CEPLAM - CENTRO DE ESTUDOS e PESQUISAS ......Fernando Collor: 1992 e Dilma Rousseff: 2016). O país...
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CEPLAM - CENTRO DE ESTUDOS e PESQUISAS
LITEERÁRIAS ACADÊMICOS MAÇÔNICOS
(Só não é membro quem não quer)
www.ceplam.com.br www.maconariaparatodos.com.br [email protected] [email protected] Por que sou Franco-Maçom ? Porque sou livre e de bons costumes, porque me subjuga o amor, porque me absorve a beleza, porque me emociona a liberdade, porque vou atrás da justiça e aspiro a felicidade da Humanidade. E a satisfação de tão elevados ideais só se encontra no seio da Franco Maçonaria.
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A república idealizada por Maçons O que deu errado?
Data: novembro 22, 2019 Autor: zehfilardo1 Comentário Eduardo Albuquerque Rodrigues Diniz M∴ M∴ ***
Completados cento e trinta anos de proclamada, a
república brasileira parece ainda estar em processo
de estabilização, e surgem muitos questionamentos
sobre sua legitimidade e o compromisso no trato da
coisa pública (res publica) que merecem reflexão,
especialmente depois das diversas manifestações nas
redes sociais questionando a proclamação da
república e o fato de não haver nada para comemorar.
Considerando ainda a celebração pela adoção do atual
Pavilhão Nacional em substituição à Bandeira Imperial.
Ao longo dessas treze décadas foram promulgadas e
outorgadas seis Constituições Federais (1891, 1934,
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1937, 1946, 1967, considerando a Emenda de 1969 e
1988) e o país passou por nove moedas, com diversas
desvalorizações (Réis: até 1941, Cruzeiro: 1942,
Cruzeiro Novo: 1967, Cruzeiro: 1970, Cruzado: 1986,
Cruzado Novo: 1989, Cruzeiro: 1990, Cruzeiro Real:
1993 e Real: julho de 1994).
Importante observar que a república foi proclamada
através de um golpe militar em 1889, que se estendeu
até 1894 nas mãos dos Marechais Deodoro da Fonseca
e Floriano Peixoto, e que só findou com a eleição de
Prudente de Morais, e depois advieram outros cinco
períodos de intervenção militar (1930 a 1934 –
Revolução de 30, 1937 a 1945 – Estado Novo, 1945 –
Min. José Linhares na Presidência do STF e do
Executivo por convocação das Forças Armadas, 1955
– Movimento 11 de Novembro e 1964 a 1985 – Ditadura
Militar). Nove presidentes não iniciaram ou concluíram
seus mandatos por crises políticas ou golpes (Deodoro
da Fonseca: 1891, Washington Luís: 1930, Júlio
Prestes: 1930, Getúlio Vargas: 1945 e 1954, Carlos Luz:
1955, Jânio Quadros: 1961, João Goulart: 1964,
Fernando Collor: 1992 e Dilma Rousseff: 2016).
O país passou por diversas revoltas e viu a formação
de guerrilhas como a Revolta da Armada: 1892 a 1894,
a Revolução Federalista: 1893 a 1895, Revolta de
Canudos: 1893 a 1897, Revolta da Chibata: 1910,
Guerra do Contestado: 1912 a 1916, Revolta dos
Dezoito do Forte: 1922, Coluna Prestes: 1923 a 1925,
Revolução de 1930, Revolução Constitucionalista:
1932, Intentona Comunista: 1935, Luta Armada: 1965 a
1972.
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Trinta e um (31) presidentes da república não foram
eleitos diretamente, considerando a posse de interinos
e também eleições marcadas por fraudes eleitorais e
pelo controle das oligarquias e do coronelismo
(Deodoro da Fonseca: 1889, Floriano Peixoto: 1891,
Prudente de Morais: 1894, Campos Sales: 1898,
Rodrigues Alves: 1902, Afonso Pena: 1906, Nilo
Peçanha: 1909, Hermes da Fonseca: 1910, Venceslau
Brás: 1914, Rodrigues Alves: 1918, Delfim Moreira:
1918, Epitácio Pessoa: 1919, Arthur Bernardes: 1922,
Washington Luís: 1926, Júlio Prestes: 1930, Getúlio
Vargas: 1930, José Linhares: 1945, Café Filho: 1954,
Carlos Luz: 1955, Nereu Ramos: 1955, Ranieri Mazilli:
1961, João Goulart: 1961, Castelo Branco: 1964, Costa
e Silva: 1967, Garrastazu Médici: 1969, Ernesto Geisel:
1974, João Figueiredo: 1979, Tancredo Neves: 1985,
José Sarney: 1985, Itamar Franco: 1992 e Michel
Temer: 2016).
