CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO … · Raphael, que são as bênçãos que Deus me deu para fazer...

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA Faculdade de Tecnologia da São Sebastião Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial ROBERTO DE ANDRADE ANÀLISE ECONÔMICA PARA SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE MARÍTIMO São Sebastião 2014

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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

Faculdade de Tecnologia da São Sebastião

Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial

ROBERTO DE ANDRADE

ANÀLISE ECONÔMICA PARA SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE MARÍTIMO

São Sebastião

2014

ROBERTO DE ANDRADE

ANÀLISE ECONÔMICA PARA SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE MARÍTIMO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como exigência parcial para obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Empresarial. Orientador: Prof. Me. Francisco Orlando Oliveiro Ribeiro

São Sebastião

2014

ROBERTO DE ANDRADE

ANÁLISE ECONÔMICA PARA SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTO EM UMA EMPRESA DE TRANSPORTE MARÍTIMO

Apresentação de Trabalho de Graduação à Faculdade de Tecnologia de São Sebastião, como condição parcial para a conclusão do curso de Tecnologia em Gestão Empresarial. São Sebastião, 11 de junho de 2014.

BANCA EXAMINADORA

_________________________________________________________

PROF. ME. FRANCISCO ORLANDO OLIVEIRO RIBEIRO

_________________________________________________________

PROF. ESPECIALISTA FELIPE CONTINI

_________________________________________________________

PROF. ESPECIALISTA GILBERTO MOURÃO

MÉDIA FINAL: ___________________

Dedico este trabalho a minha esposa Maria e aos meus filhos Thaís, Nicoly e

Raphael, que são as bênçãos que Deus me deu para fazer parte da minha vida.

AGRADECIMENTOS

A Deus por me dar sabedoria para o desenvolvimento deste trabalho.

Ao meu orientador Prof. Me. Francisco Orlando Oliveira Ribeiro, pelo apoio,

sugestões e orientações deste trabalho.

Confia no Senhor de todo o teu coração e não te

estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em

todos os teus caminhos, e ele endireitará as tuas

veredas. Pv.3:5,6

RESUMO

Este trabalho foi desenvolvido por meio de um estudo de caso em uma empresa de

transporte marítimo na cidade de São Sebastião/SP, com o propósito de apresentar

resultados de viabilidade econômica ao se aplicar as técnicas de análise de

investimentos para substituição de equipamentos que é uma necessidade dentro da

empresa. Os custos de manter um equipamento muito desgastado e já totalmente

depreciado tende a ser alto, ocasionando a redução dos lucros, portanto sendo

necessário substituí-lo para que se obtenha um melhor desempenho de sua função.

Em virtude de novas tecnologias um novo investimento deve ser analisado para que

se possa tomar uma decisão se é viável ou não substituir o equipamento em uso, se

este já não atende à necessidade da empresa em termos de produtividade, sendo

viável a sua substituição por outro mais moderno com grande potencial de

desempenho para minimizar os custos e maximizar os lucros. Os métodos lógicos já

confirmados na engenharia econômica, que tem como objetivo a análise econômica

para a tomada de decisão sobre investimentos, são verdades já confirmadas que

nos levam a conclusões racionais sobre investimentos. Com relação à utilização das

ferramentas aplicadas no estudo, a empresa poderá tomar decisões mais seguras

quanto à substituição de seus equipamentos.

Palavras-chave: Custo. Equipamento.Substituição.

ABSTRACT

This work was developed through a case study in a shipping company in São

Sebastião / SP, for the purpose of presenting the results of economic viability to

apply the techniques of investment analysis for the replacement of equipment that is

a need within the company. The costs of maintaining a very worn and already fully

depreciated equipment tends to be high, resulting in a reduction of profits, it is

therefore necessary to replace it in order to obtain a better performance of its

function. Due to new technologies a new investment should be analyzed so that we

can make a decision whether it is feasible or not replace the equipment in use, if it no

longer meets the need of the company in terms of productivity, which suggests the

replacement by another more modern with great performance potential to minimize

costs and maximize profits. Logical methods already confirmed in engineering

economics, which aims at economic analysis for making investment decisions, are

already confirmed truths that lead us to rational conclusions about investments. With

regard to the use of the tools applied in the study, the company can make more

informed decisions regarding the replacement of their equipment.

Keywords:Cost.Equipment.Substitution

LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

CAUE Custo Anual Uniforme Equivalente

TIR Taxa Interna de Retorno

TMA Taxa Mínima de Atratividade

VAUE Valor Anual Uniforme Equivalente

VPL Valor Presente Líquido

% a.a. Percentual ao ano

LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Representação gráfica do CAUE ................................................. 24

Figura 2 – Pay-back period anuidade ............................................................. 25

Figura 3 – Pay-back period série mista .......................................................... 25

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Análise do equipamento atual ...................................................... 31

Tabela 2 – Análise do novo equipamento ...................................................... 32

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 09

1.1 JUSTIFICATIVA .................................................................................................. 09

1.2 PROBLEMA...................................................................................................... ... 09

1.2.1 HIPÓTESE........................................................................................ ................ 09

1.3 OBJETIVOS ........................................................................................................ 10

1.3.1 Objetivo geral ................................................................................................... 10

1.3.2 Objetivos específicos........................................................................................ 10

1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS ............................................................ 10

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO ....................................................................... 11

2 REFERENCIAL TEÓRICO................................................................................... 12

2.1 CONCEITOS E PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA ECONÔMICA ..................... 12

2.1.2 Investimentos ................................................................................................... 12

