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Centro de Ensino Especial 01 de Brasília Projeto Político Pedagógico 2018 de 1 101 GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO PLANO PILOTO CENTRO DE ENSINO ESPECIAL 01 DE BRASÍLIA SGAS 912 – FONES: 3901-7626 / 3901-7627 / 3901-7629

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Centro de Ensino Especial 01 de Brasília

Projeto Político Pedagógico 2018

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO PLANO PILOTO CENTRO DE ENSINO ESPECIAL 01 DE BRASÍLIA

SGAS 912 – FONES: 3901-7626 / 3901-7627 / 3901-7629

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Projeto Político Pedagógico

Centro de Ensino Especial 01 de Brasília

Brasília 2018

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GOVERNO DO DISTRITO FEDERAL SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

COORDENAÇÃO REGIONAL DE ENSINO PLANO PILOTO CENTRO DE ENSINO ESPECIAL 01 DE BRASÍLIA

SGAS 912 – FONES: 3901-7626 / 3901-7627 / 3901-7629

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Secretaria de Estado de Educação

Júlio Gregório Filho

Diretoria de Educação Especial - DIEE

Claudia Amorim Madoz

Coordenação do Ensino Plano Piloto e Cruzeiro

Ana Lúcia Marques de Paula Moura

Centro de Ensino Especial 01 de Brasília

Adriana da Silva Almeida de Oliveira - Diretora Ana Paula Venturinni - Vice- Diretora Telma Gonçalves Gualberto - Supervisora Pedagógica José Dória de Andrade - Supervisor Administrativo Risellha Alves Pereira - Chefe de Secretaria

Coordenação Pedagógica do CEE 01de Brasília

Maria Natalícia da Silva Resende Maria do Rosário Viana Lobo Meire de Sousa Bastos Sioneide Ferreira Silva Almeida

Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento ás Pessoas com Surdez CAS/DF Coordenação Geral do CAS/DF Jenaína Luzia de Carvalho Alacoque

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Sumário Apresentação

‣ Historicidade …..………………………………………………………………………..06

‣ Descrição Física ………………………………………………………………………..07

‣ Concepções Teóricas……………………………………………………………………08

‣ Diagnóstico da Realidade………………………………………………………………08

‣ Materialização dos Projetos ……………………………………………………………09

‣ Função Social ……………..……………………………………………………………11

‣ Princípios Norteadores das Práticas Pedagógicas e Administrativas……..………12

‣ Concepções Práticas e Estratégias de Avaliação ………………..…………………14

‣ Plano de Ação ………………………………………………….………………………..14

‣ Supervisão Pedagógica………………………………………………………………..16

‣ Equipe Especializada de Apoio á Aprendizagem …………………………………..17

‣ Serviço de Orientação Educacional - SOE…………………………………………..21

Programa de Atendimento Interdisciplinar - PA

1- Educação Física Adaptada…………………………………………………………….28

2 - Educação Física Esporte Adaptado …………………………………………………29

3 - Informática na Educação Especial………………………………………………..…33

4- Corpo, Ritmo e Expressão…………………………………………………………….37

5- Inclusive Danço …….………………………………………………………………….42

6- Artes na Educação Especial…………………………………………………………..47

7- Horta Inclusiva …………………………………………………………………………57

8- Criativar-se ……………………………………………………………………………..65

CAS…………………………………………………………………………………………71

Organização do Trabalho da Escola …………………………………………………96

Eventos…………………………………………………………………………………….

Terapia Comunitária Integrativa para familiares da Unidade de Ensino…………….

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Apresentação

O Centro de Ensino Especial 01 de Brasília é uma escola especializada da

rede pública de ensino do Distrito Federal que atende , na modalidade de Educação

Especial, a estudantes com deficiência/Transtorno Global do Desenvolvimento,

partir dos 14 anos de idade, e ao longo da Vida, independente da idade cronológica.

Desenvolve um trabalho que respeita a individualidade dos estudantes,

potencializando suas conquistas e buscando condições adaptadas para inserção em

um contexto educacional, amparado no Currículo Funcional e no Currículo em

movimento, em seus eixos transversais de Educação para a sustentabilidade ,

diversidade , cidadania e para os direitos humanos.

Também oferece atendimento no Centro de Capacitação de Profissionais e

Atendimento às pessoas surdas e deficientes auditivos, bem como de formação

continuada de professores , atuando na complementação curricular dos estudantes

matriculados nas escolas públicas do Distrito Federal.

Esse Projeto Político Pedagógico é a proposta inicial para realização do

trabalho Pedagógico no Centro de Ensino Especial 01 de Brasília no ano letivo de

2018, com a visão de utilizá-lo como um documento vivo que possua um diálogo

com a prática e que tenha a força de um manual de consultas. Ele traz os objetivos

educacionais que a Escola pretende atingir e os meios disponíveis, com a pretenção

de ampliá-las.

A organização da construção coletiva feita pela comunidade escolar do

Centro de Ensino Especial 01 de Brasília deu forma a esse documento de proposta

da nossa ação pedagógica que “...Supõe rupturas com o presente e promessas

para o futuro...na busca de uma condição melhor que a atual.”( GADOTTI,1994.p.

57- 9) , em um contínuo movimento de revisão, atualização , avaliação e auto

avaliação.

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Historicidade

Inaugurado no dia 28 de agosto de 1973 com a denominação de Centro de Educação de Deficientes Mentais , em função das parcerias realizadas com o Serviço Social e com as Secretarias de Saúde e do Trabalho, posteriormente passou a ser denominado Centro Integrado de Ensino Especial. No ano de 2009 recebeu a denominação de Centro de Ensino Especial 01 de Brasília - CEE 01 de Brasília.

O Centro de Ensino Especial 01 de Brasília atende, atualmente (em dois turnos: matutino e vespertino) Estudantes oriundos do Plano Piloto e cidades do Entorno.

Oferece atendimento no Centro de Capacitação de Profissionais da Educação e Atendimento às pessoas com surdez- CAS.

O trabalho Pedagógico é oferecido ao estudante principalmente em sua sala de aula e também no Atendimento Interdisciplinar Complementar, onde o educando se dirige a outro ambiente e recebe atendimento com professores de área específica (artes e educação física) que desenvolvem projeto.

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DESCRIÇÃO FÍSICA

• A escola encontra-se acomodada em um terreno de 20.000 m2 :

• A área construída encontra-se, aproximadamente em 8.000 m2;

• Composto por 08 (oito) construções em forma de dodecaedros, constituídos de módulos vazados.

• 01 Auditório com acomodação para 142 pessoas sentadas, com 2 camarins e 3 banheiros;

• 01 Pátio interno ligando os módulos 1;2 e 3;

• 01 Piscina semiolímpica com alçapão para casa de máquinas;

‣ 01 Quadra poliesportiva;

‣ Área Verde: Horta e pomar ;

‣ 04 Áreas de estacionamento descobertas;

‣ 02 Portões de acesso para carro,1 para pedestre, localizado na avenida W5 e outro para máquinas na área verde.

‣ 80 Salas;

‣ 01 Sala de cozinha experimental;

‣ 18 Banheiros comuns distribuídos entre os módulos;

‣ 02 Laboratórios de informática para estudantes;

‣ 01 Salão de dança;

‣ 01 Salão de Ed. Física;

‣ 01 Salão de música;

‣ 01 Sala para atividades Artísticas

‣ 01 Sala de direção com banheiro;

‣ 01 Sala para supervisão administrativa;

‣ 01 Sala de Coordenação;

‣ 02 Salas para coordenação dos professores, uma com banheiro;

‣ 01 Sala para Orientação Educacional e Equipe Especializada de Apoio á Aprendizagem;

‣ 01 Sala para Secretaria Escolar;

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‣ 01 Sala de Educação artística;

‣ 01 Sala para APM e Conselho Escolar;

‣ 01 Sala para apoio à família/projeto: Oficina Artes e Reciclagem;

‣ Módulo para cursos do CAS;

‣ 01 Depósito Pedagógico

‣ 01 Depósito com material de limpeza;

‣ 01 Depósito de alimentos;

Diagnóstico da Realidade

O Projeto Político Pedagógico construído coletivamente a partir de um diagnóstico da realidade da Instituição de Ensino, com a participação de todos os segmentos da comunidade escolar (Equipe Gestora,Professores, Equipe Especializada de Apoio á Aprendizagem, Agentes de Educação, Estudantes e seus Responsáveis), parte do pressupostos que toda comunidade deve apresentar o seu olhar sobre a escola em sua totalidade.

O Centro de Ensino Especial 01 de Brasília no que se refere á estrutura física tem passado por avaliações técnicas nestes dois anos. Foram constatadas a necessidade de reparos emergenciais no sistema hidráulico e elétrico e na estrutura física.

A escola precisa de melhoria na sinalização e acessibilidade em diferentes espaços para melhor eficiência do trabalho Pedagógico.

Foram observadas e elencadas as ações que funcionam muito bem e que tem um resultado positivo na formação do estudante: Programa de Atendimento Interdisciplinar, Oficina Pedagógica Interdisciplinar e atividades pedagógicas coletivas que fazem parte da formação da equipe escolar.

A comunidade escolar tem pensado e agido no sentido de melhorar e aproveitar de maneira didática os espaços físicos da escola como : sala de vídeo, sala de estimulação sensorial para deficientes visuais , sala do atendimento criativar-se, sala para cozinha experimental e espaço da horta.

Após coleta de dados, nos momentos de diagnóstico da realidade, iniciamos a materialização do Projeto Político Pedagógico 2018.

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Materialização do Projeto Político Pedagógico

O trabalho Pedagógico de construção do PPP foi realizado em um processo coletivo envolvendo a comunidade escolar. O primeiro movimento deu-se com conversas informais no intuito de esclarecer à comunidade sobre qual o objetivo do PPP e a legislação que o ampara. Foi trabalhada a sensibilização de sua importância para o

b o m f u n c i o n a m e n t o d a e s c o l a e o desenvolvimento de suas atividades, visando oferecer uma educação com excelência, utilizando de todas as ferramentas disponíveis para o sucesso.

A dinâmica aconteceu no formato de plenária parcial para elaboração do Projeto Político Pedagógico, onde os grupos foram formados de acordo com os interesses nos temas: Clientela; Missão, Relação com as Famílias; Visão de Escola,Dados sobre a Aprendizagem; Diretrizes Pedagógicas e Recursos. Os participantes relataram:

‣ A visão de escola precisa ser reconhecida como espaço de qualidade, que respeita as potencialidades e limitações de cada estudante.

‣ A missão da escola é oferecer o espaço que considere a necessidade e expectativas dos estudantes, tornando a aprendizagem necessariamente funcional e motivadora nos trabalhos propostos pelos especialistas. Respeitar os estudantes em suas particularidades, valorizando-os como cidadãos competentes e pertencentes da sociedade.

‣ A Diretriz Pedagógica que norteiam o trabalho da escola é buscar uma educação de qualidade, no intuito de aprimorar as ações do processo de ensino e aprendizagem. Quanto a clientela, os professores refletiram sobre os estudantes e suas realidades sociais, econômicas, mobilidade, aspectos relacionados aos diagnósticos e deficiência.

‣ Quanto ao papel da família foi expressa a necessidade de um diálogo profissional por parte dos docentes para compreender as reais necessidades do estudante e realizar os encaminhamentos, expressando a importância de seguir o regimento escolar para que fique claro o funcionamento da escola. Esclarecer aspectos relacionados a saúde dos estudantes.

‣ Os Dados de Ensino e Aprendizagem são processos contínuos e individualizados, que requerem atualização de dados, normas e conteúdos. Sobre a aprendizagem é preciso ressaltar as habilidades e competências já adquiridas para manutenção e aprimoramento das mesmas.

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‣ O estudante precisa ser reconhecidos como sujeito ativo em seu processo de aprendizagem para que a apropriação aconteça de fato de forma significativa e eficaz. Para tanto serão necessários construir registros avaliativos e processuais para analisarem e realizarem as intervenções pedagógicas necessárias.

‣ Os recursos pedagógicos precisam acontecer em tempo real próximos do das necessidades latentes do estudante. Quanto a adequação das salas de aula em relação ao atendimento, pois há janelas com vidros inadequados e os móveis precisam ser adaptados a realidade da clientela. Faz-se firmar parcerias com a secretaria de saúde, manter a parceria com o CAS com oficinas de material pedagógico, instituições especializadas, jogos pedagógicos e material funcional adaptado.

Concepções Teóricas

O trabalho Pedagógico é construído a partir da realidade dos sujeitos a quem se destina, reconhecendo que os objetivos a serem alcançados vão além da aprendizagem de conteúdo. Precisa da valorização dos saberes prévios dos indivíduos , da sua história , do conhecimento da comunidade em que vivem , das suas necessidades e as expectativas da família tendo como eixo transversal a educação em direitos humanos.

As práticas pedagógicas aplicadas neste Centro de Ensino Especial 01 de Brasília estão amparadas na Constituição Federal Art. 205,206 inciso 05 , declaração universal, dos direitos humanos , declaração de Salamanca e LDBEN , resolução na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional de Nº 9.394/96, art.23 ,no Currículo em Movimento em Educação Básica - Educação Especializada na Organização do movimento Educacional em função dos sujeitos em suas realidades ,em seu espaço escolar diferenciado, e em sociedade que possibilite o favorecimento das aprendizagens partindo de uma educação para diversidade para a cidadania e educação em e para direitos humanos e uma educação para a sustentabilidade com vista a autonomia e a independência na escola e na vida. A resolução nº 02/2001, do Conselho de Educação/ Câmara de Educação Básica (CNE/CEB). O Decreto nº 3.956/2001, que promulga a convenção interamericano. Convenção da O.E.A , a Lei nº 3.2108/2003, a Resolução nº 01/2005, do Conselho de Educação do Distrito Federal, centros especializados. O Decreto nº 5.626.2005, regulamenta a Lei nº 10.436/2002, dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais; as resoluções nº 01 e nº 10/2012, do Conselho de Educação do Distrito Federal ( CEDF). A Convenção Sobre Direitos das Pessoas com Deficiência. Decreto nº 6.949/2009. A resolução nº 04/2009 do CNE/CEB, Lei nº 12.764/2012, Lei nº 5.016/2013. Lei Distrital 5.310/2014; Orientação Pedagógica para o Ensino Especial; Lei nº 10.436/2002- Dispõe sobre LIBRAS ( Língua Brasileira de Sinais).

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Função Social

A Constituição Federal e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação - LDB estabelecem que “a educação da família e do Estado, inspirado nos princípios de liberdade e nos ideais de solidariedade humana, tem por finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho”. Portanto, é princípio e finalidade da Educação a formação de cidadãos plenos, que venham a exercer de forma integral os direitos inferentes à sua condição.

A escola é uma instituição social de ordem educativa, para a formação integral do ser humano, que serve tanto para reproduzir a ordem social, como para transformá-la ; em um espaço de socialização entre todos os segmentos da escola, espaço de difusão sociocultural.

P a r a a c o n s t r u ç ã o d o conhecimento é necessário um ambiente escolar adequado ao estudante e neste sentido o Centro de Ensino Especial 01 d e B r a s í l i a t r a b a l h a s

sensibilização, orientação e apoio às família/responsáveis com suporte da EEAA- Equipe Especializada de Apoio á Aprendizagem e o Serviço de Orientação Educacional. O trabalho oferecido almeja a inclusão social de todos, aonde os estudantes com deficiência ou com TGD transtorno global de desenvolvimento possam transitar e conviver harmoniosamente e sem distinção.

A escola trabalha de forma e reconhecer e agir em relação à contradição de hábitos sociais que não se preocupam com a preservação natural , na perspectiva de um desenvolvimento sem agressão ao meio ambiente. Adequa a educação nas várias áreas e aspectos da vida em uma visão orgânica para a sustentabilidade humana.

O Centro de Ensino Especial 01 de Brasília desenvolve projetos que culminam em apresentações de espetáculos para públicos variados, fora do ambiente escolar , espetáculos para servir a sociedade. Há um calendário anual para realização de atividades pedagógicas externas com o intuito de inserir os estudantes nos meios socioculturais.

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Princípios Orientadores das Práticas Pedagógicas e Administrativas

O trabalho Pedagógico do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília parte do princípio de que ao longo da vida as pessoas possuem potencial para desenvolver habilidades e competências. Segundo Vigotsky, o processo de aprendizagem deve favorecer a contextualização do que é significativo na construção do conhecimento, em uma prática que compreenda as necessidades individuais de cada educando. Os procedimentos e estratégias pedagógicas são adaptadas ás especificidades de cada educando e de acordo com seus interesses, habilidades e competências já adquiridos. No Ensino Especial, muitos estudantes possuem características e necessidades individuais que requerem um planejamento específico para ele.

O currículo da Secretaria de Educação do Distrito Federal é fundamentado na pedagogia Histórico Crítico e na Psicologia Histórico Cultura e é dentro destes pilares que o CEE 01 de Brasília trabalha ; na observância e na realização de ações pedagógicas que são pautadas no contexto social, econômico e cultural dos estudantes. A prática pedagógica implica compreender que o processo de construção/reconstrução e aplicação do conhecimento Pedagógico se dá dentro e fora da sala de aula, em uma dinâmica que “não se esgota, ao contrário, se desdobra, se modifica , se multiplica, revela conflitos e se amplia” (BOLZAN, 2002, p.27). A escola trabalha com parceiros que vem trazer sua contribuição, principalmente na socialização, bem como participa de atividades pedagógicas externas . São desenvolvidos também projetos que buscam estimular a expressão de sentimentos , emoções , criatividade e vivência de valores culturais e sociais.

A Escola trabalha também com a contribuição do Currículo Funcional e do Currículo em Movimento. As ações são voltadas á construção de um trabalho Pedagógico que seja dinâmico, flexível e que possibilite situações que colaborem e corroborem para formação dos estudantes .

A organização e realização da prática pedagógica são orientadas pelo Projeto Político Pedagógico, observando sua função social. O CEE 01 de Brasília pauta suas ações na visão de uma sociedade constituída para todos.

O Centro de Ensino Especial 01 de Brasília luta pela permanência do estudante, na escola, o que é assegurado pela Polícia Nacional de Educação independentemente de gênero, etnia , idade ou classe social.

A organização para formação de turmas é realizada seguindo as orientações da Estratégia de Matrícula 2018 e Modulação da Secretaria do Estado de Educação - Diretoria de Ensino Especial, Conselho de Classe e as recomendações dos relatórios da Equipe de Apoio à Aprendizagem.

O professor deve ser comprometido com o processo educativo, em uma relação saudável entre educador e educando, que é de extrema importância para formação da identidade, autoestima e relação pessoal do educando.

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Sob o ponto de vista prático, a pedagogia cria um conjunto de condições organizacionais e metodológicas com vista à operacionalização do processo educativo, orientando-o para o alcance de finalidade cognitiva, social, política e cultural.

Objetivos

Os objetivos do processo educativo desenvolvido no Centro de Ensino Especial 01 de Brasília foram elencados com o compromisso de atender estudantes com deficiência e/ou Transtorno Global de Desenvolvimento.

OBJETIVO GERAL

‣ Ofertar uma escola com Educação Especializada de excelência à comunidade escolar.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

‣ Zelar pela Gestão Democrática;

‣ Sensibilizar a comunidade escolar para participar na elaboração, execução e avaliação do Projeto Político Pedagógico;

‣ Buscar a manutenção, adaptação e a melhoria do espaço físico;

‣ Oferecer palestras, fóruns , debates de cunho educacional de interesse da comunidade escolar ;

‣ Incentivar a participação dos estudantes em práticas desportivas ;

‣ Reformar e aquecer a piscina;

‣ Incrementar o momento de coordenação pedagógica;

‣ Incentivar e valorizar a contribuição diária dos pais/responsáveis no cotidiano escolar.

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CONCEPÇÕES, PRÁTICAS E ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO

A avaliação é necessária para o professor, para o estudante, para os familiares e para a sociedade. O professor necessita, a partir de uma avaliação inicial do estudante, acompanhar a evolução do processo educativo, as dificuldades e suas possíveis causas, a eficácia das práticas pedagógicas utilizadas para o poder monitorar sua atuação.

Os professores do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília orientam sua prática pedagógica por meio do Planejamento Individual e relatório semestral do estudante com a síntese do histórico do desempenho do estudante.

Os estudantes são conhecidos individualmente e nomeados um a um, o que muito contribui para uma avaliação eficaz.

Os encontros na coordenação pedagógica são realizados de forma setorizada, abrindo espaço de reflexão , avaliação e elaboração de atividades a ser em desenvolvidas junto com o estudante. Para tanto disponibilizamos espaços de coordenação com acervo de estudo e para confecção dos materiais pedagógicos necessários para os nossos estudantes.

A Equipe Pedagógica composta pela Equipe Gestora, Coordenadores e Equipe Especializada de Apoio a Aprendizagem realizam reuniões semanais com vistas a planejar ações que viabilizem o bom funcionamento das coordenações de demandas apresentadas no cotidiano escolar. Sendo assim a observação periódica possibilita, dentro do possível, realizar a escuta necessária e a resolução dos conflitos apresentados dentro da dinâmica escolar.

PLANO DE AÇÃO

A equipe gestora prima por um ambiente de trabalho cooperativo, onde a comunidade escolar esteja engajada na construção de uma sociedade mais justa, com ênfase na colaboração mútua e solidária.

As atividades pedagógicas serão voltadas para o desenvolvimento das habilidades cognitivas, promovendo as relações interpessoais, visando um ambiente que preze pela ética, valorização das pessoas, respeito mútuo e que favoreça a comunicação.

Metas:

Espaço Físico:

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Limpeza : garantir a manutenção e melhoria do espaço físico, bem como suas instalações, assegurando à comunidade escolar um ambiente mais próximo do ideal necessário para uma escola de referência de educação especial;

‣ Conservação e reforma: buscar parcerias para melhoria do espaço escolar;

‣ Continuar a parceria com a UPIS que auxilia a escola com doação de materiais;

‣ Buscar parceria para manutenção da piscina e implantação de equipamentos necessários ;

‣ Manter o apoio da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal- SEE/DF para ampliação, manutenção, reforma e recuperação da estrutura física da unidade escolar;

Merenda Escolar:

‣ Melhorar a qualidade da merenda escolar oferecia;

‣ Desenvolver cardápios equilibrados, que atendem as necessidades as estudantes principalmente daqueles que apresentam restrição alimentar;

‣ Estimular os estudantes a desenvolver uma alimentação saudável.

Aspectos Administrativos :

As ações administrativas deverão estar de acordo com as Normas Gerais da Administração Pública: legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência e lisura.

E devem ser norteadas pelos seus Princípios Básicos:

‣ Zelar pelo Patrimônio Público existente;

‣ Propiciar atendimento de qualidade à Comunidade Escolar e facilitar suas relações interpessoais;

‣ Propiciar condições para o bom funcionamento da Associação de Pais e Mestres e Conselho Escolar;

‣ Atender a Demanda Formal de Documentos da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal- SEE/DF;

‣ Proporcionar meios para o bom funcionamento do Centro de Atendimento ao Surdo - CAS, bem como sua integração nas propostas do CEE 01 de Brasília;

‣ Desenvolver ações e projetos que proporcionem a qualidade de vida no trabalho;

‣ Assegurar o Ingresso e a permanência dos alunos no Centro de Ensino Especial de Brasília;

‣ Favorecer que o quantitativo de educadores e monitores sejam proporcionais a demanda dos estudantes.

