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CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS - UNIRITTER FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO LETÍCIA MACHADO COSTAMILAN GESTÃO DE ESTOQUES NO VAREJO: UM ESTUDO DE CASO PORTO ALEGRE 2012

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CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS - UNIRITTER

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO

LETÍCIA MACHADO COSTAMILAN

GESTÃO DE ESTOQUES NO VAREJO: UM ESTUDO DE CASO

PORTO ALEGRE 2012

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LETÍCIA MACHADO COSTAMILAN

GESTÃO DE ESTOQUES NO VAREJO: UM ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas, na Faculdade de Administração do Centro Universitário Ritter dos Reis - UNIRITTER.

Professor Orientador: Me. Jorge Alexandre Vanin.

PORTO ALEGRE 2012

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LETÍCIA MACHADO COSTAMILAN

GESTÃO DE ESTOQUES NO VAREJO: UM ESTUDO DE CASO

Trabalho de Conclusão de Curso - TCC apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Administração de Empresas, na Faculdade de Administração do Centro Universitário Ritter dos Reis - UNIRITTER.

BANCA EXAMINADORA

Professor............................

Professor............................

Professor Orientador: Me. Jorge Alexandre Vanin

PORTO ALEGRE 2012

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Dedico este trabalho à minha mãe, Valmira Enes Machado, meu exemplo de luta e dedicação.

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Agradecimentos

A Deus por ter me dado forças e iluminado meu caminho para que eu pudesse concluir mais uma etapa da minha vida.

À minha mãe Valmira Enes Machado, por todo amor e dedicação que sempre teve comigo. Ao meu pai Sergio Luiz de Campos Costamilan por ser a pessoa que me apoiou não me deixando desistir.

Aos meus irmãos, Carina Machado Costamilan e Sergio Machado Costamilan Jr., pelo carinho e atenção que sempre tiveram comigo.

Aos meus tios Darlei Enes Machado e Zenaide Maisner Machado por abrirem as portas de sua empresa para o desenvolvimento deste trabalho.

Ao meu orientador, professor Jorge Alexandre Vanin, por ter aceitado o desafio de me orientar na execução deste trabalho e por me incentivar a melhorar sempre.

Aos demais professores e colegas do curso de Administração minha gratidão por compartilharem comigo seus conhecimentos.

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RESUMO

O varejo é parte essencial da cadeia de suprimentos por comercializar produtos aos clientes finais. Com a entrada de novos concorrentes no setor, torna-se indispensável estabelecer uma gestão eficaz dos estoques. Quando há muitos produtos armazenados, a empresa possui uma alta parcela de seu ativo imobilizado e se não são realizadas as vendas esperadas, a empresa tem prejuízo. Por outro lado, um nível de estoques aquém da demanda incorre na perda de clientes, visto que estes adotam a estratégia de procurar os produtos em lojas concorrentes. A situação é ainda mais agravada quando se trata de pequenos comércios, pois estes possuem orçamento reduzido. Com vistas a propor melhorias na gestão de estoques no varejo, o presente trabalho utilizou-se de pesquisa qualitativa, com a aplicação de questionários, através dos quais foi possível compreender a condução da administração e assim propor alternativas para uma melhor gestão de estoques no varejo. A análise dos resultados, assim como os objetivos atingidos é demonstrada na conclusão deste trabalho.

Palavras-chave: estoques, gestão, varejo.

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ABSTRACT

Retail is an essential part of the supply chain for marketing products to final customers. With the entrance of new competitors in the sector, became indispensable to establish an efficient management of inventories. When many products are stored, the company has a high portion of its fixed assets and if the expected sales are not made, the company loses money. On the other hand, a level of stocks below the demand incurs the loss of customers, as these adopt the strategy to look for products in competing shops. The situation is even more aggravated when it's about small businesses, because they have limited budget. With a view to develop improvements in inventory management in retail, this study used a qualitative research, with application of questionnaires, by which it was possible to comprehend the conduction of the administration and then propose alternatives for a better inventory management in retail . The analysis of the results, as well as the objectives reached is demonstrated at the conclusion of this work.

Key-Words: stock, management, retail.

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LISTAS DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Composição do faturamento da empresa. ................................................ 17

Gráfico 2: Comportamento do consumidor diante da falta de estoque. ..................... 29

Gráfico 3: Lote Econômico de Compra. .................................................................... 51

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LISTAS DE TABELAS

Tabela 1: Cronograma de trabalho TCC ................................................................... 88

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Dados para montagem da Curva ABC ..................................................... 39

Quadro 2: Mudança de papéis de compras: compra reativa e compra proativa. ...... 45

Quadro 3: Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa. .................................. 55

Quadro 4: Tipos de projetos, métodos e técnicas. .................................................... 56

Quadro 5: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 1 ........................... 61

Quadro 6: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 2 ........................... 62

Quadro 7: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 3 ........................... 63

Quadro 8: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 4 ........................... 63

Quadro 9: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 5 ........................... 64

Quadro 10: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 6 ......................... 65

Quadro 11: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 7 ......................... 65

Quadro 12: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 8 ......................... 65

Quadro 13: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 9 ......................... 66

Quadro 14: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 10 ....................... 66

Quadro 15: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 11 ....................... 67

Quadro 16: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 12 ....................... 67

Quadro 17: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 13 ....................... 68

Quadro 18: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 15 ....................... 69

Quadro 19: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 1 ......................... 70

Quadro 20: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 2 ......................... 71

Quadro 21: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 3 ......................... 72

Quadro 22: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 4 ......................... 72

Quadro 23: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 5 ......................... 73

Quadro 24: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 6 ......................... 74

Quadro 25: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 7 ......................... 74

Quadro 26: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 8 ......................... 75

Quadro 27: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 9 ......................... 75

Quadro 28: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 10 ....................... 76

Quadro 29: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 11 ....................... 76

Quadro 30: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 12 ....................... 77

Quadro 31: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 13 ....................... 77

Quadro 32: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 14 ....................... 77

Quadro 33: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 16 ....................... 78

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SIGLAS

ANVISA: Agência Nacional de Vigilância Sanitária

CRMV-RS: Conselho Regional de Medicina Veterinária do Estado do Rio Grande do

Sul

INMETRO: Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial

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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO ----------------------------------------------------------------------------------------- 14

1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DO SEU AMBIENTE ---------------- 16

1.1 HISTÓRICO -------------------------------------------------------------------------------------- 16

1.2 NEGÓCIO ----------------------------------------------------------------------------------------- 17

1.3 MISSÃO ------------------------------------------------------------------------------------------- 17

1.4 VALORES ----------------------------------------------------------------------------------------- 17

1.5 OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO ---------------------------------------------------------- 17

1.6 PRODUTOS E SERVIÇOS ------------------------------------------------------------------- 17

1.7 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ESTRUTURA FUNCIONAL ---------------- 18

1.8 MERCADO DE ATUAÇÃO ------------------------------------------------------------------- 18

1.9 PRINCIPAIS CLIENTES ---------------------------------------------------------------------- 18

1.10 PRINCIPAIS FORNECEDORES ------------------------------------------------------------ 18

1.11 PRINCIPAIS CONCORRENTES ----------------------------------------------------------- 19

1.12 ÓRGÃOS REGULAMENTADORES ------------------------------------------------------- 19

1.13 OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES ---------------------------------------------- 20

2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA ---------------------------------------------------------------- 21

3 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA ----------------------------------------------- 23

4 OBJETIVOS DO TRABALHO ----------------------------------------------------------------- 24

4.1 OBJETIVO GERAL ----------------------------------------------------------------------------- 24

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS ----------------------------------------------------------------- 24

5 REVISÃO DA LITERATURA ------------------------------------------------------------------ 25

5.1 ESTOQUE ---------------------------------------------------------------------------------------- 25

5.1.1 Tipos de Estoques -------------------------------------------------------------------------- 27

5.2 OBJETIVOS DA ESTOCAGEM ------------------------------------------------------------- 28

5.3 PROTEÇÃO DOS ESTOQUES ------------------------------------------------------------- 30

5.4 CUSTOS RELACIONADOS AOS ESTOQUES ----------------------------------------- 31

5.4.1 Custo do Processamento de Pedido -------------------------------------------------- 32

5.4.2 Custo de Manutenção dos Estoques -------------------------------------------------- 33

5.4.3 Custo da Falta de Estoques ------------------------------------------------------------- 34

5.4.4 Custo total ------------------------------------------------------------------------------------ 35

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5.5 CUSTOS FIXOS --------------------------------------------------------------------------------- 36

5.6 CUSTOS VARIÁVEIS -------------------------------------------------------------------------- 36

5.7 GIRO DE ESTOQUE --------------------------------------------------------------------------- 37

5.8 CURVA ABC -------------------------------------------------------------------------------------- 38

5.9 PREVISÃO DA DEMANDA ------------------------------------------------------------------- 40

5.9.1 Fatores que Influenciam a Demanda -------------------------------------------------- 41

5.9.2 Métodos de Previsão de Estoques----------------------------------------------------- 42

5.10 COMPRAS NO VAREJO---------------------------------------------------------------------- 43

5.11 GESTÃO DE ESTOQUES -------------------------------------------------------------------- 46

5.11.1 Estoque de segurança -------------------------------------------------------------------- 47

5.11.2 Ponto de Pedido ---------------------------------------------------------------------------- 49

5.11.3 Lote econômico de compra -------------------------------------------------------------- 50

5.11.4 Just in time ----------------------------------------------------------------------------------- 51

6 METODOLOGIA ----------------------------------------------------------------------------------- 53

6.1 PESQUISA, MODALIDADES E CARACTERÍSTICAS -------------------------------- 53

6.2 ESTUDO DE CASO ---------------------------------------------------------------------------- 55

6.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS ---------------------------- 57

6.4 AMOSTRA POR CONVENIÊNCIA --------------------------------------------------------- 58

7 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ---------------------------------- 60

7.1 APLICAÇÃO DA PESQUISA ---------------------------------------------------------------- 60

7.2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS – PESQUISA INTERNA – APÊNDICE C-------------------------------------------------------------------------------------------- 61

7.3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS – PESQUISA EXTERNA – APÊNDICE D-------------------------------------------------------------------------------------------- 69

CONCLUSÃO------------------------------------------------------------------------------------------- 79

REFERÊNCIAS ---------------------------------------------------------------------------------------- 83

APÊNDICES -------------------------------------------------------------------------------------------- 86

7.4 APÊNDICE A - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO ------------------------------------------ 86

7.5 APÊNDICE B - CRONOGRAMA DO TRABALHO ------------------------------------- 88

7.6 APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO 1 – DESTINADO À EMPRESA BASE DO ESTUDO ------------------------------------------------------------------------------------------------- 89

7.7 APÊNDICE D – DESTINADO A EMPRESAS DE VAREJO SELECIONADAS POR CONVENIÊNCIA -------------------------------------------------------------------------------- 94

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INTRODUÇÃO

O setor varejista é considerado o principal agente de distribuição de produtos

acabados ao último componente do canal logístico, o cliente, e é de extrema

importância a correta gestão de seus estoques. Empresas deste segmento

necessitam manter um nível de armazenagem otimizado, ou seja, preocupar-se com

o que, quanto e como está sendo estocado de modo a não interromper o

fornecimento. Sob este enfoque se faz necessário observar que o crescimento do

setor e o consequente aumento da concorrência evidenciam ainda mais a relevância

da gestão dos estoques.

A função de armazenar mercadorias decorre da necessidade de suprimentos

no comércio varejista, visto que nem sempre é possível prever o período

compreendido entre um novo pedido de compra e sua entrega. Além disso, os

estoques não apenas podem possibilitar economia de escala, através da compra em

grandes lotes, como também devem auxiliar na diferenciação entre organizações

uma vez que na ausência de determinado produto, o consumidor poderá optar por

outra empresa que satisfaça suas necessidades de consumo no momento e

quantidade desejados.

O pequeno empresário varejista geralmente não detém as técnicas

necessárias a uma boa administração do inventário. Os armazéns são comumente

administrados de maneira empírica e as compras feitas com base em projeções

intuitivas. Além dos custos em função da armazenagem, os estoques imobilizam

parte significativa do ativo de uma empresa, diminuindo o valor disponível em caixa

que poderia ser utilizado em outras operações, em especial nas micro e pequenas

empresas que possuem orçamentos reduzidos.

Desta forma, o presente trabalho tem como foco estudar e propor alternativas

consideradas eficientes dentre as diversas opções estudadas e a melhor forma de

conduzir a administração dos materiais em um pequeno comércio de produtos

agropecuários.

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Para tanto, este Trabalho de Conclusão de Curso está disposto em etapas,

sendo que no capítulo 1 consta a caracterização da empresa e apresenta alguns

aspectos da organização estudada e a situação dentro de um macro ambiente: o

varejo. Apresenta-se o histórico, produtos comercializados, estrutura organizacional

e outros aspectos relevantes para a compreensão da aplicação do tema à empresa.

O capítulo 2 trata da situação problemática. Inicia com uma breve dissertação

a respeito da importância do tema e mostra como a organização estudada é afetada

neste aspecto. Encerra com a questão a ser respondida ao final da pesquisa a qual

norteia este estudo.

O capítulo 3 apresenta a justificativa da escolha do tema e o significado para

o segmento do varejo de produtos agropecuários, a importância de manter estoques

e a aplicabilidade do estudo na empresa Agropecuária Avenida.

O capítulo 4 propõe os objetivos. O objetivo geral é propor um modelo para

gerir estoques em uma empresa de comércio de produtos agropecuários e os

objetivos específicos são identificar o giro e quantidade de estoque de segurança, as

causas da oscilação dos níveis de estoques e propor melhorias para a gestão dos

estoques.

A revisão da literatura, conforme apresentada no capítulo 5 traz a contribuição

de outros autores para o desenvolvimento do presente trabalho. Na sua construção

foram consideradas fontes bibliográficas objetivando verificar o que está sendo

publicado a respeito do assunto tratado. Ainda no capítulo 5, encontram-se divisões

em tópicos considerados os mais relevantes que apóiam o desenvolvimento do

trabalho proposto.

A metodologia de pesquisa, a forma como é desenvolvida a execução do

trabalho proposto assim como a seleção da amostra estudada e seus instrumentos

de coleta e análise de dados são apresentados no capítulo 6. O capítulo 7 apresenta

a análise dos resultados obtidos através dos instrumentos de pesquisa

demonstrados nos apêndices “C” e “D”. E, por último, apresenta-se a conclusão do

estudo, os objetivos atingidos e as melhorias a serem implementadas na empresa.

Este é o escopo deste Trabalho de Conclusão de Curso, que contribuiu com o

crescimento da empresa acima citada que serviu de base para este estudo de caso.

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1 CARACTERIZAÇÃO DA ORGANIZAÇÃO E DO SEU AMBIENTE

Neste capítulo é apresentada a empresa objeto do presente trabalho

destacando seu histórico, modelo de negócio, missão, visão e valores, informações

sobre a sua estrutura organizacional, concorrência, principais produtos, clientes,

fornecedores e órgãos regulamentadores.

Constituída no ano de 2004, a Agropecuária Avenida atua no comércio

varejista de produtos agropecuários e está localizada na região rural do município de

Eldorado do Sul.

1.1 HISTÓRICO

A empresa Agropecuária Avenida foi constituída no mês de dezembro de

2004, sob a razão social Darlei Enes Machado, iniciando suas atividades com o

propósito de atuar no comércio varejista de produtos agropecuários e comercializar

produtos para o campo. A iniciativa se deu a partir da verificação da demanda local

por insumos agropecuários e pela constatação da carência desse segmento de

negócio na região.

Inicialmente comercializava somente alguns produtos, como rações,

sementes, produtos para jardinagem, entre outros artigos. Devido à crescente

procura da população local e também pelo intuito de ascensão do próprio negócio,

no ano de 2006, a Agropecuária Avenida ao obter licença para a venda de

medicamentos veterinários passa a expandir assim, seu sortimento de produtos.

Alinhado às operações comerciais, também passou a oferecer serviços de instalação

e manutenção de cercas e moirões para as propriedades locais.

O lucro obtido serviu para investir no crescimento da empresa. Foi possível

construir em um espaço anexo à agropecuária, uma pequena fábrica de moirões

para colocação de cercados em terrenos e propriedades privadas.

A pequena empresa de estrutura familiar desenvolve suas atividades com

uma equipe de composição enxuta, contando atualmente com quatro colaboradores.

Configurando-se em uma fase de plena expansão no mercado local, vem

apresentando crescimento em sua área de desenvolvimento e atuação: a

comercialização e distribuição de produtos para o agronegócio. Possui sede própria

e está localizada na Avenida Ângelo Collovini, nº 228.

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1.2 NEGÓCIO

O comércio varejista de rações para animais e outros complementos

alimentícios, produtos veterinários, inclusive medicamentos, sementes, implementos

para jardinagem e outros produtos agropecuários é responsável por

aproximadamente 68% das operações da empresa. A divisão de manufatura e

instalação de telas apresenta uma parcela inferior e representa o restante do

faturamento, como demonstra o gráfico 1, conforme abaixo:

Gráfico 1: Composição do faturamento da empresa. Fonte: Elaborado pela autora.

1.3 MISSÃO

A empresa não possui sua missão definida, pois se trata de um negócio

gerido de maneira empírica.

1.4 VALORES

Até o presente momento os valores não foram divulgados.

