Centro de Instrução de Guerra na Selva - CIGS - BRASIL

7/21/2019 Centro de Instruo de Guerra na Selva - CIGS - BRASIL

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Centro de Instruo de Guerra na Selva

Centro de Instruo de Guerra na Selva

Ministro do STF, Antonio Dias Toffoli (na poca, membro da AGU), e o general Marco Aurlio Costa Vieira,

comandante da 12 Regio Militar, durante visita ao CIGS - Centro de Instruo de Guerra na Selva Foto: Valter

Campanato/ABr

Estado Amazonas

Subordinao Comando Militar da Amaznia

Sigla C I G S

Criao 1964

Comando

Comandante Cel InfAlfredo Jos Ferreira Dias

Sede

Endereo Estrada da Ponta Negra, 750

O Centro de Instruo de Guerra na Selva(C I G S), tambm conhecido como Centro Coronel

Jorge Teixeira, uma organizao militar sediada emManaus,destinada a qualificar militares

lderes de pequenas fraes, como guerreiros da selva, combatentes aptos a cumprir misses, de

natureza militar, nas reas mais inspitas daFloresta Amaznicabrasileira.Seu nome uma
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homenagem ao precursor do Centro, que se tornaria seu primeiro comandante, mais conhecido

como "Teixeiro".

So ministrados Cursos de Operaes na Selva, em sete categorias diferentes, alm de estgios

destinados a militares e tambm para instituies civis. Seu smbolo aona-pintada.

Para o melhor desenvolvimento dos trabalhos, o CIGS est estruturado em uma Diviso de Ensino,

uma Diviso de Doutrina Pesquisa e Avaliao, Diviso de Alunos, uma Diviso de Veterinria, uma

Diviso Administrativa e uma Base Administrativa.

ndice

1 Histrico

1.1 Misses

1.1.1 Projeto Bfalo

1.2 Simbolos

1.3 Distintivo do CIGS

1.3.1 Estandarte do CIGS

1.3.2 Brev do Guerreiro de Selva

1.3.3 Chapu bandeirante

1.3.4 Faco do Guerreiro de selva

1.4 Zoolgico do CIGS

1.5 Leis da Guerra na Selva

1.6 Tudo pela Amaznia

Histrico
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Combatentes de Selva do 2 Peloto Especial de Fronteira - Ipiranga

Com o Decreto Presidencial 53.649, de 02 de maro de 1964, foi criado o Centro de Instruo de

Guerra na Selva, subordinado ao Grupamento de Elementos de Fronteira.

Naquela poca, o Exrcito ressentia-se da falta de uma unidade capaz de especializar militares no

combate na selva e de constituir plo irradiador de doutrina de emprego de tropa nesse complexo

ambiente operacional amaznico. Tais fatores, sem dvida, inspiraram a criao do CIGS, que veio

preencher uma lacuna existente no Exrcito que ainda ocupava de maneira muito modesta essa

parte do territrio nacional de inestimvel valor estratgico.

A primeira equipe de instruo era comandada pelo MajorJorge Teixeira,tambm conhecido como

"Teixero".

Em 10 de outubro de 1966 foi iniciado o primeiro Curso de Guerra na Selva e a primeira turma se

graduou no dia 19 de novembro de 1966, em solenidade realizada no atual estdio do ColgioMilitar de Manaus.

A necessidade sentida pela Fora de alterar o perfil dos militares aqui especializados levou a

estudos que culminaram por ampliar e alterar a vocao do CIGS, que passou, no perodo de 1970

a 1978, a designar-se Centro de Operaes na Selva e Aes de Comandos - COSAC.

Em 11 de janeiro de 1978, houve uma nova alterao na estrutura de ensino e a Unidade retornou a

sua antiga denominao - CIGS -, ficando a conduo do Curso de Ao de Comandos

exclusivamente sob a responsabilidade da Brigada Pra-quedista, no Rio de Janeiro.

Em 17 de dezembro de 1999, recebeu a denominao histrica "Centro Coronel Jorge Teixeira", em

homenagem ao seu primeiro comandante.