Merece destacar que somente nove presidentes
podem ser considerados eleitos pelo voto popular livre
e sem dúvidas no processo eleitoral, sendo que dois
sofreram impeachment (Fernando Collor: 1992 e Dilma
Rousseff: 2016) e dois terminaram seus mandatos
antes do tempo Getúlio Vargas: 1950 (suicídio) e Jânio
Quadros: 1960 (renúncia). Apenas quatro presidentes
da república eleitos pela via direta puderam exercer
seus mandatos integralmente: Eurico Gaspar Dutra
(eleito em 1945), Juscelino Kubitschek (1955),
Fernando Henrique Cardoso (1994 e 1998) e Luiz Inácio
Lula da Silva (2002 e 2006). No momento, Jair
Bolsonaro exerce o mandato de presidente, tendo sido
eleito em 2018.
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Foram oito presidentes presos por motivos políticos,
por acusação e ou por condenação pelo cometimento
de crimes: Hermes da Fonseca em 1922, Washington
Luís em 1930, Arthur Bernardes em 1932, Café Filho em
1955, Jânio Quadros em 1968, Juscelino Kubitschek
em 1968, Luiz Inácio Lula da Silva em 2018 e Michel
Temer em 2019.
Deve ser registrado que as manifestações sobre a
república apareceram no Brasil ainda no período
colonial antes mesmo da influência da Independência
dos Estados Unidos da América (1786) e Revolução
Francesa (1789), ou das revoltas no solo brasileiro
colonial com a Conjuração Mineira (1789), Conjuração
Carioca (1794) e Conjuração Baiana (1798-1799),
como lembra a historiadora e cientista política, Heloisa
STARLING (2018), referindo-se ao Frei Vicente do
Salvador, que já em 1630 afirmou que “nenhum homem
nesta terra é repúblico, nela zela, ou trata do bem
comum, senão cada um do bem particular”.
As expressões republicanas no final do século XVIII
construía na Terra Brasilis mais um sentimento
antimonárquico, de liberdade da colônia e de
independência que propriamente de melhor trato da
coisa pública. No comentário do professor de
Sociologia Alexandro Trindade, da UFPR (ISTOÉ,
2007), sobre a hipótese sustentada pelo historiador
José Murilo de Carvalho de que o provo assistiu
“bestializado” à proclamação da república, afirma que:
“Foi um movimento de intelectuais e militares
descontentes com a atenção que o Império dedicava a
eles próprios”.
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Na mesma matéria publicada pela Revista ISTOÉ na
data do 118º aniversário da proclamação, reconheceu
o presidente da OAB-Paraná, Alberto de Paula
Machado, as dificuldades institucionais brasileiras,
mas seguia acreditando que a República brasileira
está se aprimorando, e afirmou que o país tem “um
nível de democracia (…) com perspectivas boas de
futuro. O que não melhora é o cuidado com a coisa
pública” e cita as privatizações feitas no governo
Fernando Henrique Cardoso e as denúncias do
“mensalão”, na gestão Lula.
O futuro, entretanto, reservava para a nação mais
escândalos somados a um mal maior, que foi a divisão
do país em proporção nunca dantes vista por motivos
ideológicos. Assim, a república nascida de um golpe
militar, sem a participação popular, com o ilusório
objetivo de que com a mudança do regime faria o país
ingressar na modernidade, que não se confirmou,
percebe, mais de um século depois, que nunca
conseguiu estabilidade como demonstrado no início
deste texto, e que gradativamente se afastou dos seus
princípios fundadores (ordem, progresso, liberdade,
igualdade e fraternidade).
Os mencionados princípios republicanos estão
interligados com os ideais maçônicos. Segundo o
Portal do Grande Oriente do Brasil[1], a Maçonaria é
uma instituição filosófica, que “investiga as leis da
natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da
ética pura”; filantrópica e educativa porque cultiva o
aclassismo, “não está constituída para obter lucro
pessoal de nenhuma classe, e procura conseguir a
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felicidade dos homens por meio da elevação espiritual
e pela tranquilidade da consciência”; e progressista
pois “acredita na imortalidade e da crença em um
princípio criador regular e infinito, não se aferra a
dogmas, prevenções ou superstições”. A Ordem
maçônica tem como princípios “a liberdade dos
indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles
instituições, raças, nações; a igualdade de direitos e
obrigações dos seres e grupos sem distinguir a
religião, a raça ou nacionalidade; a fraternidade de
todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo
CRIADOR e, portanto, humanos e como consequência,
a fraternidade entre todas as nações”, defendendo a
humanidade e a democracia.
