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CORUCHE O Seu Supermercado e Posto de Abastecimento de Combustíveis LAVAGENS AUTO * SELF-SERVICE SUPERCORUCHE – Supermercados SA. Telef. 243 617 810 Fax 243 617 712 Rua Açude da Agolada 2100-027 CORUCHE PREÇOS BAIXOS * QUALIDADE * ACOLHIMENTO Os artigos assinados são da inteira responsabilidade dos seus autores. Director: Abel Matos Santos Ano 1 Número 10 1 de Fevereiro de 2007 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222 Destaques João César das Neves, fala-nos sobre a pena capital. Páginas 8 e 9 Na Rota das Freguesias, em entrevista com Francisco Godinho. Páginas 36 e 37 Portugal e o Oriente, passado, presente e futuro. Páginas 11 e 13 Sandokan de Salgari, a aventura portuguesa dos sete mares. Página 22 Oferta nesta edição, suplemento de Tauromaquia com Paco Ojeda na Torrinha-Coruche mais Separata dedicada ao Major Luíz Alberto de Oliveira Mais uma iniciativa do Jornal de Coruche Coruche Festeja Obras e Desporto Referendo ao aborto 11 de Fevereiro de 2007 o seu banco em Coruche telefs. 243 617 502 243 617 544

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Os artigos assinados são da inteiraresponsabilidade dos seus autores.

Director: Abel Matos Santos – Ano 1 • Número 10 • 1 de Fevereiro de 2007 – Mensal – Tiragem: 5 000 exemplares – Preço: € 1 – Registo ERC 124937 – ISSN 1646-4222

Destaques

João César das Neves, fala-nossobre a pena capital.

Páginas 8 e 9

Na Rota das Freguesias, ementrevista com Francisco Godinho.

Páginas 36 e 37

Portugal e o Oriente, passado,presente e futuro.

Páginas 11 e 13

Sandokan de Salgari, a aventuraportuguesa dos sete mares.

Página 22

Oferta nnesta eedição, suplemento de Tauromaquia comPaco Ojeda na Torrinha-Coruche mais Separata

dedicada ao Major Luíz Alberto de Oliveira

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Coruche

Coruche Festeja Obras e Desporto

Referendo ao aborto11 de Fevereiro de 2007

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Esta edição do Jornalde Coruche sai emplena campanha elei-

toral para o referendo aoaborto do dia 11 de Feverei-ro. Infelizmente, esta dis-cussão tem trazido para apraça pública os piores argu-mentos de ambas as partes ecolocado o país numa quase“guerra civil” entre os apoi-antes do Sim e os irredutí-veis do Não.

Claro que trazer para apraça pública tema tão sen-sível e íntimo, que tocatodos sem excepção (a favorou contra) só pode dividir aspessoas em vez de as moti-var para aquilo que pensoser o fundamental nesta

questão e que não oiço falarmuito aos movimentos cívi-cos e ao Governo.

Falo-vos do PlaneamentoFamiliar e da Educação paraa Saúde Sexual, e, do apoiosocial aos mais desfavoreci-dos com vista à prevençãodas gravidezes indesejadas eda tomada de consciênciasobre a maternidade, comforte importância junto dosadolescentes, através dasescolas e das organizaçõesde juventude.

Compreendendo a impor-tância fundamental destamedidas, o psiquiatra DanielSampaio que tem feito umtrabalho quase hercúleo paraconseguir estruturar e im-

plementar a educação sexualnas escolas contemplandoestas vertentes, tem sidoconfrontado com grupos depressão minoritários que seopõem a estas medidas, cha-mando a si o exclusivo daeducação sexual dos seusfilhos.

É de salientar que a escolatem um papel complementarem relação à família e queneste momento a EducaçãoSexual e a Educação para aSaúde devem fazer parte doprojecto educativo da escola.

A despenalização do abor-to, que aqui se joga, não vemresolver nenhuma destascarências e apenas virá ade-quar a lei à realidade do nos-

so país, já que ela não eracumprida.

Eventualmente, os vãosde escada e os locais semcondições onde se praticamactualmente em Portugalinterrupções de gravidez,tenderão a desaparecer e flo-rescerá um negócio privadoque pratique em segurançaem conjunto com o ServiçoNacional de Saúde as inter-venções que forem solici-tadas pela mulher, deixandoestas de se deslocarem a Es-panha, como agora fazem.

A questão é que indepen-dentemente da despenaliza-ção, ou da liberalização co-mo alguns dizem, se não seinvestir fortemente no Pla-

neamento Familiar e naEducação Sexual e para aSaúde, o que poderemos vira ter é um método contra-ceptivo até às dez semanasque se chama interrupçãovoluntária da gravidez, pon-do em causa o direito à vidae vulgarizando um acto quetão fortemente penaliza amulher, física e emocional-mente.

Ao longo do nosso Jor-nal, encontrarão várias refle-xões, artigos e opiniões, afavor e contra, que dão a co-nhecer as mais diversasrazões, para que se possasentir mais informado edecidir em consciência novoto referendário do dia 11.

OJornal de Coruchepassou a dispor dacolaboração do pro-

jecto “Alameda Digital”, umespaço de liberdade infor-mativa na Internet, que o seuresponsável Eng.º José LuísAndrade, nos permite ter apartir de agora os textos depersonalidade de relevo davida nacional, sendo o primei-ro a escrever nesta rubrica oprestigiado Economista eProfessor UniversitárioJoão César das Neves. Onosso muito obrigado pelovosso apoio que reconhece onosso projecto editorial.

Temos também a secçãotaurina, o desporto, os arti-gos de fundo e de opinião, eas habituais noticias que dãoa conhecer a nossa realida-de, destacando aqui a entre-vista ao presidente da Fre-guesia da Branca, as inaugu-rações do Parque do Vale eda entrada norte da vila, arealidade do Centro de Rea-bilitação Integrada de Coru-che, a visita de deputados ao

Observatório da Cortiça, e apreocupação do municípiocom a mobilidade urbanapara todos com a atribuiçãoda bandeira de prata damobilidade.

Destaque para a confe-rência a realizar no dia 3de Março no Auditório doMuseu Municipal, iniciativado Jornal de Coruche, sobre“A importância de CORU-CHE EM PORTUGAL –Coruchenses importantesna História da nossa Pá-tria”, que contará com apresença de duas personali-dades de excelência, o Dr.Jorge Rangel, presidente daSociedade Histórica da In-dependência de Portugal,com fortes ligações a Macauonde foi membro do gover-no e várias vezes condecora-do pela sua dedicação à pá-tria, e, o genealogista einvestigador histórico JoãoAlarcão Carvalho Branco,membro de várias organiza-ções cientificas da área eautor de vasta obra sobre a

nossa história, que nos darãoa conhecer uma realidadeque nos surpreenderá atodos! A entrada é livre eaberta à desejável partici-pação de todos.

Por último, referir a im-portância da Separata destaedição, inteiramente dedica-da ao nosso Major LuísAlberto de Oliveira, com oobjectivo de elucidar todossobre a sua genialidade e aimportância da sua obrapara o desenvolvimento deCoruche, com vista à repo-sição da sua estátua na nossaterra, que se alcançará atra-vés da assinatura das folhasde subscrição disponíveispor todos o concelho noslocais assinalados e onde sevende o jornal.

Desejo-vos uma agradá-vel leitura e um bom mêspara todos.

A bem de Coruche!____

Abel Matos SantosDirector

2 O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007

Fundador, Proprietário e Director: Abel Matos SantosCP: TE 463 ([email protected])

Redacção: Av. 5 de Outubro, 357-3.º B. 1600-036 LisboaRua de Salvaterra de Magos, 95. 2100-198 Coruche • Fax: 243 675 693

Editor: ProCoruche – NIPC: 507700376Registo na ERC n.º 124937Depósito Legal: 242379/06 ISSN: 1646-4222Tiragem: 5000 exemplares Periodicidade: Mensal

Coordenação, Paginação e Grafismo: Manuel Gomes PintoAssistente: Patrícia TadeiaAgenda e Notícias: [email protected] Principal: João Carlos Louro (CP 7599)Assistente Redacção: Patrícia Leal

Assinaturas e Publicidade: Isabel Pinto, Carlos Tadeia e Conceição Louro([email protected]) • Tlm: 91 300 86 58 e 96 600 12 93Contabilidade: Manuel Alves dos Santos

Impressão: Empresa do Diário do Minho, Lda, Braga.Distribuição e cobranças: Carlos Tadeia • Tlm: 93 632 22 90

Colaboraram neste número: Abel Matos Santos, Ana Picoito, António GilMalta, Carlota Barros Alarcão, Domingos da Costa Xavier, João Alarcão, JoãoCésar das Neves, João Sobral Barros, João Carlos Louro, João Costa Pereira,Joaquim Mesquita, José Caeiro, Jorge Maurício, Jorge Rangel, Luís Martins,Mariazinha Alarcão de Macedo, Manuel Alves dos Santos, Manuel João Barbosa,Miguel Mattos Chaves, Osvaldo Ferreira, Patrícia Leal, Pedro Vargas, Rita TellesBranco, Telma Caixeirinho, Vitório Rosário Cardoso, Búzios, Cáritas Coruche, EB1Coruche, GI-CMC, GI-Verdes, GI-PCP, GI-CDS, Paróquia CCH, Gov. CivilSantarém, Nersant, ANF, SRUCP.

Fotografias: Abel Matos Santos, Carlota Barros Alarcão, Henrique Lima, JoãoCarlos Louro, João Costa Pereira, Joaquim Mesquita, Manuel Pinto, Patrícia Leal,Pedro Vargas, Vitório Rosário Cardoso, Casa doRibatejo, CMC, GCS, Nersant, SHIP, SRUCP.

Cartoon: Pedro NascimentoWeb: Henrique Lima

www.ojornaldecoruche.com

O País discute…e depois?

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Membro da

INFORMAÇÃOInformamos todos os nossos leitores, assinantes e anunciantes,

que para efeitos de assinaturas, contratação de publicidade ou quaisqueroutros assuntos, só representam o Jornal de Coruche as pessoas constantesda ficha técnica de acordo com os cargos e áreas de actuação respectivas.

A Direcção

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 3

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Conferência Coruche e PortugalCoruchenses importantes na História

No seguimento da sua política cultural e de dinamização da nossa terra, o Jornal deCoruche leva a efeito, com o habitual apoio da autarquia, uma conferência com JorgeRangel e João Alarcão sobre os nossos ilustres Coruchenses e a sua importância no todonacional ao longo da nossa história, bem como sobre o papel de Portugal no mundo eos desafios para o futuro.

A moderar e a apresentar estarão o Presidente do Município, Dionísio Mendes e oDirector do Jornal de Coruche, Abel Matos Santos.

A não perder, no dia 3 de Março no auditório do Museu Municipal de Coruche pelas17.30h. A entrada é livre.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 20074

Este termo tão badalado,comentado, bem tratado, maltratado e com um significadoprático de uma subtileza e deuma actualidade bem visíveis,sendo embora tema de longasbarbas brancas, tal a sua histó-ria e prática.

Mas não sendo aqui neces-sária qualquer referência mate-rial à sua prática e aos seuscustos, assuntos para os quaisnão tenho o mínimo de pre-paração, é preciso deixar al-gum apontamento, do que nes-te caso é mais importante, ouseja, problemas e consequên-cias do acto, a nível do com-portamento da mulher e não só.

É evidente que ser mulheré, à partida, ter a faculdade degerar vida, colocando entre nósmais um ser que terá o seu per-curso, como todos os seresvivos: nascer, viver e morrer.

Logo não é de ânimo leveque uma mulher irá inter-romper uma gravidez, desfaz-er-se de alguma coisa que édela e que o seu instinto demãe tentará preservar a todo ocusto. Isto será o que uma mãefaz e pensa, quando pretendeter um filho, que um dia possaser a luz dos seus olhos e afelicidade do seu lar, casamen-to, ou outro.

Mas é do aborto, extrema-

mente complexo e de conse-quências por vezes muito trau-máticas, que se quer falar.Assim dada a sua complexida-de, não se poderá equacioná-locomo se de um totobola se tra-tasse, colocando-se uma cruzna casa desejada.

Defendem uns a legalizaçãodo aborto e outros, como ésalutar em democracia, preten-dem a não legalização do mes-mo. Como é evidente quer uns,quer outros têm razão!

E não terá este tema seme-lhanças com a Eutanásia, nou-tras circunstâncias e em situa-ções bem mais cruéis e de so-frimento atroz? Está ou não

uma vida em jogo? Se está, háque ter muito cuidado com oque se quer fazer.

Admitindo-se cientificamen-te que apenas a partir de deter-minada altura o feto é vida en-tão os defensores desta versãoterão também razão, não haven-do nenhuma vida em jogo.

Poder-se-á aceitar a inter-rupção em casos de violação damulher ou eventualmente por severificar que o ser que se está agerar poderá ser um deficienteprofundo (muito embora quemo gere o ame muito)

Há uma situação de abortoque qualquer pessoa verificaráser condenável, que é, torná-lo,

de algum modo, o remediar desituações de falha de protecçãosexual no acto.

Despenalizar o aborto efazer com que o mesmo tenhacondições dignas para a mu-lher o poder praticar, muitobem, mas ao decidir-se o simou não deverá ser em consciên-cia e não com influências de Aou B, uma vez que não estamosem presença de decisões políti-cas, mas sim de assuntos degrande gravidade, que tocamfundo no ser humano.

Quando se legislar sobre ocaso há que ter muito cuidado,pois são necessárias pinças,dada a sua fragilidade.

Aborto

O histórico do CDS, Prof. AdrianoMoreira, o ex-presidente do partido pop-ular Paulo Portas e José Ribeiro e Castro,actual presidente, assinaram um docu-mento pelo direito à vida que defendo ovoto Não no referendo do dia 11 deFevereiro. O texto com o nome “Ne-nhuma Vida é Demais” aponta diversasrazões para votar no Não, afirmando quea proposta do governo é “uma proposta

sem equilíbrio, nem moderação” visto“tratar-se de acabar com todas e quais-quer excepções até às 10 semanas”.

Acrescentam ainda que “o Estadonão deve emitir sinais errados àsociedade civil, traindo os imperativosda solidariedade social, desleixando aspolíticas familiares e fraquejando naacção social directa nas situações demaior vulnerabilidade”.

A Comissão Concelhia de Coruche doPCP, em comunicado, apela à partici-pação no referendo sobre a despenaliza-ção da interrupção voluntária da gravidez,e a que votem SIM à questão que é colo-cada. Para os comunistas votar SIM é;

– Contribuir para acabar com o flage-lo do aborto clandestino, que é a principalcausa de morte materna em Portugal, eque significa graves danos para a saúdefísica e psíquica das mulheres que se vêmobrigadas a recorrer à interrupção volun-tária da gravidez.

– Contribuir para acabar com proces-sos, julgamentos e humilhações públicasdas mulheres que, por razões económicase sociais, são empurradas para o abortoclandestino.

– Promover a saúde e dignidade dasmulheres, para que estas, recorrendo aoaborto, não estejam sujeitas aos graves

danos físicos e psíquicos com elevadoscustos para a saúde pública e maternaresultantes do aborto clandestino.

– Assumir a maternidade e pater-nidade como uma decisão livre, cons-ciente e responsável e ter direito de optar,para que essa opção seja efectivamenteum último recurso, e esteja acessível deigual modo a todas as mulheres.

– Dizer a este governo e à maioria PSna Assembleia da República que éurgente mudar esta lei sem mais demoras,sem que haja lugar a mais expedientespara adiar a resolução deste problemasocial.

– Um voto de exigência da possibili-dade de cada ser humano dar e receber odireito a uma vida digna e feliz, indepen-dentemente do seu sexo, idade, raça, cre-do religioso ou opção política.

___

Adriano Moreira,Paulo Portas e JoséRibeiro e Castro juntospelo Não ao aborto

vota Sim ao aborto

José Manuel Caeiro

REFLEXÕES

EDITALAlvará de Loteamento

com Obras de Urbanização nº 01/2007Processo de Loteamento nº 22/2001

Nos termos do disposto pelo nº 2 do Artigo 78º do Decreto-Lei nº555/99 de 16 de Dezembro, com a redacção dada pelo Decreto-Leinº 177/2001 de 4 de Junho, torna-se público que esta CâmaraMunicipal emitiu em 19 de Janeiro de 2007, o Alvará de Loteamentocom Obras de Urbanização nº 01/2007, em nome de JOÃO FRAN-CISCO VIVEIROS DO AMARAL, NIF 127 208 348, residente em Ruado Navio, Capelas, 9545-140 Capelas, através do qual foi Licenciadoo Loteamento bem como as respectivas obras de urbanização doprédio localizado em Fazendas das Figueiras, Freguesia da Branca,descrito na Conservatória do Registo Predial de Coruche sob o nº554/20061023, inscrito na respectiva matriz sob o Artigo 130 BA.

A operação de loteamento apresenta as seguintes características:

Área abrangido pelo Plano Director MunicipalDescrição da área a lotear: 39.750m2

Área total do loteamento: 17.282,16Número de Lotes: 14 Área dos lotes: 14.245,50m2Área da parcela restante 22 467,84m2

Finalidade: 14 Lotes para Habitação

Para constar se publica o presente Edital e outros de igual teor quevão ser afixados nos lugares públicos habituais.

O Presidente da Câmara(Dionísio Simão Mendes, Dr.)

Coruche, 22 de Janeiro de 2007.

CÂMARA MUNICIPAL DE CORUCHE

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 5

Com a proximidade do segundo referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez,é imperativo que as pessoas se informem e reflictam sobre este tema tão polémico

para que, em consciência, decidam no próximo dia 11 de Fevereiro.

Este tem sido um assunto naordem do dia dos políticosnacionais, bem como de todo otipo de organizações não gover-namentais e autónomas que,através de campanhas e apelos,muita tinta têm feito correr naimprensa portuguesa, confun-dindo ainda mais os eleitores.

Muito se tem debatido sobreo aborto, mas nem sempre coma devida imparcialidade e im-portância que qualquer um dosvotos merece. Desta forma, umaabordagem aos dois lados daquestão impõe-se para que nin-guém vote sem a devida e realconsciência do que está a fazer.

Desde há cerca de 20 anosque o tema “interrupção volun-tária da gravidez” tem vindo aser uma luta constante por partede alguns partidos políticos,intervindo com o objectivo deacabar com o aborto clandestinoe com toda a recriminação damulher que, em alguns casos,chega a ser julgada e condenada.

No primeiro e único referen-do sobre o aborto, em 28 de Ju-nho de 1998, o não conquistou50% dos votos contra 48,3% dosim. Esta vitória foi alcançadanas ilhas e zona a norte do Tejo,com excepção do distrito deCoimbra.

Com esta vitória, nada sealterou no panorama nacional,continuando muitas mulheres asujeitarem-se a todos os perigosresultantes do aborto clandesti-no, com prejuízo para a suasaúde física e mental. Aliás,segundo um estudo da Associa-ção para o Planeamento Fami-liar, no último ano, uma em cadatrês mulheres em idade fértilque fizeram uma interrupção dagravidez tiveram de recorrer aosserviços de urgência para a com-pletarem.

O nosso país, lado a ladocom a Irlanda, Malta e Polónia,é um dos poucos países euro-peus que mantém a penalizaçãodo aborto, contrariando as reco-mendações por parte de organi-zações internacionais como oComité das Nações Unidas paraa eliminação das discriminaçõescontra as mulheres que, em2002, revelou inquietação em

relação aos abortos clandestinosque, além de um impacto forte-mente negativo para a saúdefísica e mental da mulher, afectaigualmente a sua dignidade.

A actual lei do aborto, esti-pula, nos artigos 140º, 141º e142º do Código Penal que, em

Portugal, até às doze semanas épossível abortar dentro dos pa-râmetros de risco de vida oulesão grave para a mulher, peri-go para a sua saúde física oumental, e em caso de violaçãoou outro crime sexual. Os outrositens referem-se à malformaçãodo feto e, neste caso, a inter-rupção da gravidez pode serfeita até às dezasseis semanas.

A partir deste prazo, a leiestipula que só em caso de peri-go de vida ou lesão irreversíveldo corpo ou da mente da mulheré que a gravidez pode ser inter-rompida. Factores económicos,sociais e afectivos não estãoprevistos no Código Penal dadoque são considerados evitáveisatravés da educação sexual eplaneamento familiar.

Assim sendo, a proposta danova lei visa erradicar o abortoclandestino do país, disponibi-lizando os meios técnicos e dehigiene necessários, bem comoprofissionais qualificados.

A primeira grande discussãopública do tema aborto ocorreudepois de aprovada a pergunta“Concorda com a despenaliza-ção da interrupção voluntária dagravidez, se realizada, por opçãoda mulher, nas primeiras dez

semanas, em estabelecimentode saúde legalmente autoriza-do?”. Esta questão, além decomplexa é bastante vaga, podesuscitar dúvidas no eleitor emrelação ao que é que exacta-mente lhe estão a perguntar.Seria bem mais fácil compreen-der se a pergunta fosse, simples-mente, “Concorda com a despe-nalização da interrupção volun-tária da gravidez?”, e o resto dospormenores viria mais tarde,consoante a “sentença” ditadapela consulta pública.

A questão, no entanto, nuncafoi o voto a favor ou contra oaborto pois não é isso que estáem causa. A preocupação dospartidários do sim ao abortosempre foi erradicar a clandes-tinidade deste método e, princi-palmente, acabar com a “caça ásbruxas” feita ás mulheres atra-vés do Código Penal nacional,pois a maior penalização queuma mulher pode ter é abortar,pois isso já faz com que ela sejulgue a si mesma.

O grande debate gerado emtorno do referendo é a questãoda despenalização ser entendidapela mulher como uma liberali-zação geral do aborto, passandoeste a ser mais um método con-traceptivo. Este tem sido ogrande argumento da campanhado não ao aborto. Contudo, serácorrecto duvidar da capacidadeintelectual e moral da mulherem reflectir, de forma respon-sável e consciente, sobre umadas decisões mais difíceis da suavida, como é a continuação deuma gravidez? Será que é cor-recto impormos os nossos prin-cípios através do Estado e, par-ticularmente, do Código Penal?Permanecer na clandestinidadeé a maior forma de liberalizar oaborto, provocando perigosas egraves consequências em ter-mos de saúde.

Os argumentos ao voto nega-tivo no próximo dia 11 são com-preensíveis. Prendem-se com oreceio de que a despenalizaçãonão acabe com o aborto clan-destino e, ao contrário, a defesada privacidade de cada um, aslimitações dos serviços de saúdee a falta de informação resultem

no aumento da sua actividadeilegal. A campanha do não aoaborto tem abordado, por diver-sas vezes os Direitos do Homemestabelecidos em 1948, entre osquais o direito à vida. A pergun-ta que se coloca muitas vezes é“em que momento adquirimos

aquilo que nos torna humanos eque nos dá o direito a viver?”.Embora não sendo ainda visível,o feto no momento em que éconcebido, já é uma vida, dadoque no ovo estão a cor dos olhose da pele, o coração e o cérebro.

Defende-se, assim, que emvez de matar um ser humano,devia-se sim pensar em formasde contornar os anos de burocra-cia pelos quais as famílias pas-sam na altura de adoptar umacriança. Este é um dos aspectosdefendido por muitos médicosque estão completamente contraa despenalização da interrupçãovoluntária da gravidez e que nãoirão colaborar na realização deabortos, caso o referendo sejaaprovado, invocando objecçãode consciência.

Além disto, os médicos têmde ter sempre em mente o códi-go deontológico da profissão eeste, no nº 2 do art. 47º atestaque “constituem falta deon-tológica grave, quer a prática doaborto, quer a prática daeutanásia”.

Por outro lado, a campanhado sim ao aborto tem comoobjectivo a mudança do panora-ma nacional ao nível das ilegali-dades e injustiças cometidaspelas e contra as mulheres. Osdefensores da despenalizaçãocrêem que alguma coisa deveser feita num país onde a mulhertem de chegar ao desespero depôr em risco a sua vida e saúde

em clínicas clandestinas, defen-dendo que esta deve poder deci-dir de acordo com a sua cons-ciência. Por esta razão apela-sea que as pessoas votem na opçãoe não na continuidade porque asmulheres que têm por princípiosnão abortar, nunca o irão fazer.

No entanto, se não houver umamudança, as que o quiseremfazer, vão continuar a recorrer àclandestinidade porque ela exis-te, e pratica-se todos os dias àmargem da lei e sem quaisquercondições de segurança médica.Para confirmar este facto, bastaolhar para os dados do últimoano, durante o qual deram entra-da nas urgências das unidadesmédicas cerca de 5600 mulherescom complicações graves resul-tantes da prática clandestina doaborto.

Agora cabe-nos a nós, cida-dãos interessados, pesar na ba-lança os prós e os contras e de-cidir conscientemente se deve-mos mudar e aceitar que todostenham direito a decidir semrecriminações nem julgamen-tos, não pactuando com o abor-to clandestino, ou defender odireito fundamental à vida.

Uma coisa é certa, o abortopratica-se e vai continuar a pra-ticar-se. Esta é uma preocupa-ção de várias instâncias interna-cionais. Será que o direito à vidanão é ter o direito a ser desejado,a ser tratado como um ser hu-mano, que ama e é amado, quetem pão para comer e cama paradormir?

Cabe-nos a todos decidir ofuturo.

____* Jornalista

Patrícia Leal *

EM DIRECTO

Referendo 2007– Um voto em consciência

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 20076

Está perto, o dia em quePortugal e os portugueses vãodecidir em consciência, quedirecção vamos tomar na nossasociedade no que diz respeitoao mais elementar e importantedireito consagrado ao ser huma-no... o direito à vida.

No dia 11 de Fevereiro,vamos decidir se queremos des-penalizar o aborto livre até àsdez semanas! É isso que estáverdadeiramente em causa,aceitarmos ou não o aborto livreaté às 10 semanas, porque umamulher quer... por mais nada!Será legítimo abrir essa porta?

Não é preciso que a mulhertenha sofrido uma violação,nem que o seu bebé seja malformado, nem que a sua saúdefísica ou psíquica esteja amea-çada, nem tão pouco que o seufilho por nascer não seja sau-dável. Todas essas situações jáestão previstas na Lei e já per-mitem que se aborte muito paraalém das dez semanas!

A única coisa que é preciso é

que seja sua vontade não odeixar nascer, assim como deveter sido sua, a opção de o fazer!Motivos para tomar essa atitudedevem com certeza existir, foium erro fazê-lo, não estava àespera de ficar grávida, vaiagora trocar de emprego e nãodá jeito ficar amarrada a umagravidez não planeada, etc., etc.

Mas a única solução paraemendar esse seu erro é tirar odireito à vida daquele ser mi-núsculo que já vive dentro dela?Essa é a pior das soluçõesporque é mau para quem faz, amulher, e é o fim para quemainda nem se pode defender epedir o direito à vida.

Estão provados os malefí-cios do aborto para a mulher,tanto a nível psicológico comofísico, quer seja feito numaclínica espanhola, quer sejafeito em casa! É sempre umaviolência contra natura, para amente e para o corpo da mulher.Deixa marcas profundas e éuma falsa solução.

E para o feto, bebé, filho, oque lhe quiserem chamar, doque é que se trata? Às dez sem-anas só os pulmões ainda nãoestão formados, de resto está látudo o que essa pessoa peque-nina será quando tiver 80 anos(se o deixarem). Até as im-pressões digitais serão as mes-mas, únicas e irrepetíveis. Sóestá a faltar a nutrição e o desen-volvimento... crescer e nascer!

E para isso é um ser depen-dente da mulher/mãe que otransporta no ventre! Precisadela para sobreviver, assimcomo precisará nos primeirosanos de vida.

Afinal se ela o abandonar noberço sem o alimentar tambémmorrerá. E ela pode ter muitosmotivos para o fazer, para oabandonar... já tem mais filhos,não tem tempo para ele, temque ir trabalhar, passear, nãotem meios para o ter ou pura esimplesmente não o quer!! Foium erro!! E então?!?!

Não são motivos fortes para

o abandonar à própria sorte?Mas nesse caso já a condenáva-mos, e com que veemência!

A diferença desse “abando-no” mede-se em centímetros,quilogramas, dias, semanas oumeses. Sem lhe conhecermos orosto e até aos seis gramas depeso, seis centímetros e dezsemanas, se a mulher/mãeoptar, ele pode deixar de existire nunca chegar a nascer! Vaiparar ao lixo de uma clínicaespanhola ou não, que a leiapoia e o Estado, com o di-nheiro de todos nós, até paga!!!

Por estes e outros motivos(há tantos), pense muito bemquando lhe pedirem para deci-dir. É de si que depende o rumodas gerações futuras! É o seuvoto que vai ou não contribuirpara uma sociedade cada vezcom mais vítimas desses abor-tos. Com o seu apoio, ou não,vamos ajudar governos a demi-tirem-se das suas reais respon-sabilidades no combate eficaz aeste flagelo que é o aborto clan-

destino! Esse, vai continuar, porvergonha de se assumir que,apesar de não ter daqueles mo-tivos já previstos na lei, a mu-lher não quer, pura e simples-mente, ser mãe!

O aborto vai aumentar coma liberalização, tal como acon-teceu em todos os países queseguiram esse caminho e oaborto clandestino vai continuara existir! As mulheres que ofazem vão continuar sem serpunidas (em 30 anos nenhumafoi presa) mas vão continuar aser vítimas dessa má escolha. Eo feto, bebé ou futuro homem éque vai depender do seu “não”para poder viver!

Por isso, no dia 11 pensebem, para decidir melhor ainda,em consciência, sabendo, nofuturo, assumir plenamente asconsequências deste seu voto.

Pelo sim ou pelo não, pensebem e vá votar!

____Rita Teles Branco

Pelo Sim e pelo Não

OPINIÃO

Foi assim que o Mi-nistro da Saúde, Correia deCampos, respondeu às crí-ticas dos deputados naassembleia da república nopassado dia 18 de Janeiro,por causa da morte de umcidadão português emOdemira.

Este homem de meiaidade, foi atropelado e umasequência de acontecimen-tos e de desarticulações eineficiências do INEM, le-varam a que este homem só chegasse aoHospital de Santa Maria em Lisboa,único sitio para ser assistido devida-mente pelas lesões sofridas no acidente,mais de 6 horas depois.

Naturalmente que se exigia uminquérito para perceber o que correu male se poder corrigir, mas o polémico eautoritário ministro respondeu aos depu-tados da Nação, que “isso seria de-magógico, quando as pessoas agirambem e nada havia de errado”.

Parabéns Sr. Ministro, depois dapiada de mau gosto sobre “enforcamen-tos” que citou em cerimónia pública ofi-cial, esta posição deixa bem claro para

onde a Saúde pode caminhar em Portugal.Como se não bastasse, dias depois

morre mais um português na mesmaárea geográfica, e, pelos mesmos mo-tivos, a demora na assistência médicaadequada.

À hora de fecho deste jornal, o mi-nistro reforçou em mais viaturas e meioso Alentejo, reconhecendo implicita-mente que existia uma manifesta falhanos meios de socorro.

O Jornal de Coruche solidariza-secom a família do falecido e lamenta queno nosso país ainda possam acontecerestas situações que nos envergonham atodos!

O CANCRO DO COLO DO ÚTEROé a segunda causa mais comum de mortepor cancro nas mulheres jovens naEuropa.

Em Portugal verifica-se a maiorincidência de cancro do colo do úteroentre os restantes países da União Euro-

peia, cerca de 17 casos por cada 100 milhabitantes, com 958 novos casos por ano.Todas as mulheres entre os 9 e os 26 anosdevem equacionar a vacinação. Para issodeve falar com o Pediatra da sua filha oucom o seu Ginecologista para saber comose vacinar.

Rede de Cuidados Continuadoschega ao Distrito

Está disponível a em Portugal a primeira vacinapara a Prevenção do Cancro do Colo do Útero

Os ministérios da Saúde e Solidarie-dade Social fizeram-se representar naassinatura dos acordos com as Miseri-córdias de Tomar e Entroncamento, paraa recentemente fundada Rede de Cui-dados Continuados Integrados.

Estas instituições são as primeiras noDistrito de Santarém a integrar a men-cionada rede.

A Misericórdia de Coruche está tam-bém a preparar a sua entrada nesta impor-tante rede de apoio.

Correia de Campos, diz queesperar 6 horas por apoiomédico adequado é normal

Duas mortes em quinze dias!

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 7

A DOR CRÓNICA dependebasicamente de dois factores:

(1) Se a situação que a causa ébenigna ou maligna e se vai pioran-do e (2) se o desconforto existecontinuamente ou ocorre em episó-dios intensos e frequentes. Assim,podemos considerar três tipos deDor crónica:

1 - DC Recorrente – de causabenigna, sendo caracterizada porrepetidos e intensos episódios dequeixas dolorosas, separados porperíodos sem dor (ex.: dores de ten-são muscular e de cabeça).

2 - DC benigna intratável –refere-se ao desconforto que estátipicamente presente em todos osmomentos, com diferentes níveisde intensidade, não estando rela-cionada com uma causa maligna(ex.: dores ao fundo das costas).

3 - DC progressiva – caracteri-zada por um desconforto contínuo,é associada com uma causa ma-ligna, tornando-se cada vez maisintensa enquanto a situação que adespoleta se agrava (ex.: artritereumatóide e cancro).

A PERCEPÇÃO DA DORDos diversos sentidos que o or-

ganismo humano utiliza, a percep-ção sensitiva da Dor possui trêspropriedades únicas importantes.

Primeiro, ainda que as fibrasnervosas do corpo enviem sinais dazona lesionada, as células recep-toras da Dor são diferentes das deoutros sistemas perceptivos, comoa visão que podem transmitir ape-

nas luz. Não há células especificas nocorpo que transmitam apenas Dor.

Segundo, o corpo percepcionaDor em resposta a diversos tipos deestímulos nocivos, como pressãofísica, lacerações e frio ou calorintensos. Terceiro, a percepção daDor inclui quase sempre um fortecomponente emocional.

Deste modo, a percepção daDor, envolve um complexo inter-câmbio de processos fisiológicos epsicológicos.

A FISIOLOGIA DA DORPara a descrever, utilizaremos a

reacção do corpo à lesão de tecido,como um corte ou queimadura. Oestímulo nocivo provoca instanta-neamente uma actividade químicano local lesionado, libertando-se aschamadas substâncias algogénicas,que existem nos tecidos, incluindoquímicos como a serotonina, hista-mina ou bradiquinina. Estas subs-tâncias promovem a actividade dosistema imunitário, provocandoinflamação na zona afectada e acti-vando as terminações das fibrasnervosas desse local, assinalando alesão.

