando esta terminou em 2000.Em suma, uma grande bagunça.

– toda a documentação doObservatório da Cortiça foifornecida à CDU, com técnicosdisponíveis

– falam de cor para iludir apopulação ou a CDU tem infor-mação privilegiada

– Os coruchenses conhecem-nos. É por Coruche que trabal-hamos e por muito que custe aoPartido Comunista, o concelhovai continuar a assistir aonascimento de obras e de inicia-tivas que fazem falta ao desen-volvimento do concelho.

João Louro

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 20078

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A CDU de Coruche emconferência de imprensa no dia23 de Outubro, acusou a gestãoPS na Câmara de descalabro.

Acusam de:– viver uma situação sem

paralelo na História da gestãoda autarquia

– ambiente controlado pelapropaganda política

– Assessores de comunica-ção para esconder erros, as in-capacidades, promessas eleito-rais por cumprir e incompetên-cias

– graves irregularidades eilegalidades nas obras da ZonaRibeirinha de Coruche

– autoritarismo e arrogância– trapalhada na obra da

Central de Camionagem eObservatório e da Cortiça

CDU quer explicações doPresidente da Câmara

Para a CDU “perante estesfactos, o presidente da Autar-quia, tem a obrigação de darexplicações aos Coruchenses,

nomeadamente: De quem sãoas responsabilidades pelos er-ros na medição do projecto?; Oque se está a passar na Câmarapara que várias empreitadas novalor de centenas de milharesde euros sejam suspensas porerros nos projectos? Quem fo-ram os projectistas da obra da

Central de Camionagem e doObservatório do Sobreiro e daCortiça? Quanto custaram osrespectivos projectos? Qual aentidade que vai suportar opagamento da indemnização aoempreiteiro; É a Câmara comodona da obra? Então o Presi-dente da Câmara tem de assu-

mir a responsabilidade peranteos Coruchenses pelos mais de125 mil euros dos cofres munici-pais que terão de ser pagos aoempreiteiro a título de indemni-zação”. Estes acontecimentos,segundo a CDU, “estão a mos-trar o colapso da gestão do PSna Câmara de Coruche”.

Para a CDU, “hoje não háqualquer obra municipal derelevo a decorrer no concelho eas que existiam estão paradas.A CDU adiantou que, irá ac-cionar junto das entidades com-petentes as medidas que consi-derar adequadas para que averdade seja conhecida e apu-radas as responsabilidades”.

Entretanto, no dia 24 de Ou-tubro, os vereadores da CDUabandonaram a reunião extra-ordinária, alegando que não lhesfoi facultado qualquer docu-mento relativo ao assunto agen-dado para deliberação: Rescisãodo contrato da Empreitada deConstrução do Edifício doObservatório do Sobreiro e daCortiça.

Os vereadores da CDU,acusam o executivo PS, “de vio-lar as elementares regras dofuncionamento colegial e demo-crático do órgão autárquico –Câmara Municipal, pois foi-lhesnegado documentação relativaa todo este processo”.

____

CDU/PCP acusa e PS defende-se

“A CDU/PCP vive num verdadeiro marasmo político”

Política • Política Local • Política • Política Local • Política • Política Local • Política • Política Local • Política

Conferência de Imprensa da CDU, Manuel Coelho, Armando Rodrigues e Ricardo Raposo

Joaquim Banha, presidente da concelhia do PS

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 9

CERTIFICADOAntónio Luís Santos Fernandes Pelixo, devidamente autorizado pela Notária, Clara Maria Pereira dos

Santos Rodrigues, com Cartório sito na Rua Elias Garcia, Edifício Magos, Loja I, em Salvaterra de Magos, certifi-co narrativamente, para efeito de publicação, que foi lavrada neste Cartório hoje, a folhas quarenta e oito e seguintes,do livro de notas para escrituras diversas número dezoito-A, uma escritura de justificação, na qual AlbertinaParreira Aleixo, viúva, natural da freguesia e concelho de Almeirim, residente na Estrada da Lamarosa, em SantoAntonino, freguesia e concelho de Coruche; e José Maria Pires, natural da freguesia e concelho de Coruche, casa-do com Maria Antunes de Sousa Pires sob o regime de comunhão de adquiridos, residente na Rua Manuel Giraldesda Silva, n.º 130, 2.º esquerdo, na cidade de Montijo, e disseram que, são os únicos herdeiros de António das NevesPires, falecido em cinco de Outubro de dois mil e três na freguesia e concelho de Coruche, que foi casado com amencionada Albertina Parreira Aleixo, sob o regime de comunhão de adquiridos, em únicas núpcias de ambos, sendoo referido José Maria Pires o único filho do casal.

Que, com exclusão de outrem, eles, outorgantes, são donos e legítimos possuidores em comum e sem determi-nação de parte ou direito, de um prédio urbano, sito em Santo Antonino – Quinta do Lago, freguesia e concelho deCoruche, composto de rés-do-chão e primeiro andar, com a área coberta de oitenta metros quadrados e descoberta deseiscentos e oitenta metros quadrados, a confrontar do norte com a Estrada da Lamarosa, do sul com Calçadinha, donascente com Quinta do Lago e do poente com Estrada, inscrito na matriz predial urbana da freguesia de Coruche sob oartigo 14.614, a desanexar do prédio descrito na Conservatória do Registo Predial de Coruche sob o número sessenta esete, a folhas cento e cinquenta e duas, verso, do Livro B-Um, encontrando-se a aquisição deste registada em comum esem determinação de parte ou direito a favor de Maria Joana Ribeiro Teles Mexia Barata Nunes Batista e Maria doCastelo Ribeiro Teles Mexia Barata, pela inscrição número dez mil trezentos e vinte e três.

Que, o marido e pai dos outorgantes comprou há trinta e cinco anos, a D. Maria Joana Ribeiro Teles MexiaBarata Nunes Batista e a D. Maria do Castelo Ribeiro Teles Mexia Barata, já falecidas, que foram residentes emCoruche, titulares inscritas do prédio donde é a desanexar, uma parcela de terreno com a área de setecentos e sessen-ta metros quadrados, com as confrontações, supra referidas, pelo preço de trezentos mil escudos, não tendo feito,porém, a respectiva escritura pública, tendo entrado logo na respectiva posse.

Nessa mencionada parcela de terreno o casal formado pela primeira outorgante e seu falecido marido pro-cedeu logo em mil novecentos e setenta e cinco à construção de uma casa de rés-do-chão e primeiro andar para suahabitação, que foi acabada em mil novecentos e setenta e sete, com o prévio e respectivo processo camarário.

Que, portanto, já possuem este prédio há mais de trinta e cinco anos no que se refere à parcela de terreno, primeiroa mencionada Albertina Parreira Aleixo e seu marido, e depois dele, ambos os ora justificantes, e a edificação, já há maisde trinta anos, sempre de forma pública, pacífica, contínua e de boa fé, sem oposição de ninguém, usufruindo-o, limpan-do-o, conservando-o, pagando as respectivas contribuições, e retirando dele todas as suas utilidades.

Que o prédio está demarcado, autonomizado, há mais de trinta e cinco anos, usufruindo-o como próprio, esendo reconhecidos por toda a gente como seus únicos donos.

Que não têm título para comprovar o seu direito no que se refere à aquisição da parcela de terreno, nem pos-sibilidade de o conseguir pelos meios extrajudiciais normais, tendo em consideração os falecimentos havidos.

Que não têm outra hipótese de comprovar documentalmente o seu direito extrajudicialmente.Que, dado o tempo decorrido, e a forma da sua posse, já adquiriram o mencionado prédio por usucapião,

invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para efeitos de registo, e suprindo, assim, a inexistência dotítulo para todos os efeitos legais.

Está conforme o original, na parte a que me reporto.Salvaterra de Magos, Cartório Notarial, 27 de Setembro de 2007.

O Colaborador(Assinatura ilegível)

Factura n.º 2563

NOTARIADO PORTUGUÊS

Segundo o estudo Confederação daIndústria Portuguesa (CIP), só naconstrução do aeroporto em Alco-chete, com um custo previsto de doismil milhões de euros, se vai conseguiruma poupança de mil milhões deeuros, em oposição à opção Ota.

A localização do novo aeroporto noCampo de Tiro de Alcochete, numa zonaplana e pertencente ao Estado, “ofereceuma economia superior a mil milhões deeuros por não requerer expropriações epoder beneficiar de maior grau de finan-ciamento da União Europeia, por selocalizar no distrito de Santarém”,referiu uma fonte ligada ao estudo emdeclarações ao Diário de Noticias.

Adiantou ainda que a proposta da CIPdefende uma “integração perfeita” entreo novo aeroporto e a nova rede de TGV,

bem como as ligações aos sistemas ro-doviários e ferroviários. Os outros doismil milhões de euros, podem poupar-secom a construção de uma nova ponteentre o Beato e a península do Montijo, e

na redefinição da rede de alta velocidade,com um troço comum nas ligações ao Por-to, Madrid e Algarve, em oposição à ponteChelas-Barreiro e à rede de alta veloci-dade já aprovada pelo Governo.

Em relação ao aeroporto da Portela, oestudo da CIP deixa em aberto a possibi-lidade de encerramento após a aberturado novo aeroporto, bem como o seu fun-cionamento em simultâneo com Alco-chete.

O estudo sugere uma saída comumpara as ligações de alta velocidade aoPorto, Algarve e Madrid, com partida daGare do Oriente ou de uma nova estaçãoa construir em Chelas/Olaias, e, umaligação do novo aeroporto ao nó fer-roviário do Poceirão, enquanto o projec-to de alta velocidade aprovado pelo Go-verno prevê a construção de duas linhaspara a saída de Lisboa.

A CIP propõe também a construçãode uma segunda ponte, de pequenasdimensões, para ligar o Barreiro à penín-sula do Montijo.

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Estudo da CIP prova que Alcochete é a melhor opção

Novo Aeroporto por menos 3 mil milhões em Alcochete

De acordo com o estudo da CIP, divulgado no passado dia 26 de Outubro,a opção Alcochete para novo aeroporto de Lisboa permite poupar 3 mil milhões de euros,

incluindo uma nova ponte e o redesenho da rede de alta velocidade.

O presidente da Câmara deCoruche, após reunião com téc-nicos das Estradas de Portugal ede Engenharia Militar desejaque se venha a colocar umaponte militar a montante da ac-tual ponte Gen. Teófilo da Trin-dade, que vai entrar em obras derecuperação. Dionísio Mendesinformou ainda que esta ponte“permitirá a passagem de veí-culos ligeiros e pesados até às17 toneladas”.

Os trabalhos de reforçoestrutural e repavimentação deseis das sete pontes que vão des-

de o Monte da Barca até à vilade Coruche, irão durar cerca deum ano e obrigar a um corte detrês das pontes durante doismeses.

Fonte municipal informouainda que a montagem da pontemilitar se fará em aproximada-mente duas semanas e a autar-quia já definiu com proprietá-rios dos terrenos das duas mar-gens do Sorraia, onde se irá ins-talar a ponte. Também já se es-tão a recuperar estradas mu-nicipais alternativas e a reforçara sinalização

Ponte militarem Coruche

A concelhia de Coruche doPSD disse em comunicado ser“impensável realizar obrasquando as cheias são previsí-veis”, referindo ser “de lamen-tar que se tenha anunciadoprimeiro a intervenção naspontes sem se ter contempladoprimeiro as alternativas”, disse

José Manuel Potier, porta vozdo PSD.

De acordo com a concelhiado PSD de Coruche, realizarobras nas pontes antes da pri-mavera é uma aberração pois acirculação alternativa pode ficarimpedida por causa das cheias.

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PSD contra obrasnas pontes antes

da Primavera

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200710

Cartas ao Director

Caríssimo Abel

Após nos termos encontrado na passada semana à porta da minha residência de Coruche, trocámosalguns minutos de plena conversa na medida em que tanto tu como eu estávamos apressados. Falámosum pouco e deste-me o Jornal para eu ler, tendo eu retorquido que não tenho tempo nem disposição paraler jornais matutinos que se vendem em Lisboa e no restante país Lusitano, quer até outro e qualquerjornal.

De Coruche, também te afirmei que nada de especial e que pessoalmente nada de todo me interes-sa, pois cada vez estou menos em Coruche, permanecendo agora mais tempo em Lisboa e como tam-bém tenho alguns investimentos turísticos em África, passo muito do meu precioso tempo de vida nes-sas magníficas terras africanas. Contudo e porque somente me desloco e permaneço em Coruche, porrazões que são meramente profissionais relacionadas com a criação de cavalos Puro Sangue Lusitanos,coisa que gosto com paixão e como não tenho outras razões quer sociais quer familiares, na medida emque não tenho familiares em Coruche, não tenho amizades (pois infelizmente estes já desapareceram domundo dos vivos) apenas tenho as minhas actividades agrícolas em Coruche e Montargil. Contudo,tenho como o sabes o meu efectivo equino (com alto valor genético), tanto éguas como alguns cavalosLusitanos (Puro Sangue Lusitanos).

Vi o jornal no espaço do Museu Municipal há já bastante tempo e francamente só li a primeirapágina… Mais tarde li-o ou melhor dizendo, li os títulos e nada mais me chamou qualquer interesse.

Coruche, terra de boas gentes. Coruche com grandes potencialidades em todos os domínios easpectos, com um futuro que poderia ser promissor, mas não o é e em meu ver (e não só) nunca o será.Coruche terra agrícola, Coruche com uma óptima localização geográfica, Coruche está dotado ao aban-dono. Digo e direi ao abandono. Os órgãos Autárquicos nada fazem, quem pretende investir (fá-lo emoutro local do país), desiste, não há empregos, a agricultura está reduzida a zero, a indústria de igual eo comércio, esse então nem falar, só um ou dois espaços de avultado nome e lojas dos chineses, alémdos “empregos” da CMC. Nada tenho contra os chineses, quando visitei Macau, adorei!!

A política destruiu Coruche. A alta corrupção apoderou-se do país, apoderou-se do Governo,apoderou-se de quase todas as autarquias e este pobre país que de recursos pouco tem, mas é bem ricopara os amigos “democratas” que infelizmente se apoderaram de Portugal. Os senhores Mário Soares,Barroso e uma lista infinita de nomes de pseudo-políticos da Abrilada de 1974 não souberam levar opaís a bom rumo e está-se a ver a miséria em que Portugal está!! A entrada abrupta para a CEE foi umacatástrofe. O turismo, a saúde, a justiça – a que eu chamo “injustiça” que é vergonhosa, como inúmerosexemplos do apito “amarelo”, da casa Pia etc, etc. – é só e apenas para como se dizia antigamente “é sópara Inglês ver …”!!!

Coruche, a CMC inventou inovações “tecnológicas” e só pensam em Festas. Eu sei o porquê!!Iremos pois ao assunto o que propriamente me levou a escrever-te como Director do Jornal de Coruche.

O motivo foi eu ter lido todo o jornal que há dias me ofereceste e começo desde já por apresentarmuito sinceramente os meus Parabéns. PARABÉNS em letra maiúscula pois creio bem que o mereces.

Gostei dos artigos, gostei da paginação e gostei sobretudo de ver um excelente artigo de um senhorque não conheço Sr. Dr. Miguel Mattos Chaves cujo título – “As mentiras dos dirigentes comunistas” –Artigo verdadeiro, realista e com afirmações totalmente concretas e concisas. Assim é escrever!!... Aí eupoderei afirmar que conheço bem a Federação Russa e países seus aliados, pois me desloco assidua-mente à Federação Russa, já que sou casado com uma Russa que é professora Universitária e que mecontou cenas absolutamente inacreditáveis. Agora São Petersburgo está totalmente ao avesso com muitoturismo, uma economia capitalista e uma melhor vivência humana. (mas isto não se deve aos repressorescomunistas).

Quanto ao Senhor Major Luís Alberto Oliveira, nada comento apenas me lembro da Sr.ª D. Fátima(sua mulher) ir muitas vezes a casa dos meus avós maternos e lá permanecer até à tarde em convíviofamiliar. Certamente que a estátua não prejudicou nem prejudicaria quem quer que o fosse a não ser osoportunistas e revolucionários que “encheram, encherão” o país que tem o nome de Portugal. O artigodeste Senhor foi excelente, assim como o do Senhor Joaquim Mesquita (critico taurino e pessoa de bem).Quanto ao Dr. Domingos Xavier (que já não te vejo há muito tempo) como sempre usou da sua sabedo-ria e justiça.

Para finalizar, já que eu me alarguei bastante, desejo-te caro Abel a continuação, coragem, a forçade vontade física e moral para continuares nesta boa luta do “O Jornal de Coruche”. Como sou Lisboeta,acompanho todos os Coruchenses a engrandecerem Coruche com o jornal do Sr. Dr. Abel M. Santos,que merece ser aceite por todos.

Um abraço para ti Abel, e para todos os colaboradores que tens ao teu lado. Mais uma vez Parabéns “Jornal”.

João Joaquim S. Bressane de Leite Perry

Lisboa, 8/10/2007

Exmo. Senhor Dr. Abel Matos Santos

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Ouvimos hoje falar tanto em solidariedadeDizemos que é doutrina social e moral

Que deve ser o símbolo da partilha da unidadeO verdadeiro sentimento puro e real

Dizem que liga muito as pessoasCada uma responsável pela sua obrigação

Unir-nos todos fazendo coisas boasTentando dar a mão a cada irmão

E desse bonito sentimentoQue ainda existe em cada coração

Que a Vânia precisa neste momentoQue se ponha em prática com boa acção

Todos juntos faremos crescerA conta que ela vai precisar

Ela tem muita fé e grande quererQue a sua ida a Cuba a vá melhorar

Com o pouco que se possa darVamos ajudá-la a manter essa esperança

Se todos quisermos colaborarEla sente na vida maior confiança

Jovem com 28 anos de idadeQue da cadeira de rodas vive dependenteSe juntos praticarmos a tal solidariedade

Faremos dela uma jovem diferente

Piedade Salvador

POESIA

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 11

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Durante o discurso habituale antes das condecorações a al-guns bombeiros, o comandanteda corporação Rafael Rodri-gues, adiantou que, “dizem, fa-lam e comentam por aí a nossa

vida diária e depois continua-mos aqui imunes a críticas e jul-gamentos.

Continuamos a fazer o nossotrabalho, o melhor que sabemos,assim nos é exigido e esses que

criticam não sabem que a piorcoisa que assola o ser humano éa excessiva preocupação com avida de terceiros. Cada umdeveria ser o primeiro dentro dasua própria vida, cada um deve-ria tentar curar as suas pró-prias feridas com equilíbrio edignidade. Não podemos esque-cer que a vida é um eterno desa-fio, que requer garra e cora-gem, tenhamos essa garra e es-sa coragem.

O tempo que se vive, que secomenta e que se fala dos out-ros, é o maior vilão inimigo queum ser humano pode ter e queofusca a solidariedade que de-vemos exercer. O importantenão é o que fazem de nós, mas oque nós próprios fazemos da-quilo que fazem de nós.

O Corpo de Bombeiros temalgumas necessidades, se não fo-rem agora colmatadas que se-jam num futuro próximo. Cabereferir o que se passa, com onosso parque de ambulâncias,que esperamos renovar com abrevidade adequada, ou seja,em 2008.

Este Corpo de Bombeiros éconstituído por voluntários e pro-fissionais e que têm sabido res-ponder aos desafios que todos osdias são obrigados a defrontar.

O Corpo de Bombeiros, temencontrado na Câmara Munici-pal eco das suas preocupações eo executivo da Câmara tem pro-curado encontrar soluções paraessas preocupações” referiu.

Bombeiros Municipais deCoruche assinalaram

o 79.º aniversárioNo dia 5 de Outubro, os Bombeiros Municipais de Coruche,

assinalaram o 79.º aniversário numa cerimóniaque decorreu na Praça da Água no Parque do Sorraia.

> continua na página seguinte

João

Lou

ro

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200712

O presidente da Autarquia,Dionísio Mendes, disse que,“da parte da Câmara Municipala certeza que teremos sempredisponibilidade operacional,financeira e logística para que onosso Corpo de Bombeiros pos-sa continuar no futuro a fazeraquilo que tem feito ao longodos anos e destas décadas. São79 anos e penso que ao longodestes anos a Corporação temsabido sempre elevar o nomedesta terra e dar bons exemplosno contexto regional e nacional.

Em termos de meios, é doconhecimento público, que va-mos admitir cinco novos profis-sionais para o Corpo de Bom-beiros e também teremos de fa-zer um esforço financeiro parano próximo ano dotar a Corpo-

ração de mais algum equipa-mento, nomeadamente, ambu-lâncias. Não é fácil, as receitasdas Autarquias são escassas, aseconomias não são muitas eportanto temos de fazer um es-forço financeiro nesse sentido.

Em relação ao Quartel, é anecessidade mais urgente efalamos disto há anos, assumi-mos que é um desejo absoluta-mente intransponível. Sem oquartel continuamos carentes,continuaremos órfãos de qual-

quer coisa que é fundamentalpara a Corporação de Coruchee para o concelho de Coruche.

Tenho a certeza, no próximoQuadro Comunitário de Apoio,o Governo de Portugal e a Câ-mara Municipal encontrarãocertamente os meios materiais eeconómicos para que o Quartelvolte a ser uma realidade.

Uma realidade nova e que seprojecte para um futuro maismoderno e onde os homens emeios que temos à disposiçãopossam de facto ter outrascondições de trabalho” salien-tou o autarca.

____João Louro

Fotos cedidas por António Moreira

“Dar uma volta” por estasbandas significa ir despejar olixo ou recorrer às facilidadeslíquidas de um “Pub”. Optámospela segunda.

O chinfrim ouvia-se cá defora, mas uma vez lá dentrodeparámo-nos com uma festaenorme. Comes e bebes (maisbebes do que comes) gente bemvestida, gente bem bebida, gar-galhadas, abraços, beijos e mú-sica.

Confesso que o meu trajeaportuguesado não se enquadra-va no contexto, mas em nomedas felisbelas-de-saia-curta queornamentam o crepúsculo noctí-vago, deixei-me ficar, bem co-mo os meus acompanhantes.Nisto, e como a hora do chá já láia, optámos por algo mais ricoem calorias sob intuito de enri-quecer o espírito. Eis senãoquando o barman nos recebecom um simples e convicto“bem-vindos ao funeral do nos-so amigo”.

O caríssimo leitor, até podetentar imaginar a situação mas ea resposta à mesma? Pois bem,lá soltámos um “thank you”(obrigado), que sob análiseexaustiva é o mesmo que dizer“olhe obrigado pelo seu amigoter morrido, espero que lá passemuitos anos sem mim, e pronto

olhe eu até brindava à saúdedele, mas não faz muito sentidonão é? ...tendo em conta queestá morto...”. Esquisito hein?

Pois é, morrera um irlandêsdo meu bairro, e quando morreum irlandês festejam logo doisou três, neste caso, trezentosdeles.

Fascinado com tamanho fe-nómeno, meti-me à conversacom eles, onde me foi declaradoo seguinte: “chorar? Não meucaro português, nós os irlande-ses brindamos a uma nova vida,aquela que o nosso amigo vaiter”. Mas não se sentem tristes?Perguntei eu contaminado pelopreconceito judaico-cristão dedor absoluta e do sofrer porquesim e que assim é que deve ser,como se a dor nos aproximassede Deus.

Adiante, a resposta do meuanfitrião sortiu solene: “Triste-za? Ela anda aí, mas hoje não.Hoje é dia de festa!”.

E lá foi ele ao encontro dosseus amigos, qual deles o maiseufórico, enquanto nós ali ficá-mos a tentar fingir que aquilo setratava de uma boda ou de umbaptizado, de modo a tranqui-lizarmos os benditos valoresocidentais que nos educam abem-comportar perante o sofri-mento dos outros.

Pois bem, como ao fim decinco minutos não havia vestí-gios de amargura, optámos poroutra rodada de bebida espiritu-osa, ou não estivesse a hora dochá cada vez mais longínqua.

No entanto, para comigomesmo não podia fugir ao quese passava. Comparei compulsi-vamente a dor colectiva, as lá-grimas, o luto que caracteriza amaioria dos rituais fúnebres dasociedade civil com aquilo queos meus olhos testemunhavam,um barman em vez de um padre,batata frita no lugar das óstias,música maestro em detrimentodo som do silêncio que cobre adespedida de um ente querido.

Um drama transformado emcomédia, um sofrimento numrelaxamento, um choro numriso, em suma um dia de angús-tia num dia de festa. Dentro demim a lógica da amargura tenta-va ganhar terreno à parvoíce doriso. Não conseguia. Lembrei-me de Shakespeare a escrevergargalhadas e soluços, lembrei--me da seriedade de Padre Antó-nio Vieira a discursar sobre ochoro fazendo rir a rainha daSuécia se não me falha a me-mória, Moliére que gozava comas agruras alheias, Sófocles eÉsquilo os pais da tragédia gre-ga... enfim, conclusões? Somos

uma cambada de patetas alegresfoi o que me ocorreu...

Será que o que faz chorar umpovo não é o mesmo que fazchorar um outro diverso? E rir?Rimos todos do mesmo? Al-guém ri acerca daquilo que mefaz chorar e vice-versa? Há comisto a certeza de uma tendênciahumana para o sofrimento, nãosó porque o corpo é centro decorrosão, mas também porque aalma ou o cérebro (chamem-lheo que quiserem) gosta tanto dese sentir mal como do seu opos-to. Quem canta melhor as emo-ções? Será o fadista do bairroalto que molha a goela no vinhoe abana a cabeça em direcçãofiteira ou o irlandês que meteuma moeda na Jukebox paracantar “we are the champions”em dueto com o fantasma deFreddy Mercury?

Nem um nem outro...nemninguém, nem nada. A dor, elamesma permanece sempre, bemcomo a alegria, o que muda sãoos modos de expressão. De queserve um sorriso na cara e umcoração destroçado? De queservem litros de sangue corren-do de felicidade e uns olhosafundados numa imensa soli-dão?

Pensei numa metáfora queassumisse esta tragicomédia,

ocorreu-me um aeroporto, ondeem diferentes momentos dotempo as mesmas pessoas tro-cam abraços de uma saudadeconsciente onde abundam tonsde uma melodia triste, alternan-do com abraços de uma saudadeansiosa e da mais radiante dasfelicidades. Sim, isso mesmo,um aeroporto. O momento dapartida e o momento da chega-da. O começo e o fim. O fadistae o irlandês. O luto e o casacoclássico. O riso e o choro. Cho-rar a rir e rir a chorar.

Somos o filtro do que demais humano há para ser con-sumido...pista de aterragem e dedescolagem...baba, ranho, lágri-mas, encontrões, beijos, mordi-delas, pontapés, abraços, festin-has, saudações, promessas, des-culpas, sonhos, convites, pedi-dos, renúncias, brindes e dese-jos. Vida e morte. Sexo e amor.Casamento e divórcio. Nados efinados.

Ps: Acabei por não descobriro nome do falecido, ou sequerdesejar-lhe votos de uma novavida, mas também quando olheipara o relógio a hora do cháestava quase a chegar ...e a luzdo dia também.

Boa noite. Chorria.____

* Lic. em Filosofia

PENSAMENTOS

Em funeral alheioLuis António Martins *

Numa noite dessas em que a lua anda por aí a dar música decidi, aqui por terras de sua majestadee do príncipe orelhudo, dar uma volta com uns amigos.

Bombeiros Municipais de Coruche assinalaram o 79.º aniversário

> continuação da página anterior

Dia de aniversário, 1950Virgilio Raposo a conduzir o 1º carro 1934

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 13

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2 9 16 23 30

3 10 17 24

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Dr. Abel Matos Santos *

VIVER COM SAÚDE

ESQUIZOFRENIA – COMO TRATAR?

Nova esperança na cura da SIDA

Na idade média eram condenados pela inquisição, na contemporaneidade enclausuradosem alas psiquiátricas e rejeitados pela sociedade, resultado da complexa e pavorosa

(parte III)

ANUNCIENO JORNAL

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Pub.

Para a terceira parte sobre otema, a esquizofrenia, vamosabordar as diversas possibilida-des terapêuticas que se podemutilizar para debelar esta graveafecção psicopatológica.

Existem três razões pelasquais é importante compreendera natureza e eficácia das técni-cas usadas no tratamento daesquizofrenia.

A primeira é humana, vistoque esta doença atinge centenasde milhares de indivíduos e semuma adequada compreensãodas terapêuticas utilizadas, mui-tas destas pessoas estão conde-nadas a uma deterioração gra-dual e institucionalização per-manente.

A segunda razão é prática,pelos custos directos que otratamento destas pessoas acar-reta, podendo ascender aos mil-hares de contos ano por indiví-duo.

Além disso há que ter emconta os custos indirectos,como a perca de produtividade.

A última razão é teórica eprende-se com o facto de quequanto mais soubermos sobre aeficácia da terapêutica destadoença, mais o nosso entendi-mento sobre as causas da esqui-zofrenia aumenta.

ABORDAGENSPSICODINÂMICAS

AMBIENTOTERAPIAHá já algum tempo que se

reconhece que deixar os pa-cientes inactivos o dia inteirotem efeitos negativos. Assim epara os doentes em instituições,tenta-se enriquecer ao máximoas suas experiências diárias,promovendo terapia ocupacio-nal e recreacional, musicotera-pia, arteterapia, encontros entredoentes e pessoal técnico, visi-tas e viagens.

Todas estas experiênciaspromovem a recuperação dodoente e são colectivamente re-feridas como ambientoterapia.Como qualquer outra terapia,ela deve ser adaptada para cadadoente de acordo com as suasnecessidades e capacidades, jáque o excesso pode provocarefeitos negativos.

PSICOTERAPIAA psicoterapia individual

para tratar a esquizofrenia foiintroduzida nos anos 50, sendosemelhante à utilizada com out-ros tipos de pacientes, pro-movendo o entendimento dodoente sobre as causas dinâmi-cas dos seus transtornos, para

que eles os pudessem superar.Contudo, a psicoterapia nestetranstorno foi mais difícil de uti-lizar, devido aos problemas decomunicação associados à es-quizofrenia. Estudos demons-tram que a psicoterapia indivi-

dual não apresenta taxas desucesso terapêutico superioresás outras técnicas existentes,nomeadamente à da medicação.

TERAPIA FAMILIAR, PSICO-EDUCAÇÃO E TREINO DE

HABILIDADES SOCIAISO novo modelo no tratamen-

to da esquizofrenia é referidocomo terapia familiar, vistoenvolver todos os membros dafamília e os pacientes. Esta

abordagem é ainda denominadade psicoeducação ou treino dehabilidades sociais, já que o seuenfoque principal é em edu-cação e treino. Esta abordagemenvolve três objectivos.

O primeiro contempla a edu-cação do paciente e dafamília para que possamentender o transtorno.Isto vem “normalizar” otranstorno e torná-lomenos assustador paraque todos possam lidarcom ele de uma formamais realista.

O segundo, visa en-sinar à família e aodoente como reduzir ostress que aumenta ossintomas, já que é sabi-do que um clima emo-cional intenso piora a

sintomatologia e contribui paraa recaída. O terceiro objectivo éo de ensinar ao paciente estraté-gias para lidar com os sintomas.