“Ciência, Justiça e Trabalho” é o lema da Maçonaria
brasileira, pois tem-se “a ciência, para esclarecer os
espíritos e elevá-los; justiça, para equilibrar e
enaltecer as relações humanas; e trabalho por meio do
qual os homens se dignificam e se tornam
independentes economicamente. Em uma palavra, a
Maçonaria trabalha para o melhoramento intelectual,
moral e social da humanidade”. O objetivo da
instituição é “a investigação da verdade, o exame da
moral e a prática das virtudes”, e tem por dever “o
respeito e os direitos dos indivíduos e da sociedade”,
como a propriedade, mas também de proteger e servir
aos nossos semelhantes. Enfim, a Maçonaria resume o
dever do homem assim: ‘Respeito a Deus, amor ao
próximo e dedicação à família’. Em verdade, essa é a
maior síntese da fraternidade universal” (Portal do
GOB).
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No contexto histórico nacional estão os Maçons como
protagonistas dos três principais eventos do século
XIX, participando da fundação do Brasil independente,
como também da Abolição da Escravidão e da
proclamação da república. Muitas vezes a instituição
Maçonaria é citada como partícipe nos eventos
políticos brasileiros ocorridos no século XIX,
entretanto, a sua presença ocorre mais pela iniciativa
de cada homem que fazia parte desta distinta Ordem e
sua influência social, do que por atividade institucional.
Inicialmente, os Maçons participaram efetivamente de
todo o processo de independência envolvidos por dois
dos principais protagonistas do movimento, José
Bonifácio de Andrada e Silva e Joaquim Gonçalves
Ledo eram Maçons e organizaram desde o Dia do Fico
até a Coroação de D. Pedro de Alcântara Bragança e
Bourbon como Imperador do Brasil. Entre esses
eventos foi fundado o Grande Oriente Brasílico (do
Brasil) e foi realizada a iniciação do Príncipe D. Pedro
na recém-criada Ordem nacional. Ensina Castellani
(1973) que:
A Independência do Brasil era a meta específica dos
fundadores do Grande Oriente e logo todos eles
dedicaram-se a consegui-la, embora o processo
emancipador, nos meios maçônicos já tivesse sido
iniciado antes de 17 de junho de 1822. Na realidade, o
primeiro passo oficial dos Maçons, nesse sentido, foi o
Fico, de 9 de janeiro, o qual representou uma
desobediência aos decretos 124 e 125, emanados das
Cortes Gerais portuguesas e que exigiam o imediato
retorno do príncipe a Portugal, […].
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Por ocasião da independência do Brasil foi
considerada a proposta de José Bonifácio pela adoção
da Monarquia como forma de governo, afastando a
sugestão de Gonçalves Ledo, mas com adesão deste,
cuja finalidade era de gerar na população brasileira o
sentimento de nacionalidade, de patriotismo, de
civismo, a identidade nacional e principalmente manter
a unidade do território em torno da figura do
Imperador, e assim todos esses objetivos foram
construídos por uma elite política imperial. Ao
contrário, a América espanhola formou diversas
repúblicas.
O Maçom José Bonifácio ainda apresentou para o país
em formação proposta de Abolição da Escravidão junto
à Assembleia Constituinte em 1823, mas nunca foi
debatida ou contestada, tendo sido ignorada (SENADO
FEDERAL, 2012), e ao final houve vitória dos interesses
escravagistas, colocando o Patriarca do Brasil no
ostracismo, e mantendo a liberdade incondicional fora
da Constituição do Império. Durante todo o Segundo
Império a campanha de libertação dos escravos foi
lenta e gradual com a adoção de várias leis
abolicionistas, uma vez que os parlamentares do
período eram grandes latifundiários e proprietários do
elemento servil, termo usado pelo Monarca para
identificar os que não tinham liberdade, mas sem
mencionar os termos cativos ou escravos.
Os preceitos maçônicos relacionados à abolição da
escravidão se concretizaram em 1850 com a Lei
Eusébio de Queiroz que proibiu o tráfico e tornou ilegal
a importação de cativos. Eusébio de Queiroz era
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Ministro da Justiça e Maçom, cuja iniciativa inaugurou
uma série de quatro importantes leis. Em 1871 adveio
a Lei do Ventre Livre, proposta pelo Maçom José Maria
da Silva Paranhos, Visconde do Rio Branco,
incentivado pelo discurso do Imperador D. Pedro II em
1867. A segunda lei abolicionista foi dos Sexagenários
proposta pelo Ministro e Senador liberal Manuel Pinto
de Sousa Dantas, em 1884, mas só foi aprovada em
1885 com emendas, como a que aumentar o limite de
idade do cativo a ser liberto de sessenta para sessenta
e cinco anos, por isso a Lei dos Sexagenários libertava
apenas com 65 anos. Essa lei ficou conhecida também
por Saraiva-Cotegipe em referência aos dois membros
do gabinete ministerial do Império, o liberal
Conselheiro José Antônio Saraiva[2] e o conservador
Barão de Cotegipe, João Maurício Wanderley, que a
apoiaram.
