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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNINOVAFAPI
COORDENAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
PEDRO MENESES SARMENTO SOBREIRA
ESTUO DA VIABILIDADE DO USO PARCIAL DE AGREGAO RECICLADO DE
CONCRETO COMO AGREGADO GRAÚDO EM CONCRETO ASFÁLTICO
USINAO A QUENTE (CAUQ)
Teresina
2018
PEDRO MENESE SARMENTO SOBREIRA
ESTUO DA VIABILIDADE DO USO PARCIAL DE AGREGAO RECICLADO DE CONCRETO COMO AGREGADO GRAÚDO EM CONCRETO
ASFÁLTICO USINAO A QUENTE (CAUQ)
Trabalho de conclusão de curso, apresentado ao Centro Universitário UNINOVAFAPI, como requisito para a obtenção da graduação de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Msc. Claudeny Simone Alves Santana
TERESINA
2018
FICHA CATALOGRÁFICA
Catalogação na publicação Antonio Luis Fonseca Silva– CRB/1035
Francisco Renato Sampaio da Silva – CRB/1028
S677e Sobreira, Pedro Meneses Sarmento.
Estudo da viabilidade do uso parcial de agregado reciclado de
concreto como agregado graúdo em concreto asfáltico usinao a
quente (CAUQ) / Pedro Meneses Sarmento Sobreira. – Teresina:
Uninovafapi, 2019.
Orientador (a): Prof. Me. Claudeny Simone Alves Santana;
Centro Universitário UNINOVAFAPI, 2019.
62. p.; il. 23cm.
Monografia (Graduação em Engenharia Civil) – Centro
Universitário UNINOVAFAPI, Teresina, 2019.
1. Agregado reciclado. 2. Concreto asfáltico. 3. RCD. 4.
Substituição parcial. I.Título. II. Santana, Claudeny Simone
Alves.
CDD 620.18
Dedico a Rosângela, minha mãe, e Haroldo, meu irmão, que sempre acreditaram em mim. Cada professor do ginásio, ensino médio e graduação, pois sem esses seria impossível chegar onde estou e seria cego pela ignorância.
PEDRO MENESES SARMENTO SOBREIRA
ESTUO DA VIABILIDADE DO USO PARCIAL DE AGREGAO RECICLADO DE CONCRETO COMO AGREGADO GRAÚDO EM CONCRETO
ASFÁLTICO USINAO A QUENTE (CAUQ) Trabalho de conclusão de curso, apresentado ao Centro Universitário UNINOVAFAPI, como requisito para a obtenção da graduação de Bacharel em Engenharia Civil. Data de Aprovação 04/04/2018
__________________________
Claudeny Simone Alves Santana Centro Universitário UNINOVAFAPI
__________________________
Lailson Ancelmo
Centro Universitário UNINOVAFAPI
___________________________
Natassia da Silva Sales
Centro Universitário UNINOVAFAPI
AGRADECIMENTOS
Gostaria de agradecer aos esforços das seguintes pessoas:
A minha mãe por fazer os melhores lanches e sempre me dá café. Sem ela seria
difícil chegar aqui, sempre fez questão de fazer o melhor que ela pode por mim.
Professora Claudeny Simone pela paciência e aos laboristas Elias e Ismael, que me
ajudaram dentro do possível.
Não posso esquecer de professores que sempre foram meu exemplo para seguir o
caminho das exatas, Alan Cardeque e Raimundo Nonato Meneses. Desde pequeno
até o ensino médio mostraram a beleza da matemática e como o universo esconde
padrões e os matemáticos procuram traduzi-los.
Aos mancebos que fiz durante essa caminhada e que muitas vezes tiveram
paciência comigo na hora da fazer os trabalhos em grupo : Rhagner Rossini ,
Rodrigo Ribeiro, Mathues Pereira, Miguel Luan, Artur Paulo.
Haroldo Junior , meu irmão, que sempre esteve ao meu lado e sempre me ajudou a
ser um bom aluno e pessoa, procurando retirar hábitos ruins ou me escutando e
sempre terminando os sermões com algo do tipo “ deixa de frescura”.
Paulo Ayrton e Melson Ian que sempre levaram a amizade em consideração e me
ajudaram em momentos onde eu estava fraco.
“Não há emoção, há paz Não há ignorância, há conhecimento Não há paixão, há serenidade Não há caos, há harmonia Não há morte, há força”
( Código Jedi )
RESUMO
A capacidade de crescimento da engenharia civil tem importância estratégica para desenvolvimento socioeconômico do país. Contudo o impacto da construção civil se estende além da ocupação ambiental, alcança extração de recursos e alerta sobre áreas degradadas pelo acúmulo de resíduos que afetam a imagem urbana e equilíbrio ecológico. Um dos ônus da construção é extração dos recursos naturais que atrelado ausências de sistemas eficientes de reuso de materiais e deposição de resíduos. Em 2017, o Brasil produziu 75 milhões de toneladas de resíduo de construção no ano, isso gerou custos para a coleta, transporte e deposição de resíduos, além do impacto ambiental. Utilizando as especificações técnicas do DNIT-ES 031(2006), estudou-se o desempenho tecnológico e propriedade físicas do resíduo da construção civil na confecção de concreto asfáltico. O trabalho tem como objetivo reutilizar o resíduo de construção em pavimento, para diminuir o consumo de material natural e diminuir o impacto dos resíduos no meio ambiente . Foram executados os ensaios de granulometria, caracterização quanto origem e analisado índices físicos do RCD para caracterização do mesmo e em seguida o material foi analisado na adição de 3% como agregado graúdo, em substituição com a composição de CAUQ. Após análises laboratoriais observou-se que o resíduo em forma de agregado graúdo substituiu em 3% do agregado convencional com teor de ligante ótimo de 6,4%, obtendo-se os melhores resultados mecânicos para aplicação como material de revestimento asfáltico do tipo CAUQ.
Palavras chave : Agregado reciclado. Concreto asfáltico. RCD. Substituição parcial.
ABSTRACT
The growth capacity of civil engineering is of strategic importance for the socioeconomic development of the country. The impact of civil construction is beyond environmental occupation, it reaches the extraction of resources and alerts of areas degraded by the accumulation of waste that affect the urban image and ecological balance. One of the main types of waste extraction and deposition materials is the expansion of natural resources. In 2017, Brazil produced 75 million tons of construction waste in the year, and generated costs for the collection, transport and disposal of waste, as well as environmental impact. Using as technical specifications DNIT-ES 031 (2006), studied the technological performance and ownership of the cooling of the civil construction in the confection of asphalt concrete. The objective of this work is to reuse the pavement construction process, to reduce the consumption of natural material and reduce the impact of waste on the environment. The granulometry, characterization by origin and analysis of the physical indices of the RCD were carried out to characterize the same and then the material was analyzed in the addition of 3% as a large aggregate, in substitution with the CAUQ composition. After laboratory analysis, it was observed that the aggregate was replaced in 3% of the conventional aggregate with an optimum of 6.4%, obtaining mechanical results for the application as asphalt coating material of the CAUQ type. Keyword: Recycled aggregate. Asphalt concrete. RCD. Partial replacement.
LISTA DE ABREITURAS E SIGLAS
CAP Cimento Asfáltico de Petróleo
ICC Industria da Construção Civil
RCC Resíduo Construção Civil
RCD Resíduo Construção e Demolição
U.E. União Europeia
CNT Confederação Nacional de Transporte
DMT Densidade máxima teórica, g/cm³
Gmb Massa específica aparente, g/cm³
LISTA DE SÍMBOLOS
%Ag porcentagem do agregado graúdo em relação a mistura asfáltica
%Am porcentagem do agregado miúdo em relação a mistura asfáltica
%f porcentagens do agregado filer em relação a massa asfáltica
%gmb.projeto massa específicas da composição corrigida
a% porcentagem de asfalto, expressa em relação à massa total da
mistura asfáltica
Gbs massa específica aparente da composição, g/cm³
Ms massa seca do corpo de prova, g
Msss massa de corpo-de-prova compactado na condição de superfície
saturada seca, g
Msssub massa de corpo-de-prova compactado na condição de superfície
saturada seca e posteriormente submerso em água, g
Pag percentual de agregados em, % em massa, g
Pl teor de ligante, % em massa, g
Pli teor inicial de ligante em porcentagem de massa, g
RBV Relação Betume Vazio
Vam Volume de agregado minerais, cm³
Vcb Vazios com betume, cm³
Vv Volume de vazios, cm³
LISTA DE EQUAÇÕES
Vv = 𝐷𝑀𝑇−𝐺𝑀𝐵
𝐷𝑀𝑇 Equação (1)
DMT = 100
𝑎%
𝐺𝑎+𝐴𝑔%
𝐺𝑎𝑔+𝐴𝑚%
𝐺𝑎𝑚+𝑓%
𝐺𝑓
Equação (2)
Gmb= 𝑀𝑆
𝑀𝑠−𝑀𝑠𝑠𝑢𝑏 Equação (3)
RBV=𝑉𝑐𝑏
𝑉𝑎𝑚 Equação (4)
Vam=100 - (%𝐺𝑚𝑏.𝑃𝑟𝑜𝑗𝑒𝑡𝑜𝑥𝐷𝑀𝑇𝑋𝑃𝑎𝑔)
𝐺𝑏𝑠 Equação (5)
LISTA DE FIGURAS
Figura 1- Quantidade de RCD produzido por membros da União Europeia ( U . E .)
