Centros de compras dizem estar preparados para a falta de ...©ria-DCI-Energia-Jan... · Turismo do...

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TERÇA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2015 DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS 10 Negócios Comércio Centros de compras dizem estar preparados para a falta de energia, mas se for por períodos prolongados os empreendimentos terão gastos maiores no ano Crise energética pode afetar custos SHOPPING CENTER Flávia Milhassi Ana Paula Silva São Paulo [email protected] Os shoppings estão prepara- dos para enfrentar uma possí- vel crise energética, mas pro- vavelmente terão de arcar com custos maiores. Boa parte dos estabelecimentos produz energia própria em horários de pico, além de ter no merca- do livre de energia a solução em caso de apagões longos. Segundo a Associação Bra- sileira de Shopping Center (Abrace), o segmento conso- me apenas 1,5% da energia produzida no Brasil, ou seja, não é o principal consumi- dor. “Desde o apagão que aconteceu em 2001, os shop- pings já começaram a adotar o uso de geradores. Pratica- mente todos já estão prepa- rados para a produção pró- pria de energia”, disse o presidente da Abrace, Glauco Humai, ao DCI. Ec o n o m i a A entidade declarou também que pretende reafirmar o his- tórico de comprometimento do setor com a questão hídri- ca e energética. “Os espaços têm escadas rolantes inteligen- tes, luzes de LED e ar-condi- cionado mais econômicos.” No último domingo (1), en- tretanto, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, afir- mou que o governo executará, em curto prazo, um plano emergencial para garantir o abastecimento energético. A ideia seria a produção própria e envolve diretamente o setor. “Os shoppings já produzem energia por geradores em ho- rários de pico”, reafirmou o di- retor de relações institucionais da Associação Brasileira de Lo- jistas de Shoppings (Alshop), Luis Augusto Ildefonso. Na opinião do diretor da Alshop, mesmo com os shop- pings produzindo energia em horários de pico, “pois é mais barato”, os lojistas podem ser prejudicados com a possível medida. “Seria impraticável aos shopping centers trabalha- rem apenas com energia pró- pria. Primeiro quanto aos cus- tos dessa medida, precisamente. Segundo por conta da poluição. E terceiro pela falta de espaço para a co- locação de equipamentos”, ar- gumentou Ildefonso. Abastecimento misto Já segundo o especialista em shopping e varejo Michel Cu- tait, hoje os empreendimentos brasileiros tem três formas de abastecimento de luz. “Em sua grande maioria ela é mista [tanto própria como comprada de concessionárias]”, explicou. O analista afirmou também que os shoppings já aderiram a medidas de redução de custos energéticos no passado, evi- tando assim que os gastos ope- racionais fiquem ainda mais altos. “Eles usam mais a luz natural, investem em gerado- res mais eficazes. Tudo isso re- flete em redução de custos aos lojistas e administradores”. DANIELA SOUZA/ESTADÃO CONTEÚDO Alshop teme que lojistas sejam prejudicados com a possível medida PONTO A PONTO 1. Problemas. Não é a primeira vez que o País passa por problemas com energia elétrica. 2. Consumo. Hoje os shoppings representam 1,5% do consumo energético do País. 3. Gasto. O gasto com energia representa de 25% a 40% dos custos fixos da operação. www.makeitwork.com.br

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TERÇA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2015 ● DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS10

Negócios Comér cio

Pizzaria mudahábitos e querfaturar maiseste ano

FA ST- FO O D

●Desde o início de 2014, diver-sos bares e restaurantes bus-cam saídas para fugir da cons-tante falta de água que atingenão apenas a cidade de SãoPaulo, mas também outras re-giões do Brasil.

Medidas para reduzir o usode água estão sendo tomadascomo é o caso da Quick Piz-za, localizada no bairro doMorumbi, em São Paulo (SP).O estabelecimento já mudoualguns hábitos e vê a econo-mia na conta de água. “Não éapenas uma questão de redu-zir o valor da conta, é tam-bém uma forma de preservaro pouco de água que temosnas reservas”, afirmou em no-ta o proprietário da operação,Roberto Rodrigues Junior.