A Lei Aurea foi o documento legislativo decisivo que
contou com a colaboração da Princesa Isabel do Brasil
que, diante da Assembleia Geral, na Fala ao Trono no
início de 1888 pediu a extinção do elemento servil no
Brasil, como forma de atender o espírito cristão e
liberal das instituições brasileiras. A proposta de
abolição da escravidão foi apresentada pelo ministro
da Agricultura da época, o Maçom Rodrigo Augusto da
Silva, em 8 de maio de 1888 e foi votada nas duas casas
em cinco dias, sendo que no dia 13 de maio foi assinada
pela Princesa Regente Isabel e pelo propositor da
norma. Assim, segundo D’Albuquerque (1970):
A libertação dos escraveos no Brasil, foi, não há como
negar, iniciativas de maçons, um empreendimento da
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Maçonaria. A Maçonaria, cumprindo sua elevada
missão de lutar pela reivindicação dos direitos do
Homem […]. Aí estão os fatos para confirmar nossa
assertiva. Basta ver a predominância extraordinária de
maçons entre os que pelejaram para que
desaparecesse do Brasil a vexatória mancha da
escravidão.
D’Albuquerque (1970) cita ainda vários Maçons que
direta ou indiretamente também participaram da
extinção da escravidão no Brasil: Nabuco de Araújo,
José do Patrocínio, Luiz Gama, Joaquim Nabuco, João
Alfredo, Quintino Bocaiúva, Rui Barbosa, Teófilo Ôtoni,
Saldanha Marinho, Luis May, Chicorro da Gama,
Pimenta Bueno (Marquês de São Vicente), Sousa
Franco, Tristão de Alencar, Tôrres Homem, Francisco
Otaviano, Figueira de Melo, Cristiano Ôtoni, Sinimbu,
Jerônimo Sodré, Barros Pimentel, Nicolau Moreira
(Presidente da Sociedade Brasileira contra
Escravidão), Lopes Trovão, Castro Alves, Ubaldino do
Amaral, João Ferreira, Serpa Júnior, André Rebouças,
Paula Brito e Montezuma, dentre outros,
demonstrando a contribuição dos homens que fazem
parte da Maçonaria neste importante ato de cidadania
nacional.
Dezoito meses depois da Abolição adveio a república,
com a participação ativa de muitos dos Maçons acima
citados. A mudança do sistema de governo
permaneceu por muito tempo presente nos debates
nacionais entre brasileiros e portugueses, liberais e
conservadores, republicanos e monarquistas, mas
sem que efetivamente fosse implementada. Destaque-
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se que durante o 2º Reinado foi fundado o partido
republicano paulista em 1873, após a Convenção de
Itu. A república simbolizava um rompimento com o
antigo regime, era entendido como um ingresso na
modernidade, deixando o Brasil ao lado dos Estados
Unidos (1789), França (1792) e todas as repúblicas
vizinhas da América Latina.
Além disso, a Monarquia no final do século XIX
carregava o ranço do absolutismo, e simbolizava a
desigualdade entre as pessoas, não sendo admitida a
existência de membros da realeza e nobreza com
privilégios garantida pelo simples fundamento do
nascimento. A república era a alternativa que
apresentava um rompimento com esse antigo regime,
pois em tese, defendiam os republicanos, garantia a
qualquer pessoa a possibilidade poder chegar ao
poder pelo voto.
Some-se ao fundamento teórico que sustentava a
defesa pela mudança de sistema no Brasil as questões
religiosa, militar e abolicionista, surgidas nos últimos
anos da Monarquia, que influenciaram
consideravelmente na sua deposição. Cada uma delas
ao seu tempo foi diminuindo o apoio de importantes
setores sociais ao Imperador. Resumidamente, na
primeira questão, os membros da igreja católica se
sentiram preteridos pelo Imperador por interferir nos
seus assuntos e vetar decisões do Vaticano[3]. Os
militares queriam participar mais da política brasileira
após a Guerra do Paraguai, mas o regime Monárquico
não abria espaço para esta participação. Muitos
fazendeiros, possuidores de grandes investimentos
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que envolviam mão-de-obra escrava, não ficaram
satisfeitos com a abolição e também passaram a fazer
oposição ao regime monárquico. O Imperador após a
extinção da escravidão ficou politicamente isolado,
sem qualquer apoio.