1.5 OBJETIVOS DA ORGANIZAÇÃO

Através da venda de insumos agropecuários a organização objetiva suprir a

demanda e auxiliar o pequeno produtor rural da região.

1.6 PRODUTOS E SERVIÇOS

São comercializados diversos tipos de produtos, compreendendo desde

alimentação animal a defensivos agrícolas, passando por fabricação e instalação de

moirões e telas, acessórios para jardinagem e produtos para a limpeza e tratamento

de piscinas. A Agropecuária Avenida dispõe de rações, embaladas e a granel, para

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animais domésticos e de criação, remédios, sementes, fertilizantes, dentre os quais

se destacam:

• Nutrição animal;

• Sementes de hortaliças, frutas e flores;

• Fertilizantes;

• Medicamentos;

• Ferramentas para jardinagem.

1.7 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL E ESTRUTURA FUNCIONAL

Constituída sob a forma de Empresário Individual e com uma estrutura

enxuta, a empresa possui quatro colaboradores em seu quadro funcional. A

administração é exercida diretamente pelo proprietário Darlei Enes Machado.

1.8 MERCADO DE ATUAÇÃO

A loja está situada no Parque Eldorado, distrito de Eldorado do Sul (RS),

região onde predominam as propriedades arrozeiras e pecuárias, além de pequenos

produtores rurais.

A Agropecuária Avenida fornece produtos como rações animais e insumos aos

agricultores familiares e empreendedores rurais locais.

1.9 PRINCIPAIS CLIENTES

Os principais clientes da Agropecuária Avenida são os produtores rurais da

região e pessoa física.

Não existe uma concentração em determinado perfil de cliente. Devido ao

grande mix de produtos comercializados, a empresa possui clientes de diversos

segmentos, mas as vendas caracterizam-se pela grande diluição. O perfil é de

varejo de consumidores representado por compradores particulares ou famílias da

região.

1.10 PRINCIPAIS FORNECEDORES

• Masterfoods Brasil Alimentos Ltda;

• Fröhlich S/A Indústria e Comércio de Cereais;

• Nutrire Indústria de Alimentos Ltda;

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• Hercosul Alimentos Ltda;

• Comercial Adubão Ltda;

• Plasútil – Indústria e Comércio de Plásticos Ltda;

• Tramontina Multi S/A.

1.11 PRINCIPAIS CONCORRENTES

A região conta com outras empresas do mesmo segmento. São, ao todo,

cinco comerciantes, com destaque para a loja Pampa e Fronteira por disponibilizar

uma maior variedade de produtos.

Os principais concorrentes são:

• Agropecuária São João;

• Casa Rural;

• Pampa e Fronteira;

• Sigma.

1.12 ÓRGÃOS REGULAMENTADORES

O setor de comércio de produtos agropecuários é regulado pelos órgãos:

• A Secretaria de Defesa Agropecuária, vinculada ao Ministério da Agricultura,

Pecuária e Abastecimento, tem por objetivo fiscalizar os produtos

destinados à alimentação animal e práticas desleais deste comércio;

• O Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial,

INMETRO, estabelece a regulamentação técnica de todos os bens, sejam

eles insumos, produtos finais ou serviços, comercializados no Brasil;

• A Agência Nacional de Vigilância Sanitária, ANVISA, através da

normatização e fiscalização dos setores envolvidos na produção e

comercialização de produtos toxicológicos e farmacêuticos.

• O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio Grande do Sul,

CRMVRS, através da emissão de autorizações para a comercialização de

produtos veterinários.

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1.13 OUTRAS INFORMAÇÕES RELEVANTES

Trata-se, como demonstrado acima, de uma empresa de pequeno porte,

inserida em uma microrregião do município de Eldorado do Sul (RS), cujo capital

social é constituído por apenas um proprietário. A empresa visa crescer no seu setor

de atuação que é o varejo de produtos agropecuários e afins. Por estar assim

caracterizada, apresenta estrutura deficiente em vários aspectos quanto a processos

organizacionais na sua gestão. E é neste ponto que, através do presente estudo

pretendeu-se analisar e propôs-se reestruturação em uma das etapas do negócio,

que é a armazenagem de produtos e todos os aspectos que envolvem este processo

funcional.

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2 SITUAÇÃO PROBLEMÁTICA

A administração de estoques é de extrema importância em todos os tipos de

organizações. Tanto as matérias-primas quanto os produtos acabados, servem para

que as empresas diminuam o intervalo entre a demanda de seus clientes e o tempo

de reposição. A gestão dos suprimentos objetiva fornecer os materiais necessários

na quantidade e no momento certos.

Seus níveis estão diretamente relacionados aos aspectos financeiros e

contábeis das empresas, pois quanto maior a quantidade de itens estocados, tanto

maior serão os valores imobilizados, diminuindo os valores em caixa.

Os custos decorrentes do processo de compras, transporte e armazenamento

de materiais influenciam os resultados de uma empresa, oferecendo impactos

financeiros diretos. Os gastos com o armazenamento de materiais, em excesso,

limitam o investimento em outras áreas e apresentam outras consequências como,

por exemplo, a obsolescência de produtos resultando em mais perdas. Segundo

Rodrigues (1993) “quanto menor for a quantidade de dinheiro existente no caixa da

empresa, maior será a quantidade de dinheiro investido em estoque”.

O varejo é o setor responsável por fornecer diversos tipos de produtos e/ou

serviços diretamente ao consumidor final. As empresas varejistas atuam na

distribuição de artigos acabados tais como alimentos, roupas e outros. As

organizações que compram e revendem bens devem preocupar-se com o nível de

estoques, de modo a suprir a demanda, evitando onerar o caixa.

Observa-se então que a gestão de estoque é fundamental nas organizações

por tratar-se de um processo que requer o direcionamento de recursos e que

absorve capital da organização, muitas vezes oneroso e com possíveis

consequências negativas se forem considerados os riscos quanto à segurança e a

obsolescência.

Outro aspecto a considerar é o fato de que, mesmo sob um olhar superficial,

observa-se que nos hábitos dos micros e pequenos empresários não consta a

prática de bons processos de gestão, não só de estoques, mas também de fluxo de

caixa, de gestão de pessoas e outros cruciais para o bom desempenho empresarial.

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Não é diferente no caso da Agropecuária Avenida que trata a gestão de seus

estoques de modo empírico.

A Agropecuária Avenida, por trabalhar com uma variedade de produtos, em

sua maioria perecíveis e, por enfrentar maior dificuldade em provisionamento de

demanda necessita e objetiva buscar um método mais adequado de administração

de seus estoques. Diante do exposto, o presente trabalho propõe-se a responder a

seguinte questão: qual o melhor método para gerir estoques a ser aplicado em uma

empresa varejista inserida no setor de distribuição de insumos agropecuários,

considerando ser ela uma empresa de pequeno porte, que poderia contribuir com

seu desenvolvimento econômico?

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3 JUSTIFICATIVA DA ESCOLHA DO TEMA

A gestão de suprimentos sempre ocupou posição de destaque nas empresas,

pois é através da formação de estoques que as necessidades da matéria-prima são

supridas durante o processo produtivo. As quantidades de insumos em estoque

devem ser controladas de forma que a produção não seja interrompida. Não é

diferente no setor de varejo, cuja disponibilidade de produtos é aspecto crucial para

o atendimento da demanda e consequentemente o desenvolvimento de um negócio.

A gestão dos estoques, no entanto, não se restringe ao suprimento. O nível

de produtos estocados está diretamente relacionado às finanças. Faz-se necessário

o equilíbrio entre os valores imobilizados e os disponíveis em caixa.

O varejo é o setor responsável pela distribuição da produção ao consumidor,

justificando a busca pela melhoria dos processos de compras e armazenamento de

produtos acabados. Observa-se, no entanto, que muitos empreendedores não

utilizam um método adequado de gestão de compras.

A Agropecuária Avenida enquadra-se nesse perfil e controla seus estoques de

maneira empírica, o que justifica a necessidade de identificação e aplicação de um

método de planejamento de suprimentos mais adequado.

Por esta razão, o presente estudo desenvolve-se objetivando analisar

aspectos relevantes sobre este tema e propõe uma alternativa econômica para a

empresa que serve de base desta pesquisa, a fim de demonstrar a melhor

metodologia de administração de estoques para o perfil daquela organização, com

vistas a reduzir custos e agregar valor, contribuindo com a melhoria do processo de

gestão.

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4 OBJETIVOS DO TRABALHO

Com base na situação problemática e justificativa apresentada no item 3 do

presente trabalho, apresentam-se a seguir os objetivos geral e específicos.

4.1 OBJETIVO GERAL

Propor um modelo para gerir estoques em uma pequena empresa de

comércio de produtos agropecuários.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Identificar o giro e a quantidade de estoque de segurança;

• Analisar as causas da oscilação dos níveis de estoques;

• Propor melhorias para a gestão de estoques.

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5 REVISÃO DA LITERATURA

Neste capítulo é apresentada a fundamentação teórica utilizada para a

consecução dos objetivos propostos. Trata-se de etapa importante na construção do

trabalho de conclusão de curso, pois consiste em analisar o que vem sendo

divulgado por outros autores.

Pretendeu-se, nesta etapa, apresentar o que há de importante sobre o tema

estudado que pudesse contribuir para identificar o método mais adequado de gestão

de estoques, com base em estudos bibliográficos.

5.1 ESTOQUE

O estoque consiste em suprir as necessidades materiais de uma empresa de

modo a atender a demanda dos clientes no momento certo e na quantidade correta.

A quantidade de itens estocados deve ser planejada a fim de evitar a interrupção do

processo de produção ou fornecimento dos produtos finalizados.

Independentemente do porte ou do tipo de negócio, todas as operações necessitam

de recursos, sejam eles acabados ou utilizados para a fabricação de outros. Pozo

(2007, p. 37) defende que “indubitavelmente, uma das mais importantes funções da

administração de materiais está relacionada com o controle de níveis de estoques”.

O armazenamento justifica-se por existir um lead time1 entre o pedido de

material e sua reposição. Comumente verifica-se uma lacuna entre a demanda do

cliente e a entrega pelo fornecedor, pois o tempo compreendido entre uma nova

compra e o recebimento do pedido é superior ao período estimado pelo consumidor.

Segundo Dias (1993, p. 23), “sem estoque é impossível uma empresa trabalhar, pois

ele funciona como amortecedor entre os vários estágios da produção até a venda

final do produto”. Embora a afirmativa do autor acima seja passível de

questionamento, considerando-se que hoje existem técnicas de gestão que propõem

a eliminação de estoques – caso do já consagrado processo just in time – na

atividade sob análise – varejo de produtos destinados à atividade agropecuária – a

afirmativa é válida.

1 Segundo MOURA (2006) lead time é, no contexto da logística, o tempo entre o reconhecimento da necessidade de uma encomenda e a recepção dos produtos.

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O fato de possuir estoque vai além da manutenção dos recursos materiais.

Ter os produtos à disposição dos consumidores no momento e quantidade

desejados aumenta o valor gerado através da atividade de distribuição,

diferenciando a empresa de seus concorrentes. Além da função de suprimento, o

estoque traz diversos benefícios ao negócio.

Visto como um recurso produtivo que no final da cadeia de suprimentos criará valor para o consumidor final, os estoques assumem papel ainda mais importante. Hoje todas as empresas procuram de uma forma ou de outra, obter uma vantagem competitiva em relação a seus concorrentes, e a oportunidade de atendê-los prontamente, no momento e na quantidade desejada, é facilitada por meio da administração eficaz dos estoques. (MARTINS e ALT, 2006 p. 167).

Sob este enfoque Ching (2001, p. 83) afirma que “valor agregado ao cliente

pode ser entendido como proporcionar ao cliente produtos e serviços que têm um

valor maior do que os oferecidos por concorrentes em mercados semelhantes”. A

avaliação dos autores se justifica, pois de fato o valor percebido pelo cliente pode

estar em uma maior capacidade de fornecimento das mercadorias requisitadas. A

situação inversa, entretanto, traz consequências negativas, pois incorre em perda de

clientes, diminuindo os lucros e afetando a visão do mercado sobre a empresa.

A importância da correta administração de materiais pode ser mais facilmente percebida quando os bens necessários não estão disponíveis no momento exato e correto para atender às necessidades de mercado. [...] A boa administração de materiais significa coordenar a movimentação de suprimentos com as exigências de produção. (POZO, 2007 p. 39).

O processo produtivo e de distribuição deve ser contínuo, justificando o

armazenamento de peças e produtos processados, a fim de se evitar uma ruptura

devido à falta de algum item. Adiante são apresentadas as suas variadas

perspectivas, devido à abrangência e relevância do tema exposto para o presente

estudo.

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5.1.1 Tipos de Estoques

Conforme tratado anteriormente, existem diversos itens que devem estar à

disposição da empresa durante a fabricação dos produtos ou prestação de serviços.

Já se sabe que todas necessitam de recursos materiais para a consecução de seus

objetivos. Tais itens diferem entre si quanto à importância e classificação. Na visão

de Gusmão (2002), para um melhor gerenciamento devem-se compreender as

diversas formas que os estoques podem ter e tratá-los de forma diferenciada

conforme sua relação com a cadeia produtiva. Reforçando o enfoque de que se faz

necessária uma distinção e adequado gerenciamento de acordo com suas

peculiaridades, Dias (1993) demonstra através de sua classificação em: matérias-

primas, produtos em processo, produtos acabados e peças de manutenção.

• Matérias primas: são os materiais básicos e necessários para a produção do

produto acabado; seu consumo é proporcional ao volume da produção;

• Produtos em processo: o estoque de produtos em processo consiste em

todos os materiais que estão sendo usados no processo fabril. Em sua

maioria, são, produtos parcialmente acabados que estão em algum estágio

intermediário de produção;

• Produtos acabados: composto por itens já produzidos e destinados ao

consumidor final;

• Peças de manutenção: são peças estocadas com a finalidade de

manutenção e correção das falhas nas máquinas e equipamentos evitando

interrupções durante a produção.

De acordo com o tipo de negócio da organização, os estoques podem ser de

matérias-primas, de materiais auxiliares em produção, também chamado de estoque

em trânsito, e de produtos acabados. Os produtos acabados são o maior enfoque do

varejista: Sobre o almoxarifado de itens acabados, Pozo (2007, p. 42) define como

“este é o estoque de produtos prontos e embalados que serão enviados aos

clientes”. São os produtos prontos para serem comercializados, pois se encontram

ao final do processo produtivo.

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Para um varejista, a gestão de inventário diz respeito à velocidade de compra e venda. O varejista compra uma grande variedade de produtos e assume um risco considerável no processo de marketing. O risco de inventário do varejista pode ser considerado amplo, mas não muito grave. Devido ao alto custo dos espaços para armazenamento, os varejistas priorizam o giro do estoque e a lucratividade direta sobre os produtos. (BOWERSOX, CLOSS e COOPER, 2006, p.241).

Deve-se considerar a finalidade dos materiais de acordo com o objetivo da

empresa de maneira a focar nos tipos de materiais necessários. Usualmente são

considerados os estoques também do ponto de vista financeiro no sentido de focar

mais nos de maior valor agregado. O presente trabalho pretende aprofundar seu

estudo a respeito do suprimento de produtos acabados, haja vista que o varejo é o

segmento que objetiva o abastecimento de artigos ao cliente final.

5.2 OBJETIVOS DA ESTOCAGEM

A função de estocar materiais possui diversas finalidades. Atender aos

desejos dos consumidores no momento oportuno, gerar economia de escala,

aumentar a produtividade e as vendas, são alguns dos enfoques de empresários,

sejam de pequeno porte ou de grandes indústrias. Há ainda a necessidade de maior

estocagem de alguns produtos cuja demanda é sazonal. É o caso de chocolates na

Páscoa e artigos de Natal em dezembro. A possibilidade de atender a essas

exigências do mercado faz com que as organizações mantenham mais unidades

armazenadas.

Conforme sua visão a respeito dos objetivos da administração de materiais

Pozo (2007) classifica os objetivos da armazenagem quanto ao custo e quanto ao

serviço. O objetivo de custo, segundo o autor, é minimizar os dispêndios através da

determinação de uma quantidade ideal, ou seja, com diminuição dos custos de

estoques e transportes. O objetivo de nível de serviço é atender às necessidades

dos clientes no momento correto e com qualidade no serviço prestado.

Complementando, os autores Martins e Alt (2006, p. 202) argumentam que:

Nível de serviço ou nível de atendimento é o indicador de quão eficaz foi o estoque para atender às solicitações dos usuários. Assim, quanto mais requisições forem atendidas, nas quantidades e especificações solicitadas, tanto maior será o nível de serviço.

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Já se sabe que o tempo de entrega do produto pelo fornecedor é quase

sempre diferente daquele esperado pelo consumidor. Decorre desta situação outro

objetivo de estoque, proteger a atividade fim da empresa de incertezas no tempo de

ressuprimento.

Os estoques agregam valores, pois sempre que ocorre uma falha no

fornecimento, os clientes se direcionam para outra empresa, geralmente

concorrentes. O gráfico 3 demonstra os resultados de uma pesquisa realizada junto

a consumidores a respeito de seu comportamento na falta de determinado produto.

