Centro Universitário Hermínio Ometto - Livros Grátislivros01.livrosgratis.com.br/cp034677.pdf ·...

56
Centro Universitário Hermínio Ometto UNIARARAS LUCIANO AUGUSTO GUIDI DE FARIAS CIRURGIÃO DENTISTA PREVALÊNCIA DA AGENESIA DENTÁRIA DE JOVENS DO GÊNERO FEMININO DA REGIÃO DE GOIÂNIA-GO ARARAS/SP OUTUBRO/2005

Transcript of Centro Universitário Hermínio Ometto - Livros Grátislivros01.livrosgratis.com.br/cp034677.pdf ·...

Centro Universitário Hermínio Ometto

UNIARARAS

LUCIANO AUGUSTO GUIDI DE FARIAS CIRURGIÃO DENTISTA

PREVALÊNCIA DA AGENESIA

DENTÁRIA DE JOVENS DO GÊNERO

FEMININO DA REGIÃO DE GOIÂNIA-GO

ARARAS/SP

OUTUBRO/2005

Livros Grátis

http://www.livrosgratis.com.br

Milhares de livros grátis para download.

1

Centro Universitário Hermínio Ometto

UNIARARAS

LUCIANO AUGUSTO GUIDI DE FARIAS

CIRURGIÃO DENTISTA [email protected]

PREVALÊNCIA DA AGENESIA

DENTÁRIA DE JOVENS DO GÊNERO

FEMININO DA REGIÃO DE GOIÂNIA-GO

Projeto de Pesquisa apresentado ao Centro

Universitário Hermínio Ometto – UNIARARAS,

como parte integrante da avaliação para

obtenção do Título de Mestre em Odontologia,

Área de Concentração em Ortodontia.

Orientador: Prof. Dr. Waldocyr Simões

e-mail: [email protected]

Co-Orientador: Prof. Dr. Paulo César Raveli

Chiavini

e-mail: [email protected]

ARARAS/SP

OUTUBRO/2005

2

Centro Universitário Hermínio Ometto UNIARARAS

FOLHA DE APROVAÇÃO

A dissertação Intitulada: “PREVALÊNCIA DA AGENESIA DENTÁRIA

DE JOVENS DO GÊNERO FEMININO DA REGIÃO DE GOIÂNIA-G O”,

apresentada à UNIARARAS – Centro Universitário Hermínio Ometto, para

obtenção do grau de Mestre em Odontologia, área de concentração em

Ortodontia em __ de ___________ de 2005, à Comissão Examinadora abaixo

nominada, foi aprovada após liberação pelo orientador.

___________________________________________ Profa. ___________________________________________ Prof. Dr. ___________________________________________ Prof. Dr.

3

DEDICATÓRIA

Aos meus pais, Marcos e

Magda, meus verdadeiros mestres que

estão sempre ao meu lado, pelo

incentivo e apoio para a busca dos meus

sonhos.

Às minhas irmãs, Fernanda e

Marielza, pela nossa união e amizade.

À minha esposa, Andressa,

por ser a minha grande

companheira, melhor amiga, sonharmos

os mesmos sonhos e por me fazer tão

feliz.

A toda a minha família,

por desfrutarmos de uma

convivência tão harmoniosa.

4

AGRADECIMENTOS

À UNIARARAS, representada pela sua magnífica Reitora Profa Dra. Miriam de

M. O. Levada e pelo Pró-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa Prof. Dr.

Marcelo A. M. Esquisatto.

Ao Prof. Dr. Mário Vedovello Filho, Coordenador do curso de Mestrado em

Ortodontia da Faculdade de Odontologia da UNIARARAS, pela atenção

dispensada e por nos dar esta oportunidade para crescermos

profissionalmente.

Ao Prof. Dr. Eduardo Alvares Dainesi e à Profa Dra. Márcia Yuri Kawauchi,

ilustres Mestres que me guiaram pelos caminhos da ciência dando

ensinamentos valiosos para o exercício da Ortodontia, a minha eterna gratidão.

Aos Profs. Dr. Waldocyr Simões, pela orientação e ao Dr. Paulo César Raveli

Chiavini pela co-orientação neste trabalho.

À Prfofa Dra. Heloisa Cristina Valdrighi, pelas sugestões que enriqueceram o

nosso trabalho.

Ao colega e amigo Hassan Yusef Saleh, exemplo de ética e profissionalismo,

pela confiança, apoio e orientações para a minha melhor formação profissional.

Aos colegas e amigos de turma Layrton, Leonardo, Daniel, Jucelino e aos

demais, pelo companheirismo, apoio, conselhos, compreensão, enfim, por

terem transformado todos estes anos em um período agradável e inesquecível.

A todo o corpo docente do Curso de Pós-graduação em Ortodontia da

Faculdade de Odontologia da UNIARARAS, pela cooperação e ajuda nos

momentos necessários.

5

A todos os funcionários do Curso de Pós-graduação da Faculdade de

Odontologia da UNIARARAS, pelo auxílio permanente e momentos de

descontração e alegria.

À clínica Orthoface Odontologia LTDA – Goiânia, Go, na pessoa do

coordenador da clínica e responsável técnico Daniel Saddi Domingues, pela

contribuição e por permitir o uso de toda a sua estrutura, sem os quais não

seria possível a realização deste trabalho.

A todas as jovens pesquisadas, por permitirem a análise de suas radiografias

panorâmicas e pela compreensão da importância da sua colaboração para este

trabalho e para a ciência.

A todas as pessoas, presentes fisicamente ou não, que contribuíram para que

este objetivo fosse alcançado.

6

“As pessoas podem duvidar do que você diz,

mas acreditarão sempre no que

você faz”.

Ralph W. Emerson

7

RESUMO

A agenesia de um ou mais dentes apresenta-se como uma anomalia do

desenvolvimento dentário bastante freqüente, podendo atingir ambas

dentições, causar modificações na forma e tamanho dos dentes homólogos e

sucessores. Diante disso, desenvolveu-se um trabalho que apresentou como

objetivos: avaliar a prevalência da agenesia dentária no gênero feminino; a

porcentagem de cada elemento dentário; se existe ou não diferença entre o

arco superior e o inferior, o lado direito e o esquerdo e a relação entre a

unilateralidade e a bilateralidade. Para a realização deste trabalho, foram

utilizadas 1000 (um mil) radiografias panorâmicas de pacientes do gênero

feminino, leucodermas, compreendidos na faixa etária dos 08 aos 15 anos, da

região de Goiânia – Goiás. Os dados obtidos radiograficamente foram

submetidos a um levantamento estatístico, e permitiram concluir que: na

amostra populacional examinada a prevalência das jovens que possuem algum

tipo de hipodontia estava ao nível de 7,9%, excluindo-se os terceiros molares e

sendo todos na dentição permanente. Os dentes mais envolvidos na ordem de

ausência foram os incisivos laterais superiores, segundos pré-molares

inferiores e segundos pré-molares superiores. A proporção de agenesias na

maxila é significantemente maior do que na mandíbula, e há um equilíbrio entre

os lados direito e esquerdo sendo que a predominância maior é no direito, e a

maioria dos padrões encontram-se unilateralmente simétricos.

Palavras-chaves: Radiografia Panorâmica / Agenesia dentária

8

ABSTRACT

The agenesis in one or more teeth occurs as a very frequent abnormality

of the dental development with the possibility to reach both teething, causing

modifications on the size and shape of the homologous and following teeth. For

this reason a research was developed with the following objectives: evaluating

the prevalence of dental agenesia in the female gender; percentage of each

dental element; if there is or not a difference between inferior and superior arch,

right and left side and the relation between unilaterality and bilaterality. To

conduct this study, use was made of 1000 (one thousand) panoramic

radiographs of leucoderm women patients, in the age group from 08 to 15 years

old, in Goiania, State of Goias, Brazil. From this radiographic survey, a study

was made to verify the incidence of dental agenesis in this region. The

radiographically obtained data were submitted to a statistical survey that

allowed the following conclusion to be reached: in the populational sample

examined, the level of prevalence in young people with some type of

hypodontia was 7,9%, excluding the third molars and all of them being at the

permanent dentition stage. The teeth most involved in the order of absence

were as follows: maxillary lateral incisors, mandibular second pre-molars and

maxillary second pre-molars. The proportion of agenesis in the maxilla is

significantly greater than in the mandible, and there is a balance between the

right and left sides, respecting that the bigger predominance is in the right one

and most of the patterns are unilaterally harmonious.

Keys Words: Panoramic Radiography/ Dental Agenesis

9

LISTAS DE FIGURAS

Figura 01. Gráfico da prevalência de jovens com agenesias

dentárias............................................................................................................34

Figura 02. Gráfico da distribuição das agenesias em relação aos lados

dentários............................................................................................................35

Figura 03. Gráfico do número de agenesias em relação aos arcos

dentários............................................................................................................36

Figura 04. Gráfico do número das agenesias em relação a uni ou

bilateralidade......................................................................................................36

Figura 05. Gráfico da freqüência de agenesias de acordo com o

dente..................................................................................................................37

10

SUMÁRIO

Resumo................................................................................................................7

Abstract................................................................................................................8

Listas de Figuras..................................................................................................9

1. Introdução......................................................................................................11

2. Objetivos........................................................................................................14

3. Revisão de Literatura.....................................................................................15

3.1 Nomenclatura...........................................................................................15

3.2 Etiopatogenia ..........................................................................................16

3.3 Diagnóstico .............................................................................................19

3.4 Terapêutica .............................................................................................20

3.5 Prevalências ...........................................................................................23

4. Material e Métodos........................................................................................32

4.1 Material.....................................................................................................32

4.2 Métodos....................................................................................................32

4.3 Metodologia estatística ............................................................................33

5. Resultados.....................................................................................................34

6. Discussão......................................................................................................38

7. Conclusões....................................................................................................41

Referências bibliográficas..................................................................................42

Anexos...............................................................................................................47

11

1. INTRODUÇÃO

É de importância fundamental que todo Cirurgião-Dentista saiba

observar os dentes e as estruturas bucais circunvizinhas sadias, para que, no

momento em que se deparar com aspectos clínicos e radiográficos que fogem

às condições anatômicas normais possa, com precisão, obter o diagnóstico,

estabelecer o planejamento de tratamento e fazer o devido acompanhamento

do paciente.

