CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA … · 2016-06-30 · ECR– Resposta Eficiente ao...
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CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA CURSO TÉCNICO EM LOGÍSTICA
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE ONLINE NAS EMPRESAS
JOSÉ APARECIDO ORTEGA LEONARDO BIAZAO BARRETO
MARINA TRONCO MARCOS AUGUSTO GONÇALVES BARROS
NAREL CAROLINE PEREIRA
PALMITAL 2013
JOSÉ APARECIDO ORTEGA LEONARDO BIAZAO BARRETO
MARINA TRONCO MARCOS AUGUSTO GONÇALVES BARROS
NAREL CAROLINE PEREIRA
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE ONLINE NAS EMPRESAS
Trabalho de conclusão de curso apresentado à ETEC prof. Mário Antônio Verza, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Técnico em Logística. Orientadora: Valdiza Maria do Nascimento Fadel
PALMITAL 2013
CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA
ETEC PROF. MÁRIO ANTÔNIO VERZA
JOSÉ APARECIDO ORTEGA LEONARDO BIAZAO BARRETO
MARINA TRONCO MARCOS AUGUSTO GONÇALVES BARROS
NAREL CAROLINE PEREIRA
A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE ONLINE NAS EMPRESAS
APROVADO EM ____/____/____
BANCA EXAMINADORA:
__________________________________________________________ VALDIZA MARIA DO NASCIMENTO FADEL – ORIENTADORA
__________________________________________________________ RANDAL DO VALE ORTIZ – EXAMINADOR
DEDICATÓRIA Dedicamos este trabalho a Deus pelo esplendor da vida, presente em todos os momentos; Às nossas famílias, pelo apoio, compreensão, carinho e paciência durante todo este curso, principalmente nos momentos de dificuldades.
AGRADECIMENTOS
Nosso muito obrigado primeiramente a Deus, a nossa orientadora Professora
Valdiza Maria do Nascimento Fadel, pelo auxílio durante o processo de orientação
deste trabalho, pois aliado à sua experiência profissional e intelectual, todas as dicas
e instruções foram imprescindíveis para o desenvolvimento e conclusão deste
trabalho.
Também agradecemos aos nossos familiares por nos terem apoiado e
entendido a nossa ausência, não só durante as aulas, mas especialmente durante o
processo de desenvolvimento deste trabalho.
Enfim, a todos, o nosso grande muito obrigado!
EPÍGRAFE
"A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória. Tática sem estratégia é o ruído antes da derrota.”
( Sun Tzu)
"Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível”.
( Sun Tzu)
RESUMO A globalização tem compelido as empresas a buscarem cada vez mais os recursos tecnológicos para controlar seus estoques e os gestores que abdicarem dessa tecnologia toda terá dificuldades com relação à competitividade, pois embora o estoque não seja visto por muitos empresários como fator de competitividade, ele pode representar entre 20 a 40% do preço do produto final. Nesse sentido, o presente trabalho apresenta as vantagens do controle de estoque informatizado, com a realização de pesquisas bibliográficas e de a pesquisa de campo no comércio da cidade de Palmital, por meio das quais foi possível concluir que há interesse dos empresários em adquirir sistemas de gerenciamento de estoques, porém ainda é preciso mais conhecimento por parte dos mesmos acerca do uso dessa ferramenta como fonte de produtividade e competitividade. Palavras-chave: Estoque; Controle; Competitividade; Tecnologia.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1 – Valor do rendimento nominal médio mensal……………………...... 27
FIGURA 2– Interesse na aquisição de site de controle de estoque.................... 28
FIGURA 3– Ferramentas de controle de estoque utilizadas pelas empresas..... 29
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
PIB – Produto Interno Bruto
PEPS – Primeiro que Entra, Primeiro que Sai
UEPS – Último que Entra, Primeiro que Sai
TR – Termo de Reabastecimento
SINDIEX– Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado do Espírito
Santo
MRP– Material Requirements Planning
SAP– Sistema da Administração da Produção
JIT– Just in Time
ERP–Enterprise Resource Planning
SEBRAE– Serviço Brasileiro de Apoio às Micros e Pequenas Empresas
EDI– Electronic Data Interchange
ECR– Resposta Eficiente ao Consumidor
WMS– Warehouse Management System ou Sistema de Gerenciamento de
Armazém
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................. 11
1.1 OBJETIVOS................................................................................................... 12
1.2 METODOLOGIA............................................................................................ 12
2 REFERENCIAL TEÓRICO.............................................................
2.1 CONCEITOS GERAIS...................................................................................
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2.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA.............................................................................. 15
2.3 A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE...................................... 15
2.3.1 Função do Controle de Estoque................................................................. 16
2.3.2 Objetivo do Controle de Estoque................................................................ 17
2.3.3 Custo de Estoque.......................................................................................
2.3.4 Planejamento de Estoque...........................................................................
2.3.5 Giro de Estoque..........................................................................................
2.4 TIPOS DE SISTEMA DE GESTÃO DE ESTOQUE.......................................
2.5 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS.....................................
2.6 DESAFIOS NO GERENCIAMENTO DE ESTOQUE.....................................
3 A ECONOMIA NO MUNICÍPIO DE PALMITAL.............................
4 PESQUISA DE CAMPO.................................................................
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................... 30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................ 31
APÊNDICES ..................................................................................... 35
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1 INTRODUÇÃO
Considerando que a falta de planejamento de um bom controle de estoque
pode trazer prejuízos para as empresas, os avanços tecnológicos têm auxiliado as
empresas a se manterem competitivas, permitindo a otimização sistêmica dos
processos organizacionais, principalmente no gerenciamento dos estoques.