Este tipo de abordagem temvindo a revelar excelentes resul-tados, contudo quando se termi-na esta terapêutica as recaídassão elevadíssimas, pelo que aesquizofrenia não pode ser tra-tada como se fosse um trans-torno agudo mas, ao invés, re-quer terapêutica de manuten-

ção continuada. Com o desen-volvimento do modelo de edu-cação e envolvimento familiar,ocorreu um progresso na ter-apêutica da esquizofrenia.

ABORDAGENS DAAPRENDIZAGEM

GRATIFICAÇÕESE PUNIÇÕES

Existem investigadores queafirmam que os sujeitos comesquizofrenia se comportam deforma estranha, com o intuitodo obterem gratificações eatenção dos outros. Assim, estetipo de abordagem envolve amanipulação de contingênciasde gratificação ou punição paraque os comportamentos anor-mais não sejam gratificados ousejam punidos e os comporta-mentos normais sejam gratifica-dos e apoiados. Isto visa aobtenção de formas de compor-tamento adaptadas que permi-tam ao sujeito viver da formamais concertada ao meio socialonde se insere.

No próximo número asAbordagens Fisiológicas.

* Psicólogo Clínico e SexologistaHospital de Santa Maria, Lisboa

Cientistas franceses do Insti-tuto de Genética Molecular deMontpellier, verificaram em es-tudos de laboratório um meca-nismo novo que vai bloquear amultiplicação do vírus da sida,

isto de acordo com o estudopublicado na revista online PlosPathogens.

De acordo com o estudo, foidesenvolvida uma molécula quí-mica que ataca os mecanismos

celulares que usam o vírus daimunodeficiência humana (VIH)para se multiplicar, enquanto osactuais medicamentos tentamatingir os próprios mecanismosdo vírus.

Esta nova abordagem devepermitir evitar que o VIH, aolongo de mutações e adaptaçõessucessivas, encontre uma formade resistir à acção do medica-mento.

Este processo é bloqueadodevido a uma molécula químicatestada, que é eficaz tanto nosvírus criados em laboratóriocomo nos vírus isolados em pa-cientes.

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200714

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LEI DA MEMÓRIA

Neste momento em que a Santa Sé, reconhece e além do mais, beatifica os 498 mártires da Guerra Civil de Espanha, deentre eles leigos e sacerdotes que lutaram e morreram por Deus e pela Pátria, por um mundo livre, contra o holocaustobolchevique, comunista, socialista e maçónica, é tempo da reposição dajustiça e da verdade para sermos finalmente livres.

Um olhar sobre a história – O Sacrifício que salvou Portugal do holocausto comunista

O Secretário de Estado doVaticano, Cardeal Tarcisio Be-rtone, defendeu no dia 27 deOutubro no Vaticano que abeatificação de 498 fiéis marti-rizados na perseguição religio-sa que teve lugar durante a Guer-ra Civil de Espanha (1934-1939) não deve ser vista deum ponto de vista político.

Os mártires, indicou, “nãoforam propostos à veneraçãodo povo de Deus pelas suasimplicações políticas, nempara lutar contra quem querque seja, mas para oferecer asua existência como teste-munho de amor a Cristo”.

O número dois do Vaticanofalava durante a celebraçãoeucarística de acção de graçaspela beatificação destes fiéis.

Os novos beatos são doisbispos, 24 sacerdotes diocesa-nos, 462 membros de Insti-tutos de Vida Consagrada(religiosos), um diácono, umsubdiácono, um seminarista esete leigos.

As beatificações aconte-cem no momento em que o

projecto de lei da MemóriaHistórica deve ser votado estasemana pelo parlamento espa-nhol, que lembra as vítimas daguerra, bem como as do regi-me de Franco.

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 15

nnaaddooss nnaa gguueerrrraa cciivviill ddee EEssppaannhhaaVitório Rosário Cardoso *

Esta resenha aqui apresenta-da constitui um desafio pararetratar uma época da história dePortugal, de Espanha, da Euro-pa e do Mundo, que se encontraainda muito mitificada.

Nenhum historiador estálivre de fazer os seus juízos con-soante os seus valores pessoais,de modo que baseei-me emdepoimentos de Franco Noguei-ra e Pio Moa que analisaram asacções do Estado Novo e dossublevados espanhóis com maiorclareza e, através de FernandoRosas, Antony Beevor e PaulPreston, para recolher dados quepermitiram um olhar mais por-menorizado sobre as acções dosesquerdistas, mais conhecidospor frente-populistas no Gover-no, uma vez que estão formata-dos pela solidariedade de es-querda.

Chamo especial atenção paraa característica da fonte britâni-ca, pois como fonte histórica,não nos podemos olvidar o des-dém que a maioria dos histori-adores britânicos sentem pelosaliados do Eixo, até porque aAlemanha constitui desde sem-pre, na sua história geopolítica egeoestratégica, uma das suasprincipais rivais (Potência Con-tinental vs Potência Marítima).

“Em épocas de mentira gen-eralizada, dizer a verdade é umacto revolucionário”,

George Orwell

“La voluntad de mentir seconcentra especialmente en lapresentación del pasado cer-cano […]. No se abrirá de ver-dad un horizonte de Españamientras no haya una decisiónde establecer el império de laveracidad”,

Julián Marias

“Sobre ningún episódio delos años 30 se há mentido tantocomo sobre este [la guerra deEspaña], y solo en años recien-tes han empezado los histori-adores a extraer la verdad de lamontaña de mendacidad bajo lacual estuvo oculta durante unageneración”,

Paul Johnson

A Guerra Civil de Espanhaou em Espanha como afirmamalguns historiadores, tem umrelevo especial na história euro-peia e mundial, uma vez queresultou de um primeiro con-fronto directo entre ideologias eserviu de campo de ensaio béli-

co para a II Guerra Mundial,uma guerra sangrenta que teve asua origem a 28 de Janeiro de1930, com a demissão do gener-al Primo de Rivera que só cul-minou a 1 de Abril de 1939,com o decretar do general Fran-cisco Bahamonte Franco do fimda guerra civil.

Portugal, até 28 de Maio de1926 atravessara graves e ins-táveis crises económico-finan-ceiras e políticas, que só com ogolpe de Estado, e instaurada aditadura militar é que estaNação com mais de oitocentosanos de história pôde encontrarestabilidade e sobretudo paz emtempo de guerras generalizadas.

Em Maio de 1936, com oagravar da situação política emEspanha, o Presidente do Cons-elho de Ministros do Governodo Estado Novo, Prof. Dr. An-tónio de Oliveira Salazar mos-trara-se preocupado com a situ-ação, uma vez que estando a parda internacionalização do co-munismo, o estadista portuguêsviu a situação preocupante, pelapresença de uma Espanha co-munista que também poderiaarrastar Portugal para uma novacrise. Em 1936, cumpria-se emPortugal, uma década de recu-peração e estabilidade nacionais.

Oliveira Salazar, já nessemesmo ano de 1936, antevira acrise espanhola como uma criseinternacional, uma vez que afacção governamental, denomi-nada por frente-populistas echamados de Democratas, nãopassariam de elementos de vá-rias esquerdas políticas, totali-tárias sob denominações eufe-mistas. Nesta guerra dos “es-querdistas”, não era pela Demo-cracia que se batiam, mas simpor uma Democracia Popular, omesmo que quer dizer, um re-gime ditatorial da tirania damaioria.

Numa primeira abordagem,o Estado Novo centrou os esfor-ços em conversações diplomáti-cas entre Londres, o mais antigoaliado de Portugal e a Comissãoda Não-Intervenção, que eracomposta por vários interlocu-tores europeus, a contar comPortugal, França, Reino Unido,a Suécia e a URSS. Esta Co-missão, teria por objectivo, con-trolar a escalada internacionaldo conflito, sobretudo a URSS ea França frente-populista, toma-vam partido do Governo socia-lista de Largo Caballero, oReino Unido, manter-se-ia neu-tral, apesar de Winston Chur-

chill, preferir a derrota dosgovernamentais no conflito en-quanto Portugal se mantinhaapoiante da facção sublevada.Esta opção de Oliveira Salazardeveu-se sobretudo ao perigocomunista, que representava agrande ameaça à independêncianacional portuguesa, pelos pla-nos existentes de anexação dePortugal por parte dos governa-mentais espanhóis, sob a capade libertação Ibérica (leia-seiberismo, união política entrePortugal e Espanha, com centrode decisor político em Madrid,ou perda da independência na-cional portuguesa).

No decorrer da GCE, oEstado Novo manteve uma pos-tura de não intervenção, maslegitimamente dificultou a cir-culação e linhas de apoio aosfrente-populistas ou esquerdis-tas espanhóis, suprimindo aindaem Portugal, movimentos deesquerda, incluindo a ilegaliza-ção do PCP.

Este foi o período da criaçãoda polícia política, da PVDE,posteriormente PIDE, que teveum papel fundamental paracombater os actos subversivosda oposição política, nomeada-mente dos comunistas que po-deriam pôr em causa a unidade,liberdade e soberania nacionais.

Vários incidentes diplomáti-cos entre Portugal e o EstadoEspanhol deram lugar, desde oataque à Embaixada de Portugalem Madrid, cujos responsáveisdo Governo frente-populista serecusaram a pedir desculpas aoGoverno português, levando aque o Estado Novo tivesse derecorrer aos sublevados, queprontamente se desculparam.Portanto, Portugal considerou aliderança de Francisco Franco,como legítimo governante deEspanha, pelo seu Governo nãoser hostil à soberania, defesa esegurança nacionais portuguesa.

Neste sentido, com maiorfluxo de comunicações entreLisboa e a liderança de Franco,acções de informação e propa-

ganda política foram lançadas,ora para moralizar a sublevaçãoespanhola, ora para desmora-lizar e neutralizar as defesas dosfrente-populistas.

O rumo estratégico de con-quista de territórios por parte doGeneral Franco, foi no sentidoda raia espanhola a norte e emdirecção a Madrid, ou seja, con-centraram-se numa primeirafase na fronteira com Portugal,desde o Alentejo às Beiras, oque facilitou que houvesse umafluxo de reforços através dePortugal, nomeadamente com-bustível. Ainda sobre a Comis-são de Não-Intervenção, criada

em pleno Verãode 1936, entre osvários encontrosde representan-tes diplomáticosdo Estado Novoe os represen-tantes dos res-tantes países par-ticipantes, umaquestão funda-mental, para Por-tugal, nunca foi

tratada pelos presentes, que secentraram nas exigências deLisboa quanto à proibição defornecimento de armas e pes-soal técnico-militar da Françafrente-populista (subida aopoder em Junho de 1936) e daUnião Soviética ao Governo deLargo Caballero.

Pela comunidade interna-cional ter ignorado as preocu-pações portuguesas, que setornaram numa verdadeiraameaça à segurança de Portugal,Oliveira Salazar emite a ordempara deixar vaga a representaçãoportuguesa no Comité, até queas exigências portuguesas fos-sem tomadas em conta, até lá,Portugal iria adoptar pelas suasmedidas preventivas, nomeada-mente facilitar a passagem depeças de maquinaria bélica daAlemanha para a Espanha dossublevados, através de Portugal.

O Estado Novo nunca che-gou a fornecer munições aosinsurrectos espanhóis, pela sim-ples questão que as armas eramde diferentes calibres e de dife-rentes locais de fabrico.

É neste momento que Oli-veira Salazar afirma “quem écontra a Nação não pode ser mi-litar” e “a maior preocupação éPortugal e a Civilização do Oci-dente”.

Através destas duas expres-sões, carregadas de grande sig-nificado político, traduz-se na

representação de Portugal nestaofensiva, do lado do Ocidente,não simpatizante da esquerda,com cobertura do Reino Unido,uma vez que o Presidente doConselho de Ministros de Portu-gal, assegurou a estreita cooper-ação com a Espanha Franquistapara a estabilização da Penín-sula, o mesmo quer dizer, queEspanha de Franco não setornaria inimiga do Reino Uni-do em caso de algum conflitogeneralizado ou mundial.

À medida que o GeneralFranco foi sendo bem sucedidona sua conquista de Espanha aoscomunistas, anarquistas e socia-listas, estes últimos propagan-deados sob a capa de demo-cratas, que nada têm, a econo-mia portuguesa sofreu melho-rias com a situação da guerra emEspanha, o que veio a propor-cionar ajudas mais eficazes paraque o General Franco se tornas-se no Chefe de Estado da Es-panha.

Uma vez ganha a guerra porFrancisco Bahamonte Franco –o Generalíssimo –, Portugal eEspanha assinam o pacto de nãoagressão, com cláusulas de queambos os Estados têm de serconsultados mutuamente emcaso de alguma das partes que-rer entrar em algum conflito.Esta medida assinada entreOliveira Salazar e FranciscoFranco, serviu de medida deprevenção da escalada de vio-lência perpetrada pela Ale-manha Nacional-Socialista, so-bre os Estados vizinhos e sobre-tudo a 1º de Setembro de 1939,com a invasão da Alemanha àPolónia, o início da II GuerraMundial.

A intervenção portuguesapoder-se-á distinguir de duasmaneiras, a influência que o Es-tado Novo teve na hermetizaçãodas fronteiras perante os frente-populistas e apoios humani-tários aos nacionalitários espa-nhóis, bem como da parte civil,alguns contingentes de volun-tários partiriam para as frentesde combate contra os comu-nistas, lutando lado a lado comos sublevados a comando deFranco.

A ressalvar, houve tambémda parte civil quem fosse prestarapoio aos frente-populistas, umavez que eram partidários doscomunistas, e outros oposicio-nistas de outras esquerdas aoregime de Oliveira Salazar.

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200716

UNIÃO EUROPEIA – TRATADO de LISBOA

Vamos aaceitar oo nnovo ttratado oou fficamoscom oos aactuais eem vvigor?

O que está em causa comeste Novo Tratado é uma velhaluta Ideológica e Doutrináriaentre duas correntes Europeias.Luta velha de 50 anos. É umaluta sobre a Organização do Po-der Europeu. E em dois camposopostos encontram-se, (inde-pendentemente de se situaremna Esquerda ou na Direita), duasforças que dividem a Europa ameio:

Falo dos que defendem umaFederação de Estados e dos quedefendem uma União Intergo-vernamental de Estados. Ambasas correntes são Europeístas.Ambas defendem a União dosPovos da Europa. Ambas que-rem a Paz no Continente Euro-

peu. Então o que as diferencia?Então o que está verdadeira-mente em causa e que não sediscute em Portugal?

De um lado estão os Federa-listas. Estes propõem a constru-ção de um ESTADO EURO-PEU que governará a União Eu-ropeia por de cima dos Estados--Nação. Isto é, querem criar umEstado Soberano que decida emmatérias como a Segurança, aDefesa, a Política Externa, aJustiça e os Assuntos Internos.Querem que seja o Estado Eu-ropeu a decidir sobre o que osEstados agrupados na Uniãotêm que fazer, e decidir sobre oque não podem fazer.

Isto para além da área eco-nómica e financeira (mercadoúnico, liberdade de circulaçãode pessoas, bens e capitais, polí-tica orçamental, etc...) querem oEstado Europeu a decidir sobreas matérias fundamentais dosEstados, sobre matérias funda-mentais dos Cidadãos.

Do outro lado estão os quedefendem a União Livre. Os In-tergovernamentalistas. Estes pro-põem uma União dos EstadosEuropeus, em que cada Estadomantém a sua Soberania e o seuPoder de Decisão nas matériasque são “o coração” das Sobera-nias como a Segurança, a Defe-sa, a Política Externa, a Justiça eos Assuntos Internos.

Isto é, admitem uma Federa-

lização ou Integração (as pala-vras neste caso são sinónimosperfeitos) na área Económica eFinanceira, mas não queremuma Federação nas outras ma-térias. Querem preservar a Au-tonomia de Decisão dos seusEstados nas matérias Políticas ede Soberania.

São dois Modelos de Orga-nização do Poder distintos, comreflexos na capacidade de cadaNação, na capacidade de cadaEstado. Se os Europeus adopta-rem o Modelo Federal, o EstadoFederal Europeu, têm que estarpreparados para verem os seusEstados e os seus Cidadãos en-fraquecidos em termos de deci-são. Enfraquecidos em termos

de Autodeterminação. Enfra-quecidos em termos da sua ca-pacidade de Auto-Governo.

Se os Europeus adoptarem oModelo actual da União Inter-governamental, aquele que temgovernado a Europa até agora,preservam a Autonomia da suaNação, do seu País, do seu Esta-do. Mantém a sua Liberdade dedecidirem nas matérias de Paz eGuerra, nas matérias de estabe-lecerem Relações Diplomáticas,ou Não, com os Países que que-rem; mantém-se livres de entra-rem ou não nas OrganizaçõesInternacionais que mais lhesconvêm.

Ora, como se vê, está agoraem discussão uma matéria mui-to GRAVE sobre estes temas,porque agora os Cidadãos dosDiversos Estados Europeus têmque decidir entre:

– Se querem continuar naUnião Europeia, como até ago-ra, preservando a Soberania dosseus Estados, a independênciada sua Nação de decidir sobrematérias políticas vitais para oefeito, e nesse caso têm que re-cusar o Novo Tratado, manten-do os actuais Tratados em vigor;

– Ou se querem uma novaEuropa, Federal, com um Esta-do que governe a sua Nação e oseu Estado, perdendo a Sobera-nia e a Independência de decidirsobre os seus destinos; perden-do numa palavra, a sua Autode-

terminação; e neste caso acei-tam o Novo Tratado.

É isto que está em causa como Novo Tratado de Lisboa. É umTratado mais Federal que osanteriores (Nice, Amesterdão,Maastrich, Roma). Um bocadi-nho menos Federal que o chum-bado projecto da “ConstituiçãoEuropeia”, com o qual vai serpoliticamente comparado nosdiscursos públicos, para iludir aoposição dos cidadãos que nãoquerem a Federação; para iludiros Intergovernamentalistas, maisdistraídos ou menos informa-dos.

É o discurso que começou jáa ser feito junto da opiniãoPública dos Estados-Membros,

para ver se passa. Vejamos ospontos principais do Novo Tra-tado que implicam perda deAutodeterminação das Nações,dos Povos Europeus:

1. O CONSELHO EURO-PEU, (onde estão representadosos Governos dos Estados, osGovernos das Nações), perdepoderes em praticamente todosos capítulos, em favor: – da Co-missão, órgão Federal, suprana-cional, que passa, na prática adar ordens aos Governos Nacio-nais sobre as matérias já referi-das; – do Alto RepresentantePESC e PESD, que passa a ser,na prática o Ministro dos Ne-gócios Estrangeiros, com maispoder que os Ministros dosdiversos Estados; – e do Parla-mento Europeu.

2. Em matéria da PolíticaExterna, de Segurança e de De-fesa: São aprofundadas as ma-térias de Integração (federaliza-ção) sobretudo ao nível dasPolíticas Externa e de Seguran-ça. Quem passa a decidir é aUnião Europeia. São acrescen-tadas matérias no campo da De-fesa; Isto é, os Estados deixamde ter autonomia de decisãosobre estas matérias e terão quecumprir o que for determinadopela União.

3. Igualmente em matéria deAssuntos Internos e Justiça,aprofunda-se a Federalização,introduzem-se novos temas e

são criados Novos Tribunais;4. Nos mecanismos, nos pro-

cessos, de Decisão: São intro-duzidos mais temas que passama ser decididos por maioria (fed-eralização), em vez de por una-nimidade (cooperação intergov-ernamental); sem que os Esta-dos tenham a possibilidade de serecusar a aceitar medidas queprejudiquem os seus Cidadãos.Nomeadamente em matérias dePESC / PESD, e Assuntos Inter-nos e Justiça passará a havermais votações por maioria emenos por unanimidade. Atéaqui só por unanimidade.

Mesmo que alguns Estadosnão queiram adoptar certas de-cisões, muito dificilmente con-

seguirão não o fazer, já queficou mais fraca a hipótese de seconstituírem as denominadasMinorias de Bloqueio. (váriospaíses a não concordarem comas decisões e portanto de acordoem bloqueá-las). Com o novoTratado, que agora queremimpor aos Europeus, ficam estasminorias de bloqueio Mais difí-ceis de atingir.

5. NOVAS FIGURAS – Éintroduzido o cargo de Presiden-te do Conselho, que será eleitopor 2 anos e meio, escolhidopelo Conselho Europeu. Deixade haver Presidências Rotativasexercidas pelos Estados-Mem-bros. Este Presidente tem algunspoderes que até aqui as própriaspresidências rotativas exercidaspelos Estados-Membros não tin-ham (como é o caso da actual,em que Portugal está na Presi-dência).

6. Em resumo breve vemosque em matéria de: (A) Compo-sição e Competências

– O Conselho Europeu – queaté agora Define as Políticas,perde poderes.

– A Comissão – órgão supra-nacional não eleito por ninguém– mantém e Reforça os seus po-deres em mais matérias, alargan-do o seu actual Poder de Inicia-tiva Legislativa.

Tem actualmente 27 Comis-sários passará a ter 18 em sis-tema rotativo. Isto é, alguns Es-

tados deixam de ter cidadãosseus na Comissão. A Comissãopassa a ter como Vice-Presiden-te o Alto Representante da PESC(na prática Ministro dos Negó-cios Estrangeiros da União Eu-ropeia) que até aqui estava nadependência do Conselho Euro-peu.

O Parlamento Europeu – queé composto por Deputados elei-tos nos seus Estados originais,pelos seus Concidadãos, e queadopta a legislação da União, vêo seu número de Deputados re-duzir-se dos actuais 785 euro de-putados para 750. Portugal, porexemplo, perde representação.

(B) OUTROS assuntos gra-ves no que se refere à perda de

Soberanias: Verifica-se um Apro-fundamento do Direito de Peti-ção, Um Aprofundamento doPilar POVO, um Aprofunda-mento do Pilar TERRITÓRIO,um Fortalecimento do PilarPODER POLÍTICO; Aprofun-damento do Ius Tractum, capa-cidade de assinar Tratados eAcordos Internacionais;

Aprofundamento do Ius Le-gationem, capacidade de enviarRepresentantes de Política Ex-terna para entidades nacionaise/ou intergovernamentais (ie.Nações Unidas); Aprofunda-mento do Direito de Represen-tação.

Tudo isto Características deum Estado Soberano. Tudo istoque é a matéria central da Auto--determinação dos Povos, daautodeterminação das NaçõesEuropeias.

(C) Portugal não exerceu oDireito de Opting out, (ou seja,o direito de poder não aceitarmedidas lesivas dos seus inte-resses, lesivas dos interesses dosseus cidadãos), mais uma vez,em NENHUMA das MATÉ-RIAS DO TRATADO. Em resu-mo, temos um Tratado quepropõe, na prática, a constitui-ção de Estado Federal Europeu.E pergunta-se:

– Será a Federação melhorque um Quadro de União Inter-governamental de Estados que

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 17

Augusto Pinho Leal nasceuem 1816, vindo a falecer em1884. Foi um ilustre historiador,nasceu em Lisboa filho de ummilitar de carreira. Ainda jovem,viajou muito em Portugal e noBrasil, percorrendo toda a suafronteiriça com Espanha.

Miguelista ferrenho, após afuga de D. Miguel, retirou-separa Santa Maria da Feira ondeo pai foi assassinado.

Um episódio interessante dasua vida foi, após a morte do pai,para sustentar sua mãe e a si pró-prio fez-se professor e pintor. A

sua obra principal intitula-se:“Portugal Antigo e Moderno” –Dicionário geográfico, estatísti-co, coreográfico, heráldico, ar-queológico, histórico, biográfi-co, e etimológico.

Até à sua morte, que, comoatrás referido, ocorreu em 1884,escreveu dez volumes da referi-da obra que estava previsto con-tar com 12 volumes. Mas porsorte, o seu grande amigo PedroAugusto Ferreira conhecido por“Abade de Mira Gaia” que sem-pre acompanhou a feitura daobra não quis que esta ficasse

incompleta e em memória doseu grande amigo resolveu con-tinuá-la escrevendo ele próprio,no estilo de Pinho Leal os últi-mos dois volumes.

Pedro Augusto Ferreira usa-va o pseudónimo de PatrícioLusitano.

P.S. – Nunca se sabe quandose morre, às vezes não conse-guimos completar as obras aque nos propusemos. E assimsempre vale a pena ter Amigos.

Com um abraço do amigo,

* Comandante da MarinhaPortuguesa

Coruche – villa, Extremadura, comarca de Bena-vente, 70 kilometros de Évora, 60 ao SE de Lisboa,880 fogos.

Em 1757 tinha 150 fogos na villa e 500 em todaa freguezia, no concelho1620.

Orago S. João Baptista.Arcebispado de Évora, districto administrativo

de Santarém.Feira a 29 de Setembro, três dias.Era antigamente da comarca de Santarém.Era da coroa.A Mesa da Consciência apresentava o reitor, que

tinha 16 moios de trigo e outras rendas, andando orendimento annual por 500$000 réis. Tinha o reitordois coadjutores, chamados companheiros, e todostrês eram freires da Ordem de Aviz, e da mesmaapresentação. Tinha mais a egreja 16 beneficios sim-ples, com obrigação de coro de manhan e de tarde,cada um com 400 mil réis de renda. Era uma dasboas collegiadas do reino.

O Portugal Sacro e Profano diz que o reitortinha 200$000 réis, o que é engano evidente.

Tem um recolhimento de Santa Rosa de Viterbo,que seguia a regra de S. Frabcisco.

A Misericordia é um templo sumptuoso, dosmelhores do reino, d’este genero, e tem um bomhospital.

O territorio de Coruche é fertilíssimo em tudo, ecria-se aqui muito gado de toda a qualidade.

Eram alcaides móres e commendadores d’estavilla os descendentes de D. Affonso de Noronha.

Rendia esta commenda 18000 cruzados!Tinha juiz de fóra.Situada em planície, ao fundo de uma encosta,

nas margens do Sorraia (sobre o qual tem uma boaponte de cantaria) e próximo ao rio Erra. A villa ébonita, ainda que antiga, e tem bons edifícios. A suapopulação anda por 2800 almas. É a villa compostade duas ruas, muito compridas.

Foi fundada pelos gallos-celtas, 308 annos antesde Jesus Christo. D. Affonso I a conquistou aosmouros, em 1166. Em 1176 a deu á Ordem de Aviz.

Os mouros a retomaram e arrasaram completa-mente, em 1180.

Em 1182 a reconquistou D. Affonso I, que amandou reedificar e povoar, concedendo-lhe muitos

privilegios.Tinha voto em cortes, com assento no banco 14.ºTem por armas um escudo com uma coruja ao

centro. Ignora-se a origem d’estas armas, e pareceque a villa se chamou antigamente Coruja, quedegenerou em Coruche.

Tambem se não sabe que nome ou nomes teveantes do actual.

Está na fronteira da provincia do Alemtejo e jun-toá da Extremadura. Está 44 kilometros ao O. deAviz, 44 a NO. de Monte Mór Novo, 24 a E. do Tejo,24 ao S. de Santarém, 24 a E. de Salvaterra deMagos.

A villa é abrigada do N. por uma montanha naqual houve antigamente um grande castello, funda-do pelos romanos, e que os arabes arrasaram em1180, e nunca mais se reedificou. Ainda ha vestígiosd’elle.

A casa da camara tambem é um bom edifício.Tem seis capellas, uma d’ellas edificada na coroa deuma cabeço sobranceiro á povoação.

Os arredores da villa são muito aprasiveis e fer-tilíssimos e a veiga, ou várzea, que o Surraia e Erracortam e regam, é vasta e muito bem cultivada.Criam-se n’ella muitos gados e produz abundantescereaes e outros fructos.

As margens das duas ribeiras são arborisadas, emuito formosas.

D. Affonso I lhe deu foral, com grandes privile-gios, em 26 de Maio de 1182; D. Sancho I o confir-mou em 1189; D. Affonso II lhe deu outro foral, con-firmando e ampliando os privilegios antigos, emSantarém, a 29 de Janeiro de 1218. D. Manuel lhedeu novo foral em Lisboa, no qual confirmou todosos antigos privilegios, em 28 de Março de 1513.

N’esta villa está a casa solar do sr. D. José Ma-nuel de Menezes d’Alarcão. Para a origem d’estesnobres appellidos, vide os Menezes, em Cantanhe-de, e Manueis em Villa Flor.

O concelho de Coruche, é composto de setefreguezias, quatro no arcebispado de Evora e três nopatriarchado. As do arcebispado são: Santa Anna doMato e S. Torquato, Nossa Senhora do Peso, Co-ruche e Santo António do Couço. As do patriarcha-do são: S. José da Lamarosa, Santa Justa e VillaNova da Erra.

Patrício LusitanoJoão Monteiro de Macedo *

RETRATOS

A pedido do ilustre “psicólogo clínico” Dr. Abel Matos Santospasso a fazer um breve resumo sobre Augusto Pinho Leal – como complementode um artigo que tenciona publicar no Jornal de Coruche.

Coruche como consta no livro “Portugal antigo e moderno” de Pinho Leal, no volume 2,letras C e D, pág. 404, editado por Matos Moreira & Companhia, em 1874.

cooperam entre si, mantendo asua autonomia e capacidade dedecisão, como até aqui?

– Têm os Governos legitimi-dade para, nas costas dos seusEleitores, nas costas dos seusCidadãos, alienarem a capaci-dade de Autodeterminação dasNações, alienarem o direito àautodeterminação dos Povos? Aquem pediram essa legitima-ção? Não estamos a falar de te-mas menores!

– Quem lhes deu autoriza-ção, (aos Governantes), paraque os Países, (o meu incluído)deixem de ser Soberanos?

Assim os Governantes TÊMque OBRIGATÓRIAMENTENOS PERGUNTAR:

– Quer a constituição de umaFederação Europeia? OU Aceitaque Portugal veja diminuída asua Autodeterminação? OUAceita que Portugal perca a suaSoberania? Vejamos quais osresultados (no Referendo quedeverá ser obrigatoriamente rea-

lizado em Portugal) de um SIMou de um NÃO:

Se o resultado for o SIM: opaís passa, na prática, a EstadoFederado pela adopção destaConstituição e de todos os seusefeitos e perde a sua SoberaniaPlena, perde a sua Autodeter-minação.

Se o resultado for o NÃO: opaís permanece na União Eu-ropeia não adoptando e não sen-do obrigado pelo presente pro-jecto de Tratado, ficando, assim,obrigado apenas ao cumprimen-to dos actuais Tratados em vigor(Roma, Maastrich, Amesterdãoe Nice).

Como sou Europeísta, masnão quero uma Federação, nãoquero que o meu País perca asua Soberania, recomendo que:Todo o cidadão se bata pela or-ganização de um REFERENDOem Portugal; Todo o cidadão sebata pela redução das matériasde Integração (Federalização)exigindo ao Governo Portuguêsque o preveja no actual projectode Tratado; Todo o cidadão aler-te a restante População Portu-guesa para um aprofundar dasPosições Federais que retirampoderes: – Aos Estados Nacio-nais, – Ao órgão Intergoverna-mental – O Conselho Europeu,cada cidadão defenda politica-mente a linha da cooperaçãointergovernamental, contra aopção federal, explicando-a por

todo o País, junto dos seus con-cidadãos.