.....................................................................................................................................18
Figura 2- Gráfico percentual médio dos materiais que geram RCD. Composição
média dos RCD de Salvador.......................................................................................19
Figura 3- Esquema dos processos de aproveitamento de resíduos (Redução e
eficiência energética)..................................................................................................21
Figura 4- Ilustração das camadas de pavimento........................................................25
Figura 5- Revestimento concreto armado...................................................................26
Figura 6- Revestimento CAUQ...................................................................................27
Figura 7- Revestimento pre-misturado a quente........................................................28
Figura 8 - Revestimento pre-misturado a frio.............................................................29
Figura 9- Tratamento superficial.................................................................................29
Figura 10- Revestimento lama asfáltica......................................................................30
Figura 11- Fluxograma de caracterização...................................................................36
Figura 12- Fluxograma de obtenção de dados e comparação...................................37
Figura 13- Gráfico do material miúdo..........................................................................38
Figura 14- Granulometria de agregado graúdo..........................................................39
Figura 15- Granulometria do RCD..............................................................................40
Figura 16- RCD após passar na granulometria..........................................................40
Figura 17- Teor de ligante ótimo pela metodologia Marshall......................................41
Figura 18- Corpo de prova executado........................................................................41
Figura 19- Rompimento dos corpos de prova.............................................................42
Figura 20- Gráfico da estabilidade dos corpos de prova............................................42
Figura 21- Gráfico com a fluência dos corpos de prova.............................................43
Figura 22- Gráfico com a estabilidade média dos corpos de prova...........................43
Figura 23- Gráfico como o desvio padrão da estabilidade média dos corpos de prova
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO...........................................................................................................13
1.1 OBJETIVO........................................................................................................14
1.1.1 Objetivos gerais...............................................................................................14
1.1.2 Objetivos específicos.......................................................................................14
1.2 JUSTIFICATIVA.................................................................................................15
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO.........................................................................................16
2.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS SOBRE RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO........16
2.2 GERAÇÃO DE RCD...........................................................................................17
2.3 COMPOSIÇÃO DOS RCD...................................................................................19
2.4 DESTINAÇÃO DO RCD......................................................................................20
2.5 RECICLAGEM DE RCD......................................................................................23
2.6 METODOLOGIA MARSHALL...............................................................................24
2.7 PAVIMENTAÇÃO...............................................................................................24
2.8 REVESTIMENTO...............................................................................................26
2.8.1 Revestimento rígido.........................................................................................26
2.8.2 Revestimento flexível.......................................................................................27
2.8.4 Pre-misturado à quente....................................................................................28
2.8.5 Pre-misturado a frio.........................................................................................29
2.8.6 Tratamento superficial......................................................................................29
2.8.7 Lama asfáltica.................................................................................................30
3 METODOLOGIA................................................................................................................31
3.1 AGREGADO MIÚDO..........................................................................................32
3.1.1 Ensaio de equivalente areia (DNER-ME 054/97)..................................................32
3.1.2 Ensaio de granulometria ( NBR 7211 / 2007 )......................................................32
3.2 CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO GRAÚDO....................................................32
3.2.1 Ensaio de granulometria (DNIT-ES 031/ 2006 E ABNT 7211 / 2007)........................32
12
3.3 CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO......................................................................32
3.3.1 Densidade aparente e real (DNER-ME 081/ 1998)................................................32
3.3.2 Granulometria ( NBR 7211 / 2007 ) (DNIT E.S. 031 / 2006)....................................33
3.3.3 Absorção DNER-ME 081 (1998)........................................................................33
3.3.4 Classificação do resíduo...................................................................................33
3.5 METODOLOGIA MARSHALL PARA TEOR ÓTIMO DE LIGANTE..............................34
3.6 USO DO TRAÇO DA PREFEITURA DE TERESINA (DNIT-ES 031 /06 E DNIT-ES 043 /
1994).................................................................................................................. 36
3. 7 FLUXOGRAMA.................................................................................................36
4 RESULTADOS E DISCURSSÕES.....................................................................................39
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO MIÚDO.......................................................39
4.2. CARACTERIZAÇÕ DO AGREGAD GRAUDO.......................................................39
4.3 RESÍDUO DE CONSTRUÇÃOCIVIL.....................................................................40
4.4 ENSAIO MARSHALL PARA TEOR ÓTIMO DE LIGANTE.........................................41
4.5 CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DE PROVA........................................................42
5 CONCLUSÃO....................................................................................................................47
6 REFERÊNCIA....................................................................................................................50
7 APÊNDICE.........................................................................................................................56
13
1 INTRODUÇÃO
Segundo Mello (1997) a capacidade de crescimento da engenharia civil tem
importância estratégica para desenvolvimento socioeconômico do país. De acordo
Coelho (2008) o setor da construção contribuiu, em 2008, com 13,5% do Produto
Interno Bruto (PIB) e participou com 60% da formação bruta de capital fixo. A
vantagem desse setor é não necessitar de grandes importações, que não prejudica
a balança comercial. No trabalho de Gondim et al. (2004) é abordado a importância
indústria da construção civil (ICC) para auxiliar a economia em períodos de
instabilidade. Segundo Coelho (2008),no milagre econômico brasileiro (1968-1973) o
setor da construção teve crescimento compatível com da época. No período do
aumento da dívida externa (1973 -1980) o setor da construção continuo a crescer,
no entanto não no mesmo ritmo.
Na publicação de Roth e Garcias (2009) abordou-se o impacto da
construção civil que se estende além da ocupação ambiental, extração de recursos e
execução dos serviços, e alerta sobre áreas degradas pelo acúmulo de resíduos que
afetam imagem urbana e equilíbrio ecológico.
O uso de novos materiais, menor consumo e reutilização, tanto diminuiriam
os custos, como diminuem impacto ambiental. Na legislação brasileira a definição
técnica sobre degradação, poluição e impacto ambiental era confusa segundo
Sánchez (1994). Até década de 80 degradação era o mesmo que poluição. A
respeito de degradação, Roth e Garcias (2009) declaram que impacto ocorre quando
existe alteração dos ciclos naturais, transformando-se em degradação quando não
existe mais possibilidade de restauração.
A resolução CONAMA 307 (2002) estabeleceu diretrizes, critérios e
procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, determinou
responsáveis, auxiliou na caracterização do material e fez amparo legal. A mesma
define resíduo como produto físico de reformas, construção, demolição, escavação e
materiais utilizados parcialmente ou não utilizados, como telhas, blocos, tintas,
madeiras, comumente chamados de entulho de obra.
No trabalho de Rocha e Cheriaf (2003) pode-se entender que a utilização
dos resíduos da ICC (indústria da construção civil) pode ocorrer no próprio lugar de
geração, bastando ter tecnologia e logística para viabilidade da produtividade. Com
base nas leis de preocupação ambiental e junto de trabalhos como por exemplo de
14
Teixeira et al. (2011), Ângulo (2005), Moresco (2017) e outros, que se preocupam
com tecnologia da utilização de Resíduo da Construção Civil (RCC), existe uma área
de tecnologia ecológica: a utilização de resíduos como agregados.
Um dos ônus da construção é a exploração dos recursos ambientais que
atrelada a ausências de círculos eficientes de reuso de materiais aumenta a
degradação do meio ambiente e deposição de resíduos.
A partir do traço da prefeitura de Teresina foi feita substituição parcial de
material natural por RCD e encontrou-se o teor de ligante ótimo para a mistura de
CAUQ por meio da metodologia Marshall.
Acredita-se que emprego de agregados residual de concreto no
revestimento cimento asfáltico pode ser uma boa alternativa, sob aspectos
econômicos, tecnológicos e ambientais. Mesmo com necessidade de vias
pavimentadas e os benefícios ambientais a utilização é pouco difundida no Brasil.
1.1 OBJETIVO
1.1.1 Objetivos gerais
Estudar o desempenho tecnológico e propriedade físicas, através das
análises laboratoriais, do agregado reciclado de concreto proveniente de uma obra
de construção e sua aplicabilidade em CAUQ.
1.1.2 Objetivos específicos
1-Apresentar a caracterização física de um agregado reciclado, avaliando
sua potencialidade de uso em concreto asfáltico;
2-Utilizando a metodologia Marshall, confeccionar um traço asfáltico do tipo
CAUQ, com substituição parcial do agregado graúdo pelo RCD;
3-Determinar o teor ótimo de ligante para o traço proposto com RCD e
comparar com a norma, traço original e outros trabalhos;
4-Determinar as principais características físicas e mecânicas quanto a
especificação de serviço DNIT ES (031/ 2006) de CAUQ com utilização parcial de
RCD.
15
1.2 JUSTIFICATIVA
Este trabalho procura estudar uma nova forma de abordar esse resíduo,
para diminuir os impactos urbanos e naturais causado.
Por meio do potencial técnico do material procura-se aumentar a aceitação
desse material como agregado. Dessa forma um material que muitas vezes é
utilizado como aterro, pode ser utilizado como agregado. Grubba (2009) afirma que
se aumenta área de utilização e aceitação no mercado, por meio do potencial de
uso.
Esse trabalho justifica-se pela necessidade de encontrar soluções quanto
destinação de resíduos de construção civil, oriundo das diversas obras aplicadas à
engenharia. Demonstrando a viabilidade quanto sua aplicabilidade como agregado
tornando-se uma alternativa para a diminuição da extração de recurso naturais.
16
2 REFERÊNCIAL TEÓRICO
2.1 DEFINIÇÕES BÁSICAS SOBRE RESÍDUO DE CONSTRUÇÃO E DEMOLIÇÃO
Junior et al. (2007) definiu resíduo como resto de atividade humana. A
subclassificação depende da área de onde ela provem. RCD (resíduo de construção
e demolição) é o resíduo proveniente da atividade de construção e também de
demolição.
A forma de classificar os resíduos são variáveis. A Resolução 307 (2002)
classifica quanto a reutilização em usáveis como agregados(A), utilizáveis em outras
atividades (B), não possuem tecnologia e nem viabilidade económica (C), perigosos
e oriundos do processo de construção (D). ANBR 10.004/2004 classifica quanto
periculosidade e inercia química, além da origem de acordo com atividade humana.