Tendo em vista que a globalização facilita o acesso às informações, para um
gerenciamento de estoque eficiente e eficaz, o empreendedor precisa estar atento,
buscando inovações para manter a empresa sempre atualizada. Pensando nisso o
mercado traz várias novidades e inovações em softwares e sistemas de
comunicação que oferecem suporte para atender a grande variação acerca do porte
e do ramo de atividade das empresas.
Neste sentido, o problema identificado pelo presente trabalho é o grande
número de empresários que ainda não utilizam um controle de estoque
informatizado como ferramenta para auxiliar no gerenciamento organizacional,
fazendo o controle manualmente ou visualmente, podendo onerar custos de estoque
entre 25 e 40%, pois o controle manual não permite ao empresário atender as
exigências da demanda do mercado. Tal problema poderia ser minimizado por meio
do uso da Tecnologia da Informação neste processo.
Partindo deste pressuposto, o objetivo geral deste trabalho se contextualiza
em mostrar ao empresário os benefícios da utilização de um controle de estoque
online para contribuir para o aumento da competitividade empresarial por meio da
organização e otimização do estoque e principalmente, através da melhoria da
comunicação entre todas as partes envolvidas no processo de planejamento e
gestão do estoque.
Para que o objetivo do presente trabalho fosse alcançado, foram pesquisados
conceitos sobre controle de estoque, os quais foram apresentados no segundo
capítulo, onde foi discorrido sobre conceitos gerais como evolução histórica,
importância do controle de estoque, função, objetivo do controle de estoque, custos,
planejamento do controle de estoque. Foi citado também o giro de estoque, tipos de
sistema de gestão de estoque e desafios no gerenciamento de estoque.
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No capítulo seguinte foi feito um breve levantamento sobre a economia no
município de Palmital, por meio do qual foi possível identificar que o setor de
prestação de serviços é o que mais gera renda para o município.
No quarto capítulo foram apresentados os resultados da pesquisa de campo
realizada em algumas empresas na cidade de Palmital, a fim de saber o grau de
necessidade das mesmas acerca da necessidade de implantação do sistema de
controle de estoque online.
Dentro do contexto proposto, o presente trabalho é de grande importância,
pois tornar o controle de estoque um sistema online é uma alternativa inovadora,
aumentando a acessibilidade dos fornecedores de forma a não deixar faltar produto,
trabalhando numa espécie de “Just-in-Time”. Isto permitirá otimizar tempo e espaço
básico nas organizações, eliminando os gargalos desnecessários e possibilitando
maior lucratividade e competitividade.
1.1 OBJETIVOS
O objetivo geral deste trabalho se contextualiza em mostrar ao empresário os
benefícios da utilização de um controle de estoque online contribuindo com a
melhoria no gerenciamento de estoque, por meio da organização e otimização do
mesmo e principalmente, através da melhoria da comunicação entre todas as partes
envolvidas no processo de planejamento e gerenciamento do estoque.
Os objetivos específicos consistem em fazer um levantamento dos
empresários que utilizam ou não controle de estoque informatizado em suas
empresas na cidade de Palmital. Posteriormente expor os benefícios e vantagens do
desenvolvimento de um software de gerenciamento de estoque online, o que poderá
contribuir na redução dos custos empresariais, no aumento da produtividade e na
otimização do processo de planejamento, compra e estocagem na organização.
1.2 METODOLOGIA
Para o desenvolvimento do presente trabalho, foi realizada uma pesquisa
bibliográfica para levantamento de dados em livros e na internet sobre controle de
estoque e também pesquisas na internet para comparação dos dados.
Posteriormente foi realizada uma pesquisa de campo em empresas locais.
Na pesquisa bibliográfica foi possível obter informações conceituais sobre o
tema de acordo com vários autores. A pesquisa de campo foi aplicada por meio de
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um questionário contendo sete perguntas quantitativas e qualitativas, que serão
aplicadas em doze empresas na cidade de Palmital, SP.
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2 REFERENCIAL TEÓRICO
Neste capítulo serão apresentados os principais conceitos relacionados ao
tema, os quais foram transcritos em obras de autores especialistas sobre o assunto,
tais como Ballou, Ching, Dias, Gurgel, dentre outros.
2.1 CONCEITOS GERAIS
A estocagem de materiais é algo fundamental nas empresas, se tornando um
fator diferencial determinante para a qualidade total do produto. Segundo Ballou
(1993, p. 204) “o controle de estoque é a parte vital do composto logístico, pois estes
podem absorver de 25 a 40% dos custos totais, representando uma porção
substancial do capital da empresa”.
Uma boa administração de estoque pode diminuir custos, e agregar valor ao
produto. Isso acontece devido à integração com outros setores da administração
com o intuito de estocar somente o necessário.
De acordo com Bowersox e Closs (2001 p.254 - 255),
Dizem que o gerenciamento de estoque é o processo integrado pelo qual são obedecidas às políticas da empresa e da cadeia de valor com relação aos estoques. A abordagem reativa ou provocada usa a demanda dos clientes para deslocar os produtos por meio dos canais de distribuição. Uma filosofia alternativa é a abordagem de planejamento, que projeta a movimentação e o destino dos produtos por meio dos canais de distribuição, de conformidade com a demanda projetada e com a disponibilidade dos produtos.