2.1.3 Análise de investimento .................................................................................... 12

2.2 DIAGRAMA DE FLUXO DE CAIXA.................................................................... 13

2.2.1 Componentes de um fluxo de caixa ................................................................. 13

2.3 SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS.............................................................. 14

2.4 VIDA ECONÔMICA ............................................................................................ 14

2.5 VIDA ÚTIL ........................................................................................................... 14

2.6 MOTIVOS PRINCIPAIS PARA OS DISPÊNDIOS DE CAPITAL ........................ 15

2.7 OS DIVERSOS TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO ...................................................... 16

2.7.1 Baixa sem reposição ........................................................................................ 16

2.7.2 Substituição idêntica ....................................................................................... 17

2.7.3 Substituição não idêntica .................................................................................. 17

2.7.4 Substituição com progresso tecnológico .......................................................... 17

2.7.5 Substituição estratégica ................................................................................... 18

2.8 DEPRECIAÇÃO .................................................................................................. 18

2.9 VALOR RESIDUAL ............................................................................................ 18

2.10 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA) ...................................................... 18

2.11 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS ............................................. 19

2.11.1 Método do custo anual unitário equivalente (CAUE) ...................................... 19

2.11.2 Método do pay-back ....................................................................................... 24

2.11.3 Método da taxa interna de retorno (TIR) ........................................................ 26

2.11.4 Método do valor anual uniforme equivalente (VAUE) ..................................... 27

2.11.5 Método do valor presente líquido (VPL) ......................................................... 28

2.12 APLICAÇÃO DO CUSTO ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (CAUE) ........ 31

3 METODOLOGIA................................................................................. ............... 32

4 RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................................ 33

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 34

REFERÊNCIAS ................................................................................................ 35

9

1 INTRODUÇÃO

A substituição de equipamentos refere-se, basicamente, à troca de ativos

atualmente em uso (máquinas, veículos etc.), considerados de vida finita, por outros

com grande potencial de desempenho, com propósito de acompanhar as evoluções

tecnológicas e as competitividades em um mundo globalizado.

1.1 JUTIFICATIVA

O propósito de realizar este estudo é apresentar resultados de viabilidade

econômica ao se aplicar as técnicas de substituição de equipamentos que é uma

necessidade dentro da empresa. Os custos de se manter um equipamento muito

desgastado e já depreciado tende a ser alto, ocasionando a redução dos lucros,

portanto sendo necessário substituir este equipamento para que se obtenha um

melhor desempenho de sua função. Por meio do conceito da engenharia econômica

que se aplica em indústrias para substituir equipamentos é possível se ter ótimos

resultados em uma empresa de transporte marítimo, por se tratar de ter

equipamentos semelhantes em uso.

1.2 Problema

O presente estudo deseja responder, por meio da análise econômica para

substituir equipamentos, porque a empresa em estudo mantém os equipamentos

velhos em funcionamento mesmo quando sua operação não é mais

economicamente viável?

1.2.1 Hipótese

Como forma de sustentação para este estudo são apresentadas as seguintes

hipóteses: equipamentos e instalações desgastam-se com o uso necessitando cada

vez mais de manutenção. Assim, é de se esperar que os custos operacionais

aumentem com o passar do tempo, portanto é conveniente fazer a substituição do

mesmo. A vida econômica de um bem corresponde ao tempo de utilização do bem,

capaz de produzir com o menor custo para a empresa, a solução esta associada ao

10

limite do bem. Portanto, pode-se afirmar que ao ultrapassar esse tempo, o bem

passa a não ser mais rentável.

1.3 OBJETIVOS

1.3.1 Objetivo geral

O objetivo geral deste estudo é demonstrar a importância da análise

econômica por meio do método do CUSTO ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE

(CAUE) na substituição de equipamentos em uma empresa de transporte marítimo

em São Sebastião/ SP.

1.3.2 Objetivos específicos

a) Apresentar as vantagens da aplicação dos métodos na redução dos custos.

b) Informar o melhor momento para realizar a troca de um equipamento.

c) Apresentar o melhor investimento com o menor custo.

1.4 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS

A metodologia utilizada foi caracterizada como uma pesquisa exploratória

com o uso dos métodos dedutivo e quantitativo, a coleta dos dados referente ao

equipamento em estudo foi feita junto ao setor de custos operacionais para elaborar

as tabelas e os gráficos. Os conceitos e princípios da engenharia econômica já

provados como verdades na análise econômica de decisão sobre investimentos

foram a base fundamental para o desenvolvimento do presente estudo, que tem a

finalidade de demonstrar a viabilidade dos métodos aplicados na substituição de

equipamentos. Todo embasamento teórico da engenharia econômica foi seguido

com o propósito de esclarecer os critérios de avaliação, assim como os cálculos

aplicados e seus resultados.

11

1.5 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

O presente estudo foi organizado segundo os critérios apresentados na

engenharia econômica através dos métodos e conceitos para decisão de

investimento. Abordagem: avaliação do momento ótimo para realizar a substituição

de um equipamento partindo dos conceitos de vida útil e vida econômica, usando a

fórmula financeira para o cálculo do CUSTO ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE

(CAUE). Determinando a vida econômica do equipamento que será apresentado em

uma tabela para este caso.

12

2. REFERENCIAL TEÓRICO

2.1 CONCEITOS E PRINCÍPIOS DA ENGENHARIA ECONÔMICA

A engenharia econômica objetiva a análise econômica de decisões sobre

investimentos.

