Centrifugação

Rafael Henrique Martello

A centrifugação nada mais é do que acelerar

o processo de decantação.

Se o objetivo for separar rapidamente o

sólido de um líquido, podemos submeter a

mistura a uma centrífuga. Ela vai girando em

alta velocidade e depositando no fundo as

partículas sólidas, que são mais densas.

Juntamente com a filtração, são as operações

de clarificação mais utilizadas em escala

industrial.

A separação pode ser sólidos de líquidos, ou

mesmo de uma mistura de líquidos por

sedimentação dos líquidos de diferentes

densidades.

De um modo geral, as centrífugas podem ser

divididas em centrífugas de filtração e centrífugas de

sedimentação.

Tipos de centrifuga

Centrífuga de Tambor;

Centrífuga de Prato ou Disco;

Centrífuga Horizontal Decantadora;

Centrífuga Tubular;

Centrífuga de Parafuso com Tela Perfurada;

Centrífuga Pusher Filtrante.

Centrífuga de Tambor

Centrífuga de tambor de câmaras múltiplas

é utilizada somente para a clarificação de

líquidos

Centrífuga de Prato ou Disco

Estas centrífugas operam a velocidade de 3.000 a

20.000 vezes a gravidade, e proporciona um sistema

de clarificação contínua que atende produtos com

um conteúdo de sólidos de 1 a 2%.

É projetada para separação sólido/líquido, ou duas

fases líquidas em base contínua.

Centrífuga Horizontal Decantadora

Este tipo de centrífuga, quando utilizada

como classificadora, efetua cortes afiados dos

sólidos em suspensão e pode ser usada para

processar materiais com tamanho entre 1 - 50

microns.

Centrífuga Tubular

A fase mais pesada se concentra

contra a parede do cilindro,

enquanto a fase mais leve flutua

sobre ela. As duas fases são

separadas por meio de uma placa

defletora que as descarrega em

dois fluxos distintos.

Centrífuga de Parafuso com Tela

Perfurada

É também conhecido como "rosca-sem-fim" ou

"caracol“.

Neste tipo de centrífuga, podem ser separados

sólidos com diâmetro até 50 microns de diâmetro

ou maiores.

Centrífuga Pusher Filtrante

Este modelo de centrífuga filtrande não só opera

continuamente, mas também possibilita tempo de

residência particularmente longo.

Os sólidos alimentados podem ser granulares,

cristalinos ou fibrosos e, relativamente incompressíveis.

Esta centrífuga, opera com um tamanho de partículas

média de 200 microns.

A separação de suspensões líquido-líquido

compostas de líquidos imiscíveis que estão

finamente dispersos como uma emulsão são

um problema comum na indústria alimentícia.

ZAGHINI, J. C. PRODUÇÃO DE LEITE EM

PÓ ENRIQUECIDO COM FERRO

AMINOÁCIDO QUELATO. FURB – Blumenau

2010.

Para que o leite em pó possua a relação entre

gordura e sólidos desengordurados desejada e

fazendo com que o mesmo tenha sempre a

mesma composição em todos os lotes, usa-se a

padronização.

Na padronização são utilizadas centrifugas

com velocidades de 5.000 a 6.000 rpm.

A eficiência do desnate é obtida

relacionando o teor de gordura do leite

desnatado com a da matéria-prima. O teor de

gordura do leite desnatado varia de 0,04 a

0,06%.

Este processo de padronização tem por temperatura

ideal entre 38C e 55C. temperaturas mais elevadas

diminuem a viscosidade do produto, enquanto

temperaturas mais baixas provocam a coagulação das

proteínas do soro, resultando numa obstrução da

centrifuga.

QUEIROZ, A. J. M., BEZZERA, M. V., GASPARETTO, C. A.

INFLUÊNCIA DOS SÓLIDOS INSOLÚVEIS NO

COMPORTAMENTO REOLÓGICO DO SUCO DE

MANGA. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais,

Campina Grande, v.1, n.1, p.27-32, 1999.

Realizou-se a centrifugação da amostra em

15000rpm por 40minutos com o objetivo de reduzir

os sólidos insolúveis a zero.

As dimensões dos sólidos insolúveis suspensos que

mais afetaram a reologia dos sucos de manga

situaram-se entre zero e 0,149 mm.

Referências

BRAGANTE. A centrifugação no Processo Alimentício. Disponível em:

http://bragante.br.tripod.com/centrifuga.html Acesso: 26/03/15.

QUEIROZ, A. J. M., BEZZERA, M. V., GASPARETTO, C. A. INFLUÊNCIA DOS

SÓLIDOS INSOLÚVEIS NO COMPORTAMENTO REOLÓGICO DO SUCO DE

MANGA. Revista Brasileira de Produtos Agroindustriais, Campina Grande, v.1, n.1, p.27-

32, 1999.

ZAGHINI, J. C. PRODUÇÃO DE LEITE EM PÓ ENRIQUECIDO COM FERRO

AMINOÁCIDO QUELATO. FURB – Blumenau 2010.

Vídeos:

https://www.youtube.com/watch?v=RbYptOHuOVg

https://www.youtube.com/watch?v=r4uzY7tsE0Q