Deverá desmascarar e denun-ciar as matérias em que o Tra-tado é claramente federal, emmatérias que fazem parte do“Coração da Soberania” do Es-tado Português; Depois de ex-plicar bem, junto da população,tudo isto, e exigindo dos Gover-nantes a organização de um Re-ferendo, deveremos defender oNÃO ao Novo Tratado na formacomo ele está escrito.

Já que em Portugal nada des-tas matérias se discutiu atéagora sugiro que sejamos nósCidadãos a exigir dos Gover-nantes e dos Políticos Federa-listas, (de todos os Partidos),que ponham este tema à dis-cussão da População Portugue-sa. Como inter-governamenta-lista, só um debate sério sobreeste assunto de extrema impor-tância para o futuro da UniãoEuropeia e muito grave para ofuturo de Portugal se exige.

E não é admissível que osFederalistas (exs: Cavaco Silva,João de Deus Pinheiro, AntónioVitorino, José Sócrates, DurãoBarroso, etc...) chamem de anti--europeístas aos intergoverna-mentalistas que pedem o debate,pois se o fizerem estarão a agirde má-fé ou pior ainda, estarão aagir como ignorantes e a enga-nar o Povo Português, e Portu-gal.

Resumo: Final das Nego-ciações: 18 de Outubro de 2007,Assinatura do Tratado: 13 deDezembro de 2007, Ratificação:(2 MODALIDADES PREVIS-TAS) Ou pelos Parlamentos Na-cionais ou por via de Referendo

Entrada em Vigor: Após Ra-tificação em Referendo ou apósaprovação nos Parlamentos Na-cionais, ou Após Publicação noJornal das Comunidades e nosJornais Oficiais dos Estados.

O Presente Documento pro-cura analisar o Novo Tratado apartir de dois prismas funda-mentais:

Grelha de Leitura: Perda deSoberania dos Estados, perda doPoder de Decisão das Nações.

Luta Ideológica e Doutri-nária na Europa: Federalistascontra Intergovernamentalistas

____Miguel de Mattos Chaves

Mestre em Estudos EuropeusPela Universidade Católica

Portuguesa

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200718

Conscientes do interessesuscitado aquando da realizaçãoda primeira edição do evento,em 2006, a autarquia local pro-moveu no passado dia 27 deOutubro, o 2.º Encontro do Sec-tor Corticeiro, apostando em doispainéis de oradores de reco-nhecido renome nacional naárea da cortiça.

A presença de diferentesagentes do sector foi privilegia-da, sendo que este ano foi dadaespecial atenção à “Certifica-ção”. Tratando-se de um assun-to de grande actualidade, reali-zou-se um encontro de trabalhobastante frutuoso, que originoua partilha de experiências e sa-beres nesta área e noutras comela conexas.

O presidente da câmara é umentusiasta da cortiça enquantoalavanca de progresso para a re-gião e para o país. Dionísio Men-des assume que pretende fazerde Coruche uma referênciamundial em tudo o que gira emtorno da fileira, “a realizaçãodo II Encontro do Sector Corti-ceiro é mais um passo para aafirmação de Coruche como aCapital Mundial da fileira dacortiça… somos os maiores pro-dutores mundiais a nível conce-lhio e estamos convictos que oObservatório do Sobreiro e daCortiça nos irá colocar emlugar de destaque no que diz

respeito à tecnologia e investi-gação”. O autarca sublinhatambém a importância deste 2.ºEncontro do Sector Corticeirona medida em que aborda aquestão da Certificação Flores-tal. Dionísio Mendes consideraque “os consumidores são cadavez mais exigentes com os pro-dutos que adquirem assim comotambém com a relação que seestabelece entre esses bens e asquestões ambientais”. A procu-ra por produtos originários deflorestas certificadas tem au-mentado substancialmente namedida em que aumenta tam-

bém na sociedade a consciênciade que é imperativo ter práticasflorestais sustentáveis a nívelambiental.

É importante ter presenteque o sector da cortiça está ex-posto à globalização económicae a tudo o que de bom e de me-nos bom advém dessa exposi-ção. Se por um lado a matériaprima utilizada pela indústria dacortiça possui característicassingulares que lhe permite obteralgumas vantagens competitivascomparativas, por outro ladosurgem novos produtos que seassumem como substitutos per-

feitos daqueles que eram quaseuma exclusividade dessa indús-tria.

O desafio que é colocado aosector, nomeadamente na defesada matéria prima utilizada, éenorme e as indústrias alternati-vas com grande suporte finan-ceiro tudo farão para tentar di-minuir o capital de imagem equalidade que é apanágio do pro-duto da cortiça.

Cabe aos actores privilegia-dos deste sector, aliar esforços edesdobrar acções que visemtornar mais evidentes, para acomunidade global, as virtuali-

dades que a cortiça possui e, deuma forma mais abrangente, osbenefícios que advêm da certifi-cação florestal.

O 2.º Encontro do SectorCorticeiro em Coruche foi com-posto por dois painéis distintos.Depois da abertura do encontropelo presidente da câmara deCoruche, Dionísio Mendes, oprimeiro painel teve início comuma apresentação do professorGonçalves Ferreira (Universi-dade de Évora) sobre “Classe deAptidão de Solo para o Sobrei-ro” e a professora Emília Silva(UTAD) sobre uma comparaçãoentre a Subericultura em Trás-os-Montes e o Alentejo.

No segundo painel foramabordados as questões maisrelacionadas com a certificação.Luís Silva (WWF Mediterrâ-neo) falou sobre “A CertificaçãoFSC do Montado e da Cortiça”,ao passo que Nuno Calado(UNAC) versou “A CertificaçãoFlorestal: Oportunidade, Com-petitividade e Mercado – OParadoxo da Cortiça”. A encer-rar o segundo painel, AlexandraLauw (Amorim & Irmãos, S.A.)apresentou um estudo de caso“Amorim & Irmãos, S.A.: UmExemplo de Implementação daCertificação FSC na Indústria”.Após cada um dos painéis hou-ve lugar a debate sobre as ma-térias apresentadas.

A Câmara Municipal de Co-ruche, que celebrou em 17 deNovembro de 2006, um contra-to com a empresa “ArquétipoAtelier – Arquitectura, Urbanis-mo, Engenharia e Gestão, Lda”para a elaboração dos projectospara o edifício do Observatóriodo Sobreiro e da Cortiça, a con-struir em Coruche, quer agorarescindir o contrato com o em-preiteiro, a empresa “Piedade eSilva, Lda”.

Segundo o comunicado “nasequência de um concurso limi-tado em conformidade com asdisposições legais, a execuçãodeste contrato obrigava aempresa a apresentar todos oselementos necessários paralançar a obra a concurso públi-co, nomeadamente os mapas dequantidades, os quais deviam

traduzir e quantificar, com ri-gor, todos os trabalhos a exe-cutar”.

Tal decisão deve-se ao factode depois do “projecto entregue,lançada a obra a concurso e

adjudicada a execução da em-preitada à empresa”, se ter veri-ficado “no curso da execuçãodos trabalhos a existência deerros de medição, em especialno que se refere à estrutura daobra objecto da empreitada”,refere o comunicado da câmarade Coruche.

A fim de avaliar a natureza eo impacto desses erros, a obrafoi suspensa de 11 de Setembroa 12 de Outubro de 2007. Du-rante este período, a fiscalizaçãoe o projectista procederam àreanálise de todo o projecto afim de ser decidido qual o pro-cedimento legal a adoptar pe-rante o apuramento dos factos.

Foi verificada a existência deerros de medição que ascendema cerca de 30 % do valor daadjudicação, além de omissões

no projecto apresentado. Se-gundo a Câmara Municipal, da-da a natureza dos trabalhos aexecutar, esta teria duas opções:

Rescindir o contrato com oempreiteiro ou lançar o concur-so para a execução dos trabalhosque não estavam previstos nocontrato inicial (mais de 30 %).

Assim a Câmara Municipaldeliberou na sua reunião de 12de Outubro de 2007, proceder àrescisão do contrato de emprei-tada com a empresa “Piedade eSilva, Lda”, estando em curso operíodo de audição do emprei-teiro.

Segundo a autarquia, “arescisão da empreitada garantea legalidade dos procedimentose assegura a melhor solução té-cnica e económica”.

____

2.º Encontro do Sector CorticeiroCoruche assume-se como a capital da cortiça

Observatório do Sobreiro e da Cortiça– Autarquia quer rescindir contrato com empreiteiro

Maqueta do edifício do futuro Observatório do Sobreiro e da Cortiça

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 19

ANUNCIENO JORNAL

DE CORUCHE

[email protected]

Tlm: 91 300 86 58

Pub.

2100-169 Coruche

Técnico ex-responsável porescolha e traçamento de cortiça

em duas grandes unidadesindustriais, aceita serviços

de acordo com aptidão

Tlm 964 459 871

15 mil euros é o valor doprémio instituído para o melhortrabalho de investigação noâmbito da sustentação e valori-zação do sobreiro, fruto de umaparceria entre a Direcção-Geralde Florestas, a Corticeira Am-rim, o Fundo da Vida Selvagem(WWF), o Instituto de Conser-vação da Natureza e da Biodi-versidade (ICNB) e a Quercus.

Esta iniciativa surge enqua-drada no Programa de Acçãopara a Recuperação dos Monta-dos de Sobro e Azinho, e Coru-che foi o palco da assinatura doacordo, que vai permitir a 10produtores florestais que explo-rem montado de sobro o acon-selhamento técnico gratuito,com o intuito de utilizarem me-lhores técnicas e práticas.

Esta assessoria financiadacom uma verba de 20 mil euros,além do prémio de 15 mil eurospara o melhor trabalho de inves-tigação, terá também um prémiode 10 mil euros para as melhorespráticas de gestão do montado.

O porta voz do Grupo Amo-rim, Carlos Jesus, disse que ofundamental é dar a conhecer o“exemplo positivo” que institui-ções e entidades com caminhosdiversos na fileira da cortiça, deque Portugal é líder mundial,sublinhando a importância dainvestigação ir ao encontro dasnecessidades das empresas edos produtores.

Concluiu referindo que “criarriqueza, fixar populações e pro-mover a sustentabilidade am-biental”, é o que mais importa.

Investigação doSobreiro dá

Prémios

A câmara municipal de Co-ruche promoveu no passado dia27 de Outubro, o 2.º encontro dosector corticeiro. O encontrodeste ano baseou-se na certifica-ção florestal e contou com espe-cialistas do sector corticeiro.

Na sessão de abertura, Dio-nísio Mendes, presidente daAutarquia referiu que, “Coru-che assume-se cada vez maiscomo a capital da cortiça, por-que estamos conscientes do in-teresse suscitado, aquando darealização da primeira ediçãono ano passado. A certificaçãoda cortiça, é um assunto degrande actualidade e a troca deinformações sobre diferentesexperiências é bastante positivanesta área.

A câmara municipal senteuma responsabilidade muitoforte no que respeita à fileira dacortiça. A temática escolhida

para este ano, tem a ver com acertificação florestal e faz todoo sentido tendo em conta o con-texto e a conjuntura nacional einternacional. Outra razão, é ofacto da floresta ter de passarpor um processo de certificaçãoe infelizmente o montado de so-bro até este momento não deupassos nesse sentido. A certifi-cação florestal e do montado desobro é o caminho do futuro eacrescentará mais valia”, adian-tou o autarca.

Em relação à obra do Obser-vatório do Sobreiro e da Corti-ça, Dionísio Mendes, disse que,“este projecto que a câmara deucorpo e inicio não será um pro-jecto exclusivo para Coruche epara o Município. Desde o prin-cípio entendemos esse centro deinvestigação e tecnológico, co-mo qualquer coisa que resulteda vontade da fileira da cortiça

e das parcerias que for possívelestabelecer à volta deste mesmoprojecto”.

Do ponto de vista físico, aobra está a decorrer, emboraneste momento estejamos comos trabalhos suspensos, porquevamos abrir novo concurso. Foirescindido o contrato com oempreiteiro, estamos a prepararum novo concurso para a obrase concretizar.

De qualquer forma, a pre-visão é que a obra se concluadurante o ano 2008. Breve-mente faremos um encontro emCoruche, com entidades, uni-versidades e parceiros do sectorpara criarmos a base da parce-ria e darmos passos firmes naafirmação do projecto doObservatório do Sobreiro e daCortiça”, salientou o autarca.

____João Louro

2.º Encontro do SectorCorticeiro

COM NOVA GERÊNCIA

No passado dia 11 de Outu-bro, foi entregue uma queixacontra desconhecidos à GNR deCoruche, por alegadamente seter efectuado uma descarga deáguas residuais para uma ribeira

na zona da Quinta Grande.A Equipa de Protecção da

Natureza e Ambiente da GNRtomou conta da ocorrência edirigiu-se ao local.

Dois homens de 38 e 48 anosforam detidos pela GNR deCoruche, por suspeita de caçailegal numa propriedade do con-celho.

De acordo com as autorida-des, o alerta foi causado por dis-

paros vindos da propriedade,tendo a GNR detido os homensquando estes se dirigiam numacarrinha com luzes apagadaspara a EN251.

Uma espingarda de caça euma pistola de alarme modifica-

da para disparar balas de calibre6.35mm, foram apreendidas emconjunto com vários coelhosbravos mortos. Foi aplicado otermo de identidade e residênciaaos homens, que foram consti-tuídos arguidos.

Descarga poluente naQuinta Grande

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200720

No plano partidário, logo aseguir ao 25 de Abril, autori-zaram-se ou fundaram-se váriospartidos, dos quais refiro apenasum brevíssimo apontamentosobre os que ainda subsistem,com significativa representaçãoparlamentar:

1. O Partido ComunistaPortuguês (PCP) que foi fun-dado em 1921, sendo à data do25 de Abril o único partido ver-dadeiramente organizado, detendência pró-soviética, leninis-ta-estalinista, liderado pelo Dr.Álvaro Cunhal;

2. O Partido Socialista,marxista-leninista, fundado ini-cialmente em 1875, extinguir-se-ia nos anos trinta, do séculoXX. Em 1963 funda-se a AcçãoDemocrática-Social e em 1964funda-se, em Genebra, a AcçãoSocialista Portuguesa, tendoesta sido admitida, em 1972,como membro da InternacionalSocialista. Em 1973, em Bona,funda-se o Partido SocialistaPortuguês (PS), que agrupava astendências Social-Democrata eos Marxistas Leninistas, cujoSecretário-Geral foi o Dr. MárioAlberto Nobre Soares;

3. O Partido Popular De-mocrático (PPD), social demo-crata, de tendência Liberal,(hoje PSD) liderado pelo Dr.Francisco Sá Carneiro, surge em6 de Maio de 1974

4. e o Centro DemocráticoSocial (CDS), (hoje CDS-PP),de tendência Conservadora eDemocrata–Cristã, liderado pe-lo Prof. Doutor Diogo Freitas doAmaral, surge também nesseano, no dia 19 de Julho.

As atenções gerais dequase toda a nova classe diri-gente, na primeira fase, esta-vam centradas no tema dadescolonização. A principalpreocupação, da primeira vagade novos governantes e dos mi-litares do Movimento das For-ças Armadas, era responder àquestão sobre o que fazer comas Províncias Ultramarinas. Adesorientação, neste primeiromomento, foi grande. A sede dopoder estava fora das esferasnormais.

Entretanto o general Spí-nola que defendia a tese fede-ralista promulgou, apesar dessasua tese, uma Lei Constitucional(n.º 7/74 de 27 de Julho), na

qual reconhecia o direito dascolónias à independência.

O general que defendia arealização de consultas demo-cráticas às populações sobre amatéria, de forma a que estas sepronunciassem sobre o proces-so, deixava cair as suas ideias evia assim gorados os seus inten-tos. Vai mesmo mais longe, faceao que defendia, e toma umanova medida de sinal contrário:Em 10 de Agosto de 1974 reco-nhece oficialmente o acesso àindependência da Guiné-Bissau,entregando o poder ao P.A.I.G.C.,numa cerimónia realizada emArgel no dia 26 de Agosto, ten-tando ainda controlar o processode Angola e Moçambique.

Mas a tendência mais ra-dical do MFA que defendia adescolonização imediata, e ospartidos de esquerda, PCP, PSe PSD, não o permitiram. Osinal de fraqueza tinha sidodado.

Já na vigência do IIº Gover-no Provisório, de que era Pri-meiro-Ministro o Coronel VascoGonçalves, o general Spínolatentou ainda obter o apoio da“maioria silenciosa”, ou seja damaioria da população, convo-cando uma manifestação paraLisboa que teria lugar a 28 deSetembro de 1974. Mas a popu-lação não respondeu aos seusapelos. Em face desta situação,e vendo-se isolado, demitiu-sedo cargo de Presidente da Re-pública no dia 30 de Setembro,tendo sido nomeado pela Juntade Salvação Nacional, para osubstituir, o general Franciscoda Costa Gomes.

Para que não se perca “amemória” deste período davida nacional, só entre Abril de1974 e Abril de 1976, data emque se realizaram as primeiraseleições gerais legislativas da 3.ªRepública, Portugal conheceu 6Governos Provisórios, a quecorrespondeu uma duração mé-dia de 4 meses e a desordemimperou no País.

A partir dos acontecimentosde Setembro de 1974, a extre-ma-esquerda militar e civil to-mou conta do processo e esteconheceu desenvolvimentosmuito rápidos. Após a realiza-ção de rondas de conversações,(que foram realizadas só com osmovimentos independentistas

que tinham desenvolvido a lutaarmada contra Portugal), foramconcedidas as independências aMoçambique em 25 de Junho de1975, entregando-se o poder àFRELIMO, e a Angola em 11 deNovembro do mesmo ano,entregando-se na realidade, e naprática o poder ao MPLA.

Nas outras parcelas, emque não tinha havido conflitoarmado, foram concedidas asindependências a São Tomé ePríncipe em 26 de Novembrode 1974 e a Cabo Verde, entre-gando-se, deste território, opoder ao PAIGC.

Timor foi abandonado pe-las forças armadas portugue-sas nas mãos da FRETILIN, detendência comunista. Na sequên-cia deste abandono a Indonésia,país fortemente anti-comunista,após vários avisos documenta-dos ás autoridades portuguesase norte-americanas, invadiu eocupou o território.

Na sequência desta ocupa-ção assistiu-se a atrocidadesincontáveis no território, ondesubsistiam bandeiras portugue-sas, durante muitos anos, haste-adas por timorenses inconfor-mados com a sua sorte. Em2002 tornou-se Timor um paísindependente, sob os auspíciosdas Nações Unidas, face aosesforços tardios mas louváveis,desenvolvidos nos últimos anosda década de 1990, pelos gover-nos portugueses.

De comum entre estes ter-ritórios existe o facto de que opoder foi entregue aos par-tidos alinhados com Moscovo,ou seja Comunistas. No cená-rio bipolar (Sistema Interna-cional Bipolar em que sedefrontavam dois blocos mi-litares, ideológicos e econó-micos, liderados do lado oci-dental pelos EUA e do ladooriental pela URSS), de então,foi o bloco Comunista lidera-do pela URSS quem ganhouno xadrez das descolonizaçõesportuguesas.

Recorde-se que Portugal re-cebeu, em apenas cerca de 3meses, à volta de 800.000 pes-soas provenientes do Ultramar,fugidas à guerra, entretanto ins-talada. Ou seja Portugal absor-veu cerca de 7% de população amais, nesse período.

O desmantelamento da

estrutura do Estado portu-guês abriu o Oceano Índico eo Oceano Atlântico Sul à ex-pansão soviética, sem qualquernegociação de contrapartidas,sem ordem de batalha, semassessoramento da comunidadeinternacional.

Fora deste cenário encontra-va-se Macau. Em Macau nadaaconteceu e tudo se mantevecalmo até que Portugal resol-veu, por sua iniciativa, (semqualquer pedido nesse sentidopor parte da Republica Popularda China) abrir negociações quelevassem à integração deste ter-ritório, em 1999, na RepúblicaPopular da China.

Voltando ao período do In-terregno, no campo económi-co, davam-se as nacionaliza-ções da banca e seguros decidi-das pelo II Governo Provisório(PCP, PS e PPD) em 14 de Mar-ço de 1975. Este facto acarretoua nacionalização de prática-mente todos os grandes gruposeconómicos portugueses exis-tentes na altura, (dos quais sedestacavam o Grupo Compa-nhia União Fabril (CUF), o Gru-po Champalimaud, o GrupoEspírito Santo, o Grupo Vinhas,o Grupo Pinto de Magalhães e oGrupo Quina, para só referir osmais conhecidos da opinião pú-blica), bem como de empresasmais pequenas, dado que osbancos e as companhias segu-radoras detinham participações,de várias dimensões, em empre-sas de vários segmentos da acti-vidade económica.

Ou seja Portugal assistiu àdestruição de práticamentetodos os seus Centros de Ra-cionalidade Económica, fa-zendo o País retroceder maisde 20 anos no campo do des-envolvimento económico.

Práticamente, a economiaportuguesa ficou, de um mo-mento para o outro, maioritária-mente nas mãos do Estado, oque teve reflexos negativos nodesenvolvimento do panoramaeconómico português, nas déca-das seguintes. Problema queainda hoje se faz sentir.

No que se refere à políticaexterna as opiniões dividiam--se. Travava-se uma luta entrevárias correntes de opinião so-bre o que deveria ser a políticaexterna de Portugal. Uma dessas

correntes apresentava os paísesdo Leste Europeu como alterna-tiva viável para a cooperaçãoeconómica e trocas comerciais,caso os acontecimentos internosdeterminassem o corte de liga-ções com o bloco ocidental.

Esta tese era defendida peloCoronel Vasco Gonçalves e pe-los Comunistas seus apoiantes,o qual pretendia ainda fortaleceras teses pró-soviéticas de umadescolonização, na qual Lisboaficaria na esfera de influênciasoviética, via Maputo (Louren-ço Marques) e Luanda.

Outra corrente de opinião,queria privilegiar as relaçõescom o Terceiro Mundo, tesedefendida sobretudo pelo entãoMajor Ernesto de Melo Antu-nes, e que consistia na constitui-ção de um eixo Luanda / Mapu-to, em que Lisboa se apoiaria.

Difusamente, diria mesmo,confusamente o MFA preconi-zava o alargamento e a diversifi-cação das relações de Portugalcomo o exterior sem grandesespecificações do como, comquem e de que modo.

E, evidentemente, a linha dosque queriam um alinhamentototal de Portugal com o blocoocidental, embora não neces-sariamente significando, comessa posição, uma entrada naCEE.

Basta ler a imprensa do pe-ríodo entre 1974 e 1976 para seperceber as opções, hesitações eclivagens existentes, face a umaeventual entrada de Portugal naCEE, mesmo entre as pessoasque defendiam a manutenção dePortugal no bloco ocidental.

Na realidade, nos Programaselaborados a seguir à revoluçãopelos diversos partidos, (PS,PPD e CDS), a CEE é um tematratado por todos eles mas ne-nhum defendeu claramente aadesão de Portugal às Comuni-dades.

O PCP por razões ideológi-cas, sempre se opôs a essa even-tualidade.

Nas restantes forças defen-dia-se sobretudo que Portugaldeveria requerer o estatuto deassociação antes da eventuali-dade de pedir a adesão.

(continua no próximo número)

Dr. Miguel Mattos Chaves *

A UNIÃO EUROPEIA

* Gestor e Mestreem Estudos Europeus

pela Universidade Católica

A Europa em mutação e as opções PortuguesasA orientação de política geral portuguesa do final da 2.ª República.

A ruptura política do 25 de Abril e os novos desafios político-diplomáticos

(parte III)

(continuação do número anterior)

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 21

Quando a verdade e a razãonos assiste, não devemos termedo de nada!

A reposição do busto doMajor Luíz Alberto de Oliveira,não é mais do que fazer justiça,repondo a homenagem que oscoruchenses livremente quiser-am fazer a um dos maiores ben-feitores de Coruche.

O PCP de Coruche continuacom a sua atitude totalitária editatorial própria dos regimescomunistas que não respeitam ademocracia e como disse a Dr.ªZita Seabra em Coruche há dias,“para os comunistas vale tudo,todos os meios servem paraatingir um fim”.

É isto que o PCP está a fazer,mentindo, intimidando, amea-çando, quando o PCP perde aforça da razão até já recorre àrazão da força!

Afirmam que as 1313 assi-naturas são uma farsa. Que oprovem! Só foram entregues1313, mas o Jornal de Coruchetem muitas mais que entretantorecebeu. Esta petição para areposição da Justiça em Coru-

che, tem vindo a gerar uma ondade solidariedade não apenas lo-cal mas também a nível nacio-nal e entre as comunidades por-tuguesas emigradas, esta é a for-ça do Povo Português.

Já basta de regimes autori-tários, já basta de ditadura do

pensamento único. Com a repo-sição do busto do Major LuízAlberto de Oliveira, significaráque a Liberdade em Corucheveio para ficar. A luta continua.

É sabido que o executivo ca-marário votou em reunião de câ-mara o envio da petição para

discussão a votação na Assem-bleia Municipal e que a Sr.ªPresidente da Assembleia Muni-cipal recusou fazê-lo, devolven-do a mesma para aprovação doexecutivo camarário, argumen-tando que é uma questão detoponímia e como tal de exclusi-va responsabilidade deste. Co-mo se constata, o comunicadodo PCP de Coruche falta à ver-dade!

A verdade documental e fac-tual, prova que o Sr. Major LuízAlberto de Oliveira foi umhomem bom da nossa Terra.

O Sr. Major foi figura desta-cadíssima pela sua categoria,brio e amor à Pátria, nos trêsregimes onde viveu: na Monar-quia, onde chegou a dar aulas deesgrima ao Rei D. Manuel II efoi um militar exemplar, naPrimeira República, onde lutouem África e na Primeira GuerraMundial, onde integrou o CorpoExpedicionário Português e foiherói, tendo sido GovernadorCivil de Coimbra, aclamado eamado pelas suas populações naforma como ajudou a combatera “pneumónica”.

Depois no Estado Novo,assumiu funções como Ministroda Guerra, exercendo com res-ponsabilidade o cargo, massempre com as suas convicçõesde homem de bem, unanime-mente considerado por todos oshistoriadores, como HermanoSaraiva, José Mattoso e Verís-simo Serrão.

Como se vê a instabilidadepolitica e social é fomentadapelo PCP de Coruche pelas suasmentiras e raciocínios absoluta-mente primários e disparatadosque só visam lançar a confusãoe a mentira, na esperança que aspessoas possam ter medo ecalar-se.

Mas o povo de Coruche nãose cala, nem o Jornal de Coru-che o fará, pois a voz clamorosada Verdade e do Povo Portuguêsfalará sempre mais alto.

Ao ameaçar o Sr. Presidenteda Câmara, tentando coagi-lo nosentido de não levar a votação,como a lei obriga, a maiorpetição que Coruche teve desde

o 25 de Abril, está a revelar todoo descontrolo de quem já nãotem voz, nem apoio do povo, e,agora querem-se fazer ouvir dequalquer maneira, até da piormaneira.

Uma palavra de solidarieda-de democrática, para o Sr. Presi-dente da Câmara e todos os par-tidos democráticos de Corucheque não poderão deixar passarem branco tão graves declara-ções de dirigentes comunistaslocais, atentatórias dos mais ele-mentares princípios democráti-cos, de Liberdade e de respeitopelas populações.

Perante esta atitude de intimi-dação e ameaça dos dirigentescomunistas, autoridades devemestar atentas aos incidentes quepoderão vir a acontecer em Co-ruche, e ainda, segundo pala-vras do Primeiro-Ministro JoséSócrates, os comunistas não re-presentam o Povo Português,têm de aprender a respeitar a leie o saber viver em democracialiberal, o querer impor a vonta-de dos comunistas sem respeitopelo povo, é farsa, é ditadura, écomunismo!

E digo aos dirigentes comu-nistas, porque o povo simples,anónimo comunista de Coruche,não se revê de certeza nestasposições extremistas de genteque apela à instabilidade políti-ca e social.

Espero que as autoridadespossam actuar em conformidadee investigar o que querem estessenhores dizer com estes comu-nicados.

____

Abel Matos SantosDirector do “O Jornal de Coruche”Representante da Petição entregue à

Câmara Municipal de Coruche

VENDE-SEVivenda no centro

de Coruche

ÓPTIMO NEGÓCIO

Tlm: 9917 2265 0054

Nota à ImprensaComissão Concelhia de Coruche do PCP

Perante as últimas afirmações do Sr. Pre-sidente da Câmara Municipal de Coruche aosmicrofones da Rádio Voz do Sorraia, a pro-pósito da campanha promovida pelo “Jornalde Coruche” para a reposição do busto do mi-nistro de Salazar – Major Luís Alberto de Oli-veira; a Comissão Concelhia de Coruche doPCP entende proceder aos seguintes esclareci-mentos:

1) A Assembleia Municipal em 27/04/07aprovou uma Moção em que afirmava a suaoposição à reposição do busto, tendo igual-mente recomendado ao executivo municipalque tomasse idêntica posição. Logo a Assem-bleia Municipal discutiu o assunto!

2) A tão propalada petição subscrita por1313 cidadãos não foi dirigida a AssembleiaMunicipal nem sua Presidente, mas sim aoPresidente da Câmara.

3) Sobre o número de assinaturas (1313) dadita petição não passa de uma farsa, importa

esclarecer o seguinte: uma parte muito signi-ficativa dos subscritores não é eleitor, não éresidente no Concelho nem Coruchense!Portanto, sobre o valor desta petição estamosconversados.

4) Afirmou o Sr. Presidente da Câmara quea discussão e a deliberação sobre a reposiçãodo busto iria ocorrer até ao final deste ano, aComissão Concelhia de Coruche do PCP cha-ma a atenção do seguinte: seria do interesse detodos que o Sr. Presidente da Câmara reflec-tisse antes de agendar o assunto, pois pode,com o seu aval à reposição do busto, estar afomentar a instabilidade política e social noConcelhoo, pois aqueles que se opõem à repo-sição dos símbolos e dos ideais fascistas bani-dos em 25 de Abril de 1974 não se resignarãoperante a reabilitação desta figura destacadado regime Salazarista.

Coruche, 20 de Outubro de 2007

A propósito do comunicado do PCP de Coruche à RVS, de 22 de Outubro de 2007

Assim se vê a força do PC!A Intimidação, a Ameaça, a Violência!

Mas como disse o Papa João Paulo II: “Não tenhais medo!”

Reposição dda eestátua ddo MMajor LLuíz AAlberto dde OOliveira

Busto que existia na praça junto à câmara, onde se pode ler no pedestal,“Ao Major Luís Alberto de Oliveira. Coruche Agradecida em 15-8-1959”

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200722

OpiniãoOpinião

A Bienal de Coruche

Amigos e devotos de S. FranciscoXavier, fundada em 1959, a Paróquia deS. Francisco Xavier tornou-se autónomada Paróquia de Santa Maria de Belém em1990. Desde essa data, o Patriarcado deLisboa e os habitantes da Freguesiasonharam com a construção de umTemplo dedicado ao grande Apóstolo doOriente. Passados 42 anos da sua fun-dação, a Paróquia, desde 1990, exerce asua vida pastoral num edifício prefabri-cado.