E tem aplicações bastante amplas, pois os investimentos poderão tanto ser de empresa privadas como de entidades governamentais. Exemplos típicos de problemas de engenharia econômica são: 1- Efetuar o transporte de materiais manualmente ou comprar uma correia transportadora. 2- Construir uma rede de abastecimento de água com tubos de menor ou maior diâmetro. 3- Comprar um veículo a prazo ou à vista. Além do mais, ao se elaborar a análise econômica e financeira, somente são considerados os fatores conversíveis em dinheiro. Um investimento pode ter repercussões que não sejam ponderáveis, tais como manter certo nível de emprego ou conseguir a boa vontade de um cliente ou fornecedor. Estes critérios imponderáveis são, em geral, analisados pela alta administração da empresa. A decisão da implantação de um projeto deve, pois, considerar: Critérios econômicos: Rentabilidade do investimento. Critérios financeiros: Disponibilidade de recursos. Critérios imponderáveis: Fatores não conversíveis em dinheiro. Vê-se, portanto, que a análise econômico-financeira pode não ser suficiente para a tomada de decisões. Para a análise global do investimento, pode ser necessário considerar fatores não quantificáveis como restrições ou os próprios objetivos ou políticas gerais da empresa, através de regras de decisão explícitas ou intuitivas. (CASAROTTO & KOPITTKE, p. 92, 2010).

2.1.2 INVESTIMENTOS

Investimento é a aplicação de algum tipo de recurso (dinheiro ou título) com a

expectativa de receber algum retorno futuro superior ao aplicado, compensando

inclusivamente a perda de uso desse recurso durante o período de aplicação (juros

ou lucros, em geral ao longo prazo). Num sentido amplo, o termo aplica-se tanto à

compra de máquinas, equipamentos e móveis para instalação de unidades

produtivas como à compra de títulos financeiros (letras de câmbio, ações). Nesse s

termos, investimento é toda aplicação de dinheiro com expectativa de lucro.

(ORSALES, 2014)

2.1.3 ANÁLISE DE INVESTIMENTO

A análise de investimento reside no emprego de técnicas específicas oriundas

dos princípios financeiros com o objetivo de identificar a melhor opção entre

13

diferentes possibilidades de investimentos. Tecnicamente, a análise se fundamenta

em equações que tenham como objetivo específico identificar e mensurar se existe

ou não viabilidade em um determinado investimento, ou seja, se existe ou não

rentabilidade e, caso exista, quão rentável o é. (ZANATA, 2012 ).

2.2 DIAGRAMA DE FLUXO DE CAIXA

Nada mais é do que a representação gráfica das receitas e despesas,

durante um determinado intervalo de tempo. A figura abaixo ilustra um fluxo de

caixa. No período 0 da vida do projeto, tem-se a despesa de investimento. Nos

períodos subsequentes, tem-se tanto receitas quanto despesas, relativas a

recebimentos por determinado produto ou serviço e as despesas inerentes do

processo. No período n, que seria o fim da vida do projeto, há o valor residual.

(ECONOMIA. CULTURA, 2014).

2.2.1 COMPONENTES DE UM FLUXO DE CAIXA

O fluxo de caixa de qualquer projeto que possua padrão convencional pode incluir três componentes básicos: a) investimento inicial; b) entradas/saídas de

caixas operacionais; c) valor residual.

Após estudos realizados sobre os métodos apresentados acima, optou-se

pela utilização do método do CUSTO ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (CAUE)

por estar de acordo com o propósito do trabalho.

14

2.3 SUBSTITUIÇÃO DE EQUIPAMENTOS

Substituição de equipamentos é um conceito amplo que abrange desde a

seleção de ativos similares, porém novos, para substituir os existentes, até a

avaliação de ativos que atuam de modos completamente distintos no desempenho

da mesma função

Exemplificando, caminhões velhos podem ser substituídos por modelos novos que operam de maneira semelhante. Poderá, entretanto, ocorrer que estes caminhões possam ser substituídos pelos serviços de uma transportadora. Poderão ainda ser alugados ou seu serviço poderá ser feito por um guindaste ou manualmente, desde que haja viabilidade econômica. As decisões de substituição são de uma importância crítica para a empresa, pois são em geral irreversíveis, isto é, não tem liquidez e comprometem grandes quantias em dinheiro. Uma decisão apressada de “livrar-se de uma sucata” ou o capricho do possuir sempre o “último modelo” podem causar problemas sérios de capital de giro. Mas por que estudar substituição de equipamentos? Primeiro, porque é um problema que ocorre em todas as empresas, em geral em maior intensidade nas indústrias, e cada decisão é muito importante. Não é só isso, porém. Aqui a utilização dos métodos do Valor Presente Líquido (VPL) e do Valor Anual Uniforme Equivalente (VAUE) exige maior cuidado do que nos exemplos clássicos. Em substituição de equipamentos, de acordo com o tipo de problema, haverá vantagens claras de se escolher um método em detrimento do outro. A escolha do método do VPL, por exemplo, não é conveniente para determinar a vida econômica de um equipamento como será mostrado mais adiante. CASAROTTO & KOPITTKE (2010, p. 155).

2.4 VIDA ECONÔMICA

A vida econômica de um bem “corresponde ao tempo de utilização do bem,

capaz de produzir com o menor custo para a empresa, e que certamente, é menor

ou igual a sua vida útil”. (NASCIMENTO, 2013, p.2).