Ainda segundo Junior, “Aoinvés de lavarmos o salão,agora passamos pano no am-biente, utilizamos o WAP queé mais potente e gasta menoságua. No banheiro implanta-mos garrafas dentro das cai-xas de vaso sanitário – o quefaz a água subir e o consumodiminuir – no momento dad e s c a rg a”, completa.

M e d i d asO próximo passo da pizzariapara economizar este ano étrocar todas as lâmpadas dorestaurante. Hoje são usadasem cada lustre, lâmpadasque, somadas, resultam em240 quilowatts. Elas serãotrocadas por lâmpadas quegiram em torno de 25kwh.

Em apenas um salão dorestaurante, esta substituiçãoirá gerar uma economia decerca de 15% do consumo deenergia para a operação.“Além da troca de lâmpadasaproveitamos ao máximo aluz natural que temos. Um denossos salões tem o teto re-trátil que reduz o consumode energia no horário de ve-rão e nos dias quentes”, diz.

As ações enfatizadas peloexecutivo, querem conscien-tizar os funcionários e clien-tes da Quick Pizza a tambémadotar hábitos para reduzirdo consumo de água e ener-gia elétrica. /Agências

Intenção de consumo das famílias despenca 12,9% em janeiro

I N D I CA D O R

● O apetite por consumir dasfamílias paulistanas caiu12,9% em janeiro na compara-ção com mesmo mês do anopassado, de acordo com o índi-ce Intenção de Consumo dasFamílias (ICF), que é apurado eanunciado pela Federação doComércio de Bens, Serviços eTurismo do Estado de São Pau-lo (FecomercioSP).

No mês passado, o ICF fe-chou em 108,6 pontos ante os124,8 pontos alcançados emjaneiro. O índice vai de zero a

200 pontos, sendo que abaixode cem pontos é consideradoinsatisfatório e acima de cempontos é classificado como sa-tisfatório. Na comparação comdezembro, o ICF de janeiro fi-cou praticamente estável(-0,1%). A expectativa para ospróximos meses, segundo aFecomercioSP, é que o índicepermaneça em queda, princi-palmente, por conta dos rea-justes de energia, IPTU, já quesão “custos que pesam direta-mente no bolso do consumi-dor e afetam o poder de com-pra das famílias”.

Dos sete itens que com-

põem o índice os destaquesnegativos foram: Empregoatual - com 121,7 pontos (re-tração de 6,8% ante janeiro de2014); e Perspectiva de consu-mo, cuja queda foi de 25,3%,com 96,8 pontos. De acordocom a assessoria econômicada FecomercioSP, esses doisitens tiveram a pior pontuaçãoda série histórica.

Fu tu r o“Esse resultado sinaliza ummenor consumo das famíliasnos próximos meses, em razãode uma queda no otimismoquanto à situação profissional,

uma vez que os entrevistadosnão sentem estabilidade noe m p re g o”, diz a entidade.

A pesquisa de janeiro mos-trou ainda que os itens Acessoao Crédito (124,9 pontos) eMomento para duráveis (83,5pontos) também seguiram ten-dência de queda ao registra-rem respectivamente, retraçãode 1,3% e 1% ante a dezembro.

“Este resultado mostra queas famílias estão priorizandobens essenciais como alimen-tação e produtos de farmácia,em detrimento de compras co-mo geladeira, fogão e televi-s ã o”, disse. /Estadão Conteúdo

Centros de compras dizem estar preparados para a falta de energia, mas se forpor períodos prolongados os empreendimentos terão gastos maiores no ano

Crise energética pode afetar custosSHOPPING CENTER

Flávia MilhassiAna Paula SilvaSão Paulor e d ac a o @ d c i . c o m . b r

●Os shoppings estão prepara-dos para enfrentar uma possí-vel crise energética, mas pro-vavelmente terão de arcar comcustos maiores. Boa parte dosestabelecimentos já produzenergia própria em horáriosde pico, além de ter no merca-do livre de energia a soluçãoem caso de apagões longos.