ÁLVARES; TAVANO (1998) mencionaram três períodos ou fases

básicas de formação das estruturas corporais: fase de informação genética

(anomalias hereditárias), fase de formação intra-uterina (anomalias congênitas)

e fase de formação pós-natal (anomalias adquiridas). Quando o profissional se

depara com alguma alteração em qualquer uma dessas fases observará um

desvio da normalidade dessas estruturas e, conseqüentemente, um confronto

com anomalias, também denominadas de distúrbios do desenvolvimento.

Anomalias são desvios da normalidade, tais desvios podem ser

produzidos por condições locais. As anormalidades bucais mais comuns são as

que afetam os dentes, e as mais raras são aquelas que resultam de um

desenvolvimento defeituoso de suas estruturas de suporte. As anomalias dos

dentes não só afetam sua forma, tamanho, posição, número e período de

desenvolvimento como também modifica a sua estrutura histológica

(GIBILISCO; STAFNE, 1989).

As anomalias de número ao lado das de posição, são as mais

freqüentes das anomalias dentárias; sendo mais graves devido às

perturbações funcionais que ocasionam. As anomalias de número podem estar

relacionadas com o aumento ou a diminuição da quantidade de dentes,

portanto qualquer número que exceda 32 será considerado supranumerário e

se for menor se constitui numa hipodontia (MATHEUS; MATHEUS, 1985).

12

Vários fatores etiológicos possíveis têm sido sugeridos na literatura.

Estes incluem ruptura localizada do germe dentário, fatores hereditários,

mudanças na evolução e associação com outras síndromes (CHAI; NGEOW,

1999).

Dentre as técnicas radiográficas, a radiografia panorâmica é a mais

indicada para o estudo da agenesia, por registrar todo o complexo maxilo-

mandibular numa única tomada, suas interações com o crânio e o

desenvolvimento dentário do paciente, com um mínimo de radiação

(ANTONIAZZI et al, 1999).

A agenesia dentária limitada a uns poucos dentes ocorre

freqüentemente, sendo considerada uma variante normal. A dentadura

permanente é mais afetada do que a decídua, sendo que a incidência para esta

agenesia varia de 1,6% a 9,6% na população geral excluindo os terceiros

molares e na decídua, entre 0,5% a 0,9%. A agenesia severa (ausência de 4

ou mais dentes) tem uma prevalência estimada de 0,25%. A incidência de

agenesia dentária varia de acordo com a classe do dente, onde a agenesia do

terceiro molar é a mais comum com uma incidência de 20%. As opiniões

variam sobre o segundo dente mais comumente ausente, alguns

pesquisadores acreditam que é o incisivo lateral superior, enquanto que outros

a agenesia do segundo pré-molar inferior tem uma incidência maior. Em uma

amostra consistindo de 5127 pacientes, as agenesias dos incisivos laterais

superiores ocorreram em uma freqüência de 2,2% e a do segundo pré-molar

em 3,4%. Com relação aos segundos pré-molares, a agenesia de um único

segundo pré-molar é a forma mais comum e a ausência dos três pré-molares

ocorre menos freqüentemente. A preferência pelo gênero tem sido também

investigada em relação à agenesia dentária. Existem relatos que atribuem as

incidências maiores de agenesia dentária ao gênero feminino com uma relação

de 3:2 (SYMONS et al, 1993).

Os achados variam em termos do grau de simetria apresentada nas

agenesias dentárias. De acordo com BAILI (1975), a maioria dos padrões

encontra-se bilateralmente simétricos, com a exceção dos incisivos laterais

13

onde o esquerdo é mais ausente do que o direito. LUNDSTROM (1960)

observou que a agenesia dentária é comumente unilateral; aproximadamente

metades dos dentes ausentes são unilaterais.

A prevalência reportada dos dentes ausentes, excluindo os terceiros

molares, também depende da população estudada. Nos melanodermas, a

agenesia tem sido estimada na maioria no segundo pré-molar inferior. Os

estudos em asiáticos (xantodermas) demonstraram a agenesia dentária

principalmente nos incisivos inferiores (JORGENSON, 1980). Enquanto nos

leucodermas são os segundos pré-molares e incisivos laterais superiores (ZHU

et al, 1996).

14

2. OBJETIVOS

Este trabalho objetivou-se a realizar um levantamento radiográfico

panorâmico, onde propõe:

a) Avaliar a prevalência da agenesia dentária no gênero feminino,

excluindo os terceiros molares;

b) Estabelecer, no grupo de agenesia, a porcentagem de cada elemento

dentário;

c) Estabelecer se existe ou não diferença entre o arco superior e o

inferior, o lado direito e o esquerdo e a relação entre a unilateralidade e a

bilateralidade.

15

3. REVISÃO DA LITERATURA

Para um melhor entendimento, a revisão literária foi dividida em:

nomenclatura, etiopatogenia, diagnóstico, terapêutica e prevalências das

agenesias.

3.1 Nomenclatura

Quanto à nomenclatura, a agenesia (anomalia de número) pode ser

verdadeira ou falsa, podendo envolver as dentições decídua e permanente. A

agenesia verdadeira ou ausência congênita de dentes pode ser total e parcial.

A agenesia falsa ou induzida, que é a extração de dentes, pode ser: total

(extração de todos os dentes), parcial (de alguns dentes) e pseudo-anodontia,

aplicada às vezes, a múltiplos dentes que não fizeram erupção

(TOLEDO,1986).

Para SALZANO (1988), a agenesia dentária pode apresentar-se em

diversos graus, indo desde a anodontia, que é condição bastante rara, até a

hipodontia, mais comum.

A agenesia verdadeira parcial envolve um ou mais dentes e é uma

condição bastante comum sendo classificada em hipodontia e oligodontia. Nos

casos em que é considerável a redução do número de dentes (quatro ou mais),

a nomenclatura utilizada é a oligodontia. Quando ocorre ausência de apenas

um ou poucos dentes, classifica-se de hipodontia (DUTERLOO,1991).

AVERY; MCDONALD (1997) consideraram a agenesia verdadeira total

ou anodontia como ausência total de dentes, relatando ser condição rara e

associada à displasia ectodérmica.

16

3.2 Etiopatogenia

A etiopatogenia das agenesias dentárias relaciona-se a fenômenos de

ordem hereditária, congênita ou adquirida. A sua origem pode advir de uma

obstrução física ou de uma ruptura da lâmina dentária, de falta de espaço, de

alterações funcionais do epitélio dentário, ou ainda, de uma falha na iniciação

do mesênquima subjacente (GRAVELY; JOHNSON em 1971).

Para ANDERSON et al. (1975), um dos pontos de vista que suportava a

teoria da evolução baseava-se no pressuposto que os arcos diminuíam de

tamanho durante a evolução humana, provavelmente resultado de uma

redução evolutiva no tamanho corporal geneticamente determinado, levando ao

desaparecimento de alguns elementos dentários. Dessa forma, os incisivos

laterais superiores, segundos pré-molares e os terceiros molares eram, do

ponto de vista evolutivo, órgãos dentários em vias de desaparecer.

De acordo com HOFFMEISTER (1977), a agenesia dividia-se em

sindrômica e não-sindrômica. Ainda que inicialmente considerando-se uma

anomalia primária do desenvolvimento dentário, poderia estar associada à:

diminuição do tamanho dos laterais superiores, mineralização tardia dos dentes

anteriores e distrofias.

Conforme CONSOLARO; FONSECA (1985), além da hereditariedade,

fatores extragenéticos podem, ocasionalmente, causar a agenesia. Estes

fatores estão relacionados, principalmente, com disfunção endócrina, trauma

local, radiação X e infecção sistêmica.

MATHEUS; MATHEUS (1985) salientaram que os dentes permanentes,

quanto à sua histogênese poderiam ser considerados estáveis ou variáveis. Na

maxila, os incisivos centrais, os caninos, os primeiros pré-molares e molares

consistiriam em dentes estáveis, enquanto os incisivos laterais, segundos pré-

molares e terceiros molares em dentes variáveis. Na mandíbula, os incisivos

17

laterais, os caninos, os primeiros pré-molares e molares como estáveis,

enquanto que os segundos pré-molares, e terceiros molares variáveis.

HOFER (1987) afirmou que a ausência congênita de dentes decíduos é

relativamente rara, e envolve geralmente o incisivo lateral superior, e

freqüentemente, associada à ausência de seu sucessor permanente.

A hereditariedade é considerada o fator etiológico principal da agenesia

dentária, e, assim, várias pesquisas têm sido realizadas com o objetivo de

identificar os genes envolvidos nesta anomalia. Nos relatos de SVINHUFVUD

et al (1988) observou-se que a hipodontia podia ter uma forte base genética e

hereditária. A etiologia hereditária da hipodontia confirmou-se ao observar a

ausência dos germes dentários permanentes em 6 dos 12 membros de uma

família. A hipodontia hereditária apresentava-se uma expressão variável

(48,57% em uma amostra de 35 famílias), e uma transmissão incompleta em

três gerações.

De acordo com PANELLA et al. (1989), a etiologia dessa anomalia na

dentadura humana relacionava-se a um fator patológico traumático ou

infeccioso, endócrino, nutricional, hereditário ou filogenético. No que diz

respeito à patogenia, esta se relacionava a uma alteração na formação e

desenvolvimento da lâmina dentária e do elemento dela derivado. Como a

lâmina dentária resultava do ectoderma, quando da presença da Displasia

Ectodérmica, tinha como repercussão à manifestação da anodontia, que

poderia ser observada na dentição decídua e na permanente ou em apenas

uma delas.