De acordo com a resolução CONAMA 307 (2002), RCD são aqueles
oriundos da construção, demolição e escavação, podendo serem chamados de
entulho. Geralmente são blocos cerâmicos, blocos de concreto, concreto seco inútil,
telhas, solos, metais, entre outros e podem ser descritos como resíduos urbanos e
classificados como inertes.
Segundo com NBR 15114(2004) agregados reciclados são aqueles com
potencial de reutilização. De acordo com a mesma, o tipo A apresenta capacidade
de reutilização em infraestrutura, elementos preenchimento, em aterros, obras de
pavimentação como camadas de solo ou revestimento.
A norma também aborda que agregados reciclados de construção são
classificados quanto heterogeneidade. O tipo A é homogêneo quando composto no
mínimo por 90% em massa de fragmentos a base de cimento portland e rochas.
Agregados mistos são do tipo A com menos de 90% em massa de fragmentos
portland e rochas.
O estudo de resíduo da construção é característico de países desenvolvidos,
como a Alemanha. Este país após duas guerras mundiais criou regulamento para
uso desse material, para resolver dois problemas, entulho e necessidade de
reconstruir. Em especial existe duas normas:
■ DIN 4226 : “Aggregates for mortarand concrete - recycledaggregates” Esta
norma apresenta requisitos para os agregados reciclados usados em argamassas e
concreto, especificando também o sistema de controlo de qualidade, produção e de
17
avaliação de conformidade. Que divide o agregado em 4 tipos: resíduo de betão,
resíduo de construção e demolição, resíduo de alvenaria, mistura de material.
■ Germancommittee for reinforced concrete (DAfStb) - concrete
withrecycledaggregates, o Comite alemão para concreto estrutural (DAfStb) publicou
a “Especificação para concreto com agregados reciclados”. A norma “Concrete
withrecycledaggregates” representa um documento suplementar à norma DIN 4226-
100 e está dividida em duas partes. A primeira apresenta as especificações para o
uso de agregados reciclados em concreto estrutural. A segunda parte descreve os
requisitos mínimos de qualidade dos agregados reciclados assim como o seu
controlo (Grübl e Rühl, 1998).
Grubba (2009) realça o desperdício de destinar a aterros um material que
tem grande potencial de reciclagem e alerta para o afastamento cada vez mais dos
aterros de centros urbanos aumentando o custo de transporte e necessidade de
área usada. Procura-se encontrar uma finalidade mais economicamente atrativa
para o material.
2.2 GERAÇÃO DE RCD
Moresco (2017) afirma que a ausência de uso do RCD gerou custos para a
coleta, transporte e deposição de resíduos. Conforme de Rocha e Cheriaf (2003) a
tendência é acumular próximo dos centros urbanos ou dentro deles, em ambos os
casos constituindo um risco a saúde e prejudicando o sistema urbano. Uma solução
seria a reincorporação em algum ciclo de produção desse material, evitando
desperdício. Kibert (1994) determinou a problemática da reutilização de materiais
reciclados e aborda 6 pontos.
1. Minimizar o consumo de recursos;
2. Maximizar a reutilização dos recursos;
3. Utilizar recursos renováveis e recicláveis;
4. Proteger o ambiente natural;
5. Criar um ambiente saudável e não tóxico;
6. Fomentar a qualidade ao criar o ambiente construído.
18
Pinto (2001) aborda que esses 6 princípios de Kibert (1994) são essenciais
para estruturar uma indústria ecologicamente correta e sustentáveis. Não somente o
setor da construção civil deve seguir esses princípios, mas qualquer atividade que
processe materiais e gere resíduos. Países europeus retratados na quadro 1
possuem grande produção de RCD e por isso desenvolveram meios eficientes de
destinação dos resíduos e até política de cobrar pela geração.
Figura 1- Quantidade de RCD produzido por membros da União Europeia ( U . E .)Pais Geração de RCD
( milhões de ton.Iano )
Alemanha 59Reino Unido 30
França 24Itália 20
Espanha 13Holanda 11Bélgica 7Áustria 5
Portugal 3Dinamarca 3
Grécia 2Suécia 2
Finlândia 1Irlanda 1
Fonte: Grubba (2009).
Grubba (2009) afirmou que produção de RCD é significativa também no
continente asiático com 20 milhões, em 2004, em Hong-Kong. O cenário é resultado
do crescimento vertical, esse resultado também é constatado em metrópoles, no
qual ausência de terrenos livres acarreta em demolição de terrenos antigos para
construção de edifícios mais altos. Alemanha está no topo, muito provavelmente
pela superlotação do país com RCD no pós-guerra.
De acordo com Silva (2009) o risco de poluição e contaminação são grades
devido destinação incorreta de RCD. Contudo, Pinto (2001) afirma
desconhecimento dos danos financeiros, devido à natureza inerte dos RCD,
demostrando o descontrole do impacto da deposição do material. De acordo com
Teixeira et al. (2011) não é dada tanta importância, apesar de representarem
grandes volumes.
19
Além da construção, demolição e eventos civis, os fenômenos naturais
influenciaram na análise de RCD. Taiwan registrou em 21 de setembro de 1999 um
terremoto que direcionou a atenção para esse material. Segundo Huang et al.
(2002), o desastre resultou em 100.000 edificações destruídas resultando em 30
milhões de toneladas de resíduo só no epicentro do terremoto.
2.3 COMPOSIÇÃO DOS RCD
De acordo com o CONAMA 307 a classificação do RCD pode ser quanto
possibilidade de reuso. O tipo A pode ser reutilizado como agregados, como resíduo
de concreto, cerâmica, escavação, betuminosos e outros. O tipo B são materiais
que podem ser reutilizados em outro ciclo produtivo, exceto como agregados, como
latas de metais, plástico, papel, vidro. O tipo C é aquele que não existem tecnologias
tecnicamente ou financeiramente viáveis, como gesso. O tipo D são resíduos
perigosos, como telhas de amianto, solventes, entre outros.
Luna et al. (2007) constatou que 88 a 95% do RCD brasileiros são
aproveitáveis para construção isso mostra importância de diretrizes para viabilizar
uso desse material. Languell (2001) registrou que o sucesso da reutilização depende
de fatores regionais, para viabilidade logística e pode auxiliar em municipalidades e
influenciar empreendimento.
No Brasil, segundo Moresco (2017), a maior parte do material é inerte e
reciclável como argamassa, concreto, agregados pétreos e materiais cerâmicos.
Figura 2- Gráfico percentual médio dos materiais que geram RCD.
Composição média dos RCD de Salvador
cerâmica branca
5.19%cerâmica vermelha11.69%
concreto e argamassa68.83%
rocha6.49%
plástico5.19%
outros2.60%
Porcentagem
Fonte: Carneiro et al. (2001)
20
Grubba (2009) em relação origem dos resíduos, destacou que 94% do
material tem potencial de reutilização como agregado, mas acaba sendo utilizado
como aterro ou depositado como rejeito, material sem condição de entrar em alguma
cadeia produtiva. A analisar a Figura 2 o trabalho de Caneiro et al.(2001) mostrou
uma pequena diferença comparando-se os valores com de Grubba (2009) ,
mostrando que com o decorrer de 8 anos não houve mudanças significativas em
cima do cenário.
2.4 DESTINAÇÃO DO RCD
A resolução CONAMA 307 (2002) afirmou que é responsabilidade do
executor o gerenciamento dos resíduos produzidos, de acordo com natureza
química, providenciando as devidas medidas ambientais.
De acordo com a mesma, existe preocupação legislativa quanto depósito
irregular. Não pode ser remanejado para “bota-fora”, lugar inadequado, nem próximo
de águas, pela possibilidade de dano à natureza, nem lotes vagos ou protegidos por
lei. O descumprimento é passível de responder por processo civil. Atribui a
responsabilidade de destinação ao gerador, sendo prioridade destinação menos
danosa, como aterros sanitários, e quando possível, e melhor, ser utilizado como
agregado, reincorporação num ciclo produtivo. Contrapartida Evangelista et al.
(2010) afirma que mais da metade é destinada de forma irregular.
Evangelista et al. (2010) estudando cenário de RCD, destacou que
deposição irregular em áreas urbanas aumenta os gastos públicos com limpeza,
ressaltando uma das vantagens do reaproveitamento. Segundo Kibert (1994) a
inserção num ciclo produtivo diminui gastos oriundo deposito irregular.
Segundo Bravo et al. (2011), em cidades de pequeno porte não existe
confronto de áreas de deposição com urbanização, pela falta de crescimento,
gerando o vício de deposição irregular. Quando evolui para media ou grande
começa a existir confronte de prioridade, uso dessas áreas que possuem uso
irregular como depósitos ou crescimento da cidade, o que gera gasto.
No Brasil, segundo Evangelista et al. (2010) é comum deposição irregular,
muitas vezes conduzido pelos carroceiros, Figuras urbanas que por ausência de
21
suporte da atividade ou falta de orientação sobre deposição do resíduo, fazem
deposição irregular. Segundo Bravo et al. (2011) a deposição irregular pode causar
problema na imagem urbana, danos nos lenções freáticos, lixiviação e ate
proliferação de vetores de doença . Essa deposição irregular gera impactos como
expostos na Figura 3.
Barros (2017) constatou que a maioria das prefeituras e municípios realizam
apenas medidas corretivas, como limpeza em áreas tradicionais de deposito
irregular; ao invés de evitar por meio de monitoramento e orientação das empresas e
carroceiros. Isso mostra falta de consciência da população sobre os riscos dessa
atitude, ausência de suporte dos gestores desses resíduos e ineficiência do
município em disponibilizar sistemas adequados de deposição de RCD.