Gráfico 2: Comportamento do consumidor diante da falta de estoque. Fonte: Christopher, 2007, p. 49

Conforme demonstrado no gráfico 2, 26% dos clientes procuram o mesmo

produto em outra loja, motivando a queda nas vendas e, como consequência,

diminuição do lucro.

Uma empresa bem abastecida diferencia-se das outras perante seus clientes.

O contrário também é facilmente percebido.

O fim principal do armazém de abastecimento é a constituição de um sistema de alimentação, em relação ao processo produtivo, que serve de guia para a uniformidade e a continuidade deste. O fim principal do armazém de fornecimento de produtos acabados é a constituição de um sistema de alimentação, em relação ao mercado, que permita ao departamento de vendas proporcionar um serviço oportuno, contínuo e eficiente ao consumidor. (MOURA, 1997, p. 4).

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Compreende-se, portanto, que os diversos objetivos da armazenagem de

matérias-primas e produtos finalizados contribuem para a continuidade, seja do

processo produtivo ou da comercialização, e diminuição em custos ocorridos por

novos pedidos ou interrupção do fornecimento.

5.3 PROTEÇÃO DOS ESTOQUES

Um dos aspectos relacionados aos estoques de produtos sejam eles em

processamento ou já manufaturados, são referentes à sua durabilidade. A área da

empresa responsável pela gerência dos materiais deve verificar a ocorrência de

troca de produtos por questões de perecibilidade, obsolescência, alterações nas

características dos componentes, segurança contra roubos, dentre outros aspectos.

Na visão de Martins e Alt (2002, p. 221) “a depreciação de um bem é a perda de seu

valor, decorrente do uso, deterioração, ou obsolescência tecnológica”.

Ocorre que determinados produtos, mesmo devidamente processados,

possuem uma vida útil a ser controlada. Alguns fatores podem ocasionar a

substituição desses itens estocados. Tais fatores podem ser: modificações nas

características naturais do produto, extinção do prazo de validade, perdas de

conteúdo por evaporação e vazamentos, mau acondicionamento da carga,

obsolescência, depreciação e também roubo de alguns produtos.

Alguns autores sugerem que o estoque seja classificado conforme as

características acima descritas.

Muitas vezes o fator tempo influencia na classificação; assim, quando a empresa adquire determinado material para ser utilizado em data oportuna, e, se porventura não houver consumo, sua utilização poderá não ser mais necessária, o que inviabiliza a estocagem por longos períodos. (VIANA, 2002, p. 58)

Referente ao custo de obsolescência, Bowersox, Closs e Cooper (2006, p.

246) demonstram que “a obsolescência também envolve perda financeira quando

um produto se torna obsoleto em termos de moda ou pelo fato de o projeto estar

ultrapassado”. Ainda sob o enfoque dos custos decorrentes de produtos obsoletos,

cabe ressaltar que o excesso de estoques aumenta o risco de obsolescência, pois é

maior a probabilidade de os produtos tornarem-se ultrapassado, conforme Grazziotin

(2003).

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A devida precaução com os componentes das mercadorias também minimiza

os riscos de perda. Dependendo do tipo de estoque é necessário um controle

rigoroso de aspectos intrínsecos aos produtos.

as características de um produto que mais influem sobre a estratégia logística são os seus atributos naturais – peso, volume, valor, perecibilidade, inflamabilidade e substituibilidade. Quando observadas em combinações variadas, essas características são um indicativo da necessidade de armazenagem, estocagem, transporte, manuseio do material e processamento dos pedidos. (BALLOU, 2006, p. 79)

A ocorrência de perdas dos produtos tem relação com o tipo de armazém

utilizado e seu valor de mercado. Conforme os autores Bowersox, Closs e Cooper

(2006) produtos com maior valor agregado são alvos de furtos e produtos perigosos

como os inflamáveis acarretam em altos custos de seguros de armazenagem.

Observa-se, nesses casos, um aumento significativo no custo de manutenção das

mercadorias estocadas.

Após a observação de suas peculiaridades, torna-se ainda mais relevante a

necessidade de uma gestão estratégica dos estoques na busca por diminuição das

perdas com deterioração.

5.4 CUSTOS RELACIONADOS AOS ESTOQUES

As atividades de distribuição e armazenamento adicionam valores ao produto

no final da cadeia de suprimentos. Todas estas, porém, geram custos. Martins e Alt

(2006, p. 177) afirmam que “a necessidade de manter estoques acarreta uma série

de custos às empresas”. A importância da mensuração destes se deve ao fato de

que o investimento em armazenamento de materiais diminui o capital disponível para

as outras áreas, além de que toda empresa deve observar os custos envolvidos na

atividade de suprimento visando aumentar o retorno e obter melhores resultados

financeiros.

Os custos são constituídos, em geral, pelo processamento de compras,

transporte, recebimento, manutenção e armazenagem, destacando-se entre os

principais: 1) custo de pedir, 2) custo de manter estoque e 3) custo total. Ching

(2001). Enriquecendo a análise, Vollmann et. al (2006) afirmam que, embora sejam

os mais observados, os investimentos em estoque propriamente dito não são os

únicos custos. Há, além disso, custos associados à preparação do pedido,

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manutenção de estoques e custo de faltas e do serviço ao cliente, estes últimos,

sendo os de mais dificultosa medição, porém cruciais para a manutenção de

vantagem competitiva. Como cada dispêndio financeiro ocorre em uma etapa do

processo de fornecimento, serão apresentadas, a seguir, suas classificações de

acordo com a ordem e relevância.

5.4.1 Custo do Processamento de Pedido

No momento em que é percebida a necessidade de novo pedido de materiais,

inicia-se uma série de procedimentos que requisitam documentos, mão-de-obra e

atividades administrativas. O departamento de compras dispõe de funcionários cujas

atribuições consistem em analisar a quantidade a ser adquirida, determinar quais

serão os fornecedores, emitir ordens de compras e, ao final, receber e conferir os

itens na entrega.

Os custos de preparação do pedido incorrem cada vez que um pedido de reposição do estoque é colocado. [...] As empresas frequentemente apresentam grandes custos de manter arquivos, controlar a qualidade e verificar a exatidão dos recebimentos, bem como outros custos escondidos. (VOLLMANN et. al, 2006, p. 151)

Incluem gastos com folha de pagamento, encargos sociais, sistemas

informatizados, entre outros. Dias (1993) contribui para a realização deste estudo

através de uma metodologia de cálculo do chamado custo de pedido. De acordo

com o autor o Custo Total Anual (CTA) é formado pelas despesas de mão-de-obra,

material utilizado no pedido e custos indiretos, sendo esses gastos com telefone e

energia elétrica, por exemplo.

Obtém-se o Custo Total Anual (CTA) através do produto de “B”, o custo em

unidades monetárias de um pedido de compra e “N”, o número de pedidos em um

ano. Observa-se que o CTA diminui à medida que são feitos menos pedidos ou com

menor frequência.

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5.4.2 Custo de Manutenção dos Estoques

De acordo com o volume de itens em estoque, torna-se necessário um

espaço para armazenamento, porém tanto o imóvel disponibilizado para esta

finalidade, quanto gastos indiretos como seguros dos produtos, obsolescência e

outros devem ser computados para a devida apuração dos denominados custos de

armazenagem.

Os custos de manutenção de estoque incorporam também as despesas de armazenamento, tais como: altos volumes, demasiados controles, enormes espaços físicos, sistemas de armazenagem e movimentação e pessoal alocado, equipamentos e sistemas de informações específicos. Temos também custos associados aos impostos e aos seguros de incêndio e roubo decorrentes do material estocado. (POZO, 2007 p.43).

Alguns autores defendem que deve ser considerado o chamado custo de

capital, que consistem em valores monetários que poderiam estar disponíveis em

caixa para re-investimentos nas demais operações de uma empresa. Os autores,

Vollmann et. al (2006, p. 152), em sua classificação dos custos intrínsecos aos bens

armazenados, demonstram a importância dos custos de capital dos estoques

analisando que “comprometendo o capital com o estoque uma firma renuncia ao uso

desses fundos para outras finalidades”. Enfatizando a constatação de que há, dentre

outros, o custo de capital atrelado ao armazenamento, Novaes (2001, p. 210)

salienta que “o custo de estoque está diretamente relacionado ao custo financeiro do

capital empatado na mercadoria, afetando dessa forma o dono do produto”.

Porém, o custo da armazenagem, de acordo com alguns autores, contempla

despesas com energia elétrica, pessoal e, conforme com sua extensão física,

equipamentos e máquinas empilhadeiras. Nesse sentido, Slack et. al (1996)

enriquecem a análise, pois afirmam que, em se tratando de produtos específicos,

alguns estoques necessitam de condições especiais como localização, temperatura

e segurança.

Contribuição muito importante para a realização deste estudo, Dias (1993)

afirma que, para uma exata expressão dos custos, a organização deve verificar qual,

dentre os itens apresentados abaixo, tem a maior proporção de acordo com seu tipo

de estoques:

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1) Para algumas empresas, a taxa de retorno de capital e a de seguro são as

mais importantes por se referirem a materiais de grande valor. É o caso das

joalherias e empresas que trabalham com materiais eletrônicos, etc.

2) Para outras o espaço ocupado é o fator que pesa mais. Por exemplo, as

que trabalham com espuma de poliuretano e papel.

3) Para outras, ainda, é a segurança o mais importante, razão pela qual suas

taxas de seguro são altas (casos de empresas que trabalham

essencialmente com inflamáveis e explosivos).

Enriquecendo a análise a respeito das despesas originadas pela guarda de

materiais, Moura (1997) acrescenta às análises anteriormente apresentadas o

enfoque a respeito dos custos dos juros sobre os estoques, depreciação sobre as

instalações os sistemas de movimentação, limpeza e higiene, iluminação, seguros

contra riscos e correção sobre o valor dos bens, visto que sofrem depreciações.

Para se obter o custo total para manter o estoque, faz-se a somatória de todos os custos inerentes ao mesmo, sendo: custos de capital sobre investimentos em estoques (custo de oportunidade), custos de serviços de inventários, custos de espaço para armazenagem (variável) e custos de riscos de estoques, mas devem ser considerados os trade-offs entre outros elementos de custos, tais como transporte e armazenagem. (FARIA e COSTA, 2007, p. 111)

São diversos os componentes de formação dos custos de manutenção de

estoques. O custo total, porém, deve englobar as despesas anteriormente citadas,

conforme sua importância para o tipo de produto fabricado ou comercializado.

5.4.3 Custo da Falta de Estoques

A ausência de produtos ou suprimentos acarreta outro custo às empresas. O

custo da falta de estoque faz com que o faturamento diminua, assim como a

responsável à demanda e, consequentemente, a competitividade.

Se errarmos na decisão de quantidade de pedido e ficarmos sem estoque, haverá custos incorridos por nós, pela falha no fornecimento a nossos consumidores. Se os consumidores forem externos, poderão trocar de fornecedor; se internos, a falta de estoque pode levar a tempo ocioso no processo seguinte, ineficiências e, fatalmente, consumidores externos insatisfeitos outra vez. (SLACK et. al, 1996 p. 387).

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Visto que a falta de produtos traz como consequência uma queda no

faturamento da empresa por não ter o produto à disposição, este custo deve ser

mensurado, mesmo que sua metodologia seja menos exata.

Além dos citados anteriormente, existe o custo da ruptura do fornecimento

que pode ser considerado como o faturamento perdido pela empresa por não

atender à demanda do cliente em determinado momento. Tal custo é o mais difícil de

ser medido por não ser exato o valor perdido com a desistência da compra e de que

maneira afeta a imagem da empresa no mercado. Dias (1993) propõe que o custo

de não atendimento da demanda seja determinado através da análise dos seguintes

itens:

• Por meio de lucros cessantes, devidos à incapacidade de fornecer. Perdas

de lucros com cancelamentos de pedidos;

• Por meio de custos adicionais, causados por fornecimentos em substituição

com material de terceiros;

• Por meio de custos causados pelo não-cumprimento dos prazos contratuais

como multas, prejuízos, bloqueios de reajuste; e

• Por meio de “quebra de imagem” da empresa, e em consequência

beneficiando o concorrente.

Visto que a falta de produtos traz como consequência uma queda no

faturamento da empresa por não ter o produto à disposição, esse custo deve ser

mensurado, mesmo que sua metodologia seja menos exata.

5.4.4 Custo total

O custo total é o somatório de todos os custos mencionados anteriormente.

Demonstra o valor total que uma empresa precisa dispor para manter o

armazenamento. Moura (1997) diz que de 20 a 30% do valor total do estoque

corresponde a custos de armazenagem. O mesmo assunto na visão de outros

autores é ampliado, demonstrando sua composição detalhadamente.

Para se obter o custo total para manter o estoque, faz-se a somatória de todos os custos inerentes ao mesmo, sendo: custos de capital sobre investimentos em estoques (custo de oportunidade), custos de serviços de inventário, custos de espaço para armazenagem (variável) e custos de riscos de estoques [...] (FARIA e COSTA, 2007, p. 111).

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Após a análise e classificação dos custos, pressupõe-se a caracterização dos

gastos em determinadas atividades relacionadas ao processo de suprimento. Todos

os tipos de estoques sejam eles de matéria-prima ou mesmo de produtos acabados,

incorrem em custos para a organização. Estes são divididos ao longo do processo,

podendo ser classificados em fixos e variáveis.

5.5 CUSTOS FIXOS

Além de todos os custos anteriormente citados, há autores que os classificam

em fixos e variáveis. Os custos denominados fixos são aqueles que não variam

conforme a quantidade de material solicitado. Ocorrem a cada novo pedido de

compra, contemplando custos administrativos e de pessoal. Podem ser incluídos

gastos com a folha de pagamento da área de compras, o aluguel do imóvel utilizado

para a guarda dos insumos e, em alguns casos, o custo de manutenção.

O custo fixo do pedido inclui todos os custos que não variam de acordo com o tamanho do pedido, mas que são contraídos a cada emissão de pedidos. Por exemplo, um custo administrativo fixo pode ser contraído ao fazer um pedido, um custo de veículo pode ser contraído para transportar o pedido e um custo de mão-de-obra pode ser contraído para receber o pedido. (CHOPRA e MEINDL, 2003 p. 142).

5.6 CUSTOS VARIÁVEIS

Enquanto que os custos fixos se mantêm, independente da quantidade, os

variáveis dependem do volume adquirido. Enriquecendo a análise, Vollmann et. al

(2006 p. 151) indicam que “estão incluídos os custos variáveis de funcionários

associados ao uso de material de trabalho mais quaisquer custos eventuais

envolvidos, por exemplo, transportar mercadorias entre plantas e centros de

distribuição”.

Demonstrada a importância, o alto valor agregado e os custos decorrentes

das atividades relacionadas aos estoques evidenciam-se a necessidade de controle,

tanto das unidades quanto dos valores gastos.

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5.7 GIRO DE ESTOQUE

O giro de estoque consiste na quantidade de vezes, em determinado período,

que os produtos armazenados são vendidos, necessitando sua reposição. Quanto

maior for a freqüência da substituição, tanto melhor para as empresas, pois devido

ao crescimento das vendas e conseqüente aumento da receita apresentará

melhores resultados financeiros.

De acordo com Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 241) “o giro dos produtos

em estoque é uma medida de sua velocidade, e é calculada como a razão das

vendas anuais sobre o inventário médio”. A razão entre as vendas em determinado

período e o estoque médio resulta no grau de rotatividade. Apresenta-se a fórmula

para a determinação do giro dos estoques, conforme demonstrado abaixo:

Giro de estoque =

Gitman (2000) contribui de forma significativa para a indicação da

temporalidade das mercadorias em depósito. Segundo o autor, dividindo-se a

quantidade de giros por 360 é possível prever a idade média dos estoques, ou seja,

a cada quantos dias é necessário repor o estoque. Observa-se que, proporcional ao

aumento do número de trocas de inventários, ocorre um crescimento da

lucratividade, tanto no setor de transformação como no comércio. Pozo (2007, p. 37)

elucida que “quanto maior for o número da rotatividade, melhor será a administração

logística da empresa, menores serão os seus custos e maior será sua

competitividade”.

O estoque é responsável por grande parte da imobilização do capital de giro. O

valor disponível em caixa é transformado em mercadoria e espera-se o retorno deste

investimento).

O inventário constitui-se num ativo importante que deve trazer retorno de acordo com o capital investido. O retorno dos investimentos em inventário é a margem de lucro sobre as vendas que não aconteceriam sem a existência dele. (BOWERSOX, CLOSS e COOPER, 2006, p. 242).

O conhecimento da rotatividade dos produtos possibilita que o gestor obtenha

informações a respeito da eficácia da administração do inventário, margem de lucro,

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vendas e outros aspectos da administração. Vollman et. al (2006, p. 150) enfatizam

que “uma questão gerencial chave é determinar o desempenho do sistema de

controle de estoque. [...] O tamanho do investimento faz dele uma medida visível do

desempenho”. Porém a administração não deve basear-se na mensuração do giro

isoladamente.

Não apenas os resultados financeiros, mas também o conhecimento dos

estoques pode mostrar como a organização está realizando sua gestão de materiais.

Através da observação da quantidade de renovações de produtos, pode-se verificar

a situação da empresa em seu mercado de atuação. Nesse sentido, Dias (2009, p.