Para GOHO (1993), os fatores ambientais que afetavam a dentadura

ocorriam durante o período pré-natal, em particular a qualidade do meio

ambiente intra-uterino parecia ser importante. As modificações do meio

ambiente poderiam produzir agenesia dentária, como em pacientes pediátricos

submetidos à quimioterapia e/ou radioterapia durante a etapa de

desenvolvimento dentário, sendo, portanto mais agressiva em jovens menores

de 5 anos.

18

Indivíduos com agenesia freqüentemente apresentam: microdentes,

dentes cônicos, desenvolvimento alveolar reduzido, espaço livre aumentado,

defeito de formação no dente contralateral, trajetória de erupção ectópica de

outros dentes, taurodontismo, ausência de outros dentes, formação e erupção

dentária atrasada, retenção prolongada do dente decíduo (ZHU et al, 1996).

De acordo com CHU et al. (1998), a ausência de incisivos laterais

superiores permanentes poderiam resultar de cáries, traumas e agenesias.

Vários modelos histológicos tinham sido propostos para explicar como a

hipodontia ocorria, o que incluía a obstrução física ou a falta de desdobramento

da lâmina dentária, limitação de espaço, anormalidades funcionais e falha de

iniciação do mesênquima subjacente.

Para BRUSCO et al. (2000), os fatores etiológicos causadores da

redução de número atuam nas fases precoces da odontogênese, isto é, nas

fases de iniciação e proliferação dos germes dentários.

Para ESTACIA; SOUZA (2000) foram sugeridos como fatores

predisponentes das agenesias: o trauma, a radiação iônica, as influências

hormonais e algumas teorias como a tendência evolutiva, os distúrbios

embriológicos na fusão dos processos faciais e a herança genética.

VASTARDIS (2000) reafirmou que a agenesia de um ou mais dentes era

a mais comum anomalia do desenvolvimento dentário humano. Os defeitos de

desenvolvimento nos dentes teriam causado muita intriga; e tentativas foram

feitas para explicá-las com modelos evolucionários e anatômicos, tal como a

teoria de Butler e o modelo de Soafer de interações compensatórias do

tamanho dos dentes. Sendo que, a teoria de Butler surgiu em 1939 e tentou

explicar porque determinados dentes falhavam na forma mais do que os outros.

Com base nesta teoria, o terceiro molar e o primeiro pré-molar seriam ditos

como os mais variáveis em tamanho e forma. Com relação ao modelo de

Soafer, o autor teria proposto uma associação entre a ausência dos dentes e a

redução no tamanho. A variação e a penetrância da agenesia dentária seriam

19

preditas como uma interação compensatória entre os germes dentários durante

o desenvolvimento.

MEIRA (2002) verificou a existência de associações entre agenesia

dentária não sindrômica e marcadores dos genes MSX1, PAX9 e TGFA entre

uma população brasileira. Esfregaços de células da mucosa jugal foram obtidos

de 89 famílias nucleares (mãe, pai e filho(a)). Os indivíduos estudados

apresentavam ausência congênita em pelo menos um dente permanente,

excluindo-se os terceiros molares.

De acordo com VIEIRA (2003), a segregação mendeliana pode ser

identificada em famílias com agenesia dentária, mas os genes heterogêneos ou

múltiplos podem ser responsáveis pelo desenvolvimento dos tipos específicos

de agenesia dentária em humanos. As formas sindrômicas e fissurados bucais

de agenesia dentária podem ser os melhores modelos para a agenesia

dentária isolada.

3.3 Diagnóstico

Especialistas em várias áreas da odontologia interagem esforços para

solucionar o tema em questão: odontopediatria, dentística restauradora,

prótese, ortodontia e atualmente a implantodontia. Para o diagnóstico preciso

da agenesia, a Radiologia exerce papel fundamental, pois essa anomalia é

caracterizada pela ausência clínica e radiográfica de um dente que deveria

estar presente (JORGENSON, 1980).

ROCHA et al. (1983) argumentaram que o diagnóstico precoce nos

casos de agenesia seria importante, pois uma conduta clínica e ortodôntica

pode ser estabelecida a fim de se obter uma oclusão mais favorável.

BUENVIAJE (1984) verificou as anomalias dentárias em crianças,

utilizando-se de exames clínicos e radiográficos regulares. O exame

radiográfico consistiu de radiografias panorâmicas e também de radiografias

20

"bite-wing". E relatou que a radiografia panorâmica aumenta a possibilidade da

detecção precoce dessas anomalias, reduzindo o número de radiografias

intrabucais e conseqüentemente a dose de radiação recebida.

NEAL et al. (1988) verificaram as agenesias dentárias em crianças,

utilizando-se de exames clínicos e radiográficos. Concluíram que todas as

radiografias panorâmicas foram essenciais para avaliar o desenvolvimento da

oclusão e o plano de tratamento para o ortodontista.

FERGUSON; CHENG (1992) averiguaram a confiabilidade do

diagnóstico radiográfico das anormalidades de significância ortodôntica na

região anterior da maxila, de radiografias periapicais e panorâmicas.

Verificaram a acuracidade diagnóstica e as reprodutibilidades foram

positivamente altas e em termos gerais a radiografia panorâmica foi tão

confiável quanto as intrabucais.

Segundo RIBEIRO et al. (2001) a observação e o exame clínico-

radiográfico detalhado aliado ao conhecimento seriam as melhores “armas” que

o cirurgião-dentista dispunha e, a prevenção tornava-se uma condição

essencial para o combate às más oclusões que poderiam ocorrer quando não

havia um acompanhamento de todo o processo odontogênico. O que requeria

um diagnóstico baseado nos fatores determinantes da anomalia e seus

sintomas, considerando-se a completa adaptação do paciente às condições

impostas pela natureza.

3.4 Terapêutica

Os casos de hipodontia podem ser tratados por meios de diversos

procedimentos restauradores e ortodônticos, visando à melhoria da estética e

da oclusão. SHORT (1969) relatou que o diagnóstico precoce da hipodontia

pode reduzir a complexidade do tratamento ortodôntico e auxiliar no seu

planejamento. A opção de tratamento depende da gravidade do problema.

21

Como afirmou HUNT (1985), nas ausências congênitas múltiplas, há

indicação da utilização, ao máximo, dos recursos ortodônticos. Ao se

esgotarem, recorrer às próteses ou implantes, para complementação,

mantendo sempre a preocupação de promover o crescimento e o

desenvolvimento ósseo que, certamente, ficariam comprometidos.

MOYERS (1988) citou opções de tratamento para os casos de

ausências congênitas de incisivos laterais superiores, segundos pré-molares

inferiores e ausências múltiplas de dentes. A escolha, segundo o autor,

depende da idade do paciente, conformação e posição dos caninos,

conveniência dos incisivos centrais e dos caninos como futuros pilares e

profundidade da mordida.

As implicações decorrentes das ausências de dentes permanentes

estabelecem-se em termos de problemas oclusais e periodontais,

especialmente se localizadas no segmento posterior da boca, excluindo-se os

terceiros molares. Podem gerar uma oclusão traumática, inclinações

indesejáveis dos dentes vizinhos, ou ainda, o surgimento de diastemas que

facilitam a impactação alimentar, com conseqüentes danos ao periodonto

interdentário. Por outro lado, as anodontias parciais localizadas na região

anterior do arco dentário superior quase sempre são causas de umas estéticas

indesejáveis e prováveis problemas fonéticos (CONSOLARO; OLIVEIRA,

1989).

HAMAJIMA (1989) sugeriu que é possível resolver os problemas de

agenesias dentárias em crianças, por meio de extrações seriadas, evitando-se,

com isso, o tratamento com o sistema multi-braquetes, próteses ou implantes

para o fechamento dos espaços.

Para MOHL (1989), as informações e perspectivas exigem uma análise

contínua dos conceitos, que provavelmente vão mudar com o tempo. Essa

tendência, acoplada ao conhecimento da variabilidade e adaptação anatômica

e funcional humanas atue em qualquer dogma inalterável com relação a

qualquer conceito ou abordagem terapêutica dos problemas oclusais.

22

Para CIGER; KOCADERELI (1993), a agenesia do incisivo lateral

superior cria um problema estético que pode ser resolvido de várias maneiras,

como: 1) Nenhum tratamento: com espaçamento mínimo, a utilização da resina

composta seria indicada para reduzir os diastemas e melhorar a estética. 2) A

manutenção ou abertura dos espaços para colocação de implantes ou

próteses. 3) O fechamento dos espaços com a mesialização dos caninos para

o lugar do dente ausente e o recontorno anatômico destes.

Para LINO (1994), as ausências dos terceiros molares, na maioria dos

casos, devem ser consideradas como um presente da natureza, devido aos

notórios problemas determinados pelos mesmos, ou melhor, pela sua

impactação dada à falta de espaço de irrupção.

Em relação à agenesia de pré-molares, as melhores condutas são: 1)

Manter ao máximo o molar decíduo e ajustá-lo com os antagonistas o melhor

possível. 2) Diante da não formação de pré-molares, serão realizados a

remoção do elemento dentário decíduo na época de sua esfoliação normal e

manter o espaço com o auxílio de mantenedores para uma futura prótese. 3)

Como a incidência de má oclusão é grande, a maioria dos casos, após serem

estudados, poderá ser enquadrada no esquema de tratamento ortodôntico

corretivo com remoções de pré-molares. Desta forma, a correção da má

oclusão será a melhor solução definitiva para a ausência de pré-molares,

quando assim for possível. 4) Quando a ausência de um dente permanente

sucessor complica a manutenção de espaço na dentadura mista com a

presença de apinhamento, deve ser tratado com a extração dos primeiros pré-

molares e o fechamento do espaço remanescente (GUEDES-PINTO, 1997).

Quanto à anodontia de dentes permanentes, ainda que rara, quando

ocorre, deve receber cuidado especial, visto que a rizólise independe da

presença do dente permanente e o final da manobra será, prótese total

superior e inferior (MIYAMURA; NJAIM, 2000).