A Igreja e a Cidade de Lisboa, bemcomo todo o País, têm uma enorme dívi-da para com o grande Basco que destazona histórica do Restelo partiu numacaravela rumo à Índia. Há cerca de 500anos, tornando-se um dos maioresarautos da Evangelização nos primórdiosdos nossos Descobrimentos, elevou para

sempre o nome de Portugal em todo oOriente.

Em boa hora, a Paróquia contactou oentão Presidente da Câmara, Dr. JoãoSoares, que desde esse momento se inter-essou pela construção da Nova Igreja. Seo seu interesse nos foi animador, acom-panhando o projecto em várias etapas,importante também, foi a escolha doArquitecto José Troufa Real, para fazer oprojecto da obra.

É de justiça recordar que o processose iniciou no mandato do Dr. KrusAbecassis, com a cedência do terreno.Em Agosto de 2005, sob a presidência doDr. Pedro Santana Lopes, a Paróquiarecebeu o deferimento do processo deconstrução. Sonhando e idealizando,riscando ou fazendo esquissos, o Mestredelineou traços e programas até nos apre-

sentar um projecto inspirado no arrojoque foi toda a vida do nosso Padroeiro.Daí a forma de Caravela que apresenta.Com a aprovação do Patriarcado e olicenciamento da Câmara de Lisboa, sófalta começar a construir!

Contamos com toda a generosidadede amigos e devotos de S. FranciscoXavier, bem como da Cidade de Lisboa,com a certeza de que o nosso Padroeirointercederá por todos junto de NossoSenhor.

Padre António Colimão

Nova iigreja pparoquial dde SS. FFrancisco XXavier

Frederico Ramires, artista alfacinha, foi o vencedor da III Bienalde Coruche, com um óleo sobre tela, sem título.

O Grande Prémio BES para o vencedor foi de 3500 euros, ten-do as três menções honrosas, no valor de 250 euros, sido atribuídas,respectivamente, a Cristina Troufa, com uma obra em acrílico sobretela denominada “A Nuvem passa mas a chuva fica”; a um óleosobre tela de Mónica Silva, com o nome “Viagem dos Sentidos” euma tela sem título de D. David.

A exposição subordinada ao tema “Novas Figurações”, quedecorreu de 4 a 21 de Outubro no salão do restaurante Alcorucen,teve 72 obras de 54 artistas seleccionadas de entre 543 obras de cercade 300 artistas que submeteram os seus trabalhos ao júri da bienal.

De acordo com o arq. Carlos Janeiro, comissário da exposição,e edição deste ano bateu todos os recordes, com o elevado númerode obras apresentadas a concurso. O júri foi constituído pelo comis-sário da exposição, um representante do Museu Municipal e daCâmara de Coruche e o artista plástico Pedro Casqueiro e o colec-cionador de arte Rui de Brito.

Em simultâneo com a Bienal realizou-se também a Feira doLivro, a conferência com Zita Seabra promovida pelo Jornal deCoruche e as 19.ªs Jornadas de Gastronomia, que foram animadascom um concerto de Jorge Palma.

Visitando a exposição deobras seleccionadas patente no“Alcorucen”, fiquei contentecom o elevado nível das obrasexpostas.

Passo a passo, a mostra co-meça a impor-se no panoramadas artes plásticas luso, o quemuito me agrada, como meagradam outros sucessos coru-chenses. Entre os muitosquadros, dois de tema táurico

merecem destaque – “A Re-volução” de Henrique Nuno(reprodução abaixo, à es-querda) e “Tributo…” deMara Costa (reprodução abai-xo), que pesem os diferentesconceitos pictóricos dos artis-tas em causa, mostraram (semcomplexos…) o potencialestético da Festa de toiros.

____Domingos da Costa Xavier

III Bienal de Coruche foi um sucessoNota

A primeira edição daBienal realizou-se no anode 2003 numa garagem ea 2.ª edição numa tendano parque do Sorraia.

Para o edil de Coruche odesejo é poder realizar oevento no novo pavilhãomultiusos quando esteestiver construído, “masaté lá certamente que seirá realizar”, disseDionísio Mendes.

CONTRIBUTOS PARA ESTA OBRAPODEM SER FEITOS PARA

Caixa Geral de DepósitosNIB: 0035 01500004948213092

www.paroquiasfxavier.orgTel. 213 018 648

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A Direcção da OrganizaçãoRegional de Santarém do PCP,reunida no passado dia 24 deOutubro, disse em comunicadoque apreciou “as atitudes ecomportamentos partidários deLuísa Mesquita”,

Esta estrutura regional doPCP decidiu acompanhar “inte-gralmente quer as apreciaçõesquer as decisões adoptadas peloSecretariado do Comité Cen-tral”, que foi a de retirar “a Luí-

sa Mesquita a confiança políti-ca para o exercício dos cargospúblicos para os quais foi eleitaem representação do PCP:deputada na Assembleia da Re-pública e vereadora da CâmaraMunicipal de Santarém”.

O comunicado diz ainda quefoi aprovada uma resolução“para proceder ao andamentode eventuais procedimentos dis-ciplinares que vierem a ser deci-didos”.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 23

Hélio Bernardo Lopes *

POLÍTICA

Desde que o caso Casa Piateve o seu dealbar, que se tornouevidente que o Ministério Públi-co e a Polícia Judiciária se tor-naram verdadeiros escolhos pa-ra mil e um que terão, por essaaltura, imaginado o pior para assuas vidas.

É essencial não esquecernunca aquela afirmação de Ca-talina Pestana, que ficará para aHistória: os portugueses nãoestão preparados para um ver-dadeiro sismo social de grausete que por aí virá com o jul-gamento do caso da Casa Pia. Efoi este sempre o meu pensa-mento sobre o tema.

Seguiu-se aquele verdadeirobombardeamento a José Soutode Moura e ao Ministério Pú-blico, ao mesmo tempo que seglorificava sempre a Polícia

Judiciária: uma das melhorespolícias do Mundo, porventuramesmo a melhor de todas elas!

Mas lá surgiu, neste vastoentretanto, a nova hierarquia dasestruturas do nosso Estado. Semespanto, em todo o caso ultra-passando o que de pior muitosimaginavam, o cargo de Procu-rador-Geral da República foiextremamente desvalorizadonessa nova hierarquia. A culmi-nar toda esta desvalorização, foiescolhido para Procurador-Ge-ral da República um Juiz Conse-lheiro, ou seja, uma personali-dade exterior à Procuradoria-Geral da República.

Sendo embora uma persona-lidade ilustre no domínio doSistema de Justiça, por acaso atétambém ao nível familiar, a ver-dade é que esta escolha teria

sempre de ser vista como umanova atitude de enfraquecimen-to da Procuradoria-Geral da Re-pública: o cargo era desvalo-rizado na hierarquia do Estado,passando a instituição a serdirigida por uma personalidadea ela exterior, mas defendida nasua qualidade profissional porse tratar de um juiz do SupremoTribunal de Justiça. E tudo istotendo como pano de fundo a su-cessão de José Souto de Moura,que foi verdadeiramente crucifi-cado pelas nossas classes políti-ca e jornalística, entre outras.

Hoje, quando se ouve falarda Procuradoria-Geral da Repú-blica, assoma sempre ao espíritode cada um uma ideia dicotómi-ca: há o Procurador-Geral daRepública, Fernando Pinto Mon-teiro, prestigiado a priori pela

sua condição de Juiz Conse-lheiro e por ser exterior à insti-tuição, e há a instituição, quefoi entretanto conduzida à situa-ção de já não constituir umareferência forte na nossa orga-nização social.

Enfraquecido o MinistérioPúblico, foi a vez de se opera-rem mudanças ao nível da Polí-cia Judiciária. O saldo foi a saídade Santos Cabral, ele tambémJuiz Conselheiro do SupremoTribunal de Justiça, na sequên-cia de uma daquelas crises quedepois nos foi explicado nuncater existido... Desde então, vêm--se sucedendo as crises maisdiversas, que assim como sur-gem, logo são desmentidas: afi-nal, continua sempre a nuncaser nada de quanto se diz! Amudança de que se deitou mão,

indo ao encontro dos desejosexpectáveis da PSP e da GNR,foi a dita procura de uma coor-denação eficaz das diversasautoridades policiais. E então,no lugar de se aperfeiçoar aactuação do coordenador já exis-tente, criou-se toda uma novaestrutura, agora já com nívelgovernamental, e superinten-dendo – veja-se bem! – sobre opróprio Procurador-Geral daRepública!!

Como é natural em política,pode sempre acontecer que o queparece não seja, mas a grandeverdade é que quase todos achamque é... É claro que pode bemvir a não ser, mas há que partirda hipótese pessimista, ou todoscorremos o risco de poder vir apassar um mau bocado. Foramescolhos, caro leitor! Escolhos!!

Cada povo tem a sua entro-pia cultural própria. E é por issoque não deixa de ser estranha aestranheza de João Cravinhoperante a completa paralisia emque hoje se encontra o combateà corrupção e ao enriquecimen-to ilícito.

Mas como foi possível quepudesse ter imaginado que al-gum resultado poderia advir dainiciativa que se resolveu alançar em matéria de enriqueci-mento ilícito e de corrupção?

Os portugueses conhecem

bem o fantástico polvo em quese transformou a corrupção emPortugal. E, por via desta, o pró-prio enriquecimento ilícito. Pre-cisamente, o que João Cravinhoagora nos veio referir.

Encontrar um fim razoávelneste estado de coisas hiperpan-tanoso seria, precisamente, se-guir o caminho proposto porJoão Cravinho, mas num ápicenos vieram os seus camaradasde partido dizer que o problemada inversão do ónus da provaera o mais inaceitável sacrilégio

contra os direitos, liberdades egarantias!!

O desta recente tomada deposição de João Cravinho estána ideia que sobressai das suaspalavras, a cuja luz os portugue-ses poderão estar revoltadoscom este estado hiperpantanosodo País. Muito pelo contrário: aesmagadora maioria dos portu-gueses contemporiza, muitobem e naturalmente, com a cor-rupção, e compreende perfeita-mente que alguém consiga enri-quecer ilicitamente. Dir-se-á que

é esperto e que sabe levar bem avida. Ninguém leva a mal.

Temos a nossa entropia cul-tural própria, e as coisas sãocomo são e entre nós são comoagora João Cravinho nos veioreferir. Só que uma tal situação énaturalmente aceite.

E é por isso que, depois daspalavras de há pouco mais deum ano do Presidente CavacoSilva, nada de realmentepalpável foi feito. Tudo se ficou,como pude atempadamentesalientar, por uma aquiescência

táctica: não se podia dizer quenão...

Voltar a ouvir João Cravinhopronunciar-se, de modo vee-mente, sobre este nosso cancrocultural da corrupção e do enri-quecimento ilícito, foi, em todoo caso, muito interessante, masde nada servirá.

Dentro de um ano estas pa-lavras voltarão a ter a mais cabaljustificação. É que as coisas sãocomo são.

____

* Analista Político

Tornaram-se escolhos

A entropia cultural portuguesa

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A festa de toiros, para alémde fenómeno catártico é coisade sentimentos, o que me (nos)leva, não raras vezes a ocorreraos eventos, por pura questãode pormenor.__

Em Álcacer do Sal o JoãoPatinhas deu-me uma ordem –“quero-te ver em Évora no festi-val da Abraço, que mesmo semfísico para tanto, vou-me fardarcom o meu Bernardo, que osforcados são pais e filhos, eimagina, sou o cabo!”.

Está dito, está dito, e só paraver, mesmo sem hipótese de sefazer a um toiro, o João Patinhasde novo envergando uma fardade forcado, a proposta era irre-cusável, até porque o João, comoem seu temo diziam os apani-guados de “Lagartijo” o grande,justificava a quem quer que sejao dinheiro do bilhete, só para overem fazer as cortesias.

Forcado de eleição e sobre-tudo um líder natural (que fezescola) dos que se impõem pelapresença constante e pela ami-zade, que não por comporta-mentos de impensada chefia, oJoão Patinhas é um caso derespeito no meio taurino, queme leva a dizer que passado o

período activo é também umdos mais sérios dos aficionadosnacionais.

À parte o seu estar nos toi-ros, na vida (e quão amarga elajá lhe foi…) o João é todo eleum senhor, que não é nada pou-co neste tecido social tão car-ente de valores.

Dando razão ao velho ditadoque reza “o Homem põe e Deusdispõe”, o João que era supostosair (naturalmente) a cabo do

Grupo de “Pais e Filhos” quepegaria o festival, estava à horadas cortesias esponjado comuma cretina trombo-flebite nu-ma cama hospitalar. Tanta ilusãoque havia posto no evento e, ascoisas são o que são…!

No entanto, o seu espírito su-perior pairou por ali, e o Bernar-do, seu filho de oiro, agora su-cessor natural a cabo recém no-meado do grupo de forcadosamadores de Évora, não só pro-vou estar à altura, como comtodo o seu comportamento sou-be honrar o nome de seu pai, atéquando foi solista, e esteveenorme de valor.

Logo nas cortesias me emo-cionei, ao ver “pais e filhos” far-dados e deixando provado que afesta está bem viva, dado queaté um neto de forcadito vestidonos indica que o que vos digo éverdade. Comoveu…

Depois, num festival a favorda “Abraço” ficou provado quea festa é solidária, e gera fundosque outras actividades de modanão são capazes de gerar, dei-xando constância de que ineren-te à nossa matriz cultural, con-tinua a ter muito que dizer. To-dos os intervenientes actuaram

gratuitamente, o que é obra nasociedade mercantilista em quevivemos.

Também os solistas soube-ram assumir o espírito da coisa,e brindaram à “Guida”, que bemo merece pelo trabalho feito, equão longo é o caminho percor-rido por esta mulher que recor-damos como a gorducha do“Frágil”, e que agora, apesar doartificialismo do emagrecimen-to, continua a saber agigantar-secom a grandeza do que faz.

O evento decorreu de mara-vilha, João Salgueiro esteveenorme, ao seu nível, genial, de-senvolvendo tauromaquia pró-pria, como é seu timbre.

O António Brito Paes, emfim de temporada deixou prova-do que é um caso sério e quetêm que contar com ele para oano que vem.

O Manuel Ribeiro TellesBastos, emendou os últimosazares que lhe vimos e estevecavaleiro, toureiro e para o quevier, dado que soube estar bem ehonrar os seus apelidos.

Manuel Lupi, rodadíssimopor essa pele de toiro, estevealegre e acertado, também triun-fando.

Francisco Palha, continua arevelar-se um projecto de figura,consistente e honesto no que faz(já agora pode tentar baixar umou dois decibéis aos gritos doscites, dispiciendos ao seu estar)justificando em pleno o termosapostado nele este ano comoPrémio Revelação da revista“Equitação”.

E por fim, João Salgueiro daCosta, a mostrar-se também muidigno continuador do historialda família, triunfando forte.

Por ordem de saída, exem-plares com ferro de grave, Guio-mar Cortes Moura, Rosa Rodri-gues, Samuel Lupi, Canas Vigou-roux e Paulo Caetano, generosa-mente oferecidos, contribuíram,com maior ou menor qualidade,para o sucesso da função, dadoque serviram.

E agora os forcados, semsombra para dúvidas, um dosingredientes de interesse desteevento, todos eles de Dinastia(como é óbvio) estiveram bem,com a particularidade de quasetodos terem sido ajudados porseus pais (tão bonito).

Solistas foram Ricardo Casa-novas, Francisco Borges, JoãoPedro Oliveira, Bernardo Pati-nhas, João Ramalho (com umaboa ajuda do além, filho que édo mano Augusto) e João Mes-quitella, este com o pai valoro-samente situado a dar de ter-ceiras, mas soberbamente ajuda-do pelo Quico Abreu, na melhorprimeira ajuda da tarde.

Que espectáculo lindo, quebom saber que os que for-maram em Aljubarrota a tal“Ala dos Namorados” deixa-ram descendentes.

Que belo exemplo de gene-rosa e elegante solidariedadese deu em Évora aos que noscriticam.

Portugal, Sempre…!!!____

* Médico veterinárioe escriba taurino

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Tão bonitoFoi tão bonito…!Dr. Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Ao meu amigo João Patinhas, … e às suas melhoras

Tauromaquiasuplemento

Coordenação de Domingos da Costa Xavier

Não pode ser vendido separadamente.

Director: Abel Matos Santos • Registo ERC 124937Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 19, de Novembro de 2007

Foto: João Costa Pereira

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Por amável mediação deMaria José Garcia no convite,deslocámo-nos à Embaixada doMéxico (que é sabido se situanuma das mais bonitas quintasdessa Lisboa de outrora, queainda resiste…) para assistir àinauguração de uma belíssima ecuriosa exposição.

Como o título indica, tempor título “De raices y toros” epretende comemorar o XX ani-versário do grupo de forcadosmazatlecos, grupo mexicanoque já exibe honradamente naárea os seus pergaminhos.

Formado em 1987 por ini-ciativa de Manolo Laveaga eArturo Castro, já actuou comêxito nas mais importantes pra-ças do México e em vários país-es do Mundo.

Arturo Castro, para além deprimeiro cabo do grupo é tam-bém pintor e como se escreveuno convite “Há extendido supasión por el arte de la tauro-

maquia, al de la expresión grá-fica, al plasmar en los lienzos,las intensidades y emocionesíntimas que solamente quien sehá enfrentado a un toro bravopuede reflejar”.

Também patente uma mostrafotográfica de autores diversosque documentam a história e oestar do grupo, grupo que usabarretes e meias feitas em Por-tugal, para além da técnica quepor cá bebeu.

Exposição interessantíssima,com obras de arte que devida-mente contextualizadas assumi-am expressiva beleza, que orgu-lhou contemplar.

Entre os convidados tambémestavam Dionísio Mendes, JoséFernando Potier e Amorim Ri-beiro Lopes, prova provada deque a Maria José jamais se es-queceu das gentes de Coruche.

____DCX

João Moura e seu filho João,António Ribeiro Telles e seusobrinho João, enfrentaram noCampo Pequeno um curro detoiros com ferro de Romão Te-nório, sendo que alguns dosexemplares mostraram evidentequalidade.

João Moura esteve enorme,recebendo como se a garupa docavalo um capote fosse, dandopasso a uma actuação em quepôs toureria e verdade, deixandoprovado que a espaços os génios

deixam constância de que o são.Espontâneas ovações sublinha-ram com a praça em pé os ferrosque colocou.

António Telles, decente easseado como sempre, estevenesta actuação a solo um poucoabaixo do que de tal figurãoesperamos.

João Moura (filho) lidandoum toiro de nome “confuso” fezjus ao nome do toiro alternandomomentos muito bons com mo-mentos menos bons, se bem que

o saldo seja positivo, finalizan-do até a sua lide sob ovaçõesfortes.

Mas é bom que não tome osucesso por favas contadas,novo que é e com muito queandar e aprender.

João Telles Jr. é um caso!Consegue conciliar a ortodoxiafamiliar com uma alegria conta-giante, não deixa ninguém indi-ferente, empolga e meia actu-ação decorreu com a praça empé. Querem que vos diga mais?

Nas lides a duo o empatemanteve-se; os Moura, é óbvioque se entenderam em muitobom nível, mas temos que con-vir que nesta matéria os Tellesevidenciaram que a escola demuitos anos deu e dá semprebons frutos, e por assim ser en-tusiasmaram.

Com tais exemplos de boacontinuidade de saberes famili-ares, que descanse a afición, (eque desanimem os detracto-res…) que a festa em Portugaltem Presente e futuro.

Os Forcados Amadores deVila Franca de Xira e de Co-ruche deram digna e brilhanteconta de si: Pedro Castela, Ri-

cardo Patusco (Valente…) eRicardo Castela por Vila Fran-ca, e António Macedo (na maistécnica das pegas da noite!).Alberto Simões e Nuno Feijocapor Coruche, foram os solistasde grupos que provaram saberestar.

Noite assaz profícua para afesta, em que justamente foichamado à praça o ganadero.

Mais uma vez em fim defesta nos afrontaram com o hinonacional. Será que para o ano otransferem dignamente para oinício da corrida?

____Domingos da Costa Xavier

escriba

IITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007

A das dinásticas gerações

Travessa de Stº Antão, nº 8 a 11 (perto do Coliseu de Lisboa)

Telefs. 213 427 424 – 213 427 687 [email protected]

aceitam-se reservas para grupos (sala no 1º andar)

Especialidades: Frango no Espeto(1º em Portugal)

Peixe Fresco no Carvão

Restaurante Churrasqueira

Aberto todos os dias

(desde 1950)

Bonjardim

António Telles e o sobrinho João a duo

Pega rija de António Macedo com excelente 1.º ajuda de Francisco Duarte

Fotos: Joaquim Mesquita

DDee RRaaiicceess yy TToorroossDe entre os artistas nomeados para os Galardões Campo

Pequeno, referentes à temporada de 2007, estão os coru-chenses João Ribeiro Telles Jr. (categoria de cavaleiro pra-ticante) e Amorim Ribeiro Lopes (categoria de Forcados).

Galardões CampoPequeno 2007

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Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007III Tauromaquiasuplemento

Dia 18 de Outubro, a Praçade Toiros do Campo Pequenoabriu as portas para que emseu seio ocorresse um festivalde luxo, bem montada organi-zação, que Rui Bento obvia-mente sancionou, devida àAssociação Portuguesa deDressage, que o Leiriense Mi-guel Condeço governa.

Antes do inicio das lides, foi--nos dado ver evoluir cavalhei-ros de excelente nível (por Exº afilha de Caetano), mas, e sobre-tudo, cavaleiros que portadoresde deficiência de grau diversonos deram uma inquestionávellição sobre como ultrapassar asagruras a que a vida nos conde-na, propiciando aos presentes averificação de grandeza tama-nha, que quase envergonhaaqueles que a vida maldizemsem razão plausível.

Coube a Joaquim Bastinhaslidar um escorrido pupilo comferro da casa Prudêncio, e o deElvas, em ano de triunfos esteveno seu consumado nível, e cor-recto e dando ao público o queeste dele espera.

Creditou-se depois AntónioTelles com uma bela actuação,em que começou recebendo atourear com a jaleca de agasal-ho, para depois receivar ao dePassanha um primeiro compri-do de antologia, a que se seguiuactuação conforme com o seuestar habitual.

Surgiu depois em praça umtoiro pequeno, mas que grandeem bravura (e até trapio…) quemostrou o que valia de todos osterrenos em que o citaram, semquerenças nem ressábios, volun-tarioso investindo com codicia,em suma pedindo contas e dei-xando provado que tamanho nãoé qualidade, que os elefantesnão se toureiam, sequer os búfa-los que também tem cornos.

Ora, foi João Branco Núncioque um dia afirmou (creio quecitando Belmonte, o que agoranão vem ao caso) que desgraça-

do o toureiro a quem cabeenfrentar um toiro bravo. Assimnão foi. Lidou-o João Salgueirocom o senhorio dos que pos-suem a centelha do génio, calan-do a bocarra aos profetas dadesgraça e deixando prova doque está para lavar e durar;preparações primorosas mexen-do no toiro do nível que esteexibia, reuniões com verdade,

cravagens com rigor e rematesde acordo com os canones dotoureio, tornaram-no credor dopúblico que lhe viu uma dasmelhores actuações da tempora-da, conseguindo até o difícil que

é estar por cima de um toirobravo de verdade. Com quatro-centos e trinta quilos de pesoanunciado e três gravado naespádua, o “embriagado” deFerro Veiga, embriagou toda apraça com a enorme classe queexibiu.

Lidou depois Ana Baptista,um pupilo da casa Vinhas, quesurgindo na arena em bom

plano se revelou diminuida apartir da infelicidade da coloca-ção do primeiro curto, em todoo alto, mas que lesou por certoum terminal nervoso, e depoistudo decorreu no plano asseado

que é vulgar na Ana (queresolveu toda a lide montando“Jaguar”, o que se assinala!), sóentusiasmando mesmo naarriscada colocação do “palmo”com que encerrou.

Do exemplar de Coimbra,deu lide Manuel Ribeiro TellesBastos, exibindo boa monte,conceito toureiro e não muitoleve, sendo que temos que lhe

aplaudir um palmo final arris-cadíssimo colocado no corredor,o que nos custa dizer, mas foipouco.

Esperemos que na tempora-da que aí vem o Manuel saiba

remontar a onda de esperançaque a aficion tem depositado nasua carreira.

A fechar a praça, MarcosTenório (Bastinhas), a quemtocou o exemplar com quali-dade enviado por Romão Tenó-rio, e que se revelou matéria-prima a pedir contas. Depois daparagem a que uma lesão obri-gou, esperávamos que Marcoscumprisse calendário de formadecente, mas jamais imaginá-mos o plano em que se apresen-tou!

Bom cavalo, com calma esenhorio (precioso o seu estarsaindo a passo depois de colocaro terceiro curto!!!), cravando eentusiasmando, bem que podeaspirar ao plano de figura quetem caracterizado a carreira deseu pai, quiçá até evitando al-guns anticorpos que este gran-jeou em seus inícios.

Os forcados de Lisboa,Évora e Aposento da Moita sou-beram honrar as jaquetas queenvergaram, em noite felizmen-te sem problemas de maior!

À saída, muito se falava do“Grande Toiro” de Veiga e dagrande lide que lhe ministrouSalgueiro, e é muito bom queem fim de corrida, algo marque,para que se discuta.

____Domingos da Costa Xavier

António Telles recebendo o toiro com a jaqueta

Manuel Telles Bastos num bonito ferro curto A hipoterapia como elemento de reabilitação

MMaass qquuee TTooiirroo!! MMaass qquuee TToouurreeiirroo!!

Na noite da passada Quinta-Feira, dia 18 de Outubro pelas 22horas estava anunciado no Cam-po Pequeno, um festival taurinoque socialmente uma causa nobreapoiava, e que a nível tauromá-quico conjugava grandes nomesdo toureio veterano, com a juven-tude e frescura de novos talentos.

A corrida teve a presença deS.A.R o Duque D. Duarte Pio deBragança, e cavaleiros e ganade-ros associaram-se graciosamente

a esta iniciativa, em que os lucrosda mesma serviriam para apoiarjovens portadores de diversasdeficiências físicas, mas que como seu amor ao cavalo estão inseri-dos em várias modalidades ter-apêuticas em que o mesmo é“peça chave”.

Estas modalidades estão liga-das à Associação de DressagePortuguesa, e momentos antes dacorrida fazia-se uma pequenademonstração daquilo a que se

pode verdadeiramente chamar de“chama da vida”, transmitindo-sea todos os presentes uma lição devida, pois mesmo que por vezesfisicamente possam haver barrei-ras, as mesmas não existem pe-rante todos aqueles que com a suaforça de vontade e espírito de lutae procura por uma vida melhor eigual em tudo, nunca baixem osbraços perante as vicissitudes davida.

Rodrigo Taxa

Um testemunho de vida

Fotos: Joaquim Mesquita

Corrida em Elvas dá48 mil euros à Cerciportalegre

A realização da Corrida de Toiros de Beneficência, nopassado dia 5 Outubro, no Coliseu Rondão Almeida, emElvas, resultou na angariação de uma receita de 48 308,80euros.

A Cerciportalegre dedica-se à Educação e Reabilitaçãode Crianças Inadaptadas. A organização da corrida esteve acargo da empresa Terra Brava.

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IVTauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007

A feira taurina de Outubroem Vila Franca de Xira incluiutrês festejos, o primeiro nasexta-feira, dia 5, feriado nacio-nal, com a corrida comemorati-va das bodas de diamante do seuGrupo de Forcados.

A anteceder a corrida reali-zou-se um cortejo com todos osintervenientes desde a câmaramunicipal até à praça, com to-dos antigos e actuais, não esque-cendo a memória de RicardoSilva “Pitó”, com o desfile a pa-rar por breves momentos juntoao cemitério, na direcção da cam-pa, ouvindo-se uma sentida eemocionante ovação.

Os cavaleiros em praça, RuiSalvador, Luís Rouxinol, VítorRibeiro, Manuel Caetano, Ma-nuel Lupi e Francisco Palhaenfrentaram um bem apresenta-do e cumpridor curro de PintoBarreiros. O desempenho doscavaleiros foi mais ou menosconseguido dentro dos seus esti-los, com destaque para a actua-

ção de Vítor Ribeiro a quematribuíram o troféu em disputa.

A tarde foi dos forcados dacasa que se exibiram em seisimponentes pegas quer por anti-gos ou actuais elementos, bemajudadas e emotivas, fazendo

levantar o público das bancadasem estrondosas ovações. Ante-cedeu o início da corrida umapequena exibição da escola por-tuguesa de arte equestre.

No domingo, 7 de Outubro,realizou-se uma corrida mista

com a presença de António Ri-beiro Telles como único cava-leiro, rubricando duas boasactuações dentro do seu estilo,empolgando mais o público naprimeira lide, embora a segundafosse de mais entrega e empe-nho, mas faltou transmissão aooponente.

O jovem novilheiro AntónioJoão Ferreira voltou a marcar adiferença em Vila Franca comduas faenas de bom nível, já omesmo não se pode dizer domatador espanhol SalvadorVeja. O primeiro que enfrentounão tinha qualidade, já o segun-do era de melhor lâmina e odiestro espanhol passou-lhe aolado sem pena nem glória.

Mais uma tarde importantepara os amadores de Vila Francade Xira, pena foi que o públiconão correspondesse. Lidou-seum curro de Vinhas bem apre-sentado e desigual de comporta-mento. A tradicional corridanocturna de terça-feira encerrou

o certame vilafranquense comuma corrida concurso de gana-darias para os cavaleiros, JoãoSalgueiro, lidou toiros do Lupi eS. Torcato; rejoneador espanholLeonardo Hernandez, lidou osde Vinhas (vencedor dos troféusapresentação e bravura) e o doEng. Luís Rocha; João RibeiroTelles jr., viu devolver aos cur-ros o seu primeiro, um excelenteexemplar de Passanha e teve dese haver com os dois de Lopo deCarvalho, o destinado a último eo sobrero. Duas lides com muitomérito e entrega mas longe dobrilhantismo pretendido perantedois oponentes escassos de qua-lidade para o ginete brilhar.

Noite grande para os amado-res de Vila Franca com cincoenormes pegas e uma de cerne-lha demorada mas de grandedeterminação e valor. Mais demeia casa a presenciar o ultimofestejo do ciclo ferial de Outu-bro em Vila Franca de Xira.

____

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

Fotos: Joaquim Mesquita

* crítico taurinocom a presença de António R. Telles e João Jr.Joaquim Mesquita *

Desfile dos forcados pelas ruas da cidade até à praça de toiros

João Ribeiro Telles Jr.

Exibição da escola portuguesa de arte equestre

Feira dde OOutubro eem VVila FFranca

“Analisar a selecção do cavalo lusitanonos últimos 30 anos, sem previamenteobservar com atenção a evolução do tou-reio a cavalo, é correr o risco de não com-preender o que de verdadeiramente impor-tante se tem passado neste período funda-mental para a evolução da raça” –palavras de Paulo Caetano no decorrer dasua magnífica Palestra na Tertúlia “AMexicana”, no Jantar efectuado no passadodia 26 de Setembro. Largas dezenas depessoas estiveram no Salão de Festas daPastelaria Mexicana, em Lisboa, no Jan-

tar/Palestra em que o Cavalo Lusitano nalide dos toiros foi o tema central. Em ambi-ente bem taurino, com a presença de inú-meros aficionados de postim, foram ora-dores a M.ª do Mar Oom, da Faculdade deCiências de Lisboa, João Ralão Duarte, daAssociação Puro Sangue Lusitano e o ca-valeiro Paulo Caetano.