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‣ Realizar reuniões com os familiares e equipe gestora com vista a buscar alternativas para as variáveis que emergem do cotidiano familiar e escolar;

‣ Abrir espaços de reflexão e ação para realização de melhorias dos materiais de tecnologia assistiva e recursos físicos para o bom andamentos das atividades escolares;

‣ Abrir espaço junto a comunidade escolar para esclarecer as necessidades do uso da verba pública ( Programa de Descentralização Administrativa e Financeira - PDAF e PDDE) e suas prioridades na manutenção e melhorias do ambiente escolar.

‣ Otimizar as coordenações pedagógicas, possibilitando a capacitação em serviços como uso de tecnologias.

‣ Minimizar os problemas das substituições dos professores de licença saúde , abono e outros afastamentos na rotina dos estudantes.

SUPERVISÃO PEDAGÓGICA

“ Entre quem ensina e quem aprende abre-se um campo de produção de diferenças, pois cada um de nós tem uma modalidade de aprendizagem, um idioma próprio para tomar do outro e fazê-lo seu , para mostrar-lhe um pouco de nossa obra”.

Alicia Fernandez

A Supervisão pedagógica , constitui um trabalho com o compromisso de estabelecer o diálogo com os gestores , coordenadores pedagógicos , professores e equipe especializada de apoio à aprendizagem, estudantes, familiares, equipe de servidores, visando a qualidade do trabalho pedagógico.

Trata-se de uma função que prioriza o bom andamento das atividades educativas, através de orientação, acompanhamento, avaliação e apoio a comunidade escolar.

Orientar e coordenar as atividades pedagógicas de forma coletiva na escola, com apoio da equipe gestora e coordenadores para oferecer orientação e assistência as demandas pedagógicas e metodológicas que possam enriquecer a prática pedagógica.

Metas da Supervisão Pedagógica

‣ Acompanhar os professores no desenvolvimento do currículo que norteia a escola ( currículo funcional e currículo em movimento);

‣ Orientar e propor aos professores o cumprimento do currículo com temas que abranjam toda a comunidade escolar, mas que respeitem as especificidades dos estudantes;

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‣ Abrir espaço de escuta para os professores, gestores, EEAA, SOE, Secretaria, Servidores, Monitor e Educadores Sociais para juntos tentar atender aos anseios e resolver os problemas que podem surgir durante o ano letivo.

‣ Acompanhar a configuração das turmas conforme orientação da Estratégia de Matrícula da SEE/DF;

‣ Auxiliar na formação de turmas da unidade de ensino, observando as orientações da estratégia de matrícula;

‣ Acompanhar a modulação aprovada no ano anterior aproximando ao máximo das orientações da SEE/DF;

‣ Acompanhar os avanços dos estudantes, garantindo a manutenção e evolução e a execução de um trabalho de qualidade;

‣ Observar a participação dos estudantes nas acolhidas, nos atendimentos interdisciplinares, nas atividade educativas , na execução das atividades pedagógicas e no trato com colegas , funcionários e visitantes;

‣ Proporcionar espaços para que as famílias participem do processo de socialização dos estudantes no ambiente escolar;

‣ Sensibilizar a sociedade da importância desta unidade de ensino no processo de inclusão social e acessibilidade;

‣ Prestar informações a comunidade escolar sobre o funcionamento da unidade de ensino e do seu papel social;

‣ Favorecer um ambiente harmônico e saudável de trabalho , estreitando as relações interpessoais e melhoria da qualidade do trabalho pedagógico.

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SERVIÇO ESPECIALIZADO DE APOIO À APRENDIZAGEM

O Serviço Especializado de Apoio à Aprendizagem (SEAA) é formado por

um(a) psicólogo(a) e um pedagogo(a). Atualmente, nesse Centro de Ensino

Especial há apenas a psicóloga.

Cabe a esse serviço realizar um trabalho articulado com o Serviço de

Orientação Educacional (SOE). Essas equipes têm funções diferentes nas escolas

regulares, mas parte do mesmo princípio, a aprendizagem. Sabendo que, há

diferentes formas e tempo da aprendizagem ocorrer e esta se dá ao longo da vida,

trabalha-se, portanto, com com o intuito de criar um ambiente adequado para que o

ensino-aprendizagem ocorra.

Para tanto, o SEAA, trabalha: • No nível da instituição: assessoria e orientação ao trabalho pedagógico; criar

ou revitalizar espaços e reflexões sobre a prática pedagógica atual com o

objetivo de obter melhorias. • No nível do indivíduo : Fazer avaliação funcional, tanto quando o aluno

ingressa ao Centro, quando há alguma solicitação/ indicação para uma

reavaliação; ter um espaço de escuta do estudante que eventualmente

necessite. • No nível da família: orientar e dar apoio quando haja necessidade em relação

a aprendizagem e ao bem-estar do aluno na escola.

Além dessas atribuições, o SEAA é responsável pela elaboração de relatórios

para encaminhar, quando necessário, os estudantes para os órgãos de saúde

pública ou privada para reavaliação de diagnóstico clínico, habilitação e

reabilitação das deficiências. E trabalhar junto com os serviços de apoio a

aprendizagem das escolas regulares sobre a desmitificação dos Centros de

Ensino Especial.

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SOE -SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

As famílias exigem escolas para seus filhos ou irmãos. Portanto, trabalhar

pela melhoria do ensino e pela democratização da escola é atender a uma

reivindicação e defender um direito da população.

É preciso garantir "a educação ao longo da vida" para que todos estejam na

escola para socializar , aprender e manter aspectos fundamentais do aprendizado.

Atualmente a comunidade escolar encontra-se atuante, participando do

processo de democratização da sociedade, ampliando os canais de acesso. Assim a

escola está engajada em diferentes demandas sociais e campanhas educativas.

Para a consecução dos objetivos a que propomos, inúmeros são os fatores

apontados como necessários. Alguns deles estão diretamente relacionados com os

valores da instituição, aspectos administrativos e organizacional que ela oferece

aos professores e estudantes.

A dinâmica para que a ação escolar seja eficaz é necessário reconhecer e

fazer valer o princípio da qualidade como meta par a prestação de serviços

educacionais. Acreditamos que sem essa observância, não haverá expansão nem

melhoria do ensino.

Metas do SOE:

‣ Promover o desenvolvimento integral do estudante, incentivando atitudes que

levem à autonomia e ampliar as possibilidade de compreensão do mundo como

cidadão participativo e critico;

‣ Avaliar junto as famílias a acessibilidade dos seus filhos ao ambiente escolar,

convocando para reuniões onde é possível aproximar da realidade social do

estudante;

‣ Convocar os familiares para possíveis ajustes e compreender a rotina extra-classe;

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‣ Auxiliar os professores para compreender as dinâmicas sociais e de aprendizagem dos estudantes.

‣ Proporcionar ao professores espaço de estudo sobre os estudantes e suas especificidades;

‣ Viabilizar a interação entre professores e funcionários de todos os turnos para compreender as dinâmicas e papeis destes atores.

‣ Desenvolver projetos que envolvam o desenvolvimento humano dos estudantes com palestras e esclarecimentos para a comunidade escolar envolvendo ( sexualidade, contenção e condução, auto-agressividade e heteroagressividade e demais comportamentos pertinentes para esta unidade de ensino);

‣ Promover visitas em exposições artísticas e parcerias com cinemas e teatros, facilitando a participação dos alunos nas atividades extra-classe;

‣ Acompanhar e auxiliar no conselho de classe, que ocorre semestralmente, sugerindo as ações necessárias para melhor empenho dos estudantes;

‣ Auxiliar na configuração de turmas, respeitando a modulação vigente.

‣ Auto-avaliar as ações do orientador educacional no contexto educacional.

ATENDIMENTO PEDAGÓGICO ESPECIALIZADO

O professor que ingressa no Centro de Ensino Especial necessita comprovar aptidão nas áreas pleiteadas , como rege a Estratégia de Matrícula Vigente. Os docentes de atividades nesta unidade de ensino exercem a função de professor especializado para atender estudantes configurados na etapa quatro, avaliados na modalidade de deficiência Intelectual , def ic iências múlt ip las e transtorno global do desenvolvimento ou transtorno do Espectro Autista. As turmas seguem a configuração proposta pela SEE/DF.

Este ano foi implantada a Oficina Pedagógica, que segue uma sondagem e um planejamento específico, por entender que turma composta de um numero maior de estudantes necessita de grade criteriosa para atender as demandas de manutenção acadêmica e o desenvolvimento de habilidades manuais, cognitivas e emocionais com respostas rápidas e palpáveis.

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OFICINAS PEDAGÓGICAS INTERDISCIPLINARES

APRESENTAÇAO

O projeto Oficinas Pedagógicas Interdisciplinares do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal, visa atender a necessidade de atualização e reestruturação da organização de conteúdos e da metodologia aplicada. De cunho funcional, todas as abordagens visam a proximidade da autonomia relativa a realidade vigente do estudante, bem como, a ampliação de suas potencialidades globais.

O presente projeto entrará em vigência no início do ano letivo de 2018 bem como em seu Projeto Político Pedagógico.

PROBLEMATIZAÇÃO

Na modulação vigente, há cinco turmas que englobam especificamente os estudantes com deficiência intelectual, sendo duas no turno matutino e três no vespertino. Essas turmas até o momento, têm tido como objetivo, a manutenção acadêmica aliada ao currículo funcional para aqueles que vieram de outros Centros, oriundos do lar, advindos da escola inclusiva e, não conseguiram dar continuidade ao processo de escolarização. Observa-se que parcela destes alunos que estudam na escola há anos e, famílias, vêm apresentando comportamento desestimulado com essas atividades demonstrado desinteresse em participar da vida escolar.

Ao longo dos anos, as mudanças cognitivas e comportamentais dos estudantes demonstram desaceleração, estagnação ou mesmo retrocesso, provocando um prejuízo ao processo de ensino/aprendizagem acadêmico e social.

ESCOLHA DO TEMA GERADOR

A modalidade de oficina pedagógica está prevista na Estratégia de Matrícula da SEEDF do ano 2018 (p. 87, 88) e pela Orientação Pedagógica da Educação Especial de 2010. Este último documento descreve o objetivo da Oficina Pedagógica: “... estimular a capacidade produtiva o desenvolvimento de competências e a aquisição de condutas sociais básicas dos estudantes voltadas para o trabalho autônomo ou protegido” (p.107).

Na perspectiva de atualizar as abordagens pedagógicas, favorecer as habilidades, criatividade e a autonomia dos estudantes, a presente proposta reconfigura e determina os conteúdos para grupo de estudantes com afinidades funcionais/cognitivas convergentes.

PÚBLICO ALVO

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A presente proposta é voltada aos estudantes jovens e adultos com Deficiências Múltiplas, Deficiência Intelectual e Transtorno Global do Desenvolvimento com ou sem comorbidades em Transtornos Mentais, em se havendo afinidades funcionais/cognitivas convergentes, integrantes do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília.

JUSTIFICATIVA

O currículo funcional, documento que direciona o trabalho no Centro de Ensino Especial, prevê o objetivo essencial da aprendizagem para os estudantes dessa Unidade de Ensino (UE) como sendo o desenvolvimento de habilidades funcionais que estejam vinculadas à qualidade de vida e ao interesse dos mesmos.

A proposta desse projeto é criar turmas de Oficinas Pedagógicas com atividades práticas, além das atividades pedagógicas tradicionais adequadas as bases do Currículo Funcional. Desta forma oferecendo um ambiente estimulador e diferenciado para despertar o interesse dos estudantes estimulando-os de maneira processual e contínua, favorecendo o desenvolvimento bio-psico-social.

OBJETIVO

Objetivo Geral

Manutenção acadêmica, tendo o currículo funcional como norteador, oportunizar a ampliação de múltiplos estímulos em favor das potencialidades do estudante utilizando o meio da realidade funcional e de produção como processo e resultado.

Objetivos Específicos

‣ Resgatar e desenvolver a criatividade;

‣ Trabalhar responsabilidade e autonomia; Estimular processos sinápticos por meio de atividades pedagógicas variadas;

‣ Trabalhar o amadurecimento comportamental do estudante no sentido de desconstruir possíveis infantilizações;

‣ Despertar e ampliar a análise do mundo que o estudante percebe;

‣ Ampliar vocabulário;

‣ Multiplicar as formas de linguagem;

‣ Analisar/trabalhar conceitos;

‣ Promover novas perspectivas de organização e produção;

‣ Favorecer o pertencimento do estudante ao seu núcleo familiar bem como a sociedade;

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‣ Aprendizado/manutenção das atividades de vida diária e social.

CONTEÚDOS

Voltados para os princípios funcionais da realidade do estudante em contra ponto ao mundo, os conteúdos contemplarão as necessidades vigentes na vida deste indivíduo tendo como objetivo, também, promover aquisição de novos conhecimentos, vinculados a produção concreta.

METODOLOGIA

Na objetividade de instrumentalizar a escola de conhecimentos individualizados e atualizados do estudante, e assim, adequar as propostas de conteúdo, o primeiro bimestre será destinado a construção dos dados necessários para o adequado atendimento especializado do estudante dentro da turma de Oficina Pedagógica Interdisciplinar. No primeiro momento, será realizada pelo(a) professor(a), a Avaliação Funcional Pedagógica e as necessidades Tecnológicas Assistivas em formulário próprio. A Equipe Especializada de Apoio à Aprendizagem (EEAA) juntamente com a Orientação Educacional farão a Avaliação Biopsicossocial em complemento a primeira, que será entregue à este grupo. Será destinado a este Projeto, até dois coordenadores(as)/orientadores(as), com prioridade aos colaboradores da construção deste Projeto. Estes(as) coordenadores(as)/orientadores(as) serão responsáveis pela organização do acervo de material pedagógico, sustentação de grupo de estudos, bem como serão mediadores quanto ao alinhamento dos professores, da realidade vigente com relação ao projeto em si. histórias, filmes, materiais tridimensionais e outros, substituirão o letramento entrando nos horários que não são da aula de português.

Haverá momentos sistematizados diários de integração por meio de brincadeiras que favoreçam o despertar da criatividade e à Ginástica Cerebral. Previamente serão marcadas para cada semestre, duas saídas da escola para pesquisa de campo, primordialmente sem onerar a escola.

As salas destinadas a estas turmas terão uma pia, bancada de apoio e prateleiras pertinentes a cada turno para guardar materiais de produção.

Quanto aos Atendimentos Interdisciplinares, oferecidos pela escola, cada estudante terá 4 atendimentos onde dois são obrigatórios e dois optativos.

Os Atendimentos obrigatórios se respaldam na necessidade básica da autonomia, do processo de pertencimento ativo ao grupo social e a cultura que o cerca. São eles os Atendimentos de “Horta” e “Informática”.

Os outros dois Atendimentos serão de duas aulas por semana, sendo impreterivelmente uma aula de atendimento por dia. A fixação de não poder haver mais que duas aulas por atendimento é respaldada na objetividade de estimulação

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multidisciplinar para melhor aproveitamento do processo de desenvolvimento cognitivo, estímulo cerebral e da autonomia do estudante.

É imprescindível que todos os estudantes destas turmas tenham Atendimento em Educação Física/atividade física, sendo este considerado o primeiro atendimento. O segundo Atendimento, ficará a escolha dos professores e da necessidade do estudante.

ORGANOGRAMA DAS TURMAS

Matutino - duas turmas com máximo de 16 estudantes em cada sala: Turma: OPI-M.01 – (Oficina Pedagógica Interdisciplinar – Vespertino 01)

Projeto da Turma = Tapeçaria.Sub-turma OPI-M.01- D (grupo D = 8 estudantes)

OPI-M.01- F (grupo F = 8 estudantes)Turma: OPI-M.02 – (Oficina Pedagógica Interdisciplinar – Vespertino 01)

Projeto da Turma = Artesanato com reciclado. Sub-turma OPI-M.02- G (grupo G = 8 estudantes) OPI-M.02- H (grupo H = 8 estudantes)

Vespertino - três turmas com máximo de 16 estudantes em cada sala: Turma: OPI-V.01 – (Oficina Pedagógica Interdisciplinar – Vespertino 01)

Projeto da Turma = Tapeçaria.Sub-turma OPI-V.01- J (grupo S = 8 estudantes)

OPI-V.01- K (grupo T = 8 estudantes)Turma: OPI-V.02 – (Oficina Pedagógica Interdisciplinar – Vespertino 01)

Projeto da Turma = Artesanato com reciclagem. Sub-turma OPI-V.02- W (grupo W = 8 estudantes)

OPI-V.02- X (grupo X = 8 estudantes)Turma: OPI-V.03 – (Oficina Pedagógica Interdisciplinar – Vespertino 01)

Projeto da Turma = Produtos consumíveis não alimentícios. Sub-turma OPI-V.02- Y (grupo Y = 8 estudantes)

OPI-V.02- Z (grupo Z = 8 estudantes)

Observa-se que os estudantes integrantes de cada grupo, serão fixos por todo o ano.

Cronograma Anual:

No primeiro bimestre serão aplicadas todas as Avaliações Funcionais Individuais

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e as Avaliações Bio-psico-sociais. A grade bimestral da Turma da OPI, está estruturada com uma disciplina por dia ao longo da semana, desta forma, observa-se que em 50 dias letivos por bimestre, a média será de 06 aulas para cada disciplina.

Acompanhamento e Avaliação

Compreende-se que o tempo de aprendizagem dos estudantes desta instituição

é diferenciado, tendo cada um suas especificidades. A avaliação será realizada de forma processual, assim como previsto pelo Currículo em movimento da Educação Básica .Educação Especial (p. 41). Dessa forma, a avaliação começa no âmbito da instituição escolar, levando em consideração a atuação dos profissionais, estratégias de gestão e currículo desenvolvido. Neste aspecto serão avaliadas, no contexto da aula, as estratégias didáticas e metodológicas, relações interpessoais, organização e atuação do docente bem como as produções realizadas. Podendo-se também, englobar o processo de participação da família. Avaliar é um processo contínuo, permanente, flexível e global que envolve observação de estudantes em todos os espaços da instituição educacional, registro e análise dessas observações. Perpassa pelo planejamento e apresenta-se como preciosa ferramenta de trabalho para orientar e auxiliar educadores no olhar sobre seu fazer pedagógico, permitindo que sejam encontrados os melhores resultados, identificadas as necessidades e tomadas de decisão (Currículo em movimento, p. 41).Para tanto, a avaliação do estudante será realizada por meio de observação quanto à qualidade de compreensão dos conteúdos, da participação efetiva e da produção de cada estudante. Haverá formulário próprio que será preenchido por todos os professores do estudante e a equipe pedagógica. Estas observações realizadas em conjunto com as coordenadoras do Projeto, serão semestrais e nortearão a realizações de adequações necessárias para melhor aproveitamento do estudante, podendo promover inclusive ajustes e mudanças.Todavia não será permitido desconfiguração dos princípios do projeto.

Perfil do professor

Habilitado nas modalidades Deficiência Intelectual, Deficiências Múltiplas e Transtorno Global do Desenvolvimento com receptividade e interesse em promover atividades manuais que compreenda e favoreça a importância de produção, integrado ao currículo funcional. Nessa proposta, o professor desenvolverá um espaço de ensino e aprendizagem provocador com experiências sensoriais no intuito de ampliar o conhecimento e o interesse do estudante favorecendo as múltiplas potencialidades.

Bibliografia/referências

‣ BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar / trad. Ernani F. da

‣ Fonceca Rosa. Porto Alegre: Artes Médicas, 1998.

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‣ BARBOSA, Ana Mae; Cunha, Fernanda Pereira da. A Abordagem triangular

‣ no ensino das artes e culturais visuais. São Paulo: Cortez, 2010.

‣ COSENZA, Ramon M. Neurociência e educação: como o cérebro aprende.

‣ Porto Alegre: Artmed, 2011.

‣ Currículo em movimento da educação básica Ensino Especial. Brasília:

‣ Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.

‣ Educação Especial - Orientação Pedagógica. SEEDF, 2010.

‣ Estimulação Cerebral. Revista Nova Escola de 01/12/2011.

‣ Estratégia de Matrícula – SEEDF 2018.

‣ ESTANISLAU, Gustavo M, Rodrigo Affonseca Bressan. Saúde Mental na

‣ Escola. Porto Alegre: Artmed, 2014.

‣ MOREIRA, Marco Antônio e Elcie F. Salzano. Aprendizagem Significativa – A

‣ teoria de David Ausubel. Editora Centauro.

‣ NOVAK, Joseph e Hellen Manesan. Psicologia Educacional. Editora

‣ Interamericana.

‣ ROBERTA Akuni, Larissa Larissa Zaggio, Orlando Francisco. Caçadores de

‣ neurônios: o que você sabe sobre seu cérebro é verdade? São Paulo:

‣ Memmon, 2015.

Revisão bibliográfica

No tocante a ensinar e desenvolver a autonomia, apresentou COSENZA,

“O estudante deve ter a oportunidade de compreender,

através da prática, que elas efetivamente podem ajuda-lo

não só no ambiente escolar, mas na sua vida em geral,

tornando-os aprendizes independentes, com um

pensamento flexível que os habilita a um crescimento constante. (p. 95).

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O Programa de Atendimento Interdisciplinar O Programa de Atendimento Interdisciplinar contempla os projetos apresentados pelos professores para aplicação em sala de aula. Eles são elaborados a partir de um diagnóstico da escola e baseado nas necessidades educativas dos estudantes. O programa tem como meta despertar os interesse para realização de atividade pedagógicas diversificadas do Currículo Funcional, por meio de atividades práticas, lúdicas e esportivas , onde a execução dos trabalhos propostos sejam prazeirosas, motivadores e interessantes, visando o desenvolvimento global através da realização bem sucedia das atividades propostas. As atividades prezam pela melhoria da autoestima, formação de indivíduos capazes e produtivos e o concomitantemente o desenvolvimento cognitivo.

Atualmente contamos com as seguintes modalidades de atendimento interdisciplinar:

1. Educação Física Adaptada;

2. Educação Física Esporte Adaptado;

3. Informática na Educação Especial;

4. Corpo, ritmo e Expressão Artística;

5. Inclusive Danço;

6. Artes na Educação Especial;

7. Horta - Educação Ambiental;

8. Criativar-se;

9. Centro de Atendimento ao Surdo (CAS).

1.Educação Física Adaptada- Natação JUSTIFICATIVA

O Programa de educação física tem como proposta o desenvolvimento global

do estudante através de atividades que incluam o movimento e a lubricidade como

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aspectos indissociáveis da aprendizagem, respeitando as características individuais,

limitações e interesses do estudante.

OBJETIVOS GERAL

Oferecer atividades adaptadas que resultem na melhoria da

qualidade de vida do estudante, nos aspectos físicos ,

comportamentais, emocionais e sociais.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

‣ Ciclo I - Estimulação afetivo- psicomotora;

‣ Ciclo II - Estimulação nas habilidades básicas;

‣ Ciclo III - Estimulação nas habilidades específicas;

‣ Ciclo IV- Estimulação Funcional.

METODOLOGIA

As modalidades oferecidas serão tanto no solo quanto no meio aquático, em

aula com cinquenta minutos em grupo ou individual, respeitando as necessidades

dos estudantes.