Segundo a Associação Bra-sileira de Shopping Center(Abrace), o segmento conso-me apenas 1,5% da energiaproduzida no Brasil, ou seja,não é o principal consumi-dor. “Desde o apagão queaconteceu em 2001, os shop-pings já começaram a adotaro uso de geradores. Pratica-mente todos já estão prepa-rados para a produção pró-pria de energia”, disse opresidente da Abrace, GlaucoHumai, ao DCI.

Ec o n o m i aA entidade declarou tambémque pretende reafirmar o his-tórico de comprometimentodo setor com a questão hídri-

ca e energética. “Os espaçostêm escadas rolantes inteligen-tes, luzes de LED e ar-condi-cionado mais econômicos.”

No último domingo (1), en-tretanto, o ministro de Minas eEnergia, Eduardo Braga, afir-mou que o governo executará,em curto prazo, um planoemergencial para garantir oabastecimento energético. Aideia seria a produção própriae envolve diretamente o setor.

“Os shoppings já produzemenergia por geradores em ho-rários de pico”, reafirmou o di-retor de relações institucionaisda Associação Brasileira de Lo-

jistas de Shoppings (Alshop),Luis Augusto Ildefonso.

Na opinião do diretor daAlshop, mesmo com os shop-pings produzindo energia emhorários de pico, “pois é maisb a ra t o”, os lojistas podem serprejudicados com a possívelmedida. “Seria impraticávelaos shopping centers trabalha-rem apenas com energia pró-pria. Primeiro quanto aos cus-tos dessa medida,precisamente. Segundo porconta da poluição. E terceiropela falta de espaço para a co-locação de equipamentos”, ar-gumentou Ildefonso.

Abastecimento mistoJá segundo o especialista emshopping e varejo Michel Cu-tait, hoje os empreendimentosbrasileiros tem três formas deabastecimento de luz. “Em suagrande maioria ela é mista[tanto própria como compradade concessionárias]”, explicou.

O analista afirmou tambémque os shoppings já aderiram amedidas de redução de custosenergéticos no passado, evi-tando assim que os gastos ope-racionais fiquem ainda maisaltos. “Eles usam mais a luznatural, investem em gerado-res mais eficazes. Tudo isso re-flete em redução de custos aoslojistas e administradores”.

DANIELA SOUZA/ESTADÃO CONTEÚDO

Alshop teme que lojistas sejam prejudicados com a possível medida

SHOPPING CENTERS

Grupo Lide promove a 2ª ediçãodo Fórum Brasileiro no dia 26● A segunda edição do FórumBrasileiro de Shopping Centersserá realizada no dia 26 defevereiro, no Hotel Grand Hyatt,na capital paulista. O eventoterá como foco central o tema“Shopping Centers no Brasil: osdesafios do crescimento”.

De acordo com Luiz AlbertoMarinho, da G S & BW –consultoria especializada emshopping center –, o eventoserá realizado em um momentooportuno, sendo abordadosvários assuntos da ordem dodia, entre eles os desafios parao crescimento do segmento noBrasil, além das questõesenergética e hídrica. “São

ameaças complicadas para osetor”, comentou ontem.

Promovido pelo Grupo deLíderes Empresariais (Lide), emparceria com o Lide Comércio,sob o comando de MarcosGouvêa de Souza, o Fórumacontece em meio às mudançasdo mercado, que entre os anosde 2006 a 2014 viu saltar aquantidade de shoppings, de351 para 519, ou seja,crescimento de mais de 47%.Segundo dados da AssociaçãoBrasileira de Shopping Centers(Abrasce), hoje são mais de 13milhões de metros quadradosde área bruta locável (ABL). /Camila Abud

N OTA S

● O Carrefour incrementará osortimento das padarias dasunidades de Interlagos, em SãoPaulo (SP), e do SorocabaShopping, no interior do estado.A partir deste mês, os clientesdessas lojas poderão encontrarPastel de Belém e Torta Folhadade frutas dentre outras opçõesde fabricação própria, antecipoua rede supermercadista, ao DCI.Os produtos serãocomercializados a quilo, nas duasunidades./ Da Redação