Este tipo de informação é trans-mitido por neurónios aferentes doSistema Nervoso Periférico à Espi-nal Medula, que a transporta aocérebro. As terminações nervosasdos aferentes da zona lesionada querespondem à Dor, são denominadosnociceptores. Estas fibras podemser encontradas por todo o corpo,na pele, vasos sanguíneos, tecidosubcutâneo, músculo, articulações

e outras estruturas. Quando activa-dos, estes órgãos terminais, comooutros receptores, geram impulsosque são transmitidos ao SistemaNervoso Central.

Assim, podemos considerar trêsfactores envolvidos na promoçãoou não da Dor: A quantidade deactividade nas fibras nervosas ter-minais, a quantidade de actividadenoutras fibras periféricas e a infor-mação que descende do cérebro.

Existem então, condições quepromovem ou contrariam a Dor ecomportamentos típicos de quemse encontra numa situação de des-conforto doloroso (vide quadrosanexos).

A ciência e a técnica oferecemhoje aos pacientes com Dor umvasto leque de intervenções e abor-dagens, o importante é que sejafeita por pessoal especializado.

CONDIÇÕES QUEPROMOVEM A DOR

• Condições físicasExtensão da lesãoNíveis de actividade desade-quados

• Condições emocionaisAnsiedade ou preocupaçõesTensãoDepressão

• Condições mentaisFocalização na dorSentir-se maçado – pouco en-volvimento nas actividades davida

CONDIÇÕES QUECONTRARIAM A DOR

• Condições físicasMedicaçãoContra-estimulação(ex: massagens ou calor)

• Condições emocionaisPositivismo(ex: alegria ou optimismo)RelaxaçãoDescanso

• Condições mentaisConcentração intensa ou dis-tracçãoEnvolvimento ou interesse emactividades da vida

COMPORTAMENTOSCARACTERÍSTICOS DA DOR• Expressões audíveis/faciais de

angustia como quando as pes-soas cerram os dentes, gemem,se lamentam ou fazem caretas.

• Marcha ou postura distorcidacomo deslocar-se de uma formadefensiva e resguardada, pausasna marcha, segurar a zona do-lorosa ou exercer fricção sobreela.

• Afectos negativos como estarirritado ou hiperreactivo

• Actividades de evitamentocomo deitar-se várias vezes pordia, ficar em casa e faltar aoemprego ou diminuir activi-dades motoras e enérgicas.

TÉCNICAS DECOMBATE À DOR

MedicamentosCirurgia

FisioterapiaMassagensRelaxação e BiofeedbackPsicoterapiaHipnoseAcupuncturaExercício

Escala Visual de Analogia

A Dor – do desconforto à tortura(Parte II)

Dr. Abel Matos Santos *

VIVER COM SAÚDE

A - ALMEIDARua da Misericórdia, 16 2100-134 Coruche Tel. 243 617 068

B - FRAZÃORua Direita, 64 2100-167 Coruche Tel. 243 660 099

C - HIGIENERua da Misericórdia, 11 2100-134 Coruche Tel. 243 675 070

D - MISERICÓRDIALargo S. Pedro, 4 2100-111 Coruche Tel. 243 610 370

– OLIVEIRARua do Comércio, 72 2100-330 CouçoTel. 243 650 297

– S. JOSÉRua Júlio Dinis, Nº 3 - B 2100-405 LamarosaTel. 243 724 062

Centro de Saúde de CorucheUrgência - SAP - 24 horas/dia

Estrada da Lamarosa2100-042 CorucheTelef: 243 610 500 Fax: 243 617 431

Hospital Distrital de Santarém Av. Bernardo Santareno

2005-177 SantarémTel: 243 300 200Fax: 243 370 220

www.hds.min-saude.ptMail: [email protected]

Tel: 243 300 860243 300 861

Linha AzulTel: 243 370 578

Extensão de Saúde CouçoRua Sacadura Cabral

2100-345 Couço243 669 080 - 243 650 109

Biscaínho - 243 689 129Lamarosa - 243 724 113As farmácias do Couço e Lamarosa estão sempre de serviço, por serem as únicas.

Fonte ANFFARMÁCIAS DE SERVIÇO

FEVEREIRO 2007

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Dr.ª ConceiçãoDr. Mendonça

MÉDICOS

Rua de Santarém, 75-1.º2100-226 CORUCHE

Tel. 243 675 977

Dr.ª FernandaSilva Nunes

MÉDICA DENTISTA

Rua Bombeiros Municipais, N.º 1– 1.º Dt.º • 2100-178 CORUCHE

Tel. 243 660 060

Albina GonçalvesMédica de

Clínica Geral

Tlm. 936 264 300

Clínica Médica Sorraia – CORUCHE

Tel. 243 617 888

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SUGESTÕESDE LLEITURA

Autor: José Rodrigues dos Santos

FranciscoMarchã

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ConsultasSt.º Antonino – Estrada Lamarosa,

Lote 9, Loja F • Coruche

Tlm. 966 588 060

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Contacto919 549 763

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966 830 670

ALUGO T2

A Dor é a queixa mais comum na prática clínica, causa grande sofrimento, invade a vida das pessoas, reduz a sua capaci-dade de trabalho e de se relacionarem social e emocionalmente, levando os doentes a queixarem-se e a procurarem ajudamédica sem hesitação.

* Assistente de Saúde EspecialistaServiço de Psiquiatria

do Hospital de Santa Maria, LisboaMestre em Psicologia da Saúde

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 20078

Nos disputados problemasda vida, a pena de morte estáactualmente entre os mais pací-ficos em Portugal. Trata-se deum tema em que não há grandecontrovérsia, com a generalida-de das opiniões a defender a suaabolição.

Esta constatação serve paramostrar como os juízos globaissobre uma sociedade devemsempre ser matizados. Muito seluta hoje entre nós em defesa dodireito à vida contra agressõesgraves, do aborto à clonagem eà eutanásia. No entanto em ou-tras frentes, como a guerra e apena de morte, a nossa épocaassinala avanços notáveis quecivilizações anteriores dificil-mente igualaram.

O papa João Paulo II regis-tou precisamente este ponto nasua encíclica Evangelium Vitae(EV): “Entre os sinais de espe-rança, há que incluir ainda ocrescimento, em muitos estratosda opinião pública, de umanova sensibilidade cada vezmais contrária à guerra comoinstrumento de solução dos con-flitos entre os povos, e sempremais inclinada à busca deinstrumentos eficazes, mas «nãoviolentos», para bloquear oagressor armado. No mesmohorizonte, se coloca igualmentea aversão cada vez mais difusana opinião pública à pena demorte — mesmo vista só comoinstrumento de «legítima defe-sa» social —, tendo em consid-eração as possibilidades queuma sociedade moderna dispõepara reprimir eficazmente ocrime, de forma que, enquantotorna inofensivo aquele que ocometeu, não lhe tira definitiva-mente a possibilidade de seredimir.” (EV 27)

Evolução de atitudesA abolição da pena de morte

constitui uma das lutas pelosdireitos humanos mais impor-tantes. Mas ela é herdeira de umprocesso anterior que defendiauma “execução mais humana”.No Império Português, as Mise-ricórdias tiveram secularmenteum papel decisivo nesta dinâmi-ca. Foi mesmo instituído o cos-tume de que, “se a corda daforca rebentasse e o pacientecaísse ainda vivo, abatia-sesobre o seu corpo a bandeira daSanta Casa, o que lhe concediao perdão e a liberdade (...) Econsta que, como era a irman-dade que fornecia as cordas daforca, por vezes, e talvez com

intuito de corrigir eventuaiserros judiciais, fornecia-as pas-sadas por água forte, o que fa-zia com que elas rebentassemfacilmente” (Fonseca, C.D da(1996) “História e Actualidadedas Misericórdias”, Ed. Inqué-rito, p.62).

Também a invenção do Dr.Joseph-Ignace Guillotin (1738--1814), que haveria de adquirircontornos sinistros pelo seu usorevolucionário, tinha como pro-pósito defender os direitos doacusado. A guilhotina, com asua morte rápida e limpa, cons-tituía um avanço muito impor-tante face às anteriores execu-ções.

No campo das ideias, coubeao marquês Cesare Beccaria(1738-1794) na sua obra Dei

Delitti e Delle Pene (1764), umadas obras mais influentes simul-taneamente de direito penal eteoria do crime, tentar demon-strar a injustiça e ineficácia dapena de morte. Destes primór-dios nasceu um movimento abo-licionista que viria a ter os seusfrutos.

Nesse processo Portugalteria, como se sabe, um lugar dedestaque. Entre nós a pena demorte para os crimes políticosfoi abolida pelo artigo 16º doActo Adicional à Carta Cons-titucional, sancionado em 5 deJulho de 1852. A reforma pri-sional e penal de 1 de Julho de1867 aboliu-a para os crimescivis. Foi assim o primeiro esta-do europeu a abolir a pena demorte (em 1849 a efémera Re-pública Romana e em 1863 aVenezuela já a tinham abolidopara todos os crimes). Manteve-se então apenas para o Exércitoe Marinha em caso de guerra,sendo definitivamente abolidapelo artigo 25º nº2 da Consti-tuição de 1976, que afirmou“Em caso algum haverá pena demorte”. Mas logo a partir de1846 a pena deixou de ser apli-

cada, sendo sempre comutada,com excepção de uma execuçãodurante o conflito de 1914-18.

No mundo, a abolição da pe-na de morte tem seguido umatrajectória fortemente favorável.Em 1984 o número de paísesque na prática a tinham abolidoera de 64, tendo subido nos vin-te anos seguintes para quase odobro, sendo de 117 em 2004 (afonte deste dados é um dos sitesmais informativos sobre otema:)

O debate americanoApesar deste quadro geral de

consenso, o debate acerca damoralidade da pena de morteestá ainda muito vivo, sobretudonos Estados Unidos.

Execuções capitais nos EUA1940-1949 12891950-1959 715 1960-1976 1911976-1979 31980-1989 117 1990-1999 4782000-2006 459

Fonte: www.deathpenaltyinfo.org/

A pena capital está aceite em38 dos 50 estados, bem comopelo governo federal e as forçasarmadas. Registou-se, como sepode ver no quadro junto, ummovimento de flutuação, querna opinião pública quer nonúmero de execuções nos EUA.Após a segunda guerra mundialhouve um repúdio crescente poressa forma de execução. OSupremo Tribunal levou mesmoà suspensão de execuções entre1973 e 1976. Mas a partir de 17de Janeiro de 1977 as execuçõesforam retomadas, tendo sofridouma trajectória crescente.

Apesar disso, a polémica econtestação é muito forte. Noentanto, o apoio generalizadoque a opinião pública dá a essecastigo é esmagador. O maisbaixo nível de opinião a favor

da pena de morte foi registadoem 1966 numa consulta daGallup poll que deu apenas42%. Actualmente, o apoio àpena de morte nos casos deassassínio é de 65% (ver http://-www.angus-reid.com/polls/index.cfm-/fuseaction/viewItem/itemID/12409).

A posição da IgrejaA posição da Igreja acerca da

pena de morte ficará mais clarana secção seguinte. Mas asideias básicas são fáceis dedefinir. O ponto de partida é,hoje como antes, aquele que opróprio Deus formulou a Moi-sés: «Não matarás» (Ex 20, 13;23, 7; Dt 5, 17). Perante o carác-ter taxativo deste mandamento,os casos de pena de morte tin-ham de se incluir no único casode morte voluntária que aquelaafirmação permite: a legítimadefesa, em que a morte doagressor cumpre ela mesmo omandamento, ao evitar a mortedo agredido.

Jesus Cristo, quando comen-ta este mandamento, alargamuito o seu âmbito: “Ouvistes oque foi dito aos antigos: Nãomatarás. Aquele que matar teráde responder em juízo. Eu,porém, digo-vos: Quem se irri-tar contra o seu irmão será réuperante o tribunal; quem lhe ch-amar ‘imbecil’ será réu diantedo Conselho; e quem lhe cha-mar ‘louco’ será réu da Geenado fogo.” (Mt 5, 21-22).

A Igreja vive há dois milanos com esta missão e em cadatempo anuncia a Salvação comas formas adequadas a essa cul-tura. Foi assim, aliás, que Deusprocedeu com o seu povo, afas-tando-o progressiva e delicada-mente dos seus hábitos viciosos.Por isso, a Lei do Amor teve deconcorrer com muitas situaçõesem que muitas atrocidades eramcomuns. O Direito Judaico, talcomo o Direito Romano e Gre-go, tornaram comuns as conde-nações à morte. A Bíblia registavárias execuções. Em todos ostempos, no entanto, a pena demorte estava reservada para oscasos excepcionais.

Aliás, no centro do mistériocristão está a execução capitalmais famosa da História. Emtodas as paredes cristãs e nopeito de muitos encontra-se osímbolo da sua fé que perpetua amemória daquela pena capitalque nos salvou a todos. Devedizer-se, já agora, que a exe-cução de Jesus Cristo violou asregras romanas da execução,

sobretudo pela flagelação seranterior à condenação à morte.

O Direito Canónico da Igrejasempre proibiu aos clérigos oderramamento de sangue. Porisso as execuções nunca foramfeitas pela Igreja, mas pelospoderes civis. S. Tomás deAquino disse: “A Igreja não in-flige a morte corporal, mas emlugar dela inflige a excomu-nhão.” (Suma Teológica II-II99, 4, 1).

No século XIII, S. Tomás deAquino dizia: “Os castigosdesta vida são mais medicinaisdo que retributivos. A retribui-ção está reservada ao Juízo di-vino, que é pronunciado “deacordo com a verdade” (Rm 2,2) contra os pecadores. Porisso, de acordo com o juízo davida presente, a pena capital éinfligida, não em todos os peca-dos mortais, mas só naquelesque gerem um dano irreparável,ou que contenham alguma hor-rível deformidade.” (Suma Teo-lógica II-II 66, 6, 2).

Estas constatações têm maisinteresse histórico do que real.Mas na última formulação que aIgreja Católica fez da sua dou-trina sobre o tema houve, curio-samente, uma grande polémica.

A polémica do CatecismoEm 1992 foi publicado uma

das obras mais influentes daactualidade, o Catecismo daIgreja Católica (CIC). Anun-ciado pelo concílio Vaticano II,foi o resultado de um longo ecomplexo processo de redac-ção e constitui um documentoprecioso e imprescindível paraconhecer as posições doutri-nais e morais da Igreja de JesusCristo. Ora “poucos textos doCatecismo originaram maisinteresse e debate que os Nú-meros 2266 e 2267 que tratamda pena de morte, e isto logodesde o começo do projecto doCatecismo”, como afirmou umdos seus redactores mais influ-entes, o cardeal de VienaChristoph Schönborn. Aliás,nestes pontos se registou “aúnica correcção substancial”do Catecismo (op. cit.).

Quando em 1992 foi publi-cada a versão francesa doCatecismo, esses dois númerosdiziam o seguinte: “Preservaro bem comum da sociedadepode exigir que se coloque oagressor em estado de nãopoder fazer mal. A este título,

Pena de morteJoão César das Neves *

ALAMEDA DIGITAL

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 9

reconheceu-se aos detentoresda autoridade pública o direitoe a obrigação de castigar compenas proporcionadas à gravi-dade do delito, incluindo apena de morte em casos deextrema gravidade, se outrosprocessos não bastarem. Pormotivos análogos, foi confiadoàs autoridades legítimas odireito de repelir pelas armasos agressores da cidade.

As penas têm como primei-ro efeito o de compensar a des-ordem introduzida pela falta.Quando a pena é voluntaria-mente aceite pelo culpado, temum valor de expiação. A penatem como efeito, além disso,preservar a ordem pública e asegurança das pessoas. Final-mente, tem também valor med-icinal, posto que deve, namedida do possível, contribuirpara a emenda do culpado.

A doutrina tradicional daIgreja sempre se exprimiu eexprime tendo em conta ascondições reais do bem comume dos meios efectivos de salva-guardar a ordem pública e asegurança das pessoas. Namedida em que outros proces-sos, que não a pena de morte eas operações militares, basta-rem para defender as vidashumanas contra o agressor epara proteger a paz pública,tão processos não sangrentosdevem preferir-se, por seremproporcionados e mais con-formes com o fim em vista e adignidade humana.” (CIC2266-2267, versão 1992).

Na natural polémica mediá-tica à volta da obra, uma ênfasedesmesurada foi concedida aeste trecho. Dos muitos comen-tadores que se erigiram emjuízes da doutrina cristã, umagrande parte via nesta posiçãoumas das provas da iniquidadee obsolescência da Igreja. Mastambém dentro da Igreja mui-tas sensibilidades se sentiramperturbadas com esta formu-lação da doutrina tradicional.

Entretanto a reflexão sobreeste tema teve um avançomuito significativo com a pu-blicação, a 25 de Março de1995, da já citada encíclicaEvangeliuum Vitae do papaJoão Paulo II. Nessa magníficaelaboração sobre os temas davida, o papa tinha isto a dizeracerca da pena de morte:“Nesta linha, coloca-se oproblema da pena de morte, àvolta do qual se regista, tantona Igreja como na sociedade, atendência crescente para pediruma aplicação muito limitada,

ou melhor, a total abolição damesma. O problema há-de serenquadrado na perspectiva deuma justiça penal, que sejacada vez mais conforme com adignidade do homem e portan-to, em última análise, com odesígnio de Deus para o ho-mem e a sociedade. Na ver-dade, a pena, que a sociedadeinflige, tem «como primeiroefeito o de compensar a desor-dem introduzida pela falta». Aautoridade pública deve fazerjustiça pela violação dos dire-itos pessoais e sociais, impon-do ao réu uma adequada expi-ação do crime como condiçãopara ser readmitido no exercí-cio da própria liberdade. Des-te modo, a autoridade há-deprocurar alcançar o objectivode defender a ordem pública ea segurança das pessoas, nãodeixando, contudo, de oferecerestímulo e ajuda ao próprioréu para se corrigir e redimir.

Claro está que, para bemconseguir todos estes fins, amedida e a qualidade da penahão-de ser atentamente pon-deradas e decididas, não se de-vendo chegar à medida extre-ma da execução do réu senãoem casos de absoluta necessi-dade, ou seja, quando a defesada sociedade não fosse possív-el de outro modo. Mas, hoje,graças à organização cada vezmais adequada da instituiçãopenal, esses casos são já muitoraros, se não mesmo pratica-mente inexistentes.” (EV 56).

A 8 de Setembro de 1997foi finalmente publicada a ver-são latina do Catecismo, queficou definida como a editiotypica. Os redactores, comoestava previsto, aproveitaramessa oportunidade para corrigiralguns pequenos detalhes daversão inicial. A “única cor-recção substancial”, como foidito, deu-se precisamente nosnúmeros 2266 e 2267, paraincorporar as reflexões entãofeitas e, inclusivamente umacitação directa da EvangeliumVitae. O texto actual dessesdois parágrafos é o seguinte:“O esforço do Estado emreprimir a difusão de compor-tamentos que lesam os direitoshumanos e as regras funda-mentais da convivência civil,corresponde a uma exigênciade preservar o bem comum. Édireito e dever da autoridadepública legítima infligir penasproporcionadas à gravidadedo delito. A pena tem comoprimeiro objectivo reparar adesordem introduzida pela

culpa. Quando esta pena é vo-luntariamente aceite pelo cul-pado, adquire valor de expia-ção. A pena tem ainda comoobjectivo, para além da defesada ordem pública e da pro-tecção da segurança das pes-soas, uma finalidade medici-nal, posto que deve, na medidado possível, contribuir para aemenda do culpado.

A doutrina tradicional daIgreja, desde que não haja amínima dúvida acerca da iden-tidade e da responsabilidadede culpado, não exclui o recur-so à pena de morte, se for estaa única solução possível paradefender eficazmente vidas hu-manas de um injusto agressor.

Contudo, se processos nãosangrentos bastarem para de-fender as vidas humanas e pro-teger do agressor a segurançadas pessoas, a autoridade deveservir-se somente desses pro-cessos, porquanto correspon-dem melhor às condições con-cretas do bem comum e sãomais consentâneos com a dig-nidade da pessoa humana.

Na verdade, nos nossosdias, devido às possibilidadesde que dispõem os Estadospara reprimir eficazmente ocrime, tornando inofensivoquem o comete, sem com istolhe retirar definitivamente apossibilidade de se redimir, oscasos em que se torna absolu-tamente necessário suprimir oréu, “são já muito raros, senão mesmo praticamente inex-istentes.” (CIC 2266-2267,versão 1997).

Esta é a posição que, pe-rante o mundo que nos rodeia,um cristão deve defender. Apena de morte é ainda teorica-mente admissível mas na práti-ca deve ser repudiada. A suaadmissão é apenas “se for estaa única solução possível paradefender eficazmente vidashumanas de um injusto agres-sor”. Podem conceber-se casosextremos em que a prisão deum malfeitor não seja sufi-ciente para defender a socie-dade de perigos gravíssimos.Nesse caso a sua morte poderevelar-se necessária.

No entanto, estas situaçõeshipotéticas não se verificamactualmente. Elas, “devido àspossibilidades de que dispõemos Estados para reprimir efi-cazmente o crime (…) são jámuito raros, se não mesmopraticamente inexistentes”.

____* Professor de Economia

da Univ. Católica Portuguesa

> continuação da página anterior

Pena de morteJoão César das Neves *

A autarquia de Coruche vainotificar a gasolineira Galp paraque seja rapidamente removidoo posto de combustível que seencontra desactivado há cincoanos, na rua 5 de Outubro. Alémdisso a Câmara vai reclamar quesejam selados os depósitos de

combustível que se encontramvazios, na mesma bomba, empleno centro da vila.

Para Dionísio Mendes, pre-sidente da autarquia, o postonão permite a regularização dopasseio, prejudicando assim acirculação dos peões.

Posto de combustíveldeve ser removido

O projecto de execução daremodelação do edifício dospaços do concelho de Coruchevai ficar a cargo da empresaRipórtico. A empresa, que gan-hou o concurso público, vaireceber 35 mil euros peloserviço, que deve completar até2010. Em causa está o elevado

grau de degradação do edifíciodos paços do concelho, na Praçada Liberdade, bem como poder,com a remodelação, garantirmais segurança, acessibilidade efuncionalidade dos serviços aosmunícipes. Antes de ser autar-quia, o espaço já foi uma prisão,um tribunal, ou registo civil.

Paços do Concelhovai ser remodelado

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200710

É muito recorrente ainda nonosso concelho a prática daslixeiras. Trata-se de uma mo-dalidade de dar vazão aos resí-duos utilizada desde há muitasdécadas. Outrora inexistentesnos moldes em que hoje sãovistos, os contentores do lixoeram uma pequena porção faceaos números actuais. Daí aspessoas recorrerem à prática delixeiras e consequentemente àqueima das mesmas. Actual-mente, é uma prática que nãofaz sentido devido ao elevadonúmero de contentores geo-graficamente bem distribuídospelos aglomerados habitacio-nais, mesmo em zonas marca-damente rurais.

A evolução em prol de umambiente mais promissor levouinclusivé à colocação dos de-nominados “ecopontos”, atémesmo nos meios rurais. Poisbem, se outrora se podia admi-tir a existência deste tipo delixeiras domésticas, devido àfalta de equipamentos para oefeito e por uma falta de infor-mação notória relativamenteaos efeitos nefastos que daí

advêm, hoje em dia é uma prá-tica que terá de acabar. Por ra-zões muito óbvias:

Primeira: A combustão le-vada a cabo nestas lixeiras ele-va para a atmosfera índices deCO2 (dióxido de carbono) com-pletamente desnecessários; sepensarmos nas milhares de li-xeiras dispersas por este país…

Segunda: A combustão dedeterminados resíduos comoos plásticos permite uma emis-são de gases igualmente nefas-tos para a atmosfera;

Terceira: A contaminação econsequente deterioração dosolo; o solo forma-se a umataxa de 0,3 a 1,5 mzm/ano. Àescala humana é um recurso

não renovável;Quarta: Talvez seja a conse-

quência mais grave destas li-xeiras e prende-se com a cont-aminação dos lençóis freáticos.Com a precipitação, a água dachuva, ao misturar-se com osresíduos depositados na lixei-ra, fica contaminada (chama-das “águas lixiviantes”) – o so-

lo recebe esta água contamina-da, que irá infiltrar-se, descen-do facilmente pela influênciada gravidade por fendas queatinjam a superfície e penetrapor canais biológicos e macro-poros mais lentamente.

Esta descerá até um lençolfreático suportado por um es-trato de material impermeável.Nos últimos anos procede-se,cada vez mais, à exploraçãodestes lençóis através dos de-nominados “furos” utilizadostambém para cozinhar alimen-tos e mesmo para beber. E omais caricato da questão…sãoos próprios donos dos “furos”que os poluem com as suas“lixeiras domésticas.”

O que podemos fazer? Émuito simples. Todos os queconhecem estas questões pro-curem informar quem não temacesso a estes conhecimentos.

Vamos procurar acabar comestas lixeiras que em nadaabonam a favor do ambienteque pretendemos preservar. E étão fácil pôr o lixo no lixo!

____* Geógrafo

Lixeiras domésticas

O “sonho” de constituiçãodo CRIC – Centro de Reabili-tação e Integração de Coruche,começou a nascer nos finais dadécada de 70, quando algunspais de crianças e jovens porta-dores de deficiência e algunstécnicos de Educação Especialsentiram a necessidade de criaruma associação sem fins lucra-tivos de apoio à problemática dadeficiência no concelho deCoruche.

Desta forma, a associaçãoCRIC foi declarada InstituiçãoParticular de Solidariedade So-cial (IPSS) em 1997, e abriu oseu Centro de Actividades Ocu-pacionais (CAO) no dia 1 deAbril de 1999, tendo, actual-mente, acordos de cooperaçãocom a Segurança Social para 35utentes, mas realizando apoio amais 9 utentes, por serem enor-mes as necessidades das pessoasque solicitam os serviços dainstituição. Através da valênciaCAO pretende-se facultar aestes utentes a possibilidade deintegração social e a promoção

de um equilíbrio psicológico eemocional, mediante o desem-penho de actividades ocupa-cionais, lúdicas e terapêuticasque visam fundamentalmenteassegurar a qualidade de vida, odesenvolvimento e manutençãode competências, bem como aestimulação dos interesses egostos pessoais. Sempre quepossível, far-se-á o encaminha-mento dos utentes para progra-mas de integração sócio-profis-sional que incluem o acompa-nhamento na pós-colocação.

A intervenção técnico-peda-gógica com os participantes rea-liza-se através de várias áreasque compõem o programa deactividades do CAO, atendendoao modo particular de reagir dosindivíduos e ás consequentesmetas e objectivos planeadospara cada um. Assim, são desen-volvidas as seguintes activi-dades: expressão plástica, nata-ção terapêutica, hipoterapia,actividade motora adaptada,expressão musical, teatro e dan-ça, actividades de vida diária,

carpintaria e horticultura. Paraalém destas actividades a equipatécnica realiza apoio psicológi-co, triagem e encaminhamentode casos do foro psiquiátrico,bem como a reinserção social eprofissional dos mesmos.

A associação CRIC realizaActividades Ocupacionais noDomicílio a utentes que devidoàs suas limitações físicas e com-portamentais ou porque este tipode apoio é considerado mais ade-quado, não podem frequentar asinstalações do CAO. Quanto aprojectos futuros, a associaçãopretende construir um novo Cen-tro de Actividades Ocupacionaise um Lar Residencial – A Casados Olheiros – para pessoas por-tadoras de deficiência, no âm-bito do PRODESCOOP – Pro-grama de DesenvolvimentoCooperativo (aguarda aprova-ção), tendo para esse efeito cele-brado dois contratos de como-dato com a Câmara de Coruchepara cedência de terreno. ____

Ricardo Jorge SilvaDirector Técnico do CRIC

Uma instituição ao serviçoda diferença

Dr. Jorge Maurício *

AMBIENTE

Centro de Reabilitação e Integração de Coruche

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 11

Num momento em que osmais altos órgãos estatais, oPresidente da República e o Go-verno estiveram recentementede visita aos dois gigantesasiáticos, a Índia e a RepúblicaPopular da China, para o refor-ço de laços políticos e económi-cos, seria também pertinenterecordarmos a riquíssima re-gião do Sudeste Asiático. Emtermos estratégicos, a nível eco-nómico e cultural, esta regiãoque conta com mais de 10 país-es, constitui um bloco de opor-tunidades de economias emer-gentes e altamente desenvolvi-das e a proximidade culturalcom Portugal é a chave que per-mite abrir portas para aprovei-tarmos todas as potencialidadesdeste mundo global a Oriente––

No seguimento da primeiraparte do artigo «Portugal vistopelos “Portugueses” do Orien-te», debrucemo-nos sobre aanálise da presença do capitalcultural e económico das Co-munidades Portuguesas e de Lu-so-Descendentes estabelecidasna região do Sudeste Asiático,que é composto pelas regiões daInsulíndia e da antiga Indochi-na, ambas com fortes marcas dapresença portuguesa, foquemo-nos em primeiro lugar a pri-meira região, a do ArquipélagoMalaio. De algumas viagensrealizadas a Malaca, este antigobastião de Afonso de Albuquer-que é de longe muito impressio-nante. Esta antiga possessão doImpério Português do Oriente,que veio a dar o nome ao estre-ito que regista um dos maioresfluxos marítimos que liga oÍndico ao Pacífico, foi conquis-tada por Afonso de Albuquerqueem 1511 em que destronou osultão malaio, súbdito e vassalodo Imperador da China, e queposteriormente tal situação veioa complicar a chegada da pri-meira embaixada portuguesa eeuropeia de Tomé Pires à Chinae no seu encontro com o Im-perador Wu-tsung.

Não obstante, através do usode maestras estratégias militarespor Afonso de Albuquerque,hoje em dia, os governanteslocais recordam este sonante e

inesquecível nome com elevadorespeito e consideração real,digno de verdadeiros exemplosde feitos corajosos, heróicos eimbuído de códigos guerreiros.Quanto à população luso-des-cendente, guardam ainda emcrioulo português de Malaca,em “Papiá Kristang” ou “FalarCristão”, lendas e histórias deamor entre portugueses e oslocais. Recordando uma dashistórias, durante o cerco deMalaca pelos holandeses em1641, uma jovem malaia, enam-orada por um oficial português,conseguiu sob perigo de vida,infiltrar-se nas linhas inimigasdos holandeses e trazer à parteportuguesa informações impor-tantes que viriam a permitir àguarnição portuguesa fazer umaretirada em segurança.

DADA HISTÓRIAHISTÓRIA ÀSÀSOPOROPORTUNIDADESTUNIDADES

COMERCIAISCOMERCIAIS

“Malacca, Melaka ou Mala-ca”, um dia que já foi portugue-sa, holandesa, japonesa, britâni-ca e hoje malaia, os seus luso-des-cendentes permanecem orgulho-sos do seu passado apesar dashumildes origens sociais na suamaioria descendentes de pesca-dores e que se foram tornandoassessores do governo ou em-presários de sucesso, mas semhesitações sempre afirmando-secomo Portugueses. São portan-to nestas importantes ligações àsociedade civil local que Portu-gal – Estado e Privados – deveactuar, apoiando-os no ensinoda Língua Portuguesa, no desen-volvimento de parcerias empre-sariais, sobretudo na indústrianaval, sectores do turismo, ener-géticos, construção civil, elec-tromecânica, têxteis ou calçado.As exportações portuguesas quese têm pautado em produtos daindústria corticeira, farmacêuti-ca, química, moldes entre outrosprodutos agrícolas e alimenta-res, as exportações nacionaispoderão ser ainda mais arroja-das e apostar nos sectores dastecnologias de informação ecomunicação e produtos ino-vadores que incorporem valoracrescentado.

BAIRRO PORBAIRRO PORTUGUÊSTUGUÊSDE MALACADE MALACA

De uma conversa mantidacom o “senhor Pedro” – dono deum restaurante, no Bairro Portu-

guês de Malaca, o “Lisboa” –em Patuá, “dialecto” portuguêsde Macau, com grandes seme-lhanças com o crioulo de Mala-ca, ou de Damão, ou da Guinéou Cabo-Verde – interpelei-o,“vôs papiá Kristang?” (vósfalais cristão), respondeu-meindignado, “no, iou papiá portu-guis” (não, eu falo português).Neste diálogo, continuei, “vôsmercê sã portuguis?” (vós soisportuguês), replicou, “Si, ioupapiá portuguis, iou sã portu-guis” (sim, falo português, souportuguês), num tom um pouco

ofendido por duvidar do seu pa-triotismo e amor a Portugal.

Sendo descendente de portu-guês, com este pequeno exemp-lo, estas comunidade ao autoproclamarem-se portuguesas,não por quanto a Pátria os possadar, mas pelo genuíno orgulhodo Portugal grande no mundoherdado pelos egrégios avós eque acreditam que os há-deguiar de novo à vitória. Aindano Bairro Português de Malaca,existe um pequeno museu por-

tuguês, mandado construir pelapopulação local, apesar de sin-gelo, chega a comover qualquerbom português. No museu,coleccionam-se, trajes tradicio-nais portugueses, fotografiasdas paisagens lusas, rótulos demarcas de cerveja portuguesas,garrafas, retrato do NRP EscolaSagres, pequenas lembrançasque turistas portugueses por ládeixam, de entre autocolantes,bandeiras nacionais, desde aazul e branca à verde rubra, eainda memórias do Bairro deLuso-Descendentes.

PPARARTICULARIDADESTICULARIDADESDOSDOS

LUSO-DESCENDENTESLUSO-DESCENDENTESNANA INSULÍNDIAINSULÍNDIA

O Bairro Português tem umaorganização e estruturas para-políticas próprias e consultivasdo Estado de Malaca, cujoassessor do Ministro do Estadode Malaca, Dato Ali Rustam, éum jovem luso-descendente. Asgentes do “Bairro” têm natural-mente fisionomias diferentes deum lisboeta, o que é lógico, maspara não perderem a identidadee o pouco sangue luso que lhesrestam a correr nas veias, prefer-em casarem-se dentro da comu-nidade e principalmente emcasos em que os obrigam à con-versão ao islamismo. Os luso-descendentes na Ásia são quaseque na totalidade CatólicosApostólicos Romanos, um dosprincipais marcos ou pré-requi-sitos para poderem atestar o seuportuguesismo e patriotismo.