2.Educação Física Esporte Adaptado

A Educação Física se destina ao atendimento dos alunos do CEE 01 Brasília em pequenos grupos ou de forma individualizada onde o professor de Educação Física fará a avaliação inicial e indicará a melhor forma de agrupamento.

O atendimento será misto, ou seja, abrangerá as deficiências: Deficiência Intelectual, Deficiência Múltipla e Transtorno Geral do Desenvolvimento.

As aulas acontecerão duas ou três vezes por semana em sessões de quarenta e cinco minutos, no respectivo turno letivo, respeitando o calendário letivo da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.

O atendimento pode ser estendido em caráter complementar, nos moldes do Atendimento Educacional Especializado Complementar, nesse caso o atendimento do aluno se dará no contra-turno escolar.

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O atendimento abrange até 30 alunos em cada turno, por professor, a depender da demanda. Esses alunos poderão ser do CEE 01 de Brasília ou do Atendimento Educacional Especializado Complementar

Justificativa

A Educação Física como componente obrigatório da base nacional curricular da educação deve ser oferecida a todos os alunos matriculados na rede pública de ensino, pois é notório que a prática de atividades físicas é de grande eficácia para a promoção da saúde e bem-estar.

Não diferente para pessoas com deficiência tendo em vista que essa prática melhora a condição cardiovascular dos praticantes, aprimora a força, a agilidade a coordenação motora, o equilíbrio e o repertório motor. No aspecto social, o esporte proporciona a oportunidade de socialização entre pessoas com e sem deficiências, além de torná-las mais independentes no seu dia a dia. Isso sem levar em conta a percepção que a sociedade passa a ter das pessoas com deficiência, acreditando nas suas inúmeras potencialidades.

Sendo assim a Educação Física, inserida por profissionais da área, é eficiente para o desenvolvimento global das pessoas com deficiência, incluindo todos os tipos de deficiência, abrangendo todos os âmbitos da natureza humana, integrando corpo e mente na exploração e interação com o meio, na construção de conceitos formais e morais do indivíduo.

É por esta razão que esse projeto se faz importante para os alunos do CEE 01, pois lhes traz a oportunidade de interpretar e compreender o próprio corpo, tornando-se capaz de proporcionar novos instrumentos de comunicação com o mundo e consequentemente superar as dificuldades, construindo possibilidades de desenvolvimento pessoal em todas as dimensões.

Objetivo Geral Oferecer a vivência do esporte paralímpico e esporte adaptado de forma

sistematizada aos alunos do CEE 01 de Brasília e atendimento complementar, com vistas a participar de eventos esportivos e recreativos locais, regionais e nacionais.

Oportunizar aos alunos possibilidades de desenvolvimento e/ou manutenção dos aspectos físicos/biológicos, cognitivos, afetivos e sociais, de forma a alcançar níveis de independência e aceitação social.

Proporcionar aos alunos a oportunidade de desenvolver habilidades e competências motoras por meio da atividade física.

Objetivos específicos ‣ Estimular a independência e autonomia;

‣ Melhorar a socialização com outros grupos;

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‣ Melhorar a auto-valoriação, a auto-estima e a auto-imagem;

‣ Melhorar as funções organo-funcionais (aparelho circulatório, respiratório, digestivo e excretor);

‣ Promover e manter a saúde;

‣ Estimular o domínio corporal;

‣ Adquirir percepções sensoriais;

‣ Proporcionar a dissociação das cinturas pélvicas e escapular;

‣ Desenvolver orientação e organização espacial e temporal;

‣ Desenvolver força, resistência, equilíbrio, flexibilidade, agilidade, coordenação motora e velocidade;

‣ Superar frustrações, frente a situações de difícil resolução;

‣ Participar de atividades esportivas;

‣ Participar de eventos regionais como Jogos Escolares Paralímpicos e FREC.

‣ Participar de eventos nacionais como Paralimpíadas Escolares e Special Olympics.

Conteúdos As atividades das aulas de Educação Física Esporte Adaptado abrangerão as seguintes áreas:

‣ Atividades psicomotoras;

‣ Atividades de condicionamento físico (cardiorrespiratório);

‣ Desenvolvimento da orientação e mobilidade;

‣ Desenvolvimento das qualidades físicas (equilíbrio, força, coordenação motora, lateralidade) e habilidades básicas (marcha, corrida, saltos, rolamentos, trepar, quicar, rebater);

‣ Atividades recreativas e de lazer;

‣ Treinamento paradesportivo nas modalidades de atletismo, futebol, natação, voleibol, handebol, tênis de mesa, basquete, bocha e ginástica rítmica.

Metodologia Todo aluno do programa passará por uma observação inicial, onde serão

levantados dados relevantes a cerca das suas potencialidades.

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Uma vez vencida a observação inicial, é possível planejar as atividades dentro de padrões de segurança para o aluno e professor. E montar pequenos grupos de atendimento com perfis mais homogêneos.

Inicialmente será oportunizado aos alunos os mais diversos estímulos motores e sensoriais através de práticas motoras lúdico-esportivas.

Após a sensibilização dos alunos, as modalidades paralímpicas e os esportes adaptados serão introduzidos paulatinamente de forma a se estruturar conceitos e entendimento acerca da modalidade. A depender da resposta do aluno frente aos estímulos, o volume e intensidade do treinamento podem ser direcionados para finalidades competitivas.

Os alunos poderão ser agrupados em turmas conforme os ciclos descritos na Orientação Pedagógica Educação da Física Especial - SEE/DF - 2006. A adequação dos conteúdos deverá respeitar a quantidade de alunos para cada Ciclo. Havendo a possibilidade, os professores deverão atender os alunos dos mesmos ciclos em horários semelhantes para que possam formar equipes ou pares para jogos ou trabalhos conjuntos, de forma a otimizar o horário e consequentemente aumentar o número de alunos atendidos.

Sugere-se que as ações pedagógicas de Treinamento Paraesportivo e de Esporte Adaptado sejam realizadas em momentos quando as condições possam ser mais favoráveis, como pela manhã nos primeiros horários e a tarde nos últimos. Isso se justifica pelas condições climáticas mais amigáveis para saúde e também por um certo distanciamento do horário de alimentação dos alunos.

Cronograma de ações

Acompanhamento e Avaliação

Inicialmente o Programa Educação Física - Esporte Adaptado seguirá uma observação inicial das condições físicas e comportamentais dos alunos. Passado o momento inicial, a avaliação processual será adotada, onde será observada a cada encontro os avanços ou retrocessos das habilidades solicitadas. Para tanto será

Ações Pedagógicas fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez

Observação Inicial x

Estimulação sensório-motora x x x

Treinamento Paraesportivo x x X X x x x X X

Treinamento esporte adaptado x x X X x x x X X

FREC (Festival Recreativo Especial) x

Festival Recreativo do CEE 01 X X

Festival Recreativo Intercentro (PP/C) x

Jogos Escolares Paralípicos do DF x X

Paralimpíadas Escolares (Nacional) X

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registrada em formulário específico as i n fo rmações a ce rca do desenvolvimento do programa.

C o m a e s t r u t u r a ç ã o d o Programa Educação Física – Esporte Adaptado acredita-se numa melhor participação dos alunos e professores em at iv idades e eventos relacionadas à prática paradesportiva, atividade física e recreação. Espera-se assim criar uma cultura corporal da prática

saudável de atividade física e engajamento dos alunos e familiares.

3. Informática na Educação Especial

APRESENTAÇÃO

Em virtude de aprovação do Projeto Informática na Educação Especial e com a instalação dos equipamentos do "Programa Nacional de Tecnologia Educacional -PROINFO, de Secretaria de Educação à Distância- SEED, Ministério da Educação- MEC , no Laboratório de Informática na Educação Especial- LIEDEs do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília, verificou-se a necessidade da elaboração da proposta para atendimento dos estudantes com necessidades educativas especiais, matriculados nesta Unidade de Ensino.

JUSTIFICATIVA

A proposta de uso do computador por estudantes com deficiência matriculados no Centro de Ensino Especial 01 de Brasília, foi implementada no ano de 2001, conjuntamente como os professores envolvidos diretamente no seu atendimento e pelos profissionais do Laboratório de Informática na Educação Especial - LIEDEs.

Apesar de sua disseminação ainda ser muito incipiente, a utilização dos computadores na educação já é uma realidade brasileira. As diversas experiências realizadas até o momento já corroboram para sua implementação nas escolas destinadas ao atendimento de estudantes com deficiência.

Neste sentido, o computador vem oferecer ao educando oportunidades educacionais capazes de contribuir para a sua inclusão na sociedade cada vez mais informatizada. O computador tem sido utilizado como ferramenta de apoio ao processo de ensino-aprendizagem, tornando-se instrumento facilitador da

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comunicação e interface fundamental ao desenvolvimento cognitivo, psicossocial e afetivo dos estudantes.

O atendimento ao aluno com deficiência no laboratório de informática- LIEDEs, fundamenta-se em princípio que o valorizem enquanto ser individual e social, com direitos e deveres para com a sociedade na qual está inserido, destacando-se dentre os preconizados pela Educação Especial:

Integração: possibilidade de participação do estudante em todas as atividades realizadas pelo laboratório de informática, visando a sua socialização e atuação como membro efetivo da sociedade.

Individualização: atendimento às necessidades individuais do estudante considerando suas características. Isto se torna possível por meio do trabalho diversificado, tendo por base uma programação específica e um planejamento individual.

Normalização : ofertas de oportunidades educacionais, ao estudante com deficiência, que lhe possibilitem uma vida escolar tão normal quanto possível.

OBJETIVO GERAL

Contribuir com a inclusão digital por meio da ampliação do acesso a computadores, da conexão à rede mundial de computadores e de outras tecnologias digitais, na promoção e desenvolvimento das potencialidades dos estudantes com deficiência além de oferecer condições para que se tornem cidadãos atuantes na escola, família e sociedade, utilizando os recursos das tecnologias da informáticas como ferramenta de auxílio ao processo educacional e social, para estimular o estudantes em situações básicas de sua vida diária, promovendo a autoestima, a comunicação, a responsabilidade, a capacidade criadora, para seguir leis, regras e princípios de coordenação motora, tais como o desenvolvimento da percepção visual, orientação especial e memorização.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

‣ Proporcionar um ambiente de aprendizagem que consiste na resolução de problemas;

‣ Desenvolver a comunicação com o favorecimento da auto expressão;

‣ Favorecer a criatividade ;

‣ Oportunizar ao estudante a utilização do erro como fator de construção do conhecimento;

‣ Possibilitar o desenvolvimento dos conceitos de espaço, número, sequência, classificação, coordenação visomotora fina;

‣ Estimular a elaboração de projetos cooperativos;

‣ Valorizar o seu trabalho e o trabalho do outro;

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‣ Estabelecer limites e regras sociais, desenvolvendo hábitos de trabalho individual e em grupo;

‣ Estimular tomada de decisões e iniciativa na resolução de tarefas;

‣ Desenvolver a socialização;

DESENVOLVIMENTO:

As atividades do LIEDEs serão desenvolvidas em ambiente de laboratório, onde constam: nove multiterminais, um servidor e uma impressora da 4ª etapa do Proinfo.

A base metodológica tem demonstrado que o uso das novas tecnologias da informação com estudantes com necessidades educativas especiais é amplamente viável e facilitadora do processo de ensino e aprendizagem desta clientela.

Baseando-se no levantamento de grandes temas geradores próximos da realidade do cotidiano dos estudantes, a elaboração de projetos individuais ou coletivos por partes dos estudantes, deve ser acompanhada de avaliações e observações sistemáticas dos profissionais, para subsidiarem alterações e re-planejamentos que se verificarem necessários.

O LIEDEs procurará estimular e orientar os professores regentes na elaboração de projetos como forma de aproximar o estudante da realidade social em vigor, possibilitando desse modo, a sua inclusão na escola e na sociedade de maneira consciente e responsável.

Esses projetos serão desenvolvidos por meio da metodologia construtivista partindo do interesse dos estudantes e em consonância com as atividades desenvolvidas nas salas de regência.

O LIEDEs promoverá o atendimento dos estudantes que estão fora da grade horária fixa do laboratório somente com a participação direta dos professores responsares pela sala de regência, de acordo com a necessidade de cada um e planejamento realizado previamente.

O ambiente de aprendizado é formado por pessoas e atividades que desafiam a capacidade intelectual e emocional dos estudantes, tornando-o constantemente motivador e interessante, possibilitando o aprendizado.

É exatamente esse processo de aprendizagem que o LIEDEs pretende resgatar. Um ambiente de aprendizado onde o conhecimento é adquirido por meio da interação com objetos em um ambiente adequado, para que possa desenvolver conceitos de matemática, comunicação, resolução de problemas e do próprio processo de aprendizagem.

O atendimento individualizado efetiva-se em etapas diferenciada:

Pré-avaliações:

‣ Interações com o comutados- atividades espontâneas;

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‣ Atividades semi-estruturadas (linhas retas, figuras geométricas, exploração de cores); atividades lúdicas (softwares educativos);

Pós-avaliações:

Aplicativos, como o Linux Educacional, a Série Educacional G-Compris, alguns Jogos Educativos online, Softwares Educacionais e a Internet ( com a finalidade pedagógica) serão utilizados pelos estudantes visando a exploração de aspectos de coordenação , por meio do uso do mouse, bem como da percepção visual, senso de organização de objetos num espaço definido (cenário) e reconhecimento de formas, cores e objetos.

RECURSOS

Editor de Texto LibreOffice Writer: são recursos associados a multimídia com sons e animações com auxilio do uso da internet no desenvolvimento das atividades. O objetivo é explorar de forma paralela a percepção do ambiente computacional proposto;

‣ Fase exploratória com Softwares Educativos e Linux Educacional;

‣ Programa Educacional Multidisciplinar Série G-Compris;

‣ Software Educativo Coelho Sabido Maternal;

‣ Editor de textos e atividades dirigidas;

‣ Introdução à internet (uso da internet com finalidade pedagógica);

‣ Jogos Educativos e/ou Atividades Educativas online.

Ao longo do ano serão desenvolvidas atividades abrangendo as habilidades de instrução, observado , reflexão, tomada de decisão, organização e comunicação dentre outras. As atividades orais que estreitam os vínculos afetivos e estimula o desenvolvimento da linguagem e expressividade. Atividades voltadas para a observação de registros visuais diversificados (desenhos, ilustrações e fotografia) que permitem um contato simultâneo com as várias formas de leitura de mundo. Atividades de socialização, que requerem o envolvimento dos estudantes e familiares.

RESULTADOS ESPERADOS:

No desenvolvimento do projeto de informática espera-se que haja ganhos e aprimoramento nos seguintes aspectos:

‣ Independência, auto-estima e socialização;

‣ Iniciativa e tomada de decisões;

‣ Organização interna do pensamento;

‣ Soluções criativas de problemas;

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‣ Aceitação do erro como fator de construção do conhecimento;

‣ Sistematização de hábitos de trabalho individual e em grupos;

‣ Atenção e concentração na realização de tarefas;

‣ Percepção dos conceitos de posição no espaço e de direção;

‣ Conceitos temporal e espacial;

‣ Sequência e ordenação lógico-temporal do pensamento;

‣ Superação do sentimento de incapacidade e persistência na busca de alternativas para solução de problemas;

‣ Melhora do raciocínio por meio da reflexão sobre a ação;

‣ Desenvolvimento da observação e melhora da capacidade perceptiva;

‣ Melhora no processo de raciocínio por meio da reflexão sobre a ação;

‣ Desenvolvimento da observação e melhora da capacidade perceptiva;

‣ Melhora no comportamento, revelando maior segurança, motivação, interesse, curiosidade, criatividade, independência, confiança, persistência , atenção e concentração.

AVALIAÇÃO

O projeto de informática, estará submetido a avaliação contínua por parte dos profissionais do LIEDEs, para verificação dos resultados obtidos e as dificuldades encontradas, que subsidiarão a continuidade ou não da proposta de atendimento a ser desenvolvido no ano subsequente.

4.Corpo, Ritmo e Expressão Artística

INTRODUÇÃO

Desde a sua origem, o homem tem como instrumento básico para sua locomoção um corpo que se movimenta dando dinamismo à sua vida. O corpo e o movimento estão entrelaçados permitindo um contato amplo com o mundo que o cerca. O movimento acompanha o homem, seja através da mecânica do corpo ou através das manifestações de dança existentes nas diversas culturas. A natureza, os animais e

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os homens provavelmente, perdem muito de sua expressão e beleza se ficam limitados ou sem movimentos, pois este é vida. O próprio planeta que vivemos tem seu ritmo e movimento. As árvores, os animais, os rios, os mares, os oceanos e o homem possuem movimentos e ritmos internos e externos que lhes dão o sentido de estarem vivos.

Segundo Santos at all (2010), o corpo sempre foi objeto de trabalho do homem, desde os primórdios da nossa espécie. Nessas circunstâncias, o homem traduzia através de gestos vivenciados em seu cotidiano a cultura de seu próprio povo, retratando movimentos de animais, manifestações religiosas e até mesmo artísticas. Mais adiante as autoras nos falam que os conteúdos das culturas foram disseminados por meio das artes, música e a pintura. Desta forma, podemos observar que o homem desenvolveu a partir do corpo todas as dimensões de sua vida, necessitando assim receber uma educação integral que valorize o ser em sua totalidade. Rohdem em seu livro “O Homem Integral” coloca que a verdadeira educação é essencialmente intransitiva, reflexiva e subjetiva e que é, antes de tudo, mais uma arte do que ciência. Então é isso que devemos buscar levar aos estudantes com deficiência: um atendimento que possibilite por meio das vivências corporais, dos ritmos e das artes condições para que eles despertem suas possibilidades e potencialidades internas, pois percebemos na mensagem dos autores uma necessidade de desenvolver o ser em sua totalidade: corpo, mente e social.

O homem necessita de um corpo para se movimentar e se perceber como pessoa, mesmo quando este corpo apresenta limitações ou qualquer deficiência, pois para ser considerado humano e se revelar ao mundo é necessário um corpo que sirva de instrumento para que o ser se manifeste e se expresse no meio que o cerca. A pessoa com deficiência tem um corpo que precisa se manifestar e explorar suas possibilidades, porém muitos ficam dentro de seus casulos com medo e timidez de se posicionarem. Talvez isso ainda seja um reflexo da trajetória tão sofrida das pessoas deficientes que conquistaram seu espaço na sociedade.

O homem precisa de uma mente que reflita, elabore e execute ações, contudo cabe aqui um adendo: a mente não é uma massa capacitada somente para reter conhecimentos de livros, conteúdos escolares e meios de comunicação, pois por mais que não se compreenda este complexo sistema não se deve esquecer que a ciência mesmo com todo o seu avanço atual pouco sabe sobre esta complexa rede que é a mente.

Hoje podemos nos arriscar a dizer que a pessoa com deficiência intelectual que apresente grande déficit cognitivo não tem condições de reter conteúdos acadêmicos e de cunho cientifico, entretanto muitos deficientes com bom rendimento cognitivo que tiveram oportunidade de ser estimulados e acompanhados desde cedo estão chegando a séries avançadas no sistema escolar e não é só isso, mesmo os que apresentam maiores limitações vêm se beneficiando de metodologias que partam do concreto e de exemplos direto, deixando claro que o deficiente tem uma limitação mental e não uma deficiência em todo o seu aparelho cerebral.

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As artes plásticas, a dança e os esportes vêm mostrando o quanto os deficientes são capazes de viver naturalmente em sociedade respeitando suas limitações e especificidades. O cérebro humano é uma bela caixa cheia de surpresas, talvez seja por isso que o cérebro tenha um formato de labirinto para que o homem possa ir descobrindo as maravilhosas e intrincadas possibilidades dessa complexa máquina que dá sentido à vida humana.

Na dimensão social o homem precisa se relacionar com as pessoas e com o mundo que o cerca para trocar experiências para que o mesmo possa evoluir saindo da centralização de si mesmo para interagir com o coletivo.

Podemos perceber que o homem é constituído de várias dimensões e que não pode ser fragmentado e compartimentado, mas deve sim, ser respeitado cada vez mais como um ser integral e é nesta perspectiva que o projeto Corpo, Ritmo e Artes vem trazendo essa visão holística do homem que deve receber atendimento diversificado para que o mesmo possa ser trabalhado em todas as suas dimensões.

JUSTIFICATIVA

O profissional de Educação Física deve buscar novas possibilidades para ajudar no despertar das potencialidades de pessoas deficientes que estão dentro do casulo esperando apenas uma oportunidade para mostrarem suas potencialidades. O professor de Educação Física que trabalha com estudantes com deficiência não pode compactuar com a estagnação e a crise de ausência de soluções para o atendimento de pessoas com necessidades educativas especiais, pois este não é o caminho para profissionais que acreditam na educação. E é por acreditar que é possível oferecer um atendimento que estimule e trabalhe o ser integralmente para que leve qualidade de vida e novas possibilidades despertando um novo olhar para si mesmo e para o mundo que o cerca é que se justifica a criação do projeto CORPO, RITMO e ARTES.

OBJETIVOS

Objetivo Geral

Proporcionar estímulos que permitam ao estudante o conhecimento de seu corpo e de seus sentidos, bem como despertar por meio das artes e vivências de ritmos diversos a sensibilidade e emoções que se encontram internalizadas, as quais muitas vezes dificultam a sua relação consigo e com os outros.

Desenvolver atividades corporais, de ritmo e artes que levem o estudante a aprimorar suas habilidades físicas, mentais e sociais e a capacidade de lidar com situações estressantes e com as adversidades.

Objetivos Específicos

• Desenvolver atividades corporais por meio de jogos recreativos, brincadeiras de rodas, contestes, movimentos de livre expressão e orientados pela professora;

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• Trabalhar ritmo utilizando o próprio corpo, instrumentos de sucata, instrumentos alternativos, instrumento musicais;

• Desenvolver trabalhos de artes utilizando diversos materiais para trabalhar criatividade, coordenação motora fina, independência, concentração, responsabilidade, capacidade de escolha;

• Realizar atividades que melhorem a capacidade orgânica (cárdio- respiratória);

• Praticar exercícios e atividades corporais variadas que facilitem aquisição ou aprimoramento de novas habilidades motoras;

• Realizar atividades que estimulem a experimentação e a descoberta;

• Acompanhar com movimentos os sons e ritmos diversos;

• Executar corretamente as atividades propostas de forma natural, procurando a melhoria da condição física;

• Expressar-se ritmicamente;

• Descobrir variedades de ritmos orientados pela professora;

• Diferenciar sons;

• Experimentar tocar instrumentos;

• Respeitar as regras e normas das atividades coletivas, ressaltando o espírito de equipe;

• Construir instrumentos musicais.

HABILIDADES PROFISSIONAIS PARA ATUAR NO PROJETO

O professor deve ser formado na área de Educação Física e ter habilidade para trabalhar com instrumentos musicais e artes plásticas.

CLIENTELA

Estudantes com Transtorno Global do Desenvolvimento, Deficiências Múltiplas e Deficiências intelectuais do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília.

DIAS DA SEMANA

Duas vezes por semana de acordo com os horários de atendimento disponibilizados para as oficinas.

LOCAL

Sala do módulo 07 de Educação Física que apresente amplo espaço para os trabalhos corporais e ritmo.