2.5 VIDA ÚTIL

Vida útil de um bem „‟é o período de tempo em que o bem consegue exercer

as funções que dele se espera‟‟. A vida útil depende de como o bem é utilizado e

mantido. (DEGARMO apud NASCIMENTO, 2013, p. 2).

15

2.6 MOTIVOS PRINCIPAIS PARA OS DISPÊNDIOS DE CAPITAL

Dispêndio de capital é um desembolso de fundos feito pela empresa com a

expectativa de gerar benefícios após um ano. Dispêndio corrente é um desembolso

que resulta em benefícios obtidos em prazo inferior a um ano.Desembolsos

efetuados em ativos imobilizados são dispêndios de capital, mas nem todos os

dispêndios de capital são classificados como ativos imobilizados. Um desembolso de

$60.000 para a compra de uma nova máquina com vida útil de quinze anos é um

dispêndio de capital que apareceria como ativo imobilizado no balanço da empresa.

Um desembolso de $60.000 em propaganda, que gera benefícios em um longo

período, também é um dispêndio de capital. Contudo, um dispêndio com

propaganda raramente é registrado como ativo imobilizado nos balanços da

empresa.Os dispêndios de capital são feitos por muitas razões. Porém, embora as

razões para os dispêndios difiram, as técnicas para avaliá-los são as mesmas. Os

motivos básicos para dispêndios de Capital são adquirir, substituir ou modernizar

ativos imobilizados, ou ainda obter algum benefício menos tangível por um longo

período. (RIBEIRO, 2002).

De acordo com Gitman (1997) existem 4 motivos principais para os

dispendios de capital:

Expansão: O motivo mais comum para fazer dispêndio de capital é

expandir o nível de operações – usualmente através da aquisição de

ativos imobilizados. Uma empresa em crescimento acha muitas vezes

necessário adquirir novos ativos imobilizados rapidamente; às vezes,

isso inclui a compra de infraestrutura adicional, como imóveis e

instalações fabris.

Substituição: À medida que o crescimento da empresa diminui e ela

atinge a maturidade, a maior parte de seus dispêndios de capital será

para substituir ou renovar ativos obsoletos ou gastos. Toda vez que

uma máquina precisa ser consertada, é preciso avaliar o desembolso

exigido para seu reparo em relação ao desembolso que seria

necessário para substituir a máquina e aos benefícios de sua

substituição.

16

Modernização: É frequentemente uma alternativa à substituição. A

modernização pode incluir a reconstrução, o recondicionamento ou a

adaptação de uma máquina ou das instalações existentes. Por

exemplo, uma perfuratriz pode ser modernizada através da substituição

de um sistema de controle numérico, ou uma instalação física pode ser

modernizada, renovando-se suas instalações elétricas, adicionando-se

um sistema de ar-condicionado, e assim por diante. Empresas que

desejam melhorar sua eficiência podem encontrar soluções

adequadas, tanto na substituição quanto na modernização de

máquinas existentes.

Outras Finalidades: Alguns dispêndios de capital não resultam na

aquisição ou transformação de ativos imobilizados tangíveis constantes

do balanço patrimonial da empresa: antes, envolvem um

comprometimento de recursos em longo prazo, na expectativa de um

retorno futuro. Tais dispêndios incluem gastos com propaganda,

pesquisa e desenvolvimento, serviços de consultoria à administração e

novos produtos. Outras propostas de dispêndio de capital – como a

instalação de sistemas de controle de poluição e ou de segurança

determinados pelo governo – são difíceis de avaliar, porque produzem

retornos intangíveis, ao invés de fluxos de caixa facilmente mensuráveis.

2.7 OS DIVERSOS TIPOS DE SUBSTITUIÇÃO

Os diversos tipos de substituição de ativos fixos podem ser agrupados em

cinco modelos tradicionais que são: a baixa sem reposição, substituição idêntica,

substituição não idêntica, substituição com progresso tecnológico e substituição

estratégica. (CASARTTO & KOPITTKE, 2010).

2.7.1 BAIXA SEM REPOSIÇÃO

O estudo da baixa de equipamentos é feito pelo método do VALOR

PRESENTE LÍQUIDO (VPL), já este método não é conveniente para determinar a

vida econômica de um bem, o ativo deverá ser mantido por mais um período se o

VPL de sua manutenção neste período for maior que zero. Portanto se o VPL< 0 o

ativo deverá então, ser substituído no período n – 1.

17

2.7.2 SUBSTITUIÇÃO IDÊNTICA

No caso de substituição idêntica, o mais importante é determinar a vida útil

econômica do bem em análise, para assim chegar ao momento ótimo de

substituição sendo, que para resolver este problema deve-se ter em mãos

informações sobre os custos de investimentos, manutenção e reparação. A

determinação da vida econômica consiste em achar os CUSTOS OU RESULTDOS

ANUAIS UNIFORMES EQUIVALENTES (CAUE ou VAUE), do ativo para todas as

vidas úteis possíveis. O ano para o qual o CAUE é mínimo ou VAUE é máximo é o

da vida econômica do ativo.

2.7.3 SUBSTITUIÇÃO NÃO IDÊNTICA

Quando se verifica que houve um progresso tecnológico isto é, os novos

equipamentos são mais aperfeiçoados, mas não é possível detectar uma tendência

de evolução contínua. Este tipo envolve a determinação da vida econômica do novo

equipamento que esta sendo cogitado para substituição.