SINGAPURASINGAPURA DADATRADIÇÃO FTRADIÇÃO FAMILIARAMILIAR

PORPORTUGUESATUGUESA

Um dos actuais Tigres Asiá-ticos, que bem que sobreviveu àcrise financeira de 1998, criseessa que atingiu forte muitosoutros países do Sudeste-asiáti-co está na senda da expansão da“Família Portuguesa” pela Insu-líndia. Muitas das ligações fa-miliares luso-descendentes napopulação singapuriana, sãoproduto do fluxo migratório que

Portugal visto pelos“Portugueses” do Oriente– Luso-Descendentes na Ásia, a ponte viva da cooperação

Vitório Rosário Cardoso *

CRÓNICAS DO ORIENTE

(Parte II)

> continua na página 13

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200712

A Comissão Municipal deDefesa da Floresta Contra In-cêndios aprovou no dia 15 deJaneiro, o documento que dá asprincipais directrizes para umapreservação eficiente da florestado concelho de Coruche.

Os incêndios florestais con-stituem a principal ameaça asso-ciada à floresta portuguesa.Segundo o Plano Regional deOrdenamento Florestal do Riba-tejo (PROF), os cenários elabo-rados no âmbito dos estudos debase para o Plano Nacional deAlterações Climáticas dão indi-cações claras quanto ao aumen-to das condições favoráveis àocorrência de grandes incên-dios. O objectivo é, então, de-finir uma estratégia de sensibi-lização da população, comobjectivo de diminuir o númerode ocorrências.

O Município de Corucheapresenta uma elevada taxa dearborização, por isso, é funda-mental salvaguardar os espaçosflorestais, uma vez que, estes,além de constituírem uma fontede rendimento importante pelovalor monetário, permitem ain-da a realização de actividades delazer dentro dos seus espaços.

O Plano Municipal de De-fesa da Floresta Contra Incên-dios (PMDFCI) de Coruche,tem a duração de cinco anos eresulta do trabalho desenvolvi-do pela Comissão Municipal deDefesa da Floresta Contra In-cêndios, através do GabineteTécnico Floresta. Em causa estaa articulação de todos os meiose organismos com responsabili-dades na Defesa da FlorestaContra Incêndios (DFCI) e pro-por acções que permitam garan-

tir a segurança de pessoas ebens, proteger e conservar osespaços florestais e minimizar aincidência dos incêndios no

município e na região. Este Pla-no é complementado anual-mente com um Plano Opera-cional Municipal (POM), que

em conjunto servirá para opera-cionalizar as metas, objectivos eacções propostas.

O comandante do Bombei-ros Municipais de Coruche mos-trou-se satisfeito com a aprova-ção do Plano: “É mais uminstrumento que nos ajuda apreservar a floresta e a segu-rança das pessoas”. RafaelRodrigues lembrou ainda oesforço que tem sido feito nosúltimos verões para minimizar aárea ardida: “Tem existido umaóptima colaboração e articu-lação entre todos; bombeiros,associação de produtores flo-restais e população. Entendoque este plano poderá funcionarcomo um manual para umaainda maior cooperação nofuturo.”

____

Coruche aprova

Plano Municipal Contra Incêndios

Santa Casa daMisericórdia de Coruche

ARRENDAMENTO DE TERRAS

A Santa Casa da Misericórdia de Coruche, disponibiliza para arrendamento peloperíodo de 7 anos (2007-2013) as seguintes parcelas de regadio:

1. Lote 9100007 – zona da Courela da Cruz do Perímetro de Emparcelamento dasCourelas do Campo de Coruche, com a área total de 11,3 ha. Esta parcela é desolo de máxima produtividade, encontra-se nivelada e beneficiada pela Obra deRega do Vale do Sorraia.

2. Várzea do Monte da Barca, com a área total de 47,3 ha. Esta parcela é de solode máxima produtividade, encontra-se beneficiada pela Obra de Rega do Valedo Sorraia, tem instalado um pivot que rega 33,7 ha, em bom estado de con-servação, com 7 anos de idade, que tem acesso a água própria (açude doMonte da Barca) e/ou da Obra de Rega, cuja manutenção e conservação seráencargo do arrendatário.

3. Mouchão das Catrinas, com a área total de 21,4 ha. Esta parcela é de solo demáxima produtividade, contígua à parcela anteriormente descrita, encontra-sebeneficiada pela Obra de Rega do Vale do Sorraia.

As propostas devem ser realizadas individualmente por parcela, admitindo-se pro-postas por grupo de parcelas. Na sede da Santa Casa podem ser solicitadas asrespectivas plantas de localização, assim como visita ao local.

A Santa Casa da Misericórdia reserva-se o direito sobre a escolha da melhor pro-posta, que devem ser entregues em carta fechada até às 16:00 h do próximo dia 15de Fevereiro de 2007, na sede da Santa Casa, sita no Largo de S. Pedro nº 4, 2100-111 Coruche.

A Mesa Administrativa

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Rua 5 de Outubro2100-127 Coruche

Tel. 243 617 744/5Fax 243 617 747Tm. 917 074 345

O deputado Bernardino Soa-res, do Partido Comunista, inter-pelou o Governo sobre a suaintenção de encerrar as urgên-cias médicas (SAP) em Coruchee em Benavente. Para o deputa-do comunista “o SAP de Bena-vente constitui uma estruturaindispensável e a única alterna-tiva para centenas de doentessem médico de família”, referin-do ainda que só em Benavente“há mais de 5 mil pessoas semmédico de família”.

Em relação ao SAP de Co-ruche, refere que “responde auma inegável centralidade im-portante em situações de emer-gência”.

Em relação à proposta deconstrução de um Serviço deUrgência Básico (SUB) no Bis-cainho, Soares garante que “asolução não resolve o problemafundamental da proximidade doatendimento (…) não tendo emconta os dados demográficos,nem o peso relativo das fregue-sias atingidas pela opção”.

Desta forma, o Ministério daSaúde foi questionado sobre seponderou as consequências, quaisos fundamentos para a decisão,qual o impacto no acesso aoscuidados de saúde e qual a opi-nião das autarquias e dos seushabitantes sobre esta opção.

AMS

contra ofecho das urgênciasem Coruche eBenavente

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 13

Há pouco mais de 30 anosque Portugal forçou um corteradical nas suas relaçõestrans-oceânicas, voltando cos-tas à sua história e patrimónioonde “o sol nunca se punha”.

Os governantes desde en-tão fizeram apenas vingaruma das duas linhas mestrasdo conceito estratégico de in-teresse nacional, a da ligaçãoà Europa, votando o País aoisolamento do “orgulhosamen-te sós” na Europa numa erade desenvolvimento global.

Hoje, com o passar dotempo, veio a dar-se razão quepara esta Nação à beira-marplantada aproveitar as siner-gias vindas da globalizaçãoque iniciámos, é urgente reto-marmos as rotas comerciaisamericanas, africanas e asiá-ticas.

Estaremos atrasados nacorrida aos mercados emer-gentes a Oriente?___

Portugal, aparentementecom a visita do Chefe de Estadoà Índia e do Chefe do Governo à

República Popular da Chinacom particular interesse destes“gigantes económicos” asiáticosestá a dar sinais de vitalidade,vontade e de esperança em nãoquerer perder o comboio dosgrandes negócios internacio-nais. Num momento em que as

grandes potências mundiaisestão famigeradas de recursosenergéticos e naturais e o co-mércio livre é a chave dos país-es em vias de desenvolvimentopara quebrarem o ciclo de po-breza, Portugal tornou-se paraestas na natural pedra angular dacooperação e de entendimentoentre os povos há muito ligados.É neste contexto que Portugaldeve-se envolver activamentenesta cooperação e não desper-diçar as grandes oportunidadesque vão surgindo.

Tanto para a Índia, comopara a China, Portugal é o par-ceiro estratégico para a coope-ração económica e comercialcom os Países de Língua Portu-guesa que se estendem do Brasila África passando por Timor,sem nos olvidarmos do factorcultural que nos une, deve serigualmente desenvolvido parafazer fluir o bom relacionamento.

Actualmente, é notório que arecuperação económica portu-guesa tem exigido ao tecidoempresarial e à população emgeral um grande esforço e sacri-fício. Sabemos também que aretoma será gradual, segundo osmais recentes indicadores eco-nómicos, fornecidos pelo Bancode Portugal, prevê-se para esteano um crescimento do PIBligeiramente acima do intervalode 0,4 a 0,9 %, com a inflação(Índice Harmonizado de Preçosno Consumidor) na orla dosdois pontos percentuais e asexportações para a Ásia apenassignificam 3,2 % e a soma domercado africano lusófono per-fazem os 13 pontos percentuaisao invés das importações que serevêem em 4,6 % para o Orientee no total para a antiga Áfricaportuguesa 18,3 %.

Uma vez esgotada a explo-ração do mercado energético doOriente Próximo, pela hegemo-nia norte-americana, os novoscolossos económicos viram-separa África e América Latina,

principalmente para Angola de-vido aos recursos energéticosfósseis e Moçambique à pro-dução eléctrica hidráulica deCahora Bassa ou o Brasil dosrecursos energéticos renováveis.

O desenvolvimento das tec-nologias de informação e comu-nicação, a corrida à indústriaaeroespacial ou a produção deitens necessários ao bem estardas populações das naçõesenvolvidas, da transformaçãodos recursos naturais disponí-veis são outros dos pontos carosmarcados nas agendas da coo-peração. Podemos assim con-cluir que para estes mercados,até pelas novas oportunidadessurgidas, há espaço para quePortugal supere os indicadoresmencionados, se rapidamente eem força as empresas portugue-sas apostarem e estiverem maisatentas a estes espaços mercan-tis e que consigam introduzirnos seus produtos a inovação,tecnologia ou outro valor acres-centado.

Dentro das actividades eco-nómicas tradicionais portugue-sas, como a produção vinícola, aindústria do calçado, dos têxteis,produtos alimentares, passandopelo sector da construção civilentre outras são aquelas quedevem ir mais além, pois aindahá muito a vestir, a alimentar, aconstruir.

Segundo as orientações daAgência para a Cooperação eDesenvolvimento Comercial dasNações Unidas, a UNCTAD, achamada cooperação Sul-Sul,será a privilegiada e Portugalque vai assumir a Presidência daUnião Europeia no segundosemestre do corrente ano, deveser um parceiro de cooperação eexemplo a dar à União Europeiano seguimento desta política deacção, aproveitando os merca-dos emergentes do Sudeste--Asiático, Ásia-Pacífico e África.

Ainda vamos a tempo!Vitorio Rosário Cardoso

surgiu entre a Malásia e a Sin-gapura. Actualmente, contamoscom luso-descendentes que sãopolíticos no sistema peculiar doregime da Cidade-Estado deSingapura, altas patentes (gene-rais inclusive) das Forças Arma-das Singapurianas, e empre-sários. Uma vez que no Oriente,o pragmatismo reina, as tradi-ções e valores como a honra, ascastas, a descendência, as rela-ções interpessoais também sãomuito importantes.

Portugal para os singapuri-anos, constitui também umespaço estratégico, pois tam-bém vive das relações além-mar, por isso que uma das prin-cipais empresas de gestão deportos de Singapura, a “Singa-pore Port Authority” é quemadministra o Porto de Sines,apercebendo-se desde cedo daimportância geoestratégica doMar Português.

Uma das principais catedraisem Singapura, ostenta ainda asarmas reais portuguesas, talcomo o culto Mariano que foidifundido a partir de Macau, épraticado de entre a comunida-de Católica local.

(continua no próximo número)

____* correspondente em Portugal

do Jornal Tribuna de Macau

A Ásia que ainda se lembra de Portugal

Cavaco na Índia, Sócrates na China

> continuação da página 11

CRÓNICAS DO ORIENTE

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200714

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DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

No passado dia 27 de Janei-ro, o executivo socialista da Câ-mara de Coruche, liderado porDionísio Mendes, realizou as

cerimónias de inauguração darequalificação urbana da entra-da norte da Vila e Parque doVale no Bairro da Areia. O prin-

cipal objectivo das obras foi ode dar melhores condições paraas pessoas que vivem em SantoAntonino e no Bairro da Areia.

Segundo Dionísio Mendes,“pretende-se acrescentar quali-dade de vida para as pessoasque vivem nestas zonas, porqueordenamos o trânsito rodoviá-rio e existe melhor facilidade decirculação para os peões. NoBairro da Areia, o que se trata,é de um Parque Urbano com ascaracterísticas próprias dessesParques, com zona de estacio-namento, zona desportiva, par-que infantil, zona de lazer commesas e bancos onde as pessoas

Inaugurações em Coruche

Requalificação Urbana da Entrada Norte da Vila e Parque do Vale no Bairro da Areia

Carlos Silva, Arquitecto da obra e Dionísio Mendes,presidente da autarquia descerram a placa indentificativa

Parque infantil, um dos equipamentos do Parque do Vale

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 15

Requalificação Urbana da Entrada Norte da Vila e Parque do Vale no Bairro da Areia

podem passar parte do seutempo”, adiantou o autarca.

O custo total da obra da zonanorte da Vila, zona dos superme-rcados, rondou os 320 mil euroscom a comparticipação deFundos Comunitários, e, a obrado Parque do Vale no Bairro daAreia rondou os 170 mil euros,além da aquisição do terreno novalor de 100 mil Euros.

Entretanto, a entrada Norteda Vila, vai ter continuidade narequalificação até ao Castelo.Desde a rotunda dos supermer-cados até à zona do Castelo, estavia será “tratada” com passeios,lancis, esgotos pluviais, regular-ização dos esgotos domésticos,e criação de bolsas de estaciona-mento. Segundo o edil de Coru-che, “pretende-se fazer a liga-ção do arruamento com o Está-dio Municipal, Piscinas Muni-

cipais e Avenida Salgueiro Maia.Além de organizar o trânsitocom a estrada da Lamarosa,zona dos semáforos, e fazer omesmo no cruzamento junto aoCastelo, avenida do Castelo ecurvas do Castelo. Toda a zonado largo da Avenida SalgueiroMaia e as Piscinas Municipais,criando uma boa área de esta-cionamento e espaço para trêsedifícios de habitação. Preten-

demos o crescimento urbano deSanto Antonino, zona de exce-lência, com a totalidade de in-fra-estruturas e de equipamen-tos públicos”, adiantou o edil.

A Câmara pretende aprovei-tar os Fundos Comunitários, “damelhor maneira, porque sãouma mais valia para qualquerCâmara que pretende investir efazer infra-estruturas. Se conse-guir-mos 65 a 70% de financia-

mento, a nossa contra partida érelativamente baixa e permite-nos fazer muito mais obras. Setivermos de pagar por inteiro asobras, naturalmente, faremosobras, mas menos obras. Comotemos boa saúde financeira,permite-nos aproveitar ao máxi-mo todos os Fundos Comuni-tários, candidatarmos todas asobras, e não deixar nada porfazer. Este é o quarto QuadroComunitário, no anterior man-dato aproveitamos parte do ter-ceiro Quadro Comunitário. Re-cordo que, começou em 1999 eveio até 2006, e estamos naCâmara desde 2002. Vamos co-meçar a entregar candidaturase a fazer obras, porque temosprojectos concluídos e outrosestamos a realizá-los”, salientouo presidente da autarquia.

____João Louro

A nova entrada nortede Coruche

Os espaços públicos adja-centes à estrada nacional 114(Vale Mansos/Santo Antonino),apresentavam-se degradados,inseguros e esteticamente poucoatraentes, agora a realidade éoutra, e, finalmente existe segu-rança no local, principalmentena relação entre o trânsito auto-móvel e a circulação pedonal. Arequalificação urbana vai conti-nuar em Santo Antonino, na via

pública que liga a nova rotundae o cruzamento do Castelo.

Parque do Vale • 40 lugares de estaciona-

mento automóvel, dos quaisdois são para deficientes e cincopara veículos de maiores dimen-sões (até 3500 kg).

• Áreas de recreio equipadascom mobiliário urbano e ensom-bradas por árvores, vocaciona-das para as necessidades lúdicasde todas as classes etárias, moti-vo pelo qual estão instalados,não só os tradicionais equipa-mentos de recreio destinadosaos mais novos, mas tambémum equipamento concebido paraos utentes de idade mais avança-da, que funcionará como um“ginásio” ao ar livre, na tentati-va de promover a interacçãoentre as mais diversas gerações.

• Recinto Polidesportivocom relva sintética pronta parareceber as mais diversas activi-dades.

• Iluminação e mobiliáriourbano estão instalados diferen-tes tipologias de bancos, pape-leiras e bebedouros, bem comode projectores instalados emcolunas metálicas, cuja coloca-ção visa reforçar o carácter fun-cional dos diferentes espaços,por forma a garantir a segurançae o elevado interesse daqueleequipamento em todos os perío-dos do dia.

Cartas ao Director

Exmo. Sr. Director de “O Jornal de Coruche”

Sou natural de Coruche e leitora doJornal que dirige, desde o seu primeironúmero e quero fazer-me assinanteporque considero que tem, não só man-tido o interesse inicial, como atéaumentado a sua qualidade, pelo quelhe expresso as minhas felicitações.

De facto, Coruche merece (e osCoruchenses também) um jornal comboa apresentação, com temas interes-santes, com divulgação de noticias daterra e realização dos seus eventos e umjornal que defenda os seus interesses eo seu património, mantendo a isenção ea qualidade como se tem vindo a fazer.Por isso, repito, muitos parabéns e omeu Obrigada.

Estive uns meses sem me deslocara Coruche e fi-lo agora, mais prolon-gadamente, no fim-de-semana passadotendo constatado, infelizmente, que oemparedamento do nosso Sorraia era,de facto, uma realidade.

Tinha prometido a mim própriaque não opinaria antes da obra termina-da porque fui um pouco contestatáriacom a anterior grande obra de recuper-ação do Rossio e que hoje considero ter

resultado muito bem e valorizado anossa vila já o tendo dito ao Sr.Presidente da Câmara.

Tinha-o prometido, de facto, masnão resisto a expressar a minha tristezapelo que me parece um tremendo dis-parate: o esconder dos “passantes” umdos melhores “trunfos” da nossa Vilaque é o seu rio. Dizem-me que ficarábonito aquele muro, que irá haver umpasseio pedonal elevado, que o “Murodo Escondimento” ficará “apenas” com80cm de altura, que os pedestrespoderão desfrutar da sua vista dessepasseio, etc., etc. mas então e quempassa de automóvel e não siga o camin-ho das Pontes ou não vá à esplanada doCastelo? Ficarão seguramente, semsaber que Coruche dispõe de um beloRio e mais, sem apreciar, as Obras, porcerto dispendiosas que em nome da suavalorização agora são realizadas. Quepena se assim for!

A ser assim, Coruche será das ter-ras que conheço bafejadas com a sortede disporem, de um rio como o seu, aprimeira e talvez a única que o escon-derá dos passantes e, pior ainda, a tiraráàqueles conterrâneos que já não podempassear a pé mas poderiam deslocar-seainda à Avenida e espreitar o seu

Sorraia que agora, como que enver-gonhado, se esconde deles!

Fiquei triste, muito triste e aindaum bocadinho incrédula porque con-sidero que a Câmara e o seu Presidentetêm gerido com inteligência e interessea nossa terra e o seu Património, e, a serverdade que o argumento para ademasiada altura daquele Muro é o das“cheias” nas zonas baixas da Vila, nãopercebo como é que o muro o vairesolver, uma vez que elas inundammuito antes do rio saltar o seu anteriorleito.

Claro que falo totalmente comoleiga nestas matérias e, certamente estaquestão foi considerada e resolvida porquem sabe, mas, mesmo assim, arriscoafirmar que se tivessem sido consulta-dos, os moradores dessas zonas teriampreferido arriscar e continuar a poderver o seu Rio das suas janelas ou portas,do que terem pela frente aquele Muroque lhes rouba a sua vista.

De resto, ao passar pela Avenida(que sempre imaginei ao iniciar-se aObra ser ela própria valorizada criando-se novos espaços com esplanadas, àsemelhança de outras terras ribeirin-has), ouvi muitas vozes referindo-se aoMuro conotando-o com outro de

recente e triste memória,o que me levoua pensar nesta eterna faceta dosCoruchenses de falar muito e intervirpouco. Porquê, se realmente, viramcrescer demasiado aquele muro não sefez um movimento que o impedisse?Será que não haveria outra alternativa?É que apenas me lembro de ver no seuJornal uma leve referência do Sr.Arquitecto Ribeiro Telles e pelo adi-antado da obra penso que nada sepoderá fazer. Ou será que ainda, des-perdiçando embora, alguns gastos járealizados, se poderá tirar algumaaltura, uma vez que mesmo os 80cm deque ouvi falar me parecem excessivosaté para os pedestres que, eventual-mente, possam beneficiar daquele pas-seio?

Enfim, resta-me aguardar para vera obra final e esperar que a beleza exte-rior da parede seja tal que nos façaesquecer a verdadeira beleza do correrdas águas do nosso Rio, ao que parece,no futuro sempre com água corrente.

Os meus votos sinceros de muitosucesso na Direcção de “O Jornal deCoruche” e os melhores cumprimentos.

Maria do Castelo Santos

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200716

O Rio Alviela voltou, no dia11 de Janeiro, a ser alvo de maisuma descarga poluente, denun-ciada pelas populações e autar-cas ribeirinhos. Este curso deágua é emblemático pelas pioresrazões possíveis na história dapoluição e dos atentados ambi-entais no país.

De acordo com “Os Verdes”,o “Governo continua a nãoassumir a sua quota parte deresponsabilidade como se viudurante a discussão e votaçãodo último Orçamento de Estadopara 2007, em que o PS (e oPSD) chumbaram propostaspara a realização de obras fun-damentais para as populaçõesque vivem nas margens do RioAlviela e há tantos anos sãopenalizadas com um grave pas-sivo ambiental”.

Pelo facto da ETAR de Alca-nena (que continua a ser umadas grandes fontes poluidorasdo rio) nunca ter sido concluídapelo Estado quando foi entregueà Associação de Utilizadores(AUSTRA), para além de pade-cer de outros problemas de fun-cionamento, continua a cair so-bre o Governo, a responsabili-dade de participar activamentena resolução deste problema.

Em causa está o investimen-to de “verbas para a recuper-ação do sistema de tratamentode águas residuais e industriais(essencialmente provenientes dosector dos curtumes)”.

Contudo, apesar das muitas,recorrentes e regulares queixasapresentadas, parece que o RioAlviela continua a ser um pro-blema “eternamente adiado”.

Entretanto, o Governador--Civil do Distrito de Santarém,Paulo Fonseca, informou queestão a ser diligenciados todosos esforços para apuramento deresponsabilidades pela descar-

ga. Os serviços da Comissão deCoordenação e Desenvolvimen-to Regional de Lisboa e Vale doTejo (CCDRLVT) e da GNRefectuaram recolha de amostrasnas Ribeiras de Amiais e do

Carvalho (afluentes do Alviela),avaliadas como potenciais focospoluidores, e têm realizado amonitorização diária dos níveisde poluição do rio.

Segundo o Governo Civil,esta nova descarga foi conse-quência de avaria no posto detransformação da Estação deTratamento de Águas Residuais(ETAR) de Alcanena, agravadapela ocorrência de um incêndioque obrigou à paragem do areja-mento do tratamento biológicopor mais cerca de 12 horas.

Reconhecendo a gravidadedo problema em torno da po-luição do Rio Alviela, o Gover-nador Civil encontra-se em per-manente acompanhamento dasituação e em contacto com asentidades responsáveis.

____

O grupo parlamentar de“Os Verdes”, questionou oMinistério da Saúde sobre onúmero de óbitos provocadospor ondas de calor nos últimosanos. O fenómeno das altera-ções climáticas não é novo ePortugal sofre as consequên-cias do aumento de temperatu-ra. Só entre Maio e Setembrode 2006, foram registadas nopaís cinco ondas de calor.

Um acontecimento seme-lhante, de maior intensidademas de menor duração, ocor-

reu no ano de 2003. Nessaaltura, as estatísticas apon-taram para 1950 mortes direc-tamente relacionadas com oaumento das temperaturas.

Segundo “Os Verdes”, aDirecção-Geral da Saúde temestudos que indicam o númerode vítimas do último ano, masainda não os divulgou.

O grupo questiona qual onúmero de mortes associadasàs vagas de calor em 2006,bem como as medidas tomadaspara evitar estes óbitos.

Ondas de calormatam em Portugal

Andreia e Ana Estela Ro-balo, irmãs gémeas, são duasatletas que residem na Fajarda,concelho de Coruche, mas rep-resentam a Associação Despor-tiva Salvaterrense, como ginas-tas na categoria trampolim indi-vidual, sincronizado e duplomini trampolim.

Representam a colectividadedo concelho vizinho, acerca dequatro anos e são várias as rep-resentações na selecção Nacio-nal na modalidade, com exce-

lentes classificações a nível indi-vidual e colectivo.

Segundo o professor HélderSilva, “têm obtido óptimosresultados no duplo mini tram-polim e no trampolim indivi-dual, embora sejam ginastasmuito diferentes. O primeiroano foi de adaptação, porquevinham da ginástica geral emCoruche, e optaram por seespecializarem em trampolins erumaram a Salvaterra de Ma-gos, uma vez que a modalidade

não existia nos Corujas. Após oano de adaptação, têm andadonos lugares cimeiros ao nívelnacional. Contam com um títulode campeãs nacionais em tram-polim sincronizado, vários títu-los nacionais em trampolimindividual e duplo mini tram-polim.

A Andreia no ano passado,foi campeã nacional em duplomini trampolim e ganhou a taçada Federação Portuguesa deTrampolim e Desportos Acro-báticos em duplo mini trampo-lim. A Ana Estela ficou em quar-to lugar, no trampolim indivi-dual e têm representado aSelecção Nacional com fre-quência.

São atletas de bom nível epoderão obter sucesso em ter-mos futuros”, salientou o técni-co das gémeas Robalo.

____João Louro

Nova descarga poluente no Rio Alviela

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Ambiente

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A temporada 2006 em Por-tugal teve em Luís Rouxinol oseu grande triunfador com umaregularidade de excepção e umtotal de 12 troféus conquistados,onde também Vítor Ribeiro pri-mou por uma temporada detriunfo, e, Ana Batista se conso-lidou mais uma vez como pri-meira figura somando corridas etriunfos. Sónia Matias este anotrocou a quantidade pela quali-dade e somou importantes triun-fos, destaque também para no-mes como o renovado JoséManuel Duarte, agora apodera-do pelo maior taurino da Raia,António Morgado, António Ma-ria Brito Paes, Duarte Pinto,Marcos Tenório, Francisco Pa-lha, Ana Rita e Joana Andrade,e, ainda amadores como PauloD’Azambuja, Tomás Pinto, Tia-go Carreiras e Isabel Ramos, aúltima convidada em estúdio doultimo programa, a quem já de-nominam de princesa das are-nas. No campo da forcadagemdestaque para a temporada dogrupo de Coruche, comandadosde Amorim Ribeiro Lopes. querealizaram uma excelente tem-porada, em ano da comemora-ção dos seus 35 anos de existên-cia. Demos destaque também ao

aniversário dos amadores deTomar e à prestação em geral detodos os grupos de forcados des-de os mais antigos e prestigia-dos aos mais recentes ou mo-destos.

No tocante ao toureio a pédestaque para a importantefaena de José Luís Gonçalves nacorrida de encerramento doCampo Pequeno, a alternativade Mário Miguel, primeiromatador açoriano e primeirocom duas alternativas de profis-sional do toureio, cavaleiro ematador. A passagem por cá defiguras como Ponce, Juli, Gallo,Castella ou Ivan Garcia, nosnovilheiros, deposita-se actual-mente fortes ilusões em AntónioJoão Ferreira e Nuno Casquinhapelos importantes triunfos alcan-çados alem fronteiras.

No campo ganadeiro o nossodestaque vai inteirinho para aganadaria de Veiga Teixeira,pelos triunfos e troféus alcança-dos, pela excelente regularidadedos curros lidados e um consid-erável numero de toiros bravos,no verdadeiro conceito de bra-vura, e não de menos mansos,refira-se como importância vital.

No tocante a empresas odestaque vai para Rui Bento

Vasquez como gestor taurino doCampo Pequeno, a empresa“Toirolindo” e “Montemor éPraça Cheia” pelos atractivoscarteis montados levando aesgotar o aforo das suas praças.“Toiros e Tauromaquia” pelasfeiras de Vila Franca de Xira eAlcochete, a empresa “LusoToiros” apenas não conseguiubons resultados no Montijo ecausou alguma polémica com acorrida da RTP Norte, de restoconseguiu atingir bons resulta-dos quer artísticos quer de bi-

lheteira, e, a “Toptoiros” deixoudecair um pouco o nível da feirada Moita em relação ao anoanterior.

De negativo apenas deixouma reflexão a quem de direitosobre o facto de nas nossas fes-tas, em Honra de Nossa Senhorado Castelo, se ter realizado ape-nas um único espectáculo tauri-no, uma excelente corrida écerto, mas muito pouco parauma terra aficionada por exce-lência como é Coruche, baluarteimportante de percursos e gen-

tes da história da tauromaquia.Tudo isto e muito mais foi o

espólio do nosso trabalho, porisso vamos hibernar com a con-sciência tranquila de missãocumprida.

Despeço-me de todos comum forte abraço e para o anocontamos voltar ao convívio detodos vós, se porventura os res-ponsáveis desta casa assim oentenderem!

Joaquim Mesquita(último Programa “Tauromaquia”

realizado a 7 de Novembro de 2006)

Programa de Toiros da RVS – Nota de Encerramento do ano 2006 (Parte II)

Abertura da Escola de Toureiode Coruche

Os Mestres António e ManuelCipriano (Badajoz) abrem a suaEscola de Toureio de Coruche noSábado dia 3 de Fevereiro de 2007,na Praça de Toiros Sorraiana deCoruche, prevendo-se a afluência demuitos candidatos a toureiros, e,também de bandarilheiros no activoque querem melhorar os seus conhe-cimentos e capacidades para a arteda brega.

No Próximo número, reportagemalargada com entrevista aos irmãosBadajoz.

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 17

O reconhecimento do Minis-tro do Ambiente, Nunes Cor-reia, de que Portugal deverá fa-lhar o cumprimento do Proto-colo de Quioto, no sentido dediminuir as suas emissões deCO2, é também o reconheci-mento implícito daquilo que“Os Verdes” têm vindo a repetir,de que falhou a política de trans-portes deste Governo “Os Ver-des” relembram que o sectordos transportes é que tem maiorquota de responsabilidade naemissão de CO2, uma políticaque se pretenderia pró-activaem defesa dos transportes públi-cos.

“Os Verdes” esperam que o

Ministro vá mais longe nestereconhecimento (que não podiadeixar de ser feito, visto que osdados estão em cima da mesa) ese empenhe, no quadro dasacções do Governo, na defesade uma política de transportescolectivos que represente umaverdadeira alternativa para amobilidade dos cidadãos.

“Os Verdes” relembram queas tarifas dos transportes públi-cos aumentaram recentemente,o que não vai, de modo algum,antes pelo contrário, incentivaras populações ao uso dos trans-portes colectivos.

“Os Verdes” salientam aindaque, no quadro do QREN, ovalor do investimento previstopara o sector dos transportesserá quase todo absorvido peloTGV e pelo aeroporto da OTA,o que significa que serão parcosos investimentos noutras áreas,sendo certo que, nestas condi-ções, as emissões de CO2 vãocontinuar a aumentar.

Alterações climáticas– ministro reconhece

falha O Partido Ecologista “OsVerdes” respeita, mas lamenta, adecisão do Sr. Presidente da Re-pública de promulgar o diplomado Governo que consagra o no-vo Estatuto da Carreira Docente

Em causa está, segundo osVerdes, não apenas um flagranteataque aos direitos e à dignidadeprofissional da função docente,perpetrado durante um vergo-

nhoso processo extremamentemal conduzido pelo Ministérioda Educação que a tudo recor-reu para viciar a discussão einviabilizar a negociação comos representantes dos trabalha-dores, mas principalmente omais vigoroso ataque à escolapública e democrática desde hámuitos anos.

No entender de “Os Verdes”,

o facto de existirem inclusiva-mente pareceres que apontampara eventuais inconstituciona-lidades do diploma, deveriamjustificar outra postura pela par-te do Sr. Presidente da Repúbli-ca, que assim aparece, mais umavez, ao lado do Governo emrelação a um dos piores diplo-mas que mais negativamente irámarcar esta legislatura.

Contra o novo Estatutoda Carreira Docente

É verdadeiramente inacredi-tável que o Ministro da Econo-mia, Manuel Pinho, tenha afir-mado na China, onde se deslo-cou integrado em visita oficial,que Portugal é apetecível emtermos de investimento estran-geiro devido aos baixos saláriospagos aos trabalhadores.

É inaceitável que um Minis-tro, em nome do Governo portu-guês, e, com as enormes respon-sabilidades que tem, se vanglo-

rie dos baixos salários que osportugueses recebem e demons-tre que esses baixos salários sãoum instrumento que o Governoestá a usar também para pro-mover potenciais investimentosexternos.

Esta declaração do Ministroda Economia deve ser entendidacomo uma ofensa aos trabalha-dores portugueses. Esta declar-ação de Manuel Pinho é aindabem demonstrativa de como o

Governo português insiste emficar na cauda da Europa no quediz respeito à dignidade dosnossos trabalhadores e de como,ao invés de promover e propa-gandear a qualificação da mãode obra portuguesa, propagan-deia e promove o seu baixo custo.

Chegado a Portugal o Sr.Ministro precisa de ser confron-tado no Parlamento com estaindecente afirmação.

Os Verdes

As lamentáveis declarações doMinistro da Economia, na China

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200718

Em 1967 com nova vaga depedidos, coube outra vez àFrança o papel de, desta vez,rejeitar a reabertura de ne-gociações para o alargamen-to das Comunidades com todosos candidatos, embora o seualvo continuasse a ser a Ingla-terra, como já se viu. Desta vezo motivo oficial foi a recentedesvalorização da Libra, e por-tanto não se considerar oportu-na a abertura do processo deadesão. Por trás destas argu-mentações técnicas estava con-tudo o facto de a França ver aInglaterra como um braço dosEUA na Europa, o que colidiafrontalmente com o desejo deDe Gaulle de ver a França lide-rar o projecto europeu semsombras.

O General De Gaulle aban-donou a Presidência da Françaem 28 de Abril de 1969, nasequência de um referendo emque pedia mais poderes para ocargo de Presidente da França,o que lhe foi negado pelosresultados. Tirando todas asconsequências políticas do re-sultado do referendo o Presi-dente que tinha unido os fran-ceses, abandonou as suas fun-ções demitindo-se e retirando--se da cena política, para a suaresidência em Colombey-les-deux-Eglises.