23

3.5 Prevalências

GARN; LEWIS (1962) divulgaram que quando um ou mais terceiros

molares estavam ausentes, a incidência de outros dentes ausentes tornava-se

maior. A agenesia dos terceiros molares encontrava-se associada com a

redução do número dos dentes remanescentes em seis ou sete e com a dos

incisivos laterais e segundo pré-molares. Logo, a agenesia dos terceiros

molares também se relacionava com as diferenças na calcificação dentária, na

movimentação dos dentes remanescentes e na variabilidade na formação e

seqüência de erupção. Encontraram em crianças a falta de um ou mais

terceiros molares, incisivos centrais e laterais, caninos e em alguns a falta de

ambos os pré-molares e em outros somente os segundos pré-molares. No

grupo que apresentava os terceiros molares, apenas os incisivos laterais e os

segundos pré-molares estavam ausentes. Eles concluíram que mais de 75% de

todos os dentes ausentes estavam associados à agenesia do terceiro molar.

Conforme MESKIN; GORLIN (1963), a freqüência de agenesias dos

incisivos laterais inferiores permanentes tem sido bem documentada na

literatura odontológica. Foi realizado um estudo com o objetivo de determinar a

freqüência de agenesias dos incisivos laterais inferiores em um grupo

constituído por 8.289 americanos caucasianos do ensino médio, sendo 5.165

do gênero masculino e 3.124 do gênero feminino, demonstrando características

étnicas e do ambiente geográfico similares. Verificaram que a freqüência de

agenesia no gênero feminino foi de 1,28% e no gênero masculino 0,76%.

PATRÍCIO (1979) estudando a prevalência de anodontia em escolares

do município de São Paulo, na faixa etária de 5 a 11 anos de idade, constatou

a ocorrência de 1,1 %. Notou que a agenesia ocorre com maior freqüência no

lado direito, nos indivíduos do gênero masculino e no lado esquerdo para o

feminino.

ROCHA et al. (1983) realizaram um estudo com 641 jovens em fase

escolar de ambos os gêneros, com idade entre 4 e 15 anos foi realizado. Todos

24

os jovens foram submetidos aos exames clínicos e radiográficos, sendo que os

métodos radiográficos utilizados foram periapical, em 424 jovens, e o

panorâmico em 217 pacientes. Dos 641 jovens, 46 apresentaram dentes

ausentes (14,26%). Houve uma predominância de ausências congênitas nos

jovens do gênero feminino. Dos 91 dentes ausentes, 49 eram inferiores,

portanto a maior freqüência foi encontrada na mandíbula. A maior freqüência

de anodontias segundo os agrupamentos dentários foram dos segundos pré-

molares inferiores e superiores, incisivos laterais superiores e inferiores,

caninos superiores e incisivos centrais inferiores. Nesse estudo, não foi

encontrada ausência congênita em jovens na dentadura decídua.

MAGNUSSON (1984) relataram que a prevalência da agenesia dentária

varia consideravelmente dependendo da população e do tipo da dentadura

estudada. Em dentes permanentes, a literatura nos últimos 30 anos mostrou os

seguintes dados, em países europeus: na Itália variou de 1,72% na região de

Trieste a 5,2%, em jovens da Ilha de Sardenha reportaram uma prevalência de

18,33%, fazendo uma consideração que se tratou de uma população ilhada de

pescadores; na Alemanha foi de 5,1% a 9,7%; Noruega 6,5%; Irlanda 11,3%;

Croácia 6,25%; Eslováquia 2,34%; Rússia 16,88%; Dinamarca 7,8%; França

1,9% (unicamente agenesia do lateral superior); Islândia 7,9% (terceiros

molares excluídos). Nos países orientais, a prevalência da agenesia dentária

foi: na Austrália 63%; na Malásia 2,8%; na Arábia Saudita 4%; em Hong-Kong

6,9%; na Tailândia 8,6% (terceiros molares excluídos) e 16% (terceiros molares

incluídos). Nos países americanos: Estados Unidos 5,6% e para uma

comunidade religiosa e cultural do Canadá Ocidental 47%. Para a dentadura

mista, os dados disponíveis mostraram: Zagreb 0,47%; Hong Kong 0,086% em

meninas e 0,046% nos meninos; e Islândia 0,5%.

DERMAUT et al. (1986) afirmaram que a ausência congênita de dentes

tem ocorrido na espécie humana desde o período paleolítico. Na dentadura

permanente, esta anomalia era relativamente comum com uma prevalência de

3,5% a 6,5%, excluindo a agenesia dos terceiros molares. Ocorria mais

freqüentemente em jovens do gênero feminino a uma proporção de 3:2. Na

dentadura decídua, a hipodontia acontecia com menos freqüência (0,1 % a

25

0,9%) e não era significante a distribuição por gênero. O dente decíduo

ausente apresentou ainda menor freqüência no arco superior (incisivos e

primeiros molares decíduos). A oligodontia (severa hipodontia) teve uma

prevalência na população de 0,3% na dentadura permanente. Entre os

europeus, o segundo pré-molar inferior era comumente o mais ausente, depois

do terceiro molar; em seguida, têm-se os incisivos laterais inferiores e o

segundo pré-molar superior. A agenesia de incisivos centrais superiores,

caninos ou primeiro molar permanente parecia ser um caso excepcional.

Selecionaram dois grupos de pacientes na University Dental School em Gent,

um grupo experimental com agenesia dentária e um de controle com dentadura

completa. A idade dos pacientes melanodermas era de 4 aos 19 anos, e o

critério de seleção adotado consistiu de avaliação de radiografia panorâmica,

telerradiografia em norma lateral e modelo dentário. Concluíram que a

hipodontia incidia com mais freqüência em jovens do gênero feminino do que

nos do masculino; os incisivos laterais superiores e pré-molares inferiores eram

os dentes mais repetidamente ausentes; as relações esqueléticas de Classe I

encontravam-se mais habitualmente em pacientes com agenesia do que em

pacientes sem perda dentária; as relações esqueléticas de Classe II ocorreram

mais rotineiramente no grupo controle do que no grupo com agenesia e o

crescimento padrão da sobremordida era mais usualmente encontrado no

grupo com agenesia. Diferenças não significantes foram achadas entre os

grupos nos casos de relação esquelética vertical normal e o apinhamento na

região ântero-inferior for significantemente mais pronunciado no grupo controle

do que no grupo com agenesia, não sendo considerado o grau de

apinhamento.

CASTILHO et al. (1990) estudaram radiograficamente uma amostra

constituída de 201 indivíduos de ambos os gêneros, numa faixa etária de 12 a

14 anos de idade, onde pesquisaram a anodontia de órgãos dentários inclusive

dos terceiros molares. As observações foram feitas em cada gênero e

hemiarco separadamente e verificaram que 24,37% dos indivíduos possuíam

ausência congênita dentária, sendo 10,44% para indivíduos do gênero

masculino e 13,43% no feminino. Pelos resultados obtidos puderam concluir

que 75,62% dos indivíduos não apresentaram anodontia, sendo 36,31% do

26

gênero masculino e 39,31% no feminino; 29,39% apresentaram anodontia de

um ou mais terceiros molares, sendo 9,95% do masculino e 10,44% do

feminino. O número de casos de anodontia foi maior no gênero feminino.

GLAVAM; SILVA (1995) examinaram prontuários de 1625 jovens de 3 a

12 anos de idade, matriculados no Serviço de Triagem do Departamento de

Estomatologia do Centro de Ciências da Saúde da Universidade Federal de

Santa Catarina. Concluíram que a prevalência da hipodontia foi de 3,13%

sendo mais prevalente no gênero feminino; e as localizações preferenciais

foram as regiões de incisivos laterais superiores (38,14%), segundos pré-

molares inferiores (25,77%), segundos pré-molares superiores (17,53%),

primeiros pré-molares superiores (9,27%), primeiros pré-molares inferiores

(6,20%) e outros (3,09%).

RUIDIAZ et al. (1996) realizaram um estudo retrospectivo de radiografias

panorâmicas em pacientes (137 do gênero masculino e 162 do feminino, entre

9 e 20 anos) do Departamento de Ortodontia do Hospital Infantil do México,

entre 1988 a 1994. Das 299 radiografias, 99 (33%) mostraram agenesia

dentária, incluindo os terceiros molares. Quando os terceiros molares foram

excluídos, a prevalência foi de 6,3%. Os órgãos dentários que mostraram a

maior freqüência de agenesia foram os incisivos laterais superiores.

Conforme ZHU et al. (1996), a agenesia tornava-se mais freqüente na

dentadura permanente e tinha uma prevalência de 3,7%, excluindo-se os

terceiros molares, com uma relação de gênero feminino para o masculino de

3:2. Os dentes ausentes mais comuns na dentadura permanente eram os

incisivos laterais superiores e os segundo pré-molares inferiores. A agenesia

dentária na dentadura decídua era rara, geralmente aparecendo na região de

incisivos, e freqüentemente associada à ausência de seu sucessor

permanente.

De acordo com CHU et al. (1998), a hipodontia ou ausência do

desenvolvimento de um ou mais dentes apresentava-se bastante freqüente,

sendo que geralmente a dentadura permanente era a mais afetada do que a

27

decídua e a sua ocorrência permaneciam altas no arco superior. Embora a

prevalência de hipodontia variava entre os diferentes grupos raciais, aceitava-

se que a falta dos terceiros molares ocorria muitas vezes seguida pelos

segundos pré-molares e incisivos laterais.

Nos estudos de FREITAS et al. (1998), sobre a prevalência das

agenesias dentárias apontavam a dentadura permanente como a mais

comprometida. As agenesias na dentadura decídua eram raras e, quando

ocorriam, geralmente acometiam a região dos incisivos, apresentando-se

geralmente associadas às agenesias dos dentes permanentes sucessores.

ANTONIAZZI et al. (1999) estudaram a prevalência de anodontias de

segundos pré-molares e incisivos laterais superiores e inferiores, numa

amostra de 503 radiografias panorâmicas de indivíduos leucodermas

brasileiros, na faixa etária entre 2 a 15 anos de idade, os resultados obtidos

foram analisados e confrontados com os de pesquisas semelhantes na

literatura. Sendo a ordem decrescente da freqüência de anodontias

encontradas foi: segundos pré-molares superiores (1,39%), segundos pré-

molares inferiores (0,99%), incisivos laterais superiores (0,89%), e incisivos

laterais inferiores (0,39%). A diferença de anodontias encontrada entre os

gêneros não foi estatisticamente significante, e encontrou-se maior número de

anodontias na maxila do que na mandíbula.