65) argumenta que “o grande mérito do índice de rotatividade do estoque é que ele

representa um parâmetro fácil para a comparação de estoques entre empresas do

mesmo ramo de atividade e entre classes de material em estoque”. Se inserida em

um setor em pleno crescimento, no entanto apresentando baixas taxas de reposição,

deve rever suas políticas de estoques, previsão da demanda, sortimento e outros

aspectos.

5.8 CURVA ABC

Baseada no princípio de Pareto que defendia que 80% da riqueza mundial

estava distribuída a apenas 20% da população, a relação 80-20 foi utilizada para a

demonstração da composição dos estoques dentro das empresas. Sabe-se,

atualmente, que 20% dos produtos em estoque correspondem a 80% do valor total.

A curva ABC é um gráfico construído de modo a agrupar os itens em

categorias conforme sua utilização para a empresa. Nem todos os materiais

estocados têm maior contribuição para a atividade fim de uma firma. Conforme

explica Ballou (2010, p. 224):

[...] tanto o capital investido em estoque como os custos operacionais podem ser diminuídos, se reconhecermos que nem todos os itens estocados merecem a mesma atenção por parte da administração ou precisam manter a mesma disponibilidade para satisfazer os clientes.

Quanto à importância da utilização da curva ABC para a gestão de estoques,

é notável sua contribuição na administração de materiais.

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A curva ABC é um importante instrumento para o administrador; ela permite identificar aqueles itens que justificam atenção e tratamento adequados quanto à sua administração. Obtém-se a curva ABC através da ordenação dos itens conforme a sua importância relativa. (DIAS, 1993 p. 76).

A construção da curva passa pela determinação do custo total de cada item.

Dispõem-se os itens, seus valores e unitários a fim de obter os custos totais dos

materiais.

Para se calcular a representatividade de cada item em estoque, basta multiplicar o consumo anual de cada item por seu respectivo custo. Em seguida, listar em ordem decrescente de valor e calcular o percentual de cada item em relação ao custo total de estoque (100%). (CHING, 2001 p. 47).

Através da construção de uma tabela onde se dispõe os valores e

quantidades de cada item, obtêm-se o valor total do item e a representatividade do

item dentro do estoque como um todo, conforme Quadro 1:

Item Peça Custo/Unid.

R$ Consum.

Peças Valor/Mês R$

Total Acumulado %

A 01 02 03

A-1X A-2B B-2A

50,00 10,00 3,00

500 2.000 5.000

25.000,0020.000,0015.000,00

25.000,0045.000,0060.000,00

31,7 57,0 76,1

B

04 05 06 07

A-3B A-1D C-1A A-1C

8,00 5,00 2,50 20,00

1.000 600

1.000 100

8.000,00 3.000,00 2.500,00 2.000,00

68.000,0071.000,0073.500,0075.500,00

86,2 90,0 93,2 95,7

C

08 09 10 11 12 13 14 15 16 17 18

A-2D C-2A A-1B B-2A C-2B C-2C A-2A C-1B A-2A -1A

C-1C

1,00 2,20 0,50 3,00 1,50 0,70 1,00 1,50 0,50 0,50 0,50

1.000 400

1.000 150 100 200 100 50

100 80 20

1.000,00 880,00 500,00 450,00 150,00 140,00 100,00 75,00 50,00 40,00 10,00

76.500,0077.380,0077.880,0078.330,0078.480,0078.620,0078.720,0078.795,0078.845,0078.885,0078.895,00

97,0 98,1 98,7 99,3 99,5 99,7 99,8 99,9 99,94 99,99

100,00Total Acumulado 78.895,00 100,00

Quadro 1: Dados para montagem da Curva ABC Fonte: Adaptado de POZO (2007).

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Como pode ser observado no Quadro 1, os valores são dispostos em ordem

decrescentes e classificados, conforme sua participação no estoque, em A, B ou C.

Na categoria A, encontram-se os com maior valor de demanda. A categoria B é

intermediária e a categoria C é a de baixo valor de demanda. DIAS (1993, p. 77)

define as classes da curva ABC como:

• Classe A: grupo de itens mais importantes que devem ser tratados com

uma atenção especial pela administração.

• Classe B: grupo de itens em situação intermediária entre as classes A e C.

• Classe C: grupo de itens menos importantes que justificam pouca atenção

por parte da administração.

Conforme Pozo (2007):

a utilização da Curva ABC é extremamente vantajosa, porque se pode reduzir as imobilizações em estoques sem prejudicar a segurança, pois ela controla mais rigidamente os itens de classe A e, mais superficialmente os de classe C. (POZO, 2007, p. 80).

Utilizando-se da curva ABC para gestão de estoques, uma das estratégias

que pode ser adotadas por varejistas é a de aumentar as disponibilidades dos itens

mais relevantes, mantendo o item “A” o mais próximo do cliente e, então, verificar os

itens “B” e “C”. Essa diferenciação via de regra possibilita a diminuição de custos de

manutenção, conforme Christopher (2007).

Observa-se a aplicabilidade do método da curva ABC no varejo por tratar-se

de comércio de produtos com alto grau de sortimento e por estes terem

diferenciação nos valores e margens de retorno.

5.9 PREVISÃO DA DEMANDA

A projeção de demanda está diretamente ligada à gestão dos estoques, visto

que estes são formados a partir da expectativa de vendas. Espera-se vender uma

quantidade em determinado período, justificando a aquisição e armazenamento de

materiais. O setor de compras necessita de ferramentas e informações a respeito da

demanda de modo a prever e preparar a quantidade esperada. Demonstrando a

relevância do assunto para as empresas, Ching (2001, p. 31) afirma que: “prever o

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produto e qual a quantidade que os clientes deverão comprar é assunto crítico para

todo o planejamento empresarial”.

A requisição de materiais deve ser conduzida de acordo com as etapas do

processo produtivo. Sabe-se que há um período compreendido entre a colocação do

pedido e o recebimento, por isso, através da interrelação entra as áreas de compras

e operações, a empresa aperfeiçoa sua administração dos materiais utilizados na

produção.

Nesse sentido, Ballou (2006, p. 241) observa que:

O planejamento e o controle das atividades da cadeia de suprimentos/logística dependem de estimativas acuradas dos volumes de produtos e serviços a serem processados pela cadeia de suprimentos. Tais estimativas ocorrem tipicamente na forma de planejamentos e previsões.

Os gestores, através da previsão da demanda, podem planejar suas ações,

com foco na capacidade de atender à produção. Ritzman e Krajewski (2004, p. 260)

analisando a importância de planejar afirmam que “previsões precisas permitem aos

programadores utilizarem a capacidade eficientemente, reduzir o tempo de reação

dos clientes e diminuir estoques”.

A projeção da produção tem por finalidade evitar a obsolescência dos

produtos, perdas de materiais estocados, custos de manutenção muito altos e outros

problemas oriundos do excesso de estoques. Uma compra errada, em grande

quantidade, custa caro para qualquer empresa. Observa-se que o excesso de

produtos compromete as finanças da empresa, por outro lado um estoque abaixo do

nível esperado traz o risco da diminuição das vendas.

Segundo Grazziotin (2003, p.110), a programação deve sempre antever a

venda futura. Permite prever sazonalidade, quando as vendas cairão ou crescerão,

possibilitando estar com a mercadoria em casa antes do início da demanda”.

Com o propósito de dimensionar e, consequentemente, atender às exigências

do mercado, deve-se buscar o melhor método de projeção de acordo com as

informações disponíveis.

5.9.1 Fatores que Influenciam a Demanda

Previsões são necessárias para a determinação do que, quanto e quando

produzir. Para a estimativa das quantidades necessárias outras questões devem ser

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analisadas. As informações a serem obtidas para o planejamento da produção

podem ser classificadas em qualitativas, que são aquelas embasadas em

informações, e quantitativas, baseadas em dados numéricos.

As informações a respeito da demanda podem ser classificadas, segundo

Pozo (2007) em quantitativas e qualitativas. Os dados quantitativos são referentes a

volumes e decorrentes de condições que podem afetar a demanda, tais como:

• Influência da propaganda;

• Evolução das vendas no tempo;

• Variações decorrentes de modismos;

• Variações decorrentes da situação econômica;

• Crescimento populacional.

As informações qualitativas são referentes às fontes de obtenção de dados

para serem obtidos valores confiáveis de variáveis que podem afetar a demanda.

É a busca de informes mediante pessoas com grande conhecimento do

assunto e especialistas, tais como:

• Opinião de gerentes;

• Opinião de vendedores;

• Opinião de compradores;

• Pesquisa de mercado.

Há diversos métodos à disposição da empresa para a tomada de decisão

sobre a demanda. O gestor deve determinar, de acordo com o objetivo da empresa,

a técnica mais adequada de provisão de suprimentos. Pretende-se evidenciar o que

foi proposto por outros autores de acordo com as peculiaridades de cada estoque.

5.9.2 Métodos de Previsão de Estoques

Existem alguns procedimentos para levantamento de dados utilizados no

planejamento de compras e produção. Os métodos apresentados são construídos

com base em dados qualitativos e quantitativos. São demonstrados os mais

comumente utilizados pelos gestores de compras.

• Métodos Qualitativos: são métodos que levam em conta a experiência dos

gestores. Intuitivamente, o setor de compras decide repor seus estoques

baseados em previsões não quantitativas. De acordo com Ballou (2006 p.

245) “métodos qualitativos são aqueles que recorrem a julgamento, intuição,

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pesquisas ou técnicas comparativas a fim de produzir estimativas

quantitativas sobre o futuro”. Tal metodologia pode ser tendenciosa e, por

não se utilizar dados exatos, tem uma menor aceitação no mercado, visto

que não há como prever o comportamento do cliente.

Os métodos que objetivam determinar a tendência através de dados

informações numéricas são os métodos quantitativos. Por apresentarem referências

e métodos de apuração padronizados são mais fortemente utilizados no varejo. A

seguir, são demonstrados os métodos de maior aceitação, pois permite maior

exatidão possibilitando a acurácia de novos pedidos.

• Método do Último Período: é o método mais simples. Consiste em observar

o consumo do período anterior. Como explica Dias (1993, p. 36), “este

método mais simples e sem base matemática consiste em utilizar como

previsão para o período seguinte o valor ocorrido no período anterior”.

• Método da Média Aritmética: através do cálculo da média do último período

se faz a previsão para o período seguinte. É bastante simplificado, podendo

ser realizado sem a interferência de algum sistema mais complexo. Porém,

pode ocorrer de apresentar valores aquém da realidade. Segundo Pozo

(2007, p. 42) “o resultado desse modelo nos mostrará valores menores que

os ocorridos caso o consumo tenha a tendência crescente, e maiores se o

consumo tiver tendência decrescente no último período”.

• Método da Média Ponderada: o cálculo da média ponderada é através da

atribuição de pesos, ou seja, os períodos mais recentes têm maior peso. É o

melhor método, se comparado aos anteriores, pois permite valorizar dados

mais atuais. (DIAS, 1993).

5.10 COMPRAS NO VAREJO

Atualmente é crescente a tendência de empresas especializadas em

determinado mercado, há maior foco no core business2. Com isso, nota-se uma

necessidade comum a todas: adquirir insumos e serviços que sirvam de base para

2 Expressão utilizada para definir o principal foco, a atividade central da organização.

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sua produção ou comercialização. Na impossibilidade de produzir todos os itens

necessários ao desenvolvimento de seu negócio, as organizações têm observado no

departamento de compras um componente de sua estratégia. Nesse sentido, Baily,

Farmer e Jessop (2003) elucidam que tanto maior o enfoque às compras, maiores os

esforços despendidos nas questões estratégicas que compreendem, principalmente,

atividades de negociação e redução de custos.

No segmento do varejo as compras representam um papel fundamental, pois

o comerciante, independente do tamanho de sua empresa, necessita disponibilizar

os produtos demandados por seus clientes. Justifica-se, assim, a importância de

uma gestão de compras que busque a otimização do processo e redução dos

custos.

O presente trabalho trata da gestão dos estoques aplicada ao comércio

varejista. Neste contexto é relevante dizer que o varejo compra para vender.

Segundo Chaves (2002, p. 48) “em uma análise genérica, um comércio varejista

baseia-se nas atividades de compra e venda de produtos/mercadorias; adiciona-se a

estas o serviço prestado por estas organizações”.

Sobre a importância de um bom processo de compras, Grazziotin (2003, p.

25) afirma que: “Todos têm consciência clara de sua importância, mas a maioria

acredita que é boa nessa tarefa, e que não necessita de tecnologia, não necessita

de receita.” A compra deve ser vista como estratégia de toda organização no

mercado de varejo.

Mais do que preços, o empresário deve considerar o comportamento do

consumidor, se este está satisfeito com a oferta de produtos em termos de

variedade, praticidade, custos, etc. O autor, nesse sentido, acrescenta que é

necessário conhecer as preferências de seus clientes.

É importante referir que a estabilidade econômica dos últimos anos, no Brasil, trouxe mudanças no processo de compra e venda. Agora está mais em pauta o comportamento, a necessidade do consumidor [...] Com a estabilidade, ficou mais importante saber o que o consumidor deseja, o que está disposto a pagar, a qualidade que quer, a cor preferida. (GRAZZIOTIN, 2003 pp. 25-26).

Para que o setor de compras contribua para uma melhora nos resultados da

empresa deve acompanhar as mudanças e tendências do mercado. A maneira como

as compras são realizadas difere muito do método utilizado antigamente. Hoje, a

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compra faz parte do processo que agrega valor ao negócio. As mudanças no

objetivo da atividade de compras podem ser facilmente observadas através do

Quadro 2 que apresenta o rol comparativo entre duas estratégias de compra,

conforme nele descrito:

Compra reativa Compra proativa

• Compras é um centro de custo

• Compras recebem especificações

• Compras rejeitam materiais defeituosos

• Compras subordinam-se a finanças ou à produção

• Os compradores respondem às condições do mercado

• Os problemas são responsabilidade do fornecedor

• Preço é variável-chave

• Ênfase no hoje

• Sistema independente de fornecedores

• As especificações são feitas por designers ou usuários

• Negociações ganha-perde

• Muitos fornecedores = segurança

• Estoque excessivo = segurança

• Informação é poder

• Compras podem adicionar valor

• Compras (e fornecedores) contribuem para as especificações

• Compras evita materiais defeituosos

• Compras é importante função gerencial

• Compras contribui para o desenvolvimento dos mercados

• Os problemas são responsabilidade compartilhada

• O custo total e o valor são variáveis-chave

• Ênfase estratégica

• O sistema pode ser integrado aos sistemas dos fornecedores

• Compradores e fornecedores contribuem para as especificações

• Negociações ganha-ganha

• Muitos fornecedores = perda de oportunidades

• Excesso de estoque = desperdício

• A informação é valiosa se compartilhada

Quadro 2: Mudança de papéis de compras: compra reativa e compra proativa. Fonte: Adaptado de BAILY, FARMER e JESSOP (2003).

Fica mais perceptível que os valores trazidos pelo modelo proativo de

compras transformaram a maneira como as empresas atuais vêem o departamento

de aquisições e sua parcela de influência nos resultados.

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O departamento de suprimentos necessita de uma gestão estratégica e esse

objetivo pode ser alcançado buscando-se um relacionamento com empresas

fornecedoras através de uma cadeia, de uma rede de cooperação entre

organizações ao longo das etapas de produção e distribuição. Uma contribuição

sobre essa matéria nos dão Pereira et. al (2010, p. 3) quando salientam que:

“poucas empresas continuam verticalmente integradas, pois se tornam mais

focadas, especializadas e buscam fornecedores que assumam um papel de

parceiros, oferecendo confiabilidade e qualidade”.

As mudanças no relacionamento entre fornecedores/compradores têm

contribuído para o fortalecimento das empresas. Na visão de Carlyle e Parker, (apud

Arkader, 2004, p.27), “a cooperação entre os usuários industriais e vendedores é

uma estratégia muito mais poderosa para tornar a ambos mais lucrativos em longo

prazo do que qualquer abordagem adversária já concebida”. Torna-se ainda mais

perceptível quando, através desse sistema de cooperação, se obtém vantagem

competitiva.

A atividade de compras passou a integrar as estratégicas das empresas, em

especial na revenda de bens de consumo. Tal transformação justifica a necessidade

de uma gestão eficaz das aquisições no varejo.

5.11 GESTÃO DE ESTOQUES

São diversos os motivos para uma empresa manter estoques, conforme

exposto anteriormente. Porém, sabe-se que valores investidos em suprimentos

poderiam ser realocados para outras áreas. Nesse ponto, Ching (2001, p. 32)

discorre sobre o tema afirmando que “os estoques absorvem capital que poderia

estar sendo investido de outras maneiras, desviam fundos de outros usos potenciais

e têm o mesmo custo de capital que qualquer outro projeto de investimento da

empresa”.

A gestão dos suprimentos pode variar de acordo com o ambiente em que a

organização está inserida, mas observa-se uma preocupação comum a todas elas:

Por um lado, procura-se manter um volume de materiais e produtos em estoque para atender à demanda de mercado, bem como suas variações, servindo o estoque como um pulmão e, por outro lado, buscar a minimização dos investimentos nos vários tipos de estoques, reduzindo assim os investimentos nesse setor. (POZO 2007, p. 26).

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Utilizando ferramentas de controle dos materiais armazenados é possível

prever quando se deve fazer novo pedido, controlar o giro do estoque, seus custos e

seu nível de aproveitamento. Devido à relevância do assunto, busca-se a maneira

mais adequada de administrar esses materiais. São demonstradas as maneiras mais

difundidas de gerir estoques e suas aplicações.