Maria do Mar Oom debruçou-se sobre aevolução morfológica do Lusitano e osaspectos genéticos mais importantes daraça. João Ralão falou sobre o Livro Genea-

PPaauulloo CCaaeettaannoo nnaa ““AA MMeexxiiccaannaa””

> continua na página seguinte

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Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007V Tauromaquiasuplemento

Habituado que estou a de-mandar Barrancos em fins deAgosto, é sempre certo e seguroque muito me divirto, não rarome emociono, e, que sempreabalo no regresso com firmevontade de voltar, pela “fera” oufora dela.

Em comum, o que arrastamultidões é a festa de toiros,sendo que este ano foram lida-dos exemplares de Hºs. de Jai-me Herculano, o que muito meagradou pelo que expressam davontade dos filhos em seguirhonrando a digníssima memóriade seu pai, sendo que ou esto-queram Luís Vital “Procuna”,um novilheiro espanhol de di-nastia – Oliva, Alberto Sevilla e“Chamaquito”, principalmenteque ganhou o prémio “À procu-ra de um toureiro no CampoPequeno” e que em Barrancosigualmente acaparou os prémiosem disputa.

Mas, se é certo que o queocorre na terra pelas festas émarcado pelo toiro, com ospratos fortes dos “encierros” edas corridas, é também verdadeque o que mais me sensibilizoueste ano foi a surpresa de ver emBarrancos surgir do nada ummuseu, de contido mas riquíssi-mo espólio, que o querer de An-tónio Pica Tereno, o edil da ter-ra, pôs em pé, dando razão aochavão de que o homem sonha ea obra nasce.

Obrigado António pela ideiae pela concretização. Terrapequena e carente de meios emque só a alma se agiganta, pelavontade da autarquia acaba dedar mais uma lição ao País, pro-vando o porquê da sua perseve-rança na manutenção das tradi-ções. Espaço muito bonito, pas-sa a ser local privilegiado paralavagem do espírito. Às vezes,sabe bem…!

DCX

ObrigadoAntónio Tereno

Pela Feira Nova (que já émuito velha) de Alcácer, Do-mingo dia 7 de Outubro, aconte-ceu na praça que leva o nome deJoão Branco Núncio, uma corri-da de toiros em que um troféuem disputa também levava oseu nome, troféu justamenteatribuído a Luís Rouxinol, o queninguém discutiu.

Actuaram o já citado LuísRouxinol, João Salgueiro e Ví-tor Ribeiro, frente a um currocom ferro Passanha, que serviu.Actuaram também, com decoro,os grupos de forcados Ama-dores de Montemor e de Évora,e, é de um forcado de Évora quevos quero falar.

Na verdade, Bernardo Sal-gueiro Patinhas, foi do meu mo-desto ponto de vista, o maior tri-unfador da tarde! É facto que naactualidade é um dos forcadosde caras que melhor está à frentedos toiros, mas nesta tarde alca-çarenha excedeu-se.

Citou com galhardia e apru-mo e o toiro, tardo, não arran-cou. Sem alardes de escusadagritaria, com um estar tão calmoque arrepiava, limitou-se a inco-modar o toiro com ligeiríssimostoques do corpo, a tal ponto queo cornudo teve como únicaopção arrancar.

O Bernardo recebeu-o comocostuma, recuou de maravilha,fechou-se que nem um herói econsumou com elegância e raçauma pega rija e extraordinária,que fica para a sua história, paraa história do grupo que seu paifundou e ele tem sabido honrar,e para a memória dos aficiona-dos atentos, que convenhamostal foi a subtileza dos pormeno-res que aos menos conhecedo-res terão passados despercebi-dos.

Pela excelência, ParabénsBernardo.

DCX

Em Alcácer do Sal

No passado dia 12 de Ou-tubro, em companhia de bonsamigos, rumei a Olivença, como intuito (cumprido) de assistir aum festival com picadores emque estavam tão só no cartelJoão Moura (filho), FranciscoRivera Ordoñez, António Ferre-ra, “El Juli” Miguel Angel Pe-rera e o novilheiro da escola tau-rina de Badajoz Jaime Martinez,miúdo nascido em Jerez de LosCaballeros.

Os novilhos-toiros eram deLuís Terron, Jandilla, Zalduen-do, Daniel Ruiz, Fuente Ymbroe Hrds. de Bernardino Piriz.

Ora, a finalidade deste festi-val benéfico era tão só a “Fun-dación Hospital y Santa Casa daMisericórdia de Olivenza”, ins-tituição que existe desde os tem-pos do domínio português, por-tanto uma herança nossa, queme apraz constatar que venceuséculos.

Abriu o festejo João Moura(filho), tendo propiciado ao has-tado de Luís Ferron a lide queagrada a “nuestros hermanos”,fechando a mesma com um car-rocel de pavios que até pareceque em Espanha usa cartucheirapara tourear. Saldo final, umaorelha.

Rivera Ordoñez toureou o“Jandilla” com valor e garra,tendo com o capote desenhadobonitas navarras e após vara tra-seira e palitroques monistradospela quadrilha, começou por“doblazos” dando passo a umafaena com base na mão direita,de cara ao sol, que rematou comuma estocada desprendida, euma orelha por saldo.

António Ferrera, na sua ex-tremadura, vende cara a pela ecomeçou a lide do “Zalduendo”com largas de joelhos e veróni-cas com som. Depois montou oseu número das bandarilhas e opúblico tributou-lhe ovações deluxo. Com a muleta executouuma faena muito templada peladireita e pela esquerda, ao nívelda excelente qualidade do novi-lho. Rematou a contenda comuma estocada inteira mal colo-cada e apesar do toiro ter demo-rado a morrer, creditou-se com

duas orelhas e rabo, em clima deeuforia, tendo sido concedida aotoiro a honra da volta, tambémaplaudida. “El Juli” enfrentou ode Dantes Ruiz e começou bemcom artísticas verónicas, depoisinventou um toiro que semforças se caía e sacou uma faenalarga, plena de técnica e revesti-da de arte, mostrando à evidên-cia a grande altura a que o seutoureio se situa. Foi um canhãoa matar e cobrou uma justa ore-lha.

Miguel Angel Perera, mos-trou porque já considerado figu-ra, frente a um pupilo de“Fuente Ymbro”, ganadaria queentende de maravilha. Colou ospés ao chão, gritou aqui estou, e,

o que fez agradou de forma atambém cortar duas orelhas erabo, aliás com justiça.

Fechou praça um novilhocom qualidade de Hrds. de Ber-nardino Piriz, lidado por JaimeMartinez, que mostrou maneirase com benevolência festivaleira,também cortou uma orelhita,pese o ter estado muito pesadocom o “descabello”. Entende-se…

Foi uma bela jornada, emque com o apoio da empresa(Cutiño e Dominguez), da Fun-dação Taurina Internacional “ElJuli” e do Ayuntamiento, se apu-rou bom dinheiro para que amisericórdia prossiga o seumulticentenário caminho.

Domingos da Costa Xavier

Em defesa da nossa herança

lógico e da sua importância na defesa doCavalo Lusitano e das potencialidadesdeste para as diversas modalidades, entreas quais a Equitação de Trabalho.

Depois Paulo Caetano prendeu oauditório, pela forma clara da suaexposição, “é importante assimilar queaté aos anos 50, o toureio a cavalo erauma realidade totalmente diferente da

actual. As 3 regras básicas do toureiomoderno – parar, mandar e templar –eram apenas conceitos associados aotoureio a pé. Até essa época, o toureio acavalo baseava-se essencialmente navariação de velocidade”, afirmou.

Muitos dos presentes, aficionadosconvictos da corrida à espanhola, mos-traram-se surpreendidos com a exposição

que acabou por lhes fornecer muitos as-pectos da lide a cavalo que desconheciam,sobretudo nas comparações com a formade treinamento das montadas e a rápidaevolução da raça, fruto de uma pondera-da selecção. A finalizar Caetano disse “oque se coloca aos criadores de lusitano éespecializar duas linhagens: a tauromá-quica e a da dressage”, finalizando “um

conhecimento mais aprofundado forne-ceria ao público bases para poder ava-liar o nível técnico e de execução dassortes, a pureza do toureio e da equita-ção, e o respeito por esses animais,excepcionais: o toiro e o cavalo”. Aencerrar, a Tertúlia por intermédio deJoaquim Tapada ofereceu aos oradoresuma placa alusiva ao evento.

> continuação da página anterior Paulo Caetano na “A Mexicana”

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Muito se tem escrito sobreesta corrida, sendo que até já osGato Fedorento se meteram comJoão Salgueiro, que felizmente jádeixou provado que uma andorin-ha não faz a primavera.

Nessa mesma noite, ao lidar oseu primeiro esteve enorme, e doresto já este jornal mostrou opor-tunas e excelentes imagens deJoaquim Mesquita, a justificaremque uma boa imagem vale milpalavras.

Contudo, o resto da corridatambém tem história. Lidaram-setoiros Castro, de cascos enormesque lhes dificultavam a locomo-ção, desiguais de tipo e comporta-mento, de que felizmente se sal-vou o sexto e último da corrida,esse sim a lembrar o porquê dospergaminhos da ganadaria.

Tocou a João Moura Caetano,que estando à sua altura triunfouforte, sendo que dentro do possí-vel já havia estado bem com o seuprimeiro, dando de barato o exa-gero da mudança de montadas.

De facto o João Caetano es-teve muito bem, alegre e cuidan-

do muito no intuito de que tudolhe saísse bem e conseguiu o quequeria, sendo por isso muitoaplaudido, como acontece quandoa verdade vem ao de cima.

Que se lhe assinale esta gran-de actuação, que decerto o projec-ta em bom plano para a próximatemporada.

Rui Salvador, teve azar nosorteio e no decorrer da corrida,com dois canastrões por diante,ainda por cima com um a inuti-lizar-se, teve assim discreta pre-sença, e, valha-me que já não pre-cisa provar nada a ninguém.

Os forcados do Aposento daMoita e do Aposento da Cha-musca estiveram em bom plano,no entanto que se destaquem aspegas de Nuno Inácio e de HugoMineiro, pela Moita, que commuita determinação se fecharam àbarbela e à primeira.

O resto, que tem feito corrertinta, é diz que disse em que nãoentramos, dado que mal vai quan-do à arte da Festa não corre-sponde a emoção, que é evidentedeve ser bem temperada.

Que fique claro!DCX

VITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007

Quando Mark Spitz se cre-denciou com cinco medalhasolímpicas em disciplinas denatação e se permitiu declararque não voltava na vida a quererver uma piscina, dei comigo apensar que algo de errado sepassava.

Depois, e após o consuladoda lindíssima Ludmilla Turicheva,emergiu uma jovem, NádiaComaneschi, que também apósganhar tudo o que havia paraganhar em ginástica, não só seretirou, como acabou por con-fessar ter sido sujeita a tal trata-mento para conseguir o alcança-do, que se o que se passou ocor-resse com o mundo animal irra-cional, ainda hoje ouvíamospara ai os gritos de protesto dasassociações (que sabe-se lá por-quê) deles se dizem amigos.

À parte estes casos gritantes,e de muitos outros que dispici-endo será referir, surge agora aúltima das “gazeias” MarionJones, a confessar que os seustítulos se devem quer ao treinoquer ao “doping”, pedindo des-culpa pelo facto, mostrando-sepreparada para ao abandono daalta roda, e talvez preparadatambém para a devolução docarradão de medalhas que acu-mulou. Chega!!!

Há inúmeros escândalos detaxa de desempenho artificial nofutebol, no ciclismo, no atletis-mo, eu sei lá em quantas moda-lidades (até se diz que um dosorgulhos do atletismo femininonacional se “estimulava” comarseniacais, que o vulgo só ima-ginava matéria capaz dos enre-dos policiais da famosa AgathaChristie) o que deixa provadoque a maioria dos recordes quese batem são mentira.

O treino científico, a profis-sionalização, a tecnologia, fize-

ram de facto milagres, mas ésabido que os impossíveis nãoexistem. Se assim é, porquetransformam uma actividadeque devia ser bonita numafraude? O desporto, modo geral,merecia mais, isto é, ser tão só oque é por definição.

Este mundo caminha poratalhos tão ínvios, que, muitoseriamente, apesar de na curvadecrescente, me preocupa.

A adulteração dos valores étotal e todos os dias nos servemde bandeja uma desilusão, e ograve é que os pseudo respon-sáveis não querem dar por isso.

Valha-nos no que toca àumbria o comportamento dostoureiros, desde que Fleminginventou os antibióticos e acirurgia evoluiu, parece que têmcarne de Deuses e que os pro-blemas dos mortais os nãoafligem, salvo quando as cor-nadas mortais lhes conferem aentrada imediata na história.Facto que justifica a sua aura, osdinheiros que ganham, protago-nistas que são da catarse alheia.

De facto, quiçá os últimosindivíduos que pagam com ocorpo as suas asneiras.

Importa que tão grande cli-ma de fraude se anule. Os ídolosde pés de barro que a actualsociedade se afadiga a fabricar,em vez do merecimento que ossitue em plano de ídolos, maisnão fazem que suscitar descon-fiança, o que é muito triste.

É uma vergonha; coisasexistem a nível do progressohumano que são entendiveis,mas outras, que tão só dão razãoaos que constatam que volvidostrês mil anos, ainda nos dividi-mos em termos de pensamentoem Socráticos e Aristotélicos.

É curto!DCX

Espírito Olímpico?Antes a

“Verguenza torera!”

Conta-se como anedota, queum dia à saída do tribunal deEstremoz, um filho miúdo per-guntava ao pai – mê senhor, osadvogados sabem ler? O pai nãose desmanchou e presto respon-deu – Ai filho, são como agente, uns sabem e outros nãosabem!

Vem isto a propósito de umfestival ocorrido em Setúbal nopassado dia 21 de Outubro, emque vi coisas interessantes, masem que os organizadores pro-varam que não sabem, dado quepor escassez de informação,quase parecia um evento clan-destino.

Morando em Setúbal, só poracaso soube do festival por viade um programa de mão que mederam à porta do Campo Pe-queno, que de escassos queeram os cartazes não os haviavisto até aquele momento.

Anunciado que foi a favordos Bombeiros de Palmela, bemque podiam os mesmos no míni-mo ter mobilizado os familiares,dado que com tão fraca afluên-cia de público, nem esses esta-vam na Praça.

Com novilhos e toiros deproveniência diversa, decorreuo festival, com lides a cavalo deFrancisco Núncio e GilbertoFilipe e pegas dos Amadores deSetúbal e do Pinhal Novo, sendoque Núncio forneceu à tarde asua esplêndida monte e uma lideortodoxa e muito asseada, e o daAtalaia a explosão de alegria

que caracteriza o seu estar, tudoisto perante exemplares comFerro Mendes que serviram.

Anunciado que estava Es-partaco (pai), foi o mesmo im-pedido de estar presente por co-lhida ocorrida num outro festi-val, e daqui lhe desejamos me-lhoras, para que um dia cá volte,que já por cá se não deixa verdesde que actuou de matadorem Lisboa alternando comAmadeu dos Anjos, perantebravos Oliveiras, que possibili-taram a este último triunfalsaída em ombros.

Anunciado e presente, LuísReina, actual mentor da Escolade Toureio de Badajoz, que tãobons produtos tem formado.Mesmo lidando um “Burrici-ego”, esteve em maestro e face ànobreza do oponente a gosto etriunfou com uma faena muitointeligente em que pôs tudo oque devia para o sucesso.

Uma troca nos curros sub-verteu a antiguidade dos tou-reiros, e por assim ser coube aMiguellin Murillo, lidar o quesaiu pela porta dos sustos.Esteve artista com o capote,valente em bandarilhas e correc-to com a muleta, a espaços atécom “Duende”, o que foi bonitode se ver.

Coube depois turno a “Gita-nilho de América”, toureiromaduro nascido em Santa Fé deBogotá, colombiano portantoque sem um grama da classe doPaisano Rincón, trouxe de for-

ma limpa a alegria à Carlos Rel-vas, dado que evidenciou boadisposição capaz de colmatar afragilidade do seu toureio.

A finalizar, o novilheirolocal Diogo santos, que penan-do anda por Espanha, aluno daEscola de Badajoz, cumprindo osonho de ser toureiro, sonho aque deu inicio recebendo o quelhe ensinou António José Mar-tins na agora quase adormecidaEscola de Toureio de Palmela.Face a um exemplar de Ortigãoque serviu nos dois primeirostércios, esteve bem e depoissoube dar a volta ao pouco fun-do do hastado e estar em tou-reiro. Não contente, diligencioulidar o Sobrero e enfrentou umbravo e bonito exemplar deCrujo, daqueles toiros com queos toureiros sonham.

Enquanto aficionado fiqueifeliz por ver correr tal toiro, comnobreza, casta, “fijeza” e bravu-ra capaz de deixar satisfeitoqualquer criador, e o jovemsetubalense pôde exibir quãoestá traquejado, calmo e pode-roso nos três tércios, muitoasseado no que fez e a deixar noar a esperança de que em tal ca-minho lá chegará e será atécapaz de nos brindar com pres-tações olorosas, que nos põem agritar “olés” e eriçam os pelos.

É grato ver que tem sabidoandar para diante, que bem pre-cisa a nossa festa de toureiros apé.

Domingos da Costa Xavier

Agradável…!O P I N I Ã O

Desde que o Barão Pierre de Coubertin inventouos jogos olímpicos modernos, que o que postulou

cheira a fraude – mais longe, mais rápido,mais alto, são coisas bonitas de se dizer,

mas quase impossíveis de realizar.

Breve Nota! Campo Pequeno,27 de Setembro

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200730

O Corpo de Dadores Benévolos deSangue do Concelho de Coruche reali-zou no passado dia 21 de Outubro, noPavilhão Desportivo Municipal emCoruche, uma campanha para a recolhade dadores para o Registo Português deDadores de Medula Óssea.

Em declarações ao Jornal deCoruche, Américo Ferreira, Presidentedo Corpo de Dadores de Sangue e prin-cipal responsável pela iniciativa“Ajudar agora!”, disse que “foi uma ini-ciativa que ultrapassou todas as expec-tativas”, referindo-se “à forma abnega-da como as pessoas aderem sempre aestas campanhas de solidariedade”.

Foram obtidas 232 análises para oregisto português de dadores de medulaóssea, tendo mais 14 pessoas sido repro-vadas por motivos clínicos.

Ainda ficaram por atender 23 pes-soas que vão ser contactadas para ir aoCentro de Saúde, por falta de tempodevido à grande afluência de dadores.Além de Coruche, vieram pessoas deSantarém, Montijo e de várias locali-dades vizinhas.

É no dia 8 de Novembro queo nosso estimado colaboradorDr. Domingos da Costa Xavier,D. Nuno Corujeira e o matadorVictor Mendes se deslocam aSevilha, numa iniciativa doProf. Hernâni Lopes, para de-fender a manutenção do consu-lado Português em Sevilha, con-tra a intenção de encerramentoque o Governo lhe quer dar, fa-

zendo com que Portugal percaum extraordinário imóvel cente-nário que ao abrigo do conven-cionado seria entregue ao Ayun-tamiento de Sevilha.

A conferência versará o temado “Futuro e o Passado dasFesta de Toiros em Portugal – aRelação dos portugueses comSevilha”.

____

Podem atingir níveis de vidasuperiores, sob o ponto de vistade dinheiro disponível para gas-tos muito para além da suanecessidade de subsistênciabásica. Podem habitar urbes demuitos andares, frequentar cat-edrais consumistas sempre de“carrinho” cheio, passearem-seem “bombas” de muitos cavalose vestirem “marcas” de top.

Podem considerar que atin-giram “tudo” na vida, que aqualidade está ali, índices e bito-las que estão na moda. A isso oslevam potentes meios de comu-nicação, sempre condicionado-res de vontades próprias nestemundo em que pensar dá muitotrabalho.

Equilíbrio. Equilíbrio entreaquilo que o Homem aspira debem-estar material sim em con-traponto com a sua culturaancestral que moldou o povo aque pertence, que deve ser pas-sada de geração. É exactamenteesse equilíbrio que ameaçadesequilibrar-se.

É o olhar só para um doslados da questão da existênciaduma comunidade que assustaquem “perde” um bocadinho amatutar sobre estas “ninharias”.Esquecem-se valores e tradições

que estão na base do que deveser uma cidadania pujante,enriquecida, tolerante, exigente,e sempre na procura de refinaresses mesmos valores e tradi-ções, adaptando-as à moderni-dade mas sem esquecer a suaessência.

Vem tudo isto a propósito daFesta Brava que tem indubi-tavelmente um lugar irrefutávelna cultura das gentes Sorraia-nas. Atacada por todos os ladosna voragem de tempos recentesonde a procura de mudar tudoapenas para mudar, se o tudotem que ver com raízes profun-das da vivência de um Povo,continua em perigo mas destavez por incúria (?) de quemdeveriam ser os seus principaisdefensores.

Também aqui sopram osventos do mercantilismo puro eduro. Quanto mais dinheiro forgerado com o arrendamentoduma praça de toiros melhorpara as Instituições suas propri-etárias. Esta é a teoria e mais, aprática, de há uns tempos a estaparte neste “mundillo” taurinotão entregue a homens de ci-frões na ponta dos dedos e naretina. Às Instituições chega di-nheiro, muito dinheiro. Óptimo,

pensarão! Então os velhinhos,as criancinhas e as obras noCastelo não absorvem verbasastronómicas? E donde vem odinheiro? De muitos poucos sí-tios e em quantidades muitoreduzidas para as necessidades,sabe-se.

Pois bem, se isto parecepacífico então porquê tanta con-versa? Não interessa e muitoque o próximo contrato dearrendamento a fazer muito bre-vemente, creio, seja ainda me-lhor no aspecto de valores a re-ceber?

Quanto a mim não. E passo aexplicar o meu ponto de vista: AFesta tornou-se um espectáculocaro nos últimos anos. Dificil-mente uma família com rendi-mentos normais consegue ir aostoiros mais que uma vez por anoe quando consegue. Os empre-sários fazem as suas contas paraa meia-casa ou seja, os 2 ou 3mil espectadores, ou menos,tem que pagar o espectáculo e olucro inerente à actividade doempresário.

Resultado, bilhetes caríssi-mos a impedirem a generalidadedos aficionados aos toiros apuderem ver o seu espectáculode eleição. Consequentemente a

ida a uma corrida de toiros járaramente se transforma numritual de toda a família e osnovos aficionados só muito difi-cilmente aparecem.

Ninguém, aqui como emqualquer outra coisa, pode gos-tar do que não conhece. Se ascrianças e os jovens não come-çam a ir aos toiros não se lhesdespertará certamente o gosto.Não quero dizer com isto quetodos se tornem aficionados.Nunca foi assim nem nuncaserá. Mas que tem a hipótese deconhecer para depois fazerem asua opção, lá isso tem.

E o que dizer de quem e émuita gente hoje em dia, queatingida a reforma dificilmenteconseguirão dispor de uns eurospara pagar bilhetes da ordem doque se lhe pede. Gente aficiona-da de toda a vida a que se cortao direito de poder assistir a umaFesta a que sempre deram valore que para eles tem a força dumatradição.

Tudo isto em relação aopúblico que se afastará inevi-tavelmente. Porque os resulta-dos do afogamento económico-financeiro das actividades decampo que estão associadas àtauromaquia, já são uma reali-

dade quase sem retorno. E aten-te-se aos postos de trabalho quetudo isso envolve e às transac-ções que a lhe estão inerentes.

Para concluir, por agora; asInstituições proprietárias daPraça de Toiros de Coruche nãotem só uma vertente social-cari-tativa, tem obrigação de zelarpelo património cultural da co-munidade em que se integram.No caso de duas delas são sécu-los de história a pesar nos seus“ombros” de Instituições credí-veis, guardiãs de valores e tra-dições inalienáveis.

A institucionalização de umcaderno de encargos que obri-gue os arrendatários a não ele-varem o preço dos bilhetes aci-ma de determinados valoresserá talvez a forma correcta.

O pão para a boca sim, masnão podem esquecer o pão doespírito. Sob risco de nos trans-formarmos em gente de barrigu-inha cheia, mas ávidos do quenos identifica como um Povo

A sesta é sombra da ba-naneira é para macacos. OHomem tem outras necessi-dades.

____João Costa Pereira

Toiros, as tradições e as Instituições

Dadores Benévolos de Sangue de Coruche

Angariam dadores de medula

Domingos Xavier, Nuno Corujeirae Victor Mendes em Sevilha

EEmm ddeeffeessaa ddee PPoorrttuuggaall

O jovem atleta Alfredo Gual-dino, do Grupo de Pesca Des-portiva de Coruche, foi candida-to ao prémio Jovem Desportistado Ano, prémio instituído pelaConfederação Portuguesa doDesporto (CDP), através devotação online no site da CDP.

A votação decorreu entre odia 15 e 25 de Outubro, tendo o

nosso conterrâneo ficado em 2.ºlugar da sua categoria. A jovempromessa do ano foi João Mou-tinho, que se impôs na eleiçãoao coruchense Alfredo Gualdi-no (pesca desportiva), ArnaldoAbrantes (atletismo), FernandoPimenta (canoagem) e LeandraFreitas (judo).

____

AAllffrreeddoo GGuuaallddiinnoo2.º Jovem Desportista do Ano

Cada região e o seu Povo perdem toda a razão de existir como talno momento em que abandonam a sua identidade cultural.

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 31

No próximo dia 31 de Outu-bro celebra-se o Dia Mundial daPoupança, sendo esta uma for-ma de relembrar e sensibilizaros consumidores para a impor-tância do aforro.

De facto, escusado será re-cordar que a poupança é o meiopor excelência que nos permiteenfrentar, de forma mais ou me-nos tranquila, tempos difíceis,alguma emergências ou impre-vistos e, bem assim, contornar,em determinados casos, o recur-so ao crédito.

Para conseguir aforrar algumdinheiro é imprescindível quefaça uma boa gestão dos seusrendimentos, sendo, para tal,conveniente pôr de parte, logono início do mês, o valor ne-cessário para pagar as despesasfixas. Caso no final do mês reste

algum dinheiro, será conve-niente canalizá-lo para uma con-ta diferente de modo a evitargastos necessários.

Um dilema recorrente e co-mum é a escolha da opção maisrentável de aplicar o dinheiroentretanto economizado. Parapôr termo a tal dilema é conve-niente que os consumidorescomparem e analisem os váriosprodutos financeiros existentesno mercado, de modo a pode-rem fazer a escolha mais acerta-da e de uma forma esclarecida.

A este propósito informamosque, recentemente um estudocomparativo efectuado pelo Bo-letim Financeiro PoupançaQuinze da DECO PROTESTEveio denunciar a fraca remune-ração de uma aplicação que, atéhá pouco tempo, era muito

requisitada pelos consumidores:as Contas Poupança-Habitação.

Atento o estudo acima refe-rido, os juros pagos pelos Ban-cos pelas quantias depositadasem Contas Poupança-Habitaçãosão inferiores aos pagos pelosdepósitos a prazo.

O estudo em referência sa-lienta que, “actualmente, a me-lhor remuneração líquida paraum depósito de 5 000 euros aum ano é de 4,1%, no BancoPopular, mas nesse mesmo ban-co, a CPH é remunerada a umataxa de apenas 2,6%. Para umaCPH consegue, na melhor dashipóteses, 2,9% (no Banco Best)e na pior obtém apenas 1,2%(Caixa Galícia e BBVA).”

Todavia, a fraca remunera-ção deste tipo de aplicaçõespoderá ser contornada, nomea-

damente, optando pelos certifi-cados de aforro ou por fundosde poupança sempre que nãonecessitem do dinheiro investi-do a curto prazo. É, no entanto,conveniente que os consumi-dores tenham em atenção as ca-racterísticas dos produtos finan-ceiros onde investem para secertificarem que o produto emquestão tem garantia de reem-bolso integral do capital investi-do. Porém, ironicamente, no DiaMundial da Poupança são cadavez menos os consumidores queconseguem economizar.

Com efeito, ninguém é indi-ferente ao progressivo aumentoda taxa de desemprego, à deteri-oração da condições laborais, àsubida do custo de vida e dastaxas de juro, sendo que todaesta conjuntura económica em

muito tem contribuído para oincremento do número daquelesque se debatem para consegui-rem adquirir bens e serviçosconsiderados essenciais.

Concluímos assim que esteDia Mundial da Poupança éacompanhado de uma visãoalgo pessimista e desconfiadaquanto ao futuro da nossa eco-nomia. Por fim, gostaríamos derelembrar que, conforme temosvindo a divulgar, a DelegaçãoRegional de Santarém da DECOtem vindo a auxiliar gratuitamen-te os consumidores sobreendivi-dados através do seu Gabinetede Apoio ao Sobreendividadosito na Rua Pedro de Santarém,n.º 59 – 1.º Esq. (contacto tele-fónico 243 329 950).

* Jurista na DECODelegação Regional de Santarém

Iniciou-se no passado mêsde Setembro mais uma épocadesportiva no nosso Clube, queesperamos venha a ser positivae bastante participada por aque-les a quem é dirigida, especial-mente os mais jovens, muitoembora o interesse seja igual emrelação a todos os escalõesetários.

Teremos em competiçãoduas equipas de Benjamins(escalão etário logo a seguir àsescolas) e também os Seniores.Nos escalões intermédios nãohá equipas a competir, uma vezque não há atletas suficientes

para perfazer o número legalnecessário para a inscrição dogrupo. Assim os Seniores já par-ticiparam num torneio, em quebrilhantemente conquistaram o1.º lugar, tendo arrebatado ataça.

Na eliminatória da Taça dePortugal não fomos tão felizes efomos derrotados em Azeitão,fente ao Azeitonense por 3-2.

Posteriormente fizemos umjogo treino com o Hóquei deSantiago do Cacém, cujo resul-tado foi de uma derrota por 4-0.

Seguir-se-á o início do Cam-peonato. Nacional da 3.ª divi-

são, cujo primeiro foi no dia 20de Outubro com o Stella Marisde Peniche.

Os Benjamins começaram oseu campeonato, com um inter-essante jogo entre as nossasequipas A e B, que se realizouno dia 13 de Outubro, com avitória esperada dos mais velhossobre os outros seus amigos.

Sem competições marcadasreiniciaram-se os treinos depatinagem Artística, Ginásticade Manutenção e Danças deSalão. De salientar que a nossapatinadora Ana Coutinho foichamada à selecção distrital.

Terminou no passado dia 23de Setembro o prazo fixado pelaERSE às entidades prestadorasdestes serviços, para procede-rem à afixação e divulgação daslistas de consumidores, a quemfoi cobrada caução nos contra-tos celebrados até 1999.