CHAI; NGEOW (1999) observaram que a hipodontia era raramente vista

em outras espécies de mamíferos, exceto nos animais domésticos. Quando

isto ocorria na dentição humana normalmente afetava a dentadura permanente.

A incidência da hipodontia na dentadura permanente aparecia entre 2,8% e

7,7% da população; até quase 35% se os terceiros molares fossem incluídos. A

hipodontia ocorria com mais freqüência no gênero feminino do que no

masculino, com uma taxa aproximada de 3:2. Os terceiros molares eram os

mais afetados, com uma prevalência que variava nas diferentes raças de 2,5%

a 35%. Os segundos pré-molares e os incisivos laterais superiores eram os

próximos dentes com mais ausências. As raças chinesa e japonesa diferiam

significantemente desta tendência, com os incisivos inferiores sendo os dentes

28

mais ausentes. A hipodontia envolvendo os incisivos centrais superiores,

caninos superiores e inferiores ou primeiros molares mostrava-se rara e ocorria

principalmente em casos de hipodontia severa.

CIAMPONI; FRASSEI (1999) avaliaram 580 radiografias panorâmicas de

crianças com idade entre 5 e 15 anos submetidas a tratamento odontológico na

clínica de Odontologia Infantil da Faculdade de Odontologia da Universidade

Paulista. A porcentagem de crianças acometidas pela anomalia foi de 9,31%,

excluindo-se os terceiros molares. Mostrou-se mais prevalente entre as

meninas (56,99%) e na maxila (63,44%). As ausências dentárias mais

freqüentemente observadas foram as de incisivos laterais superiores (37,63%),

seguidos dos segundos pré-molares inferiores (19,35%). Näo houve ausências

de primeiros e segundos molares.

Em 2000, CHOLITGUL; DRUMMOND estudaram pacientes na faixa de

idade de 10 a 15 anos, utilizando radiografia panorâmicas, encontraram

prevalência de ausência dentária na região anterior da maxila em 18,6 % e na

posterior 34,5 %; para a região anterior da mandíbula 1,7 % e na posterior 45,2

%. O número total de dentes ausentes foi de 301, observados em 128

radiografias panorâmicas.

ESTACIA; SOUZA (2000) salientaram que eram comuns os casos de

pacientes com ausência de incisivos laterais superiores, Essa anomalia atingia

cerca de 2% da população, podendo ser uni ou bilateral, ou ainda,

apresentava-se unilateral associada a um incisivo lateral conóide do outro lado.

Segundo RIBEIRO et al. (2001), a agenesia apresentava-se com mais

freqüência na dentadura permanente e tinha uma prevalência de 3,7% a 9%

excluindo-se os terceiros molares, com uma relação do gênero feminino para o

masculino de 3:2. Os dentes ausentes mais comuns na dentadura permanente

eram os laterais superiores e os segundos pré-molares inferiores.

BACKMAN; WAHLIN (2001) examinaram a prevalência de variações

numéricas e morfológicas de dentes permanentes em crianças com sete anos

29

de idade para aceitar ou rejeitar a hipótese da alta prevalência dessas

condições em caucasianos em relação a outras regiões. A amostra consistiu de

739 crianças caucasianas saudáveis que foram examinadas clínica e

radiograficamente. O resultado revelou a prevalência de hipodontia, excluindo

os terceiros molares em garotas da ordem de 8,4% e em garotos de 6,5% e em

ambos os gêneros de 7,4%. Das crianças com hipodontia, a maioria não

apresentava um ou dois dentes, e os segundos pré-molares inferiores eram os

mais ausentes. A prevalência de hipodontia foi de 1,9%. Das variações

morfológicas, os incisivos laterais conoides foram achados em 0,8% dos

jovens, a formação dupla (germinação) em 0,3%, o taurodontismo em 0,3% e o

dens invaginatus em 6,8%. Logo, não verificaram a hipótese de alta incidência

de variações numéricas e morfológicas geneticamente determinadas.

De acordo com CUELLO et al. (2002), a ausência congênita de dentes

foi mais freqüente na dentadura permanente com 94% e se observaram em 34

jovens, dos quais 20 foram mulheres (60%) e 14 homens (40%). Ao analisarem

a simetria (uni ou bilateral) encontraram 16 indivíduos com a bilateralidade. Os

dentes mais ausentes foram os terceiros molares, seguido pelos incisivos

laterais superiores e dos segundos pré-molares inferiores.

BRÜCKER; STELLO (2003) estudaram a prevalência de agenesias

dentárias, o grupo dentário e o gênero mais atingido, através de radiografias

panorâmicas, em indivíduos da população do Rio Grande do Sul acima de 9

anos de idade. Foram analisadas 1036 radiografias panorâmicas do acervo da

Disciplina de Radiologia da PUC-RS. Destas, 486 (46,9%) foram do gênero

masculino e 550 (53,1%) do feminino. Os resultados obtidos neste estudo

foram submetidos à análise estatística, para verificar o grau de significância

desses valores. Os resultados mostraram uma prevalência de 28% dessa

anomalia em relação à amostra estudada, se considerarmos o número total de

indivíduos. Entretanto, quando for considerar o número total de dentes

analisados, essa prevalência cai para apenas 2%. Não foram observadas

diferenças estatísticas significantes na presença de agenesias entre os

gêneros. Entretanto, nesta amostra onde o gênero feminino estava em maior

número, observou-se uma prevalência maior para o mesmo. Em relação aos

30

grupos dentários, podemos afirmar que os terceiros molares apresentaram a

maior prevalência com o valor de 13,5%, considerado estatisticamente

significante em comparação com os outros grupos. Em seqüência, os

segundos pré-molares, seguidos dos primeiros pré-molares e dos incisivos

laterais apresentaram ordem decrescente de valores para a prevalência.

TRISTÃO et al. (2003) verificaram a freqüência de agenesia em

radiografias panorâmicas em crianças do Ambulatório de Odontopediatria da

Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). Duzentas e sessenta e oito

radiografias foram examinadas por dois profissionais, com a utilização de um

negatoscópio e uma lupa Lactona 4 X. O dente que apresentou maior

ocorrência de agenesia dentária foi o 2º pré-molar inferior, seguido pelo pré-

molar superior e incisivo lateral superior. A prevalência de agenesia foi

considerada alta; näo foi observada preferência por gênero, arco ou lado,

porém, na maioria dos casos, as agenesias dentárias eram bilaterais.

BRAVO et al. (2004) observaram a agenesia em crianças com idade

entre 2 aos 12 anos da Clinica de Odontopediatria da faculdade UNAM. Foram

analisados 376 casos sendo 198 (53%) do gênero masculino e 178 (47%) do

feminino. Encontraram 10 pacientes com dentes ausentes (2,6%), sendo 7

meninos (3,5%) e 3 meninas (1,7%), onde os incisivos superiores foram os

dentes mais afetados.

Segundo POLDER et al. (2004), a agenesia varia de acordo com o

continente e o gênero. A ocorrência (excluindo os terceiros molares) nos dois

gêneros foi alta na Europa (Masculino – M: 4,6% e Feminino – F: 6,3%) e na

Austrália (M: 5,5% e F: 7,6%) sendo maior do que os caucasianos da América

do Norte (M: 3,2% e F: 4,6%). De maneira geral o aparecimento da agenesia

dentária no gênero feminino foi 1,37 vezes maior do que no masculino. O

Segundo pré-molar inferior foi o dente mais afetado, seguido do segundo pré-

molar superior. A ocorrência da agenesia no arco superior é semelhante ao

inferior e a ausência de 1 ou 2 dentes permanentes foi encontrada em 83% dos

casos com agenesia.

31

LARMOUR et al. (2005) realizaram uma revisão de literatura para

determinar a prevalência da hipodontia, onde constataram que a agenesia

variava ente 2,6% a 11,3%. As diferenças étnicas também foram

determinadas, onde nos caucasianos estudados os segundos pré-molares

inferiores e os incisivos laterais superiores eram os mais ausentes e nos

asiáticos, o incisivo superior. As taxas de prevalência foram mais elevadas no

gênero feminino comparado ao do masculino (3:2, respectivamente).

KIRKHAM et al. (2005) investigaram a hipodontia em um grupo de 198

jovens (86 masculino e 112 femininos) em Sheffield, Reino Unido. Este estudo

envolvia os tipos dentários, as diferenças entre a maxila e a mandíbula e os

lados direito e o esquerdo. Os resultados revelaram a prevalência na seguinte

ordem decrescente: terceiros molares superiores, seguidos dos segundos pré-

molares inferiores e dos incisivos laterais superiores. Mostrou uma maior

prevalência na maxila do que na mandíbula e no lado direito do que o

esquerdo.

32

4. MATERIAL E MÉTODOS

4.1 Material

Foram utilizadas 1000 radiografias panorâmicas, de jovens do gênero

feminino, na faixa etária de 08 a 15 anos, leucodermas, pertencentes ao

arquivo de um consultório particular, representativo da cidade de Goiânia.

Todos os pacientes selecionados não apresentaram problemas sistêmicos ou

fissura de lábio e/ou palato. Constou nestes prontuários a autorização prévia do

paciente para a realização de pesquisas e divulgação (Anexo 02).

4.2 Métodos

A coleta de dados foi realizada com as avaliações radiográficas e em

seguida anotadas em uma ficha apropriada (Anexo 04) para o presente estudo.

As radiografias obtidas dos prontuários foram feitas pelo aparelho panorâmico,

com o colimador e chassi X-Omatic para o écran placa intensificadora lanex de

média intensidade, tensão nominal mínima 60 Kv e com corrente nominal fixa

10 mA. Foram utilizados os Filmes para Raios-X diagnóstico Kodak tipo T-Mat

G/Ra da marca comercial kodak de 13 x 30 cm com 20% a 30% de

magnificação.