Certamente a república teria sido muito bem-vinda ao
Brasil se à época ela tivesse realmente vencido
aqueles homens que corrompiam as instituições, e os
motivos para adoção do novo regime fossem legítimos
e com participação popular. Todavia, ao contrário,
foram vitoriosos os oligarcas, grandes latifundiários e
aqueles que tinham sua economia baseada na
manutenção da escravidão, que passaram a ver na
figura do Imperador D. Pedro II e da futura governante,
a Princesa Isabel do Brasil, empecilho para seus
interesses[4], ou seja, “tudo deve mudar para que tudo
fique como está”[5], e não houve concordância do
povo, que apenas observaram tudo. Ademais, a
ausência da participação e ciência do povo na
proclamação da república gerou suspeição de
legitimidade, tanto que foi realizado em 1993 um
plebiscito[6] programado na Constituição de 1988, em
que foi escolhida a forma de governo republicano e
sistema presidencialista, e vencidos a Monarquia e o
Parlamentarismo.
O que causa espécie é o fato do Imperador ter caído
por ser culto, como pode ser observado em trecho da
ata que registra a posse de Marechal Manuel Deodoro
da Fonseca, publicado no Boletim do Grande Oriente
do Brasil em 1890, em que se destaca o comentário do
Orador (págs. 10-11):
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Não cahio a Monarchia por ser tyrannica, nem
oppressora; porém, sim, porque todas as instituições
que deviam concorrer para mante-la, foram
estragadas pelos homens que audazmente galgaram
as mais elevadas posições, sem outro merecimento
senão — ou a ambição que cega, ou o patronato que
avilta.
Se me fosse permittido biographar n’este momento a
vida do ex-Imperador, eu chegaria, sem receio de
coutestação séria, a afirmar que muito deve este Paiz
ao seu dedicado e extremoso amor de filho, e que se
peccou foi por fraqueza de seu espirito, antes
preparado para as disputas scientificas, que exigem só
o concurso da razão; do que para as lutas de governo,
que exigem o concurso da vontade, que quer e sabe
querer. (SIC)
Pedro II não foi um político, nem poderia ser pelo fato
de exercer o Poder Moderador, seu reinado não era
tirânico ou opressor. Todavia, ele não se submeteu a
ambição cega e ao aviltante patronato, nem se
conformou com a situação dos escravos, por isso
gradativamente promoveu a libertação dos mesmos,
na velocidade e dentro das possibilidades que o
estamento burocrático[7] do período permitia, pois
infelizmente essas péssimas práticas continuaram
com o advento do novo regime, uma vez que boa parte
dos políticos e grupos influentes que derrubaram a
Monarquia, continuaram atuando na república.
Tanto é que os homens livres e de bons costumes que
contribuíram para a substituição da forma de governo,
gradativamente foram afastados dos negócios do
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Estado ou se arrependeram. Pode-se citar como
exemplo José do Patrocínio que foi deportado para o
Amazonas por Floriano Peixoto em 1892 após editar
matéria jornalística que criticava seu governo
ditatorial. Outros também manifestaram
descontentamento como Quintino Bocaiúva e
Benjamin Constant aos quais atribuem as frases, na
internet:
Só volto ao senado para pedir perdão a Deus pelo que
fiz para que viesse essa república; e admiro que o povo
ainda não tenha cortado a cabeça de quanto
cometemos o tão funesto erro. (Quintino Bocaiúva)
Não era essa a república com que eu sonhava.
(Benjamin Constant)
A Rui Barbosa é atribuída a frase: “Majestade me
perdoe, não sabia que a república era isto”,
amplamente divulgada na rede de alcance mundial,
mas também sem indicação da fonte, gerando dúvida
quanto ao momento em que as palavras foram dirigidas
ao Monarca no exílio. Em outro momento, Rui Barbosa
fez a mea culpa, quando em discurso em 17 de
dezembro de 1914 no Senado declarou[8]:
(…) De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver
prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos
maus, o homem chega a desanimar da virtude, a ter
vergonha de ser honesto. Essa é a obra da república
nos últimos anos. No outro regime (a monarquia) o
homem que tinha certa nódoa em sua vida era um
homem perdido para todo o sempre – as carreiras
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políticas lhe estavam fechadas. Havia uma sentinela
vigilante, de cuja severidade todos se temiam a que,
acesa no alto, guardava a redondeza, como um farol
que não se apaga, em proveito da honra, da justiça e
da moralidade gerais.