Sucedeu-lhe no cargo Geor-ges Pompidou que solicitauma cimeira de Chefes deEstado e do Governo, aos seis,a qual se veio a realizar emHaia em 1 e 2 de Dezembro de

1969, cuja agenda foi marcadapela discussão do dossiê refer-ente à eventual adesão doReino Unido às Comunidadese com a apresentação, pelonovo Presidente da França, doque ficou conhecido na formu-lação de Pompidou como aspolíticas de Aprofundamento,Acabamento e Alargamento.

Apenas em 9 de Junho de1970, foi decidido pelo Con-selho, mandatar a Comissãoeuropeia para abrir negoci-ações exploratórias com ospaíses da EFTA, nomeada-mente com Áustria, a Finlân-dia, Suécia e Suíça que não tin-ham apresentado ainda qual-quer solicitação de abertura denegociações ou pedido de ade-são, a Irlanda que já tinha apre-sentado o seu pedido de adesãoem 1961, reiterado em 1967, ecom Portugal que já tinhaapresentado em 1962 um pe-dido de abertura de negocia-ções com a Comunidade Eco-nómica Europeia. No mês se-guinte teve lugar o reatamentodas negociações entre a Comis-são e o governo de Londres.

A Dinamarca e a Inglaterraacabariam por aderir em 1973,e outros parceiros da EFTAcomo a Áustria, a Noruega e aSuécia acabaram por aderir noinício da década de 1990.

Portugal não abandonou assuas pretensões e após a de-cisão do Conselho de Haia, deDezembro de 1969, de dar ummandato à Comissão europeiapara negociar com os países da

EFTA, reiniciou as negoci-ações entregando um memo-rando ao Presidente da Comis-são da CEE, em 28 de Maio de1970, no qual o governo por-tuguês manifestava o desejo deentrar em negociações, com oobjectivo de estabelecer oslaços que verificassem adequa-dos aos interesses das duaspartes.

Os contactos explorató-rios tiveram lugar em 24 deNovembro de 1970, sendo adelegação portuguesa chefiadapelo então Ministro dos Negó-cios Estrangeiros Dr. Rui Patrí-cio que fez uma exposição aoConselho que foi muito bemrecebida. As negociações en-quanto tal, foram conduzidaspelo Embaixador Dr. TeixeiraGuerra e desenrolaram-se entre1971 e 1972.

Este processo, desenvolvi-do já em pleno governo doProf. Marcelo Caetano, levariaà assinatura de um acordocomercial em 22 de Julho de1972, entre as Comunidadese Portugal. Este acordo con-tinha uma clausula evolutivaque permitia a Portugal pediruma associação mais profunda,à Comunidade Económica Eu-ropeia, à medida que a sua evo-lução o aconselhasse, e fossejulgado conveniente pelas partes.

É justo referir os nomesdas pessoas que integraram aequipa, a convite do então Pre-sidente do Conselho de Minis-tros, que preparou estas nego-ciações e que acompanhou o

seu desenvolvimento. Era con-stituída por personalidades dealta capacidade como o Em-baixador Teixeira Guerra,Embaixador Calvet de Maga-lhães, Dr. Silva Lopes, EngºCarlos Lourenço, Dr. ÁlvaroRamos Pereira, Drª RaquelFerreira, Engº João Cravi-nho, Drª Isabel MagalhãesColaço, Dr. Joaquim Mexia,Dr. Alberto Regueira, EngºTorres Campos e o Embai-xador Luís Góis Figueira, quepermitiram que Portugal che-gasse ao referido acordo coma, então, Comunidade Econó-mica Europeia.

Este acordo permitia umdesarmamento das barreiras àentrada de produtos e serviços,da comunidade, que se podiaprolongar até 1980 ou 1985,podendo Portugal aplicar res-trições quantitativas até essadata e contingentar a importa-ção de automóveis.

Os direitos aduaneiros, comfins fiscais, deveriam progres-sivamente ser substituídos porimpostos directos. Os produtosagrícolas beneficiariam tam-bém de um regime especial dedesarmamento. Na prática istosignificava que Portugal podiair renegociando as condiçõesdo acordo, à medida que iaevoluindo, e que teria um pe-ríodo de cerca de 8 anos parabeneficiar de algumas pro-tecções. Na sequência desteacordo e ao abrigo desta cláu-sula, depois de uma reuniãoentre Portugal e a Comunida-

de, no Luxemburgo, em Outu-bro de 1973, o Conselho daCEE ofereceu a Portugal umaajuda excepcional de urgência.

Posteriormente, no ano de1976, a pedido de Portugal, oConselho decidiu autorizar aComissão a iniciar negocia-ções ao abrigo da cláusulaevolutiva do Acordo de 1972,com vista ao alargamento doseu domínio de aplicação.

Tais negociações permiti-ram a conclusão, nesse mesmoano, de um Protocolo Adicio-nal ao Acordo de 1972, e deum Protocolo Financeiro atra-vés do qual a ComunidadeEconómica Europeia se dis-punha a prestar ajuda ao nossopaís, que atravessava gravesdificuldades, derivadas da cri-se do 11 de Março.

A evolução deste processolevou, em 1980, o EmbaixadorDr. António de Siqueira Freirea estabelecer as seguintesquestões encadeadas:

– «Teríamos podido alcan-çar os termos em que assiná-mos a Acordo de 1972 com aCEE, senão estivéssemos naEFTA? Teríamos podido pedirjá a adesão como membro depleno direito às Comunidadesse não tivéssemos adquirido aimagem e a longa experiênciade integração europeia adqui-ridas na EFTA e na vivênciado Acordo Portugal – CEE de1972?».

Em próximos artigos des-crever-se-ão mais posições dePortugal face à Europa.

Dr. Miguel Mattos Chaves *

A UNIÃO EUROPEIA

* Gestor de Empresase Doutorando em Estudos Europeus

pela Universidade Católica

do pós-guerra aos nossos dias– A posição portuguesa face às Comunidades Originais (CECA, CEE, CEEA)(continuação do número anterior)

Inserção de Portugal no Mundo (parte III)

Numa iniciativa da Câmara Municipal deCoruche e da Associação de Comerciantes doConcelho de Coruche com a colaboração dasJuntas de Freguesia, realizou-se o sorteio da 3.ªedição da Campanha “Faça compras perto de casae ganhe prémios”.

Para António José Rosa, representante daAssociação de Comerciantes, “o balanço foi posi-tivo, foi a terceira edição, é um êxito consolidado.As pessoas continuam a aderir muito bem, e esta-mos a pensar na próxima edição onde poderemosmelhorar a campanha, nomeadamente comprémios mais aliciantes. Estamos a trabalharneste aspecto com a Câmara e penso que vamosconseguir dar outra inovação a esta iniciativa”,salientou.

Sorteio de Natal “Faça compras perto de casa e ganhe prémios”

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O programa da RTP “Osgrandes portugueses”, apresen-tado por Maria Elisa, que vaieleger a maior figura nacionalde todos os tempos, tem susci-tado interesse e alguma celeu-ma em torno da “grande figuranacional”.

Os dez grandes portuguesesmais votados (no programa) fo-ram, por ordem alfabética, D.Afonso Henriques, primeiro Reide Portugal; Álvaro Cunhal, po-lítico; António de Oliveira Sala-zar, político; Aristides de SousaMendes, diplomata; Fernando Pes-soa, poeta; Infante D. Henrique,estadista; D. João II, rei; Camões,poeta; Marquês de Pombal, esta-dista; Vasco da Gama, navegador.

Alguns jornais aproveitaramo repto e também elegeram o“maior” português de sempre.Os cronistas do “Diário de Notí-cias” optaram, por exemplo, naedição de 13 de Janeiro, peloautor d’Os Lusíadas, Luís Vazde Camões.

As razões e os critérios deeleição são os mais diversos. Háquem avalie uma figura nacio-nal pelo seu contributo para aHistória do país, outros elegemconsoante o contributo na áreacultural, política ou desportiva...Cabe a cada um fazê-lo comoentender.

Dou por mim a entrar nestedebate e a pensar qual é, ou deveser, o meu eleito e qual a justifi-cação para essa escolha. Devodar primazia ao feito de alguémque arriscou a vida a defender opaís ou à individualidade que,com a sua arte, seja ela qual for,divulgou o nome de Portugalaos quatro cantos do mundo?Ou se, por outro lado, uso crité-rios mais pessoais e elejo o pro-fessor de português que, com oseu rigor e autoridade, marcou(para sempre) o meu percursoescolar e pessoal? Ou entãonomeio (em jeito de homena-gem) o Coronel Mourão que,com a sua generosidade finan-

ciou a escola primária da minhaaldeia (Ervidel), um acto de boavontade que marcou, indiscu-tivelmente o percurso de vida detodos os que nela estudaram eestudam? Ou simplesmente sigoo coração (e as preferências pes-soais) e elejo a grande figuraque brilhou no meu clube defutebol (onde já existe uma está-tua em sua homenagem, erguidana “Catedral”), ou o autor domeu poema preferido ou ainda,o toureiro que mais me emocio-nou e emociona cada vez queentra numa arena?… Decisãodifícil esta… eleger uma, ape-nas uma, é quase tão difícil co-mo acertar no número do euro-milhões. Parece uma compara-ção um pouco desapropriadamas não é.

Se tiver em consideração aHistória de Portugal, muito ricaem todas as áreas, cheia depersonalidades que, ao longodos séculos, deixaram a(s) sua(s)marca(s) (que são do agrado de

uns e do desagrado de outrosmas que são uma realidade) queainda hoje perduram, esta com-paração tem algum sentido, poisa dificuldade é muito grande e a“concorrência” [entre os gran-des portugueses] ainda é maior.

Da mesma forma que acertarnos números mágicos é um fei-to quase impossível o que nãoimpede milhares e milhares depessoas de “competirem” para oalcançar. São as pessoas e os seusactos que fazem um país, a sua

História. Da minha parte, aindanão encontrei resposta. Talvezum dia…

E, voltando aos dez finalistasdo programa da RTP, até seremdivulgados os resultados finaisda votação, aceitam-se apostaspara qual o vencedor de entre asdez grandes figuras nacionais.

E você, qual O GRANDEPORTUGUÊS que elege?

____* Lic. em Sociologia

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 19

A escolha da maiorfigura portuguesa de sempre

Telma Leal Caixeirinho *

OPINIÃO

CARTÓRIO NOTARIAL DE CORUCHE– CERTIFICO, para efeitos de publicação que, por escritura de Justificação lavrada no dia vinte e qua-

tro de Janeiro de 2007, neste Cartório, de folhas cinquenta e sete a folhas cinquenta e oito verso do livro denotas para escrituras diversas número quinhentos e quarenta e cinco-D. MANUEL PIRES, cont. 116 931 345e mulher JOAQUINA ROSALINA AURÉLIO, cont. 116 931 353, casados sob o regime da comunhão geralde bens, naturais, ele da freguesia de Alcaravela, concelho do Sardoal, ela da freguesia e concelho de Coruche,residentes na Rua dos Fidalgos, no lugar e freguesia da Branca, concelho de Coruche, DECLARAM que, sãodonos, com exclusão de outrem, do seguinte prédio, na freguesia da Branca, concelho de Coruche: PRÉDIOURBANO, sito Rua dos Fidalgos, Branca, composto por uma casa de habitação de rés-do-chão, com quatrodivisões, com a superfície coberta de setenta e um vírgula cinquenta e dois metros quadrados e logradourocom a área de dois mil e três virgula quarenta e oito metros quadrados, inscrito na respectiva matriz sob o arti-go 341, com o valor patrimonial de € 14 110,00, a confrontar de Norte com Virgílio Felício Rodrigues, deSul com Leocínio Custódio Veríssimo, de Nascente com Alberto Ramalho e de Poente com Domingos Lopes,ao qual atribuem para este acto valor igual ao valor patrimonial ou seja catorze mil cento e dez euros.

– Que este prédio não se encontra descrito na Conservatória do Registo Predial do concelho de Coruchee está inscrito na matriz em nome do justificante marido.

– Que justificam, porém, aquele seu direito de propriedade nos termos seguintes:– O prédio ora justificado veio à sua posse ainda como terreno urbano, por doação meramente verbal feita

por seus pais e sogros, respectivamente Silvério Pires e mulher Virgínia Maria, que foram casados entre si sobo regime da comunhão geral de bens e residentes no mencionado lugar da Branca, no ano de mil novecentose sessenta, sem, no entanto, terem celebrado a competente escritura pública.

– Desde aquela data, porém, entraram na posse do imóvel construindo nele a sua casa de morada dafamília, posse que exerceram em nome próprio até hoje, sem qualquer interrupção, à vista de toda a gente esem oposição de quem quer que fosse, suportando todos os encargos a ele respeitantes, designadamente os denatureza fiscal e actuando em tudo o mais sobre ele em correspondência perfeita com o exercício do direitode propriedade.

– Exercendo essa posse por mais de vinte anos, sem interrupção e com a consciência de estarem a agircomo verdadeiros donos do prédio, o que confere a tal posse a natureza de pública, pacífica e contínua, fun-damentado assim a aquisição do respectivo direito de propriedade por usucapião, o que, pela natureza, impedea demonstração documental do seu direito e a primeira inscrição , que se pretende, no registo predial.

– Tal posse em nome próprio, pública, pacífica e contínua conduziu à aquisição do imóvel por usucapião,que ora invocam.

ESTÁ CONFORME. Cartório Notarial de Coruche, vinte e quatro de Janeiro de dois mil e sete.

O Escriturário Superior(Assinatura ilegível)

NOTARIADO PORTUGUÊS

Os dez grandes portugueses mais votados(no programa)

Fonte: www.rtp.pt/wportal/sites/tv/grandesportugueses/

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200720

Portugal sempre teve um re-lacionamento europeu. Agradua-ção deste relacionamento e a im-portância que os diversos deci-sores políticos atribuíram às suasvertentes atlântica, africana e eu-ropeia, através dos diversos tem-pos, é que foram diferentes.Qualquer destas vertentes sem-pre fez parte da nossa cultura eda nossa história e foram, e são,elementos importantes na forma-ção continuada, e consolidação,da nossa identidade nacional.

É que, de uma clara opçãoAtlântica e Africana, – (motiva-da pelo geobloqueamento ter-restre de Portugal, pela Espa-nha, e pela existência da barreirapirenaica) – dos regimes da Mo-narquia, da 1ª República(1910/1926) e da 2ª República(1926/1974), (pelos motivosatrás expostos e por motivos dorelacionamento com os terri-tórios do ultramar) se passou, na3ª República – (1974...) a darmais importância à vertentecontinental europeia. Este factofoi, e é realmente, uma novidadeem termos das prioridades daPolítica Externa de Portugal,desde os tempos do Rei D. João I.

Isto é, na Monarquia e nas 1ªe 2ª Repúblicas, Portugal tendoum relacionamento normal coma Europa, não lhe atribuiu oestatuto de prioridade. A priori-dade era Atlântica e Africana.

Na 3ª República, Portugalficou praticamente “colado” aoContinente e só no início doséculo XXI recomeçou, emboratimidamente, a tratar da diver-sificação das suas dependências,ou alianças, nomeadamente comos EUA e os Palops.

Portugal deve sentir-se mui-to à vontade no Sistema Interna-cional. Tem uma história inve-jável de contactos com países domundo inteiro e por isso deverecapturar parte, e em moldesdiferentes, da sua vocação atlân-

tica e africana de forma a nãoficar espartilhado no seu cami-nho de progresso.

Citando o Prof. Políbio Va-lente de Almeida: “Ao longo daHistória, Portugal enfrentoudesafios implacáveis que pare-ciam excessivos para a suadimensão. Teve que enfrentar aEspanha e fez-se respeitar; teveque enfrentar o mar desconheci-do e transformou-o num instru-mento de ligação entre os home-ns. Teve que enfrentar a pobrezamaterial e usou-a para o en-grandecimento moral; aconte-ceu-lhe conviver com outrasraças e crescem Brasis; foi mar-ginalizado pela Europa e, noentanto, a sua estratégia foidecisiva para o aparecimento

de um novo equilíbrio mundial.A perda recente de algumasfunções históricas seculares e amudança brusca de dimensãofísica obrigaram-no a reconci-liar-se com o presente e a assu-mir-se como um pequeno estadoque, pelo reforço dos seus valo-res espirituais e pelo sentidoque for capaz de dar à sua res-ponsabilidade ecuménica, po-derá vir a posicionar-se entre asmédias potências”. (1)

Portugal está hoje inserido naUnião Europeia(2). É umaevidência e uma necessidade es-tratégica do nosso país. Somosum dos países que a integramactualmente. Seremos um dosvinte e sete, ou trinta, que a inte-grarão futuramente.

Não sendo territorialmente, epopulacionalmente, dos maiorespaíses do Continente, não so-mos dos mais pequenos. Na Eu-ropa temos países mais peque-nos que nós: Bélgica, Holanda,Luxemburgo, Suíça, para dar sóalguns exemplos de paíseslocalizados no centro do Conti-nente. Populacionalmente, esta-mos com os de média dimensão.

Economicamente, estamosatrasados face aos nossos par-ceiros mais desenvolvidos, mas,ainda assim, somos mais desen-volvidos do que alguns dos queentraram ou estão para entrar, naorganização denominada deUnião Europeia. Mas é bom re-cordar que quando alguns dizemque estamos atrasados fazem-nopor comparação, apenas e só,com os países mais ricos destaregião do planeta.

É bom não esquecer que sefizermos a comparação entrePortugal e a totalidade do Sis-tema Internacional de EstadosSoberanos, que conta com cercade 200 Estados, então podemosafirmar, (e as estatísticas inter-nacionais assim o afirmam), quePortugal está no Clube dos Paí-ses mais ricos do Mundo.

Tecnologicamente, estare-mos na média da Europa alarga-da. No aspecto educacional e depreparação dos recursos huma-nos temos muito por fazer.Neste aspecto, por causa da faltade objectivos claros e por faltade organização e métodos.

Em termos de influência po-lítica, tudo depende da capaci-dade dos nossos governantes,em particular, e das elites, emgeral. Porque, ao nível da políti-ca pura, o que tem sido eviden-ciado é, antes de mais, a neces-sidade de um pequeno Esta-do(3), como Portugal, “afrouxaros modelos tradicionais deinterdependência, muito for-mais e rígidos, e estabelecer o

maior número possível de liga-ções informais com o maior nú-mero possível de Estados poten-cialmente colaboradores”.(4)As ligações informais são me-nos onerosas que as formais epodem ser um bom ponto departida para aprofundamentosformais posteriores que condu-zam à formalização sustentadadas relações. Mas o que deve-ríamos colocar na primeira linhade pensamento é a questão decomo, quando e de que formanos poderemos tornar relevantesno sistema internacional.

O eixo geográfico, político eeconómico da comunidade euro-peia está a deslocar-se para oLeste europeu. Por haver maisseres humanos aí a residir. Porhaver maior proximidade e faci-lidade de deslocação e comuni-cação entre um número alargadode pessoas. Por o “coração eco-nómico e político” aí se situar.

Donde, temos de encontrarformas de não nos deixarmosafundar em pessimismos e der-rotismos e ver como poderemoster um papel na actual e futuraconstrução europeia e no Mun-do em geral. O Mundo já não éeurocêntrico e existem váriaspossibilidades de expansão daprojecção de Portugal em váriaszonas do planeta.

Não obstante a nossa actualligação à Europa Continentalimporta não esquecer, comolembra o Prof. Borges de Mace-do, que Portugal não pode aderira nenhuma solução externaexclusiva, (opção continental oumarítima) dado que ambas assituações são de considerar, atéporque, o interesse dos paísesdo centro europeu pelo seu ex-tremo ocidental ou o seu aban-dono se pode verificar. Portugaltem que reunir, na sua com-posição nacional, a permanentecapacidade de escolher, em cadamomento, em qual se deve apoi-

O MAR e PORTUGAL (parte V)

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O Governador Civil do Dis-trito de Santarém reuniu ontemcom a Directora do CentroDistrital de Segurança Social(CDSS) de Santarém. Este en-contro teve como principaisobjectivos o planeamento e orga-nização de actividades conjuntase a divulgação de alguns dos pro-jectos governamentais em ma-téria de Segurança Social.

Paulo Fonseca e AnabelaRato irão dar continuidade à ini-ciativa Tempo de Solidariedade,que teve início em 2005. Nasúltimas segundas-feiras de cadamês, até ao final do ano, os doisresponsáveis visitarão diversasInstituições Particulares de Soli-dariedade Social do Distrito,numa tentativa de conhecer assuas potencialidades e ambiçõese de tomar contacto com umarealidade considerada alheia àsociedade em geral.

A importância destas visitaspassa pela sensibilização dapopulação para os problemasafectos aos excluídos e aos maiscarenciados; em suma, aos que,por diversas razões, não con-seguem ser independentes noalcance de uma qualidade devida digna.

Foi igualmente feito um ba-lanço do trabalho produzido em2006 no âmbito do Programa deAlargamento da Rede de Equi-pamentos Sociais (PARES), on-de foi realçado o apoio a 15 ins-tituições do Distrito de Santa-rém foram, em 2006, contem-pladas com uma compartici-pação total de 5.321.184 euros,distribuídos pelas valências delar de idosos (3.299.695 euros),creches (1.546.667 euros), cen-tros de dia (425.408 euros) eserviços de apoio domiciliário(49.414 euros).

Estes investimentos no sec-tor social no Distrito represen-tam o alargamento dos apoios a731 novos utentes, com princi-pal incidência nas creches, queabrangerão 323 crianças. Aonível dos lares de idosos, prevê-se a criação de 203 vagas,enquanto os centros de dia e osserviços de apoio domiciliáriocontarão com 125 e 80 novosutentes, respectivamente. Emvalores absolutos, o investimen-to público por cada novo utenteé de 7.279 euros. Para 2007, operíodo de apresentação de can-didaturas para o PARES II teveinício no passado dia 18 de Ja-

neiro, terminando o seu prazode entrega a 22 de Fevereiropróximo. Para Paulo Fonseca eAnabela Rato, trata-se de umgrande passo no desenvolvi-mento das estruturas sociais doDistrito.

Outro tema abordado na reu-nião entre o Governador Civil ea Directora do CDSS foi oComplemento Social para Ido-sos, para o qual já se encontramigualmente abertas as candidat-uras, devendo todos os interes-sados dirigir-se aos serviçoslocais da Segurança Social. Parapuderem usufruir deste benefí-cio, os utentes terão de ter idadeigual ou superior a 70 anos eauferir um rendimento mensalinferior a 300 euros. Importa re-ferir que, em 2007, a aplicaçãodesta medida para a idade de 70anos representou um relevanteganho social, medido pela ante-cipação deste pagamento, pre-visto apenas para 2008, per-mitindo o seu alargamento so-cial e etário.

Este resultado foi possíveldevido à evidência do excelentedesempenho na gestão finan-ceira dos valores atribuídos para2006.

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 21

O Mar e Portugal

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ar, tem que manter ambas asopções em aberto.

Erros sempre foram cometi-dos pelos Estados e continuarão asê-los. É próprio do ser humano.E é ao ser humano que competegovernar o Estado, entidadeabstracta representativa da Na-ção, por delegação desta. O queinteressa é, sobretudo para umpaís pequeno, cometer cada vezmenos erros.

A utilização das rotas maríti-mas e a livre fruição dos acessosmarítimos desempenharam, edevem desempenhar, num paístão ligado ao mar como Portu-gal, um papel relevante. Essepapel evoluiu ao longo dos tem-pos. Nos séculos XV e XVI,Portugal, como já se referiu, foia primeira potência marítima daEuropa e do Mundo. Criou rotasmarítimas oceânicas e sobreelas estabeleceu o primeiroimpério marítimo de dimensãomundial.(5). Foi a “superpotên-cia” da época.

Até 1974, e apesar de ter dei-xado de ser uma potência marí-tima, as rotas oceânicas sempretiveram uma importância estra-tégica para Portugal por quatrorazões:

1 - Primeira: garantiam asligações económicas e militarescom o ultramar português;

2 - Segunda: garantiam-nosa liberdade do comércio maríti-mo como alternativa ao comérciopor terra, mais caro e passívelde ser controlado pela Espanha;

3 - Terceira: garantiam-nos apossibilidade de socorro militarpor parte de um aliado;

4 - Quarta: davam-nos a pos-sibilidade de retirar por mar oPoder Político, e parte do PoderMilitar, em caso de invasão ter-restre, obtendo deste modo umaprofundidade estratégica que aconfiguração do território conti-nental europeu não possui.

5 - E por fim, Portugal desde

o século XVII até à SegundaGuerra Mundial teve como alia-do a nação que se tornou naprincipal potência marítima, apartir do século XVIII(6): a Grã-Bretanha.

Destas condições estratégi-cas mudou de configuração par-cial a quarta. A primeira mudoude cambiante. Mas esta, a pri-meira, permanece como possi-bilidade de ligação privilegiadacom os países de língua oficialportuguesa, se o soubermos fa-zer, com evidentes benefícioseconómicos, financeiros e tam-bém culturais e políticos.

Quanto aos outros factores,acima apontados, eles perma-necem verdadeiros. Evidente-mente que em tempo de paz noterritório europeu, alguns destesfactores tendem a ser desvalori-zados. Mas podemos afirmar quetemos garantida a paz eterna?

____Miguel Mattos ChavesGestor de Empresas e

Doutorando em Estudos Europeuspela Universidade Católica

____

(1) In Almeida, Políbio Valente de Op.Cit. pp. 372-373

(2) Chaves, Miguel de Mattos – Por-tugal e a Construção Europeia –ed. Sete Caminhos – Lisboa 2005

(3) Pequeno Estado – esta noção refe-re-se sobretudo às dimensões doterritório, da população e dos recur-sos. CF – por exemplo: Carvalho,Joaquim de – apontamentos dacadeira de Sistema Internacional,Políbio Valente de Almeida – doPoder do Pequeno Estado, Morei-ra, Adriano – Ciência Política e domesmo autor – Teoria das RelaçõesInternacionais.

(4) In Almeida, Políbio Valente de Op.Cit. pp. 358

(5) In Martins, François – Aponta-mentos de Geopolítica e Geoestra-tégia, Bloco VI, Lisboa, Universi-dade Lusíada, 1999, pp. 147

(6) Modelsky, George – Long Cicles inWorld Politics – ed. MacmillanPress – 1987 – os cinco ciclos doPoder Mundial desde 1494 até àactualidade

____

Segundo a resolução da Assembleiada República aprovada a 14 de De-zembro, a bandeira é “de prata, tendoao centro esfera armilar de ouro e,brocante sobre ela, o escudo das ar-mas nacionais, com bordadura deverde”.

A mesma resolução determina quea bandeira esteja erguida “no períododa sessão legislativa e nos dias de fun-cionamento parlamentar junto à ban-deira nacional”.

Um galhardete “de modelo semel-hante à bandeira” deverá ser utiliza-do na frente da viatura “ao serviço dopresidente da Assembleia da Repú-blica ou do vice-presidente que legal-mente o substitua”.

O primeiro içar da bandeira daAssembleia da República, foi no pas-sado dia 3 de Janeiro pelas 9,30h, e foiantecedido de honras militares naescadaria exterior do Palácio de SãoBento.

Recém-criada Bandeirada Assembleia da República

Projectos Sociais em DiscussãoGovernador Civil de Santarém eDirectora da Segurança Socialreúnem

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200722

EMÍLIO SALGARI, cria-dor do mítico Sandokan, o heróida minha e de muitas outrasinfâncias, foi sem dúvida umdos mais profícuos autores delivros de aventuras.

A vastidão da sua obra éimensa, sobretudo se atender-mos à diversidade de regiõesgeográficas em que as diferentesacções vão decorrer.

Nenhuma região do globodeixou de ser por ele escolhidacomo cenário de rocambolescosepisódios vividos por aventurei-ros de excepção, de entre elesressaltando, para os leitores por-tugueses a figura admirável deGastão de Sequeira, nome comque o orgulho nacional, à época

tão positivamente acentuado,ainda que com algum desres-peito pelos direitos de autor, ha-via crismado o personagem por-tuguês, irmão do Tigre da Malá-sia, que Salgari criara como Ya-nez de Gomera.

Os livros de Salgari foramtraduzidos do italiano para qua-se todas as línguas do mundo.Romances, novelas e contos fo-ram vertidos para banda dese-nhada e passados ao cinema pa-ra séries televisisvas ou longasmetragens de sucesso.

Com a chegada da ciberné-tica o entusiasmo não abrandou.O fenómeno não secundarizouSalgari e a sua obra. Antes pelocontrário, o entusiasmo dos ci-bernautas gerou edições e edi-ções on line, sites, e fóruns, que,

por sua vez, deram azo a umamaior mobilização para congres-sos, encontros literários, ou ex-posições bibliográficas, que inú-meras universidades e grandesbibliotecas italianas realizam.

A incansável actividade dediversos estudiosos, literatos,bibliófilos ou docentes univer-sitários não se limitou à publi-cação de ensaios sobre Salgari ea sua obra, desdobrando-se tam-bém em incontáveis artigos vin-dos a público em publicaçõesperiódicas de grande circulação.

Corine d’Ângelo com o seusite www.emiliosalgari.it, Vitto-rio Sarti, com as suas bibliogra-fia Salgariana, editada por Ma-lavasi em 1990, e Nuova Biblio-

grafia Salgariana, editada porSérgio Pignatore, em 1994; Fe-lice Pozzo, com várias obras,entre as quais, Emílio Salgari ed’intorni, ou ainda em 2006com L’Offizcina Segretta diEmílio Salgari; Conrado Farina,Lívio Belli, Cláudio Gallo e,entre nós, A.J Ferreira, com as 3edições do seu Diccionário denovelas e contos de Emílio Sal-gari, são apenas alguns dos au-tores que deram grande contrib-uto para os estudos salgarianos.Sem esquecer, numa vertentemais estritamente biográfica,“Mio padre Emílio Salgari”, dofilho do romancista, Omar Sal-gari, ou, numa prespectiva esté-tica, “L’Occhio delle Tigri” dePaolla Pallottino, em que apro-fundadamente são estudados os

desenhadores Alberto della Va-le, Pierino Gamba, GennaroAmatto e outros grandes cola-boradores das editoras Donath,de Génova, Bemporad, de Flo-rença, etc, na concepção e rea-lização das capas e ilustraçõesinteriores das primeiras ediçõesdos livros de Salgari.

À beleza estética destas ca-pas podemos nós atribuir, aliás,uma parte não irrelevante daatracção e consequente êxitoque os livros despertaram nogrande público. O que justificouque os desenhos de Della Valle,Gamba ou d’Amato, fossemmantidos inalteráveis, ou apenasligeiramente modificados, nasedições de Saturnino Calleja, em

Espanha, de Tallandier, e Hachette,em França, ou da Editora Roma-no Torres, em Portugal.

DO ADRIÁTICO AOESTREITO DE MALACA

Emílio Salgari nasceu emVerona em 21.8.1862, vindo apôr termo á vida, com umdramático Hara-Kiri, em To-rino, a 25.4.1911.

Ao contrário do que os seusconhecimentos náuticos e geo-gráficos deixariam prever a suaexperiência marítima resumiu-se a uma navegação pelo Adriá-tico em 1880 e a uma matrículano Instituto Náutico P. Sarti. Fi-cou-lhe, no entanto, o título deCapitano, que ostentaria toda a

sua vida com grande orgulho.A turbulência marítima que

nunca enfrentou manteve-se,contudo, sempre a fervilhar noseu espírito, levando-o a produzira vasta obra de romances de aven-turas que conhecemos e que sóencontra paralelo em Júlio Verne.

Durante os 49 anos que vi-veu produziu 87 romances, 11dos quais sob pseudónimo, e umsem número de contos. Semcontar com os que teria deixadoincompletos e que vieram a serpublicados sob o seu nome e emconjunto com os nomes de seusfilhos Omar e Nadir, ou com odo seu continuador Luigi Motta.

Este último fenómeno daproliferação de obras incomple-

tas ou acrescentadas não esca-pou à análise criteriosa dos con-hecedores da sua obra que nasua maior parte os consideram edesignam como falsos.

Um pouco pela falta de ge-nuinidade e alterações marcantesao seu estilo literário, mas, sobre-tudo, por terem conseguido pro-var documentalmente quem fo-ram os seus verdadeiros autores.O que não impediu que os edi-tores estrangeiros que detinhamos direitos de autor nos respec-tivos países os publicassemcomo genuínos. O que, aliás, jáhavia sucedido em Itália, após asua morte.

AVATARES DE SHIVAE HETERÓNIMOS

DE PESSOA

Contrariando o sucedido comestas publicações apócrifas, umaoutra importante parcela da obrade Salgari foi inicialmente dadaá estampa sem o seu nome, e acoberto de designações tão dife-rentes como Capitano Gido Al-tieri, E. Bertolini, G. Landucci,um abstracto Romero, ou um ro-cambolesco L’Ammiragliador.

Este fenómeno de desdobra-mento, de quase avatares deShiva, terceira divindade da tri-mutri indiana a que Salgari tan-tas vezes se referiu, ou dos dife-rentes heterónimos em que Fer-nando Pessoa se dividiu para assua experimentações literárias,teve no caso de Salgari razõesmais telúricas. Deveu-se a uma

mais do que necessária fuga àtirania dos editores.

É que, amarrado ao cumpri-mento dos espartanos contratoscom que os editores italianos lheestabeleciam pagamentos parauma rigorosa cadência produti-va, e assoberbado pelas preocu-pações de desafogo económicofamiliar que o êxito comercialdos seus livros continuava semlhe trazer, Emílio Salgari, que-brava episodicamente essasamarras contratuais, publicandonoutras casas editoras, e sob ostais pseudónimos, obras de igualsucesso que lhe garantiam unsquantos proventos mais.

____João Alarcão

Director do Jornal de Mondim

SALGARI, SANDOKAN, E A AVENTURAPORTUGUESA DOS 7 MARES

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IIITauromaquiasuplemento Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • 1 de Fevereiro de 2007

Diz-se, e como dizia o Sarai-va Mendes, diz-se tanta coisaque alguma será verdade, que acarne dos toureiros é diferenteda carne das outras pessoas. Noque reporta à carne, passe o quepasse, quase que é verdade,dado que os avanços da medici-na, permitem que se veja umtoureiro do momento a tourearaqui e ali, depois que os faculta-tivos clínicos de serviço lhe ten-ham atestado uma cornadagorda (ou de “tabaco”) com vin-te e tantos centímetros de efrac-ção e vários trajectos.