Misses

A Misso em seu Regulamento (R-16), especializar oficiais, subtenentes e sargentos para o

combate na selva. Misso feita atravs doCOS, ou seja o Curso de Operaes na Selva:

COS Categoria A - Durao aproximada de seis semanas; voltado para oficiais superiores do

Comando Militar da Amaznia (CMA) e oficiais superiores designados para a funo de comando de

Organizao Militar na rea do CMA. COS Categoria B - Durao de dez semanas; voltado para

capites e tenentes das Armas/Quadros/Servios do Comando Militar da Amaznia, da Marinha, da

Fora Area e Naes Amigas. COS Categoria C - Durao de dez semanas; para segundos e

terceiros sargentos das Armas/Quadros/Servios, exceto o Servio de Sade, do Comando Militar

da Amaznia, da Marinha, da Fora Area e Naes Amigas. COS Categoria D - Durao

aproximada de seis semanas; voltado para subtenentes e primeiro sargentos das

Armas/Quadros/Servios, exceto o Servio de Sade, do Comando Militar da Amaznia, da

Marinha, da Fora Area e Naes Amigas. COS Categoria E - Durao aproximada de seis

semanas; voltado para oficiais do Servio de Sade do Comando Militar da Amaznia, da Marinha eda Fora Area. COS Categoria F - Durao aproximada de seis semanas; voltado para
http://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Teixeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Teixeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Teixeirahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Jorge_Teixeira


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subtenentes e sargentos do Servio de Sade do Comando Militar da Amaznia, da Marinha e da

Fora Area. COS Categoria G - Durao de dez semanas; voltado para cadetes da Academia

Militar das Agulhas Negras das Armas/Quadros/Servios.

Os estgios oferecidos pelo CIGS destinam-se a: - Militares do Exrcito, demais Foras Armadas e

instituies policiais (vida na selva e operaes); - rgos civis cujos conhecimentos bsicos de

vida na selva so imprescindveis para o desenvolvimento de suas atividades (INPA, Petrobrs,

IBAMA, Universidade Federal do Amazonas, etc.). Para ministrar a devida instruo, o CIGS conta

com as seguintes Bases de Instruo (BI) BI 1 Marechal Rondon BI 2Plcido de Castro BI 3

Lobo DAlmadaBI 4Pedro Teixeira BI 5Ajuricaba BI 6Felipe Camaro BI 7Jatuarana

Realizar pesquisa e experimentao doutrinria sobre material de emprego militar e outras reas de

interesse. Misso feita pela Diviso de Doutrina, Pesquisa e Avaliao (DDPA) do CIGS. Isso j

resultou em diversas modificaes no exrcito brasileiro, como a atual camuflagem padro, que foi

desenvolvida pelo CIGS, visando o ambiente de selva.

Uma das maiores responsabilidades da DDPA do CIGS a avaliao e aperfeioamento de armas,

visando seu emprego na Guerra de Selva. O ditado sempre lembrado pelos homens do CIGS o

que diz que A selva no pertence ao mais forte, mas ao sbrio, habilidoso e resistente. Assim, o

CIGS tem sido nos ltimos anos um dos mais importantes atores no desenvolvimento da chamada

Estratgia de Resistncia do Exrcito Brasileiro, para a eventualidade de um confronto militar entre

nossas foras e as de um pas ou coligao de pases com poderio militar bem superior.

Diversas armas, tticas e equipamentos vm sendo exaustivamente testados, modificados ou

aperfeioados pelo EB nos ltimos anos, com vistas ao seu emprego na guerra em selva. Muitosso aprovados e muitos so recusados. A constatao de que equipamentos receptores GPS no

funcionam corretamente sob a densa cobertura vegetal da floresta, por exemplo, fez com que o

Exrcito restringisse seu uso somente instruo e a casos nos quais a determinao de

coordenadas precisas imprescindvel, como numa evacuao aeromdica. Nesta situao,

entretanto, o militar com o receptor seria obrigado a se deslocar at uma clareira ou at a margem

de um rio para usar o equipamento. No dia a dia das operaes de selva do Exrcito, o que se usa

so as tradicionais cartas e bssolas. Foras excessivamente dependentes de recursos

tecnolgicos como o GPS poderiam ficar em srios apuros na Amaznia. No que se refere ao

armamento individual do guerreiro de selva, o EB tem, ao mesmo tempo, o problema e a soluo.