2.7.4 SUBSTITUIÇÃO COM PROGRESSO TECNOLÓGICO

Para este tipo é considerado que o progresso tecnológico é constante,

trazendo benefícios de igual amplitude, isto facilita a elaboração de modelos de

substituição. É considerado o custo de obsolescência comparando-se os custos de

operação do equipamento a ser adquirido com os custos dos equipamentos que

serão lançados no mercado.

18

2.7.5 SUBSTITUIÇÃO ESTRATÉGICA

A evolução tecnológica envolve também a capacidade da empresa de manter

ou melhorar sua posição estratégica. O tipo de substituição estratégica leva em

conta não só a obsolescência de custos dos equipamentos como também de

mercado, levando em conta o decréscimo do potencial de receita dos equipamentos

velhos.

2.8 DEPRECIAÇÃO

A depreciação é contabilmente definida como a despesa equivalente à perda

de valor de um determinado bem, seja por deterioração ou obsolescência, não é um

desembolso, porém é uma despesa e como tal, pode ser abatida das receitas,

diminuindo o lucro tributável e, consequentemente, o imposto de renda, este sim um

desembolso real, e com efeitos sobre o fluxo de caixa. (CASAROTTO & KOPITTKE,

2010 ).

2.9 VALOR RESIDUAL

É o valor estimado que uma entidade obteria com a venda do ativo, após

deduzir as despesas estimadas de venda, caso o ativo já tivesse a idade e a

condições esperadas para o fim de sua vida útil. (AFIX, 2014).

2.10 TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA)

A taxa que identificaremos como TMA representa o mínimo que um investidor

se propõe a ganhar quando faz um investimento, ou o máximo que um tomador de

dinheiro se propõe a pagar ao fazer um financiamento. Ela é formada basicamente,

a partir de três componentes: o custo de oportunidade, o risco do negócio e a

liquidez do negócio. (PILÃO & HUMMEL, 2011).

19

Figura 5 - Representação dos três componentes da TMA

A literatura afirma que esta taxa é formada por três componentes básicos: 1) Custo de Oportunidade: que é a remuneração obtida em outras alternativas que não as analisadas;

2) Risco do Negócio: em que o ganho tem que remunerar o risco inerente de uma nova ação, pois quanto maior o risco, maior a remuneração esperada;

3) Liquidez: que é a capacidade ou velocidade em que se pode sair de uma posição no mercado para assumir outra.

2.11 MÉTODOS DE ANÁLISE DE INVESTIMENTOS

Existem vários métodos para determinar o momento ideal para substituição

de ativos depreciáveis ou analisar alternativas de investimentos que auxiliam a

tomada de decisão.

1) Método do CUSTO ANUAL UNITÀRIO EQUIVALENTE (CAUE);

2) Método do PAY-BACK DESCONTADO;

3) Método da TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR);

4) Método do VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE);

5) Método do VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL);

2.11.1 MÉTODO DO CUSTO ANUAL UNITÁRIO EQUIVALENTE (CAUE)

O MÉTODO DO CUSTO ANUAL UNITÁRIO EQUIVALENTE (CAUE);consiste

em achar a série uniforme anual equivalente ao fluxo de caixa do investimento à

uma taxa mínima de atratividade (TMA), ou seja, acha-se a série uniforme

equivalente a todos os custos e receitas para cada projeto com a utilização de uma

Custo de

oportunidade

TMA Risco do

negócio

Liquidez do negócio

20

determinada TMA. O ano em que o CAUE é mínimo corresponde à vida econômica

do bem. (RIBEIRO,2002).

Exemplo

Determinada empresa deseja substituir a frota de veículos a serem utilizados para o

trabalho de seus vendedores. dados abaixo são do valor de manutenção anual e o

valor de revenda de acordo com seu uso.

FINAL DE VALOR DE REVENDA CUSTO DE MANUTENÇÃO ANUAL

O KM 60.000 0

1 ANO 54.000 10.000

2 ANO 49.000 11.000

3 ANO 45.000 12.500

4 ANO 41.000 15.000

Considerando que a empresa usa TMA 14 % a.a. Defina qual melhor opção:

a)Comprar um carro zero e trocá-lo a cada 1 ano;

b)Comprar um carro zero e trocá-lo a cada 2 anos;

c) Comprar um carro zero e trocá-lo a cada 3 anos;

d)Comprar um carro zero e trocá-lo a cada 4 ano;