Os Estoques podem ser separados em dois tipos. O primeiro trata-se do
estoque de matéria-prima e materiais auxiliares, onde é possível encontrar materiais
secundários, como componentes que irão integrar o produto final. São usualmente
compostos por materiais brutos destinados à transformação. Já o segundo trata-se
do Estoque de produtos acabados, que é composto pelo produto que teve
seu processo de fabricação finalizado. Em empresas comerciais é chamado de
estoque de mercadorias e usualmente são materiais que se encontram em depósitos
próprios para expedição sendo formados por materiais ou produtos em condições de
serem vendidos (FILHO, 2006).
Os estoques de produto acabado, matérias-primas e material em processo
não podem ser vistos como independentes. Quaisquer que forem as decisões
tomadas sobre um dos tipos de estoques terão influencia sobre os outros tipos de
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estoque, mas esta regra às vezes é esquecida nas estruturas de organização mais
tradicionais e conservadoras (DIAS, 1993).
O estoque representa o pulmão de uma empresa, pois é dele que a empresa
tira sua lucratividade, sendo de suma importância que ele seja gerenciado
adequadamente, para que não ocorram gastos desnecessários em todos os
processos, resultando em produtos e serviços competitivos.
2.2 EVOLUÇÃO HISTÓRICA
A necessidade de estocar e/ou guardar materiais existe desde os primórdios do
tempo, através de trocas de caças e utensílios, passando pela revolução industrial
onde se produzia, estocava, vendia ou trocava começando a se tornar uma atividade
comum entre as organizações, que devido à concorrência acirrada passaram a
valorizar e a dar maior importância aos seus métodos de estocagem, os tornando
fatores fundamentais para que elas pudessem se manter competitivas. Um fator
importante a ser colocado em pauta na revolução industrial é a troca de mão de obra
artesanal por máquinas, onde em função da demanda, a produção passou a ser feita
em larga escala, fazendo com que as empresas identificassem que o “diferencial”
poderia estar dentro delas mesmas, isto é, elas perceberam que poderiam enxugar
seus custos e despesas apenas otimizando seus processos de estocagem. A
constante evolução fabril trouxe essa necessidade átona para os empresários, que
cada vez buscaram atualizar seus processos através de instrumentos tecnológicos
de acordo com o tamanho e necessidade de cada empresa. (DINÂMICAS DA
LOGÍSTICA CONTEMPORÂNEA, 2010).
Neste sentido, atualmente as organizações, por uma questão de
sobrevivência e competitividade, também precisam gerenciar seus estoques para
que possam atingir a eficiência e a eficácia dos processos administrativos e desta
forma, ampliar a capacidade competitiva no mercado.
2.3 A IMPORTÂNCIA DO CONTROLE DE ESTOQUE
A gestão de estoque representa em uma empresa o gerenciamento,
planejamento, coordenação, execução, e todos os itens contabilizados assim como
de acordo com Corrêa (2001), os quais podem gerar acúmulos de recursos materiais
entre fases específicas de um processo de transformação. Esta razão, ou seja, o
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acúmulo de materiais significa acréscimo nos custos para a organização. A gestão
de estoques, quando realizada de maneira efetiva torna-se uma ferramenta de
incremento da competitividade de qualquer organização, mas para ser realizada de
maneira eficiente e eficaz depende de um estudo sobre o comportamento da
demanda à qual a organização está sujeita ao longo de sua existência.
É importante que a empresa tenha conhecimentos sobre a sua área de
atuação, levando em consideração fatores como sazonalidade, influências culturais,
novas tendências, leis e normas impostas, demanda declinante, cíclica, assim
minimizando o risco de falhas e a falta do produto, e de acordo com a idéia de Ching
(2001), para compreender totalmente o papel dos estoques, é necessário que seja
examinado dentro do contexto de todo o negócio, tornando-se parte das atividades
do planejamento empresarial, ou seja, o conhecimento das funções desempenhadas
pela organização bem como os clientes, o comportamento da demanda e dos
concorrentes, que é crucial para a construção de um modelo adequado de gestão
dos estoques.
Hoje, a capacidade de estocar de maneira correta está ligada diretamente ao
produto final, pois o custo da estocagem reflete diretamente na hora de colocar
produto no mercado com preço competitivo. Dentro do raciocínio de Slack (2001), o
termo competitividade como é um critério adotado pelos consumidores para a
escolha do seu parceiro ideal, mostrando que as organizações competitivas estão
cada dia mais confiantes em suas relações fornecedores/clientes/clientes dos
clientes.
Assim, a gestão de estoque tem que ser muito bem planejada, por uma
organização, com conhecimento na sua área de atuação, pois pode haver variações
na cadeia produtiva.
2.3.1 Função do Controle de Estoque
A função da administração do controle de estoque é reduzir o capital total
investido em estoques, pois ele é caro e aumenta continuamente. Uma empresa não
poderá trabalhar sem estoque, pois, sua função entre várias etapas de produção vai
até o final da venda do produto.
Segundo Furtado (2009), a função do controle de estoque é a de aumentar o
efeito lubrificante no retorno de vendas não realizadas, ajudando no ajuste do
planejamento de produção.
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É importante lembrar que para organizar um setor de controle de estoque,
inicialmente devem-se descrever suas funções principais, que de acordo com Dias
(1993, p.29), são:
Determinar “o que” deve permanecer em estoque. Número de itens; determinar “quando” se devem reabastecer os estoques. Periodicidade; determinar “quanto” de estoque será necessário para um período predeterminado; acionar o departamento de compras para executar aquisição de estoque; receber, armazenar e atender os materiais estocados de acordo com as necessidades; controlar os estoques em termos de quantidades e valor, e fornecer informações sobre a posição do estoque; manter inventários periódicos para avaliação das quantidades e estados dos materiais estocados; e identificar e retirar do estoque os itens obsoletos e danificados.