5.11.1 Estoque de segurança

Os motivos para a manutenção de materiais em estoques são os mais

diversos, independente do objetivo da empresa (produção ou operação) e de seu

porte. Porém, uma característica comum a todos os almoxarifados é a necessidade

de estabelecer uma quantidade mínima que atenda aos requisitos impedindo a

interrupção do fluxo da cadeia de suprimentos.

Também conhecido por estoque mínimo ou estoque reserva, é uma quantidade mínima de peças que tem que existir no estoque com a função de cobrir as possíveis variações no sistema, que podem ser: eventuais atrasos no tempo de fornecimento (TR) por nosso fornecedor, rejeição do lote de compra ou aumento na demanda do produto. Sua finalidade é não afetar o processo produtivo e, principalmente, não acarretar transtornos aos clientes por falta de material e, consequentemente, atrasar a entrega de nosso produto ao mercado. (POZO, 2010, p. 54).

A demanda prevista nem sempre corresponde à realidade, podendo variar

significativamente a quantidade de produtos adquiridos pelos clientes. Outro aspecto

importante é a possibilidade de atraso na entrega por parte dos fornecedores. Tanto

maior o tempo compreendido entre a compra e a entrega, maior deverá ser a

quantidade mínima armazenada. Fusco (2005, p. 279) esclarece que:

Como as flutuações de demanda e os atrasos no fornecimento são pouco previsíveis, um artifício muito utilizado para evitar a falta de estoques é a criação de um estoque de reserva, também conhecido como ‘estoque de segurança.

Vollman et. al (2006, p. 157), exemplificam que “As premissas de taxa de

demanda fixa e lead time de reposição constante raramente são justificadas em

operações reais. As flutuações aleatórias na demanda de produtos individuais

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ocorrem por causa das variações no momento das compras do produto pelos

clientes.”

O planejamento do estoque de segurança tem três estágios. Primeiramente, deve ser avaliada a possibilidade da ocorrência de falta de estoque. Em seguida, deve ser estimado o potencial da demanda durante os possíveis períodos de falta de estoque. Por último, é necessário adotar uma política com respeito ao grau de proteção a ser introduzido no sistema. (BOWERSOX, CLOSS e COOPER, 2006, p. 242).

A solução apresenta por Pozo (2007) é a dimensão através de 3 métodos de

cálculos objetivando encontrar um nível que otimize os recursos materiais

minimizando os custos.

1) Método do fator de risco

Neste modelo faz-se necessária a mensuração do fator de risco que pode ser

determinado pela administração do almoxarifado.

C = Consumo médio no período

k= Coeficiente de grau de risco

2) Método com Variação do Consumo e/ou Tempo de Reposição

Utilizado para situações de atraso na entrega dos produtos ou matérias

primas.

Caso o ocorrido seja motivado pelo aumento das vendas, considera-se o Ptr nulo.

3) Método com Grau de Atendimento Definitivo (MGAD)

Este método baseia-se no cálculo do consumo médio em determinado

período. O modelo não prevê o atendimento à demanda em sua totalidade,

mas permite comparar as alternativas e analisar qual a melhor opção de

acordo com a política de estoques da empresa.

O método dividiu-se em três etapas:

1) Cálculo do consumo médio: Cmd = (� C): n

2) Desvio-padrão: � =

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3) Fórmula do estoque de segurança: ES = � x k

Observa-se que o estoque reserva propicia à empresa uma segurança quanto

às variações na demanda, sendo possível através das metodologias apresentadas

apurar a quantidade mínima para suprimento.

5.11.2 Ponto de Pedido

Ponto de pedido é uma metodologia de gestão de estoques baseada em

determinada quantidade que, quando atingida, inicia-se novo processo de compra.

Também conhecido por ponto de reposição ou ponto de encomenda, segundo a

definição de Pozo (2007, p. 64) “é a quantidade de peças que temos em estoque e

que garante o processo produtivo”.

Há duas questões que devem ser respondidas pelos gestores: o que pedir e

quando pedir. O administrador deve estimar uma quantidade esperando custos mais

baixos e atendimento total da demanda. A questão central é manter produtos

armazenados com o menor nível de erro que se pode obter. O espaço de tempo

estimado entre o processo de compra e o recebimento da mercadoria pode variar

significativamente.

Seja devido à atrasos na produção ou até mesmo falhas no transporte, se faz

necessário estipular o ressuprimento. GOMES (2004, p. 24) reforça que “o ponto de

reposição é o momento em que é iniciado o processo de suprimento” e demonstra a

fórmula para o cálculo do Ponto de Pedido:

Observa-se que multiplicando a demanda diária média pela soma do tempo

de espera, e o estoque de segurança apurado chega-se à estimativa da quantidade

do ponto de ressuprimento.

O nível eficaz do estoque em determinado ponto no tempo é a quantidade disponível mais a quantidade pedida, menos quaisquer comprometimento do estoque, tais como pedidos em carteira ou alocações à produção ou à clientes. (BALLOU, 2006, p.287)

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50

Toda vez que houver a revisão dos níveis de produtos e for observado que o

limite disponível é menor do que aquele estimado deve-se iniciar o processo de

ordenar nova compra a fim de não prejudicar o nível de serviço até a próxima

entrega.

5.11.3 Lote econômico de compra

O pedido de um lote com grande quantidade imobiliza uma parcela muito alta

do capital, por outro lado, os pedidos constantes tendem a aumentar os custos com

transporte. O lote econômico de compra é uma metodologia na qual verifica-se uma

certa quantidade que minimiza o custo total. Os custos de aquisição e estocagem

devem diminuir simultaneamente.

A redução entre custos de transporte pode ocorrer quando o transporte tem seus custos reduzidos em função do aumento do nível de consolidação, pois, quanto maior a ocupação do caminhão ou outro modo, menor é o custo unitário de transporte. [...] Em situação inversa, para reduzir-se os custos de manutenção dos inventários, torna-se necessário reduzir os lotes; isto poderá impossibilitar a consolidação da carga, aumentando-se os custos de transporte. (FARIA e COSTA, 2007 p. 111).

Sabe-se que existem os custos de compras e os custos de transporte.

Enquanto um custo aumenta, o outro diminui na mesma proporção, ou seja, quanto

mais se compra, maior o custo do estoque e menor o custo de transporte já que

serão feitas viagens com menor frequência. Deve-se calcular a quantidade ótima, ou

seja, determinar a quantidade a ser comprada de maneira que os custos sejam

mínimos. Surge, então, a necessidade de determinação de um lote econômico de

compras. Conforme Slack et. al (1996, p. 387) “essencialmente, essa abordagem

tenta encontrar o equilíbrio entre as vantagens e as desvantagens de manter

estoque”.

A metodologia do Lote Econômico de Compras possui alguns indicativos para

sua utilização, conforme demonstram Vollmann et. al (2006 p. 155): “esse modelo

apresenta várias premissas simplificadoras: a taxa de demanda é constante, os

custos não mudam e a capacidade de produção e estoques são ilimitados”.

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Gráfico 3: Lote Econômico de Compra. Fonte: http://administradoresuruguaiana.blogspot.com/2010/09/operacoes-e-logistica.html (acesso em

26 de Out. 2011)

Com base em períodos anuais, a metodologia do Lote Econômico de

Compras (conforme demonstrado no gráfico 2) objetiva diminuir o custo de

colocação de pedidos, diminuindo assim o custo do transporte e,

consequentemente, aumenta o custo de manutenção através de lotes maiores.

Pode-se observar que as curvas dos custos encontram-se em determinado ponto

demonstrando a quantidade do lote a ser requisitado.

5.11.4 Just in time

O just in time pode ser considerado como um conjunto de procedimentos com

vistas à diminuição dos estoques. Iniciado na década de 70, o método inicialmente

focava as empresas manufatureiras, porém devido a sua larga aceitação verificou-se

a possibilidade de implementá-lo em outras organizações. É importante mencionar

que na filosofia just in time a produção é puxada, ou seja, ao invés de produzir e

então verificar a demanda, o JIT baseia-se em previsões, evitando assim o excesso

de estoques. De acordo com Corrêa e Gianesi (1993, p.58) “neste sistema, o

material somente é processado em uma operação se ele for requerido pela

operação subsequente do processo”.

Os estoques, na metodologia JIT, são vistos como alternativa para a não

interrupção da produção ou do fornecimento. Entretanto, essa quantidade tende a

ser minimizada. Corrêa e Gianesi (1993, p. 61) afirmam que “as empresas que

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empregam a filosofia JIT reconhecem a necessidade de algum estoque em processo

para que a produção possa fluir; contudo, argumentam que esta necessidade é

menor do que se considera”.

Apesar de a empresa apresentada no presente trabalho atuar quase que

exclusivamente na comercialização, verifica-se, entretanto, a viabilidade de

aplicação da metodologia, pois através da proximidade de seus fornecedores e uma

previsão bastante acurada de suas demandas é possível a diminuição dos lotes

encomendados e, consequente diminuição dos custos totais.

Conclui-se aqui a revisão da literatura, que procurou ser abrangente sem,

entretanto, ter esgotado o assunto dado a sua diversidade e complexidade.

Procurou-se aqui reproduzir idéias a partir de textos que enfocam a pesquisa

proposta. Observou-se no presente capítulo os diversos autores e suas

considerações acerca da gestão de estoques e suas divisões como compras e

custos. A revisão da literatura auxiliou fornecendo informações a respeito da

administração da armazenagem e na análise dos dados, com enfoque em estoques

e suprimentos.

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6 METODOLOGIA

A metodologia consiste em definir qual o tipo de pesquisa é realizada e quais

são os métodos utilizados para a consecução dos objetivos propostos no início do

trabalho. Explica ainda quais instrumentos de coleta e análise de dados foram

necessários.

No caso de um trabalho no campo das ciências sociais aplicadas, esta

pesquisa pode ser realizada de diversas maneiras, entretanto observando o

necessário rigor científico exigido para a construção de um trabalho de conclusão de

curso. Para Thums (2003, p. 44) “a descrição precisa do caminho metodológico é de

fundamental importância para o conhecimento científico”. Demonstrando a

relevância do método, Lopes (2006, p. 171) evidencia que “a investigação científica

pode ser realizada de diversas formas e etapas, com o intuito de atingir a um

determinado fim de modo que a investigação seja organizada, segura, prática e

verdadeira”.

Pretende-se definir, através do conhecimento dos diversos métodos, qual o

mais adequado para a elaboração do presente estudo.

6.1 PESQUISA, MODALIDADES E CARACTERÍSTICAS

A busca, através da informação, de maneira a solucionar questões com

embasamento científico é a atividade de pesquisa. Entre modalidades de pesquisas

existentes, há três que são abordadas neste estudo que são a quantitativa e a

qualitativa, cujas características são adiante apresentadas.

A pesquisa quantitativa busca apresentar relações ou associações entre

variáveis para melhor explicar problemas de projeções a partir dos dados obtidos.

Nesse caso, deve ser aplicada quando se pretende conhecer determinada

população. O objetivo é apresentar frequências, proporções e suas possíveis

associações.

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54

O enfoque maior da pesquisa quantitativa é levantar dados numéricos que

possam explicar variações, correlações e até mesmo generalizações através da

determinação de uma amostra. Na visão de Rutter e Abreu (2006) utilizam-se os

métodos de pesquisa quantitativa quando se querem medir opiniões, reações,

sensações, hábitos e atitudes de um determinado público-alvo através de

comprovação estatística. Em conformidade com o exposto anteriormente, Malhotra

(2006, p. 155) reforça que “metodologia de pesquisa que procura quantificar dados

e, geralmente, aplica alguma forma de análise estatística”. Proporciona, geralmente,

uma visão mais objetiva, apresenta maior exatidão.

Por outro lado, a pesquisa qualitativa procura observar ações dentro de um

determinado contexto. Geralmente utilizada quando se busca definir conceitos.

Pesquisa qualitativa, conforme define Malhotra (2006, p. 155) é “metodologia de

pesquisa não-estruturada e exploratória baseada em pequenas amostras que

proporciona percepções e compreensão do contexto do problema”. Auxilia na

construção de informações necessárias para o desenvolvimento da pesquisa

quantitativa.

A pesquisa qualitativa, no entanto, sofre algumas críticas por não demonstrar

dados numéricos que são de mais fácil verificação, caso da pesquisa quantitativa.

Contudo, a pesquisa qualitativa enriquece por ser mais abrangente. Conforme

ressaltado por Malhotra (2006, p. 154) “a pesquisa qualitativa proporciona melhor

visão e compreensão do contexto do problema, enquanto a pesquisa quantitativa

procura quantificar os dados e, normalmente, aplica alguma forma da análise

estatística”.

O Quadro 3 a seguir compara as principais características das pesquisas

qualitativas e das pesquisas quantitativas.

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PESQUISA QUALITATIVA PESQUISA QUANTITATIVA

Objetivo

Alcançar uma compreensão

qualitativa das razões e

motivações subjacentes

Quantificar os dados e generalizar

os resultados da amostra para a

população alvo

Amostra Número pequeno de casos

não representativos

Grande número de casos

representativos

Coleta de Dados Não-estruturada Estruturada

Análise de

Dados Não-estatística Estatística

Resultados Desenvolvem uma

compreensão inicial

Recomendam uma linha de ação

final

Quadro 3: Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa. Fonte: MALHOTRA (2006, p. 155).

Quanto à modalidade do estudo, este trabalho desenvolve-se no formato de

estudo de caso, cuja estrutura é demonstrada na continuidade.

6.2 ESTUDO DE CASO

Cada estrutura de trabalho apresenta vantagens e desvantagens de sua

aplicação. No entanto, estrutura de estudo de caso demonstra ser a mais apropriada

por buscar a resolução de um problema dentro de um contexto específico. De

acordo com Yin (2010, p. 22) em geral, os estudos de caso são o método preferido

quando:

a) As questões “como” ou “por que” são propostas;

b) O investigador tem pouco controle sobre os eventos;

c) O enfoque está sobre um fenômeno contemporâneo no contexto da vida

real.

O estudo de caso pode ser desenvolvido através de uma pesquisa qualitativa,

observando que é uma metodologia aberta permitindo assim explorar mais os

aspectos não-quantitativos que influenciam os resultados. A respeito do estudo de

caso, Yin (2010, p. 32) afirma que “o estudo de caso é preferido no exame dos

eventos contemporâneos, mas quando os comportamentos relevantes não podem

ser manipulados”.

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56

Segundo a ótica de Yin (2010, p. 24) “como método de pesquisa, o estudo de

caso é usado em muitas situações, para contribuir com o conhecimento dos

fenômenos individuais, grupais, organizacionais, sociais, políticos e relacionados”. O

Quadro 3 classifica a pesquisa conforme o propósito do trabalho, o método e as

técnicas de coleta e análise.

Para facilitar a compreensão e explorando melhor o Quadro 4 a seguir, que

demonstra de forma estruturada em sua primeira coluna uma relação de propósitos

de pesquisa. Dentre eles pode-se enquadrar o presente projeto como sendo uma

“Pesquisa Diagnóstica” acompanhada de uma “Proposição de Solução”. Observam-

se posteriormente as modalidades de “Método”, “Técnicas de Coleta” e “Técnicas de

Avaliação”. Nota-se também dois grandes grupamentos de modalidades de pesquisa

que são a “Qualitativa” e a “Quantitativa” e quais as estruturas que requerem qual

tipo de pesquisa.

Propósitos do ProjetoMétodo

(delineamento)Técnicas de Coleta Técnicas de Análise

Pesquisa aplicada : gerar soluções potenciais para os problemas humanos.

Avaliação de

resultados :julgar a efetividade de um plano ou programa.

- Experimento de campo- Pesquisa Descritiva- Pesquisa Exploratória

- Entrevistas- Questionários- Observação- Testes- Índices e relatórios escritos

- Métodos estatísticos (frequência, correlação, associação...)

Avaliação formativa : melhorar um programa ou plano; acompanhar sua implementação.

Pesquisa diagnóstico : explorar o ambiente; levantar e definir problemas.

Proposição de planos : apresentar soluções para problemas já diagnosticados

PESQUISA QUANTITATIVA

PESQUISA QUALITATIVA

- Estudo de caso- Pesquisa-ação- Pesquisa participante

- Entrevistas em profundidade- Uso de diários- Observação participante- Entrevistas em grupo- Documentos- Técnicas projetivas- Histórias de vida

- Análise de conteúdo- Construção de teoria (grouded theory)- Análise de discurso

Quadro 4: Tipos de projetos, métodos e técnicas. Fonte: ROESCH (1996)

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De acordo com o quadro, a classificação proposta pela autora demonstra que

o propósito do presente trabalho é classificável como “pesquisa diagnóstica” e

“proposição de planos”, visto que, a partir da verificação do problema propõe-se a

solucioná-lo com base em aplicação de entrevista. Para enriquecer o presente

estudo agregou-se a aplicação de um questionário a outras empresas do mesmo

segmento, que permitiu comparar as práticas adotadas com as que poderão surgir

por ocasião da pesquisa no formato “Qualitativa”.

6.3 INSTRUMENTOS DE COLETA E ANÁLISE DE DADOS

Fase fundamental para o desenvolvimento e conclusão da pesquisa é a etapa

de elaboração e aplicação de instrumentos objetivando levantar dados para posterior

análise. Os dados relacionados à pesquisa podem ser obtidos através de

questionários, entrevista, formulários e outros.