No trabalho de Rocha e Cheriaf (2003) existe a definição de formas de
aproveitamento de resíduos. O RCC encaixa-se em “novo emprego de um resíduo
para uso análogo ao seu primeiro ciclo de produção”, como por exemplo
reincorporação do pó de argamassa em alguma etapa do projeto ou uso de água da
lavagem da betoneira na confecção de concreto
Figura 3- Esquema dos processos de aproveitamento de resíduos (Redução e eficiência energética)
Fonte: Rocha e Cheriaf (2003)
22
De acordo Grubba (2009) mais da metade da obstrução do sistema
drenagem urbana de São Paulo foi de resíduo de construção e demolição (RCD).
Contribuindo para entupimento de bueiros, invadindo terrenos e causando precoce
deterioração de pavimentos. Também realça o contrassenso de destinar a aterros
um material que tem grande potencial de reciclagem e alerta para o afastamento
cada vez mais dos aterros de centros urbanos aumentando o custo de transporte e
necessidade de área usada.
Conforme trabalho de Evangelista et al. (2010) 80% do material residual não
é designado a aterros regulares. Para minimizar os impactos da ICC (indústria da
construção civil), com base no desenvolvimento sustentável, muitos países, como
Holanda, Bélgica, França, Estados Unidos, Japão e Alemanha, investem em
pesquisa de reciclagem desse resíduo. Essas nações despertaram para a
importância do desenvolvimento sustentável, ou seja, que o atendimento as
necessidades da geração atual não podem prejudicar o desenvolvimento das
gerações futuras.
Moresco (2017) pesquisou sobre potencial da reciclagem do RCD que além
de diminuir a quantidade de deposito irregular de material permite aproveitamento de
um matéria-prima de potencial econômico. RCD pode ser aproveitado basicamente
pela triagem, britagem e peneiramento. Barros (2017) evidencia que eles são
classificados quanta homogeneidade, origem dos agregados em concreto e mistos.
Segundo Bravo et al. (2011) o material que possua mais de 90 % de resíduo
de concreto ou material pétreo é classificado como agregado de concreto. O material
aproveitado de concreto possui maior nobreza que os mistos. Podendo ser utilizado
em diversas formas: argamassas, elementos pré-moldados de concretos e calçadas.
Na pavimentação o agregado reciclado de construção civil (ARCC), pode ser
utilizado nos pavimentos rígidos, quanto flexíveis.
Silva (2009) relatou valores aceitáveis no ensaio de desgaste de Los
Angeles com 47% e abordou o modulo de resiliência que podem ser iguais ou
superior ao agregado convencional, aumentando a credibilidade do material
reciclado como agregado.
Wilburn (1998) estimou que 85% do RCD aproveitado é destinado para
pavimentação, em parte base ou sub-base. Refletindo crescimento da aceitação
desse recurso e capacidade técnica de atender as normas vigentes.
23
A pesquisa feita por Moresco (2017) encontrou retornos favoráveis para
instalação de indústria de processamento de resíduo e mostrou-se mais econômico
que o processamento que recurso naturais, podendo ser vendido por um preço mais
competitivo. Também constatou que em cenário otimista o retorno ocorre em 1 ano,
enquanto que em cenário pessimista o retorno ocorre em 3 anos. Paiva e Ribeiro
(2011) analisaram desempenho econômico do RCD e obtiveram resultados mais
positivos em relação ao material natural, chegando a 20% mais barato, além do
bônus ambiental.
Erhart e Palmeira (2006) abordaram o crescimento econômico de um pais
dependente das vias de transporte. Enquanto a taxa mundial é de 46%, o Brasil
registrou somente 25%. Baratear o custo desse serviço seria uma forma eficaz de
aumentar a taxa de crescimento rodoviária por tornar mais eficaz o investimento.
2.5 RECICLAGEM DE RCD
A reciclagem consiste em reaproveitar RCD após a coleta. Abordando o
como resíduo permite ser usado de forma mais produtiva ao invés de ser utilizado
com entulho ou tratado como material inservível. Grubba (2003) considera que
reciclagem “tem potencial de estender a vida útil dos recursos naturais, completando
o abastecimento dos recursos, reduzindo os impactos ambientais e promovendo o
desenvolvimento sustentável”.
Evangelista et al. (2010) afirmou que agregados de construção podem ser
reciclados por meio de triagem, britagem, peneiramento e armazenamento. Os
agregados podem ser classificados conforme granulometria e heterogeneidade.
De acordo com Silva (2009) o uso de Agregado Reciclagem de Concreto
(ARC) abrangem uso como agregado graúdo quanto miúdo. Para isso é necessário
processamento para granulometria correta, junto do controle tecnológico de
homogeneidade. Pode ser utilizado para argamassa de revestimento e
assentamento, bloco de preenchimento e camadas de revestimento asfáltico.
Rocha e Cheriaf (2003) definiram que reciclagem pode ser de dois tipos,
seletiva e não seletiva. A seletiva o material é separado quanto nobreza, logo
materiais pétreos não se misturam com materiais comuns como terra e cerâmica. Na
24
não seletiva o material não sofre qualquer separação, existindo menor custo de
recolhimento, porém produz um material de menor homogeneidade.
2.6 METODOLOGIA MARSHALL
De acordo com Bernuci (2008) o foco principal da metodologia é a
determinação teor de ligante do projeto muda de acordo com método de dosagem,
traço, em função da energia de compactação, tipo de mistura, temperatura a qual o
pavimento estará submetido, entre outros fatores. O método de dosagem mais
usado mundialmente faz uso da compactação por impacto e é denominado método
Marshall, em referência ao engenheiro Bruce Marshall que desenvolveu na década
de 1940.
De acordo com MOTTA (2008) o método foi adotado no Brasil durante a
segunda guerra mundial, quando excesso de ligante provocava deformações
permanentes e prematuras, devido exsudação. Com uso do método as camadas de
revestimento começaram a ter melhores valores de estabilidade, resistência e
durabilidade.
De acordo com Bernuci (2008) a metodologia aborda a execução de corpos
de provas, a partir de um traço predeterminado, com encaixamento granulométrico
devido a função, e com teor de CAP predeterminado. A partir do teor de CAP
determinado empiricamente é executado 4 corpos de provas com valores de +0,5%,
+1%, -0,5%, -1%, em relação ao teor adotado.
De acordo com Ceratti (2008) Por meio de cálculo do índice e vazios e
relação betume / vazios é feito um gráfico, onde as coordenadas horizontais são os
valores de índice de vazios e relação betume / vazio e abscissa é o teor de cap. A
abscissa correspondente ao ponto de cruzamento das duas retas determina o teor
ótimo de ligante.
Para executar o corpo de prova pela metodologia Marshall é pesado seco os
materiais, de tal forma poder montar 3 corpos de prova. A adição do CAP é feita,
enquanto ele está entre 140°C e 160°C.
O corpo de prova é feito por meio do socamento da massa no recipiente.
São 75 impactos em cada lado do corpo de prova. Após essa etapa o corpo de
prova é colocado para esfriar.
25
Depois que o corpo de prova atingir a temperatura ambiente, deve ser
retirado do recipiente e colocado no banho maria. Para ser colocado no banho maria
é necessário temperatura de 50°C, onde vai ficar pelo tempo de 40 mim.
Após o banho maria o corpo de prova é submetido a prensa de ruptura, onde
é analisado a fluência e estabilidade.
2.7 PAVIMENTAÇÃO
De acordo com CNT (2018) a malha rodoviária brasileira é pequena se
considerada com outros países de mesma dimensão. Possui 12,4% de malha com
pavimento, aproximadamente 25 Km para cada 10 Km.
Ribeiro e Ferreira (2002) monstra importância dessa estrutura ao dizer que
transporte pode representar 60% das despesas, logo diminuir os custos de produção
acarretariam em maior cobertura e assim menor custo de logística. O pavimento
rodoviário é composto por camadas de material, em cima do leito, com a finalidade
de transferir as cargas para o solo conforme a Figura 4.
Figura 4- Ilustração das camadas de pavimento
Fonte - Pinto e Pinto 2015
Segundo Pinto e Pinto (2015), leito é camada natural, geralmente o próprio
terreno, já terraplanado e limpo. Onde o subleito, também conhecido como camada
regularização, possui função de preencher imperfeições e pode nivelar o projeto. O
reforço do subleito auxilia na resistência do subleito e camadas inferiores. Sub-base
registe aos esforços vindo da base e confere maior estabilidade e resistência. Base
é camada responsável por suportar os esforços vindo do revestimento, deve ser
26
bem compactada, para evitar recalque, sendo a camada mais importante para
transferência os esforços do revestimento para o solo.
O revestimento é camada superior que deves resistir aos esforços
horizontais, verticais, como atrito e peso. Também deve resistir aos intemperes sem
perder as características físicas. Ela transmite para as camadas inferiores as cargas
de trânsito. A resistência de cada camada deve ser maior de cima para baixo.
De acordo com Pinto e Pinto (2015), nem sempre todas as camadas devem
estar presentes no projeto, subleito, base e revestimento são necessárias, por
conferir as características mínimas para o tráfego. Subleito com regularização, base
com resistência e revestimento com transferência de cargas para as camadas
inferiores e impermeabilidade, que garante preservação das camadas inferiores.
Paiva e Ribeiro (2011) definem que o pavimento é feito de filler, agregado
miúdo, agregado graúdo, ligante asfáltico. O fliller é material com diâmetro menor
que 0,1m, servido para preencher os espaços entres os agregados, geralmente
possui natureza argilosa. O agregado miúdo possui diâmetro entre 0,1mm e 4,8mm,
usado para preencher os espaços entre agregado graúdo e conferir homogeneidade
ao material. O agregado graúdo possui diâmetro entre 4,8 e 25mm e tem a função
de conferir resistência ao revestimento, quanto maior a granulometria mais
resistente tende a ser a camada
2.8 REVESTIMENTO
Segundo Silva et al. (2013) este possui a função de transmitir as solicitações
dos eixos para o solo. Deve ser resistente ao tempo, ataques químicos, esforços
físicos, deve preservar as camadas inferiores, em relação à chuva, e ser durável.