• Dados do aparelho emissor de radiação (Aparelho Panorâmico)

→ Tipo: Aparelho de Raios-X do tipo fixo. Marca: Villa Sistem Rotograf Plus.

Filtração inerente: 2,5mm Al. No de Série: 00026037.

• Químicos utilizados → Revelador e reforçador Cineflure: (para

preparar 20 litros). Lote: M079028B. Fabricação: Junho/03. Validade: Junho/05.

Fixador Cineflure: (para preparar 20 litros). Lote: A64388A. Fabricação:

setembro/03. Validade: Setembro/05.

33

• Tempo de Revelação para a tomada radiográfica panorâmica →

Método manual. Temperatura: 22o. Revelação: 30 segundos. Lavagem: 20

minutos. Fixação: 10 minutos.

• Secagem → marca: Enxuta. Modelo: Máster Secadora. Tensão

nominal: 120V/220V. Freqüência: 60Hz. Corrente nominal: 11/65A. Potência

Nominal: 12090W/1400W. Tempo máximo: 120 minutos.

Para a análise das radiografias, primeiramente foi observado o padrão

de qualidade, sendo desprezadas aquelas de qualidade duvidosa.

Posteriormente, as radiografias foram fotografadas para avaliação. O

equipamento e o programa utilizado apresentam-se descritos abaixo:

• Computador → Processador: Pentium II MMX. Placa Mãe: Soyo.

HD: Quantum 5 Gigahertz. Memória: 64 mega EDO. Placa de Vídeo: 64 mega

Trident.

• Máquina fotográfica → Sony Cyber-shot, modelo DSC-F 707

digital, com 5 mega pixels.

• As fotografias foram tiradas no modo Macro, com resolução de

2560x1920, sendo que a máquina fotográfica ficou fixada (numa estativa) a

uma distância de 40 cm do negatoscópio, no qual estavam as radiografias

posicionadas de maneira uniforme.

A avaliação constou da observação visual das radiografias fotografadas

no monitor, utilizando-se dos recursos que o programa “Adobe Image Ready

7.0” apresentou.

4.3 Metodologia Estatística

Foi aplicado a estatística descritiva para demonstrar a prevalência da

agenesia dentária, a porcentagem de cada elemento dentário (excluindo os

terceiros molares), verificar a diferença ou não existente entre o arco inferior e

o superior, os lados direito e o esquerdo e a bi e a unilateralidade.

34

5. RESULTADOS

A agenesia dentária consiste na ausência de um ou mais dentes. Este

tipo de anomalia, embora raramente observada em outras espécies de

mamíferos, revela-se relativamente comum na espécie humana.

Por isso, fizemos este estudo e para uma melhor compreensão, os

resultados foram apresentados com o auxílio de gráficos.

Os resultados encontrados foram: das 1000 (um mil) jovens examinadas

radiograficamente, 79 (setenta e nove) apresentavam-se com alguma agenesia

dentária (7,90 %), sendo todos na dentição permanente, e 921 (novecentos e

vinte e um) não apresentavam agenesias (92,10 %), conforme a figura 01.

Nessas 79 (setenta e nove) jovens, foram encontradas 135 (cento e trinta e

cinco) agenesias.

Sem agenesia Com agenesia

Figura 01 – Gráfico da prevalência de jovens com agenesias dentárias.

7,9%

92,1%

35

Consideramos também o lado que mais se apresentava com agenesia,

sendo que 72 (setenta e dois) no direito (53,33 %) e 63 (sessenta e três) no

esquerdo (46,67 %), como indicado na figura 02. Em relação à figura 03,

podemos verificar que 78 (setenta e oito) ou (57,78 %) estavam no arco

superior e 57 (cinqüenta e sete) ou (42,22 %) no inferior.

Em relação a uni ou bilateralidade das agenesias, constatou-se que dos

135 dentes ausentes, 119 (cento e dezenove) eram unilaterais (88,15 %) e 16

(dezesseis) eram bilaterais (11,85 %), conforme a figura 04. Também

constatamos que das 16 (dezesseis) bilateralidades, 8 (oito) eram dos incisivos

laterais superiores, 6 (seis) de segundos pré-molares inferiores e 2 (dois) de

segundos pré-molares superiores.

Lado direito Lado esquerdo

Figura 02 – Gráfico da distribuição das agenesias em relação aos lados

dentários.

53,33% 46,67%

36

Arco superior Arco inferior

Figura 03 – Gráfico do número de agenesias em relação aos arcos dentários.

Unilateralidade Bilateralidade

Figura 04 – Gráfico do número das agenesias em relação a uni ou

bilateralidade.

88,15%

11,85%

57,78%

42,22%

37

Dos 135 (cento e trinta e cinco) dentes ausentes; 41 (quarenta e um)

eram dos incisivos laterais superiores (30,37 %); 32 (trinta e dois) segundos

pré-molares inferiores (23,70 %); 18 (dezoito) segundos pré-molares superiores

(13,33 %); e 44 (quarenta e quatro) com os demais dentes (32,60 %), sendo 12

(doze) nos primeiros pré-molares inferiores, 11 (onze) primeiros pré-molares

superiores, 6 (seis) caninos superiores, 5 (cinco) caninos inferiores, 4 (quatro)

incisivos laterais inferiores, 4 (quatro) incisivos centrais inferiores e 2 (dois)

incisivos centrais superiores, como mostra a figura 05.

Incisivo lateral superior Segundo pré-molar inferiorSegundo pré-molar superior Demais dentes

Figura 05 – Gráfico da freqüência de agenesias de acordo com o dente.

13,33% 23,70%

32,60%

30,37%

38

6. DISCUSSÃO

Um dos grandes problemas enfrentados pelos cirurgiões-dentistas, na

clínica diária, foi à observação de pacientes com agenesias de dentes

permanentes.

A tendência evolutiva da espécie humana é considerada um fator

significativo para tais ocorrências. Assim como a característica hereditária teria

influência não menos importante do que a displasia ectodérmica, inflamações

ou infecções localizadas e condições patológicas sistêmicas. Podem ser

também resultantes da falta de iniciação, ou de retenção na proliferação da

lâmina dentária; ou, ainda, originalmente congênita, isto é, instalando-se

durante a vida intra-uterina (MIYAMURA; NJAIM em 2000).

Os dentes permanentes com maior incidência de agenesias, para a

maioria dos autores, são os terceiros molares superiores e inferiores, os

incisivos laterais superiores e os segundos pré-molares superiores e inferiores.

Na seleção da amostra foram incluídos todos os indivíduos que

apresentavam agenesias dentárias de qualquer dente (com exceção dos

terceiros molares), que puderam ser identificados durante a fase de coleta dos

dados, onde as comparações puderam ser realizadas com os estudos

epidemiológicos.

Quanto à freqüência de agenesia encontrada nos diversos trabalhos,

observa-se que elas diferem entre si, porque há influência do impacto de

variação étnica e de localização geográfica.

A análise dos resultados revelou que a porcentagem de jovens que

apresentavam agenesia dentária foi de 7,9%, dados semelhantes aos

resultados apresentados por CIAMPONI; FRASSEI (1999) que obteve 9,31%;

BACKMAN; WAHLIN (2001) com 8,9%; RIBEIRO et al. (2001), com 9%;

POLDER et al. (2004), com 7,2% e LARMOUR et al. (2005) que variou entre

39

2,6% a 11,3%. Por outro lado, nossos resultados foram menores que os

apresentados por ROCHA et al. (1983) com 14,26%; DERMAUT et al. (1986),

com 35%; CASTILHO et al. (1990), com 24,37%; RUI DIAZ et al. (1996), com

33%; CHAI; NGEOW (1999) com 35% e BRUCKER; STELLO (2003) com 28%.

E maiores que os encontrados por FANNING (1962) com 1,9%; PATRÍCIO

(1979), com 1,1%; SYMONS et al. (1993), com variação de 1,6% a 9,6%;

GLAVAM; SILVA (1995) com 3,13%; ZHU et al. (1996), com 3,7% e BRAVO et

al. (2004), com 1,7%.

Observamos também que das 79 jovens que apresentavam alguma

agenesia dentária, foram encontradas 135 agenesias, onde houve uma

concordância com trabalhos de outros autores como ROCHA et al. (1983), das

46 radiografias com a prevalência foram encontradas 91 agenesias e

CHOLITGUL; DRUMOND (2000) das 128 jovens 301 apresentavam agenesias.

E diferente dos estudos de BRAVO et al. (2004) das 170 jovens, verificou-se

que somente 3 estavam afetadas.

No que concerne à freqüência quanto aos lados direito e esquerdo,

encontramos os seguintes dados, 72 para o lado direito (53,33%) e 63 para o

esquerdo (46,67%). Nossos dados foram semelhantes aos de TRISTÃO et al.

(2003), onde há semelhança entre os lados direito e esquerdo. Diferentes dos

de PATRÍCIO (1979), lado esquerdo com mais prevalências do que o direito e

KIRKHAN et al (2005), lado direito mais prevalente do que o esquerdo.

Confrontando-se os dados dos trabalhos consultados na literatura

quanto à prevalência na maxila e mandíbula, observou-se que os resultados

deste trabalho (78 para o arco superior, 57,78% e 57 para o inferior, 42,22%)

estão de acordo com os obtidos por alguns autores, embora em muitos

trabalhos a diferença estatística não seja significante. Concordaram com este

resultado ANTONIAZZI et al. (1999); CIAMPONI; FRASSEI (1999) e KIRKHAN

et al. (2005) onde as agenesias do arco superior eram significantemente

maiores do que as do inferior. Porém, nossos resultados diferem daqueles

encontrados por ROCHA et al. (1983), que em suas pesquisas observaram que

as ausências eram mais freqüentes na mandíbula do que na maxila. E também

40

de TRISTÃO et al. (2003) e POLDER et al. (2004), mostrando a equivalência

entre o arco superior e o inferior.