Assim, o controle de estoque é muito importante para a empresa, pois é ele
que controla o desperdício, seleciona valores para análise e apura o investimento
excedente, podendo prejudicar o capital de giro.
2.3.2 Objetivo do Controle de Estoque
O objetivo do controle de estoque é evitar a falta de material, sem exageros
às necessidades da empresa e tem também como objetivo qualificado o
planejamento da estocagem, assim como, controlar e fazer o replanejamento do
material armazenado. (BALLOU, 2007).
Este controle tenta manter os níveis estabelecidos em equilíbrio com as
necessidades de consumo ou das vendas e os custos destes decorrentes.
Partindo deste paradigma, Tavares (2010, p.79),
O objetivo do controle de estoques é evitar a falta de material e/ou de produtos, sem contudo, mantê-los em quantidades que ultrapassem as expectativas reais: os níveis devem ser estabelecidos em equilíbrio com as demandas de consumo.
Dessa forma, otimizar o investimento em estoque, aumentando o uso dos
meios internos da empresa, diminuindo as necessidades de capital investido
também é um objetivo.
2.3.3 Custo de Estoque
Toda vez que uma empresa emite um pedido, ocorre um custo. Esses custos
podem ser fixos ou variáveis. Os custos fixos são associados aos salários de
funcionários ligados na emissão de pedidos. Os custos variáveis estão no percurso
de pedidos de fornecedores, e também nos recursos necessários para tal
procedimento.
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Os custos de manutenção de estoque juntam-se as despesas de
armazenamento, como: altos volumes, controles excessivos, espaço físico,
movimentação de produtos ou materiais, sistema de informação específico e outros.
Além disso, os itens estão sujeitos a perdas e roubos, aumentando mais os
custos de manter estoques.
Muitas vezes as empresas diminuem seus estoques para evitar custos, mas
corre o risco da falta do produto, acarretando sérios prejuízos a empresa como
atraso na entrega e até cancelamento do pedido. Isso estará desgastando a imagem
da empresa, pois quando ela deixa de entregar a mercadoria gera transtornos
(imagem, concorrência, custos, etc.). (POZO, 2010).
Conforme Slack (2007) define-se os custos de estoque na tomada de decisão
de quanto comprar, onde os gerentes de produção primeiro tentam identificar os
custos que serão afetados por sua decisão, sendo bastante relevantes, como:
custos de colocação do pedido (cada vez que um pedido é colocado para
reabastecer estoque, são necessárias algumas transações que representam custos
para a empresa), custos de desconto de preços (os fornecedores oferecem
descontos sobre o preço normal de compra para grandes quantidades), custos de
falta de estoque (se a decisão de quantidade de pedido for errada e a empresa fica
sem estoque, haverá custos incorridos por ela, pela falha no fornecimento aos
consumidores), custos de capital de giro (quando um pedido de reabastecimento é
colocado, os fornecedores vão demandar pagamento por seus bens. Quando a
empresa fornece para os seus próprios consumidores, irá demandar o pagamento.
Todavia, provavelmente haverá um lapso de tempo entre pagar os fornecedores e
receber pagamento de consumidores. Durante esse tempo, é necessário ter fundos
para manter os estoques. Os custos associados ao capital de giro são os juros, que
a empresa paga ao banco por empréstimos, ou os custos de oportunidade, de não
investir em outros lugares), custos de armazenagem (são os custos associados à
armazenagem física dos bens- alocação, climatização e iluminação do armazém),
custos de obsolescência (se a empresa escolhe uma política de pedidos que
envolva pedidos de quantidades muito grandes, significará que os itens estocados
permanecerão longo tempo armazenado, existindo o risco de que esses itens
possam tornar-se obsoletos - em desuso) e custos de ineficiência de produção (altos
níveis de estoque impedem a empresa de ver a completa extensão de problemas
dentro da produção).
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Assim é fundamental que as organizações busquem um equilíbrio quanto ao
nível de estoques, o que pode ser conseguido por meio do planejamento e controle
adequado.
2.3.4 Planejamento de Estoque
O planejamento do estoque é muito importante, pois orienta outras atividades
da empresa.
Segundo Albuquerque (2006) planejamento é o processo de organizar
antecipadamente a finalidade da organização ou projeto, definir objetivos e prever as
atividades e recursos necessários para atingi-los.
Para gerenciar os estoques, as empresas contam com alguns tipos de
planejamento, como estoque sazonal, regular, de segurança, obsoleto, entre outros.
O estoque sazonal ou de antecipação é aquele criado para abastecer a
produção e a demanda variável. Os estoques podem ser abastecidos
antecipadamente, quando estes períodos são previstos. (ALVARENGA, 2008).
Muitas empresas precisam produzir seu estoque sazonal, tendo que a
produção de produtos para atender períodos sazonais, ou seja, períodos em que a
demanda sofre alterações. Então, quando a procura é menor a empresa precisa ter
um nível de estoque mais baixo e vice-versa, o que permite a adaptação da empresa
com relação às necessidades do mercado.
Neste sentido, a idéia de Almeida e Schüter (2012, p.126) aborda que o
estoque de antecipação é feito quando se encontra sazonalidade da demanda, como
a produção de ovos de páscoa, que se inicia em dezembro do ano anterior à
páscoa, e vai sendo estocado.