Na República os tarados são os tarudos. Na República
todos os grupos se alhearam do movimento dos
partidos, da ação dos Governos, da prática das
instituições. Contentamo-nos hoje com as fórmulas e
aparência, porque estas mesmo vão se dissipando
pouco a pouco, delas quase nada nos restando. (…)
E nessa destuição geral das nossas instituições, a
maior de tôdas as ruínas, Senhores, é a ruína da
justiça, colaborada pela ação dos homens públicos,
pelo interêsse dos nossos partidos, pela influência
constante dos nossos Governos. E nesse
esboroamento da justiça, a mais grave de tôdas as
ruínas é a falta de penalidade aos criminosos
confessos, é a falta de punição quando se aponta um
crime que envolva um nome poderoso, apontado,
indicado, que todos conhecem, mas que ninguém tem
coragem de apontá-lo à opinião pública, de modo que
a justiça possa exercer a sua ação saneadora e
benfazeja. (…)
A sentinela qual um farol era justamente o Imperador
D. Pedro II, com seu caderninho preto onde anotava
com o lápis fatídico os nomes daqueles, que por
atitudes indignas, não deveriam mais pertencer a
cargos de governo (PEREIRA, 2000).
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Outra frase muito lembrada de Rui Barbosa é a de que
“o parlamento no Império era uma escola de
estadistas, na república uma praça de negócios”, sem
registro conhecido, mas que pode ser compreendida
como um resumo ou adaptação de trecho[9] que faz
parte de Conferência em 1919. E no mesmo ano, Rui
Barbosa tece elogios sobre o período monárquico:
O regime constitucional, na Monarquia, tinha, entre
nós, dois largos pulmões, o parlamento e a imprensa,
por onde a vida nacional se oxigenava livremente. O
nome do Senado não desdizia, ali, das tradições da
majestade antiga, não repugnava as grandezas
consulares da casa de Cícero e Catão. A tribuna
legislativa era gloriosa arena, onde as ideias e as
virtudes se batiam pelas aspirações da honra e do
civismo. (Obras Completas de Ruy Barbosa. V. 46, t. 1,
1919. p. 21).
Os presidentes maçons que assumiram a chefia do
Poder Executivo na velha república não conseguiram
vencer a nefasta forma de fazer política existente no
país durante cada um de seus mandatos e não tiveram
paz em seus governos, e por isso não se pode afirmar
que eles tiveram as condições adequadas para
implementar seus conhecimentos e comportamentos
maçônicos, o país estava em convulsão desde a
derrubada do antigo regime. Deodoro destituiu o Poder
Legislativo e renunciou diante das pressões de eclosão
da Revolta da Armada. Floriano, enfrentou diversas
rebeliões e lançou uma ditadura com estado de sítio.
Prudente, sofreu atentado e deparou-se com a Revolta
de Canudos, um genocídio nacional. Sales, deparou-se
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com as exigências da oligarquia, com a formação da
política do café-com-leite e instituição do coronelismo.
Peçanha, assumiu com o falecimento de Afonso Pena,
tendo sido registrada na sua gestão agitação política
provocada pela oposição. Hermes, encarou a Guerra
do Contestado e Revolta da Chibata. Brás, conseguiu a
pacificação dos conflitos nacionais, como a Revolta
dos Sargentos (1915) e enfrentou as greves em 1917,
mas foi envolto na crise da 1ª Guerra Mundial (1917).
Delfim, deparou-se com greves e problemas sociais.
Washington, foi deposto e exilado pela Revolução de
1930.
Depois da velha república, ainda assumiram a
presidência três Maçons. Na década de 50, sucederam
a Getúlio, Café Filho, que fez cortes nas despesas do
governo e contenções no crédito, mas adoeceu e foi
impedido pelo Congresso, e Ramos, que governou sob
estado de sítio até o início do mandato de Juscelino
Kubitschek. E Jânio Quadros, que embora eleito com a
maior votação até então obtida no Brasil, renunciou em
1961, com 206 dias de exercício do mandato, alegando
que “forças terríveis” se levantaram contra seu
governo (ANDRADE, 1985) e deram início aos fatos que
ensejaram a quinta intervenção militar na república em
1964.
E o que deu errado? Na verdade, não é a forma ou o
sistema de governo adotado na Independência ou em
1889 que fez o país ser melhor ou pior, pois a questão
principal está nas pessoas que assumiram a
responsabilidade de gerir o país nos momentos
importantes para o desenvolvimento nacional.
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Ademais, não se pode afirmar que a manutenção da
Monarquia conduziria o país ao desenvolvimento e
resolução dos problemas nacionais por caminhos com
menos dificuldades.
De certo, os Maçons participaram de diversos
acontecimentos da história mundial, tiveram essencial
presença na Independência dos Estados Unidos da
América e adoção da república, sendo notório os
símbolos nas cédulas de dólar, nas cidades
construídas e nos monumentos erguidos, como a
Capital Washington D.C., bem como nos eventos que
envolveram a Monarquia britânica, como na restituição
dos Stuarts[10] ao trono após o término do governo de
Oliver Cromwell, a revolução Gloriosa, e o fato de ser o
Grão-Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra
membro da Família Real, o Duque de Kent, o Príncipe
Edward. Duas nações com diferentes sistemas, mas
que venceram suas dificuldades com a participação
dos Maçons.