Opção a

1 ano 54.000 0 1

10.000

60.000

10,141

54000)(

endavalorderevPV

42,368.47)( endavalorderevPV

PV (investimento)- PV do valor da revenda)=60.000-47.358,42=12.631,58

21

1i1

1)(

n

nii

PVendavalorderevtoinvestimenPMT

10,141

14,014,0158,6311.12

1

1

PMT

00,400.14)( endavalorderevtoinvestimenPMT

1i1

1)(

n

nii

PVutençãocustosdemaPMT

10,141

1,014,0193,771.8)(

1

1

utençãocustosdemaPMT 00,000.10)( utençãocustosdemaPMT

CAUE da opção a =

00,000.2400,000.10)(00,000.14).( utcustodemanPMTendavalorderevinvestPMT Opção b

2 anos 49.000 0 1 2

10.000 11.000 60.000

20,141

000.49)(

endavalorderevPV

91,703.37)( endavalorderevPV

PV (investimento)- PV do valor da revenda)=60.000-37.703,91=22.296,09

1i1

1)(

n

nii

PVendavalorderevtoinvestimenPMT

10,141

14,014,0109,296.22

2

2

PMT

19,540.13)( endavalorderevtoinvestimenPMT

07,236,17

0,141

000.11

0,141

000.10)(

21

oemanutençãdoscustosdPV

1i1

1)(

n

nii

PVutençãocustosdemaPMT

93,771.8

0,141

000.10)(

1

oemanutençãdoscustosdPV

22

10,141

14,014,0107,236.17)(

2

2

utençãocustosdemaPMT

29,467.10)( utençãocustosdemaPMT CAUE da opção b =

48,007.2429,467.10)(19,540.13).( utcustodemanPMTendavalorderevinvestPMT

Opção c 3 anos 45.000 0 1 2 3

10.000 11.000 12.500 60.000

30,141

000.45)(

endavalorderevPV

62,374.30)( endavalorderevPV

PV (investimento)- PV do valor da revenda)=60.000-30.374,62=29.625,38

1i1

1)(

n

nii

PVendavalorderevtoinvestimenPMT

10,141

14,014,0138,625.29

3

3

PMT

76,760.12)( endavalorderevtoinvestimenPMT

46,673,25

0,141

500.12

0,141

000.11

0,141

000.10)(

321

oemanutençãdoscustosdPV

1i1

1)(

n

nii

PVutençãocustosdemaPMT

23

10,141

1,014,0146,673.25)(

3

3

utençãocustosdemaPMT

52,058.11)( utençãocustosdemaPMT CAUE da opção c =

28,819.2352,058.11)(76,760.12).( utcustodemanPMTendavalorderevinvestPMT

Opção d 41.000 4 anos 0 1 2 3 4

10.000 11.000 12.500

15.000 60.000

40,141

000.41)(

endavalorderevPV

72,274.24)( endavalorderevPV

PV (investimento)- PV do valor da revenda)=60.000-24.274,72=35.725,28

1i1

1)(

n

nii

PVendavalorderevtoinvestimenPMT

10,141

14,014,0128,725.35

4

4

PMT

74,262.12)( endavalorderevPV

55,554.34

0,141

000.15

0,141

500.12

0,141

000.11

0,141

000.10)(

4321

oemanutençãdoscustosdPV

1i1

1)(

n

nii

PVutençãocustosdemaPMT

24

10,141

1,014,0155,554.34)(

4

4

utençãocustosdemaPMT

89,860.11)( utençãocustosdemaPMT

CAUE da opção d =

63,123.2489,860.11)(74,262.12).( utcustodemanPMTendavalorderevinvestPMT

ANO 1 2 3 4

OPÇÃO a b c d

CAUE 24.000,00 24.007,48 23.819,28 24.123,63

Conclui-se que a vida econômica do veículo é de 3 anos, pois para esse tempo

apresenta o menor CAUE.

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DO CAUE

Figura 1 Vida econômica de um bem Fonte: Casarotto & Kopittke (2010, p. 162).

2.11.2 MÉTODO DO PAY-BACK DESCONTADO

Pay-Back é o período de tempo necessário para que as entradas de caixa do

projeto se igualem ao valor a ser investido, ou seja, o tempo de recuperação

do investimento realizado.

25

Pay-Back Descontado é o período de tempo necessário para recuperar o

investimento, avaliando-se os fluxos de caixa descontados, ou seja

considerando-se o valor do dinheiro no tempo. (PORTAL, 2014).

Figura 2: Payback period anuidade Fonte: Ribeiro (2002, p. 28).

Figura 3: Payback period Série Mista Fonte: Ribeiro (2002, p. 29).

26

2.11.3 MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR)

O MÉTODO DA TAXA INTERNA DE RETORNO (TIR) requer o cálculo da

taxa que zera o Valor Presente dos fluxos de caixa das alternativas. Os

investimentos com TIR maior que a TMA são considerados rentáveis e são passíveis

de análise. Matematicamente, é aquele valor “i” que satisfaz à equação:

(CASAROTTO & KOPITTKE, 2010).

01

10 CFiCF

jn

jj

Critérios de decisão

Se a TIR for maior do que a TMA, aceitar o projeto.

Se a TIR for menor do que a TMA, rejeitar o projeto.

Exemplo 1

A gerência de uma fábrica está considerando a possibilidade de instalar uma

nova máquina que custa R$ 10.000,00, objetivando uma redução de custo de R$

2.000,00 por ano, durante 10 anos. Verificar se é viável o projeto,sabendo que a

TMA é 10%. Use método TIR (RIBEIRO, 2002).

CALCULADORA FINANCEIRA : HP - 12C

10.000 CHS g (PV) CF0 2.000 g (PMT) Cfj 10 g (FV) Nj f (FV) IRR = 15,1% ( display ) Se a taxa interna de retorno é de 15,1% e a taxa mínima de atratividade da empresa

é de 10% então o investimento é viável economicamente.

27

2.11.4 MÉTODO DO VALOR ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (VAUE)

Este método consiste em obter um valor médio periódico dos fluxos de caixa

positivos e compará-lo com o valor médio dos fluxos de caixa negativos. Enquanto o

valor presente líquido (VPL) demonstra o resultado líquido de um fluxo de caixa a

valor presente, o VAUE mostra um resultado equivalente em base periódica ( ex. Por

ano) e é apurado da seguinte forma. (RIBEIRO, 2002).