O estoque regular ou cíclico pode ser explicado como uma quantidade média
de estoque reservado a demanda de entregas do fornecedor. A dimensão desse
estoque é o resultado da produção/ compra de material em grandes lotes. O
tamanho dos lotes é proporcional ao transporte, ou seja, seu aumento compromete o
aumento dos custos também. (BARBOSA, 2009)
Segundo Alvarenga (2008) o estoque regular é necessário para satisfazer a
demanda média durante o tempo entre os reabastecimentos sucessivos, que
dependem do tamanho dos lotes de produção; quantidades econômicas de
embarque; limitações do espaço de estocagem; termos de reabastecimento e ou
estoque (TR) e custo da manutenção do estoque.
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O estoque de segurança pretende proporcionar um nível de atendimento
exigido, anulando riscos de possível orçamento do suprimento ou demanda. Leva
em consideração a probabilidade de incerteza e é classificado como de natureza
probabilística. Este estoque serve para segurança e combater incertezas, se a
demanda ultrapassar as expectativas. Quanto mais incerteza na demanda, maior a
necessidade de se manter os estoques de segurança. (BARBOSA, 2009).
Para Fullmann et al. (1989), o primeiro elemento para o dimensionamento do
estoque de segurança é a incerteza da demanda durante o prazo de reposição, o
segundo aspecto é a importância do nível de serviço para o cliente e o terceiro a
importância do inventário.
O estoque obsoleto ou morto é o estoque que se deteriorou, venceu ou foi
danificado ou reprovado na linha de produção. (ALVARENGA, 2008).
Segundo o glossário logístico do Sindiex (Sindicato do Comércio de
Exportação e Importação do Estado do Espírito Santo), o estoque obsoleto é um
estoque que não pode ser ou que provavelmente não será consumido em processos
futuros de produção ou vendido da maneira usual.
Conforme Ballou (2001) o estoque obsoleto, morto ou evaporado é o estoque
que sempre se deteriora, fica ultrapassado ou acaba sendo perdido/ roubado
durante um armazenamento prolongado.
Esses tipos de estoque auxiliam no planejamento e gerenciamento de
estoque da empresa.
2.3.5 Giro de Estoque
O giro de estoque é um indicador fundamental no processo de gerenciamento
de estoques, pois mostra o seu desempenho. Ele ajuda a medir a qualidade e é um
indicador que pode ser utilizado no estoque de qualquer empresa, independente de
tamanho dela.
O resultado do giro de estoque representa quantas vezes cada item foi
renovado em um determinado período. Para calcular o giro é necessário somar tudo
o que foi vendido em um determinado período e dividir pela média do estoque,por
exemplo, se um estoque tiver em média de 20 computadores, for vendidos 10 e
comprados 10, o giro foi de 5, pois metade do estoque foi renovado.
Conforme Ballou (2006, p.304),
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O procedimento de giro de estoques figura entre os mais praticados dos métodos de controle agregado de estoques. Trata-se da razão entre as vendas anuais ao custo de estoque e o investimento médio em estoque para o mesmo período de vendas, onde as vendas e os investimentos em estoque são avaliados no elo do canal logístico onde os itens são mantidos. Ou seja, Giro = Vendas anuais a custo de estoque Investimento médio em estoque A aceitação desse giro de medição se deve indubitavelmente à pronta disponibilidade de dados (os balanços financeiros da empresa) e à simplicidade do próprio giro de estoque. Diversos giros de estoque podem ser especificados para classes diferentes de produtos ou para o estoque inteiro.
Gitman (2006) complementa com a ideia de que o giro de estoque
comumente mede a atividade, ou liquidez, do estoque de uma empresa. Ele é
calculado pela divisão do custo dos produtos vendidos pelo estoque, cujo resultado
representará o giro de estoque.
2.4 TIPOS DE SISTEMA DE GESTÃO DE ESTOQUE
Os avanços tecnológicos e a crescente demanda de produtos trouxeram as
empresas à necessidade de se atualizarem e de alguma forma, informatizando seus
estoques.
O mercado atual de software traz grandes novidades e variedades de
produtos voltados para a área. Porém, é de extrema importância que esses sistemas
sejam aplicados de forma correta.
Para Laudon e Laudon (2004), existem diferentes tipos de sistemas, isso
porque há diferentes interesses, especialidades e níveis dentro de uma organização.
De acordo com o pensamento dele, nenhum sistema sozinho poderá oferecer e
fornecer todas as informações das quais uma empresa precisa. Um dos sistemas de
informação utilizado pelas empresas é o de controle de estoque; neste sistema
constam todas as informações do produto, código de identificação, descrição,
número de quantidades existentes e saídas dos produtos; deve constar também o
nível de estoque mínimo, para que seja alertado da necessidade de fazer reposição,
evitando a falta do produto em estoque. Esse sistema ainda produz relatórios com
todas as informações de entradas, saídas e devoluções de cada produto.
Para gerenciamento em escala industrial, foram criados vários softwares, tais
como EDI, ERP, MRP, ECR, WMS. Porém, o que mais se destacou entre eles foi o
material requirements planning, ou cálculo das necessidades dos materiais (MRP).
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Segundo Corrêa e Gianesi (1996), o MRP “É um Sistema de Administração
da Produção (SAP) de grande porte que mais têm sido implantados pelas empresas,
ao redor do mundo, desde os anos 70”.
De acordo com a ideia de Dias (1995), os objetivos do MRP podem ser o de
garantir a disponibilidade de matérias, componentes e produtos para garantir ao
planejamento da produção e às entregas dos clientes; o de manter os inventários no
nível mais baixo possível e o de planejar atividade de manufatura, de suprimentos e
de programação de entregas.
O MRP basicamente funciona com a implantação do JIT (Just in time), tendo
como principal objetivo melhorar constantemente os métodos de produção de forma
sistematizada e continua, evitando agregar valor ao produto gerando desperdícios.