Em relação à bilateralidade ou unilateralidade nossos resultados foram,

119 dentes unilaterais (88,15%) e 16 bilaterais (11,85%), mostrando uma

predominância da unilateralidade, coincidindo com os estudos de Lundstrom

(1960), que relataram que as agenesias são unilaterais. E divergindo dos

estudos de BAILI (1975); CUELLO et al. (2002) e TRISTÃO et al. (2003), pois

relataram que as agenesias são bilaterais.

Os resultados expressos neste trabalho mostram que a ordem

decrescente das agenesias foi a seguinte: 41 ou 30,37% são dos incisivos

laterais superiores; 32 ou 23,70% nos segundos pré-molares inferiores; 18 ou

13,33% nos segundos pré-molares superiores e 44 ou 32,60% aos demais

dentes. Esses dados se aproximam dos encontrados por GARN; LEWS (1962);

MESKIN; GORLIN (1963); GLAVAM; SILVA (1995); RUI DIAZ et al. (1996);

ZHU et al. (1996); GUEDES-PINTO (1997); CIAMPONI; FRASSEI (1999);

BRUSCO et al. (2000); ESTÁCIO; SOUZA (2000); RIBEIRO et al. (2001) e

CUELLO et al (2002) que obtiveram esta mesma seqüência dentária.

Discordando de ROCHA et al. (1983); DERMAUT et al. (1986); SYMONS et al.

(1993); ANTONIAZZI et al. (1999); CHAI; NGEOW (1999); BACKMAN;

WAHLIN (2001); BRUCKER; STELLO (2003) e POLDER (2004), pois

encontraram uma prevalência maior para os segundos pré-molares superiores

seguidos dos incisivos laterais inferiores. Também de TRISTÃO et al. (2003),

que encontrou incidência maior nos segundos pré-molares inferiores seguidos

dos segundos pré-molares superiores e dos incisivos laterais superiores. E de

KIRKHAN et al. (2005) e LARMOUR et al. (2005), com prevalência maior para

os segundos pré-molares inferiores seguidos pelos incisivos laterais superiores.

41

7. CONCLUSÕES

Analisando os resultados encontrados quanto à prevalência, pode-se

concluir que:

a) Na amostra populacional examinada, 79 (7,9%) apresentaram

hipodontia, sendo somente na dentição permanente. Das 79 jovens que

apresentavam alguma agenesia dentária, foram encontradas 135 agenesias;

b) Ocorreu maior incidência de agenesias no incisivo lateral superior 41

(30,37%), segundo pré-molar inferior 32 (23,70%), segundo pré-molar superior

18 (13,33%) e nos demais elementos dentários 44 (32,60%).

c) Não houve diferença estatística significante entre o lado direito 72

(53,33 %) e o esquerdo 63 (46,67 %). A proporção de agenesias na maxila 78

(57,78%) é predominantemente maior do que na mandíbula 57 (42,22 %).

Houve 119 casos de unilateralidade (88,15%) e 16 de bilateralidade (11,85%),

mostrando uma predominância em relação à unilateralidade.

42

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1

ÁLVARES, L.C.; TAVANO, O. Curso de radiologia em odontologia. 4a ed. São Paulo: Editora Santos, 1998, cap. 5, p. 190-205. ANDERSON, B.L.; THOMPSON, G.W.; POPOVICH, F. Evolutionary dental changes . Am J Phys Anthropol, v. 43, n.1, p. 95-102, 1975. ANTONIAZZI, M.C.C. et al. Estudo da prevalência de anodontia de incisivos laterais e segundos pré-molares em leucod ermas brasileiros, pelo método radiográfico. Rev. odontol.UNESP, v.28, n.1, p. 177-85, jan./jun. 1999. AVERY, D.R.; MCDONALD, R.E. Odontopediatria. 2a ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1977. BACKMAN, B.; WAHLIN, Y.B. Variations in number and morphology of permanent teeth in 7-year-old Swedish children. Inter J Pediatric Dentistry , v. 11, p. 11 -17, 2001. BAILI, H.L. Dental variation among populations: an anthropologic view. Dent Clin North , v. 19, p. 125-139, 1975. BRAVO, S.P. et al. Anodoncia no sindrómica: estudio clínico-radiográfi co . Revista ADM, v.61, n.5, p.171-175, set. / out. 2004. BRÜCKER, M.R.; STELLO, D. Avaliação da prevalência de agenesias dentárias de indivíduos com mais de 9 anos de idade da população do Rio Grande do Sul através de radiografias panorâmicas. Revista odonto ciência . v.18, n.42, p.323-330, out. /dez. 2003. BRUSCO, E.H.C. et al. Considerações sobre as anodontias e as oligodontias. Rev. Fac. Odontol. Univ. Passo Fundo . v.5, n.2, p.7-12, jul./dez. 2000. BUENVIAJE, T.M.; APP, R. Dental anomalies in children: a clinical and radiographic survey. J Dent Children. v. 51, n.1, p. 42-6, jan. /fev., 1984. CASTILHO, J.C.M. et al. Prevalência de anodontia entre estudantes do 2o grau da cidade de São José dos Campos: correlação dessa anomalia entre terceiros molares e outros órgãos dentários. Rev. Odontol. UNESP . v.19, n.1, p.269-76, 1990. CHAI, W.L.; NGEOW, W.C. Familial cases of missing mandibular incisor: three case presentations. Dent Update , v. 26, p. 298-302, 1999.

1 De acordo com a quinta edição das normas do Grupo de Vancouver, de 1997, e abreviatura dos títulos de periódicos em conformidade com o Index Medicus.

43

CHOLITGUL, W.; DRUMMOND, B.K. Jaw and tooth abnormalities detected on panoramic radiographs in New Zeland children aged 10-15 years. New Zeland Dental Journal , Wellington, v.96, n.423, p.10-13, Mar. 2000. CHU, C.S.; CHEUNG, S.L.; SMALES, R.J. Management of congenitally missing maxillary lateral incisors. General Dentistry , v. 46, n. 3, p. 268-274, May./Jun. 1998. CIAMPONI, A.L.; FRASSEI, V.A.S. Anodontias parciais congênitas de dentes permanentes: estudo da prevalência em crianças residentes na cidade de São Paulo. RPG rev. pos-grad. , v.6, n.3, p.213-17, jul. /set. 1999. CIGER, S.; KOCADERELI, I. Congenitally missing teeth: an alternative approach for space closure. J. Clin. Pediatr. Dent ., v.17, n.4, p.213-216, 1993. CONSOLARO, A.; FONSECA, C.H.S. Etiopatogenia da anodontia parcial: uma análise crítica. Enciclop Bras Odont , v.3, p.449-459, 1985. CONSOLARO, A.; OLIVEIRA, A.G. Anodontia parcial no tratamento ortodôntico: sua importância no planejamento. Rev Gaúcha Odont , v.37, n.6, p.426-432, nov/dez., 1989. CUELLO, M.E.Q. et al. La agenesia dental y su mecanismo de herencia en siete grupos familiares colombianos. Univ. Odontol. v.22, n.49, p.27-36, set., 2002. DERMAUT, L.R; GOEFFERS, K.R; DE SMIT, A.A. Prevalence of tooth agenesis correlated with jaw relationship and dental crowding. Amer J Orthod and Dentofac Orthop , n.90, p. 204-210, 1986. DUTERLOO, H. An atlas of dentition in childhood: orthodontic dia gnosis & panoramic radiology . England: Wolfe Publishing, 1991. ESTACIA, A.; SOUZA, M.M.G. Agenesia bilateral de incisivos laterais superiores - relato de caso clínico. J Bras Ortod Ortoped Fac , v. 5, n. 25, p. 21-28, 2000. FERGUSON, J.W; CHENG, L.H. Diagnostic accuracy and observer performance in the diagnosis of abnormalities in the anterior maxilla: a comparison of panoramic with intraoral radiography. British Dental J , v.7. p.265-71, 1992. FREITAS, M.R. et al. Agenesias dentárias - relato de um caso clínico. Ortodontia , v. 31 , n. 1 , p. 105-112, jan./fev./mar./abr. 1998. GARN, S.M.; LEWIS, A.B. The relationship between third molar agenesis and reduction in tooth number. Angle Orthodont , v.32, n. 1, p. 14-18, jan., 1962. GIBILISCO, J.A; STAFNE, E.C. Diagnóstico radiográfico bucal . 4a ed. Rio de Janeiro: Interamericana, 1989. Cap. 2: Anomalias, p.15-17.

44

GLAVAM, P.R.C; SILVA, R.H.H. Prevalência e localização de hipodontias em crianças. RGO, v.43, n.4, p. 232-4, jul./ago. 1995. GOHO, C. Chemoradiation therapy: effect on dental development. Pediatr Dentr. v.51, n. 1,p. 6-12, 1993. GRAVELY, J.F.; JOHNSON, D.B. Variation in the expression of hypodontia in manozugotic twins. Dent Pract Dent Res , v.21, n.6, p.212-220, Feb, 1971. GUEDES-PINTO, A.C. Odontopediatria. 6ª ed. São Paulo: 1997. Cap. 38: Fatores hereditários determinantes das maloclusões , p. 723-729. HAMAJIMA, S. A case report of progênie with a congenitally missing mandibular right incisor. J. Dent. Sci ., v.27, n.4, p.1089 -1100, 1989. HOFER, W.W.G. Tratado de patologia bucal . 4a ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 1987. HOFFMEISTER, H. Microsymptons as an indication for familial hypodointia, hiperdontia and tooth displacement. Dtsch Zahnarztil , v.32, n.7, p. 551-561, 1977. HUNT, N.P. Hypodontia – problems of permanent space closure. Br. J. Orthod. , v.12, n.3, p.149-152, 1985. JORGENSON, R.J. Clinician‘s view of hypodontia. J Am Dent Assoc , v.101, p. 283-286, 1980. KIRKHAM, J. et al. The patterning of hypodontia in a group of young adults in Sheffield, UK. Arch Oral Biol . v.50, n.2, p.287-91, Feb, 2005. LARMOUR, C.J. et al. Hypodontia – a retrospective review of prevalence and etiology. Part I. Quintessence Int . v.36, n.4, p.263-70, Apr, 2005. LINO, A.P. Ortodontia preventiva básica . 2a ed. São Paulo: Artes Médicas, 1994, p.37-41. LUNDSTROM, A. Asymmetries in the number and size of the teeth and their aetiological significance. Trans Eur Orthod Soc , p.167-185, 1960. MAGNUSSON, T.E. Hypodontia, hiperodontia, and double formation of primary teeth in Iceland. An epidemiological study. Acta Odontol Scan , 42, n.3, p. 137-139, 1984. MATHEUS, G.; MATHEUS, M.T.G. Agenesia de canino inferior . Relato de caso. Rev Bras Odontol, v. 42, n. 4, p. 24-28, jul./ago. 1985.