É fundamental que todosos consumidores exijam adevolução dos montantespagos, a título de caução. Paraisso, é necessário:

Verificar se o seu nomeconsta das listas afixadas najunta de freguesia em que resideou residiu, nos balcões deatendimento ou no site das em-presas prestadoras dos serviçosou ainda, se foram avisadosindividualmente, através dasfacturas remetidas;

Exigir a devolução da cau-ção junto do prestador de ser-viços;

Verificar se o reembolso da

quantia paga a título de cau-ção devidamente actualizada,é efectuado posteriormente, no-meadamente por compensaçãode créditos nas facturas respecti-vas, por depósito bancário oupor emissão de cheque.

Mais informações nos sitesdos fornecedores de serviços ouem www.deco.pt

Os consumidores tem 180dias para reclamar a devolu-ção da caução.

Poupa nos tostões, terás milhõesMarta Costa Almeida *

DIREITOS DO CONSUMIDOR

Voltamà actividade

A Câmara de Coruche anun-ciou que a Feira do Barato e dasOportunidades, que se realizouentre 7 e 9 de Setembro, tornoupossível uma poupança de 15mil euros na sua organização,sendo a própria autarquia a rea-liza-la ao invés do modelo deparceria com a Nersant, feita emanos anteriores, designada porFeira dos Stocks.

O certame que se realizoueste ano com o apoio da Asso-ciação de Comerciantes de Co-ruche é para Dionísio Mendes“uma vantagem para a autar-

quia” comparando os custos.A CDU, através do vereador

Catarino, alertou para o balançonão contemplar os custos comalugueres e animação da feira,sugerindo que a contabilizaçãode visitantes e volume de negó-cios devia ser feita.

O presidente da autarquia,explicou a dificuldade em con-tar as entradas, dado que o re-cinto é aberto, bem como emobter dados da actividade eco-nómica dos comerciantes. Disseainda que irá apresentar umplano de contas mais detalhado.

Foi no passado mês de Outu-bro que a agência do Biscainhodo Crédito Agrícola de Coru-che, sofreu nova tentativa deassalto, desta vez para roubar acaixa Multibanco que se encon-tra no seu interior.

A agência, localizada naestação de serviço Repsol doBiscainho, foi arrombada porquatro indivíduos que serraram

a porta lateral e destruíram a pa-rede onde estava a caixa Multi-banco.

Felizmente os criminososforam descobertos por umcamionista que alertou para oocorrido, tendo a GNR sidochamada ao local, mas entretan-to os ladrões já se tinham colo-cado em fuga sem consumar oassalto.

Poupança de 15 mileuros na Feira do

Barato

Tentativa de assaltono Bíscainho

DDeevvoolluuççããoo ddee ccaauuççõõeess ddee eelleeccttrriicciiddaaddee ee ggááss

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Ritual cheio de simbolismos marcou celebração que fica para a história do Santuário

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200732

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O Santuário de Fátima viveuno passado dia 12 de Outubroum dia especial com a dedi-cação da igreja da SantíssimaTrindade, uma celebração quesegue uma prática muito antiganos ritos litúrgicos, tanto doOriente como do Ocidente.

O rito da dedicação começoucom a entrada na igreja, em pro-cissão desde a Capelinha dasAparições, acompanhada pelaimagem de Nossa Senhora. Foio Bispo de Leiria-Fátima quemabriu a porta principal, apresen-tada como símbolo de Cristo.

No início da peregrinaçãointernacional da Outubro, queencerra as comemorações dos90 anos das aparições de NossaSenhora na Cova da Iria, D.António Marto lembrou que aMensagem de Fátima, no seunúcleo, “é um convite a recon-duzir para o centro da vidacristã e do mundo a adoraçãode Deus, do seu primado salvífi-co, numa das maiores crises dahistória mundial”.

O Bispo local deu especialdestaque à inauguração e dedi-cação da nova igreja que, “coma sua denominação e toda a suasimbólica, dá corpo visível aesta dimensão da Mensagem eque perdurará no tempo comoum Hino à Santíssima Trindadee ao seu Amor compassivo emisericordioso”.

Após a abertura da porta e aentrada da imagem de NossaSenhora, sublinhada por umasalva de palmas, o Reitor doSantuário apresentou algumaslinhas para a leitura do edifício.

Destaque para a imagem total-mente branca de Nossa Senhorade Fátima, em mármore deCarrara, que se apresenta comos braços abertos e foge à icono-grafia habitual – visível naimagem da Capelinha.

Dos ritos na entrada na novaigreja sobressai a sua entrega aoBispo local pelos representantesdaqueles que trabalharam para aconstrução. Este gesto decorreujunto do altar, onde D. António

Marto acolheu, entre outros,responsáveis do Santuário, da

Somague (construtora), o Arqui-tecto Alexandros Tombazis e osprojectistas, bem como D.Serafim Ferreira e Silva, Bispoda Diocese quando a construçãose iniciou.

Coube ao Arquitecto ErichCorsepuis, director do Serviçode Ambientes e Construções doSantuário, entregar as chaves daigreja a D. António Marto.

Seguiu-se a aspersão da igre-ja: o presidente da celebração

benze a água e com ela aspergeo povo, o altar e o ambão.

“Com o presente rito da de-dicação, esta Igreja torna-se otrono da divina graça ondepoderá alcançar misericórdiaquem dele se aproximar confia-damente à procura de umauxílio oportuno”, disse, na suahomilia, o Cardeal Bertone.

O papa João Paulo IIesteve presente

Depois da homilia e das la-dainhas, teve lugar propriamen-te o rito da dedicação da igreja,

tendo sido nesta altura colocadaa pedra do túmulo de São Pedro,oferecida por João Paulo II, jun-to ao altar, lendo-se a carta queacompanhou a oferta e a inscri-ção na pedra.

Após a oração da Dedicação,pronunciada pelo presidente dacelebração, o Cardeal TarcisioBertone, decorreram os ritos daunção, da incensação, do reves-timento e da iluminação do altare das paredes da igreja.

A unção foi feita com o cha-mado óleo do santo crisma, parasignificar que a igreja é dedica-da totalmente e para sempre aoculto cristão.

O óleo, no altar, foi espalha-do com as mãos pelo CardealBertone. A incensação da naveda igreja indica que ela, pormeio da dedicação, se torna casade oração. O revestimento doaltar indica que o altar cristão éa mesa do Senhor.

A iluminação do altar, à qualse seguiu a iluminação da igreja,com várias velas espalhadas

pelo recinto, quis recordar queCristo é “Luz para se revelar àsnações”.

Preparado o altar, celebrou--se a Eucaristia, que é a parteprincipal e a mais antiga de todoo rito.

Após a distribuição da Co-munhão, foi inaugurada a capelado Santíssimo Sacramento, atrásdo presbitério.

____Ecclesia

Nova igreja de Fátima atraiu milhares

A inauguração da Igreja da Santíssima Trindade, em Fátima,foi o ponto alto das comemorações dos 90 anos das apariçõesda Cova da Iria. Da autoria do arquitecto grego AlexandrosTombazis, a nova Igreja, com capacidade para 9.000 pessoassentadas, custou cerca de 70 milhões de euros, a que sesomará a contribuição de dez milhões de euros que o santuárioirá fazer para a construção do túnel rodoviário adjacente e queserá tutelado pela Estradas de Portugal.

A Igreja da Santíssima Trindade, a quarta maior do mundocatólico em termos de área útil interior, abriu as suas portas,com capacidade para acolher cerca de nove mil pessoas numaarquitectura que traduz modernas preocupações de poupançade energia.

A igreja revela outras surpresas aos entrarem pelas suas 13portas – 12 laterais e um pórtico central: não há telhado, masantes painéis reguláveis, que dão mais ou menos luz ao espaçointerior do templo; não há uma única coluna a suportar o edifí-cio, nem nenhum degrau no seu interior – sendo em anfiteatro,a igreja aproveitou o declive do terreno.

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O Presidente da CâmaraMunicipal de Santarém, Fran-cisco Moita Flores, apresentouno passado dia 3 de Outubro, oprojecto da Requalificação Urba-na da Frente Ribeirinha deSantarém, no Waterfront Expo2007, no Parque das Indústrias(antiga FIL), em Lisboa.

Os objectivos da transfor-mação urbana e ambiental da-quela zona da Cidade, são arequalificação da frente ribeirin-ha de Santarém conseguidaatravés de uma série de opera-ções que envolvem a atribuiçãode uma condição urbana à Ri-beira de Santarém e a Alfange.Condição hoje negada pelo ris-co de inundação a que estão su-jeitas.

Com estas propostas preten-de-se promover a coesão entre ocentro histórico e estas duaszonas, aproveitando a oportu-nidade surgida com as modifi-cações de traçado da linha fer-roviária do Norte. Porque umprojecto nunca actua sozinho,

mas antes em sinergia com out-ras acções do mesmo tipo ouincidentes sobre valências mui-to diferentes, a proposta apre-sentada articula-se com o recémadjudicado projecto de estabi-lização das encostas no sentidode se transformar em acçãocomplementar que corrobore aprossecução dos grandes objec-tivos da proposta numa cumpli-cidade que se evidencia sobretu-do na concretização do segundoobjectivo estratégico enunciado.

Da mesma forma a propostaabsorve iniciativas que lhe sãoexteriores retirando delas ener-gias úteis aos seus objectivos. Édesta atitude exemplo a relaçãocom a anunciada alteração dotraçado da linha-férrea, podendoeste estruturar uma verdadeira“waterfront” que se transfor-mará a breve trecho num po-deroso atractivo na cidade deSantarém.

____GI-CMS

Projecto de RequalificaçãoUrbana da Frente Ribeirinha

O Presidente da CâmaraMunicipal de Santarém, Fran-cisco Moita Flores, acompan-hado por alguns técnicos daautarquia visitou, de 8 a 12 deOutubro, a ilha de Brava, emCabo Verde.

Com esta visita, FranciscoMoita Flores teve como objecti-vo participar na semana culturala convite da do Centro CulturalPortuguês – Instituto Camões,em Cabo Verde, aproveitandopara contactar com aquela ilhageminada com Santarém e per-ceber quais as áreas em queSantarém poderia, com maisceleridade, cooperar.

Da visita ficou mais sedi-mentada a ideia que tinha emapoiar na construção de algunsparques infantis, bem como deconcertar algumas hipóteses decooperação nas áreas do ensinoe do desporto, nomeadamentena possível atribuição de bolsasde estudo a jovens que queiramestudar no Instituto Politécnico

de Santarém e na realização dealgumas intervenções em cam-pos de jogos, em Brava.

Segundo Francisco MoitaFlores, Santarém não tem possi-bilidade de manter activas todasas geminações já celebradas, noentanto, quer manter activasduas geminações com municí-pios “que precisem da solida-riedade dos munícipes de San-tarém”, como é o caso de Brava,

deixando muitas outras “ador-mecidas”.

Em reunião do executivo daCâmara de Santarém, o presi-dente da autarquia escalabitanarealçou que, para além de Bravae de outras cidades portuguesasque têm acordos de longa datacom Santarém, apenas Targo-viste se manterá activa, noâmbito de uma colaboração queenvolve o Governo Civil.

Fortalecer colaboração comCabo Verde

Câmara de Santarém apresenta

Câmara de Santarém quer

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 33

SANTARÉM NOTÍCIAS DO DISTRITO

A Nersant continua os pre-parativos para a missão empre-sarial à Roménia. No passadodia 4 de Outubro, realizou-seuma reunião com o ConselheiroEconómico da Embaixada daRoménia em Portugal.

Nesta reunião foi feita umaapresentação do país, além deuma caracterização socio-eco-nómica que permitirá identificaros principais sectores e as opor-tunidades de negócio existentes,actualmente, na Roménia.

Esta missão empresarial àRoménia surge no âmbito do

desenvolvimento de acções depromoção da internacionaliza-ção das empresas da região deSantarém.

Esta é uma missão empre-sarial não sectorial estando pre-vistas a realização de reuniõesinstitucionais e reuniões comempresas romenas de acordocom os interesses e objectivosdas empresas participantes,sendo este o seu principal objec-tivo.

A missão empresarial à Ro-ménia vai decorrer entre os dias14 e 18 de Novembro.

SANTARÉM

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Duas comitivas da Roméniavisitaram o distrito de Santarémno passado mês de Outubro, noâmbito da geminação celebradaentre o Governo Civil e o Con-selho Regional de Dâmbovitaem 2006. Foram assinados maisdois acordos de cooperação en-tre municípios dos dois países erealizou-se um fórum subordi-nado à realidade económica ro-mena.

Da visita, destacam-se osprotocolos de cooperação entrea Câmara Municipal de Alpiar-ça e Doicesti e entre a autarquiade Coruche e Contesti, paraalém de um primeiro contactoentre os representantes cama-rários do Sardoal e de Sotanga.

O dia 18 foi marcado pelarealização do Fórum “Oportuni-dades de Negócios na Romé-nia”, destinado aos empresários

ribatejanos, bem como pelainauguração do Festival Nacio-nal de Gastronomia com umjantar de comida tradicionaldaquele país do Leste Europeu.

As relações entre os estabe-lecimentos universitários nãoforam esquecidas e, por isso,esteve igualmente presente nodistrito de Santarém um repre-sentante da Universidade de Va-láquia, que reuniu com os Presi-dentes dos Institutos Polité-cnicos de Santarém e de Tomar.

Durante os quatro dias, ascomitivas efectuaram aindavisitas aos concelhos de Bena-vente, Cartaxo, Ourém e Santa-rém, tendo havido diversasactuações do Grupo Folclóricode Dâmbovita e da cantora rom-ena Alina, que também estive-ram em Coruche.

____

Comitivas romenasvisitaram distrito

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200734

Mais uma pífia manifestação de maugosto nuns Prós e Contras destinados a pro-mover o trabalho encomendado a JoaquimFurtado. Foi pena ninguém ter posto emcausa a isenção jornalística do indivíduo.

Comunista, militante de sempre do anti-fascismo e do anti-colonialismo, comoesperar que da sua lavra possa sair algo decredível? Por acaso ou não, o debate cen-trou-se na questão ideológica, datada, e nãona vertente objectiva da realidade actual.

Com abrilistas em ambos os lados, atendência para o justificativismo era óbviae o Estado Novo teria de ser o boneco defeira.

Apenas o temerário Brandão Ferreira,incarnando virtudes castrenses há muitodesaparecidas, tentou contestar e contrar-

restar a orquestrada sessão que, pasme-se,acabou por colocar do mesmo lado Otelose Galvões de Melo (um verdadeiro artistade circo, apesar da idade), em nome do

politicamente correcto. Alguém se lembroude perguntar àquelas azêmolas (entre asquais pontificavam criminosos de vulto) seas populações dos territórios sobadministração portuguesa até 74 são hojemais livres, mais felizes e mais evoluídas?

Estão mais satisfeitas com os clepto-cratas que os governam? Porque é aí queestá a questão e não num rançoso debate,tornado obsoleto pelo evoluir da própriarealidade.

Será que aqueles que descolonizaram atempo se podem gabar de ter deixado umaherança de liberdade, democracia e felici-dade nas suas antigas colónias?

Porque é que ninguém quer falar sobrea essência da questão que radica numa po-sição de racismo subliminar (por uma total

pusilanimidade e sobranceria, camufladasnuma hipócrita e complexada consider-ação) que levou as potências a alijar a car-ga dos outros (os não brancos) sabendo asgrandes empresas e monopólios quão fácilseria controlar a emergente nomenclaturadeslumbrada e sedenta de consideração?

Afinal a tão proclamada tarefa civiliza-cional da colonização saia cara; os mesmosresultados económicos e até políticos podi-am ser obtidos com um investimento muitomenor.

O “people” que se lixasse. No fundo,no fundo, não era a isso que eles estavamhabituados antes da intromissão dos oci-dentais? Terão pensado os capatazes dosSenhores do Mundo.

In: www.masoreivainu.blogspot.com

Em pleno espaço temporalpós-25/4, ou melhor se não mefalha a memória em 1976, já numPortugal “Democrático”, Joa-quim Furtado foi com uma equipade reportagem a Macau pararealizar mais um desses seusdocumentários carregadíssimosde carga político-ideológica, paraprecipitar Macau não rumo àIndependência mas sim à entregado enclave português à ChinaComunista. (Chamo à atençãopara o alcance desta manobra deJoaquim Furtado para atirarMacau e as suas Lusas gentespara o Bloco de Leste, ou o outrolado da “Cortina de Ferro”, recor-dando o enquadramento daGuerra Fria.)

À República Popular daChina, como é sabido, não inte-ressava a integração de Macau noContinente chinês, uma vez que

Macau, na altura servia e muitobem de janela ou de plataformade ligação entre Pequim e o BlocoOcidental, já era através de Ma-cau – sob o regime de Salazar –que os bens de consumo do BlocoOcidental entravam na Chinacomunista. Joaquim Furtado e asua equipa de reportagem chegama Macau, são recebidos pelasautoridades governamentais por-tuguesas de Macau, de antemão oServiço de Informação já tinhaconhecimento do vil intuito deJoaquim Furtado e sus mucha-chos de modo que nunca foramperdidos de olho.

Joaquim Furtado, em vez derealizar um documentário isento,a sua carga político-ideolígica foimais forte, de modo que optoupor realizar um momento de pro-paganda político-ideológica aoentrevistar uma série de chineses

da República Popular, activistasrevolucionários culturais emdetrimento dos Filhos da Terra –Os Macaenses.

Este documentário altamentemanipulado e nada isento, tevecomo objectivo principal propa-gandear em Portugal que aPresença Portuguesa em Macauera má (o que não correspondia àverdade, aos olhos da China, daspopulações DE MACAU e dePortugal), servindo assim deinstrumento de pressão políticapara que a República Portuguesaabandonasse de imediato Macau.(Esta manobra serviria os interess-es egoístas da comunagem por-tuguesa que tinham como priori-dade delapidar todo o antigoImpério, o Ultramar, rapidamente eem força.)

Joaquim Furtado andou unsdias em Macau, a recolher entre-

vistas altamente duvidosas e ma-nipuladas, nunca se preocupou emperceber Macau, muito menosinteressado em cuidar do bem estarda população macaense, levouadiante o seu projecto.

No dia em que o jornalistaactivista de extrema-esquerdachegou a Portugal, com o seucaixote selado (pelo próprio)cheio de películas do seu propa-gandístico documentário, acaboupor descobrir que todo esse seutrabalho foi em vão porque asfitas estavam todas desmagneti-zadas.

O Serviço de Informação tra-tou bem da questão, tão bem queo próprio Joaquim Furtado aindaanda a pensar como é que perdeutodo o trabalho, sem ter bem aconsciência, digo eu, que asautoridades estavam a par dassuas andanças e foi mesmo alvo

de uma acção contra-subversiva,pois a concretização do objectivodo jornalista português não seriapara fazer um retrato fiel doambiente macaense mas sim parapôr em perigo toda a estabilidadede Macau, iria destabilizar a pazsocial e o modo Livre de como sevive em Macau, iria causar aseparação de milhares de famíliasportuguesas e chinesas, iriadestruir o tecido económico deMacau, enfim destruiria Macau emuitos que não teriam para ondefugir, viveriam integrados numEstado onde imperava umaditadura comunista, a tirania damaioria.

Este jornalista de extrema--esquerda, Joaquim Furtado, nun-ca deixou a ideologia, anda camu-flado, e levou agora, adiante maisum dos seus hilariantes documen-tários.

O colonial Ultramar de Joaquim Furtado

Por mera coincidência, passeipor Logroño em 10 e 11 de Se-tembro passado. Cidade “Rioja-na”, cerca de 90 kms a sul deBilbao, que apresenta, aliás, umdesenvolvimento significativo.

Pude então saber, pela im-prensa, que a ETA tinha colocadoum Ford Fiesta, furtado emFrança, com 61 kilos de amonal,junto à Delegação do Ministérioda Defesa em Logroño, em plenocentro da cidade.

Pelas 23 horas de domingo, 9de Setembro, através de umachamada telefónica para o perió-dico “Gara”, a ETA deu conheci-mento da situação, informaçãoque chegou à Polícia e GuardaCivil. A partir desse momentodesencadeou-se uma corrida con-tra-relógio para desactivar abomba. Trabalhos que só termi-naram às 7h30 do dia 10. Nãoouve rebentamento devido a umafalha do cordão detonante, caso

contrário teria provocado estragosavultados face à grande quanti-dade de explosivos. Desta vez osespecialistas do Corpo de Políciaconseguiram desarmar a bombasem causar danos no veículo, oque facilitará a investigação.

O mês de Setembro passado,além desta acção, foi significativorelativamente a outras acções ter-roristas pelo que sou levado atecer alguns comentários. Comose sabe, a ETA decretara umatrégua em Março de 2006 con-vencendo muitas pessoas que ter-minara com a estratégia de vio-lência terrorista. Assim não acon-teceu. A rotura deu-se em 5 deJunho passado, apesar de algunsespecialistas considerarem que aETA vivia um período de dificul-dades. Lançou também um comu-nicado cuja posição se poderáresumir assim: explica aos cida-dãos que necessita continuar a“golpear” as estruturas do Estado

Espanhol em todas as frentes,para atingir “umas condiçõesdemocráticas” no País Basco econquistar por essa forma a inde-pendência.

Segundo Florêncio Domin-guez a ameaça da ETA é real, nãoestá derrotada, não se pode depre-ciar e ignorar, é necessário estu-dar bem o que representam asnegociações e esperar do poderpolítico um discurso que admitaque o terrorismo tem de ser com-batido com todas as armas doEstado de Direito. Para JoséMaria Ruiz Soroa “uma coisa éactuar politicamente como se aETA não existisse, e outra muitodistinta é actuar como se a ETAnunca tivesse existido”. A dis-cussão na sociedade espanholacontinua em cima da mesa.

Interessa a Portugal saber sehá alguma relação ou ligação comquaisquer actividades da ETA.Existem alguns indícios do ante-

cedente, de actividades de gruposterroristas em Portugal: nos anos90, sabe-se que o Exército Guer-rilheiro Galego arrendou casas napraia do Meco e em São Martinhodo Porto; que em 2002 forampreparados dois atentados à bom-ba em Portugal, que vieram aocorrer em Málaga, que, maisrecentemente, a imprensa noti-ciou a apreensão de uma viaturaem Ayamonte com 100 kilos deexplosivos, alugada em Portugal,e outra viatura que em Agostopassado explodiu em Bilbao, ten-do-se verificado que fora alugadaem Quarteira; sabe-se ainda quejá foram detectadas em Portugalsituações ligadas ao financiamen-to de actividades terroristas.

Podemos concluir que Portu-gal não está excluído das redes deapoio da actividade terrorista,como sejam: o tráfico de armas eexplosivos, aluguer de viaturas,apartamentos e armazéns, docu-

mentos de identificação e estab-elecimento de contactos prepara-tórios de acções violentas. Masdo exposto que, naturalmente,deve merecer toda a nossa aten-ção, não se pode concluir quePortugal seja um alvo da ETA.Um estudo mais aprofundado doassunto conduzirá a conclusõesque contrariam essa hipótese.

O verdadeiro perigo, residesim, na Al-Qaeda e organizaçõesque subscrevem a sua ideologia,distorção grave do Islão, con-cluindo que a legitimidade paraimpor com violência os seusobjectivos reside em Deus!Recentemente puderam ser evita-dos uma série de atentados, mas aAl-Qaeda já ameaçou atacar aAlemanha e a Áustria, e a CIAdeclarou que a Al-Qaeda preparaataques de grande envergadura. Éesta ameaça global que tem queser enfrentada com inTeligência,acção e muita persistência.

A ETA e Portugal

Joaquim Furtado tentou por em causa o modo de viverlivre e em liberdade de Macau

ECOS E MEMÓRIAS

Por: Rodolfo BegonhaGeneral do Exército Português

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 35

No passado dia 27 de Ou-tubro, foi inaugurado oficial-mente o novo relvado sintéti-co do campo de futebol doGrupo Desportivo Águias doSorraia do Couço. A festa co-meçou pela manhã, com umjogo no escalão de escolas entrea equipa da casa e o GrupoDesportivo “O Coruchense”.

Durante a tarde teve lugara inauguração oficial do relva-do e um jogo de futebol entreas velhas glórias do Sporting edo Benfica.

Durante a cerimónia, o pre-sidente da Câmara Municipal,Dionísio Mendes, referiu que,“esta era uma ambição, umdesejo e uma vontade forte dedar mais qualidade ao campode jogos do Águias do Sorraiaque era pelado. Queríamosacrescentar qualidade no sen-tido de atrair para a modali-dade os mais jovens e fazerdeste sintético o principallocal de prática desportiva navila do Couço. Este relvadosintético e esta parceria com adirecção do clube, subentendeo contrato programa que

obriga o Águias do Sorraia ater uma prática desportivaregular na prática do futebol,nomeadamente a ter umaequipa sénior a disputar oscampeonatos distritais e a terdepois duas equipas nos esca-lões de formação.

Para o edil, “o campo ser-virá toda a população organi-zada do Couço e outras equi-pas que existam na freguesiaque queiram praticar despor-to neste piso sintético. Asescolas da freguesia têm pri-

oridade e podem utilizar o rel-vado sintético desde que com-binem com a direcção do clu-be.

A própria câmara muni-cipal se antecipadamente ocomunicar poderá dispor des-te espaço, assim como a juntade freguesia para a actividadeda prática desportiva. Estassão razões mais do que sufi-cientes, para justificar-moseste investimento, que rondaos 300 mil euros, tendo em

Couço inauguranovo relvado sintético

Envie por e-mail([email protected])

ou via CTT,as imagens ou situações que

deseje ver publicadas.

Com tanta publicidade colada nos ecopontos como vaia jovem menina perceber onde colocar o lixo!?

Eco-selvajaria

Investimento de 300 mil euros,uma velha ambição da população do Couço

agora concretizada pela Câmara de Coruche

O prO presidente da CMC Dionísio Mendes aperesidente da CMC Dionísio Mendes apertandotandoa mão a Mário a mão a Mário Afonso, prAfonso, presidente do Águas doesidente do Águas doSorraia, no momento da inauguração.Sorraia, no momento da inauguração.

> continua na página seguinte

• Entrevista com o jornalista desportivoAntónio Tadeia

• Espaço “Receitas de Carne Brava”

• “Miguel Torga e Olivença” de Carlos Consiglieri

Destaques no próximo número

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Quando se endereça um con-vite a alguém é certamenteporque respeitamos essa pessoae quereremos estar e privar comela. Isto é o que as pessoas civi-lizadas e de bom senso fazem,na base de uma convivênciaurbana, que a bem de uma civi-lização, gostamos de preservar.

Mas o escrito de hoje não vaiincidir sobre as ideias acimaafloradas, mas outro sim sobreas figuras públicas que as esta-ções de televisão normalmenteconvidam, para esclarecer ounão determinados assuntos.

Foi exactamente o que sepassou há alguns dias com umcanal por cabo, que convidoupara falar sobre as eleições numpartido, um seu ex-presidente eex outras coisas, tal como presi-dente de um clube desportivo,

presidente de uma Câmara ePrimeiro-ministro.

Ia a conversa no seu melhor,eis senão quando a dita é inter-rompida e as câmaras passam aser apontadas para o Aeroportoda Portela, onde estava a chegarum treinador de futebol, demomento em alta cotação nosmédia e a nível mundial.

Uma atitude destas, tomadapor um órgão da comunicaçãosocial, desculpem-me a expres-são, mas não lembra nem aodiabo! Ter um modo de proce-der de uma tão grande falta deconsideração e respeito é algoque ultrapassa todas as regras decivismo e de boa educação, seassim quisermos considerar, pa-ra além de dar uma imagem pés-sima dos seus dirigentes.

Não está aqui em causa a

classe e a categoria do treinadorde futebol, que com o seu caris-ma e competência tem ajudadoe bastante, a projectar positiva-mente o País e o nosso futebol,por onde tem actuado e não só.Está em causa sim um atropelototal quer ao respeito devido aoconvidado, quer inclusivamenteaos próprios espectadores queeventualmente poderiam estarinteressados no assunto versadona entrevista.

O populismo e as audiênciasnão podem coexistir com a dig-nidade e com a informação cui-dada que a pessoa humana exi-ge. A atitude do convidado emposteriormente se ter negado acontinuar a entrevista foi correc-ta e contrasta com a ideia infelizde se cortar uma entrevista emconversa de estúdio.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200736

MOMENTOS

Eu continuava a vê-lo. Todasas noites após descansar a cabe-ça no leito que agora me aco-lhia. Era só nesse mundo esta-cionado por entre uma dimen-são e outra que era feliz. Mo-mentaneamente.

Eram fugazes essas doaçõesdo Superior, mas aproveitava-ascomo se fossem as oferendasdos Magos a um Menino que sehaveria de fazer grande. Eranessas pequenas sequelas tem-porais que voltava a renascer,que se completava a minha almapor já pressentir a proximidadeda dele.

Pareça tal estranho ao caroleitor, mas faça um pequenoacto de reminiscência. Quantasvezes na nossa vida só a senti-mos absolutamente preenchidacom a presença desse outroalguém, que não se precisa queseja do nosso sangue, mas quese precisa apenas que seja, queexista e que permaneça em nós.

O acordar revelava-se sem-pre como um acto despido dequalquer conteúdo; o vazio per-mite até a repetição por eco daalma. Era assim que me sentiaapós acordar. Abria os olhos eestava só. Nem o quente docorpo, nem o cheiro particular eadocicado. Levantava-me, lava-va o rosto ainda meio atordoado

pela confusa dimensão de reali-dades. Sentava-me na cadeira deverga que dá para o mar com ocheiro do café a imigrar paracada divisão da pequena casa.Sempre apreciara o aroma fortedo café que a minha avó mehavia ensinado a fazer.

Falava com Deus. O meuDeus, que apesar de ser de to-

dos, este, fui eu que o criei, queo moldei de acordo com o quefui necessitando e vivendo aolongo dos meus anos. Questio-nava-o. Não em relação à suapresença neste nosso mundo,não em relação ao que criou eapós contemplar o resultado dasua criação descansou por ser osétimo dia. Antes lhe pergunta-

va o porquê de tanta coisa. Oporquê do sentimento que fazandar este mundo, não, não oódio, que com as suas raízeslongas e maldosas se enterraquantas e quantas vezes noobjecto da criação de Deus, e ofaz lutar por mais um punhadode riqueza e de terra. Falo dooutro que tantas vezes passa ànossa porta, entra sem pedirlicença e se instala confortavel-mente nos meandros maisrecônditos daquele órgão queincansavelmente associamos aoafecto, à amizade, ao amor.

Exactamente, falo do arqui-inimigo do ódio; falo do amor.Pergunto a Deus repetidas ve-zes: porquê? Pergunta fácil, deuma só palavra, com poucasletras mas correspondente deuma resposta tão difícil quetarda em chegar e que penso quejá nem vem. Acho que já nem aespero porque já a sei. Porqueamo. Ainda. As mazelas queficam de um amor que foi vivi-do no seu máximo esplendorguardamo-las, carregamo-laspara o resto na nossa vivênciaterrena.

O dito sentimento é assimdotado uma consistência que sejulga aparentemente mole, sua-ve, que a qualquer momentopode desvanecer, contudo, se

nos apercebermos após um jul-gamento mais firme e acertadoverificamos que, se não é umareles imitação, o amor tem umacomponente interior rochosa,repleta de todas as substânciaspossíveis para impedir que sedemova do lugarejo onde seinstalou. Assim sucedeu comi-go, instalou-se serenamente,embora eu saiba que desta vezfui eu que lhe abri as portas.