Segundo Laugeni e Martins (1999), o sistema Just in Time (JIT), foi
desenvolvido na Toyota Motor Company no Japão. Pode se dizer que a técnica foi
desenvolvida para combater o desperdício. Toda atividade que consome recursos e
não agrega valor ao produto é considerado um desperdício. Além de eliminar
desperdícios, a filosofia JIT procura utilizar a capacidade plena dos colaboradores,
pois a eles é delegada a autoridade para produzir itens de qualidade para atender,
em tempo, o próximo passo do processo produtivo.
2.5 SISTEMA DE GERENCIAMENTO DE ARMAZÉNS (WMS)
O WMS é um sistema operacional direcionado a cadeia de suprimentos de
uma empresa (supply chain), através de códigos de barras e dispositivos móveis ele
monitora em tempo real seu estoque de maneira totalmente informatizada,
fornecendo relatórios e informações, eliminando as chances de erros e otimizando
toda a cadeia de suprimentos da empresa.
De acordo com Banzato (1998), um WMS é um sistema de gestão de
armazéns, que otimiza todas as atividades operacionais (fluxo de materiais) e
administrativas (fluxo de informações) dentro do processo de armazenagem,
incluindo recebimento, inspeção, endereçamento, estocagem, separação,
embalagem, carregamento, expedição, emissão de documentos, inventário, entre
outras, que integradas atendem às necessidades logísticas, maximizando os
recursos e minimizando desperdícios de tempo e de pessoas.
Já para Arbache, Santos, Montenegro e Salles (2004), o sistema agiliza o
fluxo de informações dentro de uma instalação de armazenagem, melhorando a
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operacionalidade da mesma e promovendo a otimização do processo, pelo
gerenciamento eficiente de informação e recursos, o que permite a empresa tirar o
máximo proveito dessa atividade. As informações podem ter origem dentro ou fora
da empresa (clientes, fornecedores, etc.). O sistema utiliza essas informações para
executar as funções básicas do processo de armazenagem: receber, estocar,
separar.
Basicamente o WMS procura otimizar todo o sistema logística da empresa
possuindo diversas funções para apoiar a estratégia de logística operacional direta
de uma empresa e segundo Banzato (1998), entre elas estão: A Programação e
entrada de pedidos; O Planejamento e alocação de recursos; A Portaria; O
Recebimento; A Inspeção e controle de qualidade; A Estocagem; As Transferências;
A Separação de pedidos; A Expedição; Os Inventários; O Controle de contenedores
e Relatórios.
Contudo, é importante que o empresário compreenda que a implantação
deste programa tem que ser avaliada como um investimento e não como um gasto,
isto é, a implantação desse software trará um padrão de qualidade a empresa, e
todo um suporte em todos os processos da cadeia de atividade da empresa,
contribuindo para o aumento da capacidade competitiva empresarial.
2.6 DESAFIOS NO GERENCIAMENTO DE ESTOQUE
O processo de gerenciamento de estoque abrange um conjunto de atividades
e atribuições, tais como: o controle e o gerenciamento dos prazos de entrega; os
tempos de reposição de matéria-prima; avaliação das necessidades de manter
quantidades maiores de estoque enquanto a produção permanece contínua;
administração de cancelamento de pedidos e/ ou devoluções de produtos acabados;
o estabelecimento da análise da variação da quantidade a ser produzida e o impacto
que isso causa na gestão de materiais, permitindo a avaliação acerca da parada da
produção por falta de material e o gerenciamento dos espaços para
armazenamento. (MARQUES e ODA, 2012).
Estas atividades representam grandes desafios no contexto empresarial, visto
que as peculiaridades de cada organização demandam formas de planejamento e
gerenciamento de estoques personalizadas.
Segundo Marques e Oda, 2012, p.119,
24
O primeiro grande desafio do gerenciamento de estoque é compreender se os estoques derivarão de demandas dependentes ou independentes. Demandas dependentes são as que dependem diretamente da organização, é quando a decisão com relação a quanto e quando produzir é interna, ou seja, é dependente exclusivamente de decisões internas. Já as demandas independentes ocorrem quando a decisão de demanda é externa, depende dos consumidores, assim quando e quanto será necessário produzir dependerá do mercado. Assim, o desafio maior é compreender quando e quanto o mercado irá adquirir de produtos e, por consequência, quanto deverá ser adquirido ou estocado.
O desafio do gerenciamento de estoque é atender ao cliente final sem ter
custos desnecessários, não podendo faltar produtos aos clientes, nem existir
estoque elevado.
O ideal para as empresas seria ter condições de informatizar sua gestão,
desde a entrada até a saída de mercadorias, sendo necessário analisar sempre as
vendas no sistema e o tempo que a mercadoria fica no estoque.
Segundo o SEBRAE, quando o produto fica muito tempo no estoque, é
necessário analisar se há defeito no produto, se o mesmo teve a oportunidade de
exposição na área de vendas, se ele foi oferecido pelos vendedores nas vendas e se
existe rejeição por parte dos clientes.
Essas questões poderão ajudar a diagnosticar e contribuir nas possíveis
soluções, como por exemplo, se um produto estiver com defeito, será necessário
negociar com os fornecedores para trocar-lo. Se há problema de exposição e oferta,
há a necessidade de criar espaços para os produtos serem expostos e criar metas
de vendas para os vendedores oferecerem os produtos. E quando existe rejeição, é
importante analisar se o produto tem o perfil dos clientes, se está com defeito, entre
outras questões.
Então, a gestão de estoques deverá buscar estabelecer um equilíbrio no nível
do estoque, no qual não poderá ocorrer Stockout1 e nem excesso de produtos. Isto
porque a quantidade a ser mantida em estoque deve ser definida com base na
demanda.