45

MEIRA, R. Estudo de associação entre agenesias e os genes MSX 1, PAX9 e TGFA em uma população brasileira. Tese apresentad a a Universidade Federal do Rio de Janeiro. Faculdade de Odontologia para obtenção do grau de Mestre. Rio de Janeiro, s.n, 150 p., 2002. MESKIN, L.H.; GORLIN, J. Agenesis and peg shaped permanent maxillary lateral incisors. J Dental Research , v. 42, n. 6, p. 1476-1479, Nov./Dec. 1963. MIYAMURA, Z.Y.; NJAIM, L.F.N. Recursos ortodônticos nas agenesias de dentes permanentes. Revista Paulista de Odontologia . a. 22, n.3, mai./jun. 2000. MOHL, N.D. Fundamentos de oclusão. Rio de Janeiro: Quintessence, 1989. MOYERS, R.E. Ortodontia. , 3a ed. Rio de Janeiro: Guanabara&Koogan, 1988. p.410-416. NEAL, J.J. et al. The diagnostic value of panoramic radiographs in children aged nine to ten years. British J Orthodont , v.15, n.3, p. 193-197, 1988. PANELLA, J. et al. Anodontia - aspecto radiográfico aspectos clínico e radiográfico da anodontia do incisivo central, na maxila - relato de um caso. Revista da Associação Paulista de Cirurgiões Dentis tas. v. 43. n. 2, p. 69-71, mar../abr. 1989. PATRÍCIO, S.F. Estudo da prevalência de anodontia, dentes supra numerários e dens in dente em escolares do municípi o de São Paulo, na faixa etária de 5 a 11 anos. 1979. 47f. Dissertação (Mestrado de Odontopediatria) – Faculdade de Odontologia, Universidade de São Paulo, São Paulo. POLDER, B.J. et al. A meta-analysis of the prevalence of dental agenesis of permanent teeth. Community Dent Oral Epidemiol , v.32, n.3, p.217-226, Jun. 2004. RIBEIRO, F.P.F. et al. Anomalias de número, agenesias e dentes supranumerários - revisão da literatura. Rev do CROMG , v. 7, n. 2, p.104-107, mai./ago. 2001. ROCHA, N.M.O. et al. Estudo da prevalência de agenesias dentárias. RGO, v. 31, n. 1, p. 84-86, jan./mar. 1983. RUIDIAZ, V.C; ZEPEDA, G.; HERNANDEZ, M. Agenesia dental en una muestra de pacientes ortodônticos Del Hospital Infantil de México. Rev ADM , v. 53, n. 4, p. 211-215, Julio-Agosto, 1996. SALZANO, F.M. Genética odontológica . 2a ed. São Paulo: T.A. Queiroz,1988. SHORT, F.E. Treatment of oligodontia - a report of cases. JCDA , v.35, n.10, p.540-544, 1969.

46

SVINHUFVUD, E.; MYLLARNIEMI, S.; NORIO, R. Dominant inheritance tooth malpositions and their association to hypodontia. Clin Genet ,v.34, n.6, p. 373-381, 1988. SYMONS, A.L.; STRIZEL, F.; STALAMATIOU, J. Anomalies associated with hypodontia of the permanent lateral incisor and second premolar.J Clin Pediat Dent , v.17, p. 109-111, 1993. TOLEDO, O.A. Odontopediatria: fundamentos para a prática clínica . São Paulo: Panamericana, 1986. TRISTÃO, M.C. et al. Avaliaçäo radiográfica da ocorrência de agenesia de dentes permanentes. Rev. Assoc. Paul. Cir. Dent ., v.57, n.5, p. 337-41, Set.-Out, 2003. VASTARDIS, H. The genetics of human tooth agenesis: new discoveries for understanding dental anomalies. Am J Orthod Dentofac Orthop , v. 117, n.6, p. 650-656, Jun, 2000. VIEIRA, AR. Oral clefts and syndromic forms of tooth agenesis as models for genetics of isolated tooth agenesis. J Dent Res , v.82, n.3, p. 162-165, March, 2003. ZHU, J. et al. Congenitally missing permanent lateral incisors in conjunction with a supernumerary tooth: a case report. J. Clin. Pediatr Dent . v.18, n.1, p. 65- 67, 1996.

47

ANEXOS

48

ANEXO 01

DECLARAÇÃO PARA TORNAR PÚBLICO OS RESULTADOS DA

DISSERTAÇÃO:

Eu, Luciano Augusto Guidi de Farias, aluno regularmente matriculado

no curso de Mestrado em Odontologia, área de concentração em Ortodontia,

do Centro Universitário Hermínio Ometto, declaro que tornarei público, pelos

meios científicos os resultados de minha dissertação de Mestrado (“Prevalência

da Agenesia Dentária de jovens do Gênero Feminino de Goiânia – GO”), após

sua finalização e defesa.

Araras, 18/ 05/ 04

...................................................................... Luciano Augusto Guidi de Farias

49

ANEXO 02

AUTORIZAÇÃO DE CADA SUJEITO DA PESQUISA (PACIENTE):

Ao paciente, ...............................................................................................

Eu, Luciano Augusto Guidi de Farias, abaixo assinado, aluno do

curso de Mestrado em Ortodontia da Faculdade de Odontologia de Araras do

Centro Universitário Hermínio Ometto, venho por meio desta solicitar a sua

autorização para realizar a análise de sua radiografia panorâmica para fins de

estudo e avaliação, cujos dados utilizarei para elaboração da minha

dissertação de Mestrado a ser apresentada a esta entidade, conforme Projeto

de Pesquisa entregue a mesma. Salientamos que este estudo não representa

qualquer risco, pois utiliza-se de radiografias existentes em seu prontuário e

assim com o seu consentimento, poderemos realizar uma pesquisa que auxilie

no plano de tratamento e mecanoterapia para obtermos melhores resultados

durante e após os tratamentos ortodônticos.

Nesses termos, pede deferimento,

Goiânia,........./......../.........

.............................................................................. Luciano Augusto Guidi de Farias, Cirurgião – Dentista.

................................................................................... Autorização do Pai ou Responsável legal.

50

ANEXO 03

AUTORIZAÇÃO DA CLÍNICA PARA A REALIZAÇÃO DA PESQUIS A:

Ao Coordenador da Clínica responsável,

Eu, Luciano Augusto Guidi de Farias, abaixo assinado, aluno

regularmente matriculado no curso de Mestrado em Odontologia, área de

concentração em Ortodontia, do Centro Universitário Hermínio Ometto, venho

por meio desta solicitar a Vossa Senhoria autorização para realizar os exames

radiográficos em uma amostra de pacientes selecionados por faixa etária e do

gênero feminino, cujos dados utilizarei para elaboração da minha dissertação

de Mestrado a ser apresentada a esta entidade, conforme Projeto de Pesquisa

entregue a mesma.

Nesses termos, pede deferimento,

Araras, 18/ 05/ 04

.................................................................................

Luciano Augusto Guidi de Farias, Cirurgião – Dentista.

....................................................................................

Daniel Saddi Domingues – Coordenador da Clínica

e responsável técnico.

51

ANEXO 04

FICHA INDIVIDUAL PARA A AVALIAÇÃO DAS AGENESIAS DEN TÁRIAS:

Ficha no: ; Gênero feminino; Data Nascimento: / / ; Idade: ; Data Rx: / / Dentes Permanentes: Dentes Decíduos: 8 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 8 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 8 7 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 7 8 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 Notação: O – na boca; / - não irrompeu; X – ausente.

52

ANEXO 05

Livros Grátis( http://www.livrosgratis.com.br )

Milhares de Livros para Download: Baixar livros de AdministraçãoBaixar livros de AgronomiaBaixar livros de ArquiteturaBaixar livros de ArtesBaixar livros de AstronomiaBaixar livros de Biologia GeralBaixar livros de Ciência da ComputaçãoBaixar livros de Ciência da InformaçãoBaixar livros de Ciência PolíticaBaixar livros de Ciências da SaúdeBaixar livros de ComunicaçãoBaixar livros do Conselho Nacional de Educação - CNEBaixar livros de Defesa civilBaixar livros de DireitoBaixar livros de Direitos humanosBaixar livros de EconomiaBaixar livros de Economia DomésticaBaixar livros de EducaçãoBaixar livros de Educação - TrânsitoBaixar livros de Educação FísicaBaixar livros de Engenharia AeroespacialBaixar livros de FarmáciaBaixar livros de FilosofiaBaixar livros de FísicaBaixar livros de GeociênciasBaixar livros de GeografiaBaixar livros de HistóriaBaixar livros de Línguas

Baixar livros de LiteraturaBaixar livros de Literatura de CordelBaixar livros de Literatura InfantilBaixar livros de MatemáticaBaixar livros de MedicinaBaixar livros de Medicina VeterináriaBaixar livros de Meio AmbienteBaixar livros de MeteorologiaBaixar Monografias e TCCBaixar livros MultidisciplinarBaixar livros de MúsicaBaixar livros de PsicologiaBaixar livros de QuímicaBaixar livros de Saúde ColetivaBaixar livros de Serviço SocialBaixar livros de SociologiaBaixar livros de TeologiaBaixar livros de TrabalhoBaixar livros de Turismo