● A marca Jorge Alex acaba dereestruturar seu canal dee - c o m m e rc e , que passa a seroperado pela Z att i n i – n o vaplataforma de comércioeletrônico focada em moda el i f e st y l e , lançada em dezembropela Netshoes. Agora, a marca

de calçados disponibiliza seuportfólio de sapatos e acessóriosna loja on-line em todo o territórionacional. /Da Redação

● A Dufry repaginou o seu site dereservas para produtos dutyfree. Com a mudança, os mais de600 mil visitantes mensais do sitepoderão contar com umaplataforma mais atrativa edinâmica na hora de consultar ereservar produtos antes de suasviagens internacionais no Brasil. Opróximo passo da empresa é areformulação do aplicativo parasmar tphone, além do sistema paraiPhone e o lançamento paraAndroid./ Da Redação

● Até o dia 8 de fevereiro, aexposição Playmobil Shopping

Parade, que comemora os 40anos do brinquedo, estará noComplexo Tatuapé, na zona lesteda capital paulista (SP). Crianças eadultos podem conferir diversosmodelos da linha em tamanhoampliado. Eles estão espalhadospelos corredores do ShoppingMetrô Tatuapé e Shopping MetrôBoulevard Tatuapé e trazemmensagens de incentivo e de boaspráticas ambientais e sociais aosconsumidores./Da Redação

D I V U L G AÇ ÃO

PONTO A PONTO

1. Problemas.Não é a primeira vez que oPaís passa por problemascom energia elétrica.

2. Consumo.Hoje os shoppingsrepresentam 1,5% doconsumo energético do País.

3. Gasto.O gasto com energiarepresenta de 25% a 40%dos custos fixos da operação.

TERÇA-FEIRA, 3 DE FEVEREIRO DE 2015 ● DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS10

Negócios Comér cio

Pizzaria mudahábitos e querfaturar maiseste ano

FA ST- FO O D

●Desde o início de 2014, diver-sos bares e restaurantes bus-cam saídas para fugir da cons-tante falta de água que atingenão apenas a cidade de SãoPaulo, mas também outras re-giões do Brasil.

Medidas para reduzir o usode água estão sendo tomadascomo é o caso da Quick Piz-za, localizada no bairro doMorumbi, em São Paulo (SP).O estabelecimento já mudoualguns hábitos e vê a econo-mia na conta de água. “Não éapenas uma questão de redu-zir o valor da conta, é tam-bém uma forma de preservaro pouco de água que temosnas reservas”, afirmou em no-ta o proprietário da operação,Roberto Rodrigues Junior.

Ainda segundo Junior, “Aoinvés de lavarmos o salão,agora passamos pano no am-biente, utilizamos o WAP queé mais potente e gasta menoságua. No banheiro implanta-mos garrafas dentro das cai-xas de vaso sanitário – o quefaz a água subir e o consumodiminuir – no momento dad e s c a rg a”, completa.

M e d i d asO próximo passo da pizzariapara economizar este ano étrocar todas as lâmpadas dorestaurante. Hoje são usadasem cada lustre, lâmpadasque, somadas, resultam em240 quilowatts. Elas serãotrocadas por lâmpadas quegiram em torno de 25kwh.

Em apenas um salão dorestaurante, esta substituiçãoirá gerar uma economia decerca de 15% do consumo deenergia para a operação.“Além da troca de lâmpadasaproveitamos ao máximo aluz natural que temos. Um denossos salões tem o teto re-trátil que reduz o consumode energia no horário de ve-rão e nos dias quentes”, diz.

As ações enfatizadas peloexecutivo, querem conscien-tizar os funcionários e clien-tes da Quick Pizza a tambémadotar hábitos para reduzirdo consumo de água e ener-gia elétrica. /Agências

Intenção de consumo das famílias despenca 12,9% em janeiro

I N D I CA D O R

● O apetite por consumir dasfamílias paulistanas caiu12,9% em janeiro na compara-ção com mesmo mês do anopassado, de acordo com o índi-ce Intenção de Consumo dasFamílias (ICF), que é apurado eanunciado pela Federação doComércio de Bens, Serviços eTurismo do Estado de São Pau-lo (FecomercioSP).