De acordo com Gurgel e Francischini, as demandas se classificam em: Demanda Independente: relacionada com as condições do mercado e, portanto, fora do controle da empresa. É o caso de produtos acabados e peças de reposição; Demanda Dependente: cujo consumo depende da demanda conhecida e está sob o controle da empresa, de outro item do qual é intimamente
1 Falta de Estoque. Sindiex- Sindicato do Comércio de Exportação e Importação do Estado de
Espírito Santo.
25
relacionada. Assim, a demanda pode ser calculada e programada internamente. É o caso de matérias-primas e componentes para montagem.
Cada um desses tipos de demanda pode ser conhecido com base no
comportamento do mercado. Na demanda constante, a quantidade consumida não
varia ao longo do tempo. Se as condições de contorno que determinaram este
comportamento no passado forem as mesmas no futuro, a previsão da demanda é
extremamente fácil de ser feita na demanda variável, a quantidade consumida
altera-se ao longo do tempo, aumentando ou diminuindo de acordo com as
necessidades dos clientes.
Um gerenciamento de estoque informatizado irá auxiliar na interligação entre
a demanda e os níveis de estoques adequados.
Com a utilização de sistemas apropriados, as empresas terão um fator
importante de competitividade.
26
3 A ECONOMIA NO MUNICÍPIO DE PALMITAL
Segundo o site da cidade de Palmital - SP, o desbravador da região onde hoje
é o município de Palmital foi João Batista de Oliveira Aranha que veio de São
Manoel em 1886 e fixou residência na Água da Aranha.
Ele propagou em São Manoel a fertilidade das terras da região e trouxe pra cá
novos moradores. Em 1891, Manoel José Batista estabeleceu-se com sua família na
Água da Fartura; em 1898, Joaquim Silvério da Cruz fixava-se em Água Clara; no
mesmo ano, Salvador Ricci desbravava a Água das Anhumas. Seguiram-se a estes,
Júlio d’Oliveira Castanha e Licério Nazareth de Azevedo, por volta de 1910, vindos
de Campos Novos Paulista.
Ao mesmo tempo abriu-se o hotel Licério Nazareth de Azevedo, o
comerciante Elias Chedid ali instalava um armazém. Ao redor dessas duas
construções surgiu um pequeno povoado.
As terras em que se assentavam pertenciam a Severino Francisco da Costa,
grande fazendeiro que, a fim de facilitar o povoamento, dividiu-as em lotes. Em
pouco tempo os lotes estavam vendidos, e o povoado crescia. Foi então construída
a primeira capela, sob a invocação de São Sebastião, por iniciativa de Cândido Dias
de Melo, Francisco Machado, Francisco Durate e Licério Nazareth de Azevedo, os
quais convidaram o padre Antônio Pereira, da paróquia de Campos Novos, para
celebrar a missa inaugural. O povoado, que recebera o nome de Palmital em vista
do grande número de palmeiras existentes na região, cresceu rapidamente. Com o
avanço da Estrada de Ferro Sorocabana para o sudeste do Estado, por volta de
1913 seus trilhos alcançaram Palmital, criando-se um Posto Ferroviário onde hoje se
localiza a Estação. Cresceu o pequeno povoado com a instalação de casas
comerciais e a chegada de agricultores atraídos pela fertilidade do solo.
A terra roxa própria para a cultura do café foi um atrativo aos lavradores de
terras menos férteis. Com o rápido desenvolvimento da agricultura, os grandes
proprietários lotearam suas terras, facilitando o desenvolvimento da região.
Em 1919, como sede de Município autônomo, já se tornara centro comercial
importante. Sua agricultura dava a Palmital aspectos de cidade pioneira de uma
zona agrícola. Em 1942, o desgaste do solo e as fortes geadas causaram grandes
perdas aos agricultores de café e comerciantes da cidade. Com a perda dos
27
cafezais, os agricultores substituíram-nos pelas lavouras de milho, mamona, arroz,
cana-de-açúcar, feijão e outros cereais, mas o café não deixou de ser cultivado. Até
1968, o café foi à base da economia, já que as outras culturas de lavouras não
deram tão certo, seguido pelo desenvolvimento do plantio da soja, milho e trigo,
favorecidos pela mecanização da agricultura. Por outro lado, o município é um dos
principais fabricantes de aguardente de cana, e tem pequenas indústrias de móveis
e de derivados de mandioca.
Palmital teve sua fundação oficial em 20 de janeiro de 1886 há 124 anos e
segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), no Censo
Demográfico realizado no ano de 2010, Palmital tem uma população de 21.186
habitantes, dos quais 10.353 são homens e 10.833 mulheres.
O gráfico abaixo demonstra os valores do rendimento nominal médio mensal
da zona rural e da zona urbana.
Figura 1 - Valor do Rendimento Nominal Médio Mensal
Fonte: IBGE, 2010
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Palmital, o comércio do
município hoje está distribuído em 536 empresas formais, contudo, existem muitos
empreendedores em todos os setores empresariais, os quais podem estar
trabalhando na informalidade, o que pode aumentar esse número, principalmente no
setor de prestação de serviços.
O Produto interno bruto (PIB) do Município de Palmital, que denota a grande
participação do setor de serviços da cidade, com um montante de cerca de
R$250.000,00, seguido pela indústria com cerca de R$110.000,00 e pela
agropecuária com menos de R$100.000,00.
28
4 PESQUISA DE CAMPO
A seguir serão demonstrados os resultados obtidos na pesquisa de campo, na
qual foram entrevistadas doze empresas na cidade de Palmital.