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CONTEÚDOS

Os conteúdos serão trabalhados de forma prática possibilitando ao estudante descobrir seu corpo e potencial existente dentro dele por meio de:

• Atividades corporais lúdicas;

• Jogos recreativos adaptados;

• Brincadeiras de roda;

• Exercícios corporais criativos com materiais diversos;

• Trabalhos que estimulem a descoberta de ritmos por meio de vivências utilizando o próprio corpo, instrumentos alternativos, instrumentos construídos e/ou instrumentos musicais diversos;

• Trabalhos de artes plásticas diversos adaptados de acordo com as limitações dos estudantes.

ESTRUTURA DO ATENDIMENTO

O atendimento ocorrerá durante todo o ano seguindo a seguinte estrutura:

• Acolhimento do estudante e conversa inicial sobre a atividade que será desenvolvida.

• Parte principal onde será desenvolvido o trabalho prático do dia.

• Parte final com organização do material e breve diálogo sobre a atividade desenvolvida e feedback para o estudante.

A cada bimestre serão revistos os trabalhos realizados para modificações e adaptações, visto que o trabalho tem como fim a melhora do indivíduo na sua relação consigo, com o outro e com o meio que o cerca.

ESTRATÉGIAS

Devido à clientela que será atendida pela oficina apresentar limitações e comprometimentos cognitivo e físico, a estratégia utilizada será num primeiro momento o direcionamento e orientação da professora e num segundo momento a liberdade para que os estudantes possam desenvolver a maturidade e independência.

MATERIAIS

Os materiais serão escolhidos de acordo com a proposta de trabalho da professora nos aspectos abordados no dia:

• CORPO- bola, tecidos, arcos, cordas, balão, lenços, luvas, fitas de GRD, barras, colchonetes, vendas e outros;

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• RITMO- aparelho de som, CDS, pendrive, materiais de sucata para confecção de instrumentos, materiais alternativos, instrumentos diversos e outros;

• ARTES- papeis diversos, stencil, pinceis, quadros, colas diversas, cortadores de scrap, tesouras diversas, tintas diversas e outros.

AVALIAÇÃO

Será desenvolvida durante todo o processo para que possam ser realizadas mudanças de acordo com as necessidades encontradas na prática das atividades propostas ao longo do ano.

BIBLIOGRAFIA

SANTOS, Helaine et al. Dança: a eficiência dos métodos de ensino global e parcial na a p r e n d i z a g e m m o t o r a e m c r i a n ç a s , 2 0 1 0 . D i s p o n í v e l < H T T P / / wwwefdeprtes.com/...dança-metodos-de-ensino-global-e-parcial.htm. acesso dia 30 de agosto de 2012 às 11:10.ROHDEN, HUBERTO. Educação do Homem Integral. São Paulo: Martin Claret, 2009.

5. Inclusive Danço

APRESENTAÇÃO

O Centro de Ensino Especial 01 de Brasília, no cumprimento de sua função educativa promovendo a integração social, escolar, familiar e comunitária vem através deste documento apresentar o projeto desenvolvido pela profissional do quadro da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal Ana Cintia Santos Rezende com formação em Educação Física e Licenciatura em Dança.

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O presente projeto “Inclusive Danço” tem por finalidade proporcionar aos alunos do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília que possuem habilidades para a dança momentos de interação através de atividades que abordam técnicas e métodos específicos, favorecendo o desenvolvimento do trabalho corporal, artístico e cultural, para tanto torna-se necessário que o profissional atuante seja graduado em Educação Física e/ou formação comprovada na área de Dança.

Tem-se como proposta possibilitar ao estudante o desenvolvimento da capacidade de voltar a atenção ao seu corpo em relação ao todo, ao outro, ao espaço, ao ambiente numa rede de percepções, promovendo o dançar individual e em grupo em busca de sua expressividade fazendo com que torne pesquisador de si mesmo em busca da consciência do movimento. A dança é utilizada como via de desenvolvimento das habilidades corporais despertando no aluno de forma natural, tranquila e conduzida a produção de gestos, ações e movimentos expressivos, trabalhando suas potencialidades.

Se a dança é um modo de existir, cada um de nós possui a sua dança e o seu movimento, original, singular e diferenciado, e é a partir daí que essa dança e esse movimento evoluem para uma forma de expressão em que a busca da individualidade possa ser entendida pela coletividade humana. (VIANNA, 1990, p. 88)

No dia 21 de setembro é comemorado o Dia Nacional de Luta das Pessoas Deficientes que reivindica a cidadania e participação plena em igualdade de condições, o projeto de atendimento acima citado conta com uma produção anual do espetáculo de dança com tema definido estreando neste mesmo mês como forma de valorização dos alunos. No início do ano letivo o tema é construído com a participação dos estudantes através de conversas informais, visualização de espetáculos de dança e filmes. Juntamente a esse processo é desenvolvido o trabalho de pesquisa corporal com a participação ativa dos estudantes em escolha de personagens e montagens coreográficas, o produto deste trabalho é apresentado inicialmente no ambiente escolar onde recebemos a comunidade, convidados e outras escolas, em sequência o espetáculo é levado a outros ambientes particulares e públicos, afirmando assim a importância do projeto na inclusão social. Este projeto trabalha com desejos, sonhos, emoções, realizações e expectativas desenvolvendo a responsabilidade, respeito, autoconhecimento, autoestima e autonomia dos estudantes/familiares/comunidade escolar. Ampliar o olhar de forma a valorizar as potencialidades que o estudante com deficiências ou “diferente” possui é um meio de fazer com que ganhem respeito e visibilidade mostrando que compõem a sociedade e desta maneira ocupem seus espaços e se façam presentes. As pessoas com deficiências são dignas de compreensão e aceitação, enquanto ser humano capaz de vencer etapas e quebrar barreiras da discriminação social.

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“ É na diferença que sabemos os nossos limites, e é na diferença que nós crescemos” (CARMO, 1997).

JUSTIFICATIVA Este projeto tem por finalidade proporcionar aos estudantes desta comunidade escolar momentos de interação através da dança, estreitando a relação entre os eixos transversais oferecidos no currículo funcional, favorecendo o desenvolvimento do trabalho corporal, artístico, cultural e comportamental, promovendo a integração social através de apresentações de espetáculos dentro do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília como fora em órgãos públicos e particulares.

PÚBLICO ALVO

A clientela é de estudantes matriculados no Centro de Ensino Especial 01 de Brasília que apresentem habilidades para a dança e suas especificidades.

OBJETIVOS OBJETIVO GERAL

Integrar os estudantes, por meio da participação em atividades de dança promovendo a descoberta do seu eu, do seu corpo e a socialização através da arte inserindo-os na sociedade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS ‣ Promover a interação entre os participantes conduzindo-os ao processo de

desenvolvimento criativo; ‣ Promover a percepção, experenciação e descobertas de diferentes possibilidades

de movimentos; ‣ Desenvolver a capacidade de expressar as possibilidades corporais em relação

ao espaço individual e relacional; ‣ Reconhecer as características individuais do corpo como forma, volume, peso,

equilíbrio e movimento articular; ‣ Ampliar o repertório gestual; ‣ Experimentar a improvisação no contexto de composição instantânea; ‣ Reconhecer a dança como arte, cultura e educação; ‣ Reconhecer as dinâmicas entre seu corpo, suas percepções e emoções; ‣ Promover a integração dos estudantes; ‣ Desenvolver a responsabilidade, disciplina e compromisso; ‣ Promover apresentações dentro e fora da escola como facilitadora do processo

inclusivo; ‣ Viabilizar troca de experiências com outras instituições; ‣ Incentivar a autonomia individual e em grupo.

5. METODOLOGIA

Dando continuidade à experiência na área de dança vivenciada pelos estudantes anteriormente e comprovada à importância da mesma no que

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concerne ao desenvolvimento corporal, artístico e cultural; as aulas de dança utilizarão de métodos e técnicas específicos. As atividades serão desenvolvidas por meio de atividades planejadas e direcionadas a individualidade de cada aluno trabalhando exercícios de alongamento, aquecimento, atividades de dança e relaxamento. Os alunos terão dois horários semanais, complementando este atendimento será oferecido mais dois horários para montagens coreográficas e ensaios com grupos específicos em concordância com a equipe gestora. Os recursos utilizados serão: sala de dança (módulo sete), auditório, área verde da escola, som, músicas diversas, colchonetes, lenços, bolas, bastões, arcos e materiais diversificados. Para melhor desenvolvimento das aulas é importante a adequação da sala de dança com piso, espelhos e barras. O trabalho será realizado pela professora idealizadora do projeto Ana Cintia Santos Rezende junto com sua colaboradora Nadia Pedroso de Farias.

AVALIAÇÃO

A avaliação será mediada pelo professor regente de forma processual e contínua de acordo com a participação, envolvimento, desenvolvimento e assiduidade do aluno, por meio de relatórios individuais.

CRONOGRAMA Será desenvolvido de acordo com o calendário da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal e o Cronograma das Atividades do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília, com a apresentação do Espetáculo no mês de setembro, incluindo as apresentações que ocorrem em fora do ambiente escolar que são definidas de acordo com os convites recebidos, disponibilidade do Inclusive Danço, recursos humanos e financeiros.

CONTEÚDO

CONSCIENCIENTIZAÇÃO CORPORAL: Movimentos corporais – abrir, fechar, flexionar, estender, levantar, descer, inclinar, curvar, rotar, movimento circular, torcer e deslocar.

ESPAÇO: Espaço Interno e Pessoal - exercícios explorando sensações e imagens; Espaço Físico - níveis; Espaço Social – indivíduo, pequenos grupos, grandes grupos;

TEMPO: Velocidade – devagar, médio e rápido; Pausa – controle do movimento, atenção e desatenção; Percepção do tempo interno;

INTENSIDADE Peso: esforço e tônus muscular; Fluência: livre e controlada; Experimentações individuais e em grupo.

FORMA Composição corporal ao dançar

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9. REFERÊNCIAS

ARAÚJO, Luiz Alberto David. A proteção constitucional das pessoas portadoras de deficiência. Brasília: CORDE,1997.

CARMO, Apolônio Abadio do. Deficiência Física: a sociedade cria, “recupera” e discrimina. Brasília: SEESP/MEC, 1997.

DOMECINI, Eloísa. O encontro entre a dança e a educação somática como interface de questionamento epistemológico sobre as teorías do corpo. Proposições, Campinas, 2010.

ENGEL, Guido Irineu. Pesquisa-ação. Educar, Curitiba, 2000. Editora da UFPR.

GOIS, Ana Angélica, and Roberta Gaio. Diversidade e Inclusão Social, sem Limites para Dançar. Campinas: Papirus, 2006.

MARQUES, Isabel A. Linguagem da Dança Arte e Ensino. 1º Ed, Digitexto 2010.

MARQUES, Isabel A. Ensino da dança hoje: textos e contextos. São Paulo: Cortez, 1999. MILLER, Jussara. A escuta do corpo: sistematização da Técnica Klauss Vianna/ Jusara Milles. – São Paulo: Summus, 2007.

MIRANDA, Regina. O movimento Expressivo. Rio de Janeiro, FUNARTE, 1979. 104 p.il. 1. Expressão Corporal. 2. Movimento I. Titulo. CDU 159.925.

RAMOS, Érica da Silva. O ensino da dança na Educação Especial sob a perspectiva interdisciplinar. Revista Eletrônica Aboré. Publicação da Escola Superior de Artes e Turismo Manaus. Ed.04 dez/2010.

PEDAGÓGICO, Projeto Político. Centro de Ensino Especial 1 de Brasília.

RENGEL, Lenira. Dicionário de Laban/ Lenira Rengel- São Paulo: Annablume, 2003.

SANTOS, Vanessa Sardinha. Dia Nacional De Luta Das Pessoas Com Deficiênica. Disponível em: <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/datas-comemorativas/dia-dos-deficientes-fisicos.htm>. Acesso em 25 de outubro de 2017.

Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal. Currículo em Movimento da Educação Básica.<www.se.df.gov.br/component/content/article/282.../443-curriculoemmovimento.html> Acesso em 07 de novembro de 2017.

TOLOCKA, Ruth Estanislava; VERLENGIA, Rosangela (org.). Dança e diversidade humana. São Paulo: Papirus, 2006. VIANNA, Klauss. A dança. Sao Paulo: Siciliano, 1990. www.http://basenacionalcomum.mec.gov.br/ Acesso em 07 de novembro de 2017

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6. Artes na Educação Especial

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Introdução

Sendo a Arte a primeira forma de representação comunicativa, ao longo da história da humanidade também vem se mostrando inerente ao seu processo evolutivo.

Mergulhando no universo de possibilidades e estimulação das Artes no Ensino Especial, o presente projeto visa produzir obras individuais e painéis coletivos, pelos estudantes do Ensino Especial no Centro de Ensino Especial 01 de Brasília, para o ano de 2018. O projeto tem por culminância apresentar exposição pública das obras dos estudantes, em local a definir posteriormente ao final do ano.

A inclusão das Artes como disciplina no currículo regular, comum e obrigatório, amplia as ferramentas dos professores e apresenta diversos pontos de intersecção e interdisciplinaridades que, se bem aproveitados, estimulam a formação de indivíduos mais ativos e reflexivos, criativos e autônomos. Desta forma, neste programa estende- se por meios assertivos de progresso aos estudantes jovens e adultos com deficiência e com transtorno mental.

Justificativa

Ao longo no ano de 2017, o projeto inicial teve como proposição ampliar e aprimorar os conhecimentos técnicos e criativos de desenho e pintura visando a meta final de construir Painéis Coletivos.

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Após as primeiras Avaliações Funcionais com os estudantes, ficou claro a falta de conhecimento da grande maioria, ou mesmo total, quanto a realidade que o desenho e a pintura podem transmitir.

Os estudantes não analisavam o que estavam desenhando, eles simplesmente repetiam símbolos e formas pré-estabelecidas pelo sistema cultural infantil. Os estágios de garatuja estavam cristalizados...

De aspectos infantilizados, os desenhos em quase sua totalidade, trouxeram expressões caricatas e sem a personalidade de seu autor. Esta situação é uma das consequências da massificação da expressão “individual” do ser, como resultante da privação da análise e criação artística, no processo do ensino/aprendizagem.

Ao longo do ano de 2017, adequou-se a proposta inicial a realidade encontrada e foram desenvolvidos diversos exercícios de análise e prática. Foram mais de 1700 exercícios e processos criativos entre desenhos e pinturas. A resultante junto aos estudantes foi um significativo crescimento em suas habilidades artísticas, compreensão comunicativa e autonomia.

Trabalhou-se o “prazer” do fazer Arte, e desta forma os estudantes foram estimulados a expressar seus pensamentos/personalidade. Eles se acostumaram a receber novas informações técnicas sobre Arte, a compreender melhor as propostas temáticas e trabalhar na criação da produção concreta da obra, ampliando e aprimorando suas perceptivas cognitivas.

Abordagens de vivência social também foram fator trabalhado pela disciplina de Artes:

No evento Festa da Família no mês de maio, realizado na escola, o programa montou a primeira Oficina de Pintura, a qual foi bastante procurada pelos estudantes e seus familiares.

Ainda dentro do programa de aulas de 2017, mês de setembro, os estudantes participaram da visitação a exposição “Persistência da Memória - entre a Figuração e a Abstração”, no Banco Central, onde puderam receber aula vivencial da apreciação de pintores famosos brasileiros, contemplando os conteúdos de aulas que haviam recebido

No ano de 2017 o projeto Painéis Coletivos, gerou o trabalho de pintura “Recortes Especiais da Vida”, o qual foi classificado para participar do Circuito de Ciências da SEDF, na etapa Regional. A exposição foi no CEE01 do Cruzeiro.

Em evento na escola, os estudantes tiveram suas obras em exposição e, as condecorações do Circuito de Ciências foram entregues pela Sra. Márcia Rollemberg esposa do Sr. Governador, Sr. Fábio Pereira subsecretário da SUPLAV e pela Sra. Ana Lúcia Coordenadora CREPP, devido a classificação para o nível Distrital.

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Ainda no mês de setembro, o trabalho “Recortes Especiais da Vida” foi convidado para expor no Clube Almirante Alexandrino, pelo comando do 7o Distrito Naval que promoveu o Dia da Pessoa com Deficiência.

No mês de outubro o trabalho “Recortes Especiais da Vida”, participou da exposição no Pavilhão do Parque da Cidade, onde disputou pela FAPDF - Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal, um dos primeiros lugares na modalidade de Ensino Especial.

Até a entrega deste projeto, o resultado ainda não fora promulgado.

Ao longo do ano, ainda ressaltou-se um grupo de estudantes que se destacou aos demais apresentando diferenciada compreensão dos conteúdos e certa proximidade entre si, no que diz respeito às suas percepções e habilidades no campo da Arte propriamente dito.

Diante fatos relatados, para 2018, sugere-se dois conteúdos para turmas com estudantes afins, sendo um abordando os mesmos princípios básicos e práticos de desenho e pintura voltados a técnica e criatividade e, outro com adequação nas áreas e iniciação a apreciação da história da Arte em complemento ao desenho e a pintura.

Ainda dentro da perspectiva de ampliação dos estudos da expressividade dos estudantes, sugere-se também a introdução da modelagem, indicando-se assim a possível montagem de um atelier coletivo, neste momento como experimentação.

O Projeto “Arte na Educação Especial pela perspectiva dos Painéis Coletivos” desenvolve uma estrutura de modo a beneficiar todos os perfis dos estudantes especiais, oferecendo variadas formas de participação ao longo do processo de aprendizagem e produção. Arquitetado nesse formato, o projeto poderá atender estudantes com DI, DMU e TGD.

Objetivos

3.1- Objetivo Geral

Propiciar ao estudante do Centro de Ensino Especial, por meio da linguagem da Arte, vivenciar perspectiva diferenciada de sua realidade, dentro da sociedade comum. Potencializar, através das linguagens do desenho e da pintura, bem como da modelagem, a capacidade expressiva do estudante fazendo-o entendedor e participativo da cultura a qual pertence. Ao mesmo tempo oportunizar a esta sociedade comum conhecer de forma concreta e reflexiva, a capacidade de produção do indivíduo com deficiência e transtorno mental.

3.2- Objetivo Específico

Ampliar sua perspectiva de possibilidades produtivas dentro da sociedade;

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Propiciar novos conhecimentos;

‣ Ampliação de vocabulário e conceitos; Potencializar novos caminhos de linguagem para atender as possibilidades de expressão destes estudantes; Estimular a análise e a crítica do estudante em relação ao seu cotidiano e sua vida;

‣ Exercitar o processo de comunicação do estudante visando sua melhor organização interna e comunicação com o mundo exterior;

‣ Trabalhar exercícios que favoreçam o aprimoramento e a expressão da personalidade do estudante;

‣ Favorecer a autoconfiança do estudante, mostrando concretamente que ele pode produzir uma obra junto a sua satisfação pessoal e em harmonia com o meio;

‣ Produzir em acordo com temas correlacionados a realidade do estudante por meio de estudos e análises junto ao mesmo;

‣ Exercitar a coordenação motora, a espacialidade, a temporalidade, o reconhecimento das cores, formas e a geometriaTrabalhar o amadurecimento do estudante no sentido de infantilização comportamentais;

‣ Desenvolver a criatividade e a autonomia;

‣ Oportunizar a vivência da arte no processo da construção material de desejos e anseios do estudante, trabalhando técnica e canalizando sua funcionalidade.

‣ Trabalhar o espírito de equipe e de pertencimento, por meio da construção de obras coletivas;

‣ Estimular o respeito e apreciação pelo seu semelhante;

‣ Favorecer o exercício da inclusão e sua reflexão por parte da sociedade;

‣ Propiciar ao grande público, conhecer a capacidade criadora e de produção por meio de obras artísticas resultantes de trabalho desenvolvido com estudantes especiais;

‣ Promover exposição dos painéis produzidos pelo projeto, em local público adequado com divulgação à sociedade e solenidade de abertura.

‣ Conteúdos

As aulas se desenvolverão a partir do levantamento de temas pertinentes à reflexões dos estudantes jovens à adultos e, explanações promovidas pela professora. Os mesmos receberão aulas com orientações para utilização dos materiais, sobre técnicas de desenho, atividades para aprimorarem o grafismo/

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desenho, o colorir, o pintar e a modelagem. O estímulo a criatividade será uma constante visando a descoberta e melhor compreensão do Eu/personalidade de cada estudante. Para o projeto Painéis Coletivos, serão realizados diversos croquis de estudo individual, em grupo e ao final, escolhido juntamente com os estudantes, os trabalhos que mais representam a realidade. Neste processo mais de um trabalho poderá vir a ocupar um mesmo painel bem como produções individuais serão valorizadas. No tocante a abordagem tridimensional, de acordo com as possibilidades de recursos da escola, como base de estudo e produção serão trabalhados materiais como massa de modelar, o machê e argila. Assim como o “Recortes Especiais da Vida” foi um desdobramento do programa principal Painéis Coletivos, para 2018 outros desdobramentos poderão ocorrer, contudo sem se distanciarem da base das artes plásticas. Quanto a exposição dos trabalhos, esta poderá conter tanto trabalhos bidimensionais quanto tridimensionais.

Metodologia

O projeto é para ser desenvolvido por dois professores arte-educadores, em cada período, que estejam capacitados à trabalhar com os aspectos técnicos de desenho, pintura e modelagem.

Primeiramente os estudantes realizarão Avaliação Funcional em Artes Plásticas, bem como levantamento das Necessidades Tecnológicas Assistivas de forma individual e pertinente as necessidades da proposta do programa, para que se possa melhor adequar a metodologia proposta.

Como parte da metodologia criada e desenvolvida pela autora do projeto, cada aluno continuará a fazer sua participação de forma individualizada, digo, de acordo com seu estágio, da mesma que já havia sendo feito.

Estágio Funcional em que o estudante é classificado:

1) Estágio Independente – Que não aceita, a condução ou o auxílio

2) Estágio Conduzido – Levado pela mão/corpo da professora;

3) Estágio Auxiliado – Monitorado por meio de alguma comunicação de indicação concreta realizada pela professora;

4) Estágio Orientado – Monitorado pela verbalização, ou algum tipo de sinalização realizada pela professora, sem se tocar na obra ou no estudante;

5) Estágio Autônomo – Segue as recomendações da professora. Quanto turma de Artes, estas poderão receber o estudante de forma individual ou até 03 pessoas por atendimento, conforme desempenho dos mesmos. Todos as obras receberão individualmente o crédito participantes. Para

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exposição haverá quadro de apresentação geral contendo texto explicativo sobre o projeto.

6) Todas as abordagens onde for envolvido imagens a serem apresentadas aos estudantes, estas serão necessariamente realistas, pois que para favorecer sua melhor compreensão da realidade há que se favorecer informações realistas.

Cronogramas:Apreciação da Arte e sua história – teoria e prática:

Bimestres Atividades� �� �

Atividades1o Bimestre !Identificação da Arte no cotidiano e suas funções

na vida !Desenhos de Observação de imagem bidimensional

fotográfica realista pasta 01 – Objetos e processos criativos. !Estudo sobre cores primárias, secundárias.

2° Bimestre !Identificação e apreciação as Artes Visuais. !Estudos de reconhecimento com massa de modelar

!Desenho de observação de imagem bidimensional fotográfica pasta 02 – Móveis e processos criativos.