Não raro sabemos que A ouB se apresentou, e pondo “a car-ne no assador” triunfou, aqui ouali, com os pontos frescos da ví-tima cornada, o que evidenciaum querer que se não evidenciaem outras profissões bem pa-gas, verbi gratia, ou futebolistas.Quando toca aos ossos é dife-rente (e, nisso estou desgraçada-mente formado…) bastando quese reflicta o que ocorreu comJosé Miguel Arroyo “Joselito”numa das suas últimas tempo-radas no activo, retido quase porinteiro ao longo da mesma, porlesão óssea, e, importantes sãotambém as sequelas para futuro,que o digam os nossos queridos“irmãos Badajoz”, que apesarde retirados, é agora que andama pagar “facturas” dos azaresocorridos no activo e em plenajuventude. É todo este conjuntode circunstâncias que nos leva avalorizar em extremo a posturado jovencíssimo SebastianCastella. Ainda “un crio” já temo corpo cozido a cornadas, tão

só porque para chegar a ser fig-urita que já é, sempre se colocouno sítio em que as cornadas e ostriunfos acontecem, dado quecomo um dia afirmouBelmonte, quando toureia seesquece que tem corpo. Mas,ora bem, o esquecer-se que temcorpo jamais o inibe de não terdores, e, aqui é que bate o ponto,como se diz na gíria popular.

Castella, quando os meninosda sua idade somente se preocu-pam com o gozo, no dia 29 deDezembro em Cali (Colômbia),afirmou-se como um dos maistesos toureiros do momento.Citando em início de faena paraum dos seus característicos pas-ses cambiados pelas costas, éenganchado logo abaixo do joe-lho e trombicado com violênciapelo toiro após a voltareta. Co-mo consequência, costelas par-tidas, um em três partes, comroçar pela pleura (e Deus nãoquis que com perfuração do pul-mão…) e com toda a certezadores horrorosas, que suportoupor longos, longos, longos, dezminutos, cumprindo a faena e

estoqueando o toiro, afirmandoà posteriori, que o fez tão sóporque quer ser “o melhortoureiro do mundo”.

Tenho dificuldades em acei-tar este tipo de qualificativospor óbvio, mas se como reza oportuguesíssimo ditado “quereré poder”, o francês já evidenci-ou o que quer e o que pode,situando-se em plano de exem-plo, possuidor de um valor se-guro e sereno, que no passado sereconheceu a Diego Puerta ouao nosso sempre estimado con-terrâneo José Simões, que menão canso de referir como o tou-reiro da minha rua.

São raros os toureiros quesão capazes de dar provas detanta umbria, respeito pelo pú-blico e vontade de triunfar, e porassim ser, Sebastian Castella,merece todo o respeito do mun-do, e notem que quem o afirmae subscreve, é tão só um aficio-nado que amante que é do tou-reio da arte, não consegue en-tender o tourear como uma bri-ga. Tenho dito!

Domingos da Costa Xavier

Vergonha toureira e, elogiodo pundonor…!

Como é por demais sabido,presunção e água benta, cadaum usa a que quer. E, assim ini-cio, porque me recordo que apedido do meu saudoso amigo,senhor Júlio Gabirra, nos idosde noventa, tendo eu a co-auto-ria de um programa de televisãona RTP 2, “Tauromaquia”, deboa memória, resolvi dar para opeditório, isto é, acreditar noprojecto de dois jovens cheiosde ideias, José Cotiño e Joa-quim Rodriguez, e promover asua ampla divulgação.

A verdade é que, da corridainicial de tal projecto, já quasenão há memória, e dos temposem que os figurões (Espartacoincluído…) aproveitavam para“partir” os trajes novos, até àactual pequena mas digníssimafeira taurina, muito decorreu etudo se consolidou.

Tempos houve em que a úni-ca rapaziada da escrita taurinaque se deslocava a Olivençafalava português, e hoje, trans-formadas as datas em referênciade início de temporada, quasenão há lugar para o “Portugal”,dado que os figurões da infor-mação taurina já se não dispen-sam comparecer, sendo que atéem corridas em que como esteano reaparece uma figura me-diática, como é o caso de OrtegaCano, agora viúvo da Jurado epor assim ser viúvo de Espanha,toda a gente que se dedica àdenominada imprensa “rosa”julga estar por cima de tudo etodos e quase não sobra espaçopara o taurino.

Sinal da época… Contudo,

Olivença, na sua condição de“última” Praça de Espanha e“primeira” de Portugal, conti-nua a concitar até ao exagero ointeresse da “aficíon” portugue-sa, estando eu em crer que sevivo fosse o saudoso Adelino daPena também ele para lá organi-zaria excursões.

É por assim ser, que nos sen-timos na obrigação de divulgaro que já se sabe sobre os cartéisque é suposto lá ocorram, pese aausência de confirmação oficiale definitiva. Diz-se que, no dia 3de Março pela tarde farão o“Passeillo”, “El Juli”, SebastiánCastella e provavelmente MiguelAngel Perera, no dia 4 pela ma-nhã, cruzarão o “Albero”, “Mo-rante de la Puebla”, AlejandroTalavante e Cavelano, e quepela tarde do mesmo dia reapa-recerá Ortega Cano, na compa-nhia de Enrique Ponce e Antó-nio Ferrera. Para qualquer dascorridas ainda não se conhecemas ganadarias, o que não impedeque se façam projectos de via-gem para fruir de corridas, quecomo é óbvio se esperam e que-rem boas.

____Domingos da Costa Xavier

bém aos espectadores que assis-tiram a esta aula prática detoureio dirigida pelos padrinhosdo concurso. Todos os can-didatos desta tarde ficaram apu-rados para a fase seguinte, epara as diversas tentas a realizaraté à grande final no dia 20 deFevereiro, onde irão ser selec-cionados por fases até apurar oscandidatos que chegarão à final.

A primeira das tentas reali-zou-se na ganadaria de Hrds. deConde Cabral a 10 de Janeiro, asegunda no dia 12, na ganadariade Hrds. de Cunhal Patrício,prosseguindo no dia seguinte naganadaria de Sommer D’An-drade. Após este ciclo de tentaso júri procedeu a uma novaselecção dos candidatos. Nadecisão do júri pesou, para alémda atitude de cada candidato no

tentadero durante as lides, a pos-tura pessoal que cada um delesadoptou desde o inicio do con-curso. Passaram a esta faseseguinte 15 jovens: Dinis Co-ruche, Francisco Correia, “Pa-co Velasques”, Gonçalo Mon-tóia, Inês Ruivo, Inês Coelho,Joana Prates, Joaquim Ribeiro“Cuqui”, Luís Cochicho, Ma-nuel Dias Gomes, Pedro Cal-deira, Pedro Brito Sousa, RuiEsteves “Serranito”, SérgioSantos “Lobo dos Santos” eWilson Maçarico “Chamaco”.

A 19 e 20 de Janeiro reali-zaram-se mais duas tentas, destavez no palco do funcional ten-tadero da herdade do Borralho,e, teve Rui Bento a dupla res-ponsabilidade de ganadeiro ejúri. Na semana seguinte foramnovamente tornados públicos os

nomes dos 10 elementos apura-dos para uma fase de maiorresponsabilidade e compromis-so, onde a disputa ao lugar nopasseillo de 20 de Fevereiroganha já contornos de maisentrega, valor e sobretudo muitaambição. Dinis Coruche, Fran-cisco Correia, Francisco Lopes“Paco Velasques”, GonçaloMontóia, Joana Prates, LuísCochicho, Manuel Dias Gomes,Rui Esteves “Serranito”, SergioSantos “Lobo dos Santos” eWilson Maçarico “Chamaco”,são os espólio dos dez melhoresque prosseguiram em mais algu-mas tentas. No dia 30 e 31 deJaneiro na ganadaria do Eng.ºAntónio Silva e herdade daTorrinha, de Mestre David Ri-beiro Telles e a 2 de Fevereirona ganadaria de Vila Galé sai-

ram Francsico Lopes “PacoVelasques” (Golegã), GonçaloMontóia (Santarém), JoanaPrates (Moita do Ribatejo), LuísCochicho (Vila Viçosa), ManuelDias Gomes (Lisboa) e Wilson“Chamaco" (Alenquer)”, os seisilusionados jovens que vão dis-putar os troféus na novilhadafinal a 20 de Fevereiro no Cam-po Pequeno. Mas o melhor dostroféus reservados ao grande tri-unfador é a sua presença numanovilhada em Agosto, já trajan-do de luces naquele mesmoalbero, além de ter já garantidooutros postos em novilhadas arealizar por empresas aderentesà iniciativa, assim como o seudebute em Espanha nalgumasnovilhadas sem picadores, ecom presença já assegurada empraças como Saragoça ou S.

Sebastian. No dia da grandefinal o triunfador irá receber umtraje de luces, oferta de RuiBento Vasquez, um capote euma muleta oferecidos pelomatador de toiros José LuísGonçalves e o autor do melhorquite irá receber um capote debrega oferecido pelo Real ClubeTauromáquico Português.

O Jornal de Coruche con-gratula-se por algumas dasganadarias aderentes pertence-rem a Coruche e expressa osseus votos de importantes triun-fos aos participantes nesta felizideia da SRUCP de reeditar oconcurso que há 25 anos cata-pultou os jovens de então para oescalafon maior, preparando-seagora para lançar novos valoresno mundo da tauromaquia.

Joaquim Mesquita

À Procura de Novos Toureiros> continuação da página 1

E, Olivença,aí está!

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Suplemento de O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • 1 de Fevereiro de 2007IV Tauromaquiasuplemento

CORUCHECORUCHELISBOALISBOA

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Encerra ao Domingo

Decorre em Vila Franca deXira, o Ciclo de Cinema Tau-rino de homenagem ao cineastaFrancisco Rocha, até ao dia 17de Março de 2007.

O Ciclo de Cinema, organi-zado por um grupo de aficiona-dos, com a colaboração do Clu-

be Taurino Vilafranquense, ini-ciou-se com a intervenção dojornalista João Mascarenhas,grande amigo de Francisco Ro-cha, que narrou uma série deinteressantes episódios passadospelos dois na busca de muitasdas imagens que hoje fazem

parte da História da Tauroma-quia portuguesa. Frisou que estaera uma homenagem há muitomerecida por aquele a quemapelidou de grande amante daFesta e da sua Terra.

Luís Capucha, Presidente doClube Taurino Vilafranquense,referiu acima de tudo a impor-tância do trabalho do homena-geado, em que revivemos algu-mas lembranças e dos grandesmomentos que Vila Franca deuà festa dos toiros.

Na cerimónia de abertura, oilustre aficionado José Amadorfalou do interesse da obra da-quele que se sente vilafranquen-se genuíno apesar de ter nascidoem Setúbal, realçando tambémo notável papel do toiro, docampo e das tradições taurinasna alma e Portugalidade de VilaFranca de Xira.

Francisco Rocha referiu-seainda à simpática manifestação,agradecendo à organização ocuidado depositado em todos osfeitos. Emocionado e com a salade pé, depois de se ter declaradoum apaixonado pelo Tejo pelaLezíria e pelos toiros, recebeuuma calorosa ovação daquelesque tantas e tantas vezes se deli-ciaram com as suas reportagens.

Rui Fernandes, no dia 20 deJaneiro, somou um triunfo emterras colombianas. Depois deter cortado 2 orelhas em Cali, 3em Manizales, o português cor-tou a primeira orelha da feira deMedelín. Lidaram-se 8 toiros deD. Carlos Barbero, para Rui Fer-nandes e os matadores SebástianVargas, Cristóbal Pardo e ManuelLibardo. Com cerca de 9 milpessoas na bonita Praça de LaMacarena, Rui Fernandes este-ve muito bem nas bandarilhas edesta vez certeiro com os rojõesde morte. Cortou uma orelha noprimeiro e no segundo o presi-

dente não lhe concedeu a orelha.Foi fortemente aplaudido.

Rui Fernandes debutará noMéxico no próximo dia 11 deFevereiro na Monumental Praçade Toiros da Cidade de Mérida(Yucatan). Estão anunciadostoiros da ganadaria de Golon-drinas para Rui Fernandes, Gas-tón Santos, o matador francêsJuan Bautista e o matador mexi-cano Alfredo Ríos “El Conde”.Toureará no México ainda a 18de Fevereiro em Matamoros(Tamaulipas), a 24 em Mazatlán(Sinaloa) e a 25 em Apam(Hidalgo).Ciclo de Cinema Francisco Rocha

Rui Fernandes triunfae debuta em Medelín

toureou de antologia. Recortesde uma finura de encanto a lem-brar seu Pai. Joãozinho, toureirode inspiração que não esquece a

arte de monta da Torrinha. Veioa pé para “provar pêlo”, maispertito do que é hábito. E entãonão é que Joãozinho, com a

“muleta em mano” deu nota deum “Quinta Grande” colheitaespecial! Apeteceu-nos gritarum olé…

Manuel começou, provandoo toureio apeado. Foi uma curtameia dúzia de passes. Ali haviaarte para encantar. Templadocom o capote, a gosto, como osToureiros. A cavalo, depois, exi-biu o classicismo que todos lhereconhecem. Cuidando terrenos,incentivando montadas “novas”à voz de Mestre David RibeiroTelles e com o apoio incondi-cional de João e António, seusTios que cuidam da “camadajovem” com carinho. Se possí-vel for imaginar a Universidadedo Toureiro total, o que ocorreuna Torrinha neste 1 de Fevereirodo ano de 2007 é, sem dúvidas,a imagem perfeita.

Catedrático do Toureiro a pé:Paço Ojeda.

Catedrático do Toureiro aCavalo: David Ribeiro Telles.

João Ribeiro Telles e Antó-nio Ribeiro Telles, Mestres, comlugar assente na tauromaquia.

Manuel Ribeiro Telles Bas-tos e João Ribeiro Telles (Filho)os continuadores de uma Dinas-

Torrinha rrecebe PPaco OOjeda> continuação da página 1

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Tauromaquiasuplemento

Director: Abel Matos Santos • Registo ERC 124937Este suplemento é parte de O Jornal de Coruche nº 10 de 1 de Fevereiro de 2007

Coordenação de Domingos da Costa Xavier

Não pode ser vendido separadamente.

O concurso “À Procura deNovos Toureiros”, uma feliziniciativa da SRUCP, geridataurinamente pelo matador RuiBento Vasquez, que tambémele há 25 anos atrás foi um dosbrilhantes vencedores de idên-tica iniciativa. À época, a praçacapitalina era gerida por Ma-nuel Jorge dos Santos, filho domatador e grande empresáriotaurino que foi Manuel dos

Santos, que marcou presençanas bancadas do Campo Pe-queno para assistir ao dia daaula pratica com reses.

Rui Bento Vasquez e JoséLuís Gonçalves, dois dos ven-cedores desse concurso apadri-nham agora o da nova geraçãoformando o júri conjuntamentecom Maurício do Vale e emcada tenta realizada o ganadei-ro anfitrião desempenha idên-

ticas funções. O início teve lu-gar no primeiro fim-de-sema-na do novo ano, 6 e 7 de Janei-ro. No sábado, dia 6, apresen-taram-se 49 jovens à aula detoureio de salão, primeiro testecom a ilusão de serem apura-dos para o dia seguinte ondeiriam ser novamente avaliadosnuma aula prática com reses.No domingo, 7 de Janeiro, os28 candidatos seleccionados:

Alexandre Mira, André Rocha,Augusto Espiga, Cláudio Mi-guel, David Ferreira, DinisCoruche, Duarte Palha, EricaRebelo, Francisco Costa Frei-re Correia, Francisco Lopes“Paco Velásquez”, GonçaloMontóia, Inês Ruivo, Inês Coe-lho, Joana Prates, João MiguelRibeiro “Cuqui”, Luís Cochi-cho, Luís Ricardo, ManuelDais Gomes, Marcelo Ribeiro,

Miguel da Cruz, Miguel Mur-tinho, Pedro Caldeira, PedroBrito Sousa, Rui Esteves “Ser-ranito”, Sérgio Santos “Lobodos Santos”, Tiago André,Júlio Antunes e Wilson Maça-rico “Chamaco”, enfrentaramreses de São Torcato que nogeral saíram a dar bom jogo e aassim proporcionarem umaexcelente tarde aos debutantesno Campo Pequeno como tam-

Na Universidade do tourei-o a cavalo, montou cátedrauma figura do toureio a pé. ATorrinha recebeu Paco Ojeda.Ali esteve para tourear novil-has de tenta e derramar o seusaber e a sua arte naquela míti-ca na “arena” do tentaderoSorraiano.

Algo “pesado” nos seuscinquenta e alguns anos, mascuidando-se como se fossetourear a Sevilha. Ao almoço,

escolheu comer frugalmente,avançando que toureiro temque se preparar do mesmo mo-do, tanto para tourear um “Toi-ro de Sevilha” ou uma vaca detenta. Impressionou aos maisatentos os seus exercícios de“aquecimento “. Era um jovemtoureiro que ali estava. Aoabrir o capote para lancear “aovento” sentiu-se o perfumetoureiro que por ali se derra-mou. Era outra coisa. À mente

vieram as faenas de antologiaque tivemos a sorte de ver aoHomem/Toureiro que ali esta-va a escassos metros de nós.

As vacas saíram a investir.Aliás outra coisa não seria deesperar dum cuidado de anosna selecção na divisa JR. Natarde, caindo para o anoitecer,ouvia-se João Ribeiro Telles“comandando” a tenta… É di-fícil descrever o ambiente vivi-do.

Absorvia-se cada passe,cada movimento do “maestro”de Sã Luca de Barrameda.

Toureiro feito a ferro efogo. Impondo-se já “tardio”,ninguém nele acreditou até aodia. O dia em que brilhou, dei-xou arte e encanto toureio emcada uma das tardes em quejogou frente a toiros toiros. Osque lhe “lambiam” a “tellegui-lha” onde os pitons encosta-vam suavemente perante a qui-

etude de um Homem/Toureiro.A Universidade da Torrinha re-cebia lição. Lição toureira deum Toureiro. Mas, depois, veioo encanto dos Toureiros daCasa. António abriu…SenhorToureiro, Mestre, Profundo, dearte e saber assimilados desdeo berço. Encantou, Recreou-se, montou cátedra também.

Os juniores actuaram a se-guir, Joãozinho Ribeiro Telles,

À PProcura dde NNovos TToureiros

Torrinha rrecebe PPaco OOjeda– Toureio e arte numa tarde de Inverno

João Costa Pereira

Joaquim Mesquita

> continua na página 4

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Bem à portuguesa, quepese embora eu carregarsangue euro-afro-asiáti-

co, nascido que sou emCoruche, aos pés da santa (e oseu afilhado…), muito orgulhotenho na minha portugalidade;fui dos que suportou, estóico,duas horas e meia de fila naGulbenkian, para gozar e bebera pintura de Amadeo de SouzaCardoso, cotejado com algunsdos seus pares.

Grato, que desde já saúde oexcelente trabalho de HelenaFreitas, curadora que após ano emeio de trabalho soube con-cretizar esta belíssima exposi-ção, de sucesso jamais visto nagaleria de exposições tempo-rárias da fundação, ao ponto deque pela primeira vez em tantosanos, tenham tido aberta a portadia e noite no último fim-de-semana (13 e 14 de Janeiro),com bichas de quatro horas deespera, o que é obra, e sobretu-do inusual, neste país em quepolíticos e “média” teimam emnos estupidificar, no melhorestilo dos poderes medievais emque era norma dificultar ainstrução e a cultura para que omando se não contestasse, emesmo entre os que assumiamalguma visibilidade (nomeada-mente económica) era bom querespeitassem a regra em vigor,de que necessário era dividirpara reinar; que se atente naquase ausência de investigaçãojornalística séria na imprensa,na pobreza de espírito das tele-visões em horário nobre, e na“opinião” domesticada, contro-lada e educada com que os “plu-rais” comentadores do costumenos brindam. “Felizmente” comodiria o saudoso Sttau Monteiro,“há luar”, que escasso é o sol!

Ficou provado, à evidência,que a grande cultura (a este res-peito, que aqui reafirme que,cultura, na pureza do conceito, éa adaptação do homem ao meionatural circundante, como muitobem me ensinou o jurista esobretudo poeta Gabriel Maria-no, quando em Coruche tive asobeja honra de ser seu aluno).Em Portugal ainda não morreu,bastando tão só que a deixemrespirar, para que grite que existe.

Cá por mim, restaurei, quiçá,o meu orgulho de português, ao

constatar que um homem luso,em curta vida, conseguiu, tãosó, ser o verdadeiro precursor detodos os caminhos da arte actual,ao ponto de que me permita afir-mar, sem complexos, sem pu-dor, e creio que conscientemen-te, que se tivesse vivido os mes-mos anos que Picasso, seria tal-

vez maior que o genial mala-guenho, e, note-se que estabe-leço a comparação com o pintorque pessoalmente mais admiro,até pela sua profunda “afición”e pelo respeito que carreou paraa Festa de Toiros ao tê-la comotema de muitas das suas obras.

Ora, é precisamente a afi-ción, que a propósito destaexposição, me faz vir a terreiro.Já louvei, e continuo a louvar,que o trabalho foi notável, a cu-radora da mesma, mas por reco-nhecer o seu extraordinário tra-balho, é a ela que tenho que co-brar os despautérios.

Depois do “sacrifício” de es-perar para entrar na exposição,de a admirar quadro a quadrodemoradamente, de constatar(feliz…) que a coisa táurica nãofoi indiferente a tal pintor (umdos quadros, explicitamente do-cumenta a forma como ele viu apraça de toiros de San Sebas-tian, sendo que até nele inseriuvisivelmente na composição apalavra “toros”, o que a identifi-cação em legenda do quadromencionava…), eis que me to-cou chegar perto ao tão celebra-

do “Avant la corrida” (em verda-de, um tesouro reencontrado…),ao mesmo tempo que uma daschamadas visitas guiadas.

Um grupo, e para mim nes-tas circunstâncias os grupos sãosempre duvidosos, que fruir arteé um acto meramente indivi-dual, escutava uma menina bo-

nitinha (valha-nos ao menosisso…!) a debitar parvoícessobre a tela, e juro solenementeque tive de me conter (pois jáestou velho…) para evitar umabronca. Onde Amadeo esgalhoupicadores a caminho da praça acriatura via guerreiros a cavalo eo quadro, de facto do nosso or-gulho porque ao mundo taurinoreporta, foi pela cachopa enten-dido, como transposição doagrado pelo medievalismo e seusvalores, que em outras obras opintor explanou. Basta…!!!

Helena fez o mais difícil;achou o quadro, investigou oseu percurso, soube até que foiuma das obras vedeta do quasemítico “Armory Show”e docu-mentou tal facto, deu-nos contado proprietário que tantos anosgozou a obra, e, convenceu omundo da arte, que de factotinha (e é verdade…) encontra-do e recuperado uma obra fun-damental do de Amarante.

Tal facto, estimável e inegá-vel valor, não lhe dá contudo odireito de em nome do politica-mente correcto, adulterar a filo-sofia temática da obra, e, crente

de que as “guias” mais não fazi-am que papaguear as suas ins-truções (se assim não foi, desdejá sinceras desculpas…), conti-nuando a agradecer-lhe penho-radamente o ter trazido paranosso prazer a obra, também lheagradeço, que de futuro, nãomintam sobra a mesma. Convic-

to do que escrevo, até me dis-ponho a esclarecer a senhorasobre a simbologia táurica ex-pressa (do leque na mão de umafigura feminina em suposta ban-cada, às “monteras” explícitas,ao grupo de aficionados exi-bindo chapéu à “mazantini”, aotoureiro de capote pelas costas –em época em que a peça eratraste e ainda “vestio”, ao ho-mem de lenço andaluz atado àcabeça, então atributo dos “mo-nosábios” que a garra viria asubstituir, ao trem de cavalosem que os toureiros exibindo assuas vestes típicas da função sefazem à moda antiga transportarpara a praça, etc, etc, que o qua-dro tematicamente é de invulgarriqueza.

Tudo o que supra digo, estálá, objectivamente, basta querer(e saber…) ver, Muito grato mefoi o constatar tudo isto, até por-que a riqueza de pormenores doquadro demonstra à exaustãoque só pode ter sido pintado poralguém de facto bom observa-dor e iniciado; constatar queuma das maiores figuras da pin-tura do século XX, para além de

antecipar todas as técnicas eestéticas que outros vieram aseguir, também deixou expressaa sua condição de aficionado,deixa-me feliz. Que me venhamcom a treta, face à sua condiçãode nortenho de que no norte a“afición” se não equivale ao sul,dado que nos seus tempos demenino, funcionavam no Portotrês praças de toiros (que otempo deixou cair), uma outra eEspinho (a que a democraciadestruiu o miolo…), outra naPóvoa do Varzim (que, feliz-mente, a democracia restau-rou…) e outra em Viana doCastelo (que o portuguesíssimosentir da família Pereira, até aomomento, preservou…). Maisnão fora pela arte patente nasduas obras referidas (mas hámais, não faltam pormenores decor e desenho, em muitas outrasobras que o seu enorme talentoesgalhou…), Amadeo de SouzaCardoso assumiu-se como afi-cionado. Gostar de toiros nuncafoi e não é crime, e, não queiramportanto agora escamotear talevidência, antes sim, consideraro facto como verdadeiramenteinserido na sua matriz intelectualprofunda.

Em verdade, não somosobrigados a saber de tudo, ecreio que sabendo muito de arte(sendo bom que se não esqueçaque as tauromaquias são arte tãoefémera que sequer o seu autoras pode possuir, como um diapostulou e muito bem o saudosoÁlvaro Guerra), visto que aassim não ser a exposição nãotinha sido possível, faltou nainterpretação das duas obrasreferidas o encarecimento dasua valia taurina, o que é triste,dado que apesar da sua univer-salidade Amadeo fez questão deproclamar a sua portugalidade,quiçá o seu iberismo, mas sobre-tudo o seu amor à festa de toiros.É triste, e, não o digo ressábiado,digo-o com muita pena.

Um português de primeira,aqui e no mundo que soube dei-xar constância da sua condiçãode taurino, é para mim motivode orgulho profundo, e, disso que-ro dar fé, por gosto e por dever.

Amadeo, aficionado, sempre!____

Médico Veterinárioe Escriba Taurino

AmadeoSuplemento de O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • 1 de Fevereiro de 2007II Tauromaquia

suplemento

Amadeo Dr. Domingos da Costa Xavier *

SS OBREOBRE TTOIROIR OSOS

– Diálogo de vanguardas

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 27

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O Município de Coruche,recebeu a Bandeira de Prata daRede Nacional de Cidades eVilas com Mobilidade paraTodos, resultado das interven-ções efectuadas nos últimosdois anos. Coruche aderiu emAbril de 2004 à Rede Nacional

de Cidades e Vilas com Mobili-dade para Todos.

Na sequência da adesão àRede, foi assinado um protocolocom a APPLA (AssociaçãoPortuguesa de Planeadores doTerritório), no sentido de inte-grar a mobilidade e a acessibili-dade como um vector funda-mental nas intervenções noespaço público e nos projectos aexecutar.

Segundo Dionísio Mendes,presidente da Câmara, “a aces-sibilidade e a mobilidade sãofactores fundamentais no desen-volvimento do homem como serhumano, pelo que, devem serobjecto de garantia de respeitopela igualdade de direitos econdições. A Autarquia irá exe-cutar novos projectos, no senti-do de integrar a mobilidade e aacessibilidade como um vectorfundamental. O objectivo, éatingir a Bandeira de Ouro nospróximos tempos. Quero desta-car, o trabalho e empenho dostécnicos e vereador do pelouronesta área”, salientou o autarca.

Pedro Ribeiro da Silva,presidente da Associação Portu-

guesa de Planeadores do Terri-tório, referiu “estou muito satis-feito com o trabalho da Câmarade Coruche, em prol da Mobi-lidade para Todos. O Municípiode Coruche, aderiu em Abril de2004 à Rede Nacional de Cida-des e Vilas com Mobilidadepara Todos. Realizou diversasintervenções no espaço públicoe nos projectos a executar. Rela-tivamente ao perímetro urbanoda Vila de Coruche, foi demar-cada uma área de intervençãona qual a Associação executoulevantamento, diagnóstico erelatório de intervenção”.

João Louro

Obras já executadas

> As obras executadas di-zem fundamentalmente res-peito a instalação de grelhasnas caldeiras das árvores,reimplantação de sinaliza-ção e equipamento, regula-rização do pavimento da ruade Santarém e execução derampas de acesso a passa-deiras.

Obras a executar

> Continuidade na coloca-ção de sinalização rodo-viária com postes em ban-deira, nos locais em que adimensão do passeio o justi-fique, pequenas interven-ções de correcção da acessi-bilidade, sempre que o pas-seio existente tenha dimen-são adequada, elaboraçãode caderno de normas deprocedimento para execu-ção de trabalhos e projectos,execução de projectos dereordenamento urbano eexecução de obra, pequenasintervenções de correcçãoda acessibilidade e conti-nuação dos trabalhos naRua 5 de Outubro.

Mobilidade ppara TTodos, uuma pprioridade!Coruche rrecebeu aa BBandeira dde PPrata dda MMobilidade

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200728

A GNR deteve em Coruche um homem quese tinha evadido do Estabelecimento Prisionaldo Linhó, Sintra, em Junho de 2003, duranteuma saída precária. A detenção foi realizadapelo Núcleo de Investigação Criminal e a Equi-

pa de Intervenção de Coruche. O homem deslo-cava-se numa viatura e estava acompanhado poroutros quatro indivíduos, suspeitos da prática dealguns roubos.

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Prisioneiro do Linhóapanhado em Coruche

Um homem de 35 anos foi preso por sus-peitas de roubo de ouro numa residência emCoruche. O indivíduo foi detido a 15 de Janeiropor agentes do Núcleo de Investigação Criminalda GNR de Coruche, depois de a proprietária dacasa o ter reconhecido. Durante o roubo o ho-mem levou algumas peças em ouro que não fo-

ram recuperadas e que foram avaliadas em cercade 500 euros. Depois de ter sido presente aoTribunal, o indivíduo, com cadastro por furto etráfico de droga, recolheu ao EstabelecimentoPrisional das Caldas da Rainha onde aguardajulgamento.

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Ladrão de ouro presoem Coruche

PENSAMENTOS

O Optimista:Ingenuidade ou esperança? Luis António Martins *

8h:12m:06s: Cândido, umapersonagem literária de Voltairerespondia a todos os males quelhe aconteciam com a frase“mesmo assim este é o melhordos mundos possíveis”.

Obrigado a deixar a sua ama-da, o seu reino, o seu país, pas-sando fome, sofrendo os maisterríveis males e vendo a agoniaalheia, tudo solucionava defend-endo que, apesar de tudo, o mun-do, tal como é, não podia sermelhor.

Pois bem. Este mês decidiconverter-me à causa de Cân-di-do e esquecendo todos os pessi-mismos com que vos tenho pre-senteado, eis-me rejuvenes-ci-do. Viver é fixe! Os problemasdo homem têm solução, senãovejamos:

Problema 1) Buraco do ozo-no: Não se preocupem quandoficarmos alagados em água. Éda maneira que poupamos di-nheiro em idas à praia e à pisci-na. Basta chegar à varanda, con-firmar que não há ondas e mer-gulhar. Raios ultra-violeta? Qualquê. Bronze todo o ano.

2) Fome no mundo: Fome?Ah! Isso é invenção dos telejor-nais e das seguradoras.

3) Excedente populacional:Pois, antigamente a culpa era dafalta de televisão e hoje? Hoje éporque, quer dizer... pois, diga-mos que... olha é preciso é quenos demos todos bem.

4) Escassez dos recursosnaturais: Quando acabarem, jácá não estamos, não se preocu-pem. Entretanto, os cientistasresolvem.

5) A morte: Pois, quanto aisso, quer dizer, da maneira que

isto está, Deus deve estar a che-gar para levar a malta, o Apoca-lyptico não é? Hã? Isso é o filmedo Mel Gibson? Ah pois o Apo-calypse!

6) A guerra e a ameaçanuclear: No fundo, no fundo, lá

bem no fundo, eles são todosamigos.

7) O terrorismo: Desde quenão subam o preço do molho derosas de 1 para 2 euros.

8) Epidemias: É a malditada comida de plástico. Há queregressar às açordas e aos cozi-dos. Esses “hamburgues” sófazem é mal.

9) Crise Económica: Qualcrise? Tem é que haver rendi-mento mínimo.

10) Deus e a religião: Epá,pelo sim pelo não, acredita-se,para o caso de ser verdade, nin-guém nos pode apontar o dedo.

Ah, sinto-me bem. E não éque o mundo é mesmo belo?Que alívio, porquê dramatizar?Qual ética, qual moral, a natu-reza humana é íntegra, e os aci-dentes da história, pois, nãopassaram disso mesmo, de aci-dentes. Pol Pot, Mao Tsé Tsung,Hitler, Estaline, Hussein, Bush,lá no fundo não devem ser máspessoas, mas também se nuncativessem existido, teriam sidomelhores ainda. Sinto-me tãoleve que a única preocupaçãoque tenho é saber quantas tele-novelas com os mesmos actoresem diferentes papéis tem a TVI(Tantos Vermes Indiferentes).Ontem, antes de me deitar diziaa mim próprio, “Em pleno sécu-lo XXI continuamos com asmesmas questões dos homensprimitivos: Como alimentar to-

da a gente? Quais os mais aptospara a caça? Qual dos ri-tuais éo mais adequado (para eles: odesenhar de figuras ou o gritaro mais alto possível e ou-trascoisas mais, para nós o ca-tóli-co, o islâmico, budista, protes-tante, hindu...)?”. Enquanto elesinstintizavam a realidade, nóshoje, racionamo-la. Conclusões?Chegámos às mesmas...

Mas hoje, acordei romanti-zado, pensei que, se aguentámosaté aqui, porque é que não have-mos de aguentar até além? Esorri, quando ouvi o despertador(em substituição da típica pal-mada no aparelho que uiva semparar). Era um novo dia e estavareconciliado com os homens.Escrevi este texto antes queficasse preso no trânsito e mu-dasse de ideias, mas deixeiumas últimas linhas para com-pletar quando, no final do diachegasse a casa. Isto na esperan-ça (ou na ingenuidade?) de nãomudar de opinião.

22h:36m:59s: Só gostava desaber quem se apoderou do meucomputado e escreveu es-tasbarbaidades.

P.S. Gritava Eça de Queirós:O mundo é um vale de lágrimasem que nos divertimos bastante.D´acordo. Mas há mais lágri-mas ou divertimentos?

____* Lic. em Filosofia

Escultura na Bienal de Arte de Veneza 2006, denominada “O Riso”

Realizou-se no dia 26 deJaneiro, a Assembleia de Fre-guesia de Foros de Salvaterra,que confirmou o novo executi-vo da Junta de Freguesia, devi-do à trágica morte do anterior

presidente. Assim, o novo elen-co do executivo é composto porMaria Rosa Anica Nunes (Pre-sidente), Fernando Patrício Vi-digal (Secretário) e José LuísBraga Viana (Tesoureiro).