Entre os diversos tipos de revestimento, os principais são dois tipos, de acordo com
a vida útil de projeto, revestimentos flexíveis e rígidos.
2.8.1 Revestimento rígido
Para Languel et al. (2001) o revestimento rígido é feito de concreto armado,
semelhante a uma laje na pista conforme Figura 5. Executado em vias de
importância, além do cimento existe consumo de aço. Por ser produto caro e
altamente eficiente é preferencialmente usado em vias de importância ou trechos de
27
solicitações extremas, onde o revestimento asfáltico não suportou as cargas, como
curvas ou descidas.
Figura 5- Revestimento concreto armado
Fonte: Guedes (2018)
2.8.2 Revestimento flexível
Para Silva et al. (2013 ) o flexível é composto betuminoso e têm preferência
dos projetistas e dos construtores, devido preço e facilidade de execução. Possui
várias formas de combinações e uso, desde com material graúdo ou sem. O controle
de qualidade deste tipo de revestimento, compreende especialmente o controle de
temperatura, tanto na usinagem dos materiais, quanto no momento de aplicação e
compactação do corpo. Devido essas séries de variáveis existem vários materiais
que podem ser feitos.
2.8.2.1 Concreto asfáltico usinado a quente. ( C.A.U.Q)
Pinto e Pinto (2013) define Concreto Asfáltico Usinado Quente (C.A.U.Q.)
sendo uma mistura asfáltica com agregados de várias granulometrias com material
de enchimento, na proporção de projeto misturado com ligante em estado de fusão
conforme Figura 6.
A execução desse procedimento é regulada pela E.S. DNIT 031/200. Por
fatores de segurança e economia além da granulometria a qualidade do material
deve ser controlada. Quando o agregado graúdo deve-se ter desgaste de abrasão
28
menor que 50 % e quanto agregado miúdo valores de equivalente areia superior a
55%.
Pode ser utilizado como camada de rolamento, ligação (binder). Essa
múltipla utilidade faz dele versátil e muito requisitado nos projetos de pavimentação
em geral.
Figura 6- Revestimento CAUQ
Fonte: Castelo (2018)
2.8.2.2 Pre-misturado à quente
Pre-misturado à quente é definido por Ribeiro e Ferreira (2002) como
mistura graduada e usinada com ligante em fusão, porem o rigor com granulometria
e índice de vazios não é prioridade conforme Figura 7. Utilizado em cidades
pequenas ou obras provisórias onde a prioridade é execução e rodagem e não
duração.
Figura 7- Revestimento pre-misturado a quente
Fonte: Noronha (2018)
29
2.8.2.3 Pre-misturado a frio
Pinto e Pinto (2015) definiram que pre-misturado a frio é mistura graduada
sem ligante em estado de fusão, utiliza-se de outros meios para garantir ligação,
como compactação, emulsão ou dissolução conforme Figura 8. Muito utilizado como
técnica de reparo ou aumentar o atrito superficial. Devido à baixa temperatura possui
fácil manuseio e necessita de baixo controle tecnológico, por isso não se recomenda
para obras provisórias que possam receber solicitações de carretas ou caminhões,
contudo é muito utilizada parra recuperação de buracos e deformações.
Figura 8 - Revestimento pre-misturado a frio
Fonte: Buzatto (2018)
2.8.2.4 Tratamento superficial
De acordo com Bernuci et al (2008) o tratamento superficial são camadas de
ligante e agregado, de acordo com o projeto a fim de formar um revestimento
impermeável. Cada camada de agregado é compactada e a nomenclatura depende
da quantidade de camadas de agregados, podendo ser simples, dupla ou tripla.
Utilizada em tráfegos menores conforme Figura 9, como bairros ou residencial.
Como a metodologia é camada de agregado seguido da camada de ligante não
recomendado para esforços acima de automóvel residencial. Após aplicação deve-
se executar limpeza da superfície, retirando excesso de agregado, pois pode impedir
correto atrito e causar acidente.
30
Figura 9- Revestimento tratamento superficial
Fonte: Zorzal (2018)
2.8.2.5 Lama asfáltica
Junior et al. (2015) define que a lama asfáltica é usada quando existe
escassez de material pétreo utiliza-se uma mistura betuminosa com ausências deles
ou quando é feito reparo, devido a fluides do material. Embora faça parte do
revestimento, não deve ser única camada do revestimento, devido baixa resistência
Uma mistura semilíquida de finos e ligante, auxilia no rolamento, na estética da pista
e manutenção conforme Figura 10. Utilizada para tapar trincas causadas por
dilatação em revestimentos novos, pois possui flexibilidade e fluidez. Também serve
para reparar revestimento que perdeu agregado miúdo, devido uso ou escoamento
superficial.
Figura 10- Revestimento lama asfáltica
Fonte: Varão (2018)
31
2.9 ENSAIO DE LABORATÓRIO
A execução de uma obra demanda inicialmente a escolha de materiais
adequados, que devem atender especificações vigentes, as quais determinam os
índices mínimos de qualidade necessários. Estes materiais devem ser escolhidos
levando-se em consideração as razões técnicas, econômicas, ambientais e também
a estética (beleza exterior) sendo que do ponto de vista técnico eles devem atender
principalmente aspectos de durabilidade e trababilhidade,
O desempenho de um determinado material, de uma mistura ou mesmo de
sua aplicação pode ser realizada de maneira direta, o que demanda tempo uma vez
que a observação é realizada considerando-se as situações naturais, embora o
resultado seja direto. Este tipo de observação possui como ponto positivo o
desenvolvimento da prática. Porém, embora esta situação seja a ideal, não é
possível aplicar-se um determinado material ou mistura deles e esperar para
verificar se este é adequado ou não. Por esta razão, desenvolveu-se a observação
indireta através da realização de ensaios nos laboratórios. Os ensaios têm sido
desenvolvidos para que através de situações artificiais, utilizando-se amostras
representativas, possa-se avaliar e prever o comportamento do material ou mistura,
seja através de ensaios destrutivos ou não.
O eixo padrão de uma norma de qualidade é definido com característica
mínima que o material deve possuir, seguido do resulto físico mínimo a ser obtido
em determinado ensaio. A norma regulamentadora do CAUQ é DNIT ES 031/2006.
Essa norma aborda as características mínimas para serem encontradas no
agregado miúdo, agregado graúdo, filler, ligante asfáltico. Também determina os
índices físicos que devem ser obtidos para ser utilizado para a finalidade de
revestimento asfáltico, como estabilidade, fluência, índice de vazios e relação
betume / vazios.
32
3 METODOLOGIA
A metodologia foi dividida em partes. A primeira parte foi a caracterização
dos materiais, para verificar se possuem as características mínimas para serem
usados como CAUQ de acordo com a norma DNIT ES 031/2006.
A segunda parte foi realizar o tepor ótimo e ligante para o material com
RCD, pois analisando esse resultado com o traço original e outras produções, foi
obtido as comparações de desempenho.
3.1 AGREGADO MIÚDO
3.1.1 Ensaio de equivalente areia (DNER-ME 054/97)
Segundo a norma mede a razão entre altura do nível superior da areia e
altura e altura do nível superior da suspensão argilosa de uma determinada
quantidade agregado miúdo, numa proveta, em condições estabelecidas no
método. Para aprovação é necessário resultado maior que 54%. Quanto maior esse
valor menos impureza possui o material, melhorando a qualidade do material.
O procedimento é feito com adição de água destilada numa coluna de areia.
A água serve para separa a matéria inorgânica da matéria inorgânica. Nessa
execução é encontrado uma relação entre altura de areai e partícula orgânica.
3.1.2 Ensaio de granulometria ( NBR 7211 / 2007 )
O procedimento é realizado com peneiramento do material sobre uma torre de
peneiramento. O ensaio de agregado miúdo deve garantir que 95% do material
passa na peneira 4,8mm, para ser caraterizado como miúdo. Necessário para
preencher o espaço entre os agregados graúdos. Quanto mais homogêneo a
granulometria melhor o material, pois diminui vazios.
3.2 CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO GRAÚDO
3.2.1 Ensaio de granulometria (DNIT-ES 031/ 2006 E ABNT 7211 / 2007)
33
O procedimento é realizado com peneiramento do material sobre uma torre de
peneiramento. Caracteriza a amostra a proporção dos tamanhos dos grãos. A
mistura deve conter as faixas granulométricas recomendadas pelo DNIT. Para ser
caracterizado como agregado graúdo deve passar na malha 75mm e ficar retido na
4,8mm.
3.3 CARACTERIZAÇÃO DO RESÍDUO
3.3.1 Densidade aparente e real (DNER-ME 081/ 1998)
Necessário para saber quantidade de material por volume. No real
considera-se o volume somente pelo material, quanto maior a densidade aparente
maior a quantidade de massa por volume. Na densidade aparente considera o
volume dos vazios, quanto maior o valor maior a quantidade de material existe por
unidade de volume.
A densidade aparente é calculada a partir do peso do material dividido pelo
volume do material dentro de um recipiente de volume constante.
A densidade real é obtida a partir do peso do material dividido pelo volume
do material submerso, pois assim desconsidera os espaços vazios.
3.3.2 Granulometria ( NBR 7211 / 2007 ) (DNIT E.S. 031 / 2006)
Necessário para garantir controlar a quantidade de agregado graúdo nas
suas faixas. O revestimento pode ser classificado quanto a faixa granulométrica do
material, quanto maior for o granulometria maior a resistência obtida pelo
revestimento.