!Estudo sobre cores terciárias.3o Bimestre !A Arte através do Tempo – Pré-história ao

Renascimento !Alfabeto Visual – Perspectiva, Proporção e processos

criativos.!Modelagem com machê (possibilidade).!Desenho de observação orgânica - tema natureza 01 !Pintura pesquisa de materiais

4o Bimestre

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!A Arte através dos Tempos – Romantismo a Arte Moderna !Alfabeto Visual – Luz/Sombra e processos criativos !Desenho de observação orgânica – tema natureza 02 !Pintura de identidade

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Artes Plásticas básica:

Quanto ao material de consumo das aulas:

‣ 08 resmas de folha branca A4;

‣ 10 blocos de papel “Canson” A3, para pintura;

‣ 24 unidades de lápis preto tipo 2HB;

‣ 12 unidades de lápis 6B;

‣ 02 caixas de 36 cores de lápis de cor; 0,4 mm

‣ 02 caixas de 12 cores de lápis de cor, 0,4 mm;

‣ 02 caixas de 12 cores de giz de cera grosso;

‣ 02 caixas de 12 cores de giz de cera fino;

‣ 07 canetas de ponta grossa, pretas de tinta permanente;

‣ 08 apontadores com reservatório;

‣ 08 borrachas brancas porosa, tamanho médio;

‣ 04 rolos de fita crepe fina amarela/parda;

‣ 74 folhas de papel pardo tamanho grande; 10 folhas de “Eucatex” de 2,44 x 1,22m;

‣ 01 folha de “Eucatex” perfurado;

‣ 24 parafusos com bucha no 12; \

‣ 12 Kg de PVA branca;

Atividades

1o Bimestre!Avaliação individual Funcional Pedagógica e de Tecnologias Assistivas necessárias.

!Instrumentalização quanto aos materiais a serem utilizados no desenho e na pintura.

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‣ 10 kg de cola da marca Cascorex;

‣ 1,5 kg de cola lavável;

‣ 5 kg de massa de modelar;

‣ 20 kg de argila;

‣ 5 ferramentas para argila (espécie de faca x ponta);

‣ 14 litros de guache de várias cores;

‣ 1800 ml de verniz meio brilho em spray para pintura em papel;

‣ 02 rolos de espuma para pintura de tamanho 10’;

‣ 04 Pincéis chatos de cada número: 08, 10, 16, 18;

‣ 02 Pincéis chatos de cada número: 1, 2, 4, 5;

‣ 04 paletas de mão com godé;

‣ 02 godés de mesa;

‣ 500 convites para exposição;

‣ 02 banners com textos de apresentação por exposição; 01 retro projetor ou data show;

‣ Transporte para as obras chegarem ao local da exposição;

‣ Transporte coletivo para os estudantes da escola juntamente com suas famílias irem visitar a exposição em dia e hora determinados pela escola.

‣ Quanto a infraestrutura pertinente e material Tecnológico Assistivo:

‣ Mesa coletiva para 10 estudantes com altura para cadeirante;

‣ Dez cadeiras para a citada mesa;

‣ Duas mesas pequenas individuais;

‣ 06 cavaletes com pé alto;

‣ 02 pranchas para mesa;

‣ 02 pias.

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Bibliografia/Referências: Os conteúdos, a serem desenvolvidos nas aulas serão construídos pela professora regente fazendo necessárias especiais adequações dos livros didáticos constantes na revisão bibliográfica. Os conteúdos, a serem desenvolvidos nas aulas serão construídos pela professora regente tendo como referência e fazendo necessárias e especiais adequações dos livros didáticos: Garcez, Lucília. Explicando a Arte Brasileira / Lucília Garcez e Jô Oliveira. - Rio de Janeiro: EDIOURO 2004. – (Explicando) Oliveira, Jô. Explicando a Arte: uma iniciação para entender e apreciar as artes visuais ) Jô Oliveira e Lucília Garcez. – Rio de Janeiro: EDIOURO 2002 Arte (Ensino Fundamental I do 5a à 8a série). Beá Meira. Coleção Projeto Radix. São Paulo Scipione 2006. 8- Revisão Bibliográfica: De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais, “A educação em arte propicia o desenvolvimento do pensamento artístico e da percepção estética, que caracterizam um modo próprio de ordenar e dar sentido à experiência humana: o aluno desenvolve sua sensibilidade, percepção e imaginação, tanto ao realizar formas artísticas quanto na ação de apreciar e conhecer as formas produzidas por ele e pelos colegas, pela natureza e nas diferentes culturas.”(PCN- Arte-1997) O presente projeto segue a linha filosófica em consonância com Gitahy em “Artes Visuais na Educação Inclusiva”: incluir corresponde a “singularizar”, assumir como ponto de partida que todo aluno é único no que se refere à sua história e as suas potencialidades. Diante desse dado, a missão do educador é construir, caso a caso, um projeto pedagógico que reconheça essas diferenças. (...) as expressões “arte inclusiva” e “educação para todos” tornam-se insuficientes quando restringidas a um único recorte, devemos sempre partir de um conceito amplo de diversidade para planejar nossas atividades. (pag. 87)

Na revista Educação, Edição 97, A educadora Anna Mei Barbosa ressalta que ...

“a arte possibilita que os indivíduos estabeleçam um comportamento mental que os leva a comparar coisas, a passar do estado id para comunicação, a formular conceitos. Todo esse processo faz com que o aluno seja capaz de ler e analisar o mundo em que vive, e dar respostas mais inventivas. O artista faz isso o tempo todo, seja para melhor se adaptar ao mundo, para apontar problemas, propor soluções e ou simplesmente para encantar. Uma das formas de tirar você das mazelas do dia-a-dia. A arte não tem certo ou errado. Muito importante para as crianças que são rejeitadas na escola por terem dificuldade de aprender, ou problemas de comportamento. Na arte, eles podem sem medo, explorar, experimentar e revelar novas capacidades.”

Na perspectiva da priorização do estímulo a análise e a criatividade, em detrimento aos desenhos pré-estabelecidos, em favor da construção da personalidade pessoal e no processo de produção, respaldamo-nos no que discorre Vianna em seu livro “Desenhando com todos os lados do Cérebro – possibilidades para transformação das imagens escolares: Para psicologia social, a identidade social de um indivíduo se define, não em termos de sua personalidade singular, mas em termos de “pertencimento” a

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um grupo. (...) Assim, creio, também são os desenhos escolares: mostram como o mundo deve ser representado, fornecendo um repertório acabado, pronto, que só precisa ser repetido.” (pag. 68)

Quanto as comorbidades junto aos transtornos mentais nos remetemos aos estudos da Dra. Nise da Silveira em seu livro “Imagens do Inconsciente”, que nos remete a seguinte análise: “(...) Os loucos são considerados comumente seres embrutecidos absurdos. Custará admitir que indivíduos assim rotulados em hospícios sejam capazes de realizar alguma coisa comparável às criações de legítimos artistas – que se afirmarem justo no domínio da arte, a mais alta atividade humana.” (pag.18)

Ao defendermos novas expressividade linguísticas para a Educação Especial também estamos favorecendo estímulos à novas redes neurais em favor da aprendizagem, como podemos observar com Ramon no livro “Neurociência e a Educação – como o cérebro aprende”, onde nos processos da memória apresenta-se “A elaboração pode ser feita simples ou complexa, ou seja, ela pode envolver diferentes níveis de processamento. Podemos simplesmente decorar uma nova informação, mas o registro se tornará mais forte se procurarmos criar ativamente veículos e relações daquele novo conteúdo com o que já está armazenado em nosso arquivo de conhecimentos. Informações apreendidas utilizando um nível mais complexo de elaboração têm mais chances de se tornarem um registro forte, uma vez que mais redes neurais estarão envolvidas.” (pag. 62)

Acompanhamento e Avaliação:

Tomando como referencial a Avaliação Funcional inicial, dever-se-á haver a avaliação continuada ao longo de todo o processo visando as observações de produção concreta e as evoluções perceptivas e subjetivas.

Considerações Finais:

Trabalhar com a Tecnologia Assistiva e a Realidade Funcional do estudante, exercitando seus equilíbrios corporais, estimulando sua capacidade de observação, seu processo crítico e favorecendo a aquisição novos conhecimentos é facilitar o crescimento de suas potencialidades, da criatividade, sua satisfação pessoal e o seu desejo do querer aprender mais.

Favorecer a consciência realista e estimular o conhecimento técnico do desenho e da pintura, tem significado oportunizar ao estudante com deficiência e com transtorno mental, se expressar de forma mais madura, verdadeira, autônoma e concreta perante sua realidade/personalidade, além de estimular a novas sinapses em favor da leitura e da escrita convencionais.

As resultantes encontradas até o momento, mostram que a capacidade de crescimento cognitivo do estudante especial dentro do atendimento da Disciplina de Artes é real e, de grande ganho para o processo de crescimento intelectual, pessoal e intermundo deste indivíduo.

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Trabalhando em processos individuais e coletivos, os estudantes puderam experimentar variadas formas e meios de se produzir uma obra. O cotidiano da vida do estudante com deficiência e transtornos mentais, normalmente é restrito em sua rotina, que além de organizá-lo, também tende a fechar renovações e conseqüentemente desacelerar os interesses. A família deste aluno também sofre a segregação até mesmo por não acreditar em outra possibilidade. A resultante do “Projeto Arte na Educação Especial pela Perspectiva dos Painéis Coletivos” é prova real que estes estudantes precisam ter um espaço social para que suas potencialidades possam ser apreciadas e reconhecidas no meio comum. Nesta proposta o projeto além de favorecer e trabalhar adequadamente a inclusão também beneficia as famílias que, por vezes, segregadas e desacreditadas terão prova justa e digna das potencialidades de seus familiares com deficiência e transtornos mentais.

7. Educação Ambiental Inclusiva- Horta JUSTIFICATIVA:

Considerando-se a formação integral e humana do indivíduo, que engloba a sua inserção no ambiente em que vive, e a utilização das suas potencialidades e capacidades, como previsto pelo Currículo Funcional, A Educação Ambiental Inclusiva pautada neste projeto justifica-se como parte necessária e imprescindível do processo ensino-aprendizagem.

OBJETIVOS :

Objetivo Geral:

Desenvolver no educando desta unidade de ensino, bem como na comunidade escolar, a responsabilidade ambiental, despertando-os para a relação intima entre a realidade sócio-ambiental e a sua individualidade.

Objetivos Específicos:

‣ Favorecer a relação indivíduo/natureza na vida diária;

‣ Incentivar e estimular a utilização da área verde da escola como ambiente alternativo para realização de atividades de convívio social, momentos de relaxamento, atividades de alongamento, contacto de estórias, entre outros momentos lúdicos, envolvendo os alunos acompanhados e assistidos na instituição

‣ Estimular atitudes e práticas que levem à criação da responsabilidade ambiental;

‣ Propiciar a vivência de situações práticas de jardinagem e cuidados de hortas;

‣ Desenvolver a área psicomotora do estudante através das atividades manuais;

‣ Desenvolver os sentidos do educando por meio de um jardim/tapete sensorial, que traga o cheiro, cor e textura das plantas, como também outros elementos diversos, tais como: areia, brita, cimento, grama de espessuras diferentes;

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‣ Promover atividades em uma horta orgânica , como a sua construção, a correção do solo, a adubação, o plantio, a manutenção , a colheita das hortaliças e compostagem.

‣ Realizar a nomeação das plantas e hortaliças, demonstrando os seus usos na culinária e no tratamento de doenças;

‣ Promover o conhecimento de temas sobre o alimentação sustentável: cultura orgânica , cuidados com os alimentos, hábitos alimentares, cultivo em casa , degustação dos alimentos cultivados entre outros.

‣ Promover o enriquecimento gradativo da merenda escolar desta unidade de ensino;

‣ Promover uma atividade comercial das colheitas orgânicas na instituição voltadas para a comunidade escolar;

‣ Propiciar conhecimentos básicos de ecologia alimentar

‣ Promover o conhecimento de temas ligados à poluição ambiental: coleta seletiva lixo, problemas de saúde , descarte indevido de garrafas PET, reciclagem de lixo (papel, plástico, latas e vidro), campanha de “Lugar de lixo é no lixo”, Importância e preservação da água.

‣ Levar o estudante a se reconhecer como agente de promoção do desenvolvimento sustentável;

‣ Levar o estudante a compreender os conceitos de alimentação saudável e reconhecer a importância de buscar desenvolvê-las em sua vida;

‣ Desenvolver o espirito de equipe , cooperação e colaboração interpessoal.

A horta/pomar e jardim/tapete sensorial idealizados neste projeto tem, ainda, além dos objetivos gerais e específicos , a atuação como um facilitador de aprendizagem de conteúdos afins e a atuação como um integrador entre escola-educando-familia-comunidade-natureza.

CONTEÚDOS

O projeto ora proposto busca desenvolver-se em consonância com o Projeto Politico Pedagógico do CEE 01 de Brasília, dentro de uma proposta interdisciplinar, o qual possui como meta despertar o interesse dos estudantes em realizar atividades pedagógicas e lúdicas , onde a execução dos trabalhos seja prazeirosa, motivadora e de interesse do estudante.

Nessa linha de pensamentos, objetivando a formação de indivíduos capazes, produtivos, conscientes do meio em que estão inseridos, colaboradores no cuidado e uso consciente do ambiente, o projeto Educação Ambiental Inclusiva no CEE 01 de Brasília, abrangerá conteúdos que busquem estimular o desenvolvimento cognitivo, emocional, motor e social, de forma conjunta, culminando no desenvolvimento global dos estudantes assistidos , quais sejam:

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‣ Consciência Ambiental;

‣ Compromisso e atitude ambiental;

‣ Participação na preservação da área verde da escola;

‣ Manutenção dos espaços verdes, com aproveitamento produtivo do solo;

‣ Coleta seletiva do lixo;

‣ Uso consciente da água;

‣ Socialização;

‣ Atenção e concentração;

‣ Coordenação motora fina e grossa;

‣ Conhecimento de diversas plantas e suas possibilidades de uso;

‣ Preparo do Solo;

‣ Preparo de mudas;

‣ Plantio de mudas;

‣ Cuidado e manejo de hortas;

‣ Formação de pomar escolar;

‣ Construção e manutenção de jardinagem na área externa da escola;

‣ Favorecimento do contrato com elementos da natureza (quiosque, fonte com pracinha, passarelas contornando as áreas verdes e pomar), para a realização de atividades por outras áreas de atendimentos/disciplinas ( arte, educação física, dança, criativar-se ,entre outros) constituindo áreas alternativas (sala ambiente) para realização e lazer, no ambiente natural da escola, bem como para receber outros profissionais voluntários ( instrutores de capoeiras yoga, tai chi chuan, shiatsu, reiki , musicoterapia, alongamento e etc.)

METODOLOGIA

Delineamento

O projeto iniciar-se-á com o aval da Direção do Conselho Escolar. Será realizado por uma professora de atividades, responsável pelo projeto, um servidor da carreira de assistência, e também contará com a colaboração de uma mãe de aluna da unidade de ensino e um Educador Social Voluntário, atualmente desempenhando atividades nesta unidade de ensino.

Em um primeiro momento, será realizada a revitalizado do espaço escolhido na instituição por meio de limpeza do local (coleta seletiva de lixo, retirada de ervas daninhas, retirada de folhas secas, poda de galhos de plantas existentes, entre outras adaptações necessárias para o inicio do trabalho).

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Em um segundo momento, serão aproveitados os gravetos, as folhas e os demais materiais orgânicos coletados no local , justamente com restos orgânicos provenientes da merenda escolar, para a confecção de uma compostura de adubo orgânico , objetivando o uso do mesmo nos canteiros.

Em seguida, serão construído e instalados os canteiros ( cochos para horta e jardim que serão afixados sobre estruturas de cimento, construídas com o auxílio de pedreiros, como também canteiros suspensos, a serem construídos no espaço a ser utilizado para horta) adaptados para facilitar o acesso e manuseio por parte dos alunos a serem assistidos pelo projeto.

Após preparo e correção do solo a ser utilizado nos canteiros, com produtos específicos para as necessidades do mesmo, ele será colocado nos cochos para o inicio da semeadura e formação da horta e jardim. Será realizada, ainda nesta etapa, a adubação deste solo utilizando o adubo orgânico proveniente da compostagem confeccionada inicialmente.

Para algumas espécies que necessitam de um plantio em sementeira, será construída que necessitam de um plantio prévio em sementeira, será construída uma estufa que abrigará essas plantas até que as mesmas atinjam a maturidade devida de serem transplantadas para os canteiro definitivos.

Por fim, é de grande importância a manutenção dessa horta e jardim, por meio de adubamos de cobertura, de capinas, do raleamento, de escarificação, da rega diária e da rotação de culturas.

Nesse sentindo, no que tange à rega diária dos canteiros, jardim e pomar constantes nesse projeto, e pensando em uma maneira sustentável de fazê-lo, realizar-se-á, concomitantemente à construção dos espaços, a montagem de uma estrutura específica para a captação e uso da água da chuva, viabilizando, dessa forma , o uso consciente da água. Para Armazenar a água de chuva a ser captada, utilizar-se-á uma piscina infantil atualmente inativa, a qual localiza-se nas proximidades da horta e do pomar.

Pode ser necessário, ainda, realizar um controle de pragas nesses canteiros. Em alguns casos de insetos, por meio da catação dos mesmos; em casos de doenças comuns às plantas , por meio de produtos caseiros confeccionados na própria instituição, como os fungicidas.

Os alimentos produzidos na horta serão utilizados para o enriquecimento da merenda escolar oferecida pelo Centro de Ensino. Além disso, a colheita orgânica que não for utilizada na alimentado da cantina será comercializada pela instituição, promovendo uma conexão maior com as família e com a comunidade escolar.

No que se refere ao jardim/tapete sensorial , os mesmos serão construídos e montados em espaços próximos à horta, em local arborizado e sombreado, facilitando o acesso e permanência dos estudantes e professores, para realização de atividades diversas nesses diferentes ambientes.

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Anexo ainda à horta construir-se-á um quiosque, coberto e com piso de madeira suspensa, com o intuito de oferecer um espaço coberto para encontro entre estudantes, assim como para estimular o convívio da comunidade escolar diretamente com os elementos da natureza, de forma contemplativa e reflexivas acerca da importância de sermos agentes cuidadores e preservadores do meio ambiente que nos acolhe.

Execução

A professora, com auxilio de voluntários do Centro de Ensino, realizará uma divulgação do projeto para os estudantes e para as suas famílias, as quais poderão participar ativamente na construção e manutenção da horta jardim, Por meio de cartazes confeccionados pelos responsáveis do projeto e comunicados a serem entregues aos pais e/ou responsáveis, ter-se-á o início dessa mobilização e desenvolvimento da curiosidade dos educandos acerca do tema.

Com definição do dia e horário, será divulgado o mutirão de revitalização, a fim de, no espaço pré-selecionado, realizar as adaptações necessárias à instalação do projeto. Esse mutirão será realizado sob a coordenação da professora responsável com o auxilio dos voluntários. Terá as seguintes etapas:

‣ Coleta seletiva do lixo presente no local, através da catação manual;

‣ Retirada das ervas daninhas presentes, através da retirada manual e/ou ferramentas de jardinagem;

‣ Poda de arbustos e arvores presentes, através de cortes manuais com tesouras de jardinagem;

‣ Rastelagem das folhas secas e demais materiais orgânicos presentes (ervas daninhas recolhidas, galhos podados e etc.), por meio de rastelo.

‣ Armazenagem em sacos de lixo dos materiais orgânicos retirados do espaço para utilização na compostagem;

Os materiais orgânicos retirados e armazenados do Mutirão de Revitalização serão somados aos restos orgânicos provenientes da cantina da instituição ( casca de legumes, cascas de ovos, cascas de frutas, papeis, pó de café ou chá) e utilizados em uma compostura , confeccionada em local também previamente selecionado pela direção, para que o composto orgânico utilizado como adubo seja feito na própria instituição. O composto Orgânico é mais efetivo que o esterco puro, pois acrescenta matéria orgânica vegetal trabalhada por micro-organismos ao solo. A montagem da compostura ira seguir as seguintes orientações:

‣ Local protegido com área aproximada de 1,50 cm x 1,50 cm;

‣ Camada de 15 cm de restos vegetais que deve conter quatro partes de matéria seca para cada parte de matéria verde;

‣ Rega com chuveiro fio dessa primeira camada;

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‣ Acima da camada de restos vegetais, adicionar uma pequena camada de esterco de mais ou menos 5 cm.

‣ Acima da camada de esterco, adicionar uma camada de terra fértil , cinza e fosfato natural de mais ou menos 1 a 2 cm;

‣ Ir colocando alternadamente as camadas na seqüência citada até a altura máxima de 1,8 m;

‣ Cobrir a superfície com saco molhado ou com uma fina camada de terra ou capim para proteger contra o excesso de sol e água;

‣ Uma vez por semana, revirar o composto e manter a umidade correta (apertar um punhado de substrato na mão para avaliar; se não sair água esta seco demais, se sair algumas gotas, está bom; se escorrer água entre os dedos , esta com excesso de umidade);

‣ Em dois meses o composto estará para uso como adubo;

‣ Deverá ser colocado nos locais de plantio na mesma quantidade recomendada para o esterco puro.

Após a revitalizado local, serão confeccionados os canteiros da horta, do jardim e do jardim/tapete sensorial. Para isso, serão utilizados cochos, previamente adquiridos, colocados sob estruturas de cimento, e com adaptações necessárias para que os alunos a serem assistidos pelo projeto possam acessar livremente o local e manusear com facilidade os canteiros, sempre sob a supervisão de um professor/responsável.,

A fase do preparo do solo a ser utilizado visa a melhoria das condições físicas e químicas para garantir a brotação, o crescimento radicular e o estabelecimento da cultura. A acidez do solo inclui na fertilidade, por torna os nutrientes essenciais indisponíveis às plantas. Para essa correção será aplicado calcário; em geral a aplicação é realizada uma vez por ano (início do ano letivo) na quantidade de 200 gramas de calcário por m2 do canteiro, salpicando por cima do solo e incorporando suavemente a 15 centímetros de profundidade. O solo deve ser mantido para que as reações químicas ocorram. Deve-se, ainda, aguardar por no mínimo 15 dias para aplicação do adubo e para o plantio. Para pequenas hortas, como a do projeto, recomenda-se após aplicação do calcário e do adubo orgânico, fazer o revolvimento do solo, na profundidade mínima de 20 cm, com posterior destorroamento com o auxilio de uma pá.

A matéria orgânica, ao ser utilizada no preparo da terra, melhora as características químicas, físicas e biológicas de forma direta ou indireta. Melhora a estrutura do solo, tornando-o mais poroso; melhora a retenção de água; favorece a vida microbiana do solo; e incorpora nutrientes ao solo. A adulação será então, realizada com o comporto orgânico produzido na compostura. A terra para horta precisa ter aparência humosa e característica escura, tendendo para cor preta, com porosidade aparente e abundância em matéria orgânica . Com o preparo do solo essas características se tornam visíveis.