A Maçonaria não tem preferência por formas de
governo ou de Estado, nem por sistemas de governo,
estimula os governos a serem democráticos e contra
toda forma de exploração e despotismo, sejam eles
políticos, econômicos ou intelectuais.
Difícil afirmar que todas as contribuições e
participações dos Maçons nas questões sociais e
políticas alcançaram os resultados pretendidos. Como
seres humanos todos podem realizar ações bem-
intencionadas, mas que não lograram o êxito
pretendido, assim como não há como evitar que más
atuações tenham sido praticadas, conscientes ou não,
20
pois errar é humano, e independe de ser iniciado ou
não. Todavia, sempre esquecem ao criticar os Maçons
e a Maçonaria das suas ações beneficentes e
altruístas, da contribuição que sempre deram pela
educação, na formação de jovens através de escolas
que ajuda a manter e das entidades paramaçônicas
(DeMolay, Filhas de Jó e Apejodistas), bem como de
órgãos de promoção da saúde pública, e essas ações
nunca cessaram.
Muitas vezes se atribui à Maçonaria as mazelas que se
vivencia na atualidade, todavia, não há qualquer
demonstração plausível que sustente a afirmação, até
mesmo porque houve muita deturpação das
informações e negação da história nacional, das
instituições e dos ícones históricos, daí ser necessário
resgatar a verdade, como também os adequados
valores e comportamentos e exaltar as boas ações dos
vultos nacionais. Até porque não é possível avaliar as
ações do passado como se pudessem ser mudadas, as
decisões tomadas no pretérito atenderam as
demandas de suas épocas. Em mídia produzida pela TV
GOB, pertencente ao Grande Oriente do Brasil, em
homenagem à proclamação da república, o Maçom
João Francisco Guimarães[11], Maçom, escritor e
historiador (GOB, 2019), conclui sua exposição com
um desabafo:
(…) a república acabou com o padroado, instituiu o
casamento, o registro de nascimento, teve um
ministério totalmente maçônico, começou a colocar o
país no trilho (…) A república continua sendo uma
grande dívida para os brasileiros e maçons. Até hoje a
21
república loteia este país com trinta e poucos partidos,
ministros de tudo que é qualidade, de má qualidade. E
a sorte é que tem algumas boas intenções. Isso é o que
acontece na república de hoje, 2016. (…)
Concluindo, é extremamente importante discutir a
história do Brasil, estudar com seriedade as diversas
interpretações e críticas sobre os fatos e eventos
históricos, especialmente para compreender a
Maçonaria, como se deu a participação de Maçons nos
episódios pátrios relevantes, em especial a
coexistência com a república, os objetivos que levaram
a esse protagonismo e as condições de aplicação dos
princípios e objetivos da Ordem maçônica, observando
as condutas de todos os agentes e gestores (Pedreiros
livres ou não) e o papel de cada agente na linha do
tempo. Essa reflexão torna possível identificar os
acertos e as falhas, como forma de deflagrar discussão
proativa sobre os caminhos a serem tomados pela
nação brasileira, principalmente depois das três
décadas de experiência republicana, com a
participação dos atuais Iniciados, sendo
imprescindível que não somente apoiem as mudanças,
mas também permaneçam integrados aos negócios
públicos, empregando suas condutas maçônicas.
NOTAS
[1] Consulte: https://www.gob.org.br/o-que-e-a-
maconaria/. As orientações da Maçonaria no Brasil
leva em consideração documentos e práticas
22
universais, como as Landmarks e a Constituição de
James Anderson.
[2] José Antônio Saraiva foi Presidente da Província do
Piauí entre 1850 e 1853 e mudou no ano de 1852 sua
capital de Oeiras para Teresina, que foi batizada com
esse nome em homenagem à Imperatriz Thereza
Cristina. Foi duas vezes Presidente do Conselho de
Ministros e chegou a ser escolhido pela terceira vez
pelo Imperador Pedro II no dia 15 de novembro de 1889
no lugar do Visconde de Ouro Preto, mas o fato sequer
foi reconhecido pois o Golpe republicano já havia sido
deflagrado.
[3] Destaca-se na questão religiosa o fato ocorrido na
década de 1870, depois que o Papa Pio IX enviou uma
bula que determinava, entre outras coisas, que todos
os católicos envolvidos com a maçonaria se
afastassem dela e em caso de recusa fossem
excomungados da Igreja. O Imperador D. Pedro II
defendeu os Maçons, especialmente porque alguns
membros da Ordem faziam parte de seu governo, e não
consentiu na perseguição determinada pelo Vaticano.