Foi feito a coleta seletiva e durante o ensaio de granulometria foi utilizado as
peneiras ½, 3/8, Nº4 para possuir maior controle da granulometria, pois o RCD foi
utilizado como substituto do agregado graúdo. Todo o material foi peneirado pela
peneira ¾, o que foi retido foi descartado, para possuir maior controle da
granulometria máxima. Para garantir que não tenha muito material miúdo a peneira
Nº 4 foi utilizada como limite mínimo do tamanho dos grãos. De acordo com Grubba
34
(2009), o RCD costuma esfarelar durante manuseio seco e por isso deve-se
controlar a granulometria a ser retirada da amostra.
3.3.3 Absorção DNER-ME 081 (1998)
Absorção determina a quantidade de líquido que o matérial pode absorver
após ser submetido a contato com o líquido. Utilizado para entender a quantidade de
ligante que o material absorve. Teor muito alto implica em grande consumo de
ligante, maior preço, maior índice de vazios e maior relação betume / vazios. Quanto
maior a absorção maior o consumo de CAP e consequentemente menor a
resistência do material em virtude da possibilidade de exsudação, quantidade
pequenas pode ocorrer subutilização do traço.
Esse índice é encontrado quando o material pesado e seco é colocado
submerso em água, sendo pesado pela balança, durante um intervalo de 24 horas.
Depois o material tem a superfície secada. A relação do ganho de peso é o índice de
absorção.
3.3.4 Classificação do resíduo
Necessário para garantir especificação do material. O material deve ser
caracterizado quanto CONAMA 307 (2002) e NBR 10.004(2004). A classificação
correta possibilita uso mais eficiente do material.
3.5 METODOLOGIA MARSHALL PARA TEOR ÓTIMO DE LIGANTE
O teor de ligante ótimo é o teor de ligante asfáltico no qual a faixa
granulométrica oferece melhor resistência por menor consumo de ligante, sem
ocorrer patologias de execução ou esfarelamento.
O teor ótimo de ligante ótimo é encontro de duas retas sobre o mesmo
gráfico. O gráfico possui coordenadas horizontal com teor de ligante e duas
coordenadas verticais, uma com volume de vazios e outra com relação betume
vazios. A interseção das duas retas, relação betume / vazios e volume de vazios
indica o teor ótimo de ligante, ao traçar uma reta que intercepte a abcissa.
35
O índice de vazios pode ser obtido através da equação 1, onde são
necessários os valores de densidade máxima teórica e densidade aparente.
Vv = DMT −GMB
DMTEquação
(1)
Onde:
DMT = Densidade máxima teórica
Gmb= Massa específica aparente
Para encontrar a densidade máxima teórica é utilizado a equação 2, onde
são necessários os valores porcentuais em relação a massa do material utilizado e
as massas específicas.
DMT =
a%Ga
+Ag%Gag
+Am%Gam
+f %Gf
¿100¿
Equação
(2)
Onde:
a%=porcentagem de asfalto, expressa em relação à massa total da mistura
asfáltica (por exemplo, no caso de um teor de asfalto de 5%, utiliza-se o número 5
na variável %a no denominador da expressão);
%Ag, %Am, e %f = porcentagens do agregado graúdo, agregado miúdo e
fíler, respectivamente, expressas em relação à massa total da mistura asfáltica;
Ga, Gg, GAm e Gf = massas específicas reais do asfalto, do agregado
graúdo, do agregado miúdo e do filer, respectivamente.
A massa especifica aparente do corpo de prova é obtido por meio da
equação 3, onde é levado em consideração os valores de massa do corpo seco,
massa do corpo de prova submersa, massa do corpo de prova com superfície
saturada.
Gmb= MS
Ms−MssubEquação (3)
Onde:
36
Ms= massa do corpo de prova seco
Msss = massa de corpo-de-prova compactado na condição de superfície
saturada seca, g, que corresponde ao corpo-de-prova com os poros superficiais
saturados, sendo eliminado o excesso de água.
Msssub = massa de corpo-de-prova compactado na condição de superfície
saturada seca e posteriormente submerso em água.
Outro dado importante para obtenção do teor ótimo de ligante é relação
betume / vazios é encontrado por meio da equação 4, onde é levado em
consideração vazios com betume e volume de agregados minerais.
RBV=VcbVam
Equação (4)
Onde:
Vcb= Vazios com betume
Vam=Volume de agregado minerais.
Volume de agregado minerais é obtido por meio da equação 5, onde é
considerado densidade máxima teórica, massa específica aparente corrigida, massa
específicas da composição corrigida, percentual de agregado na mistura.
Vam=100 - (%Gmb.Projeto x DMT X Pag )
GbsEquação
(5)
Onde:
Gbs=massa específica aparente da composição, g/cm³
Pag=1-pli
%gmb.projeto = massa específicas da composição corrigida
A massa específica da composição corrigida é encontrada por meio da
moldagem rotativa, onde é considerado o tipo de pavimento e função dele. Nesse
ensaio é encontrado densidade sem considerar o número de vazios internos ou
superficiais.
Para encontrar o volume de agregado mineral é necessário a porcentagem
de agregado da mistura, onde é utilizado teor de ligante conforme a equação 6.
Pag=1-pli
Onde:
pli=teor inicial de ligante em porcentagem de massa.
37
3.6 USO DO TRAÇO DA PREFEITURA DE TERESINA (DNIT-ES 031 /06 E DNIT-ES
043 / 1994)
O traço caracteriza a quantidade de material utilizado para executar o
revestimento. Utilizando como base o traço da prefeitura de Teresina foi feito a
substituição do agregado graúdo convencional pelo RCD.
3. 7 FLUXOGRAMA
O fluxograma da Figura 11 foi utilizado para organizar a caracterização dos
materiais. Esse processo defini os parâmetros iniciais para iniciar os ensaios em
busca do teor ótimo de ligante e execução dos corpos de prova.
Figura 11- Fluxograma de caracterização
Fonte - Autor (2018)
Caracterização do material de CAUQ
Agregado miudo
Ensaio equivalente
areia
Ensaio de granulomet
ria
Agregado graudo
Ensaio de granulometr
ia
Material de residuo
Ensaio de granulomet
ria
Densidade aparente e
real
Absorção
Caracterização de norma
38
Após encontrar os valores físicos dos materiais a serem utilizados como
concreto asfáltico usinado a quente, foi realizado os ensaios na busca de dados para
compara os resultados de traço com RCD com o traço convencional da prefeitura. A
Figura 12 retrata as etapas ate comparação dos resultados de outros autores, de
traço da convencional e com a norma.
Figura 12- Fluxograma de obtenção de dados e comparação
Fonte - Autor (2018)
Caracterização
Moldagem dos corpos de prova de pavimento
Ensaio labotorial com pavimento de resíduo
Comparação com outros estudos
DNIT-ES 031(2006) Outros autores
Análise de resultados
39
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
4.1 CARACTERIZAÇÃO DO AGREGADO MIÚDO
No ensaio de equivalente areia encontrou-se valores de 98%, 99% e 99%
de teor de areia, com uma média de 98%. Com base na Figura 13 pode-se concluir
que areia da pesquisa é fina e com base no ensaio equivalente areia é propícia ao
uso como agregado miúdo em CAUQ.
Figura 13- Gráfico do material miúdo
9,5 mm 476 mm 2 mm 0,425 mm 0,18mm 0,075 mm0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Porcentage de material miúdo que passa na peneira
Fonte - Autor (2018)
4.2. CARACTERIZAÇÕ DO AGREGAD GRAUDO
Para caracterização do agregado graúdo utilizou a NBR 7211/ 2007 e
encontrou-se dados conforme a Figura 14, onde pode-se concluir que o material é
brita 0. A granulometria pode aparecer de várias formas, aberta, quando existe
ausência de uma faixa, uniforme, quando uma faixa é predominante e bem
graduada, quando todas as faixas estão presentes na granulometria.
40
Figura 14- Granulometria de agregado graúdo
19mm 12,7 mm 9,5 mm 4,8 mm 2 mm 0,18mm 0,075mm0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Porcentage de material graudo que passa na peneira
Coluna2
Fonte - Autor (2018)
4.3 RESÍDUO DE CONSTRUÇÃOCIVIL
Para caracterizar o RCD foi realizado o ensaio de granulometria, análise de
índices físicos e classificação pela norma NBR 10.004(2002) e CONAMA 307
(2002). A granulometria encontrada segue conforme a Figura 15. Os incides físicos
foram densidade real de 2,65 g/cm³, densidade aparente de 1,28 g / cm³ e absorção
de 3,5%. A classificação pela norma NBR 10.004(2002) foi classificado como IIB-
inerte. A resolução CONAMA 307 (2002) foi classificado como tipo A. Em ambos os
casos o material é passível de ser reutilizado como agregado conforme pode ser
visto na Figura 16.
A norma DNIT 031/2006 não limita o índice de absorção diretamente, porém
ela limita os resultados desse fator na confecção do CAUQ ao determinar os valores
máximos e mínimos de índice de vazios e relação betume / vazio. A norma NBR
64/1996 não estipula qualquer valor máximo ou mínimo, porem descreve
procedimentos para diminuir esse processo.
41
Figura 15- Granulometria do RCD
19mm 12,5mm 9,5mm 4,9mm Fundo0%
20%
40%
60%
80%
100%
120%
Porcentage RCD miúdo que passa na peneira
Coluna2
Fonte - Autor (2018)
Figura 16- RCD após passar na granulometria
Fonte - Autor (2018)
4.4 ENSAIO MARSHALL PARA TEOR ÓTIMO DE LIGANTE
O ensaio Marshall foi utilizado para determinação do teor ótimo de ligante
serve para indicar a porcentagem de ligante asfáltico no qual o traço obtém maior
eficiência. Encontrou-se esse valor por meio do cruzamento dos valores de dois
42
gráficos, do gráfico de volume de vazios e relação betume / vazios conforme exposto
na Figura 17. Onde foi encontrado 6,4% de CAP como teor ótimo de ligante.