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As sementeiras são canteiros especialmente preparados para a produção de mudas, devendo ser instaladas em locais não encharcáveis e próximos ao local definitivo de plantio. Para o preparo das sementeiras, o solo será revolvido e bem destorroado. O comprimento do canteiro varia de acordo com a quantidade de mudas necessárias.Gasta-se 3 a 4 gramas de sementes para cada metro quadrado de sementeira. Feiro o canteiro, será nivelada a superfície e marcados os sulcos, distanciados de 10 cm e com1,5 a 2.0 cm de abertura e profundidade. As semente serão distribuídas em linha corrida dentro do sulco e cobertas com o solo. Em seguida, será irrigado para melhorar o contato da semente com o solo. Dependendo das condições climáticas, a germinação iniciará ao 4 ou 5 dias. Após 25 a 35 dias, as mudas estarão com o tamanho ideal para o transplantio, com 4 a 5 folhas definitivas. Da emergencia da muda até a data di seu transplantio, serão realizados o controle de plantas invasoras e de insetos-pragas ou doenças e as regas.

Para se reduzir o estresse das mudas por ocasião do transplantio e facilitar o pagamento, elas serão transplantadas quando estiverem com 4 a 5 folhas definitivas. Isso ocorre, em condições normais, aproximadamente aos 30 dias após a semeadura. As mudas formadas em sementeiras serão retiradas com cuidado para não danificar as raízes. Após retirada da sementeira, as mudas serão plantadas nos canteiros no período da tarde, quando a temperatura for mais fresca, em solo pré-umedecido. As mudas ficarão com o colo na mesma altura que estavam na sementeira. Após a colocação da muda, a cova será completada com terra, fazendo-se nela uma leve compressão. Em seguida será feita irrigação para melhorar o contato das raizes com a terra e assim, facilitar o pegamento. O espaçamento. O espaçamento entre linhas poderá variar de 1,20 a 1,50 m, e entre plantasse 0,80 a 1,20 m.

O plantio será variado, de acordo com a espécie ( espancamentos para cada espécie na descrição das plantas), podendo se aumentar ou diminuir de acordo com o numero de mudas disponíveis. Será aplicado mensalmente o composto orgânico em todos os canteiros, além da rega diária.

Dentre os cuidados com a horta e jardim, destaca-se a capina, o raleamento, a escarificação e a rotação de culturas. A capina, um dos tratos culturais, consiste na retirada do mato, que é um concorrente direto das hortaliças na busca por água, nutrientes e luz. Eles devem ser retirados o mais rápido possível, pois é muito mais fácil capiná-lo quando começam a nascer do que quando já estão grandes. Já o raleamento é um trato cultural; que necessita ser feito para tirar o excesso de plantas nascidas, quando se faz o serio direto, geralmente realizado em alta densidade para evitar problemas de germinação. A escarificação deve ser feita quando as plantas estiverem no inicio do desenvolvimento vegetativo e com o solo úmido para não danificar as raízes. Com o objetivo de evitar a formação de crosta na superfície, especialmente após chuvas torrenciais, realiza-se o revolvimento superficial do solo, recomenda-se o uso de encaminha ou sacho nas linhas de cultivo para escarificar. A camada de solo superficial endurecida, além de impedir a penetração da agua da chuva ou da irrigação, favorece a erosão do solo. Por fim, a rotação de culturas tem por objetivo básico a minimizando do ataque de pragas e doenças às culturas e também o aproveitamento residual da adubação. A rotação é

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feita substituindo as culturas de uma safra para outra, em um terreno específico, não plantando hortaliças da mesma família uma após a outra.

AVALIAÇÃO

Acontecerá durante todo o processo, na prática e construção cotidiana, de forma paulatina e dinâmica, buscando diagnosticar as adaptações e/ou mudanças que se fizerem necessárias, visando, primordialmente, assegurar uma inserção e inclusão eficaz dos estudantes assistidos pelo presente projeto.

O processo avaliativo dar-se-á através de discussão de caso, juntamente com os professores regentes, com a coordenação a supervisão pedagógica, como também através de rodas de conversa com os estudantes, momentos propícios para a coleta de sugestão e novas ideias.

CRONOGRAMA

O presente projeto desenvolver-se-á em consonância com o calendário da Secretaria de Estado da Educacao do Distrito Federal e também atendendo ao cronograma das atividades do CEE 01 de Brasília, referentes ao segundo semestre do ano letivo de 2017, respeitando as etapas necessárias para a estruturação do espaço a ser utilizado para a construção da horta, pomar , jardim, quiosque, passarelas e fonte/pracinha de convivência , compostagem e o sistema de captação da água da chuva.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Acreditava-se, portanto, que o projeto de Educação Ambiental Inclusiva, no Centro de Ensino Especial 01 de Brasília será um importante gerador de responsabilidade ambiental, criando na comunidade escolar uma relação intima entre natureza e a individualidade de cada um , por meio do contato direto com o cultivo e manutenção da horta/pomar e jardim.

REFERÊNCIAS

REIS, Ailton; LOPES, Carlos Alberto; MORETTI, Celso Luiz;RIBEIRO, Cláudia da Costa; CARVALHO, Cristina Maria Monteiro; et al. Produção de Mudas. Embrapa Hortaliças, ISSN 1678-880, Versão eletrônica, 2007.

Manual Clube do Jardim. Horta Orgânica Doméstica 2008.Disponível em : https://permacoletivo . Files. wordpress.com/2008/06/man;ual-horta-organica-domestica.pdf. Acesso em; 09 de abril de 2017.

OLIVEIRA, Francisco Nelsiudes Sombra; Lima, Hermínio José Moreira;

CAJAZEIRA, João Paulo. Uso da compostagem em sistemas agrícolas orgânicos. Embrapa, ISSN 1677-1915, Fortaleza- CE,2004.

7- Criativar-se APRESENTAÇÃO:

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O presente plano apresenta uma proposta enriquecedora, que deverá ser

trabalhada no Programa de Atendimento Interdisciplinar Criativar-se no decorrer do

ano letivo de 2018, buscando a integração da Equipe Escolar com os professores e

família, no sentido da conscientização da importância do aluno sentir-se como ser

único e importante no seu círculo de convivência, valorizando e explorando o

potencial criativo de cada aluno.

Esta proposta deverá ser aperfeiçoada, posteriormente, por meio da

participação efetiva de todos os segmentos da escola. Entende-se também, que

deve-se considerar toda realidade e problemáticas enfrentadas no dia a dia da

educação especial.

“Ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a

sua própria produção ou a sua construção.

”Paulo Freire

JUSTIFICATIVA:

O grande desafio da Educação Especial é proporcionar condições que favoreçam o desenvolvimento e a integração pessoal, social, profissional e ocupacional das pessoas com necessidades possibilitando ao educando ampliar sua criatividade. Para isso, devemos promover ações que objetivem contribuir com o desenvolvimento das capacidades, favorecendo a utilização de recursos expressivos para o aluno processar a comunicação no seu grupo social e conhecer a si mesmo, estabelecendo alguns limites em relação ao comportamento e estimulá-los a assumirem responsabilidades. A escola deverá propiciar situações para que esse educando realize suas atividades, sabendo que o resultado lhe proporcionará satisfação e prazer. A escola atual precisa de novas propostas, diante da diversidade de informação mostrada não só pelos órgãos de comunicação, como também pelas experiências familiares.

É importante que toda pessoa seja vista de forma integral, uma vez que o aspecto biopsicossocial da mesma passa a influenciar de forma decisiva o seu desenvolvimento.

Ao educar para o desenvolvimento cênico e artístico, o aluno é estimulado a desenvolver seus dotes criativos, trabalhar melhor em equipe e aumentar sua autoestima de forma contextualizada e sistemática, contribuindo de maneira decisiva na formação de cidadãos capazes de atuar em situações diversas. A importância de garantir a aprendizagem efetiva e transformadora de atitudes levará o educando a refletir seu papel na sociedade de forma a descobrir o potencial que

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existe em cada ser humano e em especial ao indivíduo com necessidades especiais, levando-o a descobrir capacidades que até então estavam apagadas em seu interior.

É preciso educar para a criatividade cênica, permitindo a experiência de troca, de formação sócio cultural, de descobertas sobre as possibilidades do corpo, consciência corporal e vocal, além da absorção de conhecimento de forma diferenciada e exploratória. Desta forma, estaremos contribuindo para um desenvolvimento mais criativo e espontâneo do aluno.

Sendo assim, o Programa de Atendimento Interdisciplinar, CriAtivar-se, visa estimular os alunos a ampliar suas mentes e corpos para a expressão viva do teatro, sem teorias decoradas e mal formuladas; formar alunos, apaixonados e envolvidos pela arte de representar, desenvolvendo seu lado de expressão, sensibilidade, criatividade e conhecimento,

Além disso, contempla também proporcionar reflexão sobre os hábitos saudáveis, que circundam em nossa vida e no meio em que vivemos.

Consideramos que a autoestima, influencia na aprendizagem, sendo de suma importância que o aluno se sinta bem, feliz e satisfeito, para ter uma melhor recepção dos conteúdos, os quais serão trabalhados pelo professor regente, e todos os professores, tendo em vista a importância da interdisciplinaridade dos conteúdos relacionados no Currículo Funcional.

As datas comemorativas são de grande valia para que não fiquem perdidas no passado, tantas informações salutares, que jamais devem ser extintas do meio escolar, levando adiante toda a cultura e informação que continuarão a escrever a história do nosso país. Comemorar é valorizar aquilo que não pode perder a sua essência.

“...Ensinar, aprender, estudar, são atos sérios, mas também provocadores de alegria.” (Freire, Paulo-2001 p 72)

OBJETIVO GERAL:

Estimular diversas formas de expressão corporal, buscando soluções criativas: inventando; adaptando, e improvisando, desenvolvendo bons hábitos sociais, sabendo respeitar o seu momento e ao do próximo, com a realização de atividades práticas educativas, despertando a auto estima, valorizando-o como ‘ser’ único, importante e necessário ao bem estar dele, da família, colegas e escola.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

‣ Estimular as práticas artísticas com pequenas encenações realizadas pelos próprios alunos em sala de aula.

‣ Desenvolver noções do que é arte cênica através de vídeos;

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‣ Valorizar a imagem e apresentação pessoal.

‣ Oportunizar atividades que possibilitem o conhecimento de si mesmo e dos demais.

‣ Elevação da autoestima e autoconfiança.

‣ Estimular a expressão corporal, utilizando pequenos trechos de histórias, produzindo assim dramatizações fragmentadas;

‣ Mostrar aos alunos diversas formas teatrais, como: fantoches, personagens de palitos, seres inanimados, através ou não do DVD;

‣ Identificar capacidades e habilidades.

‣ Desenvolver a responsabilidade, o senso crítico e o compromisso com as atividades.

‣ Proporcionar momentos agradáveis de descontração e prazer.

‣ Reforçar as habilidades cognitivas.

‣ Sensibilizar as famílias quanto ao sentimento de realização dos filhos enquanto pessoas produtivas.

• Discutir e refletir sobre o papel de homens e mulheres na sociedade, conscientizando-os, sobre o modo de vida e a importância de hábitos saudáveis.

ESTRATÉGIAS DE AÇÃO:

• Interação dos alunos através de jogos de percepção e observação do corpo como um todo, brincadeiras, músicas, etc.

• Criação de trabalhos manuais, através de pinturas, colagens, texturas, etc.

• Elaboração de acessórios para encenação de diferentes papéis teatrais;

• Penteados e maquiagem de acordo com os personagens.

• Elaboração e Encenação de histórias criadas pelos alunos;

• Inversões de papéis diversos retratando o cotidiano e vivência de cada um;

• Atividades de conscientização, que servem para a reflexão coletiva (pais, alunos, comunidade) em busca de novas ações: “viver do modo mais saudável, mudando alguns hábitos, mediante eventos realizados pelo Atendimento.

ATIVIDADES DESENVOLVIDAS:

• Roda da conversa (informal ou formal)

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• Apresentação de materiais variados como livros, vídeos, etc.

• Observação do meio, como forma de pesquisa.

• Apreciação de histórias diversas com sugestões para encenações.

• Formatos e texturas, etc.

• Maquiagem e penteados de acordo com o personagem trabalhado.

• Criação de um portfólio com fotos feitas durante o ano letivo

HABILIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS:

• Hábito de ouvir.

• Trabalhar a oralidade.

• Expressão crítica.

• Comunicação.

• Criatividade.

• Autonomia.

• Respeito às regras sociais.

COMPETÊNCIAS A SEREM ADQUIRIDAS:

• Noções de tempo e espaço.

• Respeito às diferenças.

• Valorização de si e do outro.

RECURSOS:

• Sala de aula com pia;

• Material de maquiagem e cabelo, cênicos;

• TV e vídeo

• Som

• Fantasias;

CONSIDERAÇÕES FINAIS:

Ao longo dos anos de 2015 à 2017, o trabalho do programa de Atendimento, CriAtivar-se, (na época oficina de Criatividade, Vida autônoma e Social) veio colaborando para um significativo avanço em relação ao relaxamento do corpo de alguns alunos, sempre tão rígidos e tímidos. Além disso, constatamos também uma

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maior integração social entre os educandos propiciada pelo Atendimento ao longo do período escolar, melhora na autoimagem, na autoestima, percebemos os alunos mais frequentes, com satisfação em participar do Atendimento, e um significativo envolvimento das famílias, mostrando-se solícitas em desenvolver um trabalho continuado e contribuindo para a manutenção e doação dos itens utilizados no atendimento..

Vale ressaltar que algumas famílias perceberam mudanças positivas no comportamento dos filhos, pois estavam mais felizes, expondo constantemente os resultados e os conhecimentos adquiridos. Os alunos mostraram-se mais falantes e passaram a demonstrar maior autonomia no cuidado interpessoal.

A partir daí, constatamos que a palavra-chave para a mudança, era AUTOESTIMA!

Considerando que a autoestima também se constrói a partir da motivação e do desejo, resolvemos enfocar nesse projeto, o universo do prazer:

O prazer de sentir-se bonito;

O prazer de poder decidir;

O prazer de sentir-se bem consigo mesmo;

O prazer de perceber-se capaz de executar um trabalho de forma profissional; etc.

E agora, o PAI Criativar-se, vem com um novo enfoque, o olhar para o corpo inteiro em movimento junto com a mente, procurando o movimento como meio de comunicação do corpo.

A importância das relações interpessoais, da integração dos grupos, da descoberta do próprio fazer, da autovalorização e da autoestima da vida.

E para que haja alegria em aprender, motivação e interesse em descobrir o conhecimento, é necessário que a autoestima daquele que aprende seja favorável.

Vygotsky concebe o homem como ser que pensa, raciocina, deduz e abstrai, mas também como alguém que, sente, se emociona, deseja, imagina e se sensibiliza.

AVALIAÇÃO:

Para manter a consistência do Programa de Atendimento interdisciplinar e para o feedback, a avaliação será contínua, a fim de que se façam as adequações necessárias.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

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GURGEL, M. A. Trabalho para pessoas portadoras de deficiência, instrumento de pleno exercício da cidadania. In. OLIVEIRA, M. H. A. (Org). Trabalho e Deficiência Mental: perspectivas atuais. Brasília, DF: Dupligráfica Editora, 2003.

BRASIL. Ministério da Educação. Decreto Federal nº 6.571 de 17 de setembro de 2008. Dispõe sobre o atendimento educacional especializado. Brasília, 2008.

CARVALHO, A. R. de: ORSO, P. J. As pessoas com deficiência e a lógica da organização do trabalho na sociedade capitalista. In: Programa Institucional de ações relativas às pessoas com necessidades especiais – PEE (org.). A pessoa com deficiência na sociedade contemporânea: problematizando o debate. Cascavel: EDUNIOESTE, 2006. P. 155 – 179.

VYGOTSKY, Lev S. – A Formação Social da Mente- Martins Fontes, São Paulo 1988

FREIRE, Paulo- À Sombra desta Mangueira- Ed. Olho d’água, São Paulo- 2001

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8.CENTRO DE CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO E

ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM SURDEZ – CAS/DF- Brasília

APRESENTAÇÃO

Inaugurado em dezembro de 2002, o CENTRO DE CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS E ATENDIMENTO ÀS PESSOAS COM SURDEZ, doravante CAS, foi instituído pela Secretaria de Educação Especial do Ministério de Educação e é mantido pela Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal – SEEDF. Atualmente, funciona no módulo II do Centro de Ensino Especial 01 de Brasília- CEE 01, Av. W5 Sul, SGAS QD. 911/912, A.E. Lote 42/48. CEP 70390-120 - Brasília-DF.

É um centro de apoio pedagógico às pessoas surdas e deficientes auditivas, bem como de formação continuada de professores que atuam ou pretendem atuar com pessoas deficientes auditivas, de intérpretes e instrutores de LIBRAS e demais profissionais ligados à área. Desenvolve a capacitação de profissionais ligados à Educação e Inclusão Social dos surdos com profissionais afins da Secretaria de Estado de Educação do DF, além de estabelecer parcerias e convênio entre outros órgãos governamentais como, IES (Instituto de Educação Superior) e outras Secretarias de Educação, e órgãos não governamentais além da participação da comunidade.

JUSTIFICATIVA

Com a perspectiva da Política Nacional de Educação Inclusiva, MEC em parceria com a SEEDF, se organizaram com objetivo de fortalecer ações no sentido de implementar políticas específicas para surdos, visando sua complexidade linguística. Foi criado o CAS com objetivo de ser um centro de referência na educação de surdos, capacitando, orientando, atendendo e auxiliando na produção de materiais para profissionais, familiares e comunidade. O CAS é uma alternativa para dinamizar e desenvolver a melhoria da educação e inclusão dos surdos, atuando na complementação curricular dos alunos matriculados nas escolas públicas e particulares do Distrito Federal e Entorno, na melhoria da qualidade da formação continuada de professores; na produção de

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material específico à educação do surdo, tais como: produção de vídeos, CDs, na adequação de textos, na adaptação de outros recursos didático/pedagógicos. A produção oriunda do CAS/DF, tanto se destinará aos surdos do DF, como enriquecerá o atendimento ao surdo a âmbito nacional, por meio de trocas entre os demais CAS da Federação Brasileira.

A construção de uma sociedade inclusiva implica em transformações, principalmente, no contexto educacional: ✓ Transformações de ideias; ✓ Transformações de atitudes; ✓ Transformações da prática das relações sociais, tanto no âmbito político e

administrativo, como no projeto político-pedagógico da Instituição.

HISTORICIDADE

Os Centros de Capacitação de Profissionais da Educação e de Atendimento às Pessoas com Surdez – CAS foram criados pela Secretaria de Educação Especial do MEC como uma meta do Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos.

Durante o ano de 2002, o MEC, em articulação com a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal – SEEDF, tomou providências no sentido de criar as condições para o funcionamento deste Centro, dentre elas, a doação de equipamentos eletrônicos, de informática e móveis para equipar o espaço destinado pela SEEDF para funcionamento do CAS. Além da doação de bens, o MEC capacitou professores no ensino de português como segunda língua para surdos, instrutores de Libras surdos e intérpretes educacionais como metas do Programa Nacional de Apoio à Educação de Surdos.

Em 17/12/2002, o CAS foi inaugurado em solenidade que teve lugar no auditório do Centro Integrado de Ensino Especial, atual Centro de Ensino Especial 01 de Brasília. Na ocasião foi apresentada a logomarca do CAS, cujo criador é o Sr. Isaias Leão Machado Felix.

No dia 20/03/2003 foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal o Termo de Doação de móveis, aparelhos eletrônicos e de informática, adquiridos pela Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos – FENEIS, com recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação – FNDE e doados para a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal para uso exclusivo do CAS.

A SEEDF instalou o CAS no Centro de Ensino Especial 01, que já atendia alunos surdos com um projeto intitulado PRÓ – DA (Programa de Reabilitação e Orientação aos alunos com Deficiência Auditiva), criando desta forma um trabalho pioneiro no atendimento a alunos surdos que foi intitulado Atendimento Curricular Específico (ACE) onde o atendimento educacional especializado se dá no ensino da LIBRAS, no Português Brasileiro como segunda Língua nas modalidades escrita e oral, educação auditiva sensorial e rítmica. Em se observando os diferentes perfis

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dos surdos atendidos pelo CAS. Os alunos surdocegos são também atendidos dada a necessidade de estabelecer a comunicação.

A equipe do CAS mantém estudo contínuo sobre a surdez, promovendo palestras, desenvolvendo projetos, formação continuada em parceria com a Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação – EAPE, orientações e assessorias às escolas, às famílias e, também, participando de Grupos de Trabalho na SEEDF. O CAS foi se adequando à realidade do sistema de ensino e hoje é referência no atendimento à surdez no Distrito Federal e diversos Estados.

OBJETIVOS

Conforme projeto da SEESP/MEC, foram estes os objetivos e serviços planejados para funcionamento dos CAS em todo o território nacional:

- Atuar como Centro de referência e apoio à Educação do Surdo no DF. - Promover a capacitação de profissionais da educação e demais recursos humanos da comunidade para atendimento à pessoa com surdez. - Garantir aos educandos que apresentam quadros de surdez acesso aos recursos específicos necessários a seu atendimento educacional: vídeos didáticos em língua de sinais e legendados, dicionários de português/ língua de sinais, textos adaptados, mapas, jogos pedagógicos adaptados, e outros. - Atender com presteza e de forma imediata, às variadas demandas decorrentes da diversidade das programações escolares e comunitárias, inclusive referentes às solicitações dos serviços de professores, de instrutores surdos, professores surdos e intérpretes. - Garantir o atendimento curricular específico, visando a aquisição de línguas: língua de sinais, língua portuguesa (oral e escrita) e outras atividades que visem o desenvolvimento do raciocínio lógico e da abstração. - Prestar atendimento a pais e familiares dos surdos, orientando tanto quanto à forma de comunicação, como no auxílio ao aprendizado da língua. - Atuar como Centro de pesquisa e resultados dos trabalhos desenvolvidos na educação dos surdos no DF e repassar à Diretoria de Ensino Especial.

FUNDAMENTAÇÃO LEGAL - LEGISLAÇÃO

‣ Constituição da República Federativa do Brasil/1988: ‣ Art. 6º - inclui a educação entre os “Direitos Sociais” do indivíduo. ‣ Art. 203 - Inciso IV - objetiva a “habilitação e reabilitação das pessoas

portadoras de deficiências e a promoção de sua integração à vida comunitária”.

‣ Art. 205 – inclui o “pleno desenvolvimento da pessoa” entre os objetivos da educação.

‣‣ Portaria nº69, de 28 de agosto de 1986 do MEC/CENESP, define a conceitua a

clientela portadora de deficiência e estabelece as modalidades de atendimento especializado.

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‣‣ Resolução nº 02, de 1976, do Conselho de Educação do Distrito Federal –

baixa normas para o Ensino Especial no DF e estabelece o objetivo do atendimento especial.

• Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996.

Art. 59 – estabelece que os sistemas de ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais:

I – Currículos, métodos, técnicas, recursos educativos e organização específicos, para atender às suas necessidades; II – Terminalidade específica para aqueles que não puderem atingir o nível exigido para a conclusão do ensino fundamental em virtude de suas deficiências, e aceleração para concluir em menor tempo o programa escolar para os superdotados;

• Declaração de Salamanca e Linha de Ação, 1994, item 21.- propõe a Escola para todos respeitando as suas diferenças, ressalta a questão da língua de sinais na educação do surdo e sugere a existência de classes especiais ou unidades especiais para surdos e surdocegos.