VAUE = PMT( Fluxos Positivos;TMA)-PMT( Fluxos Negativos;TMA)

Aplica-se essa fórmula da seguinte maneira:

a)Obtém-se o valor médio anual dos fluxos positivos (PMT +). Se os valores dos

fluxos positivos de um fluxo de caixa não forem iguais e consecutivos, é necessário

calcular um equivalente. Para isso, pode-se trazê-los todos a valor presente (PV)

com base na TMA e, em seguida, projetá-los com base na fórmula:

1i1

1

n

nii

PVPMT pela mesma taxa (TMA);

b)Igualmente,projeta-se o valor médio anual dos fluxos negativos (PMT), tomando-

se por base a TMA;

c)Finalmente, apura-se o resultado líquido desses valores.

É mais uma ferramenta que pode ser utilizada na análise de investimento. Este

método originalmente foi sugerido por Besley Meyer e Longstreet em 1988 com a

denominação de ANPV (Annualise net present value)

Exemplo 1 usar TMA 15%

Peridos ANO 0 ANO 1 ANO 2 ANO 3 ANO 4 ANO 5

Fluxo de caixa

-25000 12000 11000 10000 9000 24000

PMT(+) dos fluxos positivos

28

PV (+)= 𝟏𝟐𝟎𝟎𝟎

(𝟏+𝟎,𝟏𝟓)𝟏 +

𝟏𝟏𝟎𝟎𝟎

(𝟏+𝟎,𝟏𝟓)𝟐 +

𝟏𝟎𝟎𝟎𝟎

(𝟏+𝟎,𝟏𝟓)𝟑 +

𝟗𝟎𝟎𝟎

(𝟏+𝟎,𝟏𝟓𝟒 +

𝟐𝟒𝟎𝟎𝟎

(𝟏+𝟎,𝟏𝟓)𝟓 = 42.405,55

1i1

1

n

nii

PVPMT 10,151

15,015,0155,42405)(

5

5

PMT = 12.650,24

PMT(-) dos fluxos negativos ( investimento)

1i1

1

n

nii

PVPMT 10,151

15,015,0125000)(

5

5

PMT = 7457,89

Portanto VAUE = PMT( Fluxos Positivos;TMA)-PMT( Fluxos Negativos;TMA)

VAUE= 12.650,24-7457,89 =5192,35 Interpretação do VAUE O VAUE igual a 5192,35 indica que o projeto é viável, pois é maior que zero.

Se o VAUE fosse igual a zero, o projeto ainda seria viável, pois significaria que o

retorno minimo desejável havia sido atingido(TMA de 15%).

Podemos entender que o VAUE como um lucro médio, por periodo, ao longo da vida

do projeto.Neste caso seria equivalente ter um lucro (receitas menos despesas) de

5.192,35 ao ano ao longo de todo projeto.

O VAUE pode se interpretado como um VPL périodico, ou seja enquanto o VPL

representa um valor total para todo o projeto, o VAUE é um valor médio por periodo.

2.11.5 MÉTODO DO VALOR PRESENTE LÍQUIDO (VPL)

Este método é tão simples quanto o VAUE, a única diferença reside em que,

em vez de distribuir o investimento inicial durante a sua vida (custo de recuperação

de capital), deve-se agora calcular o valor presente dos termos do fluxo de caixa

para somá-los ao investimento inicial de cada alternativa.Escolhe-se a alternativa

que apresentar melhor valor presente líquido. A taxa utilizada para descontar o fluxo

(trazer ao valor presente) é a TMA. (CASAROTTO & KOPITTKE, 2010). Sua fórmula

é dada pela seguinte expressão:

29

Onde:

VPL = Valor presente líquido

FCj = Fluxo de caixa livre do projeto a cada tempo j

FC0 = Investimento inicial

I = Taxa de desconto utilizada

Se o resultado do VPL for positivo, o investimento é viável, se o VPL for

negativo, o projeto torna-se inviável. Para VPL nulo é indiferente.

Exemplo 1 A gerência de uma fábrica está considerando a possibilidade de instalar uma

nova máquina que custa R$ 10.000,00, objetivando uma redução de custo de R$

2.000,00 por ano, durante 10 anos. Sendo a taxa mínima de atratividade para a

empresa igual a 10% a.a., deseja - se saber se é atrativo o investimento.(use o

método VPL).

2.000 2.000 2.000 2.000 2.000

30

0 1 2 3 4 ... 10

60.000 (investimento) i = 10% a.a

Aplicando a fórmula de Valor Presente de uma série uniforme (IGUAIS) de

capitais

i

iPMTPV

n

n

i1

11

PV= Valor Presente,

PMT= Prestação i= taxa de juros = numero de prestações

VPL OU NPV = PV(do fluxo de caixa) – Cfo (Investimento)

10,00,101

110,012000

10

10

PV = 12.289,13

VPL OU NPV = PV – Cfo = 12289,13-10.000,00= 2.289,13

R. O Investimento é viável economicamente pois o VPL>0

31

2.12 APLICAÇÃO DO CUSTO ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (CAUE) NO

ESTUDO DE CASO.

O desenvolvimento do presente trabalho foi através de um estudo de caso no que se

refere à substituição de equipamentos em um grupo que atua na área de transporte

marítimo localizada na cidade de São Sebastião/SP. O grupo tem mais de 10 anos

de atuação no mercado nas áreas de óleo e gás é um dos maiores grupos de

logística do Brasil e está presente em mais de 15 estados do país, possui clientes

nos mais diversos tipos de segmentos, investe bastante em tecnologia e projetos

integrados. No setor de logística de óleo, gás e meio ambiente atua com bases

logísticas offshore e oferece serviços em: logística portuária, logística aeroportuária,

bases logísticas offshore, meio ambiente e gerenciamento de resíduos sólidos. Os

dados foram levantados junto ao departamento operacional através das planilhas de

controle dos equipamentos e suas operações. Como a vida econômica é definida

como o período de tempo que apresenta o menor custo e a época ótima para a

substituição de um equipamento por outro similar, o método do CUSTO ANUAL

UNITÁRIO EQUIVALENTE (CAUE) é o mais apropriado.