Cada pesquisa, de acordo com seu enfoque, determina quais dados

coletados são mais apropriados aos seus objetivos. É de fundamental importância

que os instrumentos utilizados sejam elaborados de acordo com o tipo de pesquisa e

os dados que se deseja obter a fim de evitar distorções na análise dos dados, ou até

mesmo, resultados tendenciosos.

Nenhum levantamento de dados, de qualquer natureza e tipologia, pode ser aplicado de forma aleatória, sem a devida justificativa e planejamento sistemático e metódico. A precisa descrição dos métodos permitirá a exata compreensão do trabalho que será desenvolvido, bem como a veracidade dos achados futuros. (THUMS, 2003 p. 131).

Há três tipos de instrumentos mais utilizados: formulário, entrevista e

questionário. Formulários são recursos mais simplificados, consistem em coletar

dados, mas de maneira mais informal. A entrevista, no entanto, é uma conversa a

respeito do problema de pesquisa. O pesquisador interroga o pesquisado com o

objetivo de levantar dados não obtidos nos documentos acessados.

Os questionários podem ser compostos de questões abertas ou fechadas,

conforme o tipo de informações. Questionários abertos são aqueles que permitem

ao respondente adicionar informações e expressar opiniões. Conforme exemplifica

Fachin (2006, p. 163) “questões abertas são aquelas que dão condição ao

pesquisado de discorrer espontaneamente sobre o que se está questionando; as

respostas são de livre deliberação, sem limitações e com linguagem própria”.

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Contudo, as questões fechadas permitem responder com base em opções pré-

determinadas.

É de suma importância a escolha da população e da amostra que será

pesquisada. A validade da pesquisa fundamenta-se nesta premissa. Considerando o

perfil da empresa que serve de base para o presente estudo, a opção para uma das

pesquisas é pela escolha de um público através da amostra por conveniência. Para

a conclusão da presente pesquisa são utilizados questionários abertos respondidos

pelo proprietário da empresa e por outras empresas do mesmo segmento com a

finalidade de verificar a maneira mais adequada de organização de estoques.

6.4 AMOSTRA POR CONVENIÊNCIA

Por tratar-se de uma pesquisa com aplicação de questionário foi observada a

necessidade de selecionar uma amostra por conveniência. Segundo Cooper e

Schindler (2001, p. 150), “a idéia básica de amostragem é que, ao selecionar alguns

elementos em uma população, podemos tirar conclusões sobre toda a população.”

Amostra corresponde a uma determinada parcela da população, pois esta demanda

maior tempo de pesquisa e mais recursos. As amostras são divididas em dois

grupos, sendo amostra probabilística e amostra não-probabilística. Para atender aos

objetivos geral e específicos, o presente estudo utiliza-se de técnica de amostragem

não-probabilística.

A amostragem por conveniência, por enquadrar-se como amostra não-

probabilística é utilizada neste trabalho, pois permite a seleção de respondentes de

acordo com características comuns. Alguns autores apontam a escolha dos

entrevistados como um método mais viável de se obter os dados necessários.

Também é possível que a amostragem não-probabilística seja a única alternativa viável. A população total pode não estar disponível para estudo em certos casos. No contexto de um grande evento, pode ser inviável até mesmo tentar construir uma amostra de probabilidade. (COOPER e SCHINDLER, 2001, p. 167).

Nesse mesmo contexto, Malhotra (2004, p. 326) reafirma a validade e a

utilização da amostra por conveniência “as amostras por conveniência não são

recomendadas para a pesquisa descritiva ou causal, mas podem ser usadas para a

pesquisa exploratória para gerar ideias, intuições ou hipóteses”.

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É possível concluir que sendo a amostra definida pelo autor da pesquisa e,

não sendo possível a abrangência da população, o presente estudo de caso utiliza

amostra por conveniência ao selecionar e entrevistar apenas empresas do mesmo

porte e segmento daquela que é o escopo do desenvolvimento do estudo de caso.

Conclui-se aqui a apresentação da metodologia através da qual define-se o

formato da pesquisa desenvolvida, que permite estruturar em duas pesquisas –

interna e externa na técnica “Qualitativa”. Ambas apoiadas nos Apêndices C e D

apresentadas ao final do presente estudo, os quais propõem desenvolver esta

estrutura cuja opção é no formato “Estudo de caso” como acima exposto.

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7 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

Demonstra-se neste capítulo o desenvolvimento da pesquisa, isto é, o

processo de condução da aplicação de questionários, seguido de tabulação dos

dados, seus resultados e análise dos mesmos. Conforme demonstrado

anteriormente, o instrumento utilizado foi um questionário composto por questões

abertas, permitindo aos respondentes informar aspectos do assunto tratado neste

estudo, para atingir os objetivos inicialmente propostos.

7.1 APLICAÇÃO DA PESQUISA

A pesquisa desenvolveu-se através da utilização de dois questionários, sendo

o primeiro, que corresponde ao Apêndice C respondido pela empresa foco do

presente trabalho e o segundo, relativo ao Apêndice D, aplicado em empresas do

mesmo segmento – varejo, de porte e estrutura próximos ao da Agropecuária

Avenida. A seleção da amostra, conforme consta do item 6.4 da metodologia foi

previamente elaborada de acordo com características comuns a todas, tais como:

pequenos comércios, com um pequeno quadro de colaboradores, de abrangência

regional, e com gestão empírica, em sua maioria desenvolvida diretamente pelo

proprietário. Tal seleção foi desenvolvida no formato “amostra por conveniência”

formato este descrito na etapa 6.4 deste trabalho.

O contato com as empresas se deu, inicialmente, por telefonemas através dos

quais foi apresentado o projeto, seu escopo e plano de pesquisa. Os questionários

foram posteriormente aplicados in loco em alguns casos e outros enviados por e-

mail.

Foram selecionadas quinze empresas de acordo com os aspectos

mencionados das quais doze retornaram os questionários respondidos dentro do

prazo estabelecido e cujos resultados são apresentados a seguir.

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7.2 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS – PESQUISA INTERNA – APÊNDICE C

Apresenta-se aqui a análise dos dados obtidos através da aplicação do

questionário, conforme apresentado no apêndice C, na empresa estudada. Foram

elaboradas e propostas 15 perguntas em amplos aspectos, como é a gestão de

estoques. Neste caso o questionário foi aplicado in loco e respondido pelo

proprietário.

A pergunta número 1 questionou a respeito do objetivo verificado pela

empresa para manter produtos armazenados. Utilizando-se de uma escala que varia

de 1 a 4, sendo 1 o menos importante e 4 o mais importante, a empresa classificou a

finalidade de manter estoques, conforme demonstrado no Quadro 5.

1) Qual o principal objetivo da armazenagem para a empresa? Enumerar em ordem de importância, sendo 1 o menos importante e 4 o mais importante.

Grau de importância, sendo 1 o menos

importante e 4 o mais importante

1 2 3 4

Comprar em maior escala para obtenção de desconto do fornecedor

X

Visando o atendimento da demanda X

Evitar atrasos na entrega do fornecedor X

Oferecer maior variedade de produtos X

Quadro 5: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 1 Fonte: Elaborado pela autora

O empresário respondeu que a finalidade de maior importância é a de

comprar em maior escala para obter desconto de seus fornecedores. Observou

ainda que, a maioria dos seus fornecedores oferece produtos a preços competitivos,

porém em alguns casos, ocorre a situação de pedido mínimo exigido pelo

distribuidor. A vantagem econômica advinda dos pedidos em maiores quantidades,

em geral, é compensatória para produtos que possuam maior rotatividade, obtendo

assim diminuição nos custos de colocação de pedidos e incremento da margem de

lucro sobre as vendas.

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Em posição inferior na ordem de importância está a preocupação em atender

à demanda em seus diversos níveis e prevenir-se de possíveis oscilações, não

interrompendo, assim, a venda de mercadorias. Esta forma de conduzir a gestão de

seus estoques não está próxima do que é considerado ideal do ponto de vista de

mercado, haja vista que o varejo é o fornecedor situado ao final da cadeia de

suprimentos e como tal deve evitar a interrupção do fornecimento. Em geral, ao não

encontrar determinado produto em uma loja, o comportamento mais comumente

observado é de o cliente buscar o item em um concorrente.

Com a finalidade de proteger-se de possíveis atrasos na entrega,

prejudicando o processo de ressuprimento, a empresa mantém níveis de estoque,

entretanto, dá menos importância à capacidade de oferecer maior variedade de

produtos.

A pergunta 2, em relação ao espaço físico que a empresa destina à guarda de

seus produtos, questionou sobre as características mais relevantes para verificar se

os produtos são guardados de maneira correta. As alternativas são apresentadas no

Quadro 6.

2) Com relação ao espaço físico: quais as características do espaço destinado à armazenagem?

Local ventilado X

Espaço refrigerado X

Exige medição e controle da temperatura e umidade X

Outras/específicas de acordo com o produto X

Não possui espaço físico específico para estoque

Quadro 6: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 2 Fonte: Elaborado pela autora

A empresa mantém os produtos em local ventilado devido às suas

características originais, assim como espaço refrigerado para a guarda de produtos

específicos. A preocupação com a correta manutenção dos estoques possibilita uma

redução nos custos com perecibilidade, aumento da durabilidade dos produtos

devido ao acondicionamento apropriado, dentre outros.

Complementar ao tópico anterior, a pergunta 3 teve como foco analisar a

organização dos produtos armazenados.

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3) De que maneira estão dispostos os produtos estocados?

Em prateleiras X

Empilhados X

Por tipo de produto X

De acordo com a rotatividade

Conforme prazo de validade

Outros. Especificar

Quadro 7: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 3 Fonte: Elaborado pela autora

A maneira como os produtos estão dispostos facilita o processo de

conferência do estoque, bem como sua manutenção, além de possibilitar maior

eficiência aos processos de armazenamento e expedição. A questão possibilitou

verificar que a forma como os produtos estão guardados auxilia a empresa a agilizar

seus processos no momento da entrega. É importante salientar que o varejo possui

uma disposição dos produtos diferente da indústria, uma vez que sua configuração

deve auxiliar no aumento das vendas mantendo os produtos à disposição.

A colocação de pedidos incorre em custos administrativos e demanda tempo

para esta atividade. Neste sentido, a questão 4, apresentada através do Quadro 8,

verificou com que freqüência a Agropecuária Avenida realiza suas compras.

4) Com que frequência são realizados novos pedidos aos fornecedores?

Semanalmente

Quinzenalmente X

Mensalmente X

Anualmente

Ao receber pedido(s) de cliente(s)

Outra forma. Especificar

Quadro 8: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 4 Fonte: Elaborado pela autora

Observa-se que a empresa mantém regularidade em suas compras, que são

realizadas quinzenalmente e, para determinados produtos de menor demanda, a

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freqüência diminui para uma vez ao mês. Devido à obtenção de descontos nas

compras em maior quantidade, a empresa consegue manter um padrão em seus

pedidos sem afetar sua oferta. Além disso, sabe-se que distribuidores e varejistas

podem estar distante geograficamente, o que impacta na quantidade de estoque de

segurança. Neste aspecto observou-se que o empresário mantém uma eficaz gestão

de seu processo de compras.

A questão 5 procurou conhecer e determinar o método utilizado pela loja para

provisionar suas vendas em determinado período, de acordo com o Quadro 9.

5) De que maneira a empresa projeta suas vendas?

De acordo com as vendas dos últimos meses

De acordo com as vendas do último período X

Outra forma. Especificar

Não é realizada uma projeção das vendas

Quadro 9: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 5 Fonte: Elaborado pela autora

A formação de estoques ocorre em função de uma expectativa de demanda e

uma das questões de maior dificuldade apontada por empresas nos mais diversos

segmentos é a de qual maneira projetar suas vendas. Por conhecer o

comportamento de seus consumidores e observar que há significativa oscilação da

demanda (sazonalidade) em certos períodos, a empresa projeta suas vendas com

base no mesmo período de tempo do ano anterior.

Complementando a questão anteriormente apresentada, a pergunta número 6

objetivou verificar se a empresa observa períodos de maior procura e como se

prepara para atender ao aumento da demanda. Quando perguntado se observa

sazonalidade em suas vendas, o proprietário respondeu que ocorre no verão,

conforme demonstrado no Quadro 10.

6) A empresa observa sazonalidade em suas vendas?

Sim. Quando? Durante os meses do verão. X

Não

Desconheço a existência de sazonalidade

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Quadro 10: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 6 Fonte: Elaborado pela autora

A pergunta 7, no caso existência de sazonalidade, objetivou verificar de que

forma a empresa organiza seu estoque de modo a não faltar produtos nas

prateleiras em época de maior venda.

7) Caso ocorram demandas sazonais, de que forma a empresa organiza seu abastecimento?

De acordo com orientações de seus fornecedores

Aumenta a quantidade de pedidos X

Aumenta a frequência dos pedidos

Outra forma. Especificar

Quadro 11: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 7 Fonte: Elaborado pela autora

A empresa espera aumentar suas vendas durante os meses de dezembro a

março e, para tanto, aumenta a quantidade de produtos com a finalidade de atender

ao crescimento significativo da demanda nessa época. A estratégia adotada está de

acordo com uma gestão que prioriza o serviço ao cliente sem onerar sua

rentabilidade.

A quantidade de fornecedores está diretamente relacionada a uma

combinação de variedade de itens à venda e maior possibilidade de obter preços

competitivos. Nesse sentido, a pergunta 8 buscou mensurar a quantidade de

distribuidores da loja. Ao questionar a empresa referente à quantidade de

fornecedores que dispõem em seu catálogo, foi assinalada a alternativa que conta

com 21 a 50 fornecedores.

8) Quantos fornecedores constam no catálogo da empresa?

De 1 a 10

De 11 a 20

De 21 a 50 X

Acima de 50

Quadro 12: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 8 Fonte: Elaborado pela autora

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Atualmente a empresa compra de cerca de 30 distribuidores e justifica essa

pulverização por oferecer um grande sortimento de produtos. Observa-se que se a

loja trabalha com um número reduzido de atacadistas obtém vantagens de

relacionamento e prazos de pagamento. Por outro lado, variados fornecedores

podem oferecer preços mais competitivos.

A questão 9 perguntou qual o tempo médio que decorre do momento em que

é feito um novo pedido e a entrega da mercadoria pelo fornecedor.

9) Qual o tempo médio de recebimento das mercadorias dos distribuidores (considerando o período entre o pedido e a entrega)?

De 1 a 10 dias X

De 11 a 20 dias

De 21 a 60 dias

Acima de 60 dias

Quadro 13: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 9 Fonte: Elaborado pela autora

O empresário apontou que, em geral, seus fornecedores dispõem de 1 a no

máximo 10 dias corridos para a entrega dos produtos. O tempo de reposição pode

ser considerado otimizado, pois possibilita a recolocação de maneira ágil, visto que o

consumidor deseja adquirir a pronta-entrega, além disso, a rapidez do processo de

reposição evita que a empresa em questão prejudique suas vendas por não dispor

de determinado produto demandado.

Para fins de verificação de método de controle de estoques, perguntou-se ao

proprietário se a loja utiliza algum software para controle de inventário.

10) A empresa utiliza algum software para controle de estoque?

Sim. Qual?

Não. X

Quadro 14: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 10 Fonte: Elaborado pela autora

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Observou-se que nenhum software é utilizado pela empresa, apesar das

diversas opções disponíveis no mercado. A utilização deste recurso permite maior

acurácia dos níveis de armazenagem assim como informações que possibilitem a

tomada de decisão no momento da compra para renovação dos estoques.

No sentido de complementar a análise do controle de estoque, a pergunta 11

objetivou compreender, na ausência de recursos tecnológicos, de que maneira são

mensuradas as quantidades armazenadas.

11) Caso a empresa não utilize nenhum recurso tecnológico, de que maneira mensura a quantidade de produtos armazenados?

Contagem física do estoque X

Visualmente e de memória X

Recebe ajuda dos fornecedores para acompanhar a disponibilidade

Outra forma. Especificar

Quadro 15: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 11 Fonte: Elaborado pela autora

Foram assinaladas as opções “contagem física do estoque” e “visualmente e

de memória”. Conforme exposto, a contagem física, assim como o outro método

mais subjetivo, demandam maior tempo para esta atividade. Não apenas dispor de

maior tempo para tal atividade, observa-se que o sistema utilizado não é totalmente

confiável, podendo ocasionar perdas significativas uma vez que dificulta um bom

planejamento.

A questão 12 volta-se para o que anteriormente demonstrou-se importante

para a empresa em um setor como o varejo: atender a demanda. Nesse sentido,

perguntou-se ao empresário se eventualmente ocorre a falta de mercadorias em seu

estabelecimento. O proprietário respondeu afirmativamente a ocorrência de falta de

mercadorias em sua empresa.

12) Ocorre a situação de falta de mercadoria?

Sim X

Não

Quadro 16: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 12 Fonte: Elaborado pela autora

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Anteriormente foi mencionado que a falta de produto em uma loja, em geral,

faz com que o cliente busque em outro local, além do custo de interrupção.

A pergunta 13, no sentido de aprofundar o que foi verificado na questão 12,

procurou compreender o que ocasionou a falta de mercadoria.