• Parâmetros Curriculares Nacionais – Adaptações Curriculares – Estratégias para a Educação de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais.

• Lei nº 10098, de 19 de dezembro de 2000 - estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida e dá outras providências.

• Lei 10.072/01, que aprova o Plano Nacional de Educação; a Resolução MEC nº 02/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial Básica

• Lei 10.436, de 22/04/2002, que reconhece a Língua Brasileira de Sinais como meio legal de comunicação e expressão.

• Decreto 5.296/04, que define os serviços de tradutores e intérpretes de LIBRAS como atendimento prioritário às pessoas surdas.

• Decreto nº 5626/05 representa um importante instrumento de promoção de inclusão escolar social dos alunos surdos, definindo formas institucionalizadas para o uso e a difusão da Língua Brasileira de Sinais, por meio da organização de escolas e classes de educação bilíngüe e/ ou com tradutores e intérpretes.

• Decreto nº 7 5.626, de 22/12/2005 que regulamenta a Lei 10.436, que dispõe sobre a inclusão da LIBRAS como disciplina curricular e dá outras providências.

PÚBLICO ALVO

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Alunos surdos / Deficientes Auditivos – DA, surdocegos, matriculados nas escolas públicas, particulares do Distrito Federal e do entorno, as pessoas surdas/DA e surdacegas da comunidade. Também será considerado público alvo dentro da SEEDF: professores regentes de classes comuns inclusivas, unidades especiais, professores de salas de recursos que atendem surdos e surdocegos, professores intérpretes educacionais, professores Itinerantes; instrutores surdos e ouvintes e professores surdos. O CAS se dispõe a atender ainda estagiários de cursos de Pedagogia, Licenciatura e de outros cursos superiores, voluntários, intérpretes, profissionais da área da saúde, assistência social, alunos que atuarão como monitores de colegas surdos em sala de aula e outros. FRAGILIDADES APONTADAS - Falta de material pedagógico e recursos audiovisuais para os cursos e atendimentos aos alunos surdos e surdocegos - Iluminação e calor excessivos no turno vespertino, nas salas (necessidade de colocação de cortinas ou toldo, - Falta de recursos audiovisuais em todas as salas, - Precariedade nos equipamentos de multimídia, - Falta de sala de aula para melhor organização dos atendimentos - Conexão com a internet para uso dos alunos; - Falta de sinalização adequada para a localização do CAS dentro do CEE 01. - Divulgação deficitária do CAS (redes sociais, nos locais físicos, etc.) - Montagem e organização de um ESTÚDIO DE FILMAGEM DE LIBRAS

ESTÚDIO DE FILMAGEM DE LIBRAS ELABORAÇAÕ DE MATERIAL DIDÁTICO + ESTÚDIO DE ACESSIBILIDADE

DIDÁTICA EM LIBRAS

Sugere-se: Ocupar uma das salas, ainda ocupada pelo CEE 01 – Depósito de material de limpeza

Justificativa Os surdos são pessoas visuais por natureza. A grande maioria deles tem a Libras como sua primeira língua, uma língua visual por excelência. Essas características exigem do sistema educacional um olhar diferenciado à metodologia de ensino que, por sua vez, também demanda estratégias visuais.

Objetivo Geral O Estúdio de Acessibilidade Didática em Libras busca a criação de recursos visuais que atendam à demanda por uma metodologia visual baseada na pedagogia visual, com vistas à melhoria do acesso à informação e ao conhecimento e tem respaldo na Lei nº 5.016/2013 que prevê entre as ações desse laboratório:

XIV. estímulo à organização e à ampliação de programas específicos para elaboração de material didático e paradidático em Libras e de Libras, e também em língua portuguesa escrita e de língua portuguesa escrita, com recursos de multimídia, bem como, estímulo à utilização de mídias e novas tecnologias como

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meios de inclusão educacional dos surdos nas atividades escolares (inciso VI, do art. 3º da Lei nº5.016/2103); XV. A produção de material didático e paradidático pelo próprio corpo docente, com o apoio de especialistas engajados nas universidades do Distrito Federal, com estudos que contemplem a educação de surdos, a Língua de Sinais Brasileira, os estudos surdos identitários e culturais, o ensino do português escrito como segunda língua, entre outros (inciso IX, do art. 3º da Lei nº5.016/2103); Objetivos Específicos - Criar um estúdio para gravação e edição de materiais didáticos e avaliativos em Libras. - Oferecer material didático e avaliações acessíveis aos alunos surdos, cuja primeira língua seja a Libras. - Auxílio na elaboração de material didático e de avaliação; Entre as ações a serem desenvolvidas pelo Estúdio de Filmagem de Libras, encontram-se as seguintes: I. estímulo à organização e à ampliação de programas específicos para elaboração de material didático e paradidático ‘em’ Libras e ‘de’ Libras, e também ‘em’ Português-Escrito e ‘de’ Português-Escrito, com recursos de multimídia, bem como, estímulo à utilização de mídias e novas tecnologias como meios de inclusão educacional dos surdos nas atividades escolares; II. produção de material didático e paradidático pelo próprio corpo docente, com o apoio de especialistas engajados nas universidades do Distrito Federal, com estudos que contemplem a educação de surdos, a Língua de Sinais Brasileira, os estudos surdos identitários e culturais, o ensino do português escrito como segunda língua, entre outros; III. criação de recursos visuais que atendam à demanda por uma metodologia visual baseada na pedagogia visual, com vistas à melhoria do acesso à informação; IV. oferta de projetos que atendam às especificidades e às necessidades educacionais dos estudantes, dos seus familiares, do corpo docente da instituição e dos demais profissionais do quadro administrativo da escola, para melhorar a adequação dos conteúdos curriculares e a formação integral dos estudantes; V. Elaborar materiais de apoio para os atendimentos do ACE e dos cursos ministrados pelo CAS VI. Participa dos processos de remanejamento (internos e externos) da SEEDF voltados para surdez e surdocegueira (guia interprete). Recursos humanos Para o devido funcionamento do Estúdio de Acessibilidade, participam do laboratório, de forma efetiva, os seguintes profissionais:

01 professor coordenador (NUTAM) - professor fluente em Libras-LP, para discutir o texto presente no material a ser gravado; 01 editor / diagramador (professor fluente em libras-LP), 01 técnico de informática, com experiência em operação de equipamentos de gravação,

Projeto a ser montado pelo Coordenador do NUTAM ESTRATÉGIA DE MATRÍCULA – 2018 (conforme a de 2016, uma vez que o CAS, encontra-se congelado para organização e elaboração da Portaria de criação)

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CONDIÇÕES FÍSICAS E MATERIAIS (ESPAÇOS)

O CAS ocupa o Módulo II do Centro Integrado de Ensino Especial – CIEE. Depende administrativamente da direção deste Estabelecimento de Ensino. As instalações físicas do módulo compreendem: 01 sala de descanso (cozinha) que foi dividida formando mais 1 sala de aula – Ensino da Libras 02 puxados de Madeirit (localizados no corredor de entrada) 01 Sala dos Coordenadores (Geral e dos Núcleos) 02 banheiros para alunos 02 banheiros para os professores e funcionários do CAS 01 sala de Eventos (Cursos e reunião) - com banheiro 12 salas de atendimento Complementar Curricular Específico (5 salas com capacidade para 6 alunos e 7 salas com capacidade para 4 alunos) 01 sala com banheiro independente onde funciona o EEAA Além destas salas o módulo ainda dispõe de instalações que pertencem ao Centro de Ensino Especial 01de Brasília, que são:

1 sala para depósito de material pedagógico 1 sala para depósito de material de limpeza - Solicitada pelo CAS para instalação e acomodação do Estúdio (indispensável para que o NUTAM possa executar suas funções)

ESPAÇO FÍSICO __ Autonomia para o Centro, no âmbito geral, com instalações físicas e direção próprias. Isto se justifica não pelo crescimento do trabalho como principalmente pela necessidade de articulações necessárias ao funcionamento do Centro. A construção é bastante antiga e apresenta problemas em todas suas instalações elétricas e hidráulicas. A falta de espaço físico no desenvolvimento de algumas atividades prejudica o contexto pedagógico, onde é preciso o rodízio dos grupos para facilitar o direcionamento dos trabalhos. Necessita de reforma em todos os seguimentos do módulo.

RECURSOS HUMANOS __ Abertura de carência imediata de um profissional com capacidade para elaborar, planejar, desenvolver e executar softwares e tecnologias necessárias que permitam a confecção e adaptação de materiais de apoio aos Núcleos. __ Lotação de profissionais surdos (no mínimo mais dois surdos)

RECURSOS MATERIAIS __Aquisição de materiais de consumo didático-pedagógico para atendimento aos alunos, manutenção dos cursos e produção de material. Não há impressora, CD ROM e DVD, materiais de papelaria em geral indispensáveis para confecção dos recursos didáticos que dão suporte aos cursos e aos atendimentos pedagógicos, também a parte administrativa.

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__ Suporte financeiro por meio de repasses de programas existentes, tais como PDDE, PDAF. __Suporte técnico da SEEDF para auxílio na manutenção dos equipamentos. __ Linha telefônica própria para o CAS, com vista ao uso da Internet por parte dos surdos universitários e dos alunos da informática educativa. __Aquisição da máquina de xérox. _ Computadores _ Datashows _ Equipamentos multimídia

ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO

NÚCLEO DE CAPACITAÇÃO DE PROFISSIONAIS E DA COMUNIDADE EM GERAL (NUCAPE) Esse núcleo tem por objetivo principal oferecer cursos de formação continuada para professores que atendam alunos surdos e surdocegos, em parceria com a EAPE e outras instituições representativas da comunidade surda. É também um espaço reservado para a capacitação de professores surdos, intérpretes educacionais, contratados efetivamente ou temporariamente pela SEEDF, e apoio pedagógico ao Atendimento Curricular Específico (ACE). É responsável pelo aspecto pedagógico dos cursos de formação continuada nas áreas da surdez, além de promover seminários, palestras e encontros pedagógicos com professores que atendam o aluno surdo e surdocego, com GT permanente de estudo sobre educação de surdos.

NÚCLEO DE TECNOLOGIAS E DE ADAPTAÇÃO DE MATERIAL DIDÁTICO (NUTAM) Esse núcleo tem por objetivo dar suporte técnico à produção de vídeos didáticos, em Libras; adaptação de vídeos de complementação didática, principalmente aqueles produzidos para as escolas públicas do ensino fundamental, por meio da inserção de “janelas” para a interpretação em língua de sinais ou de legendas. Essa ação torna os vídeos acessíveis aos surdos. Além de interpretação em Libras ou legendagem de vídeos já existentes o núcleo também tem por objetivo orientar a produção de novos vídeos e materiais pedagógicos específicos para a educação do surdo e surdocegos.

NÚCLEO DE CONVIVÊNCIA (NUCON) Espaço interativo planejado para favorecer a convivência, a troca de experiências, pesquisas e desenvolvimento de atividades pedagógicas, socioculturais e lúdicas, integrando familiares, pessoas surdas, ouvintes e com distúrbios de audiocomunicação. Promove parcerias com instituições públicas e privadas.

NÚCLEO DE APOIO DIDÁTICO PEDAGÓGICO (NUADIP) Esse núcleo compreende um espaço que coordena e organiza pedagogicamente o corpo docente e os atendimentos aos alunos surdos/DA, surdos com baixa-visão e assessoria e orientação às escolas e familiares.

EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO A APRENDIZAGEM (EEAA)

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Equipe multidisciplinar, composta de profissionais com formação em Pedagogia e em Psicologia, que tem como objetivo principal contribuir para a superação das dificuldades presentes no processo de ensino e escolarização, por meio de uma atuação institucional. A atuação da EEAA pauta-se em ações que ocorrem nos espaços e tempos do contexto escolar, tais como o mapeamento institucional, o suporte ao trabalho da gestão escolar, a assessoria ao processo de ensino-aprendizagem desenvolvido por meio de intervenções nas dificuldades de escolarização.

ATENDIMENTOS

- Curricular Específico (ACE) ‣ Língua Portuguesa Modalidade Oral ‣ Língua Portuguesa Modalidade Escrita ‣ Estimulação Auditiva, Sensorial e Rítmica ‣ Libras - Outros Atendimentos ‣ Acompanhamento Educacional Pedagógico/Psicopedagógico ‣ Linguagem Matemática / Raciocínio Lógico Matemático ‣ Artes Educadora ‣ Informática Educativa ‣ Educação Física / Educação Psicomotora ‣ Orientação às famílias de surdos e surdocego

Plano de Ação para 2018

Seguem as propostas apresentadas pelo grupo de professores do CAS para o ano de 2018, ressalta-se ainda, que as propostas individuais não foram discutidas pelo grupo. Trata-se de uma versão preliminar.

Atendimento: Português Oral (Estimulação Global de Linguagem)

Professora: Ana Lúcia Soares matrícula:26.264-1

O atendimento pedagógico realizado no CAS na área de Português como

Segunda Língua na Modalidade Oral tem por objetivo incitar o desenvolvimento

global da linguagem. Na perspectiva bilíngue, estimular as habilidades auditivas e

visuais, bem como os pré-requisitos para tal aquisição/desenvolvimento linguístico.

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OBJETIVO GERAL:

Desenvolver o sistema funcional de linguagem.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

• Estimular pré-requisitos para aquisição e desenvolvimento da

linguagem.

‣ Adequar a lateralidade;

‣ Adequar a orientação espaço-temporal;

‣ Adequar a imagem e esquema corporal;

‣ Identificar, nomear, discriminar e reconhecer cores, formas e tamanhos.

‣ Adequar a coordenação motora global e fina;

‣ Adequar o equilíbrio estático e dinâmico;

‣ Estimular a ascensão da auto-estima.

‣ Estimular a audibilização.

‣ Perceber e localizar o estímulo sonoro (ambiental, instrumental e de fala);

‣ Reconhecer o estímulo sonoro;

‣ Discriminar o estímulo sonoro;

‣ Nomear o estímulo sonoro;

‣ Memorizar o estímulo sonoro;

‣ Analisar e sintetizar o estímulo sonoro;

‣ Discriminar e reconhecer os fonemas a partir de diversos estímulos;

‣ Discriminar e reconhecer estímulos sonoros em ambiente com som competitivo (presença de ruído e outros sons);

‣ Desenvolver a fala.

‣ Relaxar atingindo a normotonia muscular;

‣ Estimular a adequação do tipo e modo respiratório;

‣ Discriminar e reconhecer a produção correta de todos os fonemas

‣ (alterados ou não);

‣ Emitir os fonemas em fala espontânea;

‣ Estimular a leitura orofacial.

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‣ Estimular o desenvolvimento da leitura e comunicação escrita.

‣ Discriminar visualmente os grafemas selecionados;

‣ Reconhecer visualmente os grafemas da Língua Portuguesa;

‣ Estimular a emissão gráfica dos grafemas em sílabas, palavras,

frases e textos.

JUSTIFICATIVA

Linguagem é um sistema muito complexo e em se tratando do ser humano

tem como objetivo a percepção e exteriorização de idéias e sentimentos, seja por

linguagem verbal ou não-verbal. O sujeito com algum déficit auditivo tem seu

potencial lingüístico desenvolvido de forma muito singular. A estimulação precoce de

forma direta dos pré-requisitos para a aquisição de linguagem, habilidades visuais e

auditivas, ainda não é uma constante na rotina diária de sala de aula, por isso a

importância do trabalho deste atendimento de Estimulação Global de Linguagem no

CAS-DF, no auxílio e atendimento direto ao aluno e a sua escola de origem. A

ludicidade para a execução de tais princípios é indiscutível, o objetivo é criar um

hábito cotidiano implícito, mas contextualizado nas atividades pedagógicas

costumeiras.

Segundo ROJO (2009, p.119) afirma que “é preciso enfocar, portanto, os usos

e práticas de linguagens (múltiplas semioses), para produzir, compreender e

responder a efeitos de sentido, em diferentes contextos e mídias”. Este é o papel do

educador neste atendimento, proporcionar caminhos profícuos neste processo de

ensino-aprendizagem de letramento, alfabetização e desenvolvimento linguístico

eficaz.

OPERACIONALIZAÇÃO / ESTRATÉGIAS

O trabalho desenvolvido prevê estratégias contextualizadas com atualidades,

analisa-se o centro de interesse do aluno e as dificuldades pedagógicas pertinentes

a cada um.

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Prioriza-se o atendimento individual, podendo ter no máximo 4 alunos em sala

com perfil audiológico e lingüístico similar (de acordo com a categorização do grau e

tipo de perda auditiva).

Para uma melhor operacionalização do atendimento são necessários os

seguintes recursos materiais:

Computador e periféricos, aparelhagem de som, treinador de fala, fone de

ouvido com ganho em freqüências graves, microfone, softwares específicos para

linguagem, jogos didáticos e sala com isolamento acústico.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

GUYTON, Arthur Clifton; HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado de fisiologia médica. Elsevier Brasil, 2006.

KNOBEL, K. A.Baraldi, NASCIMENTO, Lilian C. R. Habilidades auditivas e

consciência fonológica : da teoria à prática. Barueri, São Paulo: Pró-Fono, 2009.

MARCHESAN, I.; ZORZI, J.L. et al. - Tópicos em fonoaudiologia. São Paulo, Vol. III,

Lovise, 1996.

ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola

Editorial, 2009.

RUSSO, ICP, SANTOS, TM. A Prática da Audiologia Clínica, 4ª ed. São Paulo:

Cortez; 1994

Plano de Ação de Oficinas de Linguagem para 2018

Professora: Ana Lúcia Soares matrícula: 26.264-1

O atendimento pedagógico realizado no CAS na área de Português como Segunda Língua na Modalidade Oral tem por objetivo incitar o desenvolvimento global da linguagem. Na perspectiva bilíngue, estimular as habilidades auditivas e visuais, bem como os pré-requisitos para tal aquisição/desenvolvimento linguístico. As oficinas contribuirão na discussão e (re)construção dos conceitos e posturas pedagógicas dos professores/especialistas em alunos com surdez da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal e sua prática em sala de aula, bem como, criará estratégias que beneficiarão a aquisição e/ou o desenvolvimento da linguagem como um todo. OFICINA 1

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TEMA: Compreensão básica acerca da anátomo-fisiologia do sistema auditivo humano.

OBJETIVO: Propor um estudo básico acerca do sistema auditivo humano e suas especificidades em casos de perdas auditivas.

CARGA-HORÁRIA: 3h

LOCAL: CAS, escolas, Regionais ou EAPE

RECURSOS DIDÁTICOS: Datashow, quadro branco e pincel (azul e vermelho) para o mesmo, vídeo didático, caixa de som acoplada ao computador, softwares didáticos.

OFICINA 2

TEMA: Habilidades auditivas e sua estimulação

OBJETIVO: Conhecer e estimular as habilidades auditivas (localizar o estímulo sonoro, perceber, discriminar e reconhecer o estímulo sonoro -ambientais, instrumentais e de fala, estimular as habilidades de análise-síntese, fechamento e figura-fundo auditiva)

CARGA-HORÁRIA: 3h

LOCAL: CAS, escolas, Regionais ou EAPE

RECURSOS DIDÁTICOS: Datashow, quadro branco e pincel (azul e vermelho) para o mesmo, vídeo didático, caixa de som acoplada ao computador, softwares didáticos.

OFICINA 3

TEMA: Habilidades visuais e pré-requisitos para aquisição/desenvolvimento de linguagem. OBJETIVO: Conhecer e estimular as habilidades visuais e os pré-requisitos para aquisição/desenvolvimento de linguagem, (incentivar o reconhecimento e a discriminação, nomear, memorizar, analisar e sintetizar o estímulo visual)

Discutir e construir um banco de estratégias para a prática de estimulação de habilidades sensoriais e cinestésicas para o desenvolvimento linguístico global do sujeito surdo.

CARGA-HORÁRIA: 3h

LOCAL: CAS, escolas, Regionais ou EAPE

RECURSOS DIDÁTICOS: Datashow, quadro branco e pincel (azul e vermelho) para o mesmo, vídeo didático, caixa de som acoplada ao computador, softwares didáticos.

BIBLIOGRAFIA:

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GUYTON, Arthur Clifton; HALL, John E.; GUYTON, Arthur C. Tratado de fisiologia médica. Elsevier Brasil, 2006.

KNOBEL, K. A.Baraldi, NASCIMENTO, Lilian C. R. Habilidades auditivas e consciência fonológica : da teoria à prática. Barueri, São Paulo: Pró-Fono, 2009. MARCHESAN, I.; ZORZI, J.L. et al. - Tópicos em fonoaudiologia. São Paulo, Vol. III, Lovise, 1996. ROJO, R. Letramentos múltiplos, escola e inclusão social. São Paulo: Parábola Editorial, 2009. RUSSO, ICP, SANTOS, TM. A Prática da Audiologia Clínica, 4ª ed. São Paulo: Cortez; 1994 SAUSSURE, F. – Curso de lingüística geral. São Paulo, Cultrix, 1991. SEBASTIAN, G. Audiologia Prática. Buenos Aires: Editorial Médica Panamericana; 1979. STAMPA, M. Aprendizagem e desenvolvimento das habilidades auditivas: entendendo e praticando. Rio de Janeiro: WAK Editora, 2011.

Legislação Brasileira sobre Deficiência http://bd.camara.gov.br/bd/bitstream/handle/bdcamara/2521/legislacao_portadores_deficiencia_5ed.pdf?sequence=7

http://www.fonoaudiologia.org.br/cffa/wp-content/uploads/2013/07/parecer-CFFa-CS-No-31-de-1-de-marco-2008.pdf parecer da Fgia em relação a perda a partir de 41dB

http://www.adap.org.br/site/index.php/artigos/194-como-comprovar-minha-deficiencia-auditiva comparativo com outros países, uso de prótese ou implante coclear, critérios para comprovar deficiências

https://youtu.be/ITXBhH-e4Mg sistema auditivo com legenda para surdos

https://youtu.be/sEsLSkN3DHk anátomo-fisiologia e tipos de surdez com legenda.

PLANO DE AÇÃO DO ATENDIMENTO DE PORTUGUÊS

Estimulação Global da Linguagem

Professora Maria Amélia

JUSTIFICATIVA

O anseio por um trabalho didático-pedagógico pautado nas necessidades do alunado, diferenciado da escola de origem e, objetivando o aprendizado e aprimoramento desses. Dar-se-ão por meio de aulas dinâmicas e divertidas, utilizando material visual e lúdico.

Tais diretrizes de trabalhos, serão baseadas nas práticas pedagógicas visuais, que possuem embasamento em estudos de diversos autores da área de surdez.

Segundo Quadros (2004), práticas pedagógicas visuais , e o bilinguismo representa uma quebra de paradigma que rompe com o clínico-terapêutico, abrindo um campo

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com enfoque social, cultural e político. A autora diz que é necessário ter em mente alguns objetivos quando da proposição de atividades para serem realizadas com indivíduos surdos: oportunizar a internalização das culturas e identidades surdas por meio da Língua de Sinais; fomentar desenvolvimento da estrutura gramatical da LIBRAS; propiciar o acesso às diferentes funções e usos da LIBRAS; descobrir a textualidade nas produções em sinais; desvendar a textualidade nas produções escritas em Português. A autora sugere, a utilização de um amplo universo de atividades, que vão desde, brincadeiras e jogos em sinais, de experiências em sinais, contos em sinais, passeios e contato com comunidades surdas. Pensar em diferentes formas de ensinar e aprender, ajuda inaugurar um olhar do professor, mediada pelo lúdico. Quadros diz, podemos brincar, ler, sentir, perceber o mundo, aprender e ensinar por meio visual, que organiza todos os olhares de forma não auditiva.