O primeiro dado obtido por meio da pesquisa foi que 75% das empresas
pesquisadas já possuem sistema de estoque informatizado, e apenas 25% não
possuem, nas quais é necessário desenvolver um sistema de gestão de estoque.
A figura dois mostra que 83% das empresas tem interesse em adquirir um site
para controlar seu estoque via online e 17% das empresas não têm esse interesse.
Conclui-se que a maioria das empresas estão interessadas em adquirir essa
ferramenta para auxiliar o gerenciamento de seu estoque.
Figura 2 – Interesse na aquisição de site de controle de estoque.
83%
17%
Sim.
Não.
Fonte: Elaborada pelos autores (2013).
Com relação à tentativa de implantação de um sistema de gestão de estoque
informatizado, a maioria das empresas respondeu que já tentou implantar um
sistema. Esses dados permitem a suposição de que falta qualificação no
planejamento, implantação e controle de um sistema de gestão de estoque
adequado às necessidades individuais das organizações.
Na figura 3 é possível observar as ferramentas que as empresas utilizam para
controlar seu estoque, na qual 75% utiliza um software e uma pequena porcentagem
ainda utilizam sistemas manuais.
29
Figura 3 – Ferramentas de controle de estoque utilizadas pelas empresas
9%8%
0%
8%
75%
Caderneta.
Ficha.
Não faz.
Planilha Excel.
Software
Fonte: Elaborado pelos autores (2013).
O resultado da pesquisa demonstrou que, apesar da importância do
gerenciamento de estoque para a competitividade empresarial, algumas empresas
ainda enfrentam muitas dificuldades acerca, pois não possuem conhecimento
técnico da prática adequada dos sistemas existentes e ainda, quanto ao
investimento necessário para a implantação de um sistema eficiente de gestão de
estoques.
30
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A competitividade de mercado atingiu vários níveis de atuação e
diversificação, seja ela local regional ou internacional. Isso acontece porque as
empresas estão tendo que competir não só com empresas locais, mas também com
o comércio virtual, os quais cada vez mais têm tomado uma fatia considerável dentro
do mercado.
Com toda essa competitividade surgiu a necessidade dos empresários de
tornarem seus processos de gestão de estoque físicos informatizados, contribuindo
para a otimização de tempo, de espaço e dinheiro dentro do processo de
gerenciamento global das organizações.
Contudo, a pesquisa de campo demonstrou que para que isso aconteça é de
suma importância que o empresário tenha conhecimento dos benefícios que isto
trará para sua empresa. A utilização desta ferramenta pode melhorar os processos
de cotações, auxiliando na relação fornecedor com a empresa, pois através de
cotações online a tendência é que o custo do produto diminua e os custos com
intermediários sejam extintos e os processos de reposição mais rápida no estoque
de acordo com a necessidade e demanda.
Dentre muitas outras contribuições, a pesquisa bibliográfica permitiu
compreender que os sistemas informatizados tem se tornado cada vez mais um fator
diferencial e determinante para o sucesso da empresa e que é preciso que esse
processo de informatização se torne algo mais comum e de fácil acesso, para que
assim a empresas atinjam seus objetivos, para que elas possam ser mais
competitivas no cenário do atual mercado.
De uma forma geral, o trabalho atingiu seu objetivo de expor informações aos
empresários de quanto é importante o controle de estoque, podendo ajudar qualquer
tipo de empresa acerca da importância deste processo. Ainda, as informações que
nele estão expostas poderão servir como parâmetro para os gestores que possuem
dúvidas sobre o assunto e não sabem por onde começar a implantação da gestão
de estoque informatizado, o que de uma forma indireta poderá contribuir para o
desenvolvimento das empresas locais e, consequentemente da economia da cidade
de Palmital, estado de São Paulo.
31
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2002.
36
APÊNDICE A – Modelo do Questionário utilizado na Pesquisa de Campo
1. A empresa possui um sistema controle de estoque informatizado?
a) ( ) Sim.
b) ( ) Não.
2. A empresa tem interesse em conhecer um software de gestão de controle de
estoque?
a) ( ) Sim.
b) ( ) Não.
3. A empresa tem interesse em adquirir um site para controlar seu estoque via
online?
a) ( ) Sim.
b) ( ) Não.
3.1 Em caso positivo, seria melhor que o sistema fosse:
a) ( ) Pago.
b) ( ) Gratuito.
4. A empresa possui computador (es) com acesso a internet?
a) ( ) Sim.
b) ( ) Não.
5. A empresa já tentou implantar algum sistema de gestão de estoque
informatizado?
a) ( ) Sim.
b) ( ) Não.
5.1 Em caso negativo, por quais os motivos a empresa não tentou?
a) ( ) Custo elevado.
b) ( ) Acessibilidade (falta de informação ,conhecimento sobre o assunto).
c) ( ) Falta de funcionários qualificados.
d) ( ) Outro. Especifique: ________________________________________.
6. Como é feito o controle de estoque na sua empresa?
a) ( ) Caderneta.
b) ( ) Ficha.
c) ( ) Não faz.
d) ( )Planilha Excel.
e) ( )Software.
37
7. A empresa acredita que terá benefício com a gestão de estoque informatizado via
online?
a) ( ) Sim.
b) ( ) Não.
7.1 Em caso positivo, qual benefício?
a) ( ) Evitar falta de produtos no estoque.
b) ( ) Ponto de pedido adequado.
c) ( ) Monitoramento eficiente e eficaz do estoque da empresa.(Entrada e saída)
d) ( ) Outros – Especificar _____________________________________________.