Figura 17- Teor de ligante ótimo pela metodologia Marshall
Fonte - Autor (2018)
4.5 CARACTERIZAÇÃO DO CORPO DE PROVA
Após ser executado o corpo de prova, conforme a Figura 18, foi retirado as
medidas dos diâmetros das duas extremidades, das 4 alturas diametrais, conforme
apêndice. Determinou-se as massas secas e submersas para determinar as
densidades aparente de cada corpo de prova.
Figura 18- Corpo de prova executado
Fonte - Autor (2018)
Após retirar as medidas e encontrar os valore de peso submerso e seco o
corpo foi levado ao banho maria de 60°c por 30 mim. Após esse tempo o corpo foi
levado à prensa Marshall conforme Figura 20 onde foi rompido encontrando-se os
valores de estabilidade e fluência como na Figura 19. A estabilidade sofreu correção
43
com base na altura média médio do corpo de prova, conforme a norma DNER-ME
043/95.
Figura 19- Rompimento dos corpos de prova
Fonte – Autor (2018)
Por meio da metodologia Marshall foi encontrado o teor de ligante ótimo de
6,4 % e realizado a comparação entre o corpo de prova com teor de ligante ótimo e
corpo de prova original. A Figura 20 ilustra um gráfico apresentando os valores de
estabilidade dos corpos de prova ensaiados. Comparando a diferença entre
estabilidade média e valores unitários pode-se observar que os corpos de prova
com RCD obtiveram maior desvio, devido heterogeneidade do material. Existiu uma
significativa diferença entre a média do corpo de prova com RCD e teor ótimo e
corpo de prova sem RCD.
RCD c
om 6
% d
e CAP
RCD c
om6,4
% d
e CAP
RCD c
om 6
,5 %
de
CAP
RCD c
om 7
% d
e CAP
RCD c
om 7
,5%
de
CAP
RCD c
om 8
% d
e CAP
Traç
o se
m R
CD
0.00
100.00
200.00
300.00
400.00
500.00
600.00
700.00
800.00
corpo de prova 1 ( Kgf ) corpo de prova 2 ( Kgf ) corpo de prova 3 ( Kgf )
Média ( Kgf )
Est
abilid
ade (k
gf
)
Figura 20- Gráfico da estabilidade dos corpos de provaFonte – Autor (2018)
44
Analisando os valores de fluência na Figura 21, observou-se que os valores
dos corpos de prova com RCD e CAP entre 6% e 7% estiveram muito próximos da
média, mostrando que material possui homogeneidade quanto essa propriedade
devido a presença de brita no RCD.
RCD c
om 6
% d
e CAP
RCD c
om6,
4 % d
e CA
P
RCD c
om 6
,5 %
de
CAP
RCD c
om 7
% d
e CAP
RCD c
om 7
,5%
de
CAP
RCD c
om 8
% d
e CAP
Traç
o se
m R
CD
0
50
100
150
200
250
300
350
400
450
500
corpo de prova 1 (mm) corpo de prova 2 ( mm ) corpo de prova 3 ( mm )
Média ( mm )
Fluuênci
a (
mm
)
Figura 21- Gráfico com a fluência dos corpos de provaFonte – Autor (2018)
Analisando os valores de estabilidade média obteve-se o gráfico na Figura 22,
onde notou-se que os valores de estabilidade média sem RCD e com traço de 6,4%
de CAP tiveram valores próximos. O traço com RCD teve valor 1% mais resistente.
Figura 22- Gráfico com a estabilidade média dos corpos de prova
Corpo de prova0.00
100.00
200.00
300.00
400.00
500.00
600.00
700.00
462.67
663.67593.67 614.00
528.33
207.67
658.33
Esatbilidade média dos corpos de prova
6% 6,40% 6,50% 7%
7,50% 8% traço sem rcd
Est
abilid
ade m
édia
(kgf)
Fonte – Autor (2018)
45
Analisando os dados de estabilidade média obteve-se o desvio padrão das
resistências conforme Figura 23, onde o corpo de prova com 6,4% de RCD obteve
menor desvio padrão. Figura 23- Gráfico com o desvio padrão da estabilidade dos corpos de prova
Desvio padrão da estabilidade dos corpos de prova médio0.00
10.0020.0030.0040.0050.0060.0070.0080.00
46.35
4.50
32.56
73.77
16.50
72.52
18.37
Desvio padrão da estabilidade dos corpos de prova
6% 6,40% 6,50% 7%
7,50% 8% traço sem rcd
Desv
io p
adrã
o d
a e
stabilid
ade
Fonte – Autor (2018)
Analisando a fluência média dos corpos de provas obteve-se a Figura 24,
onde o corpo de prova com RCD e 6,4% de CAP, obteve resultado mais alta se
considerar o traço sem RCD. Isso pode ocorrer por que o RCD por ser mais poroso
quebra e permite que mais parte do material flexione.
Figura 24- Gráfico com a fluência média dos corpos de provas
Corpo de prova0.00
50.00
100.00
150.00
200.00
250.00
300.00
350.00
400.00
161.00178.67 167.67 153.00
361.67
299.67
159.33
Fluencia média dos corpos de prova
6% 6,40% 6,50% 7%
7,50% 8% traço sem rcd
Fluênci
a m
édia
)
Fonte – Autor (2018)
46
Notou-se ao olhar a Figura 25 o desvio padrão da fluência que todos os
corpos de prova com RCD tiveram valores maiores de desvio padrão do corpo sem
RCD. Isso mostrou o impacto da material ser heterogêneo.
Figura 25- Gráfico do desvio padrão da fluência dos corpos de prova
Desvio padrão dos corpos de prova médio FLUÊNCIA0.00
20.00
40.00
60.00
80.00
100.00
120.00
23.28
4.1915.33 13.59
72.30
95.68
2.05
Desvio padrão da fluência dos corpos de prova
6% 6,40% 6,50% 7%
7,50% 8% traço sem rcd
Axis Title
Desv
io p
adrã
o fl
uênci
a
Fonte – Autor (2018)
De acordo com a norma DNIT 031/2006 as características mínimas para
ser considerado concreto asfáltico de camada de rolamento são: porcentagem de
vazios entre 3 e 5 %, relação betume/vazios entre 75 e 82, estabilidade mínima de
500 kgf e tração diametral de mínima de 0,65 MPa.
Dos corpos de prova com RCD somente o ensaio com 6,4% ;65 %; 7% de
CAP obtiveram valores satisfatórios de estabilidade, fluência, índice de vazios e
relação betume / vazios para ser utilizado para função de concreto asfáltico como
camada de rolamento do tipo C. Comparando-se os valores dos corpo de prova, o
corpo com 6,4% de CAP apresentou os melhores resultados de estabilidade ,
fluência ,índice de vazios e relação betume / vazios .
5 CONCLUSÃO
Dos corpos de prova com RCD somente o ensaio com 6,4% ;65 %; 7% de
CAP obtiveram valores satisfatórios de acordo com a DNIT ES 031/2006 para ser
47
utilizado para função de concreto asfáltico como camada de rolamento do tipo C. Os
melhores valores físicos foram obtidos no corpo de prova de teor ótimo de ligante.
O corpo com RCD e com teor ótimo de ligante obteve, estabilidade média de
663 kgf, índice de vazios de 4,8, relação betume/vazios de 79. Comparando-se a
média do corpo de prova com RCD de teor de ligante ótimo com o corpo de prova
sem RCD, a estabilidade foi maior devido o atrito entre RCD ser maior que do
agregado natural, também observado no trabalho de Bravo et al. (2011).
Pode-se concluir que substituição parcial do agregado graúdo por RCD
obteve valores aceitáveis de estabilidade, fluência, índice de vazios e relação
betume / vazios conforme a DNIT 031/2006.
No corpo de prova com RCD e 6,4% de CAP os índices que dependem da
quantidade vazios como porcentagem de vazios e relação betume / betume vazios,
foram maiores que os corpos de prova sem RCD devido a porosidade, constatado
no ensaio de absorção, pois o material RCD obteve absorção de 3,5% enquanto o
material convencional teve absorção de 0,4% .
A porosidade é explicada devido a presença de concreto no RCD. Grubba
(2009) , Ângulo (2005) e Silva et al. (2013) relataram a fragilidade do material
durante o manuseio e ensaio de granulometria, algo notado durante o peneiramento
, pois ele esfarelava-se e algumas vezes diminuía de diâmetro.
Comparando o traço de RCD e 6,4% de CAP, pode se notar que teve valores
semelhantes de estabilidade média com trabalho de Silva et al. (2013). Silva (2009)
relatou que esse material possui maior resiliência, que pode ser notado com uma
diferença de 1% da média das resistências em relação ao corpo sem RCD.
A vantagem de fazer coleta seletiva mostrou-se ao comparar com o trabalho
de Grubba (2009), obteve-se menores índice de absorção devido maior quantidade
de brita do material, isso possibilitou usar menos CAP, além de poder utilizar mais
RCD.
Durante o manuseio do RCD percebeu-se que ele fragmentava muito,
devido atrito do cimento. Devido esse fragmentação ocorreu diminuição do diâmetro
do agregado, logo o manuseio a seco do material foi o menor possível, pois
diminuição do diâmetro afetaria a curva granulométrica do material.
Notou-se que manter a quantidade de CAP do traço original e colocar RCD
provocou diminuição da resistência do corpo de prova, pois eles não conseguiam
sair do banho maria. Foi necessário aumentar a quantidade de CAP, mostrando que
48
a porosidade do RCD aumenta consumo de CAP e deve ser levado em
consideração ao trabalhar com RCD.
Analisando a Figura 22 notou-se que o RCD em teor ótimo produziu corpos
de provas com 1% de estabilidade maior que o corpo de prova sem RCD.