13) Se ocorre, o que a motiva?

Diminuição do pedido X

Atraso na entrega do fornecedor X

Planejamento ineficiente

Outros. Especificar: o cliente procurava um produto que não é vendido na loja.

X

Quadro 17: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 13 Fonte: Elaborado pela autora

Dentre as 4 opções, foram assinaladas 3 indicando a deficiência da gestão do

estoque.

O respondente atribuiu ao atraso do fornecedor, ao seu planejamento ineficiente e a

procura por produtos que não comercializa usualmente. A última opção, em geral,

serve para que o empresário verifique se há um indício de busca por determinado

produto e se é interessante passar a revendê-los. Quanto às alternativas anteriores,

o empresário observou que aumentou a frequência dos pedidos daqueles

distribuidores mais distantes geograficamente.

A pergunta 14 indagou se há uma análise de custos por falta de estoque. A

resposta obtida foi a de que esta situação não costuma ocorrer e, que quando

ocorre, calcula-se a margem de lucro correspondente ao produto não vendido para

levantamento da perda financeira.

A questão 15 perguntou qual o critério utilizado para o controle dos produtos

armazenados. A questão procurou tratar de aspectos que não apenas as

quantidades, mas também data de validade e outros, visto que a empresa revende

produtos com alto grau de perecibilidade.

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15) Qual(is) o(s) critério(s) para controle dos produtos armazenados?

Numeração do lote

Data de validade X

Outros. Especificar.

Quadro 18: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 15 Fonte: Elaborado pela autora

O empresário utiliza-se de um controle rígido das datas de validade

apresentadas nas embalagens. Esta forma de administração do suprimento evita

riscos de perecibilidade e obsolescência e seus custos.

Conclui-se, então, a análise do questionário respondido pela empresa que é o

foco deste trabalho e analisa-se na sequência o questionário respondido pelas

demais empresas.

7.3 APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS – PESQUISA EXTERNA – APÊNDICE D

Apresentam-se aqui os resultados da pesquisa aplicada junto às demais

empresas, cujo instrumento de pesquisa utilizado é o demonstrado no Apêndice D.

Foram selecionados 15 pequenos comércios, com características de gestão

similares as da organização estudada, dos quais 12 responderam. Segue

apresentação e análise dos dados.

A pergunta número 1 objetivou verificar quais os tipos de produtos

comercializados pelas empresas respondentes buscando identificar similaridades

com aqueles ofertados na empresa estudada em aspectos como perecibilidade e

obsolescência. A partir do conhecimento das especificações dos estoques é possível

minimizar as perdas e diminuir os riscos apresentados por tais características.

O Quadro 19, a seguir, relaciona os produtos comercializados.

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70

1) Que tipos de produtos são comercializados pela empresa?

Alimentação 3

Artigos de vestuário 1

Medicamentos 1

Mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios 1

Outros

Artigos de viagem e acessórios 1

Camas e colchões 1

Equipamentos de informática 1

Materiais de construção 1

Rações e medicamentos veterinários 2

Quadro 19: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 1 Fonte: Elaborado pela autora

Observa-se que das doze empresas que responderam o questionário, apenas

uma - revenda de artigos de vestuário não dispõe de produtos perecíveis, porém não

apresenta gestão estruturada, o que viabiliza inseri-la no contexto estudado. Os

demais, entretanto, apresentam as demais características comuns.

A pergunta 2 questionou a respeito do objetivo de manter estoques,

propiciando analisar a principal motivação para a compra em maior quantidade. As

empresas responderam de acordo com uma escala de importância, sendo 1 a mais

importante e 4 a menos importante. Segue abaixo, conforme demonstrado no

Quadro 20, os objetivos averiguados.

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2) Qual o principal objetivo da armazenagem para a empresa? Enumerar em ordem de importância, sendo 1 o menos importante e 4 o mais importante.

Grau de importância, sendo 1 o menos

importante e 4 o mais importante

1 2 3 4

Comprar em maior escala para obtenção de desconto do fornecedor

1 2 5

Visando o atendimento da demanda 3 8

Evitar atrasos na entrega do fornecedor 2 1 3

Oferecer maior variedade de produtos 1 1 1 2

Quadro 20: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 2 Fonte: Elaborado pela autora

Através das respostas obtidas foi possível observar que a maior parte dos

entrevistados preocupa-se em atender as necessidades de consumo de seus

clientes e proteger-se contra possíveis oscilações de demanda, em segundo plano,

aproveitam-se dos descontos ofertados para as compras em larga escala. Duas das

empresas, no entanto, apontam que não utilizam-se da quantidade de maneira

estratégica, mas que são exigidas quantidades mínimas de pedido para

determinados produtos, justificando a manutenção de unidades excedentes. Outra

observação importante é de que alguns gestores adotam a estratégia de

armazenamento como proteção aos possíveis atrasos de seus fornecedores. Em

relação à capacidade de oferecer maior variedade de produtos, dois dos

respondentes demonstraram utilizar esta estratégia na tentativa de possuir um alto

mix de produtos.

Com relação ao espaço físico, a abordagem da questão 3 foi a de verificar

quais as principais características exigidas de acordo com o tipo de produto. As

respostas são apresentadas no Quadro 21 como segue abaixo:

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3) Com relação ao espaço físico: quais as características do espaço destinado à armazenagem?

Local ventilado 10

Espaço refrigerado 8

Exige medição e controle da temperatura e umidade 9

Outras/específicas de acordo com o produto 2

Não possui espaço físico específico para estoque 3

Quadro 21: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 3 Fonte: Elaborado pela autora

Ao determinar a importância das condições do espaço físico utilizado para

armazenagem (se utilizado) é possível redefinir o layout e adaptar às condições de

manutenção dos diversos produtos. Observou-se que, a maior parte dos produtos

possui especificações de acondicionamento indicadas pelo fabricante e que são

acatadas pelos varejistas. Tais procedimentos diminuem as perdas por deterioração

dos produtos.

A pergunta 4 verifica de que maneira estão dispostos os produtos estocados.

O questionamento pretendeu relacionar características dos produtos, tais como giro,

peso, quantidades, e se estão sendo corretamente armazenados.

4) De que maneira estão dispostos os produtos estocados?

Em prateleiras 8

Empilhados 4

Por tipo de produto 7

De acordo com a rotatividade 3

Conforme prazo de validade 2

Outros. Especificar: por ordem alfabética conforme o nome do produto. 1

Quadro 22: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 4 Fonte: Elaborado pela autora

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Pode-se observar que a maior parte dos respondentes organiza seus

produtos em prateleiras dispostas pela loja e os separa por tipo. A questão enfoca a

maneira como a organização dos produtos através de da separação e classificação

dos produtos de acordo com suas características físicas ou de acordo com sua

rotatividade.

Ao serem questionadas a respeito da freqüência com que são realizados

novos pedidos, as empresas pesquisadas responderam conforme Quadro 23 abaixo.

5) Com que frequência são realizados novos pedidos aos fornecedores?

Semanalmente 8

Quinzenalmente 4

Mensalmente 7

Anualmente 3

Ao receber pedido(s) de cliente(s) 3

Outra forma. Especificar

Quadro 23: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 5 Fonte: Elaborado pela autora

A freqüência com que são realizadas as compras pode demonstrar o giro do

estoque e, consequentemente, o retorno sobre o investimento em imobilizado. Os

comerciantes, em geral, possuem um controle a respeito dessa freqüência e, em

alguns casos, pode variar de acordo com o tipo de produto e seu grau de

perecibilidade.

O fato de controlar a freqüência e programá-la demonstra conhecimento do

processo de compras e planejamento por parte dos gestores. Em duas empresas

pode ser observada uma gestão de suprimentos próxima da metodologia Just-in-

time, haja vista que os fornecedores realizam entregas diárias.

Com relação à utilização de uma projeção de vendas, a pergunta 6 objetivou

conhecer se os varejistas utilizam-se de algum parâmetro para controlar suas

vendas e, consequentemente, reabastecer seus estoque.

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6) De que maneira a empresa projeta suas vendas?

De acordo com as vendas dos últimos meses 5

De acordo com as vendas do último período 6

Outra forma. Especificar

Não é realizada uma projeção das vendas 1

Quadro 24: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 6 Fonte: Elaborado pela autora

O Quadro 24 demonstra a situação das empresas pesquisadas. Observa-se

que a maior parte utiliza-se de um método de previsão de demanda através da

média do último período, ou seja, através do acompanhamento do volume de

vendas do mesmo período em anos anteriores.

A pergunta 7 propôs verificar se os comerciantes varejistas observam

períodos em que há maior procura por seus produtos. É sabido que diversos tipos

de produtos que são vendidos no varejo possuem demandas sazonais.

A questão foi levantada com a finalidade de determinar se há sazonalidade e

em que época ocorre e juntamente com a questão de número 8 verificar o grau de

conhecimento e planejamento por parte dos gestores para atender a esses picos de

demanda.

O Quadro 25 demonstra que das doze empresas respondentes, nove

observam a ocorrência de sazonalidade.

7) A empresa observa sazonalidade em suas vendas?

Sim. 9

Não 3

Desconheço a existência de sazonalidade

Quadro 25: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 7 Fonte: Elaborado pela autora

Em conseqüência, o Quadro 26 demonstra as estratégias utilizadas visando o

atendimento dessas demandas excepcionais. Muitos entrevistados admitiram o

conhecimento de tais períodos e afirmaram aumentar o volume de suas compras.

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8) Caso ocorram demandas sazonais, de que forma a empresa organiza seu abastecimento?

De acordo com orientações de seus fornecedores 2

Aumenta a quantidade de pedidos 7

Aumenta a frequência dos pedidos 2

Outra forma. Especificar: compra em consignação 1

Quadro 26: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 8 Fonte: Elaborado pela autora

Em relação ao quadro de fornecedores, a questão 9, conforme demonstrado

no Quadro 27 procurou verificar a quantidade de fornecedores de que as empresas

dispõem. Observa-se que algumas empresas preferem limitar o número de

fornecedores, por duas razões: a variedade de produtos ofertados é pequena e ao

trabalhar com um número menor de fornecedores permitiu às empresas tirar proveito

do bom relacionamento com estes.

9) Quantos fornecedores constam no catálogo da empresa?

De 1 a 10 8

De 11 a 20 2

De 21 a 50 2

Acima de 50

Quadro 27: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 9 Fonte: Elaborado pela autora

Conforme demonstrado anteriormente, uma das razões para manter produtos

em estoques é evitar o atraso na entrega dos produtos. Neste mesmo contexto, a

pergunta 10 focou-se em procurar um padrão nos prazos de entrega.

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10) Qual o tempo médio de recebimento das mercadorias dos distribuidores (considerando o período entre o pedido e a entrega)?

De 1 a 10 dias 10

De 11 a 20 dias 2

De 21 a 60 dias

Acima de 60 dias

Quadro 28: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 10 Fonte: Elaborado pela autora

Verificou-se que o tempo médio compreendido, na maioria dos casos, é de 1

a 10 dias, considerado prazo razoável para um setor de venda de produtos a pronta

entrega. Dentre os respondentes que recebem entre 11 e 20 dias, 1 deles observou

que é o proprietário que agenda as entregas.

A pergunta 11 tinha por objetivo diagnosticar se as empresas pesquisadas

fazem uso de algum software de gestão de estoques.

11) A empresa utiliza algum software para controle de estoque?

Sim 3

Não 9

Quadro 29: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 11 Fonte: Elaborado pela autora

Dentre os respondentes que afirmaram utilizar programas de computador

como auxílio à gestão de estoques, 2 responderam utilizar planilhas Microsoft Excel

e 1 entrevistado disse utilizar o software Master Gold. A utilização de programas de

computador, conforme mencionado anteriormente permite economia de tempo e

menor índice de erros durante o levantamento das quantidades estocadas.

A pergunta 12, na ausência de um programa de computador adequado a

gestão de estoques, verificou qual outro método utilizado para a contagem dos

produtos armazenados.

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12) Caso a empresa não utilize nenhum recurso tecnológico, de que maneira mensura a quantidade de produtos armazenados?

Contagem física do estoque 5

Visualmente e de memória 6

Recebe ajuda dos fornecedores para acompanhar a disponibilidade

3

Outra forma. Especificar: através de notas fiscais de entrada e de saída

2

Quadro 30: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 12 Fonte: Elaborado pela autora

A pergunta 13 procurou verificar se ocorre a falta de mercadoria na loja.

13) Ocorre a situação de falta de mercadoria?

Sim 8

Não 4

Quadro 31: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 13 Fonte: Elaborado pela autora

Observa-se que a maioria dos comerciantes passam por momentos de

ruptura do fornecimento, situação que gera custos, conforme apresentado

anteriormente.

Em caso de ocorrência de falta de produtos nas lojas, a questão 14 perguntou

sobre o motivo de a empresa não estar devidamente abastecida.

14) Se ocorre, o que a motiva?

Diminuição do pedido 1

Atraso na entrega do fornecedor 3

Planejamento ineficiente 3

Outros. Especificar: falta do produto no fornecedor. 1

Quadro 32: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 14 Fonte: Elaborado pela autora

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Neste caso, tanto a situação de atraso por parte do fornecedor quanto um

planejamento ineficiente na loja geraram rupturas no processo de suprimento.

A pergunta 15, em complemento a pergunta 14, buscou verificar se é utilizada

alguma metodologia de cálculo do custo de interrupção do fornecimento. Todos os

entrevistados responderam que não têm controle sobre esses valores.

Quanto aos critérios para estoques, a pergunta 16 verificou de que forma as

empresas pesquisadas mantém um controle sobre os produtos.

16) Qual(is) o(s) critério(s) para controle dos produtos armazenados?

Numeração do lote 4

Data de validade 7

Outros. Especificar: através do programa de computador 1

Quadro 33: Pesquisa e apresentação dos resultados – Pergunta 16 Fonte: Elaborado pela autora

De acordo com o quadro 33 e por tratar-se de comércio de produtos

perecíveis, as empresas, em sua maioria, controlam através dos prazos de validade.

Encerra-se a etapa de análise dos dados da pesquisa. Em seguida,

apresenta-se a conclusão deste trabalho juntamente com as proposições de

melhorias.

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CONCLUSÃO

O presente estudo pretendeu, a partir da verificação da gestão do estoque em

uma empresa varejista, propor melhorias conforme descrito no item 2, o qual

apresenta como problema de pesquisa a questão aqui reproduzida que é “qual o

melhor método para gerir estoques a ser aplicado em uma empresa varejista

inserida no setor de distribuição de insumos agropecuários, considerando ser ela

uma empresa de pequeno porte, que poderia contribuir com seu desenvolvimento

econômico?”

A correta gestão dos níveis de estoque impacta não apenas nas finanças da

empresa como também nos aspectos estratégicos, conforme mencionado na

situação problemática, apresentada no capítulo 2 deste estudo. Na seqüência – no

capitulo 3 -, apresentou-se a justificativa da escolha do tema, espaço em que foi

novamente destacada a importância e as razões deste processo nas organizações.

Demonstrou-se que o setor varejista necessita de uma gestão eficaz de suprimentos,

considerando tratar-se do setor que distribui produtos acabados aos clientes finais e

que sua correta condução agrega valor à empresa.

Para buscar a solução do problema de pesquisa citado, foram propostos

objetivos geral e específicos. Os objetivos propostos no item 4 são, como geral, item

4.1 “propor um modelo para gerir estoques em uma pequena empresa de comércio

de produtos agropecuários” e os específicos, item 4.2: “identificar o giro e a

quantidade de estoque de segurança”, “analisar as causas da oscilação dos níveis

de estoques” e “propor melhorias para a gestão de estoques”.

O objetivo geral foi atingido, conforme apresentado no item 7. Através das

questões 1, 3 e 10 demonstradas no item 7.2, em seus quadros 5, 7 e 14 e seus

comentários após sua apresentação que, respectivamente, tratavam do principal

objetivo proposto pela empresa para a estocagem, o espaço físico destinado à

guarda dos produtos e quanto à utilização de programa de computador para controle

de inventário, proporcionaram oportunidades de melhorias com base nos estudos

bibliográficos.

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Verificou-se, através do quadro 5, que consta do item 7.2, que a empresa

compra em maior quantidade, principalmente para a obtenção de economia de

escala, porém a mesma deve verificar se consegue revender o que comprou e se

essa prática não estria prejudicando sua margem de lucro. Neste caso, a proposição

apresentada pelo presente trabalho é a de manutenção de compras de acordo

considerando-se o comportamento da demanda. A alternativa à obtenção de

descontos é a formação de parcerias com fornecedores, prática bastante comum

atualmente no setor de varejo.

Ainda sobre o objetivo geral, a questão 3 do Apêncide C, cujo resultado

encontra-se no item 7.2, Quadro 7, na qual a pergunta foi de que forma os produtos

estão organizados no espaço físico destinado ao estoque.

Observou-se que a maneira como estão dispostos os produtos auxiliam na

expedição, assim como a conferência do inventário, tornando mais rápido o

processo de entrega dos produtos. O presente estudo propõe que a empresa utilize

a área de exposição da loja como uma extensão do seu estoque, ou seja, estocar

nas gôndolas. O quadro 14, apresentado no item 7.2, demonstra que a empresa não

utiliza recurso tecnológico para controle de quantidades e sortimento, o que dificulta

a tomada de decisão por parte do empresário no momento de suas compras.