Foros de Salvaterratem novo executivo

– Maria Rosa Nunes preside ao novo executivo

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 29

O referendo ao “aborto” vi-sa saber o que pensam os vo-tantes sobre o assunto coloca-do. Ou seja, que os votantes sepronunciem sobre uma matériamuito sensível do foro íntimode cada um, das suas con-vicções religiosas e ou morais.

Qualquer votante indepen-dentemente da sua convicçãopartidária, mais ou menos mi-litante, pode votar em sentidocontrário à “doutrina” oficialdo partido da sua simpatia/mi-litância. Isto, claro está, se pre-dominar nesta matéria umaTOTAL LIBERDADE de pen-samento e de acção.

O melindre da decisão dovoto de cada um vai cair, emúltima instância, nas conse-quências positivas ou negati-vas para um feto, uma mulher,um casal ou uma família.Cremos que é um ultraje àinteligência dos Portuguesesser autorizada qualquer tipo decampanha eleitoral, patrocina-da por partidos políticos. Cadaum que se propuser a votardeve fazê-lo em consciência.Se lá vai INFLUENCIADOpela campanha política do“sim” ou do “não”, então valemais estar quietinho em casa.O seu voto vai ser um engano,

para si próprio e para a socie-dade.

Em cima de tudo isto vemagora o PS “chantagear politi-camente” os seus Presidentesde Câmara e os Vereadoresmais importantes do partido, aenvolverem-se denodadamentena campanha pelo “sim”.

Argumento; para os líderesdo PS esta é uma votação cujoresultado é contra ou a favordo PS. A mistura “explosiva”de alhos com bugalhos ou omedo da perda de influênciapolítica por parte do PS?

____

Faltam apenas alguns diaspara o referendo ao aborto, quese realiza a 11 de Fevereiro.Em Coruche, o assunto movi-menta diferentes opiniões, talcomo aconteceu no passadodia 21 de Janeiro, quando a Ju-ventude Socialista de Coruche,organizou uma sessão/coló-

quio, sobre a questão do refe-rendo ao aborto.

Estiveram presentes indi-vidualidades e movimentosque apresentaram as suas ra-zões a favor do “sim”. A sessãodecorreu no auditório do Mu-seu Municipal de Coruche.

Referendo aoaborto

JS de Coruchedebate o aborto

A Juventude SocialistaDemocrática (JSD) de Co-ruche tem, desde o dia 8 deJaneiro, um blogue. O site estáà disposição da população, paaque cada um dos interessados

possa dar a sua opinião ou sug-estão. Para aceder ao blogue,basta que se dirija à seguintemorada: www.socialdemocra-cia-coruche.blogspot.com.

JSD de Coruche já tem um blogue

Há precisamente um ano,(29 de Janeiro de 2006), osCoruchenses assistiram à que-da de neve, o que não aconte-cia há mais de 23 anos.

Durante a manhã de domin-go, (28 de Janeiro de 2007),aguaceiros de neve caíram emalguns pontos perto da Vila deCoruche. Eram visíveis “farra-pos” de neve, perto de Coru-che, que derreteram ao chegarao chão. A situação foi origina-da pela passagem de uma “mas-sa polar muito fria”. Segundo

um testemunho, entre as 10h15me as 10h35m caíram dispersosalguns flocos de neve. Houvealguns momentos, em que o fe-nómeno era um pouco maisvisível.

Recorde-se que, o Concelhode Coruche, não assistia á que-da de neve há 23 anos. Apenashá registo de queda de neve, nocarnaval de 1983 cerca de 30minutos, em 1956, no Invernode 1945/1946 e no dia 1 de Ja-neiro de 1937.

JCL

Queda de neveperto de Coruche

O Governador Civil do Distrito de Santarém, Paulo Fon-seca, informa que os Serviços de Concessão de Passaportetêm, a partir de hoje, um novo horário de atendimento ao pú-blico, passando a funcionar das 9h às 16h30, sem interrupçãoà hora de almoço.

Serviço de Passaportescom novo horário

O aborto, as consciências, os alhos e os bugalhos...

João Costa Pereira

REFLEXÕES

António Gil Malta

REFLEXÕES

ABRANTES

Nova extensão de saúdeAbrantes passa a ter uma

nova Extensão de Saúde emSão Miguel do Rio Torto,localizada num edifício con-

tíguo à Junta de Freguesia, per-mitindo um apoio médico e deenfermagem mais eficaz epróximo daquelas populações.

A razãofundamentalpara dizer nãoao aborto livre

O DOM MARAVILHOSO DA VIDAA vida não é uma simples

propriedade nossa. É um dom, éalgo que recebemos e cujaessência nos escapa e nos supe-ra. É uma transcendência.

Apesar da gestação ser umprodígio que só o ventre mater-no pode acolher, a mulher não éabsolutamente dona da novavida de que é portadora. Não sóporque não é a única progenito-ra, mas também porque as carac-terísticas do novo ser humanonão foram fixadas e escolhidaspelos pais. Há algo de divino emcada embrião que se desenvolveno útero de cada mãe.

O que pode ou não podecada mulher grávida escolher?Amar ou não amar a criança quetraz dentro de si. Mas se a vida édom e, por isso mesmo, é mis-tério, também é responsabili-dade, como escreveu João PauloII. Todo o acto livre é ao mesmo

tempo um acto que implicaresponsabilidade. E as opçõesque nós fazemos é que são defacto propriedade nossa. Mes-mo que no meio de muitascondicionantes. Que contudonão apagam a nossa autoridade.

Fazer um aborto mesmo porrazões sociais ou económicas éagir contra o sentido transcen-dente da vida, eliminar o que elatem de maravilhoso, negar apossibilidade de um novo sorri-so vir ao mundo: quem sabe, deuma esperança e consolo paraos que sofrem, de um novo tal-ento para as letras, as artes ou asciências ou de uma boa almaque irradie caridade. Porque assoluções aparentemente maiscómodas não são necessaria-mente as melhores.

Com a justificação do abortomesmo apenas até às dez sem-anas (limite que levanta muitas

interrogações, até porque a ciên-cia assinala cada vez mais pertodo momento da concepção aformação de órgãos vitais, co-mo, por exemplo, o coração),não se renovam os valores, nãose transforma a sociedade, nãose torna o mundo melhor. Ape-nas se introduzem falsos remen-dos, perpetuando as contradi-ções do viver do nosso tempo.

O que está mal é o nossoegoísmo, a incapacidade de amarverdadeiramente o outro, ele-gendo-o como um fim e nãocomo um meio.

Se descobrirmos nas preocu-pações, graças, nos obstáculos,estímulos, e no outro, eu, sabe-remos reconhecer no incógnitomas prodigioso feto, a majes-tade da inocência e o fascínio dequem está mais perto da fonteoriginária do Ser.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200730

NOTÍCIAS DO DISTRITO

Foi apresentado, no passa-do dia 15 de Janeiro no Go-verno Civil de Santarém, oTorneio Internacional de Fute-bol do Vale do Tejo 2007, orga-nizado pela Associação deFutebol de Santarém (AFS).

Em conferência de impren-sa, os vários responsáveis pre-sentes reconheceram a impor-tância do evento, que vai já nasua sétima edição. O Gover-nador Civil de Santarém con-siderou o Torneio como “umpilar fundamental para con-struir a visibilidade da região”e defendeu a adopção de umaperspectiva colectiva como umdos factores de sucesso da ini-ciativa. Esta deve ser uma“organização que possa envol-ver todo o distrito (…) parapercebermos que com umavisão excessivamente domésti-ca não chegamos a lado nen-hum”, afirmou. Por isso mes-mo, a edição de este ano apre-senta-se com uma inovação. Apresença de selecções estran-geiras vai ser aproveitada paraa realização de eventos parale-los à competição: “Procurá-mos que não fosse um torneiode futebol puro e simples (…),através do envolvimento dasembaixadas dos países queparticipam, que vão organizarum conjunto de eventos quevão ajudar à promoção inter-nacional do distrito nas suasdiversas vertentes”, explicouPaulo Fonseca.

Para o Governador Civil,este tipo de iniciativas deve serapoiado pelo poder político e,por isso, o “casamento entre oGoverno Civil e a AFS estápara vingar num futuro próxi-mo”, manifestando a sua dis-ponibilidade total. Paulo Fon-seca anunciou ainda a apresen-tação para breve da segundaedição da Volta ao Distrito deSantarém em Bicicleta.

Aproveitando para fazer adivulgação do Torneio Inter-nacional de Sub-16, dos jogosde futsal entre Portugal e Israele da homenagem a José Torres(antigo jogador de futebol doBenfica natural de Torres No-vas), o Presidente da Associa-ção de Futebol de Santarémfalou da organização do Tor-neio, “um dos nossos filhosqueridos”. Segundo Rui Ma-nhoso, este evento, pelos resul-tados positivos que tem obtidoao longo dos anos, dignifica odistrito e o país, sendo agora oprincipal objectivo a sua pro-moção internacional. “Conti-nuando a contar com o apoiodo Governador Civil, podemosfazer aqui um intercâmbio quepoderá ter o pontapé de saídano Torneio e ter continuidadedurante o ano”, reiterou.

Todos os jogos do Torneiorealizar-se-ão às 17horas, situ-ação lamentada pelo respon-sável da AFS, mas Rui Manho-so pretende contrariar estefacto: “Iremos lutar para que

os campos tenham público,nem que para isso a Asso-ciação tenha de assumir maisalgumas das responsabilida-des desta organização”.

Da Direcção da FederaçãoPortuguesa de Futebol chega-ram rasgos elogios à AFS:“Tem feito das tripas coraçãopara manter este Torneio depé”, sublinhou José Cavaco.Também o seleccionador na-cional de sub-21 reconheceu oestatuto nacional do evento co-mo uma aposta positiva. ParaJosé Couceiro, esta será umaoportunidade para a prepara-ção da sua equipa para o Cam-peonato Europeu da categoria,mas não só: “Queremos vencero Torneio Internacional doVale do Tejo”, assumiu.

Em representação das Câ-maras Municipais que aderi-ram, Manuel Jorge Valamatos,da autarquia de Abrantes, man-ifestou disponibilidade paraaumentar a internacionalizaçãodo Torneio e agradeceu o apoiodo Governador Civil para umamaior projecção da iniciativa.

A sétima edição do TorneioInternacional do Vale do Tejorealiza-se de 5 a 9 de Feve-reiro, nos Estádios Municipaisde Abrantes, Alcanena, Carta-xo e Rio Maior e conta com aparticipação das selecções na-cionais da Eslovénia, da Estó-nia e da República Checa.

____GI-GCS

Governo Civil acolheapresentação do Torneiodo Vale do Tejo

SANTARÉM

O Governador-Civil deSantarém recebeu um grupo decrianças que lhe foi cantar asJaneiras. Num momento degrande animação, houve per-guntas de ambas as partes.

Paulo Fonseca recebeu ascrianças do Clube de Aventu-ras de Santarém da Associaçãopara o Desenvolvimento Sociale Comunitário de Santarém,que lhe cantaram as Janeiras eaproveitaram para pedir novasinstalações. O actual edifício

foi cedido pela autarquia esca-labitana e já não apresentam ascondições necessárias, expli-caram as responsáveis peloClube. Antes de mostrar o Sa-lão Nobre do Governo Civil,Paulo Fonseca distribuiu lem-branças e colocou algumasquestões sobre o funcionamen-to da instituição.

As cerca de 25 criançasmostraram grande entreteni-mento e divertiram-se com apresença dos jornalistas.

Governador Civilrecebe crianças e ouvecantar as janeiras

CULT promoveuSeminário sobreEnsino e Qualificação

Ana Leão deixa a Nersant

No âmbito da elaboração daAgenda XXI da Lezíria do Tejo,a CULT levou a efeito um Se-minário, subordinado ao tema“Ensino e Qualificação”, queteve lugar no passado dia 12 deJaneiro em Santarém, moderadoe dinamizado por Maria EmíliaSande de Lemos, membro do

Conselho Nacional de Educação.O segundo Seminário, foi

sobre “Acessibilidades, Trans-porte e Logística”, e realizou-seno dia 17 de Janeiro, tendo oterceiro Seminário, sobre otema “Ambiente e PatrimónioNatural”, sido realizado no dia30 de Janeiro.

A jornalista Ana Leão,responsável pela comuni-cação externa da Nersant –Núcleo Empresarial da Re-gião de Santarém, deixa oseu trabalho após três anosde intenso e excelente traba-lho na divulgação das activi-dades e noticias daqueleorganismo.

Pelas suas qualidades pes-soais e profissionais, o Jornalde Coruche não quer deixarde manifestar o seu apreçopelo nosso relacionamentode 9 meses (a existência donosso jornal) e desejar-lhe asmaiores felicidades no seunovo desafio profissional.

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CARTAXO

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 31

NOTÍCIAS DO DISTRITO

O Cartaxo recebe, entre osdias 2 e 4 de Fevereiro, a ter-ceira edição da Feira de Stocks.

Um certame que se tem re-velado um verdadeiro sucessotanto em termos de adesão deempresas participantes, comode visitantes.

A Feira de Stocks funcionacomo uma excelente oportu-

nidade para as empresas, sobre-tudo comerciais, poderem esco-ar os seus stocks e restos decolecção. Quem fica a ganhar éo consumidor que, assim, ad-quire produtos a preços bastantemais baixos do que os pratica-dos no mercado.

A 3.ª Feira de Stocks decorreno Pavilhão Municipal de Expo-

sições do Cartaxo e conta comexpositores nas áreas do calça-do, vestuário, têxteis e acessó-rios moda, entre outros.

Paralelamente irá tambémdecorrer a Feira do Livro Bara-to, a primeira que se realiza noconcelho do Cartaxo. O eventoconta com o apoio da autaraquiae as entradas são gratuitas.

III Feira de StocksProdutos a Preços Baixos

TORRES NOVAS

SANTARÉM

Chegou ao fim, para dezmunicípios do distrito de San-tarém, o projecto formativointegrado no programa FO-RAL, uma iniciativa de forma-ção direccionada para as autar-quias, no sentido de implemen-tar um Sistema de Gestão daQualidade nos serviços Licen-ciamento de Obras Particu-lares.Alcanena, Almeirim, Al-piarça, Azambuja, Chamusca,Constância, Coruche, Ferreirado Zêzere, Rio Maior e San-tarém são as autarquias queterminaram um processo decerca de dois anos, desenca-deado pela Nersant.

Através do programa deformação, os municípios afir-mam ter registado melhoriassignificativas ao nível da sis-tematização de procedimentose envolvimento dos colabora-dores no cumprimento de pra-zos e objectivos, o que tempermitido agilizar processos eincrementar o grau de satisfa-ção dos munícipes, no que dizrespeito à divisão de Licencia-mento de Obras Particulares.Neste sentido, os municípiosque participaram no FORALadmitem estender, a médioprazo, este processo a outrosdepartamentos.

Dez municípios deSantarém com Sistemade Gestão da Qualidade

OURÉM

Arrancou no dia 18 de Ja-neiro o ciclo de seminários quea Nersant efectuou com o objec-tivo de apresentar alguns pro-jectos a desenvolver pela Asso-ciação em 2007, no âmbito daFormação Profissional e dasNovas Tecnologias. A primeirasessão teve lugar no Centro deNegócios de Ourém e contoucom a presença de treze empre-sários. No âmbito da FormaçãoProfissional foram apresentadosos Projectos Formação Acção,

InovEmpresa/InovJovem e oPrograma Formação Valtejo. Naárea das Novas Tecnologias, odestaque foi para o lançamentoda Incubadora Electrónica. Tra-ta-se de um portal destinado adisponibilizar dados relativos aincentivos para as empresas dodistrito de Santarém e ferramen-tas financeiras de suporte à acti-vidade das empresas.

O portal será também uminstrumento de Gestão para em-presas em actividade.

O Auditório da Nersant aco-lheu, no passado dia 18 de Ja-neiro, o fórum “Cidadania, Éti-ca e Desenvolvimento Económi-co Sustentável”, o primeiro inte-grado num ciclo dedicado aoDesenvolvimento Sustentável eque está a ser dinamizado peloRotary International.

António Fonseca Ferreira,Presidente da Comissão de Co-ordenação e DesenvolvimentoRegional de Lisboa e Vale doTejo foi o orador convidado dasessão de ontem que contouainda com as presenças de Pe-

dro Ferreira, Vice-Presidente daCâmara Municipal de TorresNovas, e do Presidente da Ner-sant, José Eduardo Carvalho.

Ética e Cidadania, Educação,Desenvolvimento de Compe-tências e a Inovação para a Sus-tentabilidade foram alguns dostemas discutidos durante Fó-rum. Os restantes dois fórunsintegrados neste Ciclo realizam-se em Lisboa, no dia 15 de Fe-vereiro e em Sesimbra, a 21 deMarço, sessões estas abertas atodos os interessados.

____

Nersant divulgouprojectos

Rotary Internationalpromoveu FórumCidadania, Ética e DesenvolvimentoEconómico Sustentável em debate

TOMAR

O Instituto Português do Pa-trimónio Arquitectónico (IPPAR)e a CIMPOR – Cimentos dePortugal, assinaram um proto-colo para a conservação e res-tauro do património móvel e in-tegrado da Charola do Conventode Cristo, em Tomar.

O evento, presidido pelaMinistra da Cultura, Isabel Piresde Lima, teve lugar na referidaCharola e contou com a presen-ça do Governador Civil, PauloFonseca e os signatários doIPPAR e da CIMPOR.

A Charola, primitiva igrejatemplária do castelo, data dafundação do Convento e tevecomo modelo a mesquita deOmar em Jerusalém, constituin-do um exemplo da atitude dosTemplários perante outras cul-turas e crenças. É caracterizadapela busca do saber e assimi-lação dos conhecimentos deoutras religiões, culturas e civi-lizações. É um monumento ím-par na nossa herança patrimoni-al, não apenas pela inusitadaplanta octogonal, mas tambémpelas campanhas artísticas que

enriqueceram, ao longodos séculos, o seu interior.

Conscientes da neces-sidade da protecção, valo-rização e manutenção destepatrimónio, o IPPAR e aCIMPOR assinam o pro-tocolo para a conservaçãoe restauro do patrimóniomóvel e integrado naCharola do Convento deCristo.

A CIMPOR é mecenasexclusivo para a recupe-ração, conservação e res-tauro do monumento, re-presentando o maior mon-tante obtido pelo IPPAR ao abri-go da lei do mecenato cultural.A sua participação financeirapermitirá devolver a este legadoartístico e cultural único, situadonum dos espaço nacionais maisvisitados e de meios representa-tividade, a dignidade de que écredor, ao possibilitar a con-clusão de um processo iniciadoem 1988, com fases e campan-has sucessivas de restauro.

A Direcção do IPPAR louvao empenho e o crescente inter-

esse dos investimentos privadosno património histórico por-tuguês, representativos da res-ponsabilidade social que o sec-tor privado vem assumindo aolongo dos últimos 20 anos e queem muito contribuem para a cri-ação de riqueza nacional. OGoverno Civil de Santarém con-sidera este evento como umimportante passo na valorizaçãode um dos principais bens patri-moniais do distrito, símbolo dahistória e da cultura regionais.

Charola do Conventode Cristo vai ser restaurada

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200732

TRADIÇÃO

Manuel João Barbosa*

Na falta de elementos mas-culinos, os grupos estão a tra-vestir raparigas para acudir àfalta de rapazes. Afinal, asdanças entre mulheres foramum rotineiro costume popularnos bailaricos de outros tempos,mas parece ser ainda um tabudentro de algum movimento fol-clórico. Estranha-se o hábito e apostura não é, hoje ainda, enten-dida por muitos folcloristas (oupara-folcloristas). O costumeestá vivo na memória de muitos,não sendo necessário recuarmuitas décadas para trazermosisso à lembrança.

Por que não retratar o tãovulgarizado hábito popular notrabalho dos grupos folclóricos,ao invés de criarem máscarasque ridicularizam a actividadefolclórica? A sua representaçãoé valorizada e o singular quadroetnográfico, tão usual nos diver-timentos populares de outrora,exalta-se. A mensagem tarda emuitas naus continuam à deriva,à espera de uma “bússola” quelhes dê a orientação necessáriapara uma chegada a bom porto.

O Jornal de Notícias relata-va um destes dias que o RanchoFolclórico de Nogueira, do con-celho de Lousada, lutava com aescassez de rapazes para inte-grar o seu “corpo de baile”. En-quanto isso, as raparigas àespera de ingressar no grupoestão em lista de espera. “Umacrise difícil de resolver”, ajuizouo jornalista. O presidente do ran-cho, esse, aflige-se com tantasmoças à sua volta. E até já cen-surou as “cunhas” que as mo-çoilas lhe metem para lhes arran-jar um par! “Mas não lhes possovaler”, vai adiantando o dirigen-te, afirmando peremptoriamen-te: “Não quero mulheres, mashomens, sem eles não se dançao vira nem o malhão”, assegura.

Prevendo maiores dificulda-des no futuro, os “preparados”responsáveis pelo agrupamentode Nogueira arriscam a “for-mação” entre os bebés da aldeia:“O pequeno Nuno, que fez 14meses, é o elemento mais recen-te, já mexe o corpito e já sabeerguer os braços ao toque doviolão. Esperamos que não secanse”, dizem entusiasmados oscooperantes do grupo.

A solução para resolver acarência masculina no elenco dogrupo já passou algumas vezespor iluminadas fantasias: “Jáhouve necessidade de vestir aminha filha como se fosse um

rapaz, pelo menos duas vezes.Certa altura tivemos uma saídapara um festival no Estoril, umrapaz faltou e a minha filha ves-tiu-se de homem. E olhe, nin-guém deu fé”, desabafava para orepórter a mãe de uma bailado-ra. Eloquente. Como diz o velhoadágio popular, “Quem não temcão caça com um gato”. “ORancho, fundado em Julho de1983, pertence à Federação deFolclore Português”, adianta ojornalista.

Pelo que se lê no trabalho doJN, a noção daquilo que deveconstituir representação do fol-clore, está completamente arre-dada do projecto de Nogueira.Porventura não saberão os seusresponsáveis e demais dilectoscolaboradores que as mulheressempre dançaram umas com asoutras? Porque não retratamentão esse costume tão usualentre o povo no seu grupo? E ovira e o malhão não se dançaramsem homens, como afirmam? Aregra, pecando pelo rigor, pedeque essas modas sejam então re-produzidas no rancho com ospoucos rapazes que tem. Nãofantasiem as airosas raparigasde “Maneis” ou “Josés”. Umbom trabalho de retratação tradi-cional tem valor igual com umaou duas vintenas de participan-tes como o terá com apenas umadezena. Com efeito, um bailari-co de outros tempos não deixa-

va de se fazer porque não haviano terreiro pares suficientes paraa função. Não sendo de estran-har que tão exemplar desempen-ho folclórico se acoite no regaçoda Federação do Folclore Portu-guês, que estatutariamente obri-ga ao rigor na representação dosseus membros, afligirá umacontinuada falta de informaçãoe formação, que continua a fla-gelar o movimento folclórico,com graves repercussões noseio do organismo de Arcozelo.

Lembremos as promessasfeitas em 2001, garantindo en-tão que, após um período deaperfeiçoamento dos gruposmembros (dois anos), em favorde uma completa obediênciaestatutária (rigor na representa-ção) “todos os grupos federadosteriam de oferecer qualidade apartir 2004”. Que credibilidadepode assim oferecer o “carim-bo” de “grupo federado” comexemplos como aqueles que sedesenham em Nogueira?

Algum desencanto já se pas-seia pelos corredores da institui-ção, como pelos canais técnicosnacionais. Vozes bramam de in-satisfação e descontentamento.E de desilusão. Um exigido es-tado de graça há muito se finou.Está morto, com declaração deóbito passada.

Todos sabemos que não ha-via bailarico de aldeia que nãotivesse abertura com as mulhe-

res, dançando entre si. Só depoisos homens se abeiravam dospares femininos e pediam con-sentimento para dançar. Emmuitos casos, as moças maisdesengraçadas ficavam “conde-nadas” a nunca ter um rapazpretendente a dançar. BertinoCoelho Martins, etno-musicólo-go e estudioso da cultura popu-lar, debruçando-se sobre partici-pação das mulheres nos bailes,refere num dos seus trabalhos,há muito editado: “Ao aprofun-darmos as memórias das gentessimples do nosso País, lá encon-tramos, num lugar bem destaca-do – junto das mulheres – assuas expressões cantadas e dan-çadas nos bailes das aldeias,com o par do sexo oposto ou comoutras mulheres, enquanto oshomens não se aproximavam”.

São variadas as expressõespopulares relativamente ao pe-dido dirigido a duas raparigasque formavam um par num bai-larico de aldeia, feito por doisrapazes, variando naturalmentede terra para terra. “Separar”,“apartar”, “desapartar”, “partir opar” e outras. Há mesmo histó-rias pitorescas que marcavam acaracterística popular de deter-minadas terras, quando às mo-ças convidadas não convinhamos interessados bailadores. Arenúncia era feita algumas vezesde modo grotesco e mesmo des-prezível. Na Glória do Ribatejo,localidade com tão singulares par-ticularidades culturais, a funçãoera um “balho”, e a recusa de dan-çar chamava-se “cabaça”. Nestacircunstância, o interessado bai-lador ouvia dizer: “Na balho”.

Aqui, como em quase todo oRibatejo (e eventualmente nãosó) as moçoilas em plena ado-lescência não dançavam com osrapazes, porque se arriscavam aficarem namoradeiras na bocado povo da terra. Por isso sem-pre dançavam umas com as ou-tras. Ainda nos bailes da Glóriado Ribatejo, entre 30 ou 40 pa-res de dançadores, sempre maisde metade eram constituídos sópor mulheres, segundo Rita Po-te, responsável pelo projecto doRancho Folclórico da Casa doPovo local. Em Coruche, os can-didatos bailadores diziam peran-te o par de dançadoras: “Que-rem apartar?”. Lá para os ladosde Monsanto, na Beira Baixa,dois rapazes dirigiam-se ao parde raparigas e, com um ligeirotoque de mão no ombro da moça,atirava a frase “Dá cá licença”.

Depois de apartadas, cadaum ficava com a rapariga pre-tendida, diz quem sabe: JoaquimFonseca, responsável pelas Adu-feiras de Monsanto. Em Mari-nhais, no concelho de Salvaterrade Magos, a moça desinteres-sada no par pretendente a dançarlogo disparava: “na dunço”.Curiosa não deixa de ser tam-bém a forma como as raparigasem Amiais (norte do concelhode Santarém) negavam o con-vite do rapaz: “Tenho gajo”.

Também curiosa não deixade ser a forma como se organi-zavam os bailes em Covas, Ar-gas, Dem e Cerquido, terras daSerra d’Arga e fraldas circun-dantes, no Alto Minho. O “filho”da terra, José Brito, responsáveltécnico do Grupo Besclore (Lis-boa), conta-nos como eram osbailaricos na sua região: “NaSerra d’Arga e fraldas da Serrad’Arga os bailes ou serões eramsempre realizados de uma for-ma muito singela mas deverasorganizada. Por norma, os ra-pazes saíam ao terreiro e colo-car-se-iam em roda, em serri-nha, ou em quadra e as mul-heres sairiam à vez ao dan-çador. Não se podia saltar umhomem, isto é, por onde a pri-meira mulher começasse a for-mar, as outras teriam de ir,homem a homem sucessivamen-te fechando a roda ou serrinha.Claro que havia sempre mul-heres que não iam a terreiro eque poderiam pegar em moças(irmãs, sobrinhas, primas),mais pequenas e dançariamumas com as outras. Nesta situ-ação teriam que dois homens irapartá-las para dançar. Presen-ciei isso ainda este Verão numbaile em Santo Aginha”, afirmaJosé Brito.

Na região norte do Ribatejoo trabalho de pesquisa de HugoLeitão, do Rancho de Linhacei-ra (Tomar), mostra que o termomais usual era “as meninas que-rem apartar?”. E adianta: “Asraparigas olhavam primeiro acara dos rapazes e aceite a pro-posta separavam-se e aceitavamo seu par. O costume dava ori-gem a brincadeiras quando asraparigas não queriam aceitaros pares. À pergunta ‘as meni-nas querem trocar?’ elas apenastrocavam de posição uma entreoutra e continuavam, deixandoos pretendentes à dança comuma nega ou uma ‘cabaça’”.

____* Director do Jornal Folclore

Esta notícia é cortesia do “Jornal Folclore”, ao qual agradecemos

Travestir o folclore – Não há rapazes…

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 33

A Subcomissão Parlamentarde Agricultura, Desenvolvimen-to Rural e Pescas, através dogrupo de trabalho “Defender oMontado, Valorizar a Fileira daCortiça”, iniciou no passadoDomingo em Coruche a visita

que vai fazer ao sector da pro-dução e transformação da cor-tiça, durante três dias.

O auditório José Labaredas,do Museu Municipal de Coru-che acolheu os deputados parauma reunião de trabalho comDionísio Mendes, presidente daautarquia local, Miguel TelesBranco, presidente da Associa-ção de Produtores Florestais deCoruche, António Amorim pre-sidente da APCOR, João SantosPereira, professor catedrático noISA e Salomé Rafael, Vice-pre-sidente do Nersant.

Dionísio Mendes começoupor apresentar pormenorizada-mente aos deputados o projectodo Observatório do Sobreiro e daCortiça, um projecto de dimen-são e interesse nacional, que aautarquia quer iniciar já este ano.

Coruche afirma-se cada vezmais como a Capital Mundial daCortiça, para além do Observa-tório, os números não enganam:50.900 Hectares de montado desobro, 8.400 toneladas de pro-dução média anual de cortiça e4,7, sim, 4,7 milhões de rolhaspor dia.

Depois da apresentação doObservatório, a opinião genera-lizada de todos os participantesfoi de que é urgente potenciar eestimular o sector e que paraisso é fundamental uma apostana investigação e tecnologia. Éaqui que o Observatório do So-breiro e da Cortiça é apontadocomo um importante pólo dedinamização da fileira da corti-

ça, para o futuro.Para António Amorim o

Observatório é uma mais valiapara a fileira, o homem forte doGrupo Amorim e presidente daAPCOR dá os parabéns à autar-quia. No entanto diz também

que é tempo de começar a tra-balhar no “recheio” do projecto“o hardware é excelente, o pro-jecto do edifício onde se vaiinstalar o Observatório é muitobom, mas penso que a partir deagora é de extrema importânciapensar e trabalhar o software,ou seja, o que se vai fazer ládentro”.

O presidente da Câmaraalertou ainda os deputadospara a importância de saberdefender a cortiça nacional,num contexto cada vez maisglobalizado, lembrando oquanto já foi feito pelos vizi-nhos espanhóis nessa maté-ria. Lembrou mesmo o episó-dio que viveu na Catalunhano passado mês de Outubro,onde participou numa reuniãopreparatória para a constitui-ção de uma Rede Europeia deRegiões Corticeiras.

O autarca conta que nessareunião só estavam presentestrês municípios portugueses,e que quando se apercebe-ram, já os espanhóis se prepa-ravam para votar favoravel-mente uma proposta de direc-ção para a tal Rede Europeia,que colocava a Espanha comtrês representantes enquantoPortugal ficaria apenas comum, ao nível de França eItália. “É claro que travámos oprocesso e aquela proposta foiabortada, exigimos que a repre-sentação nacional fosse nomínimo igual à espanhola, poissomos os maiores produtores

mundiais, com uma produçãomuito superior à francesa e ita-liana”, disse Dionísio Mendesapontando este caso como exem-plo da postura mais agressivados agentes espanhóis ligadosao sector.

O que é o Observatóriodo Sobreiro e da Cortiça?

Trata-se de um projecto quepretende, entre muitos outrosobjectivos, defender e incenti-var a cultura do sobreiro; apoiarprojectos de investigação desti-nados a aprofundar o conheci-mento dos problemas bem co-mo das virtudes dos sobreiros eao desenvolvimento e melhora-mento das utilizações industriaisda cortiça; defender e protegeras manchas florestais suberíco-las; criação de um laboratóriopara apoio aos estudos científi-cos sobre o sobreiro e a cortiça;a promoção de eventos relacio-nados com a fileira da cortiça.Paralelamente ao observatóriodo sobreiro e da cortiça, a autar-quia de Coruche pretende, ain-da, criar um centro educativoambiental e um parque temático,onde as actividades a desenvol-ver giram em torno do sobreiroe da cortiça.

A fileira da cortiça tem umaenorme importância no contextolocal da área deste município,no entanto, pela dinâmica eco-nómica e social que representano âmbito nacional e pela suarelevância a nível internacional,é nosso entendimento que estesector de actividade mereceuma atenção cuidada e que épreciso intervir numa perspecti-va de grande envolvência deempresas e entidades e de gran-de abrangência na forma e nasáreas de acção.

Nesta linha de orientação,esta autarquia entende ser plena-mente justificável a concretiza-ção efectiva de um objectivoestratégico: a criação em Coru-che do Observatório do Sobrei-ro e da Cortiça.

Para o presidente do Muni-cípio de Coruche, “a região pos-sui vantagens competitivas quese baseiam em factores de pro-dução e de proximidade. Estacaracterística intrínseca pro-porciona-nos algumas vanta-gens concorrenciais face a out-ras regiões, não apenas no pla-no das trocas comerciais mas,também, no plano da atracção e

da retenção dos factores de pro-dução que constituem a suabase económica”, realça Men-des que lembra ainda a mu-dança de cenários dos últi-mos anos “os investimentosrecentes desvanecem a con-

tradição que existia no con-celho de Coruche. Era umdos Concelhos do País com amaior área de produção decortiça e onde não existiauma única fábrica para a suatransformação. Nos últimosdez anos construíram-se trêsfábricas de cortiça e estão asurgir outras iniciativas quevão transformar o Concelhode Coruche num grande cen-tro produtor de rolhas de cor-tiça. Nos últimos quatro anosforam criados mais de 150novos postos de trabalho nosector…”.

O que é a Rede Europeiade Regiões Corticeiras?

É uma rede que pretendejuntar entidades públicas e pri-vadas ligadas à fileira da cortiça,de Portugal, Espanha, França eItália, principais países produ-tores. Havendo ainda a intençãode desenvolver esforços de coo-

peração com países do Magreb,como Marrocos, Tunísia e Argé-lia, onde existe também algumaprodução.

Um dos principais objec-tivos desta estrutura é promovero sector corticeiro e obter finan-ciamentos conjuntos da UniãoEuropeia, para potenciar aindamais as características singu-lares da matéria-prima cortiça.