No mês passado, o ICF fe-chou em 108,6 pontos ante os124,8 pontos alcançados emjaneiro. O índice vai de zero a

200 pontos, sendo que abaixode cem pontos é consideradoinsatisfatório e acima de cempontos é classificado como sa-tisfatório. Na comparação comdezembro, o ICF de janeiro fi-cou praticamente estável(-0,1%). A expectativa para ospróximos meses, segundo aFecomercioSP, é que o índicepermaneça em queda, princi-palmente, por conta dos rea-justes de energia, IPTU, já quesão “custos que pesam direta-mente no bolso do consumi-dor e afetam o poder de com-pra das famílias”.

Dos sete itens que com-

põem o índice os destaquesnegativos foram: Empregoatual - com 121,7 pontos (re-tração de 6,8% ante janeiro de2014); e Perspectiva de consu-mo, cuja queda foi de 25,3%,com 96,8 pontos. De acordocom a assessoria econômicada FecomercioSP, esses doisitens tiveram a pior pontuaçãoda série histórica.

Fu tu r o“Esse resultado sinaliza ummenor consumo das famíliasnos próximos meses, em razãode uma queda no otimismoquanto à situação profissional,

uma vez que os entrevistadosnão sentem estabilidade noe m p re g o”, diz a entidade.

A pesquisa de janeiro mos-trou ainda que os itens Acessoao Crédito (124,9 pontos) eMomento para duráveis (83,5pontos) também seguiram ten-dência de queda ao registra-rem respectivamente, retraçãode 1,3% e 1% ante a dezembro.

“Este resultado mostra queas famílias estão priorizandobens essenciais como alimen-tação e produtos de farmácia,em detrimento de compras co-mo geladeira, fogão e televi-s ã o”, disse. /Estadão Conteúdo

Centros de compras dizem estar preparados para a falta de energia, mas se forpor períodos prolongados os empreendimentos terão gastos maiores no ano

Crise energética pode afetar custosSHOPPING CENTER

Flávia MilhassiAna Paula SilvaSão Paulor e d ac a o @ d c i . c o m . b r

●Os shoppings estão prepara-dos para enfrentar uma possí-vel crise energética, mas pro-vavelmente terão de arcar comcustos maiores. Boa parte dosestabelecimentos já produzenergia própria em horáriosde pico, além de ter no merca-do livre de energia a soluçãoem caso de apagões longos.

Segundo a Associação Bra-sileira de Shopping Center(Abrace), o segmento conso-me apenas 1,5% da energiaproduzida no Brasil, ou seja,não é o principal consumi-dor. “Desde o apagão queaconteceu em 2001, os shop-pings já começaram a adotaro uso de geradores. Pratica-mente todos já estão prepa-rados para a produção pró-pria de energia”, disse opresidente da Abrace, GlaucoHumai, ao DCI.

Ec o n o m i aA entidade declarou tambémque pretende reafirmar o his-tórico de comprometimentodo setor com a questão hídri-

ca e energética. “Os espaçostêm escadas rolantes inteligen-tes, luzes de LED e ar-condi-cionado mais econômicos.”

No último domingo (1), en-tretanto, o ministro de Minas eEnergia, Eduardo Braga, afir-mou que o governo executará,em curto prazo, um planoemergencial para garantir oabastecimento energético. Aideia seria a produção própriae envolve diretamente o setor.

“Os shoppings já produzemenergia por geradores em ho-rários de pico”, reafirmou o di-retor de relações institucionaisda Associação Brasileira de Lo-

jistas de Shoppings (Alshop),Luis Augusto Ildefonso.

Na opinião do diretor daAlshop, mesmo com os shop-pings produzindo energia emhorários de pico, “pois é maisb a ra t o”, os lojistas podem serprejudicados com a possívelmedida. “Seria impraticávelaos shopping centers trabalha-rem apenas com energia pró-pria. Primeiro quanto aos cus-tos dessa medida,precisamente. Segundo porconta da poluição. E terceiropela falta de espaço para a co-locação de equipamentos”, ar-gumentou Ildefonso.