Quanto ao objetivo específico de “identificar o giro do estoque e a quantidade

de segurança”, este foi parcialmente atingido, conforme respostas às questões 4 e 7,

representadas graficamente nos quadros 8 e 11 do item 7.2 deste trabalho,

respectivamente. Não foi possível determinar com precisão o giro dos estoques por

ser composto por grande quantidade de produtos diversos e com demandas

específicas, porém a renovação dos estoques se dá em um período que varia de

quinzenalmente a mensalmente de acordo com o produto. O estoque de segurança,

após levantamento de dados através das questões 4 e 9 do apêndice C, cujas

respostas encontram-se na etapa 7.2, quadros 8 e 13 e seus comentários,

possibilitou a proposição de uma diminuição da quantidade de estoque de

segurança, pois verificou-se, no item 7.2, resultado da resposta à pergunta 7 do

apêndice C, que o aumento da freqüência de novos pedidos com volumes menores

não onera a empresa de forma significativa.

A análise das causas da oscilação dos níveis de estoque, 2º objetivo

proposto, foi atingido através da verificação da sazonalidade apresentada pela

empresa, que ocorre durante os meses de verão e que nesse aspecto a gestão

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demonstrou conhecimento dos chamados picos de demanda e antecipa-se a esses

eventos abastecendo-se em maiores quantidades, como pode ser observado no

quadro 11, que consta do item 7.2 deste estudo.

Esta pesquisa foi desenvolvida utilizando-se de pesquisa bibliográfica acerca

dos assuntos mais tratados na área de estoques. O capítulo 5 trouxe contribuições

de diversos autores ao tema apresentado, conforme observa-se no item 5.7 que

tratou da metodologia de estimativa do giro do estoque e no item 5.11.1 que

enfatizou os principais aspectos do estoque de segurança, constantes nos objetivos

específicos.

O estoque incorre em custos e é, ao mesmo tempo, a possibilidade de trazer

mais retorno ao capital investido. Neste aspecto, observou-se que a empresa

estudada não mantém controle atualizado da quantidade de produtos armazenados

e tampouco consegue mensurar seus investimentos em estoque, conforme consta

do item 7.2, em resposta à questão 11, quadro 15, e comentários subseqüentes.

Nesse sentido, propõe-se que o gestor da loja faça controles periódicos das

quantidades armazenadas, assim como um levantamento de seus itens de maior

rotatividade, podendo utilizar-se do método da curva ABC cujo significado consta do

referencial teórico, item 5.8. Tais métodos possibilitam ao gestor obter uma visão de

seus investimentos, pois de acordo com o contexto da empresa, não se verifica

custos maiores em manter estoques, visto que o armazém é de propriedade da

empresa, não são necessários equipamentos tais como empilhadeiras, e toda a

função de compras é realizada diretamente pelo proprietário. No quesito de

organização dos estoques, a empresa deverá separá-los de acordo com a

rotatividade, tornando mais fácil a visualização dos níveis de vendas e de seus

produtos de maior giro.

Pelo exposto pode-se concluir que os objetivos propostos foram alcançados,

exceto o 2º objetivo específico que, como citado neste capítulo final, foi parcialmente

atingido.

Como sugestão para pesquisas futuras, entende-se como de grande utilidade,

desenvolver estudos aprofundados sobre o impacto do setor de compras dentro de

pequenas organizações, assim como a utilização de metodologias de previsão de

demanda.

O desenvolvimento deste trabalho de conclusão proporcionou um estudo

importante de uma das áreas mais determinantes para o bom resultado financeiro: a

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função “estoque e armazenagem em pequenas organizações”. Este estudo permitiu

a proposição de melhorias aplicadas a uma pequena empresa varejista e também à

autora do presente estudo a oportunidade de enriquecimento do conhecimento das

diversas áreas que estruturam a administração direta ou indiretamente envolvida

com o tema aqui tratado.

Por último, pode-se concluir que, com a implantação das melhorias propostas,

a empresas poderá tornar-se mais competitiva e apresentar crescimento em seu

mercado de atuação.

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RUTTER, Marina; ABREU, Sertório A. de. Pesquisa de mercado. São Paulo: Ática, 2006.

SLACK, Nigel; STUART, Chambers; HARLAND, Christine; HARRISON, Alan; JOHNSTON, Robert. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 1996.

THUMS, Jorge. Acesso à realidade: técnicas de pesquisa e construção do conhecimento. Canoas: Editora Ulbra, 2003.

VOLLMANN, Thomas E.; BERRY, William L.; WHYBARK, D. Clay; JACOBS, Robert F. Sistemas de Planejamento e Controle da Produção para o Gerenciamento da Cadeia de Suprimentos. São Paulo: Artmed, 2006.

YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2010.

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APÊNDICES

7.4 APÊNDICE A - DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

A.1 DO (A) ALUNO (A)

Nome: Letícia Machado Costamilan

Endereço: Rua Padre João Batista Réus, nº 3347, apt. 341, bairro Cavalhada –

Porto Alegre/RS

Fone para Contato: (51) 3241-5535

E-mail: [email protected]

Empresa atual: Leão Propriedade Intelectual

Endereço: Av. Carlos Gomes, nº 403, conj. 802, bairro Auxiliadora – Porto Alegre/RS

Fone para Contato: (51) 3226-0624

E-mail: [email protected]

Experiência Profissional (mais relevantes)

Empresa: Leão Propriedade Intelectual

Ramo de Atividade: Assessoria em propriedade intelectual.

Período: desde 05/03/2009

Cargo: Assistente administrativo

Formação Acadêmica

Cursos de aperfeiçoamento

Curso: Análise e planejamento financeiro

Entidade: SEBRAE-RS

Período: 02 a 06 de maio de 2011

Carga horária: 15 horas

A.2 DO (A) SUPERVISOR (A)

Nome: Darlei Enes Machado

Endereço: Av. Ângelo Collovini, nº 228 – Eldorado do Sul/RS

Fone p/ Contato: (51) 3481-1512

E-mail: [email protected]

Empresa atual: Darlei Enes Machado

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Endereço: Av. Ângelo Collovini, nº 228 – Eldorado do Sul/RS

Fone p/ Contato: (51) 3481-1512

E-mail: [email protected]

Experiência Profissional (mais relevantes)

Empresa: Agropecuária Avenida

Ramo de Atividade: comércio varejista de produtos agropecuários

Período: desde 2004

Cargo: proprietário

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7.5 APÊNDICE B - CRONOGRAMA DO TRABALHO

Demonstramos, a seguir, o intervalo de tempo do estudo, a descrição das

atividades realizadas durante a disciplina de TCC, representada na figura 1.

CRONOGRAMA DE ATIVIDADES DO TCC

AÇÕES ATIVIDADE J F M A M J

RETOMADA DO ECS Revisão da Pesquisa

Reforço do Tema

RETOMADA DO ESTUDO

Revisão do Problema

Finalização da Metodologia

Contatos com a empresa

Revisão da Bibliografia

COLETA Coleta efetiva

Tabulação dos dados

ANÁLISE Revisão dos dados

PROPOSTAS E FINALIZAÇÃO

Formulações de propostas

Tabela 1: Cronograma de trabalho TCC Fonte: A autora.

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7.6 APÊNDICE C - QUESTIONÁRIO 1 – DESTINADO À EMPRESA BASE DO ESTUDO

Centro Universitário Ritter dos Reis

Curso de Administração

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

GESTÃO DE ESTOQUES NO VAREJO: UM ESTUDO DE CASO

Orientador: Professor Jorge Alexandre Vanin

Aluna: Letícia Machado Costamilan

Sr empresário:

O presente questionário destina-se a levantar dados referentes ao controle de

estoque para servirem de base no desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de

Curso Superior na área de Administração de Empresas. Sua contribuição será de

grande importância para os objetivos propostos, analisar diferentes modelos de

gestão de estoques e diagnosticar o que melhor se adapta ao perfil da organização.

Por essa razão peço responder a pesquisa abaixo:

1) Qual o principal objetivo da armazenagem para a empresa?

OBS.: ao responder, favor enumerar em ordem de importância, utilizando a numeração de 1 a 4, sendo 1 a menos importante e 4 a mais importante.

( ) Compra em maior escala para obtenção de desconto do fornecedor;

( ) Visando o atendimento da demanda;

( ) Evitar atrasos na entrega do fornecedor;

( ) Oferecer maior variedade de produtos.

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2) Com relação ao espaço físico: quais as características do espaço destinado

à armazenagem?

( ) Local ventilado;

( ) Espaço refrigerado;

( ) Exige medição e controle da temperatura e umidade;

( ) Outras/específicas de acordo com o produto

( ) Não possui espaço físico específico para estoque

3) De que maneira estão dispostos os produtos estocados?

OBS.: ao responder, favor assinalar todas as alternativas utilizadas.

( ) Em prateleiras;

( ) Empilhados;

( ) Por tipo de produto;

( ) De acordo com a rotatividade;

( ) Conforme o prazo de validade;

( ) Outro (se for utilizada também esta alternativa, explicar no espaço abaixo)

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

4) Com que frequência são realizados novos pedidos aos fornecedores?

OBS.: ao responder, favor assinalar todas as alternativas que V. Sa. lembra que ocorrem no seu negócio.

( ) Semanalmente;

( ) Quinzenalmente;

( ) Mensalmente;

( ) Anualmente;

( ) Ao receber pedido(s) de cliente(s);

( ) Outra forma. Explicar no espaço abaixo:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

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5) De que maneira a empresa projeta suas vendas?

( ) De acordo com as vendas dos últimos meses

( ) De acordo com as vendas do último período (mesmo mês do ano anterior)

( ) Não é realizada uma projeção das vendas

( ) Outro

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6) A empresa observa sazonalidade, ou seja, período(s) de maior procura

por algum(ns) produto(s) e período(s) de menor procura?

( ) Sim – Quando? _________________________

( ) Não

( ) Desconheço a existência de sazonalidade

7) Caso ocorram demandas sazonais de que forma a empresa organiza seu

abastecimento?

OBS.: ao responder, favor assinalar todas as alternativas que V. Sa. lembra que

ocorrem no seu negócio.

( ) Acredita nas orientações dos seus fornecedores.

( ) Tem algum controle onde ficam registros de produtos que comercializa e suas sazonalidades.

( ) Outras formas de acompanhamento de sazonalidades: explicar no espaço abaixo

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

8) Quantos fornecedores constam no catálogo da empresa atualmente?

( ) De 1 a 10

( ) De 11 a 20

( ) De 21 a 50

( ) Mais do que 50

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9) Qual o tempo médio de recebimento das mercadorias dos distribuidores

(considerado o período entre o pedido e a entrega)?

( ) De 1 a 10 dias

( ) De 11 a 20 dias

( ) De 21 a 60 dias

( ) Mais do que 60

OBS.: caso não haja um padrão que se enquadre entre uma das alternativas

citadas, favor esclarecer no espaço a seguir:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

10) A empresa utiliza algum software para controle de estoque?

( ) Sim – Qual? _________________________

( ) Não

11) Caso a empresa não utilize nenhum recurso tecnológico, de que maneira

mensura a quantidade de produtos armazenados?

OBS.: ao responder, favor assinalar todas as alternativas que V. Sa. lembra que

ocorrem no seu negócio.

( ) Contagem física do estoque;

( ) Visualmente e de memória;

( ) Recebe ajuda dos fornecedores para acompanhar a disponibilidade

( ) Outra forma – Explicar no espaço abaixo:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

12) Ocorre a situação de falta de mercadoria?

( ) Sim

( ) Não

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13) Se ocorre, o que a motiva?

( ) Diminuição do pedido;

( ) Atraso na entrega do fornecedor;

( ) Planejamento ineficiente;

( ) Outros. Especificar

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

14) Em decorrência da falta de produto(s) é utilizado algum método para

mensuração de quanto deixa de vender?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

15) Qual(is) o(s) critério(s) para controle dos produtos armazenados?

( ) Numeração do lote;

( ) Data de validade;

( ) Outros.

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7.7 APÊNDICE D – DESTINADO A EMPRESAS DE VAREJO SELECIONADAS POR CONVENIÊNCIA

Centro Universitário Ritter dos Reis

Curso de Administração

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO – TCC

GESTÃO DE ESTOQUES NO VAREJO: UM ESTUDO DE CASO

Orientador: Professor Jorge Alexandre Vanin

Aluna: Letícia Machado Costamilan

Sr. empresário:

O presente questionário destina-se a levantar dados para servirem de base no

desenvolvimento do Trabalho de Conclusão de Curso desenvolvido para conclusão

de Curso Superior na área de Administração. Sua contribuição será de grande

importância para os objetivos propostos. Por essa razão peço responder a pesquisa

abaixo:

1) IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

Empresa: ___________________________________________________________

(a identificação pode ser omitida ao seu critério)

Ramo de atividade: ___________________________________________________

Número de Colaboradores: ___________

Entrevistado: ________________________________________________________

(a identificação pode ser omitida ao seu critério)

Cargo/Função: _______________________________________________________

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1) Que tipos de produtos são comercializados pela empresa?

( ) Artigos de vestuário;

( ) Alimentação;

( ) Medicamentos;

( ) Outros. Especificar.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

2) Qual o objetivo da armazenagem para a empresa?

OBS.: ao responder, favor enumerar em ordem de importância, utilizando a

numeração de 1 a 4, sendo 1 a menos importante e 4 a mais importante.

( ) Compra em maior escala para obtenção de desconto do fornecedor;

( ) Visando o atendimento da demanda;

( ) Evitar atrasos na entrega do fornecedor;

( ) Oferecer maior variedade de produtos.

3) Com relação ao espaço físico: quais as características do espaço

destinado à armazenagem?

( ) Local ventilado;

( ) Espaço refrigerado;

( ) Exige medição e controle da temperatura e umidade;

( ) Outras/específicas de acordo com o produto

( ) Não possui espaço físico específico para estoque

4) De que maneira estão dispostos os produtos estocados?

OBS.: ao responder, favor assinalar todas as alternativas utilizadas se houver

mais do que uma fora.

( ) Em prateleiras;

( ) Empilhados;

( ) Por tipo de produto;

( ) De acordo com a rotatividade;

( ) Conforme o prazo de validade;

( ) Outro (se for utilizada também esta alternativa, explicar no espaço abaixo):

___________________________________________________________________

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___________________________________________________________________

5) Com que frequência são realizados novos pedidos aos fornecedores?

OBS.: ao responder, favor assinalar todas as alternativas que V. Sa. lembra que

ocorrem no seu negócio.

( ) Semanalmente;

( ) Quinzenalmente;

( ) Mensalmente;

( ) Anualmente;

( ) Ao receber pedido(s) de cliente(s);

( ) Outra forma. Explicar no espaço abaixo:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

6) De que maneira a empresa projeta suas vendas?

( ) De acordo com as vendas dos últimos meses

( ) De acordo com as vendas do último período (mesmo mês do ano anterior)

( ) Não é realizada uma projeção das vendas

( ) Outro

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

7) A empresa observa sazonalidade, ou seja, período(s) de maior procura

por algum(ns) produto(s) e período(s) de menor procura?

( ) Sim

( ) Não

( ) Desconheço a existência de sazonalidade

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8) Caso ocorram demandas sazonais de que forma a empresa organiza seu

abastecimento?

OBS.: ao responder, favor assinalar todas as alternativas que V. Sa. lembra

que ocorrem no seu negócio.

( ) Acredita nas orientações dos seus fornecedores.

( ) Tem algum controle onde ficam registros de produtos que comercializa e suas sazonalidades.

( ) Outras formas de acompanhamento de sazonalidades: explicar no espaço abaixo.

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

9) Quantos fornecedores constam no catálogo da empresa atualmente?

( ) De 1 a 10

( ) De 11 a 20

( ) De 21 a 50

( ) Mais do que 50

10) Qual o tempo médio de recebimento das mercadorias dos distribuidores

considerado o espaço entre o dia do pedido e a entrega?

( ) De 1 a 10 dias

( ) De 11 a 20 dias

( ) De 21 a 60 dias

( ) Mais do que 60

OBS.: caso não haja um padrão que se enquadre entre uma das alternativas

citadas, favor esclarecer no espaço a seguir:

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

11) A empresa possui algum software para controle de estoque?

( ) Sim

( ) Não

Se a resposta for “sim”, informar o nome e o fornecedor. _____________________

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12) Caso a empresa não utilize nenhum recurso tecnológico, de que maneira

mensura a quantidade de produtos armazenados?

OBS.: ao responder, favor assinalar todas as alternativas que V. Sa. lembra

que ocorrem no seu negócio.

( ) Contagem física do estoque;

( ) Visualmente e de memória;

( ) Recebe ajuda dos fornecedores para acompanhar a disponibilidade

( ) Outra forma – Explicar no espaço abaixo

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

13) Ocorre a situação de falta de mercadoria?

( ) Sim

( ) Não

14) Se ocorre, o que a motiva?

( ) Diminuição dos custos do processamento de pedidos;

( ) Atraso na entrega do fornecedor;

( ) Planejamento ineficiente;

( ) Outros

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

15) Em decorrência da falta de produto(s) é utilizado algum método para

mensuração de quanto deixa de vender?

___________________________________________________________________

___________________________________________________________________

16) Qual(is) o(s) critério(s) para controle dos produtos armazenados?

( ) Numeração do lote;

( ) Data de validade;

( ) Outros