Deus não me responde. Nãoé preciso. Sonho constantemen-te porque é a minha única ma-neira de queimar, à maneira dosantigos que assim procuravamerradicar as pestilências, as sau-dades que são tantas vezes ago-nizantes e que me afogam se eunão o for contemplando numaoutra dimensão por aí perdida.

Afogar-me-iam porque sãolatifúndios de recordações, gran-des e de fundos escuros e pro-fundos como este mar que agoracontemplo.

Um mar com um fundo tãoescuro porque o céu que antesnele se reflectia estava pálido,mas agora troveja e chuviscaescurecendo tudo à sua volta.

É triste, melancólico, masgosto assim. Recosto-me e beboum gole de café.

____Ana Palma

Eu continuava a vê-lo

conta não só aquilo que se fezno piso sintético, mas também aenvolvente junto ao piso sintéti-co”.

Em relação a obra feita, dis-se: “temos agora um campo defutebol, que não desmerece, estáao nível daquilo que temos noconcelho e que a população doCouço necessariamente deseja-va e é merecedora. Este é o ter-ceiro relvado sintético, queinauguramos em Coruche, te-mos o estádio municipal JoséPeseiro, outro em Santana doMato, este no Couço e em cons-trução o quarto nas Fazendasdas Figueiras.

O futuro vai ainda mais jus-tificar este investimento, porquetenho a certeza que o relvadosintético do Couço será umincentivo à prática desportiva eserá uma forma de atrair maisjovens. Temos confiança abso-luta, nos homens que estão àfrente dos destinos do Águias doSorraia, e esperamos que estecampo seja no futuro o centroda prática desportiva”, salien-

tou o autarca na hora da festa deinauguração do piso sintético.

O presidente do Àguias doSorraia, Mário Afonso, agrade-ceu a diversas entidades a con-cretização da obra do campo dejogos, um sonho que só agora seconcretizou, em particular àCâmara Municipal de Corucheque teve um papel importante, àJunta de Freguesia do Couço,sócios do clube e população emgeral.

Na cerimónia marcaram pre-sença, o gestor do programaValtejo, António Marques, o re-presentante do Governador Ci-vil de Santarém, o delegado dis-trital do Inatel, o representanteda Associação de Futebol deSantarém, o presidente da Juntade Freguesia do Couço, a presi-dente da Assembleia de Freguesiado Couço e elementos do execu-tivo da Câmara de Coruche,além da população local queocorreu em bom número.

____João Louro

Fotos: CMC e JCL

José Manuel Caeiro

REFLEXÕES

Convite

> continuação da página anterior

Couço inaugura novo relvado sintético

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 37

No número anterior vimosque a migração dos dias de hojeé relativamente diferente daque-la que se verificou nos anos 60 e70. Hoje, cerca de metade dosmigrantes são mulheres e hátambém um grande predomíniode gente jovem. Já não são osmais pobres que emigram, massim aqueles que detêm as me-lhores condições para uma maisrápida integração na comuni-dade de acolhimento.

CAUSAS DAS MIGRAÇÕES

Existe um enorme rol decausas sobre as quais incidem ofenómeno migratório: As queactuam como elementos de ex-pulsão e as que se comportamcomo factores de atracção. Nadecisão de emigrar, que é acimade tudo uma decisão individual,intervêm variáveis de diversasnaturezas.

É um facto inegável que ascondições estruturais dos paísesde destino intervêm neste pro-cesso, como as possibilidadesde obter um emprego condignocom a formação que cada pes-soa possui, os salários e ascondições de vida associadas aomesmo. Porém, as diferenças deriqueza entre os estados podemnão justificar por si só as migra-ções, assim como estas podemter a sua origem numa históriade contactos e nas assimetriasde poder da sociedade emissorae receptora de mão-de-obra, naausência de concorrentes nacio-nais com quem competir pelotrabalho desejado, na legislaçãomais ou menos permissiva quevigore. Ou seja, os movimentossão assimétricos porque nemsempre os países têm as mesmasbarreiras legais à entrada e à

saída de pessoas, na proximi-dade geográfica e ou culturalcom o lugar de origem, na exis-tência de amplos sistemas debem-estar social nos lugares dedestinos, entre outras.

Se as condições estruturaisintervêm neste processo, as cir-cunstâncias socioeconómicasdos países de procedência, víti-mas de fortes pressões demo-gráficas, da sobre-exportação derecursos e piores expectativas,com uma estrutura produtivaapenas assente na agricultura,com um suporte social manifes-tamente insuficiente para fazerfrente à pobreza e aos desastresnaturais, e com um ambientepolítico-social em que a paz nãoabunda, os regimes políticosautoritários, corruptos e forte-mente violadores dos direitoshumanos, são também factoresque impulsionam a emigração.

Em suma, se a este contrasteque origina a escolha entre per-manecer no país de origem oumudar-se para um outro queapresenta melhores horizontesde bem-estar, onde se podemsatisfazer as necessidades deuma população submetida agrandes privações e frustraçõese sem possibilidade para realizaras suas expectativas de progres-so e enriquecimento não só pes-soal como também familiar, sese aliar também a existência deuma rede de acolhimento e umgrau razoável de aceitabilidadeno país de destino, nomeada-mente que facilite o reagrupa-mento familiar e reconheça oacesso a certos serviços sociaisbásicos como a educação, ahabitação e saúde, temos prati-camente todos os ingredientespara afirmar que as bases paraque se produzam os movimen-tos populacionais estão alicer-

çadas. Os movimentos migra-tórios são coadjuvados pelaglobalização que propicia ageneralização de meios de trans-porte mais rápidos e baratos,bem assim, redes de comuni-cações que facilitam a transmis-são de informação, agilizando etornando mais económicos oscontactos com o lugar e as pes-soas do país de origem.

A GLOBALIZAÇÃOCOMO UM PROCESSO

FACILITADOR DAMIGRAÇÃO

É notório que os movimen-tos populacionais sofreram nãoapenas um importante impulso,como também, profundas trans-formações como consequênciada crescente globalização daseconomias. Este fenómeno re-corrente na nossa vida é umprocesso complexo e cujo está-dio actual tem uma importânciaestratégica ao nível do desen-volvimento das comunicações edos recentes descobrimentostecnológicos. Estes últimos, sãoprecisamente aqueles que esti-mulam e favorecem os movi-mentos da população.

A globalização e os movi-mentos populacionais são duasdas consequências lógicas dosnovos fluxos de comunicação einformação, que permitem rea-lizar transacções quase em

simultâneo e quase sem custosmesmo entre lugares muito dis-tantes geograficamente e possi-bilitam o conhecimento emtempo real do que se passa amilhares de quilómetros. A glo-balização e os movimentos popu-lacionais parecem alimentar-sereciprocamente. A globalizaçãofavorece os fluxos populacio-nais e estes contribuem para quea globalização avance de formaimparável.

Tal como as migrações, aglobalização é um fenómenocomplexo. A sua complexidademanifesta-se não apenas nosfactores que a propiciam, comotambém nas suas manifestaçõestendo em conta que se fala deuma cultura global, de crisesglobais, do pensamento único,conflitos globais, um mercadoglobal, a deterioração global domeio ambiente.

Quando se procura umaaproximação ao estudo da glo-balização, o que sobressai deimediato é que se trata de umprocesso e como tal ele é histó-rico e dinâmico. A maioria dosautores que estudam a temáticada globalização preferem focaro seu interesse no processo rela-tivamente recente onde se evi-dencia uma interdependênciacrescente entre o conjunto dospaíses do mundo e que surgecomo consequência do aumentodo volume e da variedade dastransacções fronteiriças de bense serviços, assim como de flux-os internacionais de capitais epessoas e pela difusão aceleradae generalizada da tecnologia.

A globalização apresenta-secomo o resultado natural de ou-tros acontecimentos prévios: ainternacionalização e a transna-cionalização, e no seu desenvol-vimento três etapas bastante

diferenciadas: A primeira decor-re no período compreendidoentre o final da II Guerra Mun-dial e o início dos anos 70 quan-do à crise do sistema de BrettonWoods se junta o impacto nega-tivo do primeiro choque petro-lífero, coincidindo com umaetapa de grande mobilidade decapitais e com o fim dos anos deouro do crescimento dos paísesindustrializados.

A segunda caracteriza-sepelo grande esforço para desen-volver instituições internacio-nais de cooperação financeira ecomercial, assim como peloauge do comércio de manufac-turas e a coexistência de váriosmodelos de organização econó-mica.

A terceira e última etapa,com uma considerável presençade empresas transnacionais euma ampla mobilidade dos ca-pitais, pretendeu homogeneizaros modelos de desenvolvimen-to, outorgando um protagonis-mo quase absoluto ao mercado,sobre tudo depois da derrocadados últimos redutos dos regimesde economia planificada.

A complexidade do processode globalização manifesta-senão apenas na sua génese e con-sequências, como também nosucesso de que no seu seio coa-bitam duas forças de sentidocontrário: por um lado, tem-se ahomogeneização, por outro,permite-se e fomenta-se a dife-renciação e reordenam-se asdesigualdades sem se chegar asuprimi-las.

____

NO PRÓXIMO NÚMEROFactores Explicativos da Globa-

lização e Consequências da Globa-lização.

____

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No passado dia 26 de Outu-bro, o Santo Estêvão Golfe assi-nou os dois primeiros protoco-los desportivos com CâmarasMunicipais da área de influên-cia do campo de golfe.

Na cerimónia estiveram pre-sentes, em representação doSanto Estêvão Golfe, o seu di-rector, Luís Catarino, em re-presentação da Câmara de Be-navente, o Presidente, AntónioJosé Ganhão e em representa-ção da Câmara de Almeirim oVice-presidente, Pedro MiguelRibeiro.

O protocolo tem como prin-cipal objectivo promover a prá-tica desportiva junto dos jovens

em idade escolar (dos 8 aos 18anos), residentes no concelho deBenavente e de Almeirim.

De salientar que este campopossui uma área de influênciamaior, que integra bem perto oconcelho de Coruche.

Através do protocolo, o San-to Estêvão Golfe compromete-se a disponibilizar as suas infra-estruturas e equipamento detreino de golfe para serem utili-zados pelos jovens do concelho.

Pelo seu lado a Câmara Mu-nicipal de Benavente comprom-ete-se a divulgar este desporto eas instalações de treino do SantoEstêvão Golfe, divulgar a inicia-tiva junto dos jovens, encarrega-

dos de educação, professores edirigentes desportivos, organi-zar e acompanhar os grupos dejovens interessados em iniciar-se na modalidade, providenciaro transporte dos jovens de e pa-ra o Santo Estêvão Golfe, deacordo com os horários e as dis-ponibilidades indicadas peloSanto Estêvão Golfe, apoiar osjovens que pretendam desen-volver a apetência pela modali-dade a nível competitivo.

O protocolo entrou em vigorlogo após a sua assinatura e osresponsáveis esperam que omesmo possibilite o contacto decentenas de jovens com estamodalidade desportiva.

Santo Estêvão Golfe e Câmarasde Benavente e Almeirim

assinam Protocolo Desportivo

É no dia 15 dde NNovembro ppelas 119 hhoras, emLisboa, que o Palácio dda IIndependência, da SHIP –Sociedade Histórica da Independência de Portugal, vaiser palco da apresentação do livro “Crónicas ddaNação”, editado pelo Jornal de Coruche e escrito por33 personalidades da vida Nacional e Regional dePortugal.

O livro que recolhe os melhores artigos do primeiroano de existência do Jornal de Coruche, está à vendanas principais livrarias do país e pode ser adquiridopor encomenda para o nosso Jornal.

A apresentação será feita pelo presidente da SHIP,Dr. Jorge Rangel no salão nobre daquela instituiçãocentenária, sendo a entrada livre.

CCrróónniiccaass ddaa NNaaççããoo llaannççaaddoo eemm LLiissbbooaa

Semi-NovosOpel Astra Carav.1.3 CDTI 5p (Diesel) 2007Audi A-3 Sport Back 1.9 TDI 5p (Diesel) 2006Peugeot 307 Sport 1.6 HDI 5p (Diesel) 2006Seat Ibiza 1.4 TDI 5p (Diesel) 2006Peugeot 307 Break 1.6 HDI 5p (Diesel) 2006Renault Megane Break 1.5 DCI 5p (Diesel) 2006Opel Astra Enjoy 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2006Fiat Grande Punto 1.2 5p 2006VW Polo 1.2 12v 5p 2006Opel Astra Carav. Cosmo 1.4 5p 2005Opel Corsa Enjoy 1.3 CDTI 5p (Diesel) 2005

RetomasPeugeot 307 XS Prem. 1.4 HDI 5p (Diesel) 2004Peugeot 307 XS Prem. 1.4 5p 2003VW Golf 1.9 TDI 5p (Diesel) 2003Renault Megane 1.5 DCI 5p (Diesel) 2003BMW 320D 20 Anos Baviera 4p (Diesel) 2003Renault Clio 1.2 16v 5p 2003Opel Corsa Enjoy 1.2 16v 5p 2003Opel Astra Carav. 1.4 16v 5p 2002Ford Focus 1.8 TDDI 5p (Diesel) 2001Skoda Fabia Elegance 1.4 16v 5p 2001VW Golf 1.4 16v 5p 2000

ComerciaisPeugeot 206 1.4 HDI Van C/AC 2006Renault Clio 1.5 DCI Van C/AC 2005Citroen Berlingo 1.9 D Van 2005Peugeot 206 1.4 HDI Van 2004Peugeot 206 1.4 HDI Van 2003Mazda B-2500 2.5 TD CD 4X4 2001

CONTACTOS / INFORMAÇÕESTel. 263 851 201 • Fax 263 851 204 • [email protected]

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 39

O pecúlio de Coruche é incontestá-vel… Pela sua maneira de olhar, pelaforma de como o apreciam… É sem dú-vida um património que abrange umamultiplicidade de sinónimos revestidosde emoção e de contrastes.

As margens da sua denotação invo-cam o verdadeiro sentido da palavra,isto é, reagem ao calor humano, à sensi-bilidade, à arte (com todo o seu esplen-dor), à vibrante energia, à constante pre-ocupação de satisfação e de renovação,de complementaridades, de correcção ede tantas outras mais.

Coruche é…Presenteada por viver, ver, sentir ecrescerHonrada por, absolutamente,património ter.

Inquestionavelmente, Coruche foide modo afável prezado, no decorrer dotempo, por povos distintos e de terraslongínquas. Foi palco da construção doaqueduto medieval com base na enge-nharia romana; das Antas, ou dólmenes,com influência na cultura megalítica noperíodo neolítico e calcolítico, integran-do-se no conjunto dos monumentosfunerários, um pouco por toda a EuropaOcidental.

A desejada Ponte da Coroa, datada doséculo XIX é outro dos marcos histó-ricos coruchenses apelando à sapiênciados antigos pelos meios que lhes eramoferecidos nas construções da época.

Coruche de velhas opulênciasAcarretando todas as boas vivências.

No entanto, há símbolos que nãoperdem a sua imponência como o Pelou-rinho. Coruche sofreu com tamanhasmortes em praça pública diante dos

olhos dos curiosos, dos sofredores… edos ameaçadores.

Desengana a tua a alma, modestanão deves serReconhecido, esquecido ou pronto àacção Teu Património é um convite atodos receber.

Hoje, o Património defende afinca-damente Coruche, avaliando pelas du-ras, ressequidas, nostálgicas e não me-nos copiosas mãos que se destacam nasmaravilhosas peças de artesanato,mesmo que sejam réplicas, elas são úni-cas…

É conhecida pelo suculento arroz,pelos verdejantes campos, pelo ar traba-lhador, Coruche é destemido! (Verdadesem tirar nem pôr!) O sol não a abando-na, mas as nuvens também não.

Coruche é terra de afectos, de amordo Coração… A vida animal não des-preza, e aquando a sofreguidão assoma,em tempos de tenros dias de Maio, otoiro bravo entra no prato. Gastronomia!

Que deleite, ter o prazer de degustara composta mesa servida nesta terra (eos doces não são excepção!). Sim, mashá que ter atenção! Até porque aqui naregião, existem bons produtores de vi-nhos. E quando o manjar entusiasma…

Porque o sol sorri para ti,Se esconde e regressa,Volta e revolta,Parece que… Desaparece;Curioso e Saudador,Gosta de ti, que fazerÓ Coruche sonhador.

A Natureza em ti nasce,Vive, Floresce, ContagiaA todos com vibrante alegria.

Em plantações és especialistaÓ campeão da Lavoura.Tu, sim tu, Coruche realistaDa eternidade duradoura!

E porque não só de pão vive o Ho-mem, Coruche vive também de letras…Acontece por esta terra a anual, expansi-va, informativa e “sem-fronteiras literá-rias” a Feira do Livro, reconhecida pelomérito que lhe é atribuída, justamente.

Tudo isto é património, pois quemdiverge do facto de que tudo o que éfeito de bom ânimo, de coração, com ointuito de defender a nossa Terra não éválido?

Ora, Coruche é FUTURO! É espe-rança, é atitude, é objectividade, é dina-mização, é energia, é potência, é força, égarra, é desejo, é expectativa, é confi-ança, é fé.

Coruche aposta no verdadeiro Patri-mónio, aquele que é herdado de geraçãopara geração, que reflecte os ideais, avontade de crescer, de ser alguém, de vi-ver, de respeitar, sobretudo… O Patri-mónio começa pela construção de bonsalicerces, esses sim, são a base.

Coruche, simplesmente feliz, possuium Museu, o qual é destinado à inter-venção de todos, para que se possamdesenvolver intelectualmente, conse-guir alcançar o mundo por meio daInternet, é palco de exposições queretratam o que fez, em tempos, parte doPatrimónio coruchense.

É possível debater temas em audi-tórios apropriados, muitas vezes subor-dinado ao património de Coruche, épalco de serões dedicados à leitura,entre outros.

Por fim, e não menos relevante, enu-mero a Associação para o Estudo e Defe-sa do Património Cultural e Natural doConcelho de Coruche que, com tenaci-

dade, envolve-se na protecção do Patri-mónio, e no seu estudo. E pessoal-mente, é com bastante prazer que façoparte desta mesma associação.

Um futuro virá, masNão terás lamento!Das tecnologias serás palcoIncitando ao desenvolvimento.Com profundo respeito,Coruche decerto irá serUma grande vila para todosAqueles que a querem ver!

Ambientalista, prudentePreocupado, não desistenteFará parte do PatrimónioToda a sensação envolvente.

Sempre com vontadeCoruche será perpetuamente assim.Nunca pára, sempre aumenta, comoUma ponte que não tem fim!

Agora, posso dizer, que sei. Sei que o fosteLutaste para construir, para viver, atua própria história.Uma vila de um povo cuja atitude foiperemptória.

Sei que o ésTeu largo património, inferiormentenão variaSem dúvida é um elemento de altacategoria!

Sei que o serásSinto que sim. O denuncias, o evo-cas…É certeza de que não será esquecidoEste teu aliado e querido amigo.Bem-Haja o Património!

____

“Um Olhar por Coruche”

Passado, Presente e FuturoPor: Rita V. Cruz

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200740

Esperar um filho, principal-mente quando se trata do pri-meiro, é um dos acontecimentosmais importantes da vida de umcasal. A gravidez constitui operíodo de cerca de quarentasemanas entre o momento daconcepção e o parto, e caracteri-za-se essencialmente por modi-ficações físicas acompanhadasde múltiplas vivências psicoló-gicas.

Para Colman & Colman(1994), a gravidez é consideradaum estádio de desenvolvimentoque inicia um estádio maislongo: a maternidade e/ou apaternidade. Pode ainda ser vis-to como um período de transi-ção e adaptação, no qual as pes-soas se preparam para as tarefasda maternidade, consideradastão complexas e estimulantes.Alterações relativas à percepçãodo mundo, às relações interpes-soais, à auto-imagem, ao pró-prio corpo e aos objectivos devida acompanham a vivência dagravidez quer no homem querna mulher.

A experiência individualúnica que cada pai e mãe têmdeste acontecimento varia se-gundo uma série de condições,nomeadamente: a forma de adap-tação, a personalidade, o contex-to de vida, a história pessoal, aorganização familiar ou a redede suporte social.

A Experiência Psicológicada Mulher

A gravidez é um momentoevolutivo fundamental no de-senvolvimento da identidadefeminina. Apresenta-se geral-mente como uma crise evolutivae provoca grande vulnerabili-dade quer física quer emocional.Para a mulher, a gravidez con-siste numa época de reflexão doseu passado e de relançamentodo seu futuro, que será necessa-riamente diferente.

Durante a gravidez surgemmedos, angústias, dúvidas,ansiedades, queixas e toda umaquantidade variável de outrossintomas aos quais a mulher sedeve adaptar.

A adaptação psicológica dagrávida ao longo dos nove me-ses não é igual. Colman &Colman (1994) propuseramuma sequência de três fases paracaracterizar a experiência psico-lógica da gravidez ao longo dosnoves meses (três trimestres):

1.º Trimestre – Fase de Inte-gração: a futura mãe lida com atarefa de aceitar a sua gravidez ede integrá-la na sua vida.Inerente a tal facto, deve mudarde hábitos e preparar-se a si e àsua família para a chegada donovo membro. Sobre este perío-do da gravidez, Mascoli (1990)referiu que a mulher tende adiminuir o investimento no seumeio envolvente e a centrar-sesobre si mesma e a unidademãe-feto.

2.º Trimestre – Fase de Di-ferenciação: nesta fase, à medi-da que diminuem as incidênciasfísicas inerentes à gravidez, ocorpo manifesta cada vez maissinais visíveis da mudança adecorrer. A grávida apercebe-seda autonomia do feto, o qualtem regras e ritmos próprios queela não pode controlar. Esta cons-tatação, bem como as evidentesmudanças corporais, geramansiedade associada ao receiode malformações ou morte dofeto, ou à angústia do própriocorpo disforme. Enquanto noprimeiro trimestre a grávidatende a competir com a própriamãe em termos de qualidades

maternas, no segundo trimestresurgem situações de competiçãocom o marido e uma maiornecessidade de protecção porparte do mesmo. A tarefa psi-cológica essencial desta faseconsiste na passagem da depen-dência da mãe para o marido.

3.º Trimestre – Fase de Se-paração: no último trimestre, agrávida começa a antecipar omomento do parto, processoesse que significa o final da sualigação ao feto. Vive a ansiedadeprópria da eminência do partomas, simultaneamente, preparae arranja o “ninho” do bebé.Além disso, cria laços mais for-tes com outras mães. A mulhervive um período peculiar, noqual coexistem sentimentos deorgulho e de realização emsimultâneo com as ansiedadesrelativas à obrigatoriedade doconfronto com o desconhecido ecom o receio da dor física ou damorte.

A Experiência Psicológicado Homem

A vivência paterna dagravidez não é provocada poralterações hormonais ou corpo-

rais como acontece com a mu-lher, mas a transformação pes-soal não deixa de ser enorme,exigindo uma re-organizaçãototal do significado da vida.

As experiências paternasdurante a gravidez apresentam-se sob dois domínios, clara-mente associados: um reactivoao estado/estatuto físico e psi-cológico da companheira e vul-nerável aos diferentes estádiosda gravidez, e outro, respeitanteà experiência real da futurapaternidade e das suas impli-cações para o próprio.

O homem é confrontadocom o aumento da subjectivi-dade, da passividade e da de-pendência da sua mulher emrelação a ele. Uma possível, etambém comum, consequênciadesse acontecimento é a dimi-nuição da prioridade para arealização dos seus desejos enecessidades.

Além disso, com receio deque possa ser considerado afe-minado e a sua masculinidadeposta em causa, o homem podeapresentar dificuldade em ex-pressar sinceramente os seussentimentos e as suas fantasiasem relação à gravidez.

Durante a gravidez:Pode estar preocupada com

as mudanças no seu corpo, coma saúde do seu bebé ou com oparto.

Talvez esteja insegura sobrea sua capacidade de ser mãe.Pode sentir-se mais frágil e sen-sível.

A relação conjugal tambémpode ressentir-se com as altera-ções a decorrerem.

Tudo isto é normal e parti-lhado por muitas grávidas! Fazparte do processo de gravidez.

Sugestões:É bastante importante que o

casal mantenha um diálogo sin-cero e compreensivo. Falemsobre todos os receios, medos,ansiedades e preocupações quetêm.

A grávida deve guardaralgum tempo para si: dê um pas-seio, relaxe no sofá ou pratiquea sua actividade favorita.

Evite assumir novas respon-sabilidades que possam consti-tuir-se focos de ansiedade.

Aceite as mudanças queacontecem dentro de si e desistade querer controlar tudo.

Cáritas Paroquial de Coruche

ApoiarGabinete deAconselhamentoParental

Se quiser falar connosco,contacte-nos:

Cáritas Paroquial de CorucheApoiar – Gabinete de

Aconselhamento Parental

Travessa do Forno n.º 16-18,2100-210 Coruche

Telefs: 243 679 387 / 934 010 534

E-mail:aconselhamentoparental.apoiar

@hotmail.com

O atendimento é realizado àssegundas-feiras à tarde

Equipa Técnica:

Isabel Miranda(Psicóloga Clínica/Coordenadora)

Mauro Pereira(Psicólogo Clínico/Psicoterapeuta)

Gonçalo Arromba(Técnico de Psicologia Clínica)

Noémia Campos(Assistente Social)

Sílvia Caraça(Assistente Social)

A Experiência da Gravidez

Não percana próxima edição

UM OLHAR SOBREA DEFICIÊNCIA

Biblioteca Apoiar

O Projecto “Educar parao Futuro” já tem à sua

disposição alguns livrossobre as crianças e

o seu desenvolvimentoque pode requisitar.

Visite-nos na CáritasParoquial de Coruche.

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 41

O domínio dos Afectos

EDUCAR AGORA

Mariazinha A.C.B. Macedo*

Educadora de Infância *

CARTOON

Segundo Bloom, o domí-nio afectivo, isto é, o afectocom que devemos procurareducar e ensinar, é o melhorauxílio para se melhoraremas atitudes e os valores dascrianças, bem como os pro-gressos que queremos quefaçam na busca do conheci-mento e a sua capacidade deadaptação ao meio ambiente.–––

Pois queridos pais nunca édemais debruçarmo-.nos sobreo domínio afectivo na vida dasnossas crianças.

Sempre soubemos e ouvi-mos afirmar a importância pri-mordial da formação do carác-ter, da aprendizagem da virtude,da personalidade própria de umbom cristão, e é concertezaatravés destes objectivos que aescola hoje em dia é tambémum lugar de expansão da perso-nalidade e de socialização.

E Bloom, diz ainda que oscomportamentos cognitivos eos comportamentos afectivos sedesenvolvem tanto mais quanto

são propostas aos alunos apren-dizagens adequadas.

Ora, em grande parte doscasos, às crianças só são dadosprogramas de aprendizagenscognitivas ( por exemplo: saberaplicar a a regra de 3 simples ),mas deixando que os objectivosafectivos se mantenham relega-dos para segundo plano ( muitaspoucas vezes se acrescenta:com interesse, com prazer, comdiscernimento ).

E recordo-me de um exem-plo espantoso que pude notarnuma aula de aprendizagemescolar, uma aula de Ténis.

O Professor tentava moti-var a criança que pelos vistosnão estava muito interessadaem cooperar, e então disse-lhe:Quando tentares acertar na bolavais pensando nas pessoas datua família de quem gostas:Uma vez pelo teu pai, outrapela tua mãe, pelos teus avós,pelos teus irmãos…

E a irmã da criança queestava a aprender dizia-me: esteprofessor é muito bonzinho,

nunca castiga ninguém. E oirmão esforçando-se então maispara cumprir os objectivos queo professor lhe indicava dizia-me: Eu só consigo acertar nabola quando penso na tia Char-las, que é uma tia de quem elemuito gosta e vive na Madeira.

Pudemos, pois, com estecaso, ver como a parte afectivaconstitui uma ajuda preciosapara alcançar os objectivos pro-gramados.

Estes incentivos afectivosestabelecidos por este professornão revelam só que é uma boapessoa que não pretende cons-truir nada à base de castigos,revela que é um grande peda-gogo e sabe encontrar a melhorforma de fazer os seus alunosatingirem os objectivos que elelhes estabelece.

Não esqueçam, portanto,queridos pais, que os nossosobjectivos são sempre melhoralcançados, e com mais suces-so, quando fazemos acompan-har a educação com a compo-nente afectiva.

Lembrei-me desta vez devos ensinar a fazer umaBarraca de Fantoches. E tam-bém uma ou duas persona-gens para vocês poderemfazer um “Teatro” a sério.

Vão achar muito fácil!Pegam em 3 ripas de ma-

deira e pedem ao pai ou àmãe para pregarem umas àsoutras de maneira a que fiquemcomo uma porta. Assim:

Depois põem um cartãoem baixo que venha mais oumenos até meia altura daporta e colam-no na parte detrás das ripas.

Depois pedem à vossamãe um bocadinho dumpano para fazer umas corti-nas que pregam com umastaxinhas na parte de cimapara ficar como se fosse umajanelinha.

A seguir arranjam umasmeias velhas de cor, enchem-nas de algodão, e atam-nascom um cordel de maneira aformar um pescoço e umacara. Desenham em papel asbocas, narizes, e olhos ecolam-nos na s meias paracompletar as caras.

Arranjam depois uns pe-daços de lã e fazem o cabelo,pondo-lhe por cima um cha-péu ou uma coroa. Com maisuns trapitos arranjam-lhe unsfatos ou vestidos.

Vão ver que com a vossaimaginação ficarão uns bo-necos muito bonitos. Depoisé só pô-los à janela e inven-tarem uma historinha para osfazer falar e mexer.

Então, mãos à obra e atépara o mês que vem.

Queridos meninos . . .Queridos meninos . . .

Terminou no passado dia 29de Setembro a primeira ediçãoda Taça do Concelho de Co-ruche em futebol de 11.

A competição destina-se aosclubes do concelho partici-pantes no campeonato do INA-TEL do distrito de Santarém.

Na final que teve lugar noEstádio municipal Prof. José Pe-seiro marcaram presença o

União Desportiva do Sorraia(Santa Justa), o Sporting ClubeCarapuçanense e o Fajardense.

A fase final decorreu numtorneio triangular onde as equi-pas finalistas jogaram entre si.

A vitória acabou por sorrir àequipa de Santa Justa que ven-ceu todos os jogos do triangularfinal.

No segundo lugar ficou a

equipa dos Carapuções e em ter-ceiro a formação da Fajarda.

A equipa mais disciplinadado torneio foi a Volta do Valeque acabou por conquistar a ta-ça da disciplina.

Para o vereador do desportoda Câmara de Coruche, NelsonGalvão, “a iniciativa foi umsucesso tendo merecido exce-lente acolhimento entre todas asequipas do concelho que partic-ipam no campeonato do INA-TEL do distrito de Santarém”.

Participaram no torneio 14equipas, com destaque para aMalhada Alta que este ano reto-mou a sua actividade.

Para o vereador “o torneio épara continuar e ainda commais qualidade uma vez que aexperiência desta primeiraedição servirá para melhorar-mos no futuro”.