Analisando a Figura 23 constatou-se que o corpo de prova com RCD e teor ótimo
obteve valores menores de desvio padrão de estabilidade que o corpo sem RCD.
Analisando a Figura 24 percebeu-se que o corpo de prova com teor ótimo de
ligante teve a média mais alta de fluência. Isso é algo positivo para revestimentos,
visto que a homogeneidade da absorção de energia física de um corpo é
proporcional à deformação do corpo, contudo o material não pode deformar a ponto
de gerar patologia.
Analisando a Figura 24 pode-se notar que o traço com RCD e 6,4 % de CAP
obteve a maior fluência entre os traços utilizáveis como concreto asfáltico como
camada de rolamento do tipo C. Os valores de CAP antes e depois resultaram em
corpos de provas com menor fluência. Para os valores menores que 6,4 % de CAP,
não existia ligante o suficiente para manter coeso o material. Para os valores
maiores ocorreu exsudação. Observando-se valores muito maiores que teor de
ligante ótimo, como 7,5% e 8%, obteve-se valores de fluência muito grande, por que
o material estava encharcado de ligante, resultando num material muito deformável.
Bernuci et al ( 2008)
Observa-se na Figura 25 que os corpos de prova com teor ótimo de
ligante obteve menor desvio padrão de fluência entre os traços que podem ser
utilizáveis como concreto asfáltico como camada de rolamento do tipo C. Isso
ocorreu, pois, os agregados estavam devidamente unidos. Os corpos de provas com
CAP menor que o teor de ligante ótimo tiveram maior desvio padrão que o teor de
ligante ótimo, pois o material não estava completamente unido. Os corpos de prova
com CAP maior que o teor de ligante ótimo resultaram em maior desvio padrão que
o traço de teor de ligante ótimo, pois o excesso de ligante causou exsudação
.Porém, teve maior desvio que o corpo com material natural, devido RCD ser
heterogêneo.
49
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APÊNDICE
Apêndice 1 – Caracterização de corpo de prova sem RCD
55
Fonte - Autor (2018)
Apêndice 2 - Traço com substituição parcial de 3 % de agregado graúdo
por RCD, utilizando 6% de CAP
% de RCD 0 ( corpo deprova normal)
Quantidade em %,semcorreção
Brita 12 g 972 40%Pó de brita g 972 30%
Areia lavada g 1296,0 30%CAP 5% g 252 5%
Dimensão Corpo 1 Corpo 2 Corpo 3Peso seco g 1200 1130 1200
Peso Imerso g 679,5 639,6 665,8Diâmetro 1 mm 99 99 99Diâmetro 2 mm 99 99 99
Altura 1 mm 63 61 60Altura 2 mm 62 61 59Altura 3 mm 62 62 61Altura 4 mm 63 63 60
Estabilidade kgf 630 627 625Estabilidade corrigida kgf 636, 658 681
Fluência mm 157 159 162Volume vazio, valor
médio3,5 %
Relação de betume/vazio, valor médio
77
Densidade aparentemedia g/cm³
2,45
DMT media g/cm³ 2,43Desvio padrão
estabilidade18,37
Desvio padrão fluência 2,51
56
Fonte - Autor (2018)
Apêndice 3 - Traço com substituição parcial de 3 % de agregado graúdo
por RCD, utilizando 6,5% de CAP
% de RCD 3% Quantidade em %,semcorreção
Quantidade RCD g 101,52 3%Brita 12 g 913,98 40%
Pó de brita g 1015,2 30%Areia lavada g 1353,6 30%
CAP 6% g 216 5%Dimensão Corpo 1 Corpo 2 Corpo 3
Peso seco g 1198,8 1198,3 1194,6Peso Imerso g 675 663,4 662Diâmetro 1 mm 99 99 99Diâmetro 2 mm 99 99 99
Altura 1 mm 62 59 61Altura 2 mm 61 61 59Altura 3 mm 62 61 59Altura 4 mm 62 62 61
Estabilidade kgf 463 485 363Estabilidade corrigida kgf 481 508 399
Fluência mm 186 132 162Porcentagem de vazios, valor
médio5,1%
Relação de betume/ vazio 60Densidade aparente media
g/cm³2,43
DMT media g/cm³ 2,33Desvio padrão estabilidade 46,35
Desvio padrão fluência 23,28
57
Fonte - Autor (2018)
Apêndice 4 - Traço com substituição parcial de 3 % de agregado graúdo
por RCD, utilizando 7% e CAP
% de RCD 3% Quantidade em %,semcorreção
Quantidade RCD g 100,98 3%Brita 12 g 908,82 40%
Pó de brita g 1009,8 30%Areia lavada g 1346,4 30%CAP 6,5% g 234 6,5%
Dimensão Corpo 1 Corpo 2 Corpo 3Peso seco g 1197,2 1199,9 1136
Peso Imerso g 685,85 684,4 645,8Diâmetro 1 mm 99 99 99Diâmetro 2 mm 99 99 99
Altura 1 mm 61 60 58Altura 2 mm 60 62 59Altura 3 mm 59 62 57Altura 4 mm 59 60 57
Estabilidade kgf 502 600 604Estabilidade corrigida kgf 551 630 600
Fluência mm 179 146 178Porcentagem de vazios, valor
médio 5%
Relação de betume/ vazio,valor médio
75
Densidade aparente mediag/cm³
2,42
DMT media g/cm³ 2,34Desvio padrão estabilidade 32,56
Desvio padrão fluência 15,33
58
Fonte - Autor (2018)
Apêndice 5 - Traço com substituição parcial de 3 % de agregado graúdo
por RCD, utilizando 7,5 % e CAP
% de RCD 3% Quantidade em %,semcorreção
Quantidade RCD g 100,44 3%Brita 12 g 903,96 40%
Pó de brita g 1004,4 30%Areia lavada g 1339,2 30%
CAP 7% g 252 7 %Dimensão Corpo 1 Corpo 2 Corpo 3
Peso seco g 1200 1200 1184,6Peso Imerso g 676 667,4 668Diâmetro 1 mm 99 99 99Diâmetro 2 mm 99 99 99
Altura 1 mm 59 59 61Altura 2 mm 61 61 59Altura 3 mm 62 61 59Altura 4 mm 60 62 61
Estabilidade kgf 482 594 602Estabilidade corrigida kgf 515 635 692
Fluência mm 146 141 172Porcentagem de vazios, valor
médio3%
Relação de betume/ vazio,valor médio
80
Densidade aparente mediag/cm³
2,41
DMT media g/cm³ 2,35Desvio padrão estabilidade 73,77
Desvio padrão fluência 13,59
59
Fonte - Autor (2018)
Apêndice 6 - Traço com substituição parcial de 3 % de agregado graúdo
por RCD, utilizando 8% e CAP
% de RCD 3% Quantidade em %,semcorreção
Quantidade RCD g 99,9 3%Brita 12 g 899,1 40%
Pó de brita g 999 30%Areia lavada g 1332 30%CAP 7,5% g 270 7,5 %
Dimensão Corpo 1 Corpo 2 Corpo 3Peso seco g 1197,2 1200 1167
Peso Imerso g 699,8 699,8 673,45Diâmetro 1 mm 99 99 99Diâmetro 2 mm 99 99 99
Altura 1 mm 58 59 60Altura 2 mm 58 59 55Altura 3 mm 59 59 57Altura 4 mm 58 60 62
Estabilidade kgf 452 455 430Estabilidade corrigida kgf 510 525 550
Fluência mm 461 333 291Porcentagem de vazios, valor
médio2%
Relação de betume/ vazio,valor médio
83
Densidade aparente mediag/cm³
2,4
DMT media g/cm³ 2,35Desvio padrão estabilidade 16,50
Desvio padrão fluência 72,30
60
Fonte Autor (2018)
Apêndice 7 - Traço com substituição parcial de 3 % de agregado graúdo e
teor ótimo de CAP
% de RCD 3% Quantidade em %,semcorreção
Quantidade RCD g 99,36 3%Brita 12 g 894,24 40%
Pó de brita g 993,6 30%Areia lavada g 1324,8 30%
CAP 8% g 288 8 %Dimensão Corpo 1 Corpo 2 Corpo 3
Peso seco g 1199,5 1186,4 1190Peso Imerso g 682,07 665,5 683,31Diâmetro 1 mm 99 99 99Diâmetro 2 mm 99 99 99
Altura 1 mm 59 59 60Altura 2 mm 60 61 62Altura 3 mm 61 61 62Altura 4 mm 62 59 60
Estabilidade kgf 398 305 331Estabilidade corrigida kgf 433 335 354
Fluência mm 131 170 187Porcentagem de vazios, valor
médio2
Relação de betume/ vazio,valor médio
86
Densidade aparente mediag/cm³
2,38
DMT media g/cm³ 2,4Desvio padrão estabilidade 39,18
Desvio padrão fluência 23,44
61
Fonte - Autor (2018)
% de RCD 3% Quantidade em %,semcorreção
Quantidade RCD g 101,9 3%Brita 12 g 673,92 40%
Pó de brita g 1010,88 30%Areia lavada g 1347,84 30%CAP 6,4 % g 230,4 6,4 %
Dimensão Corpo 1 Corpo 2 Corpo 3Peso seco g 1197,2 1200 1167
Peso Imerso g 699,8 699,8 673,45Diâmetro 1 mm 99 99 99Diâmetro 2 mm 99 99 99
Altura 1 mm 58 59 60Altura 2 mm 58 59 55Altura 3 mm 59 59 57Altura 4 mm 58 60 62
Estabilidade kgf 601 600 609Estabilidade corrigida kgf 660 661 670
Fluência mm 180 173 183Porcentagem de vazios, valor
médio4,7%
Relação de betume/ vazio,valor médio
78
Densidade aparente mediag/cm³
2,42
DMT media g/cm³ 233Desvio padrão estabilidade 4,5
Desvio padrão fluência 72,30