Segundo, Soares (1988), Linguagem e Jogo, possuem inúmeras manifestações. Se estudada pela ótica do letramento, representa, usos e práticas sociais de leitura e escrita, não apenas a mera aquisição de habilidade para ler e escrever. A linguagem pode representar a leitura do mundo em diversas perspectivas: motora, gráfica e simbólica.

Tisuko Kishimoto (2004) nos diz, o brincar é polissêmico. O ato de brincar é uma de comunicação entre pessoas que compartilham uma mesma cultura, que pode ser representado por intermédio da linguagem gestual, icônica ou simbólica.

Segundo Fromberg (1987 apud Kishimoto,2004:29), diversas são as modalidades de jogos: de movimento( no domínio sensório-motor); de construção; simbólicos; motores e verbais; de exterior e interior; sóciodramáticos; esportivos. A diversidade dos jogos aponta também, para a variedade de suas significações, que mudam de acordo com o contexto cultural.

Vygotsky (1988,1987), elimina a dicotomia jogo e educação. Ao observar a criança que brinca é possível compreender seus interesses e oferecer subsídios para sua educação.

Bruner ( 1983b), pesquisa as relações entre o jogo e a linguagem. A espécie humana utiliza o jogo para desenvolver a linguagem e suas formas de uso (regras), ou seja, a gramática. Para o autor, a linguagem é um instrumento essencial para a constituição do pensamento e das relações sociais e quando utilizada como representação ferramenta de reflexão, possibilita a tomada de consciência, a iniciativa, a comunicação e as relações sociais.

Referências Bibliográficas e Eletrônicas

www.trabalhosgratuitos.com- Cap. II – A importância do Lúdico no Ensino da Língua Portuguesa.

OBJETIVO GERAL

Estimulação Global de Linguagem com foco:

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-Estimular habilidades de comunicação formal e informal (cotidiano do aluno surdo librista ou oralizado)

-Utilizar técnicas e recursos visando desenvolver capacidade de verbalizar ou sinalizar (pensamentos, sentimentos e ideias criativas)

-Explorar e incentivar a comunicação – clara-expressiva-lógica – na fala e na escrita

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

-Estimular Habilidades Visuais (discriminação e reconhecimento de figura fundo; análise e síntese; fechamento; memória visual)

-Estimular leitura em diversos contextos visuais (imagens e textos)

-Estimular raciocínio lógico

-Estimular escrita em diversas formas textuais (palavras, frases, pequenos textos, desenhos)

-Incentivar o reconhecimento, a discriminação e memória de grafemas

-Adequar sequência lógica (textos, imagens, jogos)

MOTIVAÇÃO DO TEMA A SER DESENVOLVIDO

-Histórias com ou sem legendas (livros, quadrinhos, e outros)

-Power Point ou Vídeos da Internet

-Imagens e fotos

-Jogos de mesa, brincadeiras dentro ou fora da sala

DIVIDIR O ALUNADO EM 4 GRUPOS PRINCIPAIS DE TRABALHO ( individualizar conforme o atendimento)

DIVIDIR A AULA EM 1º, 2º, 3º, 4º MOMENTOS (qtos forem necessários conforme a temática da aula)

RACIOCÍNIO LOGICO JOGOS MATEMÁTICOS

Prof. José Eduardo Todescato

JUSTIFICATIVA: O jogo na educação matemática procura introduzir uma linguagem matemática não formal para os alunos, que aos poucos incorporam conceitos matemáticos formais,

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ao desenvolver a capacidade de lidar com informações e ao criar significados culturais para os conceitos matemáticos e estudo de novos conteúdos.

OBJETIVO GERAL: Desenvolver o raciocínio de forma metódica estimulando o pensamento independente, a criatividade e a capacidade de resolver problemas, no processo de aprendizagem da matemática de forma lúdica, educativa e divertida.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS: • Ensinar matemática através de desafios; • Desenvolver o interesse e a curiosidade; • Ampliar o raciocínio lógico; • Desenvolver a criatividade; • Melhorar a interpretação de texto; • Propor ideias criativas; • Observar e perceber coisas que não são percebidas pelos demais;

• Aumentar a atenção e a concentração; • Desenvolver antecipação e estratégia; • Trabalhar a ansiedade; • Praticar as habilidades; • Melhorar o relacionamento aluno-aluno e aluno- professor; • Estimular a discussão e o uso de estratégias matemáticas; • Reduzir a descrença na auto-capacidade de realização.

METODOLOGIA:

As aulas serão divididas em dois momentos, a saber:

✓ Primeiro Momento:

• Aplicação teórica dos conteúdos a serem abordados, com uma leitura dos enunciados dos exercícios e depois iniciação ao processo de busca da solução.

✓ Segundo Momento: • Aplicação prática dos conteúdos teóricos, por meio de

jogos, atividades lúdicas, campeonatos internos e externos, passeios, dentre outras atividades que possam surgir no decorrer do processo de ensino-aprendizagem.

✓ CRONOGRAMA:

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Vide anexo.

EXEMPLOS DE JOGOS QUE SERÃO APLICADOS

• SUDOKU • XADREZ • TANGRAM • TORRE DE RANOI • CUBO MÁGICO • DOMINÓ DE OPERAÇÕES • TUCS MATH • JOGOS DE LÓGICA ONLINE/INTERNET

A partir do questionário apresentado pela coordenação, o grupo chegou a seguintes considerações:

1) Intenções de formação para 2018

Oficinas, cursos, acompanhamento pedagógico dos professores e estudantes

da Regional de Planaltina no primeiro semestre como Projeto-Piloto que poderá ser

ampliado para outras regionais conforme necessidade e solicitação.

As experiências vivenciadas com os professores de Planaltina e do CAS serão

registradas para avaliação posterior.

A professora Ana Lúcia comprometeu-se a realizar na regional de Planaltina

“Oficina de exercícios de respiração e de audibilização”, no primeiro semestre.

A professora Ana Lúcia ofertará as oficinas:

• Compreensão básica acerca da anátomo-fisiologia do sistema auditivo

humano (objetivo: propor um estudo básico acerca do sistema auditivo

humano e suas especificidades em casos de perdas auditivas);

• Habilidades auditivas e sua estimulação (objetivo: conhecer e

estimular as habilidades auditivas)

• Habilidades visuais e pré-requisitos para aquisição/desenvolvimento de

linguagem (Objetivo: conhecer e estimular tais habilidades visando a

aquisição/desenvolvimento da linguagem).

Todas as oficinas terão carga-horária de 3 horas cada uma, ministradas

separadamente ou como aulas nos cursos já ofertados pelo CAS. OBS: referências

bibliográficas em anexo.

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Atendimento individualizado e itinerante nas escolas ou regionais conforme

solicitação do professor itinerante para avaliação (a ser reelaborada e

padronizada) orientação e troca de experiências com os profissionais, essa ação

será desenvolvida durante todo o ano.

Ana Lúcia propõe um horário específico para orientação pedagógica

mediante resultado de exames que comprovam a deficiência auditiva ou surdez e

encaminhamentos pedagógicos individuais.

Serão realizadas oficinas itinerantes nas regionais para explicar o

atendimento ofertados no CAS. Na semana pedagógica será definido o calendário

anual.

O professor Eduardo realizará oficinas de xadrez, jogos matemáticos e

raciocínio lógico para pessoa surda ou com deficiência auditiva. A proposta inicial

contempla encontros bimestrais.

A professora Maria Amélia ofertará a oficina intitulada “Práticas estanques

na educação de surdos/DA nas séries iniciais”. Na oficina ocorrerão discussões de

texto previamente encaminhados aos participantes e confecção de jogos em

parceria com o Núcleo de Produção de Material do CAS. Terá encontros bimestrais

e a avaliação será por meio de vídeos dos estudantes utilizando o material

confeccionado na oficina.

A professora Bárbara pleiteia retorno a formação no Curso de Libras para a

comunidade.

A professora Viviane pretende continuar com os cursos de Libras conforme já

acordado com o NUCAPE.

Durante a semana pedagógica serão revistas todas as ações acima propostas,

considerando a conciliação entre as atividades com alunos e as solicitações de

formação.

2- Formação para o professor formador

Curso específicos na área de formação de cada professor, ofertados na EAPE ou não.

Como formação interna, sugerimos a oficina de produção e legendagem de vídeos (usar o horário de produção de material para essa formação).

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Foi solicitado o Curso de Educação de Surdos dado específico para professores do CAS. Tendo em vista a necessidade que os mesmos são formadores neste curso, inclusive com a possibilidade de revisão do conteúdo programático.

Oficinas e palestra com o grupo da ENAP que criou um protocolo de avaliação, com o tema: “ Avaliação”.

3- Sugestões para o estúdio

Produzir materiais em vídeos com professores, alunos e convidados. Que sejam produzidos vídeos, a partir das produções dos alunos durante os atendimentos (histórias, convites para eventos, aulas dadas pelos estudantes que pesquisariam temas propostos pelo professor).

Organizar um acervo de livros, artigos e compartilhamentos de experiências em cursos, oficinas e outras formações individuais.

Pensar em um protocolo de avaliação para surdos e acompanhamento dos professores das regionais. Após a avaliação, criação de sugestões de atividades pedagógicas para o desenvolvimento da linguagem e psicomotricidade.

4) IV Seminário de Educação do CAS.

Todos se propuseram a trabalhar desde o planejamento até as ações de execução do Seminário.

Bárbara e Viviane pretendem trabalhar no cerimonial. Haver ao menos um professor do CAS nas palestras ou oficinas.

Os profissionais ainda a ofertar: • Amélia – Oficina “ Igual a outra” • Ana Lúcia- Oficina ou palestra: “Um olhar pedagógico acerca das

audiometrias tonais do surdo/ DA”. • Eduardo- Oficina: “Xadrez, jogos matemáticos e raciocínio lógico”.

5) Participação no COINES ou outro Seminário Ana Lúcia tem interesse em participar, porém sem pagar caixinha porque tem

hospedagem em familiares. A mesma, propõe como tema de publicação: “O uso de descrições imagéticas da libras na interpretação de músicas, esquetes do cinema e histórias ilustradas/ pictográficas”.

As professoras Viviane e Amélia tem interessem em participar do COINES. Bárbara e Eduardo não estavam na reunião final da discussão ( abono) e

não ficou clara na produção escrita dos mesmos se há interesse. Ana Lúcia realizará um Festival (Congresso ou Seminário) de Arte Surda

coordenado pelo Surdodum e oferece a parceria com o CAS, mediante interesse do mesmo.

6) Outros congressos ou Seminários

Verificar o calendário e eventos que surgirem.

7) Sobre a gestão do CAS

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Não há intenção, no momento, em assumir nenhuma coordenação. Porém, na ausência das atuais coordenadoras que estão na situação de ex-ofício, os professores estão dispostos a assumir as coordenações.

Maior valorização do trabalho dos professores, evitando a desmotivação dos mesmos. Inclusive com citação em todas divulgações, eventos em que haja a participação do CAS.

Haver maior participação e colaboração dos professores em todas as decisões do CAS. E a partir disso, também haver maior participação de todas as coordenações também nas ações pedagógicas com alunos no CAS e na formação.

Convidar surdos de outros segmentos para participar com sugestões para as ações do CAS.

Todos nós devemos ser responsáveis pelo resgaste do clima homogêneo que já existiu no CAS.

Rever e redigir todos os atendimentos ofertados no CAS inexistentes nesse Plano Político Pedagógico de 2016 que embasou esse documento.

Linguagem Matemática

Raciocínio Lógico Matemático

JUSTIFICATIVA

Estudantes apresentam na sua maioria dificuldade em desenvolver cálculos completos e, também nas operações fundamentais. O objetivo do atendimento é levar os estudantes a desenvolver o raciocínio lógico matemático, utilizando material concreto, jogos de computador e anagramas desenvolvidos de uma forma lúdica e prazerosa.

OBJETIVO GERAL - Desenvolver o raciocínio lógico e matemático utilizando sequências, figuras, jogos, completando blocos.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

- Levar o a luno a completar sequências numéricas completas, f iguras geométr icas, reso lver situações que envolvam e utilizem a lógica, bem como a interpretação

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METODOLOGIA

- Utilização de jogos em computador que desenvolvem a lógica - Material xerografados que explorem interpretação - Utilização de jogos de mesa individuais e coletivos (xadrez, dama,, sudoku, etc.) - Jogos de memór ia ( fo rmas geométricas, entre outros).

Língua Brasileira de Sinais

LIBRAS

JUSTIFICATIVA

De acordo com a Lei 10.436/2002 e o Decreto 5.626 de 2005, a Libras se tornou meio de comunicação expressão do surdo brasileiro. Daí, faz-se necessário seu uso e difusão em todas as instâncias sociais no sentido de firmar e cumprir às determinações legais.

OBJETIVO GERAL Promover o ensino da Libras tanto p o r a l u n o s n o p r o c e s s o d e alfabetização quanto na capacitação por profissionais e auxiliares de Educação na Rede Pública de Ensino, tornando acessível para toda a comunidade

OBJETIVOS ESPECÍFICOS - Ampliar a oferta de vagas para alunos na SEEDF e no atendimento do CAS - Capacitar profissionais da SEEDF e órgãos vinculados ou não - Oferecer a Libras para estudantes surdos usuário da Libras (oralizados ou não)

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ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

A estrutura administrativa do CAS é constituída de: I) Professor Coordenador Geral; II) Professores-Coordenadores de Núcleo; III) Professores Regentes; IV) Equipe Especializada de Apoio a Aprendizagem V) Auxiliar de Educação: Conservação e Limpeza

PLANO DE AÇÃO

PLANO DE AÇÃO DO NÚCLEO PEDAGÓGICO ✓ Coordenação pedagógica semanal de surdos ✓ Coordenação pedagógica semanal de alunos com DPAC ✓ Semana Pedagógica: Conselho de Classe, organização do horário,

planejamentos e escolha de temas para o ano letivo (Olimpíadas, contos infantis, atualidades, etc.)

✓ Conselho de Classe bimestrais (casos específicos) ✓ Conselho de Classe Geral (em fichas – reorganização do horário para o 2º

semestre) ✓ Levantamento de alunos faltosos (qual o motivo das faltas?) ✓ Atendimento Específicos para os adolescentes com diagnóstico de DPAC e

Surdez em Parceria com o EEAA ✓ Suporte Pedagógico/Psicopedagógico para as famílias dos alunos afastados

do atendimento ✓ III Semana Recreativa do CAS ✓ Ciclo de Palestras para alunos ✓ Formação inicial de alunos com surdez e outras deficiências, com

surdocegueira, etc. ✓ Reorganizar a triagem inicial (1º momento: entrevista com a família e

sondagem geral – 2º momento: avaliação dos especialistas dos atendimentos - agendado) – refazer os protocolos

✓ Flexibilidade nos planejamentos dos atendimentos PLANO DE AÇÃO DO NÚCLEO DE CONVIVÊNCA

METODOLOGIA - Uso de tecnologias aplicadas à Educação de Surdos - Oferta de cursos, palestras, oficinas e etc. - Or ientações e t raba lho de sensibilização nas Secretarias, órgãos públicos , etc. - Firmar parcerias entre Instituições Públicas e Privadas - Utilizar de jogos e murais visuais para fixação da Libras pelos alunos dos atendimentos do CAS

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✓ Divulgação do CAS - início do ano e ao longo do ano letivo - Apresentação do CAS (folder, TAG, Rede Social, palestras, vídeos, cartilha, banners, etc) - Organização administrativa - Trabalhos realizados - Cursos oferecidos

✓ Reunião com os professores das escolas regulares - Estudo de Caso - Encontro Pedagógicos (conversa informal e ou oficinas)

✓ Seminários: Surdez em Foco - roda de conversa, conversa pedagógica, ciclo de palestras, etc.

✓ Setembro Azul (atividades diversas, festa social) ✓ Estreitar parcerias com outras Instituições (Que já trabalham ou não com

surdos) ✓ Projeto de acolhimento das famílias ✓ Cadastro para programas sociais/educacionais (ENEM, PAS, Concursos,

etc.) ✓ Suporte Pedagógico/Psicológico para as famílias dos alunos afastados do

atendimento ✓ Organizar as palestras itinerantes ✓ Divulgar os materiais elaborados pelo CAS ✓ Expor os materiais confeccionados ao longo do ano letivo (buscar parcerias)

PLANO DE AÇÃO DO NÚCLEO DE ADAPTAÇÃO E CONFECÇÃO DE MATERIAIS ✓ Confecção de vídeos informativos e formativos de temas emergenciais,

específicos (diversos e atuais) ✓ Pesquisar materiais disponíveis na rede (YouTube, Facebook, etc.) ✓ Organizar e compilar glossários online (na rede) ✓ Montar a base dos materiais a serem desenvolvidos pelos professores dos

atendimentos do CAS ✓ Produzir material de divulgação do CAS: banner e vídeo ✓ Apoiar, assessorar e orientar as demandas de materiais das escolas

inclusivas do DF e entorno.

PLANO DE AÇÃO PARA O NÚCLEO DE CURSOS ✓ Cursos de formação e orientação para as famílias ✓ Cursos de formação para surdos formadores (interação professor ouvinte x

professor surdo) ✓ Executar as palestras itinerantes ✓ Cursos de formação interna (cumprimento do cronograma englobando todos

cursos previstos – plano de curso: interpretação simultânea, dar voz ao surdo, adotar um professor, etc. interna e externa) para os profissionais que atendem os surdocegos

✓ Organização de cursos internos (logo no início do ano) de atendimentos a alunos com surdez e outras deficiências e surdocegueira

✓ Curso de formação de materiais visuais (logo no início do ano)

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✓ Entrevistas de aptidão dos profissionais que atuaram no CAS (efetivos e temporários)

PLANO DE AÇÃO DA EQUIPE ESPECIALIZADA DE APOIO À APRENDIZAGEM ✓ Circular os documentos, exames e anamnese, antes da 2ª fase da triagem de

alunos novos ✓ Atualizar as pastas dos alunos (principalmente dos surdos) ✓ Receber a demanda dos professores, triagem e intervenções ou

encaminhamentos ✓ Parcerias com clínicas sociais, faculdades e outras instituições ✓ Planejar, organizar e executar o Projeto de Pais ✓ Auxiliar o núcleo de convivência no trabalho de Itinerância ✓ Confeccionar relatórios dos alunos em parceria com o Núcleo Pedagógico

Equipe CAS/DF- Brasília

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ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO DA ESCOLA

O Centro de Ensino Especial 01 de Brasília atende diariamente os estudantes

nas modalidades de Deficiência Intelectual (DI), Deficiência Múltipla (DMu) e

Transtorno Global do Desenvolvimento (TGD). O trabalho Pedagógico realizado

com a clientela desta unidade de ensino necessita de rotina constante. São

trabalhados atividades de vida autônoma e social, manutenção acadêmica,

letramento, conhecimentos gerais e preceitos para convivência em espaços sociais,

valorização da autoestima e interesse e habilidade individual com atividades

voltadas para satisfação e construção do estudante.

ACOLHIMENTO DOS ESTUDANTES

Atividade coletiva que reúne os professores e os estudantes, diariamente no

hall de entrada da escola, no início de cada turno de aula. É destinada a receber e

acolher os estudantes em uma atividade prazeirosa, evidenciando as datas

comemorativas da semana e/ou do mês. Essa atividade consta como hora/aula na

grade horária de cada professor.

VIDEOTECA

Atendimento realizado por professoras readaptadas em ambiente próprio ,

com apoio de vídeo/áudio, bem como acervo literário para utilização no profiro local

ou em sala de aula. Segue-se planejamento prévio dos professores e grade horária

de acordo com as características das turmas.

PROJETO OFICINA DE ARTE E RECICLAGEM

Projeto desenvolvido por professora readaptada, voltado ao atendimento das

mães que permanecem na escola, preenchendo o tempo em que precisam

aguardar os estudantes que se encontraram em aula ou em atendimento escolar.

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ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES DO CENTRO DE ENSINO ESPECIAL 01 DE BRASÍLIA - APM

A APM é o órgão executor da Unidade de Ensino

e sua gestão é executada de acordo com o

estatuto próprio, segundo orientações da SEDF.

A associação de Pais e Mestres do Centro de

Ensino Especial 01 de Brasília.

ATIVIDADES PEDAGÓGICAS EXTERNAS

São atividades planejadas e realizadas com

finalidade de auxiliar o processo de ensino e

aprendizagem, visando à formação integral

do estudante. Criando um link entre a teoria e

a prática, proporcionando aos estudantes

vivências fora do ambiente escolar. Favorece o desenvolvimento e a

inclusão dos estudantes nos meios culturais. Visita ao Zoológico

FESTAS ANIVERSARIANTES DO MÊS

Fes ta pa ra comemora r os

aniversários dos Estudantes e servidores

do mês anter ior, quadr imestre e

semestralmente. A atividade é realizada

coletivamente no pátio da escola, no

horário da merendar escolar.

A atividade social para promover o

bem estar, a elevação da autoestima e

interação entre os membros da comunidade escolar. A festa é planejada e

organizada em divisão de tarefas por módulos/ Atendimento Interdisciplinar, sendo

um grupo responsável a cada comemoração.

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As festas de aniversários individuais dos estudantes são comemoradas com

agendamento prévio.Entendendo que o espaço escolar proporciona o espaço de

acolhida de muitos estudantes e familiares que desejam confraternizar este

acontecimento com os demais estudantes e comunidade escolar.

FESTA DA FAMÍLIA

São atividades planejadas a fim envolver as

famílias no processo de ensino e aprendizagem, bem

como integrá-las, através da vivência em oficinas que

os estudantes realizam ao longo, de apresentações e

lanche comunitário.

FESTA JUNINA

Evento que envolve toda a comunidade escolar

na organização e realização.

FESTA DO ANIVERSÁRIO DA ESCOLA

Dia letivo com comemoração do aniversário

da escola e participação da

comunidade escolar.

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As atividades são de cunho educativo, social e ocupacional para auxiliar na

autoestima dos participantes, voltado para uma atividade profissionalizante

alternativa para a produção de renda.

Visa sensibilizar as pessoas quanto à necessidade de uma cultura ambiental,

produzindo trabalhos manuais com material reciclado.

FESTA NATALINA

Dia letivo com festa natalina para os estudante. Atividade desenvolvida com a

participação de toda comunidade escolar com lanche coletivo, culminância das

atividades temáticas e cantata de natal.

Os instrumentos avaliativos e de autoavaliação do processo educativo desta

Unidade de Ensino acontecem nas reuniões coletivas, quando necessário,

possibilitando um olhar analíticos com a possibilidade de pensar na manutenção de

algumas práticas e realizar mudanças fundamentadas mediante das necessidades

manifestadas pelos envolvidos.

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A Palavra que expressa a admiração, respeito e carinho aos servidores e professores do Centro de Ensino Especial 01 é de gratidão.

Agradecer pela paciência, pela partilha de conhecimento, pelos ensinamentos para a vida.

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