O vereador desejou, ainda, amaior sorte às equipas para ocampeonato do INATEL queagora se inicia.

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Santa Justa vence Taçado Concelho de Coruche

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Se duvidas houvesse sobrese somos de onde nascemos, oude onde vivemos, a vida destamulher tirar-nos-ia com certezaessas dúvidas.

São cada vez mais raras aspessoas que com a sua atitudede entrega permanente e intran-sigente deixam marca por ondepassam. A vertigem do imediatoe do efémero em que todos vi-vemos hoje em dia não nosdeixa sequer tempo, paciência,disponibilidade mental pararepararmos nas atitudes desinte-ressadas e altruístas dessa gran-de minoria de disponíveis emque esta senhora se enquadrava.

Tenho a certeza absoluta quea vida da irmã Cândida não tevenada de fácil, mas os teste-munhos de admiração, respeito,gratidão, amor, que quase todasas gerações vivas de Coruchen-ses têm para com ela são provada sua grandeza.

A incrível persistência e dedi-cação que devotou às comu-

nidades que tentou acompanharderam-lhe aquela posição muito

difícil de al-cançar que éa de não ha-ver portas fe-chadas ondequer que pre-

cisemos de as abrir, e granjeou--lhe a consideração de todos.

Crentes ou não, praticantesou não, as gerações de jovensque tiveram o privilégio de comela privar têm com certeza den-tro deles, pelo menos um boca-dinho da semente de bem que

ela tentou espalhar por ondeandou, e de que todos tanto pre-cisamos. Perguntem-lhes quemela foi, a resposta será rápida efirme: – foi nossa amiga.

As comunidades modernastêm cada vez menos o dom dagratidão, no entanto penso queos vários poderes da nossa terratêm aqui a oportunidade de ho-menagear de forma firme al-guém fora do comum que nosbrindou com a sua companhia.

A irmã Cândida deu à nossaterra uma dedicação da idade deCristo, e segundo foi reveladopelo Sr. Padre Elias no final dapequena cerimónia religiosa fei-ta em sua homenagem, as suasultimas palavras para com amadre superiora da sua congre-gação foram: “Estou cansada desofrer, valha-me Nossa Senhorado Castelo”.

Só uma Coruchense até aotutano faria um apelo destes noseu leito de morte.

Deus a abençoe!Obrigado por tudo.

____António Cabecinhas Mendes

• BAPTISMOS •

IGREJA DO CASTELODia 1 - Afonso Miguel Folgado CorreiaDia 8 - Nicole Sofia Coelho António,

Mariana Coelho MartinsDia 15 - Manuel Grilo da Silva Honrado

Lucas, Leonor Isabel Lúcio Coelho,Teresa Maria Ribeiro Teles Sepúlveda,Micael Fernando Maia Santos

IGREJA MATRIZDia 30 - Sofia Cristina Evangelista

DuarteIGREJA DA MISERICÓRDIA

Dia 22 - Ana Maria Lacerda e Megre deAbreu Novais

• CASAMENTOS •IGREJA DO CASTELO

Dia 1 - Alexandre Miguel FontinhaCorreia com Marta Cristina MariaFolgado

Dia 8 - Rui Filipe Correia de Oliveiracom Telma Alexandra Teixeira daSilva Costa Laureano

Dia 22 - António Pedro Lobo de Oliveiracom Ana Luísa Serafim MatosGonçalves

Dia 29 - Pedro Miguel da Veiga PereiraBaptista com Maria Madalena MaiaCabecinhas Elias Mendes

IGREJA MATRIZDia 1 - Walter António Pereira Barroca

com Liliana Maria Lopes ClaroDia 8 - Luís Miguel Marques Teixeira

com Vanessa Sofia PiresDia 15 - Décio António Mendes Ribeiro

com Dora Isabel Vilelas da SilvaDia 22 - Carlos Miguel Clemente

Oliveira com Ângela Maria Nunes

IGREJA DA ERRADia 8 - José António Nunes Martins com

Maria José CaetanoIGREJA DA LAMAROSA

Dia 22 - Alberto Miguel Lopes Nunescom Sónia Maria de OliveiraFernandes

• FALECIMENTOS •Dia 2 - Manuel Domingos Santos

Borrego, 75 anosDia 3 - Joaquim Vicente Guilha, 84,

Marília Maria Marques Bento dosSantos, 50 anos

Dia 4 - José Mendes, 85 anosDia 5 - Fernando Duarte Cruz, 71 anosDia 6 - David João, 88 anos, Ricardo

Nunes Chocalheiro, 74 anos,Joaquina da Silva Esgueira, 90 anos

Dia 7 - Manuel de Oliveira Figueiredo, 81Dia 9 - João Oliveira Carvalho, 68 anosDia 11 - Manuel Bento Machado, 76 anosDia 12 - Maria do Rosário Carvalho, 85 Dia 13 - Diamantina dos Santos, 88 anos,

António José da Veiga Teixeira, 81,Maria José da Conceição Palma, 76

Dia 14 - Maria da Soledade Paula, 81anos, Manuel Gonçalves Banha, 64

Dia 15 - Cecília dos Santos, 94 anosDia 17 - Sofia Azevedo, 95 anosDia 18 - Manuel Nunes, 87 anosDia 19 - José Joaquim da Silva Rato, 77 Dia 20 - José Simões Balcão Feliciano, 60Dia 22 - Manuel José Ribeiro, 62 anosDia 24 - Maria Guilhermina Fernandes,

76; Maria da Conceição Batista, 78Dia 25 - Etelvina Maria Rosa, 72 anos,

Joaquim Dias Saboeiro, 95 anosDia 26 - José Francisco de Sousa, 72 Dia 27 - Ana Felícia, 78 anos; Vitória

Domingas, 82 anosDia 28 - José Custódio, 79 anos

Informações dda PParóquia dde CCoruche

Setembro dde 22007

Agência Funerária Jacinto, Lda.Funerais, Trasladações e Cremações

para todo o País e Estrangeiro.•

Trata de Toda a Documentação•

Artigos Religiosos

AgênciaRua dos Bombeiros Municipais, 28 r/c

2100-179 Coruche

ResidênciaRua José Maria Rebocho - Lote 1

Santo António – 2100-042 Coruche

Chamadas a qualquer hora para o Telef.: 243 679 618Telemóvel 917 284 692 • Fax 243 617 340

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200742

AGÊNCIA FUNERÁRIA SEBASTIÃO, LDA.De: Sebastião Júlio Pereira

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Gratidão a uma ilustre CoruchenseIrmã Cândida

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Durante a comemoração doseu 10.º aniversário a BÚZIOSapresentou a sua nova viaturade intervenção rápida, quevem reforçar a sua operaciona-lidade e principalmente desen-volver a possibilidade de cola-boração com a Protecção Civil.

Esta viatura tem capacidadepara o transporte de 9 elemen-tos, possibilidade de reboque deum atrelado, transporte de ma-terial no tejadilho e de transpor-te de material de salvamentoaquático, socorrismo e traumano interior.

Foi também apresentada aEquipa de Salvamento Aquá-tico, que é uma equipa paracolaboração com a ProtecçãoCivil. Esta é uma equipa forma-da e treinada para o salvamentoaquático e para dar respostarápida a questões de afogamen-to, complementando a actuaçãodas equipas de emergência.

Esta equipa nasce após aanálise ao afogamento dos pes-cadores da “Luz do Sameiro” naNazaré, onde morreram 6 pes-cadores, onde se concluiu que

em termos locais não existe umaforma adequada de dar respostaa casos de afogamento, de umaforma rápida, durante todo oano e a qualquer hora. Assim,cada elemento desta equipa temmaterial individual consigo, for-mação e treino regular todo o

ano e simulacros regulares. Aintenção é acordar com a pro-tecção civil a activação destaequipa, em conjunto com osoutros meios de socorro, emcasos de afogamento. Destaforma, em caso de activação, oselementos desta equipa, todos

nadadores salvadores, deslocar-se-ão para o local da ocorrênciaem viatura própria para sediminuir o tempo de resposta,com o seu equipamento individ-ual, de forma a complementar eajudar a actuação dos meios desocorros no local, possibilitando

assim a presença de técnicos desalvamento aquático no local.

Apresentou-se também aEquipa de Mergulho BÚZIOS,mais uma equipa para colabo-ração com a Protecção Civil.Esta equipa é formada por nada-dores salvadores, com formaçãoRESCUE de mergulho e comequipamento específico para bus-ca e salvamento sub aquático.

Esta equipa tem treino men-sal e simulacros regulares, alémde exames médicos regulares ea mais valia de além de mergu-lhadores, também serem nada-dores salvadores.

A intenção é disponibilizar àprotecção civil esta equipa, paraajudar as equipas de mergulhojá existentes dos bombeiros, eassim dotar os cenários de buscae salvamento sub aquático, demais técnicos habilitados.

Esta equipa desloca-se numadas viaturas de intervenção rápi-da da BÚZIOS, sendo activadacomo complemento aos siste-mas actuais de busca e salva-mento sub aquático.

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Novos projectos para colaboração com a Protecção Civil

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 43

No passado dia 3 de Outubrode 2007, a BÚZIOS completou10 anos de existência.

Esta é uma pessoa colectivade Utilidade Pública, sem finslucrativos, detentora do diplomade honra da Assistência MédicaInternacional, creditada paraformação pelo Instituto de So-corros a Náufragos (ISN) desde2003 e agente de protecção civildesde 2001. Saltou dos 9 sóciosfundadores em 1997, para 106

sócios em 2007, tendo em contaque apenas nadadores salva-dores podem ser sócios efec-tivos desta associação. Em 1997vigiava os 2 açudes de Coruchee neste momento vigia alémdestes dois espaços ainda a Pis-cina de Coruche, Piscina deAlmeirim, Complexo Aquáticode Santarém e as Piscinas Muni-cipais de Coruche. Nunca regis-tou um acidente mortal dentrode uma zona de banho vigiada

por si, já tendo salvo mais de300 banhistas ao longo destes10 anos e ajudado mais de 3000pessoas.

Formou durante estes 10anos mais de 200 nadadores sal-vadores por todo o distrito deSantarém. Utiliza a metodologiaPREVENÇÃO, PREPARAÇÃOE DESEMPENHO, do ISN,sendo uma referência nas áreasdo salvamento em piscinas ecoordenação de nadadores sal-

vadores em Portugal. É tambémuma referência distrital em ter-mos humanitários com os apoiosaos peregrinos de Fátima e ascampanhas de recolha de roupa.Além disto realiza seguranças aactividades aquáticas, já tendosido a responsável pela segu-rança do sector de natação daTaça do Mundo de Triatlo –Lisboa 2006.

Dispõe de recursos materiaisacima da média, em termos

nacionais de salvamento aquáti-co, destacando-se duas viaturasde intervenção rápidas e umaembarcação.

Em termos futuros tem porobjectivos continuar a imple-mentar a prevenção do afoga-mento em termos distritais emtodas as praias fluviais e pisci-nas, desenvolver o sector do sal-vamento em cheia e desenvolvera desfibrilhação automática ex-terna.

Durante o 10.º aniversário daBÚZIOS, foi lançado pela As-sociação de Nadadores Salvado-res de Coruche, o livro “Jogosde Natação de Salvamento”, daautoria do seu presidente Ale-xandre Tadeia.

Este livro é um recurso di-dáctico de jogos para a área dosalvamento aquático, com oobjectivo de se tornarem as au-las menos monótonas e maisdivertidas. Estes jogos foramproduto de uma colectâneamundial de jogos deste sector e

de alguns jogos inventados peloseu autor.

Tem como público alvo osformadores do Instituto de Socor-ros a Náufragos (ISN), técnicosde natação de classes de nataçãode salvamento, instrutores denadadores salvadores juniores,técnicos de natação no geral enadadores salvadores.

A publicação contou com oapoio da Câmara Municipal deCoruche (CMC) e do ISN. Tema introdução criada pelo actualdirector do ISN e o prefácio do

Prof. Fernando Pereira, actualautor do manual português denadador salvador.

Os jogos presentes nestapublicação são já há 3 anos tes-tados na formação interna daBÚZIOS com enorme sucesso,o que antevê uma forte imple-mentação no terreno.

Esta publicação será gratui-ta, indo a BÚZIOS doar umlivro a cada um dos instrutoresdo ISN, em termos nacionais.

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10.º Aniversário10.º Aniversário

Edição do Livro “Jogos de Natação de Salvamento”

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200744

Por: José Luís Themudo Barata

Apesar de se chamar DICIONÁRIO MÉDICO PARA TODOS, não é bem um dicionário:É antes um livro de desmistificação que visa tornar esta linguagem acessível e entendível a todos,sobretudo aos que estudam temas de saúde e ciências afins, mediante o estudo linguístico de pre-fixos e sufixos. Estes, que compõem a maioria das palavras médicas têm um significado que per-tence à cultura geral.

Embora possa interessar a muitas pessoas, escrevi-osobretudo a pensar nos alunos que tenho tido, não só deMedicina mas de cursos afins, como Medicina Dentária,Fisioterapia, Desporto, Nutrição, etc. A minha experiên-cia lectiva tem-me mostrado que muitas vezes os alunossobrecarregam desnecessariamente a memória decorandopalavras aparentemente difíceis, esforço esse que é des-necessário se perceberem o seu significado etimológico.

O livro tem 4 partes: Uma 1.ª parte de estudo dos pre-fixos e sufixos com muitos exemplos de termos médicose de seguida é que tem um pequeno dicionário quer determos técnicos quer de prefixos e sufixos. A última parteé de exercícios de auto-avaliação.

O livro foi revisto pelo meu amigo Dr ManuelAlmeida Ruas, Director jubilado do Serviço deEndocrinologia dos Hospitais da Universidade deCoimbra, que além de médico distinto é um estudioso eprofundo conhecedor da linguística.

Um novo romance, um novo enig-ma. A quinta obra do jornalista, cujainformação científica e técnica é verídi-ca, coloca-nos perante uma possibili-dade que ninguém espera ou deseja – Oapocalipse.

Neste livro, depois da morte de umcientista, Tomás Noronha é incumbidode decifrar um dos mistérios mais anti-gos da história, o número da besta 666.

Uma sugestão para os que gostamde se envolver numa história empol-gante da primeira à última página.

A não perder . . .

Telma Leal Caixeirinho

SUGESTÕES

LIVRO

Cate Blanchett está de regressoaos cinemas portugueses na pele deElisabeth, rainha e guerreira.

Este drama de Shekhar Kapurconta ainda com Clive Owen,Geoffrey Rush, Rhys Ifans eSamantha Morton.

Nos cinemas a partir do dia 1 deNovembro.

O tributo, tardio (mas lá diz o ditado, mais vale tarde que nunca),a Adriano Correia de Oliveira. 25 anos após a sua morte, dezena deartistas reuniram-se para cantar e lembrar a obra e o homem.

Neste CD, podemos ouvir Trova doVento que passa cantado por Ana Deus& Dead Combo, Tim (Xutos & Ponta-pés) em Tejo que levas as águas, emuito, muito mais.

Como extra, há um DVD com doisdocumentários, um sobre o makin of doCD e outro sobre Adriano, o Homem.

CINEMA

Elisabeth – A Idade de Ouro de Shekhar Kapur

CD

O Sétimo Selo de José Rodrigues dos Santos

Adriano, Aqui e Agora: O tributo – Vários artistas

Eles nem precisam de qualquerpromoção, o sucesso é garantido. Elestêm piada, muita piada, e Diz que éuma espécie de Magazine em DVDcontém mais de 5 horas de puroentretenimento e humor a que já noshabituaram.

Os melhores sketches da primeirasérie do programa, exibido na RTP, eainda alguns tesourinhos deprimentes,os convidados… tudo neste DVD.

DVD

Diz que é uma espécie de Magazine de Gato Fedorento

SUGESTÕES DE LEITURA • SUGESTÕES DE LEITURA

O “Plano Verde” do nossoconterrâneo, o Arq. Gonçalo Ri-beiro Telles, foi aprovado porunanimidade na AssembleiaMunicipal da Câmara de Lis-boa, para ser implementadodepois de dois meses de discus-são pública.

A proposta do plano, vindado Bloco de Esquerda, consistenuma definição da estruturaecológica da cidade, e expressauma vontade de contrariar o

crescimento até aqui verificadodo espaço urbano, que “não temolhado para os elementos estru-turantes da paisagem”.

O “Plano Verde” está agorano processo de revisão em cursodo Plano Director Municipal(PDM), e segundo um comuni-cado do Bloco de Esquerda, “re-presenta uma viragem históricana política de ordenamento doterritório, de ambiente e espa-ços verdes da cidade”.

Plano Verde, de Ribeiro Telles,aprovado para Lisboa

O mau tempo que se fez sen-tir no início de Outubro fez comque as águas fizessem uma rotu-ra no açude do Sorraia noCouço. Para o vice presidenteda Câmara de Coruche, “oburaco de dois metros, é tam-bém responsabilidade da Junta

de Freguesia do Couço, por seter aberto o pontão de terra emSanta Justa, devido ao elevadonível das águas, e o canalladrão das águas se encontrartapado fazendo com que a águaviesse com mais força”, referiuJoaquim Serrão.

Luís Ferreira, presidente daJunta, rejeita as acusações, afir-mando que avisou que ia abrir opontão de Santa Justa e que oladrão abre automaticamente e aágua já galgava e levava areiaque escavava sob o pontão.

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Mau tempo rebenta açudedo Sorraia no Couço

Depois de Santarém e Carta-xo abandonarem o projecto deconstituição da Águas do Riba-tejo (EIA), os municípios de Al-meirim, Alpiarça, Golegã, Cha-musca, Coruche, Benavente e

Salvaterra de Magos, aprovaramnas suas assembleias municipaisa adesão e viabilização da novasociedade intermunicipal, queinicia a sua actividade emJaneiro do próximo ano.

À frente da empresa deveráestar um administrador delega-do, nomeado por um conselhode administração representativodos sete municípios.

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Águas do Ribatejo avançamcom apoio de sete municípios

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 45

JC – Como foi a experiên-cia de ter a seu cargo as contasdas Festas?

AD – Foi uma experiênciaboa, ter a tesouraria da Festa daSenhora do Castelo foi umahonra. Na tesouraria vê-se a fes-ta de outro prisma, porque semexe com todas as actividades,e dá para se viver a festa pordentro. Depois, foi um desafionovo para mim e bastante posi-tivo.

JC – Que dificuldades en-controu? Que verbas transi-taram da comissão anterior?

AD – A maior dificuldadefoi o tempo... sempre o tempo.Esta comissão começou muitotarde, tomamos posse no iníciode Julho, tivemos que fazer umorçamento sem saber as receitasque iríamos conseguir. A verbaque transitou foram cerca de 38euros, portanto começamospraticamente do zero, só tínha-mos garantido o subsídio da câ-mara e isso dificultou as coisas.Mas com a contribuição demuitas entidades e pessoas con-seguimos obter uma receita naordem dos 170 mil euros, sótemos de agradecer a todosquanto nos ajudaram e acredi-taram e nós.

JC – O que diz da receitapositiva de 15 mil euros quefica para quem vier a seguir?Dava para pagar o fogo deartifício!?

A receita da Festa foi essa,mas agora vamos adquirir meiosinformáticos e temos as despe-sas correntes, pelo que será algomenos. Esta verba vai servirpara a próxima comissão ter jáalgum fundo de maneio disponí-vel para começar a fazer os pri-meiros contactos para as Festasde 2008.

Em relação ao fogo de artifi-cio é uma matéria que a próxi-ma comissão deliberará, consul-tando naturalmente a Irmandadede Nossa Senhora do Castelo e aCâmara de Coruche.

JC – E a sua relação com aequipa? Foi difícil a gestãofinanceira?

AD – Foi muito boa, achoque todos os elementos forammuito solidários uns com osoutros e muito competentes. Agestão financeira não foi difícil,teve foi de existir muito rigornas verbas orçamentadas. De-pois conseguimos receitas dasempresas de maior dimensão,mas também, e penso que pelaprimeira vez, da restauração edo comércio. Ficamos muitofelizes com esse facto e se nãofosse o tempo escasso, teríamosconseguido mais donativos daparte do comércio, empresas eate de particulares. É bom ver oscoruchenses cada vez mais coma Festa da Sr.ª do Castelo. Todosjuntos faremos as maiores emelhores festas do Ribatejo.

JC – É a primeira vez quea comissão apresenta publica-mente as contas desta forma.Porquê?

AD – Bem, não sei se é aprimeira vez, mas esta comissãosempre se regeu pelo rigor ecompetência. As verbas foramtodas escrituradas, não houveentradas de dinheiro nem saídassem documentos, pagamos nahora todas as despesas e con-tratos, sendo assim no dia 14 deSetembro tínhamos as contas dafestas fechadas e prontas paro oConselho Fiscal fiscalizar.

Apresentamos agora as con-tas publicamente, fizemos umlivro com elas e também os agra-decimentos necessários. Achoque as festas têm de ter organi-zação desde o início até a apre-sentação das contas. Agora sefoi a primeira vez, não sei, a Co-missão de 2007 apresentou assuas. Sobre as contas das co-missões anteriores, não me pro-nuncio, como e compreensível.

JC – E para o ano, é paracontinuar? Que projectos edesafios?

AD – Não sei. Apresentamosagora as contas, fizemos altera-ções aos estatutos, para os me-lhorar e aprovamos um regula-mento interno.

Acho que tudo vai melhorarcom isso. Projectos? Há muitos,todos temos ideias novas paramelhorar as Festas, e acho quemuitas pessoas fora da comissãotambém as têm.

Agora é necessário reunir-mo-nos todos e fazer coisas di-ferentes, mas sem nunca esque-cer a tradição.

Acho que temos condiçõespara fazer umas festas maiores,assim haja vontade e disponibi-lidade de todos sem excepção.

JC – Quer agradecer aalguém em particular?

AD – Quero somente agra-decer às gentes de Coruche,quer estejam no Concelho, noPaís ou além fronteiras… Semeles não haveriam Festas emHonra de Nossa Senhora doCastelo.

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António Dias foi o responsável pela gestão e contasda edição das Festas de Coruche 2007,

tendo sido considerado por todos como exemplarna sua tarefa. Em altura de apresentação de contas,

o Jornal de Coruche foi ouvi-lo.

EEnnttrreevviissttaa aa AAnnttóónniioo DDiiaassTesoureiro da Comissão de Festas

No passado dia 26 de Outu-bro em assembleia-geral a Co-missão de Festas de Coruche,apresentou as contas referentesàs Festas Nossa Senhora Caste-lo 2007. Participaram cerca dedezassete associados que apro-varam por unanimidade as con-tas e alteração dos estatutos.

Os associados aprovaramainda por unanimidade, um votode louvor à Direcção, na pessoado seu tesoureiro, pelo exce-lente trabalho de gestão finan-ceira levado a cabo, do qual re-sultou o saldo apresentado norelatório e contas aprovado.

A Comissão de Festas apre-sentou cerca de 156.061 eurosde despesas e 171.814 euros dereceitas com um saldo positivode 15.753 euros.

O actual presidente da Co-missão, adiantou que, “a alte-ração dos estatutos no que con-cerne ao período de trabalho daDirecção, antes 1 ano e agora 2anos, é fundamental para as

próximas direcções realizaremsem sobressalto as Festas doCastelo”, salientou Filipe Jus-tino.

Outra das alterações aos es-tatutos, é o facto de agora a no-va Comissão de Festas poderpromover eventos culturais, des-portivos e taurinos para anga-riação de fundos para a realiza-ção das Festas.

Sobre uma eventual recandi-datura à presidência da Comis-são de Festas, Filipe Justino,referiu que, “tinha assumido umcompromisso, se a alteraçãodos estatutos e a feitura de umregimento interno fossem apro-vados na assembleia-geral euseria candidato. Agora que tudofoi aprovado, provavelmente,até Janeiro de 2008 e sabendoque os elementos da actual di-recção querem continuar, sereicandidato”, salientou Filipe Jus-tino.

____João Louro

Comissão de Festasde Coruche

com saldo positivode 15.753 euros

No passado dia 28 de Outu-bro, nas instalações da Associa-ção Recreativa Cultural e Des-portiva Fajardense, realizou-seo lançamento do livro “PoetasPopulares na Freguesia daFajarda”. Este é o terceiro deuma série de trabalhos que aAssociação de SolidariedadeSocial da Fajarda tem vindo aeditar desde 2005, todos daautoria de naturais ou residentesna Freguesia.

Desta vez são treze os auto-res que participam na edição dolivro. Com estas edições dão osautores um contributo para a

construção do Centro de Dia,através do produto das vendas, epresta a Associação de Solida-riedade Social também um ser-viço para a memória da culturalocal. Já publicados foram em2005 “1969, Um filho em Agos-to e outro na Marinha”, deFrancisco Coutinho e em 2006“Poemas de Gente Jovem e deoutros mais Velhos”, colectâneaem que participaram quatroautores. A Câmara Municipal deCoruche e a Junta de Freguesiada Fajarda têm também dadoapoio a estas edições.

JCL

A Câmara Municipal de Co-ruche decidiu deixar de cobraras mensalidades das creches apartir de Setembro, mas so-mente quando se efectivar a

entrada da criança no estabele-cimento educativo. Com estadecisão, que os pais consideramjusta, poderão poupar maisalgum dinheiro.

Associação deSolidariedade Social

da Fajarda lança livro

Câmara cobra menospelas creches

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200746

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DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

Quatro jovens da Associação Des-portiva de Salvaterra de Magos vão re-presentar Portugal no Campeonato doMundo de Trampolins, a ter lugar noQuebeq – Canadá, no mês de Novembro.

A Associação Desportiva de Salva-terra de Magos vem sendo conhecidacomo uma das mais importantes escolasde formação nos Trampolins e vem

somando várias vitórias em competiçõeseuropeias e mundiais, pelo que é de es-perar que a participação da comitiva riba-tejana volte a ser um sucesso em 2007.

Amadeu Neves, representará Portu-gal em seniores, no Escalão 15/16 anos –Ana e Andreia Robalo (residentes naFajarda), e Rafael Holzheimer no Esca-lão 11/12 anos.

É já nos dias 5 e 9 de Novembro quese realiza na cidade de Samara, naRússia, o Trófeu Mundial de Acordeão,onde estarão os melhores músicos domundo, indo o nosso conterrâneo TiagoPirralho, representar Portugal na modali-dade de Sénior Varieté.

Tiago Pirralho adiantou ao nossoJornal que “a preparação para este cam-peonato requer treino que nos últimostempos foi de 12 a 14 horas por dia”.

Normalmente treina todos os diascerca de 4 horas e o seu objectivo prin-cipal é conseguir qualificar-se entre osprimeiros. Para o Futuro, Tiago Pirralhoquer afirmar-se como o melhor portu-guês.

De referir que Tiago tem apenas 19anos, tendo começado a tocar aos nove,mas interrompendo por dois anos devidoa ter partido ambos os braços, “pelo quea sério comecei aos 12 anos”, referiu.

SSaallvvaatteerrrraa ddee MMaaggoossnnoo CCaammppeeoonnaattoo ddoo MMuunnddoo

ddee TTrraammppoolliinnss

Tiago Pirralhode novo em grande

Representa Portugal no Campeonato do Mundode Acordeão na Rússia

Fotocine

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O Rancho Folclórico “O Ri-batejo”, de Colmar (França),representativo do folclore e dostrajes da região de Coruche,recebeu muitos e merecidosaplausos na actuação que nosofereceu durante um Festival deFolclore que decorreu no dia 13de Outubro em Colmar (Fran-ça). Estivemos ali em trabalhode reportagem, ao serviço doJornal Folclore.

O programa incluía a nossapresença no Festival de Colmar,que contou ainda com a actua-ção de outros grupos, represen-tativos de outras regiões dePortugal. Encontrámos muitosconterrâneos, para nossa naturalsatisfação.

A actuação dos representan-tes ribatejanos de Coruche en-cheu-nos de orgulho pelo cuida-do com que envergam os trajestípicos da nossa região. Elasvestindo a característica indu-mentária da campina dos cam-pos do Sorraia, nas versões detraje de trabalho e domingueiroou de ir à vila; eles, os campinosguardadores de toiros e comtraje de gala. Também de abe-gão e arrozeiros.

Gostámos do postal ilustradoda cultura popular tradicional deCoruche que vimos em terraslongínquas, bem no norte deFrança, onde vive e labuta umaenorme comunidade de naturaisde Coruche.

O rancho é constituído porrapazes e raparigas quase todosnascidos em França. Alguns sãonaturais de outras regiões quenão Coruche. Contudo, o cuida-do com que todos envergam ostrajes e o brio com que dançamo Fadinho Batido, O Ladrão, oVerde-Gaio, a Moda a Dois Pas-sos e tantas outras modas do fol-clore de Coruche, constitui ummodelo de desvelado bairrismo,merecedor de mais vivo aplausode quantos vivem e amam osvalores tradicionais da regiãocoruchense, nomeadamente asrespectivas entidades autárqui-cas.

Manuel João BarbosaDirector do Jornal Folclore

A Casa do Benfica em Co-ruche organizou nos dias 29 e30 de Setembro o 3.º ConvívioPiscatório no rio Sorraia, destavez junto à Vila de Coruche.

No dia 29 teve lugar a 1.ªProva Juvenil. Uma prova deincentivo dirigida fundamental-mente aos mais novos, divididospor quatro escalões, consoante onível etário.

No dia 30 a prova foi abertaa todos, tendo comparecido 45pescadores, oriundos não só deCoruche, mas também de Mora,Benavente, Lisboa, Salvaterrade Magos, Samora Correia, Al-meirim.

Na zona A, o vencedor foiLuís Abalada (Casa do BenficaCoruche) e na Zona B o melhorclassificado foi António Mar-ques (Casa do Benfica Coru-che).

Na classificação por equipas,o primeiro prémio coube à Casado Benfica em Coruche; o 2.ºPrémio ao Sport Lisboa e Ben-fica e o 3.º Prémio ao GrupoDesportivo de Benavente.

No final da prova a Casa doBenfica ofereceu, na sua sedesocial, um almoço a todos osparticipantes, com febras na

brasa, sardinha assada, pão e vi-nho da região. Seguiu-se, porfim, a entrega de prémios (sis-tema de prémios à escolha).

Em declarações ao nossojornal, João Marçal, coordena-dor-geral do evento, frisou o“excelente ambiente” que estainiciativa da Casa do Benficatem suscitado junto dos pesca-dores, quer de Coruche, quer deoutros concelhos.

Apesar do mau tempo que seabateu sobre a madrugada emanhã do dia 30, os pescadorescompareceram, disse J. Marçal,“em número surpreendente,dadas as condições climatéricasadversas.

Esse foi mais um sinal enco-rajador que prova que esta ini-ciativa da Casa do Benfica jácomeça a ganhar raízes entre osamantes da pesca”.

O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 2007 47

Casa do Benfica de Coruche organizou 3.º Convívio Piscatório

Festival Colmar

O traje e o folclore de Corucheexaltam-se com dignidade em Colmar, França

Esta notícia é cortesia do “Jornal Folclore”, ao qual agradecemos

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O Jornal de Coruche • Ano 2 - Número 19 • Novembro de 200748