Nesta lógica de afirmaçãonacional e internacional de Co-ruche, no contexto corticeiro,destaca-se a participação daCâmara Municipal de Coruchena Comissão que vai concretizara Rede Europeia de RegiõesCorticeiras.

GI-CMC

Deputados da Nação conhecemObservatório do Sobreiro e da Cortiça

Visita ao sector da produção e da transformação da cortiça começou em Coruche

Assistência com alguns dos deputados presentes Miguel Teles Branco, António Amorim, Salomé Rafael,Prof. João Pereira e Dionísio Mendes

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O título que escolhi para esteartigo pode não parecer estranhopara muitos dos leitores, contu-do, os leitores mais familiariza-dos com os termos económicosfacilmente detectam o abuso daexpressão: a “minha” taxa deinflação. A inflação é igual paratodos os agentes económicos,embora essa taxa afecte maisuns, que outros.

Diz-se que existe inflaçãoquando estamos perante umasubida generalizada e persis-tente do preço dos bens eserviços de uma economia. Masentão, porquê este título? Poisbem, um destes dias em conver-sa de café com amigos faláva-mos dos aumentos anunciadospara o início do novo ano.Comentávamos inclusivamenteque os 2,1% de taxa de inflaçãoprevista no orçamento do Esta-do para 2007 era um valor muitobaixo e que dificilmente se iriaverificar no final do ano. Eis quealguém comenta “pois é, e opior é que a minha taxa de infla-ção é muito superior àquela queo governo anunciou!” A risadafoi geral. Pelo que já foi dito,esta afirmação não está correcta,mas tem a sua razão.

A ideia de que a inflação nãoé igual para todos é muitocomum. Normalmente temostendência a comparar os preçosdos bens e serviços que con-sumimos com maior regulari-dade. É essa percepção quetemos do indicador económico“inflação”. É normal que quan-do verificamos que os bens eserviços de primeira necessi-dade como os alimentares,transporte, educação entre ou-tros, sobem acima do valoresperado para a inflação, temostendência em considerar que a“nossa” taxa de inflação é supe-rior à anunciada. A subida deapenas alguns bens e ser-viçosnão significa necessariamenteque a taxa de inflação esteja asubir.

Para calcular a taxa deinflação é utilizado um índice depreços no consumidor (IPC),que mais não é que a compara-ção, todos os meses, dos preçosde um “cabaz” de bens eserviços. Até 2002, ano em queentraram em circulação as moe-das e notas de euros, o cabaz uti-lizado em Portugal para medir oIPC comportava cerca de 700bens e serviços. Após a entradaem circulação do euro come-çou-se a utilizar um cabaz quecontém cerca de 100 bens eserviços. Este cabaz comportamenos bens e serviços que oanterior mas possui bens eserviços idênticos a todos ospaíses da zona euro. Passou-seentão a denominar de índiceharmonizado de preços no con-

sumidor (IHPC). Assim, sóexiste inflação se, por compara-ção, se verificar, em média, umaumento do preço do referidocabaz de compras.

Voltando à expressão da con-versa de café, a sua justificaçãoracional encontra-se numa outraquestão que também tem umaabordagem económica. A estru-tura de consumo.

Engel (1877) demonstrouque o aumento do rendimentoprovoca uma modificação naestrutura do consumo. Este estu-do, pela sua importância, ficouconhecido pela Lei de Engel.No seu trabalho identificou 3categorias de bens: os bens infe-riores, cujo consumo desce à

medida que aumenta o rendi-mento; os bens normais, cujoconsumo aumenta à medida queo rendimento aumenta, mas pro-porcionalmente menos e, osbens superiores, cujo consumoaumenta mais que proporcional-mente à subida do rendimento.

A estrutura do consumo va-ria conforme a composição doagregado familiar: quanto maisnumerosa for a família, maior éo peso das despesas de consumopara a alimentação. A idade doselementos que compõem cadaagregado familiar constitui tam-bém um factor que influencia aestrutura de consumo: umafamília com uma média de ida-des elevada tem tendência a

privilegiar as despesas da ali-mentação, saúde e habitação,em detrimento das despesascom o lazer e transporte.

A localização da habitaçãodo agregado familiar influenciatambém a respectiva estruturade consumo. As famílias urba-nas gastam mais nas despesascom lazer e transportes que asfamílias rurais. Resumindo, En-gel demonstrou que o peso daalimentação nas despesas totaisde uma família decresce sempreque o rendimento aumenta.

É precisamente aqui quereside o pensamento racionalcomeçado no café. Uma famíliaque não tenha um rendimentodisponível muito elevado, vaigastar a maior parte desse rendi-mento na aquisição de bens eserviços de primeira necessi-dade. Se, como verificamos noinício deste ano, os aumentossão precisamente nesses bens,por exemplo no pão, é infeliz-mente natural que as famíliascom menores rendimentos no-tem mais esses aumentos. E éprecisamente por esse motivoque têm tendência a julgar umainflação superior à inflação real.

_____* Economista

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200734

Osvaldo Santos Ferreira *

ECONOMIA

A “minha” taxa de inflação

Segundo o Instituto Nacio-nal de Estatística (INE) em2006, o Índice de Preços no Consumidor (IPC) registouuma taxa de variação média de 3,1%, valor superior em0,8 pontos percentuais face a Dezembro de 2005. O ÍndiceHarmonizado (com os restan-tes países da UniãoEuropeia) de Preços no Consumidor (IHPC) registou em2006 um aumento de 3,0% face ao ano anterior. A taxa deinflação reduz o poder de compra dos agentes económi-cos. Suponha que em Janeiro de 2006 o seu salário era500 euros. Imagine que o seu aumento foi de 1,5%, o querepresenta um aumento de 7,5 euros ficando então comum salário nominal de 507,5 euros. Como a taxa deinflação média durante o ano de 2006 foi de 3,1%, o seusalário real, aquele que representa a quantidade de bens eserviços que efectivamente consegue comprar, foi de 492euros.

A TAXA DE INFLAÇÃO EM 2006SITUOU-SE NOS 3,1%

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ARRAGESTA candidatura do projecto

“Lezíria em Rede – 1.ª fase”,promovido pela CULT, foi apro-vada pela Comissão de Coor-denação e Desenvolvimento daRegião de Lisboa e Vale do Tejo.Esta decisão foi tomada nareunião do dia 31 de Janeiro, daUnidade de Gestão do Eixo II doPrograma Operacional da Regi-ão de Lisboa e Vale do Tejo.

O projecto contempla a in-terligação dos edifícios camará-rios dos Municípios da Lezíriado Tejo, com recurso a tecnolo-gias de fibra-óptica, nuns casos,e tecnologias wireless, noutroscasos. Além das ligações, serátambém efectuado um investi-mento muito significativo ao

nível dos equipamentos de co-municações, quer de voz, querde dados. Um dos objectivosprincipais do projecto é a obten-ção de poupanças nas comuni-cações, através da utilização detecnologia VOIP (Voice OverInternet Protocol), garantindo aconvergência entre as redes decomunicações de voz e de da-dos. O montante total de inves-timento é de 1.933.378 €.

A CULT – Comunidade Ur-bana da Lezíria do Tejo é consti-tuída pelos Municípios de Al-meirim, Alpiarça, Azambuja,Benavente, Cartaxo, Chamusca,Coruche, Golegã, Rio Maior,Salvaterra de Magos e Santa-rém.

Lezíria em Rede

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 35

No passado dia 13 de Ja-neiro realizou-se no PavilhãoMunicipal, em Coruche, umaGala de Patinagem Artística,organizada conjuntamente pelaAssociação de Patinagem doRibatejo e pelos Corujas –Ginásio Clube de Coruche.

Esta é a primeira que anível distrital se efectuou e onosso Clube e a nossa Vilativeram o privilégio de serempioneiros neste tipo de evento,uma vez que a partir daqui ou-tras galas se irão organizar

noutros locais do Distrito.Para uma organização desta

envergadura, que colocou empista cerca de 200 atletas e quese pautou pelo sucesso, umavez que o Pavilhão encheu e oscomentários ouvidos forammuito favoráveis, muitocontribuíram todos osenvolvidos, desde osrepresentantes da Asso-ciação, a Direcção doClube, os Pais das nos-sas atletas que em mas-sa apoiaram o eventobem como as entidadesque se associaram no apoioe na divulgação do evento.

Com tantas boas vontadesenvolvidas a festa só poderiater sido o que foi. Um sucesso!Esperemos que mais e maisatletas de todas as idades nosprocurem para podermos fazermais para eles e por eles.

Deixando um pouco estetom mais entusiasmado, passo

a referir que estiveram presen-tes representantes dos seguin-tes Clubes: Clube Desportivode Torres Novas, AssociaçãoCultural e Recreativa de SantaCita, Clube e Natação de RioMaior, Hóquei Clube “Os Ti-gres de Almeirim, União deFutebol do Entroncamento,Hóquei Clube de Santarém,Sporting Clube de Tomar, Ju-ventude Ouriense e “Os Coru-jas” – Ginásio Clube de Co-ruche.

A nossa equipa foi compos-ta pelas seguintes atletas: naCarolinaCoutinho, Ana IsabelRita, Ana Lúcia, Ana RítaPereira, Bárbara Ribeiro, Bea-tríz Matilde, Carolina Pires,Catarina Rosado, Clara Mes-quita, Inês Ferrão, Joana Dio-nísio, Laurine Mesquita, MariaFilipa Oliveira, Sara Balcão,Sara Dionísio, Sofia Ruivo,Teresa Rita e Vanessa Tadeia.

De referir aqui, porque é deelementar justiça, que se anossa secção de PatinagemArtística tem hoje a pujançaque tem, isso deve-se à com-petência técnica da treinadoraD. Joaquina de Deus (Quina) etambém ao seu grande empen-ho pessoal e ainda aos respon-sáveis pela Secção.

Valeu a pena o esforço feitopor todos, uma vez que quandose tem êxito e tinha que o ser,estamos todos de parabéns.

Bem Hajam!____

* Dirigente DesportivoFotos de João Carlos Louro

I GGrande GGala ddePatinagem AArtísticado DDistrito dde SSantarém

20 Anos1986-2006

José Manuel Caeiro *

I Gala de PatinagemArtística

13 de Janeiro de 2007

Organização de“Os Corujas” e daAss. de Patinagemdo Ribatejo

“Embora resida noEntroncamento, é commuita vontade que venho aCoruche, desde háquatro anos duas vezes porsemana, treinar as atletas.”

“Tenho o apoio dosdirigentes do Clube e paisdas atletas.”

M.ª Joaquina Jesus - Treinadora

Pavilhão DesportivoMunicipal – Coruche

“É motivo de orgulhoreceber a primeira Galade Patinagem do distrito.”

“É uma forma de divulgara modalidade e dara conhecer os Corujas.”

“Estamos satisfeitos com apresença de cerca de 500pessoas na assistência.”

Luís Marques - Presidente

A Equipa de Patinagem Artística dos Corujas

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200736

Francisco Godinho, actualpresidente da Junta de fregue-sia da Branca, está a completaro 4º mandato. Foi eleito comoindependente nas listas daCDU e durante os quatro man-datos obteve sempre a maioriaabsoluta. Foi abordado e con-tactado por outras forças políti-cas, mas por uma questão deética, manteve a tradição elealdade à CDU.

O autarca mostra-se preo-cupado com a população idosada freguesia e adiantou que énecessária a revisão do PDMpara fixar os jovens. O sanea-mento básico e o abastecimen-to de água são necessidadesprementes, além da conserva-ção de estradas e arruamentos.Francisco Godinho afirmouque, não faz sentido as locali-dades de Malhada Alta e SãoTorcato estarem englobadas nafreguesia de Coruche, porqueficam mais próximas da fre-guesia da Branca.___

JC – Que balanço faz dosmandatos, como presidenteda Junta de Freguesia daBranca?

FG – Sem dúvida, que façoum balanço positivo. A prova éque fui eleito pela populaçãoao longo de quatro mandatos esempre com maioria absoluta.Ainda há muito por fazer nafreguesia, mas como sou ambi-cioso e exigente tento sempredar o máximo em prol da pop-ulação. Estou a completar trezeanos como presidente de Juntae muitas vezes é difícil concil-iar a minha vida particular coma de Presidente de Junta.

JC – Como surgiu a hipó-tese de abraçar a vida de au-tarca?

FG – Devido à minha vidaprofissional estava longe de virpara a política autárquica. Hátreze anos fui convidado porforças partidárias, mas acabeipor aceitar o convite da CDU.Foi a única força política quemeteu as cartas na mesa eaceitou as minhas condições.Sabe que um autarca ao dar acara, tem de ter o respeito dapopulação e vice-versa. E, semdúvida, a CDU deu-me condi-ções e garantias até ao momen-to, daí manter a tradição apesarde convites doutras forças par-tidárias, o que muito me orgulha.

JC – A Cultura e Desportosão importantes na freguesia?

FG – Sem dúvida! Repare,neste momento a JuventudeUnião Figueirense é o embai-xador do próprio concelho nofutebol distrital. Uma colecti-vidade da freguesia que mere-cia outro tipo de apoio e aten-ção por parte dos eleitos na Câ-mara. A Junta dentro das suaslimitações, tem dado o apoioprevisto. Repare, há muito tem-po que se fala em piso sintéticono campo de jogos, mas até aomomento é uma miragem. Sou

sócio do Figueirense e tenhoalguma tristeza, quando vejoos atletas a praticar desportonum pelado.

Em relação a outras colec-tividades, felizmente vão me-xendo e fazendo pela vida,apesar da crise no associativis-mo. O Rancho Folclórico daBranca, é uma colectividadeque continua activa e represen-ta de forma ímpar a freguesia.De norte a sul do País, levam onome da freguesia da Branca.Existe o Centro Social, junto àsede da Junta, que é usufruído

por várias colectividades e pelapopulação, mas o espaço emfrente é da Paróquia e deveriater outra imagem, deveria exis-tir uma requalificação. Na fre-guesia, continuamos a manteras tradicionais festas anuais,cujo modelo é agora assegura-do pelas colectividades.

JC – A divisão adminis-trativa do território está bemelaborada?

FG – Tenho dificuldade emresponder, veja este exemplo,as localidades da Malhada Altae São Torcato pertencem à fre-guesia de Coruche, mas na rea-lidade estão mais próximas dafreguesia da Branca. Não fazsentido. No ano passado che-guei a transportar alunos daMalhada Alta e São Torcato ediziam-me “você é o nossopresidente?”. Tive de respon-der que não, porque pertencemà freguesia de Coruche. Pelaminha parte, até recebia debraços abertos a populaçãodestas localidades se a divisão

do território fosse uma reali-dade. Dou-lhe outro exemplo,as Fazendas das Latadas, quepertence ao Montijo. As pessoastrabalham na Branca, fazem asua vida na Branca, e estãodesmotivadas em pertencer aoMontijo. Realmente, não fazsentido, porque estão muito pró-ximas da freguesia da Branca.

JC – O saneamento básicoe abastecimento de água estácompleto na freguesia ouexistem lacunas?

FG – Na parte do abasteci-mento de água ainda não esta-mos nos cem por cento, e emrelação ao saneamento básico éde facto uma preocupação. Fazfalta uma ETAR, porque aspessoas se queixam constante-mente. Somos a freguesia ondeo saneamento básico não passado papel, sendo urgente resol-ver a situação. Temos 117 Kmsde estradas de terra batida,muito dispersas e com muitaslinhas de água. Com um Inver-no rigoroso, como o actual, a

DESCRITIVO DA FREGUESIA

Desde muito antes da criação da freguesia em 1984 queeram desenvolvidos os maiores esforços nesse sentido,pois já em meados do século XX existia aqui um núcleopopulacional muito importante.

A povoação de Branca terá evoluído do trato aforado eda sesmaria, sendo os seus foros do final do século XIX. Asua população inicial cresceu rapidamente, dando origem aum denso aglomerado na época em que o modelo depovoamento seguido era junto de uma estrada e nas proxi-midades de uma locanda comercial, com carácter de hos-pedaria.

Um dos muitos motivos de interesse desta freguesia cen-tra-se na Herdade das Figueiras e sua capela. Em 1949,Gustavo Matos Sequeira incluiu-a no Inventário Artístico dePortugal: “Casa e propriedade rústica, na charneca de Coru-che, pertenceu ao Sr. D. Jorge Machado Castelo Branco(Figueira). Centro de um aglomerado característico, dandoo tipo dos núcleos de habitação regional. Junto à casa delavoura está uma ermida dedicada a Santa Maria”.

Orago: Nossa Senhora da Conceição

Actividades económicas: Agricultura, indústria e explo-ração de madeiras e fábricas de cogumelos

Património cultural e edificado: Capela da Branca,Herdade das Figueiras: Capela e Casas Senhoriais

Gastronomia: Cozido à portuguesa, ensopado de borre-go e arroz doce

NA ROTA DAS FREGUESIAS

A Freguesia da Brancaem entrevista a Francisco Guilherme Godinho,Presidente da Junta

www.cm-coruche.pt

Igreja de Nossa Senhora da Conceição, padroeira da Branca

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 37

parte dessa entidade. Uma ligaçãoprioritária como esta, não pode ter estecenário, apesar das tomadas de posiçãodos autarcas do Concelho e da popu-lação que sofremos na pele este dilema.Mas, até ao momento os responsáveisfizerem ouvidos surdos e não resolvemo problema da estrada que se arrasta háanos.

JC – O actual PDM está a pena-lizar a freguesia?

FG – Sem dúvida. É urgente a revi-são do Plano Director Municipal parafixar os jovens na freguesia. Repare,face ao actual PDM, os jovens queremconstruir habitação, mas como algunsterrenos pertencem à Reserva AgrícolaNacional não podem construir. Daí,

terem de procurar outras localidadespara construírem as suas habitações.Veja, a freguesia da Branca é constituí-da por foros, os herdeiros dividemesses foros em partes iguais, mas numou em dois lotes de terreno não podemconstruir habitação.

Este é o grande problema na fregue-sia, é necessário a revisão do PDM,para cativar os jovens a fixarem-se nafreguesia. Repare, a freguesia daBranca tinha muita procura por partede Lisboetas, mas quando se con-frontaram com o PDM, foram adquirirterrenos noutras freguesias.

____Entrevista de

João Carlos Louro

situação torna-se lamentável e nãodamos conta do recado, apesar de todasas máquinas em serviço.

Em relação a estradas com alcatrão,na freguesia são poucas as que têmesse privilégio. Temos apenas 7 Kmsde estradas alcatroadas, numa área de117 Kms, pelo que é mais fácil divul-gar as estradas alcatroadas.

JC – A freguesia tem uma popu-lação bastante idosa, é uma preocu-pação da sua parte, criar boas condi-ções no futuro?

FG – Realmente, somos umafreguesia com uma população envelhe-cida. Veja por exemplo, em termos detransporte para Coruche, onde as pes-soas se deslocam para consulta médica.Existe apenas um autocarro daRibatejana que sai às 7 da manhã echega à noite. As pessoas idosas, nãotêm dinheiro para gastar em táxi, daí

terem dificuldades nos transportes, tor-nando-se muito complicado. Deveriamexistir diversos horários de transportespúblicos, já fizemos sentir este proble-ma à empresa Ribatejana, mas nãoobtivemos resposta. Em relação aoapoio aos idosos, que é a nossa priori-dade, sem dúvida que existem proble-mas complicados na freguesia. Énecessário um Centro de Dia ou umLar de Idosos com outras dimensões ecom maior capacidade de resposta.

JC – Em relação à estrada nacio-nal 251, o cenário de degradaçãomantem-se!?

FG – Triste e lamentável essecenário da Estrada Nacional 251.Temos este “cancro” a atravessar afreguesia da Branca,que deveria serresolvido pelas Estradas de Portugal.Não há memória, existe falta de bomsenso e respeito pelas populações por

Edifício da Junta de Freguesia da Branca

Escola primária da Branca

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200738

Passados 60 anos do fatídicodia (28 de Agosto de 1947) damorte de Manuel RodriguezSanchez “Manolete”, chega àssalas de cinema, ao longo desteano, o filme sobre a sua vida,intitulado “Manolete”.

Realizado por Menno Mey-jes, “Manolete” tem como pro-tagonista Adrien Brody (vence-

dor do Óscar de melhor actorpela interpretação em “O pia-nista”) que encarna o matadorde touros, e conta com a partici-pação de Penélope Cruz comoLupe Sino, o amor proibido deManolete. É em torno desseamor “quase proibido” que sebaseia o filme. Lupe Sino nuncafora aceite nem pela família do

toureiro (sobretudo pela mãe,Doña Angustias) nem pelos afi-cionados e seus seguidores.

Vivia-se numa Espanha pós-guerra civil e, naturalmente, asmarcas dessa época faziam-seainda sentir pelo que, dentro dasPraças de Touros, não era difer-ente. Aqueles que apoiavam oregime de Franco eram osapoiantes de Manolete. Eram osricos e ocupavam os melhoreslugares nas Praças enquanto queos republicanos, os pobres, selimitavam aos lugares piores.Ora, Lupe, além de ser actriz ecantora (presença assídua do barChicote, local onde se conhece-ram, e considerada “una chicaChicote”) era republicana. Di-vergências que não permitiramque Doña Angustias aceitasseque o seu filho vivesse em plenoesse amor. Excepção feita quan-do o toureiro fazia a temporadapelas arenas sul-americanas.

No filme assiste-se aos últi-mos sete anos da vida do mata-dor e recorda-se, inevitavel-mente, o dia 28 de Agosto de1947. O dia em que, na praça deLinares com dez mil aficiona-dos, Manolete, vestindo o seutraje de luces rosa, foi colhidopor “Islero”, o quinto toiro da

tarde, um Miúra com 495 qui-los. Um gesto mais demoradonuma faena perfeita, até então,fez com que “Islero” lhe per-furasse a coxa direita, um rasgode 20 centímetros e que, conse-quentemente, lhe tirasse a vida,já no hospital.

A preparação para encarnaro matador de touros levou Bro-dy a aprender algumas técnicasdo toureio e aplicá-las tourean-

do vacas. O actor contou com aajuda de vários toureiros espa-nhóis, sobretudo de Espartaco edos irmãos Rivera Ordóñez. Tãoimportante como aprender a uti-lizar o capote ou a vestir o trajede luces foi essencial que, se-gundo a opinião de Espartaco,Brody entendesse a vida dostoureiros, as emoções, as preo-cupações, os rituais vividos an-tes, durante e após uma actua-ção. E, sobretudo, como enfren-tar o medo. O actor parece terpassado com distinção nesteexame uma vez que a sua per-formance é brilhante. Outrofacto importante de registar é aparecença física entre o actor eManolete que é, por demais,evidente. Acresce ainda umolhar entristecido que é naturalem ambos, uma mais valia quetorna ainda mais credível oexcelente desempenho do actor.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 39

Uma obra de indiscutívelinteresse cultural “A Arte dacaça de Altenaria”, escritapor um grande caçador doséculo XVII, Diogo Fernan-des Ferreira, ficou indissocia-velmente ligada a Coruche,não só através do contributoque até agora tem sido dadopelos praticantes desta mo-dalidade, entre os quais secontam tantos coruchenses,como também porque a edi-ção da obra, se ficou a deverbastante aos apoios conse-guidos em Coruche e Salva-terra de Magos por AlfredoGonçalves Ferreira e JoséCarlos Correia, membros ac-tivos da Associação Portu-guesa de Falcoaria.

A cerimónia de lançamen-to desta obra, cuja ediçãocontou com um elucidativoprefácio da Dr.ª Natália Cor-reia Guedes, antiga Secretáriade Estado da Cultura, decor-reu no Palácio da Ajuda, ondemuitos dos falcoeiros portu-gueses conviveram com curi-osos e apreciadores do belís-simo espectáculo que a práti-ca desta modalidade propor-ciona, sustentando no braçoos magníficos falcões comque habitualmente caçam eque com cada um deles formauma dupla singular.

Mas o que é a Altaneria? Éuma antiquíssima forma decaçar a céu aberto com au-xílio de aves de rapina, e queconheceu ao longo dos tem-pos diferente intensidade depráticas e praticantes. Distin-guindo-se duma outra formade caçar, a Montaria, esta,como o nome indica, pratica-da nos montes e bosquesonde “as feras” se escondiam,e que se praticava sobretudocom o auxílio de cães, comoainda hoje acontece.

Os que estudaram e histo-riaram este costume cinegéti-co da Altaneria, ou da Falco-aria como tantas vezes é cha-mada, consideram-no, e nós

concordamos com a justiçada opinião, uma Arte. Umaarte que requer um sem nú-mero de qualidades do caça-dor, melhor diríamos da du-pla de caçadores: do Homeme da ave que treina e educapara esta finalidade venató-ria.

Assim, a captura, criaçãoe ensino de aves de rapinanão as retira da natureza, àqual trazem o equilíbrio quese conhece. Antes permiteque estas continuem a con-tribuir para o equilíbrio natu-ral do meio ambiente propor-cionando ao caçador-homem,um espectáculo de grandebeleza.

Sabe-se que já antes dafundação da nacionalidadeera praticada na PenínsulaIbérica, conhecendo-se trata-dos deste costume escritosnos séculos VIII e IX por ca-çadores árabes, grandes prati-cantes desta caça, como o

foram Ghatrif ouMoamim.

Sabe-se de váriosportugueses escre-veram mais tardesobre o mesmo te-ma, mas apenas um“Livro da Falcoa-ria”, escrito cerca de1380 por Pero Me-nino, caçador donosso Rei D. Fer-nando I, chegou aténós. Logo traduzidonesse mesmo anopara castelhano porPedro Lopez de Aya-la, vem a constituir aessência do que Diogo Fer-nandes Ferreira, caçador deDom António, Prior do Crato,vem a desenvolver na sua“Arte da Caça da Altenaria”que se torna, como no iníciodissemos um clássico desteantigo costume cinegético.

A recente edição, partedaquela que em 1899 o geó-

grafo e cientista, Dr. LucianoCordeiro deu à estampa inte-grada na Biblioteca de Clás-sicos Portugueses, mas quehá muito se encontrava esgo-tada.

Com a grafia do seu textoactualizada, a edição queagora surgiu foi enriquecidacom ilustrações do “falcoeiro-

-artista” Carlos Crespo, algu-mas das quais aqui reprodu-zimos.

O motivo do seu lança-mento deveu-se à constata-ção, internacionalmente reco-nhecida de que esta obra, ini-cialmente publicada há 400anos reunia ensinamentosque permaneciam absoluta-mente actuais.

Ensinamentos que aliás,em boa hora, Nuno Sepúlve-da Veloso, o decano portu-guês dos falcoeiros do séculoXX, soube transmitir a umgrupo de jovens que estive-ram na génese da formaçãoda Associação Portuguesa deFalcoaria.

A aquisição do edifício doSéc. XVII onde esteve sedia-da a antiga Falcoaria Real deSalvaterra de Magos, cujareutilização se tenta impul-sionar, a Exposição “Falcoa-ria Real” realizada em 1989no Museu Nacional dos Co-ches, demonstrando a sobre-vivência de antigas peças sig-nificativas desta velhíssimaprática peninsular, a consti-tuição da Associação Portu-guesa de Falcoaria, em 1991,e, em 1997, a organização daFalcoaria Real de Alter doChão, no âmbito da Coude-laria de Alter, foram passoscertos para evitar o desa-parecimento desta Arte vena-tório, contribuindo, assim,para o enriquecimento con-sciente do nosso PatrimónioHistórico e Cultural Portu-guês.

Está por isso de parabénsa Associação Portuguesa deFalcoaria, sendo compreen-sível que, de entre os seusmembros, destaquemos o Dr.Alfredo Gonçalves Ferreira(na foto com o seu filho) e oscoruchenses que com elecontribuíram para que o co-nhecimento deste Livro senão perdesse.

____* Historiador

A arte da falcoaria em livro

Fracasso das “Águas do Ribatejo” é culpa de Santarém

João Alarcão Carvalho Branco *

ARTE E CULTURA

O fracasso do projecto“Águas do Ribatejo”, umainiciativa de vários municí-pios que devia garantir osaneamento e fornecimentode água aos concelhos da re-gião, deve-se, segundo a dis-trital de Santarém do Bloco de

Esquerda, à Câmara de Santa-rém. “Falta de coerência, sol-idariedade e responsabilida-de” são algumas das acusa-ções feitas pelo BE ao PSD eà CDU por terem recusadoentrar no projecto multimu-nicipal, inserido na Comuni-

dade Urbana da Lezíria doTejo (CULT).

Segundo o BE a decisão daautarquia prejudica mesmo apopulação de toda a região,que assim assistirão a suces-sivos atrasos na “resoluçãodos graves problemas de

abastecimento de água e sa-neamento básico”.

Em consequência, o pro-jecto perdeu viabilidade eco-nómica, já que estava previstaa constituição de uma empre-sa com maioria de capital dasautarquias e que iria gerir to-

dos os investimentos nestamatéria. A autarquia, queoptou por não participar nanova empresa, e em Dezem-bro, justificou a decisão coma “precariedade financeira”que “herdou” dos executivossocialistas anteriores.

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No dia 19 de Janeiro oscerca de 300 alunos da EscolaBásica n.º 1 de Coruche foramao Teatro assistir à peça “OPrincipezinho”, um espectácu-lo de Filipe La Féria baseadono livro de Antoine de Saint -Exupéry.

As crianças juntaram-setodos no Parque do Sorraia às8h 20m, foram todas identifi-cadas e seguiram nos 6 auto-carros para o Teatro Politeama.Mas como a fome apertoupararam na área de serviço daPonte Vasco da Gama para umbreve lanche.

Os autocarros pararam noRossio e as crianças seguiramaté ao Teatro onde assistiram àpeça protagonizada por HugoRendas no papel de aviador eMartim Penedo no papel dePrincipezinho.

Esta é a história do meninoque vivia num asteróide, comos seus vulcões em miniatura,tinha uma linda rosa vermelhae usava um longo cachecol a

flutuar ao vento. Um dia eleresolveu viajar e visitou a Terraonde encontrou um grandeamigo, que depois contou ahistória desse menino.

Todas as crianças gostaramdo espectáculo e no final volta-ram todos ao seu Planeta –Coruche. Mas, para brincar ealmoçar voltaram a parar noPlaneta da Galp e fizeram umgrande piquenique, chegaram

ao nosso Planeta à hora marca-da, cansados, felizes, e, …todos!

____As jornalistas da E.B. 1 Coruche 1

Mª Ribeiro Telles,Mª Rosário Teixeira, Sara Rafael,

Francisca Salvador, Joana Santos,Francisca Mª Teixeira,

Ana Cristina Silva,Filipa Carvalho

O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200740

Natação7 de Janeiro / Coruche –

Jornadas de HidroginásticaDecorreram no período da

manhã as “Jornadas de Hidro-ginástica”. Esta foi a primeira

vez que a Escola de NataçãoBúzios (ENB) participou numacompetição desta natureza, comuma coreografia de 10 elemen-tos que embelezou este festival.De notar a pouca adesão das

outras Escolas donosso distrito, poispara além da nossaescola apenas par-ticipou a Escola deNatação de Salva-terra de Magos.

7 de Janeiro /Coruche – Festivalde Inverno Escolas

Destinado aatletas não federa-dos, esta competi-ção foi um sucessopois a ENB foi pe-lo terceiro ano con-secutivo a escolacom mais partici-pantes. Para alémda forte adesão quepermite “Compe-tição para Todos”,também de referir a

boa qualidade técnica dos nos-sos atletas. Digno de referênciafoi a distinção atribuída pelaAssociação de Natação doDistrito de Santarém (ANDS) àENB pela sua colaboração narealização destes festivais.

12 a 14 de Janeiro / Tomar -Campeonato Regional de Cate-gorias de Inverno

O grande momento destaprimeira fase da época foram os“Campeonatos Regionais deCategorias de Inverno”, onde aBÚZIOS – Coruche participoucom 8 atletas. Tendo consegui-do 17 medalhas, 3 de ouro, 5 deprata e 9 de bronze. Os meda-lhados foram Carina Pedro (6),João Pedro (6), João Carlos (3) eAdriana Lopes (2). Destacamosainda o resultado de João Pedroaos 100m Livres na categoria deInfantil com um resultado de1’00’56, tornando-se CampeãoRegional e conseguindo tempospara os Campeonatos Nacionaisa realizar em Faro no mês deJulho, juntando-se desta forma a

João Carlos que também játinha marcado presença nestacompetição nos 100m Bruços.

20 de Janeiro / SamoraCorreia – IX festival SFUS

No dia 20 de Janeiro decor-reu em Samora Correia o IX fes-tival da SFUS, onde a BÚZIOS– Coruche participou com 8 dosseus atletas mais jovens. O prin-cipal objectivo desta compe-tição era conseguir tempos paraos Regionais de Verão, o queTatiana Simões (100m Maripo-sa, 100m Bruços e 100m Livres),Mário Amorim (100m Mariposae 100m Livres) e Francisco Silva(100m Bruços) conseguiram.

21 de Janeiro / Abrantes – 2ªEtapa do Circuito Cadetes

Decorreu em Abrantes a 2ªProva do Circuito de Cadetes,onde a BÚZIOS – Coruche sefez representar por 9 atletas,sendo 3 estreantes (Ana Mon-teiro, Liliana Henriques e PedroFormigo). Relativamente aosrestantes elementos da equipadestacamos a evolução compe-

titiva dos nossos atletas compa-rativamente com a primeiracompetição em Ourém.

TriatloA época desportiva de Tria-

tlo iniciou-se em Dezembro,este ano com 10 elementos, sen-do alguns estreantes. A equipairá realizar 5 treinos semanais (2de água, 2 de corrida e 1 de bici-cleta), com o objectivo de parti-cipar no maior número possívelde provas.

Natação SincronizadaOs grupos foram definidos e

os esquemas estão a ser elabora-dos e trabalhados com o objecti-vo de participar nas demon-strações que se aproximam.

Pólo AquáticoA BÚZIOS – Coruche está a

participar na organização doCampeonato Distrital de PóloAquático, que se deverá iniciarem Maio de 2007.

____

Resultados Obtidos em Janeiro

PEQUENO REPÓRTER

Escola Básica n.º 1 de Coruche foi ao Teatro

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 41

No passado dia 21 de Janei-ro de 2007 realizou-se emCoimbra o Campeonato daZona Centro de Esperanças e oCampeonato da Zona Centrode Juvenis II. Nos Juvenis II,Vasco Veloso obteve o 3.º lu-gar e Leonardo Ricardo obteveo título de Campeão da ZonaCentro.