Análise do equipamento Atual:

Equipamento: Empilhadeira Heli 2000 diesel – cap. 3.500Kg.

Preço do equipamento : R$ 19.800,00

TMA: 14% a.a.

ANO VALOR DE

MERCADO

CUSTO DE

MANUTENÇÃO

CAUE

1 17.820,00 2.432,30 7.184,80

2 16.038,00 3.640,67 7.525,36

3 14.434,20 5.449,35 8.042,18

4 12.990,78 8.156,59 8.769,99

5 11.691,62 12.208,78 9.763,03

6 10.522,46 18.274,10 11.082,32

Tabela1

32

As decisões de investimento consistem em uma análise da viabilidade de

investimento, é necessário considerar se os benefícios gerados com o novo

equipamento compensam os gastos realizados.

Análise do novo equipamento:

Equipamento: Empilhadeira Heli 2000 diesel – cap. 3.500Kg.

Preço do novo equipamento : R$ 35.000,00

TMA: 14% a.a.

ANO VALOR DE

MERCADO

CUSTO DE

MANUTENÇÃO

CAUE

1 31.500,00 1.625,00 10.025,00

2 28.350,00 2.163,20 9.881,58

3 25.515,00 2.879,65 9.825,67

4 22.963,50 3.833,39 9.853,85

5 20.667,15 5.103,00 9.969,35

6 18.600,43 6.793,11 10.176,77

Tabela 2

3. METODOLOGIA

Este trabalho é caracterizado como exploratório e para alcançar o objetivo

proposto será realizado o estudo de um caso particular e pesquisa bibliográfica. Tais

métodos serão abordados, como o método de abordagem dedutivo, para Araújo

(2000), a dedução é o caminho das consequências, pois na cadeia de raciocínios

em conexão descendente, ou seja do geral para o particular leva a conclusão. Já

com relação ao método de abordagem quantitativo, a coleta de informações e o

tratamento dos dados são caracterizados pelo uso da quantificação isto é de

técnicas estatísticas. (LAKATOS; MARCONI, 2010, p. 268).

33

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

As empresas de um modo geral necessitam investir em tecnologia como,

novas máquinas e equipamentos com o objetivo de atender seus clientes bem,

oferecendo-lhes um serviço de qualidade. Para se fazer novos investimentos é

necessário realizar avaliações sobre o impacto econômico e financeiro que o novo

investimento pode propiciar a empresa. No estudo de caso apresentado, a empresa

constatou que o equipamento atual já havia atingido sua vida útil e econômica, no 6º

ano com um CUSTO ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE no valor de R$ 11.082,32,

de acordo com a tabela 1. A análise do novo equipamento conforme mostra a tabela

2, apresentou no mesmo período um CUSTO ANUAL UNIFORME EQUIVALNTE de

R$10.176,77. Portanto é viável substituir o equipamento por um novo, pois

apresenta menor (CAUE). Salienta-se que o cálculo da vida útil econômica, utilizou-

se o método do CAUE, que indica o momento ótimo de substituição do equipamento,

o que é muito importante para a empresa não se desfazer de equipamentos que

contribuem para o aumento dos lucros ou manter bens que lhe tragam prejuízo. A

vida econômica do novo equipamento ficou estimada em 10 anos de uso até este

período os custos com manutenção serão viáveis para manter o equipamento em

operação.

34

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O objetivo do pressente estudo foi apresentar resultados de viabilidade

econômica quanto à substituição de equipamento com o uso dos conceitos e

ferramentas da engenharia econômica que fornece conclusões viáveis para tomada

de decisões para investimentos. Conforme ficou demonstrado através do método do

CUSTO ANUAL UNIFORME EQUIVALENTE (CAUE). Nos dias atuais as empresas

na sua maioria estão envolvidas em mercados competitivo sendo necessário

elaborar um plano estratégico para garantir sua posição no mesmo buscando uma

melhoria contínua em todos setores da empresa.

35

REFERÊNCIAS

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LAKATOS,E.M. ; MARCONI, M. A. Metodologia do trabalho científico. 7. ed. 3. reimp. São Paulo: Atlas, 2010. NASCIMENTO, S. V. A importância da substituição de equipamentos. http:/www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/impressão artigo/1125. Acesso em: Set. 2013. ORSALES, CONTABILIDADE. Investimentos. Disponível em: http.//www.OrsalesContabilidade.com.br Acesso em: Fev.2014 PILÃO,N.E. ; HUMMEL,P.R.V. Matemática financeira e Engenharia econômica: A teoria e prática da análise de projetos de investimento. São Paulo: Thomson Learning, 2006.

PORTALDE CONTABILIDADE,Temáticas, Análise de Investimentos. Disponível em: http// www.Portaldecontabilidade.com.br/tematicas/analiseinvestimentos.htm. Acesso em: Abr. 2014

36

RIBEIRO,F.O.O. Estudo da utilização das técnicas para avaliação e seleção de projetos de investimentos na região de São José dos Campos. Dissertação de Mestrado – Fundação Alvares Penteado, 2002. ZANATA, A. Análise de investimento, Disponível em: Alexandre Zanata.blogspot.com/2012/Análise-de-investimento. Acesso em: Mar.2014.

37