Abastecimento mistoJá segundo o especialista emshopping e varejo Michel Cu-tait, hoje os empreendimentosbrasileiros tem três formas deabastecimento de luz. “Em suagrande maioria ela é mista[tanto própria como compradade concessionárias]”, explicou.

O analista afirmou tambémque os shoppings já aderiram amedidas de redução de custosenergéticos no passado, evi-tando assim que os gastos ope-racionais fiquem ainda maisaltos. “Eles usam mais a luznatural, investem em gerado-res mais eficazes. Tudo isso re-flete em redução de custos aoslojistas e administradores”.

DANIELA SOUZA/ESTADÃO CONTEÚDO

Alshop teme que lojistas sejam prejudicados com a possível medida

SHOPPING CENTERS

Grupo Lide promove a 2ª ediçãodo Fórum Brasileiro no dia 26● A segunda edição do FórumBrasileiro de Shopping Centersserá realizada no dia 26 defevereiro, no Hotel Grand Hyatt,na capital paulista. O eventoterá como foco central o tema“Shopping Centers no Brasil: osdesafios do crescimento”.

De acordo com Luiz AlbertoMarinho, da G S & BW –consultoria especializada emshopping center –, o eventoserá realizado em um momentooportuno, sendo abordadosvários assuntos da ordem dodia, entre eles os desafios parao crescimento do segmento noBrasil, além das questõesenergética e hídrica. “São

ameaças complicadas para osetor”, comentou ontem.

Promovido pelo Grupo deLíderes Empresariais (Lide), emparceria com o Lide Comércio,sob o comando de MarcosGouvêa de Souza, o Fórumacontece em meio às mudançasdo mercado, que entre os anosde 2006 a 2014 viu saltar aquantidade de shoppings, de351 para 519, ou seja,crescimento de mais de 47%.Segundo dados da AssociaçãoBrasileira de Shopping Centers(Abrasce), hoje são mais de 13milhões de metros quadradosde área bruta locável (ABL). /Camila Abud

N OTA S

● O Carrefour incrementará osortimento das padarias dasunidades de Interlagos, em SãoPaulo (SP), e do SorocabaShopping, no interior do estado.A partir deste mês, os clientesdessas lojas poderão encontrarPastel de Belém e Torta Folhadade frutas dentre outras opçõesde fabricação própria, antecipoua rede supermercadista, ao DCI.Os produtos serãocomercializados a quilo, nas duasunidades./ Da Redação

● A marca Jorge Alex acaba dereestruturar seu canal dee - c o m m e rc e , que passa a seroperado pela Z att i n i – n o vaplataforma de comércioeletrônico focada em moda el i f e st y l e , lançada em dezembropela Netshoes. Agora, a marca

de calçados disponibiliza seuportfólio de sapatos e acessóriosna loja on-line em todo o territórionacional. /Da Redação

● A Dufry repaginou o seu site dereservas para produtos dutyfree. Com a mudança, os mais de600 mil visitantes mensais do sitepoderão contar com umaplataforma mais atrativa edinâmica na hora de consultar ereservar produtos antes de suasviagens internacionais no Brasil. Opróximo passo da empresa é areformulação do aplicativo parasmar tphone, além do sistema paraiPhone e o lançamento paraAndroid./ Da Redação

● Até o dia 8 de fevereiro, aexposição Playmobil Shopping

Parade, que comemora os 40anos do brinquedo, estará noComplexo Tatuapé, na zona lesteda capital paulista (SP). Crianças eadultos podem conferir diversosmodelos da linha em tamanhoampliado. Eles estão espalhadospelos corredores do ShoppingMetrô Tatuapé e Shopping MetrôBoulevard Tatuapé e trazemmensagens de incentivo e de boaspráticas ambientais e sociais aosconsumidores./Da Redação

D I V U L G AÇ ÃO

PONTO A PONTO

1. Problemas.Não é a primeira vez que oPaís passa por problemascom energia elétrica.

2. Consumo.Hoje os shoppingsrepresentam 1,5% doconsumo energético do País.

3. Gasto.O gasto com energiarepresenta de 25% a 40%dos custos fixos da operação.

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