Fuzis de assalto de diversos tipos foram e so avaliados, incluindo armas de alta qualidade, como o

fuzil alemo Heckler & Koch HK33 e o norte-americano M16A2, ambos no calibre 5,56mm, e o

tradicional FAL do Exrcito Brasileiro, no calibre 7,62mm. O fuzil padro das tropas de selva

brasileiras o Pra-FAL, a verso com coronha rebatvel, usada tambm pelas tropas pra-

quedistas brasileiras e outras unidades. O Pra-FALtem se mostrado a arma ideal para emprego

na selva por suas caractersticas de peso, rusticidade e simplicidade de manuseio. Por outro lado,

sua substituio no futuro ser, certamente, um srio problema para o Exrcito. O calibre 5,56mm,

usado na maior parte dos modernos fuzis de assalto, considerado inadequado para o combate de

selva, devido ao pequeno peso do projtil e sua tendncia de assumir uma trajetria instvel ao
http://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_da_Gama_Lobo_D%27Almadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_da_Gama_Lobo_D%27Almadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_da_Gama_Lobo_D%27Almadahttp://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_da_Gama_Lobo_D%27Almada


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colidir com pequenos obstculos, como folhas e galhos de rvores. Isso acaba retirando do projtil

muita energia e, consequentemente, poder de parada (stopping power).

Projeto Bfalo

Uma das primeiras preocupaes do CIGS era resolver a questo do transporte de armas, munio,

gua, raes e outros equipamentos por fraes de tropa empenhadas na guerra de selva. Assim,

na busca de um meio de transporte eficiente e de baixo custo para o ressuprimento nas operaes

na selva, tentou-se a utilizao de animais de carga ou que pudessem ser adestrados para esse fim.

Uma das primeiras tentativas desenvolvidas pelo CIGS foi durante o Comando do Cel Glio

Fregapani, com a utilizao de uma anta, criada desde cedo no zoolgico do Centro com este fim. A

experincia infelizmente no obteve sucesso, j que o animal, selvagem, jamais aceitou que fosse

transportada qualquer carga nas costas.

Outra tentativa, tambm frustrada, mas que comeou a demonstrar a validade do conceito da

utilizao de animais, foi executada a partir de 1983 com a utilizao de muares. Estes, apesar dehistoricamente j haverem sido bastante utilizados, no s pela populao civil como em operaes

militares, infelizmente no se adaptaram Amaznia, sendo que o principal problema verificado foi

de natureza veterinria. O animal teve srios problemas com apodrecimento de cascos e doenas

de natureza epidrmica.

Com a continuidade dos estudos chegou-se finalmente ao bfalo, animal j criado com sucesso na

Amaznia em pelo menos quatro espcies, rstico e com diversas caractersticas que foram ao

encontro das necessidades militares para o emprego de animais.

O chamado Projeto Bfalo nasceu em 2000, e tem demonstrado ser uma das solues para as

necessidades das tropas de selva brasileiras, devido resistncia do animal, sua adaptao ao

ambiente e, principalmente, sua capacidade de transportar cerca de 400kg, ou at trs vezes esse

nmero quando tracionando carroas.

Simbolos

Distintivo do CIGS

Desde sua criao o CIGS teve 3 distintivos diferentes: O primeiro, tinha a forma de um escudo

peninsular portugus, chefe de vermelho, onde constava as iniciais CIGS.Abaixo do chefe, umabordadura de amarelo com a inscrio Operaes na Selva, tendo em brocante e em abismo, uma

cabea de ona-pintada, caracterizando a imensa Selva Amaznica e sentimento de brasilidade em

sempre guard-la e defend-la.

A partir de 29 de junho de 1970, quando recebeu a denominao de Centro de Operaes na Selva

e Aes de Comandos, teve alterada as iniciais que constavam no chefe, mudando de CIGS para

COSAC, e logo acima da cabea da ona ganhou a inscrio Comandos.

Finalmente, a partir de 10 de janeiro de 1980, volta a ter denominao de Centro de Instruo de

Guerra na Selva, alterando o chefe, que adotou as cores azul e vermelho, identificando as cores de


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Organizao Militar do Exrcito Brasileiro, com a as iniciais CIGS; nabordadura de amarelo,abaixo

do chefe, no lugar da inscrio Operaes na Selva, verifica-se uma coroa de folhas de

castanheiras, de verde, abraando um escudete, tambm de verde, carregado com uma estrela

gironada, smbolo de escola, logo acima da cabea de ona pintada, sendo este o distintivo utilizado

atualmente.