No Escalão Esperanças,Paulo Brandão obteve o 3.º Lu-gar e Nuno Gaivoto e DuarteDuarte alcançaram o título deCampeões da Zona Centro.Também participaram nestaprova os atletas João Veloso eAna Martinho.

Durante a prova, os atletasreceberam orientação técnica

de Carlos Ricardo e JoaquimNogueira. Todos os atletas daCasa do Benfica de Santarémconseguiram o apuramento pa-ra os Campeonatos Nacionaisde Esperanças e Juvenis II quese realizarão nos dias 3 deFevereiro e 3 de Março respec-tivamente.

Pedro Vargas

Ingredientes1 sável de 1 kg, 6 dentes de alho, pimenta, coentros, sumo de limão, fatiasde pão duro, farinha e sal

Preparação• Amanha-se e corta-se o sável em postas muito finas, deixando a posta da cabeça comdois dedos travessos além dela e a posta do rabo, ambas para a confecção da açorda. Aspostas finas do meio arrepiam-se com sal, salpicam-se com sumo de limão e guardam-se.Cozem-se num tacho as postas da cabeça e do rabo, com algum sal (pouco) juntamentecom as ovas, se forem de sável. Se não as houver, podem utilizar-se também ovas debacalhau, neste caso cozendo-se à parte.• Depois de cozido o peixe, desfia-se com cuidado, por forma a retirar-lhe todas as espi-nhas, guarda-se, retira-se o véu às ovas que, caso sejam de bacalhau se esfarelam, se desável partem-se aos bocadinhos pequenos juntando-as ao peixe. Num tacho, deita-se umbom fundo de azeite e picam-se-lhe para dentro, finamente, os dentes de alho.• Entretanto, escaldaram-se com água da cozedura do peixe, a ferver, as fatias de pãocaseiro duro que se deixaram a escorrer do excesso de água. Quando o azeite começara ferver com os alhos, sem os deixar alourar, deita-se-lhe o pão para dentro e deixa-seferver até o desfazer completamente. Vai-se mexendo até obter uma massa homogéneae não muito líquida.• Quando atingir a consistência desejada retira-se do lume e, nesse momento, juntam--se-lhe os coentros cortados miúdos e misturam-se muito bem na açorda. Sacodem-seas postas para fritar do excesso de sal que, porventura, apresentem, envolvem-se em fari-nha e fregem-se em bom azeite. A açorda, enfeitada por cima com um raminho decoentros picados. Serve-se em travessa, rodeada pelas postas fritas.

in “Coruche à Mesa e outros Manjares”, por José Labaredas

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No passado dia 21 de Janeirorealizou-se em Santarém asegunda jornada da Liga dePortugal em Judo. Tal como naprimeira jornada, esta provacontou com a presença de al-guns dos mais aclamados clubesdo país e com a equipa dacidade, a Casa do Benfica deSantarém. Esta jornada pontuoupara a fase final, onde se encon-trarão as 8 melhores equipas

nacionais da modalidade.Os responsáveis da Sports-

Events, departamento organiza-tivo da Associação de Judo doDistrito de Santarém (AJDS)manifestaram o seu agradeci-mento à Câmara Municipal deSantarém, à Casa do Benfica deSantarém e a todos os patroci-nadores que possibilitaram arealização na nossa cidadedeste evento de elevado relevo

nacional. Com o apoio de todos,Santarém irá continuar a seruma referência na organizaçãode eventos desta modalidadeque cada vez tem mais adeptosno nosso País.

Pedro Vargas

Judo Nacional denovo em Santarém

A Junta de Freguesia de SãoJosé da Lamarosa organizou nopassado dia 20 de Janeiro, noCentro Social da Freguesia de S.José da Lamarosa, uma mag-nifica prova de vinhos que con-tou com inúmeras participantes,tendo sido uma tarde de sãoconvívio sob o olhar atento deBaco. Excelente iniciativa daJunta da Lamarosa e do seuPresidente.

XIII Prova de Vinhos

LAMAROSA

No passado dia 25 de Janeiro pelas 20 horas, a Casa do Ribatejoem Lisboa, recebeu de novo juntos, para ouvir o (CasimiroMelancia e guitarristas), com boa comida regional, vinhosRibatejanos e a apresentação do projecto Rotas do Tejo.

Fados na Casa do Ribatejo

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200742

Tornamo-nos pais quan-do o nosso filho nasce;tornamo-nos avós quan-

do, por sua vez, esse filho setorna pai. Contudo, não bastasimplesmente dizer “já souavô/avó!”. Para se tornaremverdadeiros avós, devem apren-der, dia após dia, a assumiresse novo papel. Como nin-guém nasce ensinado, e porquenão existem formações nemmanuais de instrução para pre-parar avós, importa que cadaum desenvolva a sua formapessoal de o ser. Aprender a seravô/avó começa desde muitocedo: quando ainda somos ne-tos dos nossos próprios avós;quando, mais tarde, ao sermospais e nos encontramos entre ageração neto e a geração avós,avaliamos as suas relações einteriorizamos modos de estare de agir. Quando nasce o pri-meiro neto, inicia-se a aprendi-zagem diária e gradual do pa-pel de avós.

CONTRIBUTO DOS AVÓSPARA OS NETOS

Os avós podem ter umainfluência valiosa sobre o netoem diferentes aspectos:

Historiadores Familiares– Os avós são os testemunhosvivos da história da família.Sendo a geração mais velha,estão em melhor posição para atransmitir aos mais novos.Através dos avós a criança per-cebe donde vem e quem a pre-cedeu. Conhecer a sua história,situar as suas origens, contribuipara que a criança se conheça asi própria, permitindo-lhe iden-tificar o seu lugar na família.Descobre também os pais:quem eram na sua juventude,do que gostavam, o que fazi-am, e o que realizaram. Osavós permitem que os netoscompreendam que os seus paistambém já foram pequenos, eque ser criança é uma fase davida que mais tarde dará lugarà geração adulta.

Transmissores de Valorese Conhecimentos – Os avósrevelam-se como pilares dosvalores fundamentais a trans-mitir, valores esses que resis-tem ao tempo, e que eles ten-tam conservar: a importânciada família, do respeito pelooutro, do amor, das coisas sim-ples, da natureza. Os avós sãopara as crianças uma fonte deconhecimentos.

Ensinam, explicam, e interes-sam-se pelas dúvidas dos netos.

Confidentes – Em muitoscasos, os avós são, para o neto,confidentes discretos e dispo-níveis, prontos a ouvir tudo ouquase tudo. As suas reacçõessão frequentemente menosacesas do que as dos pais, oque demonstra a sua capacida-de para aceitar os problemas. Aintimidade especial entre osavós e o neto constrói-se a par-tir do respeito pelos segredosque lhes são contados.

Atenciosos – O mais belopresente que os avós podemoferecer ao neto é a sua aten-ção. Reservar tempo para brin-car, conversar, passear, estarcom a criança, constitui umpresente valioso. Dar-lhe tem-po é dar-lhe amor. Junto dosavós, a criança sente-se umapessoa independente das de-mais, interessante e impor-tante, visto que estes se impor-tam pelo que diz, pelo que faz,e por tudo o que lhe diz res-peito, mesmo quando cometedisparates, ou mesmo se nãofaz tudo de forma perfeita.

Disponíveis – As criançasgostam que escutemos as suashistórias e as suas aventuras:por vezes, os adultos revelam-se incapazes de o fazer. Apres-sados ou pouco atentos, muitasvezes limitam-se a colocarquestões vazias:, como “Aescola foi boa?” e “Recebestemuitos presentes no Natal?”.Ou, então, interrompem a cri-ança quando diz algo incorrec-to, correndo o risco de lhe reti-rar o prazer de contar. Os avósmuitas vezes são melhores ou-vintes. Geralmente, têm maistempo para ouvir, não cor-rigem constantemente a cri-ança, nem a repreendem quan-do está a confabular uma his-tória que parece ser mentira.Neste aspecto, os avós sãocomo que uns pais sem censuranem rigidez de regras. Esteamor incondicional dos avós eeste lugar privilegiado queocupam nos seus corações fa-zem com que a criança desen-volva a auto-estima, o que con-tribui para que cresça íntegra etenha orgulho em si própria.

Oásis de Segurança eEstabilidade – No contextosocial actual, em que as estru-turas familiares se tornam mais

frágeis, as famílias se desfa-zem e se reconstroem sobrenovas bases, no tempo dasfamílias recompostas, os avóssão chamados a desempenharum novo papel muito impor-tante: o da estabilidade. Nosmomentos de crise familiar(doenças, divórcio, dificul-dades financeiras), desempen-ham um papel activo, ofere-cendo um precioso apoio afec-tivo e/ou financeiro. Nestascircunstâncias, podem revelar-se fundamentais para o equi-líbrio e para a felicidade da cri-ança e permitem reduzir ostress. A criança compreenderáque, independentemente doque aconteça na família, podesempre contar com os avós.

ENVOLVIMENTO DOSAVÓS NAS DECISÕES

PARENTAIS

Nos primeiros anos de vidada criança, a interacção e oscontactos entre avós e netopassa-se, na maioria das vezes,na presença dos pais. A pri-meira e, talvez, a maior dificul-dade na relação entre os avós eos pais do seu neto, é o envol-vimento dos avós nas decisõesparentais relativas à educaçãoda criança e aos seus hábitosde vida. Por entre as atitudesdos avós que criam conflitoscom os pais, incluem-se: co-mentários traiçoeiros, cheiosde subentendidos – “Não ga-nha peso e está pálido, nãoestá?” (subentende-se: tem deestar doente, não tomam bemconta dele); “Fiz-lhe uma sopaóptima, devorou-a completa-mente” (subentenda-se: eu seialimentá-lo melhor).

opiniões mais directas eintrusivas – “Deixa-lo brincarcom o computador? Isso não ébom para os olhos dele”; “Eleescolhe as suas próprias rou-pas? Vai acabar por pensar queé o rei da família e vai fazer oque quiser de vocês”.

É difícil resistir à tentaçãode dizer aos pais o que fazer ecomo agir com as crianças. É olegado da geração que precedequerer sempre que a que seguebeneficie da experiência acu-mulada, mesmo sem lhe pedirnada. Para os pais, os avós nãodevem tornar-se treinadores dopapel parental, mas antes umamparo nesta nova tarefa, como seu encorajamento e apoioinfalível. Os avós devem evitarexibir-se como especialistas

que têm resposta para tudo.Têm um valor incalculável seconseguirem não emitir juízosde valor quer sobre o desem-penho dos seus filhos enquantopais, quer sobre o comporta-mento dos seus netos.

IMPORTANTE

Numa geração à procura devalores a transmitir aos seus fi-lhos, os pais farão bem em virar-se para os valores culturais, étni-cos e religiosos dos seus pró-prios pais.

Os avós podem ir mais atráscom rituais, tradições e históriasdo seu passado. Eles devemaproveitar todas as oportunida-des para partilhar recordaçõescom os seus netos. Além disso,uma refeição todos os domin-gos; umas férias juntos; um pas-seio pelo campo; uma simplesvisita; ou até uma história sobreo passado da família se transfor-ma numa recordação estimada –e num laço de harmonia entregerações.

NÃO SE ESQUEÇA!

A relação entre avós e netosé, de certa forma, um encontroentre o passado e o futuro, e essarelação é vantajosa para ambasas partes. O envolvimento é,hoje mais do que nunca, neces-sário. Cabe aos pais, a responsa-bilidade de definir os limites daacção dos avós junto dos netos,através do diálogo sincero.

Não perca na próxima ediçãoo tema:

Gravidez e Maternidadena Adolescência

Cáritas Paroquial de Coruche

ApoiarGabinete deAconselhamentoParental

Se quiser falar connosco,contacte-nos:

Cáritas Paroquial de Coruche

Apoiar – Gabinete deAconselhamento Parental

Travessa do Forno n.º 16-18,2100-210 Coruche

Telefs: 243 679 387 / 934 010 534

O atendimento é realizado àssegundas-feiras à tarde

Equipa Técnica:Isabel Miranda

(Psicóloga Clínica/Coordenadora)

Mauro Pereira(Psicólogo Clínico/Psicoterapeuta)

Nuno Figueiredo(Psicólogo Clínico)

Gonçalo Arromba(Técnico de Psicologia Clínica)

Noémia Campos(Assistente Social)

Os Avós nos dias de hoje

MALHADA ALTA • 2100 CORUCHE

Tels. 2243 6676 2205 // 2243 6677 1135Tlm. 9917 3334 5517

JOAQUIMMANUEL GAFANIZ

NNeeggoocciiaannttee ddee LLeennhhaass,, CCoorrttiiççaa ee CCaarrvvããoo

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 43

EDUCAR AGORA

0Mariazinha A.C.B. Macedo*

Envie os desenhos e textosdos seus filhos para:

Rua de Salvaterra de Magos, 952100-198 Coruche Fax: 243 675 693

[email protected]

Era uma vez. . .

Para colaborar nesta rubrica envie,por e-mail ([email protected])ou via CTT, as imagens ou situações

que deseje ver publicadas.

Em plena montra da Livraria Maia, Agente1600513 em Coruche, continua exposta umafotocópia de um boletim registado e comprémio.

O feliz contemplado ainda não deu sinal eo prazo de reclamação do prémio termina nodia 15 de Fevereiro.

O boletim é relativo à semana 46/2006 etem o número 82108254512 no valor de3.385,55 euros.

Já pensaram nas máscarasque se costumam arranjar naaltura do Carnaval? Costumampedir ajuda á vossa mãe? E àvossa educadora?

Olhem, eu lembrei-me delhes dar algumas ideias quevocês podem, facilmente, rea-lizar.da próxima vez que qui-serem brincar ao Carnaval.

Podem juntar-se com vá-rios amigos, prepararem asvossas próprias máscaras edepois trocá-las uns com osoutros. E, assim, durante osdias de Carnaval podem andarcom várias máscaras dife-rentes. Aqui vão alguns exem-plos:

A Índia

Para fazer a Índia, arran-jam uma fita encarnada, ouverde, ou amarela. A seguirvão descobrir algumas penas epintam-nas ás cores. Depois,vão buscar um agrafador eprendem as penas á fita para ausarem na cabeça.

Para dar com a fita dacabeça, arranjam papel plissa-

do que enrolam de maneira aformar uma saia, por exemploamarela. Em cima dela agra-fam-lhe papel doutra cor, quepode ser verde, recortado aosbicos.

Outra máscara possível é ade Sininho ou de Peter Pan

Esta é fácil. É só arranjaruns collants e uma tea shirtbrancas e fazer umas asas depapel celofane ás cores paraprender nas costas.

Outra ainda é a de palhaço

Pedem aos pais ou avósum Chapéu velho e um casacoque lhes fique muito grande.

Depois põem uma almofadaescondida na barriga paraparecerem gordos e umas cor-reias ou cordas a fazer de sus-pensórios. E vestem umascalças grandes e uns sapatostambém grandes.

A roda da boca pintam umbocado de branco com umrisco preto á volta.E põemduas rodelas encarnadas nasbochechas.

Arranjam um bocado decartolina e fazem um chapéu,pondo--lhe uma bola pequenaem cima e agrafando-lhe pordentro lã cor de laranja a fingirde cabelos.

Na cartolina do chapéupodem-lhe colar papéis peque-nos ás cores para ficar maisanimado.

É verdade, e arranjemuma meia de cada cor por foradas calças para ficarem unspalhaços ainda mais trapa-lhões, valeu? Vão ver queassim se divertem uns aos ou-tros seja no Carnaval seja emfestas de anos.

Fazer as próprias máscaras

Sempre que falamos so-bre Educar vem-nos à ideia aforma de conseguirmos crian-ças equilibradas e felizes.

Nem sempre é fácil anossa tarefa, mas o esforço éconstante! E nunca é demaisreflectir sobre esses objec-tivos.

E porque ainda estamospróximos duma quadra muitoespecial para todas as crian-ças, a do Carnaval, vale apena falarmos um pouco maissobre a Alegria!

O Carnaval tem paramim factores importantíssi-mos: O Sonho, a Magia, aImaginação, os jogos de Fazde Conta (fazer por um dia debailarinas, de palhaços, depríncipes, e todo um mundode sonho e disfarce), as parti-das, e, sobretudo, a atmosferade alegria e divertimento queacompanha toda esta quadra.

Pelo menos durante doisou três dias, nós esquecemosum pouco os problemas dodia a dia, as responsabilida-des, que por vezes, roubando--nos a alegria, pesam tantonas nossas vidas.

E tentamos, também nósadultos, encontrar a alegria e

felicidade que tanto dese-jamos.

Pois queridos pais, pen-sem que as nossas criançastêm uma alegria que porvezes é tão grande, tão gran-de, que para nós quase setorna difícil de assimilar.

Quantas vezes nós osmandamos parar porque noscansamos com a sua activi-dades e alegrias ruidosas.

Já repararam nos olhosdas crianças quando estão aolhar para os palhaços? Paraas partidas que eles fazem?Para as suas magias? A ale-gria aparece nas suas carinhasespantadas e as expressões,são difíceis de traduzir…

Pois queridos pais, pen-sem um pouco que a Alegriaé um dos maiores bens quetemos e que é nossa obri-gação preservá--la nas nossascrianças. Nada vale mais nanossa vida do que ver um sor-riso de criança.

E…, como dizia um pa-dre nosso amigo, um SantoAlegre é sempre um AlegreSanto.

Nunca deixemos, por-tanto, nunca, morrer a alegrianas nossas crianças.

O SORRISO DAS CRIANÇAS

Apostador do Euromilhões não reclama o prémio

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200744

Avé Maria

ARTUR ANTÓNIO SANTOS OLIVEIRAFALECEU

Pai, nora, netos e bisneta cumprem o doloroso dever de participaro falecimento do seu ente querido, ocorrido em Cascais,

no dia 28 de Novembro de 2006.Na impossibilidade de o fazer pessoalmente, vêm por este meio agradecera todos os que os acompanharam na sua dor, durante o velório, no funeral

para o cemitério da Guia em Cascais e também na missa do 7.º dia.Para todos vai o nosso profundo reconhecimento.

Pai Nosso

AGÊNCIA FUNERÁRIA SEBASTIÃO, LDA.De: Sebastião Júlio Pereira

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Largo João Felício, n.º 27 e 27-A(Frente ao Jardim)

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Telefone: 243 610 180Telemóveis: 935 543 141

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Caixas de Previdência e Casa do Povo.

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para todo o País e Estrangeiro.•

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AgênciaRua dos Bombeiros Municipais, 28 r/c

2100-179 Coruche

ResidênciaRua José Maria Rebocho - Lote 1

Santo António – 2100-042 Coruche

Chamadas a qualquer hora para o Telef.: 243 679 618Telemóvel 917 284 692 • Fax 243 617 340

Faleceu no passado dia 28 de Novembro, em Cascais, o Senhor Artur AntónioSantos Oliveira. Por lapso, no número anterior, referimos o seu falecimentoem Setembro quando este ocorreu em Novembro. Era filho do nosso estima-do assinante Senhor José Roberto de Oliveira, a quem o “O Jornal deCoruche” apresenta condolências e desculpas pelo lapso, bem como à Ex.mafamília.

• BAPTISMOS •Igreja do Castelo

Dia 20 - Diogo Miguel Alves PeseiroDia 20 - Judite Sofia Alves

• FALECIMENTOS •Dia 1 - Cesaltina Rosa, 79 anosDia 1 - Florindo Manuel, 78 anosDia 2 - Francisca Maria, 97 anos e

Inácio José Nunes, 73 anosDia 3 - Manuel Dias Filipe, 53 anosDia 8 - António Joaquim, 78 anos e

Fernanda Maria Henriques Ferreira, 74 anos

Dia 10 - João de Matos Matias, 74 anos e António José, 87 anos e Mariana Perpétua, 92 anos

Dia 11 - José Romão da Costa, 57 anos eAntónio Manuel Simões Patrício, 69 anos

Dia 12 - Guilhermina Henriqueta, 84 anosDia 13 - António João Emídio, 85 anosDia 14 - Custódio Casimiro, 87 anos e

Prazeres Perpétua Marques, 77Dia 15 - José João Páscoa da Costa, 53 Dia 16 - Maria Augusta Pintor, 96 anosDia 19 - João Bernardino, 76 anosDia 20 - Ermelinda Maria Oliveira

Ruivo João, 60 anos e Custódia Maria, 88 anos

Dia 22 - José Júlio Dinis, 77 anosDia 23 - Custódia Santos, 84 anos e

Emília da Conceição Gonçalves, 75 anos

Dia 24 - António Bento, 82 anos e Perpétua Pereira Teles, 91 anos

Dia 25 - António Matias (Rocha), 80 anos e Mariana Maria Gastão, 71 anos

Dia 26 - Manuel Sérgio Vicente, 87 anosDia 27 - Maria Antónia Santos Silvestre,

75 anos e Joaquim Eusébio Branco, 76 anos

Dia 29 - Francisco Branco Fernandes, 78 Dia 30 - António João Cabecinhas, 85 Dia 31 - José Carvalho, 83 anos

Informação das agências funerárias de Coruche

IInnffoorrmmaaççõõeess ddaa PPaarróóqquuiiaa ddee CCoorruucchheeJJaanneeiirroo ddee 22000077

O movimento cívico e-coruche suge-riu a implementação de um pólo tecno-lógico no concelho, “com alta tecnolo-gia, empresas e ensino politécnico”. Emcausa está, segundo o representante domovimento, António Pinheiro da Costa,a necessidade de fixar os mais jovens. Oresponsável afirmou que não existequalquer “formação na área das novastecnologias, e que por isso muitosjovens são obrigados a sair do conce-lho. Coruche é um concelho que aindase caracteriza por ter uma reduzida sen-sibilização e adopção das novas tecno-

logias, uma manifesta insuficiência depercursos escolares e saídas profissio-nais nestas áreas, uma reduzida forma-ção de quadros verdadeiramente quali-ficados e um fraco investimento”, lê-senuma carta aberta enviada pelo movi-mento. A localização do concelho e asacessibilidades do mesmo foram duasdas razões que levaram o movimentocívico a reagir. O objectivo é tornar oconcelho mais atractivo e aumentar acompetitividade, “a qualificação daspessoas, qualidade dos serviços, o aces-so rápido e a gestão da informação”.

Movimento reclamanovas tecnologias

O Centro de Recuperação Infantil deBenavente (CRIB) apresentou um pro-jecto de construção de um lar residen-cial, junto às actuais instalações na Viladas Areias, num terreno cedido pelaautarquia. “É um projecto destinado aquem não tem família ou vive em situa-ção de carência”, adiantou o presidentedo CRIB, António Fernandes.

O lar terá 24 camas e destinar-se-á aservir o sul do distrito de Santarém queactualmente não possui este tipo deequipamento destinado a apoiar pessoascom deficiência. Actualmente, o CRIB

recebe 53 utentes dos concelhos deBenavente, Salvaterra de Magos e VilaFranca de Xira. Mas, a ser construído onovo espaço, também pode receber res-identes no concelho de Coruche.

A Direcção espera que o projecto,orçado em 500 mil euros, seja inscritono Programa de Alargamento da Redede Equipamentos Sociais (Pares).

CRIB quer aumentarlar residencial

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 45

telefs. 243 617 502 - 243 617 544 - 243 617 592 • fax 243 617 196

o seu banco em Coruche

telefs. 243 689 333 - 243 689 369 • fax 243 689 380

DELEGAÇÃO NO BISCAÍNHO

Reportagem fotográfica deHenrique Lima Pinto

Um olhar sobre o Lisboa-DakarUm olhar sobre o Lisboa-Dakar, na, nazona especial 4, classificativa dazona especial 4, classificativa daComporta a 6 de Janeira de 2007.Comporta a 6 de Janeira de 2007.

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 200746

Este ano Desportivo foi ini-ciado pela sempre espectacularprova do Rali Lisboa-Dakar.É um privilégio poder receberuma prova desta importânciano nosso país.

Seguida por espectadoresde todo o mundo, o Dakar tam-bém não é indiferente aos por-tugueses como atestam ascerca de 400 mil pessoas queestiveram presentes na primei-ra etapa, o que não só demons-tra a paixão que o povo tempelos desportos motorizados, eo Dakar em particular, comotambém, e é sempre importan-te, deu uma excelente imagemdo nosso país.

Para esta realidade muitocontribuiu a empresa “JoãoLagos Sports”, que pela mãodo seu líder, João Lagos, con-seguiu “trazer” esta prova paraser iniciada em Portugal. Émais um sinal de competênciadaquele que é a meu ver omaior empreendedor a níveldesportivo do país.

Quanto à prova em si mes-ma, o destaque dos portugue-ses vai naturalmente paraHélder Rodrigues nas motos eCarlos Sousa nos carros. Hél-der Rodrigues, um jovem de 28anos, conseguiu a sua melhor

prestação ficando no 5.º lugarda geral depois de vencer 2 eta-pas. Carlos Sousa, que paramuita gente ficou aquém dasexpectativas, terminou numhonroso 7.º posto. Fez quantoa mim na realidade uma boaprova atendendo ao facto deser piloto não-oficial daWolkswagen. Venceu etapas eandou quase sempre ao mesmoritmo que o piloto oficial, Car-los Sainz. Vamos ver se para oano temos mais portuguesesnos lugares cimeiros o queseria sinal de que estaríamos aprogredir nos desportos moto-rizados.

Também em Janeiro decor-reu o Open da Austrália emténis. É certo que esta provanão é tão familiar para os por-tugueses como é o Dakar, noentanto não será de mais lou-var o feito que Roger Federeralcançou. Aquele que é muitopossivelmente o melhor joga-dor de todos os tempos, venceueste torneio sem perder qual-quer set, o que é absolutamentefabuloso tendo em conta onível de competitividade destedesporto. É um jogador quetem arrasado a concorrêncianeste três últimos anos à custanão só de um excepcional ta-

lento, como também de umenorme profissionalismo alia-do a uma maneira humilde deestar na vida. Ele é sem dúvidaalguma um exemplo a seguirpara todos os jovens que prati-cam desporto em todo omundo.

No futebol, primeiro jogodo ano, primeira surpresa. Umsensacional Atlético a fazerlembrar os bons velhos tem-pos, vence no Dragão o FCPorto por 1-0 e qualifica-separa a próxima ronda da Taçade Portugal.

O clube de Alcântara apro-veitou-se de um Porto adorme-cido e convencido de que ascamisolas venciam jogos. OPorto jogou mal e perdeu porculpa própria, e Atlético viveuum dos momentos mais mar-cantes da vida do clube. Masde facto, o mês de Janeiro foiclaramente nefasto para o FCPorto em termos desportivos.Após ter sido afastado da Taça,foi derrotado na última jornadaem Leiria, frente ao União lo-cal e viu os seus mais directosopositores aproximarem-se.

Vida nova no Campeona-to? Será que a equipa passapor uma crise? No artigo queescrevi no passado mês, referi

que o campeonato estava longede ser resolvido porque todasas equipas passam por umabaixamento de forma. Pensoser isso mesmo que se passa naequipa portista, um abaixam-ento de forma que poderá seracentuado pela ausência deQuaresma nos próximos doisjogos e de Pepe no próximojogo. É tempo de os rivais dasegunda circular, Benfica eSporting aproveitarem.

O Benfica perfila-se comoo mais sério candidato aameaçar o domínio do Porto. Oclube da luz está forte. Comum sistema de jogo perfeita-mente identificado pelos joga-dores, a equipa encontra-semuito confiante. Está muitomais consistente na defesa ebastante mais pragmático nafrente. Venceu os últimos 6jogos que disputou entre cam-peonato e Taça e recentementeultrapassou o Sporting na tabe-la classificativa. É uma equipacom margem de progressão ecom capacidade para fazerfrente ao Porto.

Chegaram entretanto doisreforços na reabertura de mer-cado em Janeiro. Foram elesDerlei e David Luiz. Derleidispensa apresentações, é umjogado polivalente e poderá seuma alternativa válida ao con-stantemente lesionado Miccoli.David Luiz, é um jovem de 19anos quem veio substituir avaga deixada por Ricardo Ro-cha, contratado pelo Tottenham.O jovem que irá ser o terceirocentral da equipa, foi umaaposta arriscada por parte daequipa técnica do Benfica jáque é um jogador com poucaexperiência e com poucasprovas dadas.

O caso do Sporting é dife-rente. Também não passa por

uma boa fase. Parece umaequipa sem soluções, tem umconjunto de jogadores de qual-idade que jogam sempre masnão tem alternativas à altura,por isso, Paulo Bento temmuita dificuldade em fazeruma gestão do grupo, tãoimportante para uma equipaque quer lutar pelo título.Empatou os dois últimos jogose não só não aproveitou odeslize do Porto, como viu serultrapassado pelo seu maiorrival, o Benfica. Ainda paramais não contratou nenhumreforço para o que resta detemporada. O clube passa poruma débil condição financeiraque não permite loucuras, masa equipa necessitava de um oudois reforços para equilibrar oplantel. Vamos ver se a equipanão sofrerá com isso

Este é portanto um mêsmuito importante na definiçãodas respectivas épocas de cadaequipa. O Porto joga na Ligados Campeões frente ao mil-ionário Chelsea, e terá de con-firmar a sua vantagem na Ligasob pena de desmoralizar. OBenfica joga na Taça UEFAfrente ao Dínamo de Bucarestenuma prova que em tem legíti-mas aspirações em chegar àfinal.

No campeonato carregauma pressão terrível de nãopoder falhar, sob pena de ver oDragão fugir na luta pelo cam-peonato. O caso do Sporting émuito similar ao do Benfica,ou seja, tem pouca margempara falhar, mas será que os“putos” têm “estaleca” paraaguentar a pressão? Vamosver…

Um abraço!____

Comentador de Desporto

João Sobral Barros *

DESPORTO

Dakar, Ténis e Futebol

CARTOON

O parque de estaciona-mento que se encontra nasimediações das piscinasmunicipais de Coruche vaiter quatro lugares de esta-cionamento para pessoas

com deficiência. Doislugares serão junto à entradaprincipal do recinto e os out-ros dois junto ao restaurante.

____

Estacionamentopara deficientesnas piscinas

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O Jornal de Coruche • Ano 1 - Número 10 • Fevereiro de 2007 47

Rua 5 de Outubro(edifício Mercado Municipal)

2100 Coruche

Telef.: 243 618 [email protected]

A TascaA TascaRestaurante – Cervejaria – Marisqueira

ESPECIALIDADES:

Cozinha Tradicional • Carnes Nacionais • Peixes FrescosDoces Regionais • Mariscos Frescos

Na Freguesia do Couço

A cerca de 45 km da vila de Coruche, noextremo sul do concelho, encontram-se as Antasdo Peso, datáveis, grosso modo, dos períodosNeolítico e Calcolítico.

____Fonte: www.cm-coruche.pt

SITIOS COM HISTÓRIA

Antas ddo PPeso

Na Freguesia da Erra

Nesta estação foram encontrados vestígiosque confirmam a fixação das populações desde operíodo Paleolítico.

Foram encontrados, ainda, objectos que da-tam do período Calcolítico, cerca de 3000 anosantes de Cristo.

Alguns desses objectos, segundo parecerespecializado, situam-se entre 2800 e 1500 a.c.

Presume-se que neste local existiu um aglom-erado populacional da época e que os seus habi-tantes viviam da pastorícia e da agricultura.

Exmo Sr.Presidente da Direcção do Clube Artístico Comercial CoruchenseRua de Santarém2100-228 Coruche

Não queremos deixar extinguir o presente ano, sem vir dizer-lhesquanto, para nós, é agradável podermos registar o facto de a vossa colec-tividade ter completado100 anos de existência.

Fundado em 1 de Maio de 1906, o Clube Artístico ComercialCoruchense atravessou um século pleno de perturbações sociais e, cer-tamente, a sua longevidade foi conseguida graças a muito esforço eespírito de resistência, que merecem a nossa admiração.

Num momento, em que o movimento associativo, no nosso país eno nosso concelho, enfrenta certas dificuldades, consideramos grato,para todos nós que, a partir deste ano, possamos contar com duas asso-

ciações centenárias, no Centro Histórico da Vila de Coruche, de onde, esperamo, nunca sejam obri-gadas a sair.

Queremos cumprimentar todos os vossos associados, nas pessoas dos órgãos sociais, e desejarao “Velho Grémio” vida longa e cheia de realizações, que preencham saudável e culturalmente a vidade todos os seus elementos, como contributo valioso, para o progresso da comunidade, a que todospertencemos.

Neste ano de centenário, queremos, ainda, manifestar-lhes a nossa solidariedade associativa, nacerteza de que todas as associações precisam de estar mais próximas, conhecer-se melhor, sentir-sesolidárias.

Com os melhores cumprimentosO Presidente da Direcção

António da Silva Teles

Estação AArqueológicado CCabeço ddo PPé dd'Erra

Esta Estação Arqueológica encontra-se demomento fechada ao público e os estudos estãosuspensos.

Recebemos da Direcção do Grémio – Clube Artístico Comercial Coruchense, a seguintecarta que a Associação para o estudo e defesa do Património cultural e natural deCoruche lhes enviou, com pedido de publicação.

Associação Parao Estudo e Defesa

do PatrimónioCultural e Natural

do Concelho deCoruche

Centenário do Grémio

O livro que agora vem apúblico, numa edição do Mu-seu Municipal de Coruche,permite, a quem nem semprese debruça sobre estes temas,ter um ponto de partida para sequestionar, ou mesmo inquie-tar, sobre temas que parecemser do senso comum, comocasas, arquitectura e paisagemconstruída, adicionando-lheuma amplitude técnica, filosó-fica e artística, sem perder devista a realidade do meio ondevivemos – Coruche.

Integrado na colecção Tra-jectos da História, terá o seulançamento no dia 10 de Feve-

reiro, pelas 16 horas, no MuseuMunicipal de Coruche.

A não perder!JCL

Lançamento do livro“O que nos dizemas casas”, deCarlos Janeiro

Em 2006, foram vigiadosdurante todo o ano as PiscinasMunicipais de Coruche, de San-tarém (Sacapeito) e o ComplexoAquático de Santarém e de Ja-neiro a Setembro as PiscinasMunicipais de Almeirim. Du-rante a Época Balnear, além dosjá referidos, também foram vi-giadas as Praias Fluviais de Co-ruche (Agolada e Monte daBarca).

Registaram-se em 2006, 1039Ocorrências Totais, 61 Ocorrên-cias Graves, 27 Salvamentos (In-cluídos nas ocorrências Graves)e 0 Acidentes Mortais.

Comparativamente ao anode 2005, registou-se uma subidadas ocorrências totais, mas umadescida de 40%, nas ocorrênciasgraves e nos salvamentos aquá-ticos realizados.

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Ocorrências Finaisde 2006

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