Todavia, os bispos do Rio de Janeiro, Olinda e Belém
preferiram acatar a orientação de Pio IX promovendo a
perseguição de maçons e a expulsão dos párocos
ligados a maçonaria. A desobediência acarretou na
prisão dos bispos de Olinda e Belém, e a questão
somente foi resolvida com a intervenção da Princesa
Isabel do Brasil, da missão do Barão de Penedo a
Roma, libertação dos clérigos e cessação tácita das
perseguições.
23
[4] A Princesa Isabel do Brasil em carta ao Visconde de
Santa Victória, sócio do Visconde de Mauá, datada em
11 de agosto de 1889, referia-se a pontos sensíveis no
período, comprovando sua intenção em indenizar os
libertos, fazer a reforma agrária e instituir o sufrágio
feminino, o que desagradava sobremaneira as elites
agropecuárias. Deve-se considerar também que
Príncipe consorte, ou seja o marido de D. Isabel, Conde
D’Eu, era francês e Maçom, e havia receio de ele
pudesse influenciar no futuro terceiro reinado.
[5] Frase famosa do príncipe de Falconeri, no livro O
leopardo, escrito por Giuseppe Tomasi di Lampedusa,
entre os anos de 1954 e 1957.
[6] O Decreto nº 01 do Governo Provisório da República
dos Estados Unidos do Brasil, de 15 de novembro de
1889, no art. 7º determinou que nenhum governo local
poderia ser “contrário à forma republicana”, mas
observou que os mesmos deveriam aguardar “como
lhe cumpre, o pronunciamento definitivo do voto da
nação, livremente expressado pelo suffragio popular”
(BRASIL, 1889). Esse pronunciamento definitivo
prometido no primeiro decreto do governo republicano
ocorreu 103 anos depois, através do plebiscito
previsto no art. 2º do Ato das Disposições
Constitucionais Transitórias da Constituição Federal
de 1988, marcado inicialmente para 7 de setembro,
todavia, sua realização foi antecipada para 21 de abril,
pela Emenda Constitucional nº 02, de 25 de agosto de
1992, o que gerou insatisfação das frentes defensoras
da Monarquia e do Parlamentarismo e
questionamentos por causa da antecipação da
24
votação, pois tiveram reduzido o tempo para se
organizarem, fazerem arrecadação de recursos
financeiros e para realização da campanha de
divulgação das propostas, favorecendo o status quo.
Enfim, permanece a suspeição sobre a consulta e
descrença quanto a forma e sistema de governo.
[7] Para Raimundo Faoro: “O estamento burocrático
comanda o ramo civil e militar da administração e,
dessa base, com aparelhamento próprio, invade e
dirige a esfera econômica, política e financeira. No
campo econômico, as medidas postas em prática, que
ultrapassam a regulamentação formal da ideologia
liberal, alcançam desde as prescrições financeiras e
monetárias até a gestão direta das empresas,
passando pelo regime das concessões estatais e das
ordenações sobre o trabalho. Atuar diretamente ou
mediante incentivos serão técnicas desenvolvidas
dentro de um só escopo. Nas suas relações com a
sociedade, o estamento diretor provê acerca das
oportunidades de ascensão política, ora dispensando
prestígio, ora reprimindo transtornos sediciosos, que
buscam romper o esquema de controle”.
[8] Obras Completas de Ruy Barbosa. V. 41, t. 3, 1914.
p. 86 e 87.
[9] Na Conferência, afirmou Rui Barbosa: A nação não
ouve o que dali se diz: porque o que dali se diz, não
tendo autoridade alguma, nenhum prestígio, nenhum
eco, nenhuma repercussão pode ter. Com govêrno
parlamentar as câmaras legislativas constituem uma
escola. Com o presidencialismo, uma praça de
negócios. O segrêdo, que agora já se quer banir, até,
25
da diplomacia, é a essência do govêrno interno sob as
nossas instituições. (Obras Completas de Ruy
Barbosa. V. 46, t. 1, 1919. p. 142).
[10] Os Stuarts e seus defensores exilados na França
receberam apoio dos Maçons para retornarem à
Escócia, coroarem Charles Stuart como Rei escocês e,
depois da morte de Oliver Cromwell, voltarem para a
Inglaterra e também como rei inglês, restaurando a
monarquia.
[11] A gravação foi produzida em 2016 pela TV GOB.
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26
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*** Eduardo Albuquerque Rodrigues Diniz
M∴ M∴ da Aug∴ Resp∴ Loj∴ Simb∴ Liberdade
Teresinense nº 1.314
Oriente de Teresina, 21 de novembro de 2019 da E∴V∴