Estandarte do CIGS

O Estandarte Histrico do CIGS possui a seguinte descrio herldica: Forma retangular tipo

bandeira universal, franjado de ouro campo de azul-celeste. Em abismo, um escudo peninsular

portugus, filetado de prata, chefe de vermelho, carregado com uma estrela gironada, de prata,

smbolo de escola. Abaixo do chefe, uma bordadura de amarelo, carregada com uma coroa de

folhas de castanheiras, de verde, abraando um escudete, tambm de verde e filetado de prata,

tendo em brocante e em abismo, uma cabea de ona-pintada, de ouro, voltada para destra, com

pontas pretas e lngua vermelha, caracterizando a imensa selva amaznica e o indmito sentimento

de brasilidade em sempre guard-la e defend-la. Envolvendo o conjunto, a denominao histrica

Centro Coronel Jorge Teixeira,em arco e de ouro, Lao militar nas cores nacionais, tendo inscrito,

em caracteres de ouro, a designao militar da OM.

A denominao histrica de Centro Cel Jorge Teixeira foi estabelecida pele Portaria Nr 693, de 17

de dezembro de 1999, do Cmt Exrcito.

Ao longo de sua histria, o Estandarte do CIGS recebeu quatro condecoraes:

Ordem do Mrito do Amazonas;

Ordem do Rio Branco, 24 de maio s de 1991;

Ordem do Mrito Militar; e

Ordem do Mrito Judicirio Militar, de 29 de novembro de 1999.

Brev do Guerreiro de Selva

O brev do guerreiro de selva composto de um escudo portugus carregado com uma cabea de

ona, encimado por uma estrela singela, sendo o conjunto complementado com ramos de louro

distendidos horizontalmente. confeccionado em PVC pelo processo de moldagem a quente, na cor

cinza, sobre um suporte imitando tecido de padronagem camuflada, utilizada no uniforme decombate, e em metal nas cores douradas para oficiais e prateada para os subtenentes e sargentos.

O brev metlico usado com uma elipse de campo aveludado verde, orlada em linha preta para

militares concludentes dos cursos e orladas em linha dourada para aqueles nomeados para a

equipe de instruo do CIGS.

Chapu bandeirante

O chapu bandeirante de uso exclusivo dos militares que servem no CIGS, conforme consta no

Regulamento de Uniformes do Exrcito (RUE). Este acessrio foi elaborado no ano de 1980, em

projeto da Seo de Doutrina e Pesquisa.


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Apresenta um formato boleado, reforado por um inserto de material plstico na parte central,

proporcionando maior proteo contra espinhos. As abas, tambm reforadas, mesmo molhadas

permanecem firmes, sendo que a do lado direito presa ao corpo do chapu. Nas laterais h uma

pequena janela coberta por uma faixa de tela, com a finalidade de proporcionar arejamento da

cabea e permitir a utilizao como visor improvisado durante operaes com helicpteros.

Faco do Guerreiro de selva

um faco, simbolo do guerreiro de selva, tal qual o Kukri para os Gurkhas. um faco de lmina

larga, com as inscries "Guerra na Selva"; "CIGS" na lmina. O pomo da empunhadura possui o

formato de uma cabea de ona em metal dourado. Atualmente, h tambm a verso do faco

totalmente escura, mais operacional e sem brilho, chamada de Ona Negra.

Zoolgico do CIGS

O CIGS tambm conta com um Zoolgico, contendo vrios animais prprios da regio, alguns

ameaados de extino, com o intuito de preserva-los.

Leis da Guerra na Selva

1. Tenha iniciativa, pois no receber ordens para todas as situaes. Tenha em vista o objetivo

final;

2. Procure a surpresa por todos os modos;

3. Mantenha seu corpo, armamento e equipamento em boas condies;

4. Aprenda a suportar o desconforto e a fadiga sem queixar-se e seja moderado em suas

necessidades;

5. Pense e aja como caador, no como caa;

6. Combata sempre com inteligncia e seja o mais ardiloso;

Tudo pela Amaznia

"TUDO PELA AMAZNIA, SELVA!" um brado que, com orgulho, dito pelos guerreiros de selva.

O CIGS hoje tem local de destaque no Exrcito Brasileiro, sendo reconhecido no Brasil e no mundo

como um dos melhores em sua funo, resultado de um trabalho rduo no que se refere defesa da

Floresta Amaznica, que cobre grande parte do territrio nacional.
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