Cerâmica Tupiguarani

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO CENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS BACHARELADO EM ARQUEOLOGIA A Cerâmica Tupiguarani Gisele Costa Lucio Oliveira Roseane Figueredo Seminário Maio/2012

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Page 1: Cerâmica Tupiguarani

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCOCENTRO DE FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS

BACHARELADO EM ARQUEOLOGIA

A Cerâmica Tupiguarani

Gisele CostaLucio Oliveira

Roseane Figueredo

SeminárioMaio/2012

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Introdução (A Tradição Tupiguarani); Descrição; Subtradições; Rotas Migratórias; Onde são encontradas; Cronologias; Conclusão; Créditos; Referências Bibliográficas.

Sumário

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A Tradição Tupiguarani é fruto de uma relação complexa entre dois tipos de classificações, uma linguística e outra cerâmica, que tem origem na história da pesquisa etnográfica do país. Trata-se de uma classe cerâmica, que coincide com as primeiras classificações etnográficas feitas em torno dos grupos étnicos Tupi e dos grupos Guarani.

IntroduçãoA Tradição Tupiguarani

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Em termos gerais, a cerâmica Tupiguarani caracteriza-se por estar confeccionada por técnica acordelada, ou seja, pelo superposicionamento de roletes ou cordões de barro, formando paredes grossas em relação ao tamanho do vasilhame. Outro traço característico era a utilização da unha ou da impressão digital para a decoração das peças. Cozimento a fogo redutor ou incompleto que produz uma banda escura ou acinzentada entre os lados interno e externo, mais claros, é facilmente observável nos cacos de peças fragmentadas. Os aditivos ou antiplásticos consistem em caco moído, areia fina ou grossa e grânulos de argila. Podem estar também ausentes por desnecessário, quando as impurezas naturais incorporadas à argila dão à mesmas suficiente plasticidade.Não se observa na cerâmica Tupiguarani o uso de espongiários (cauxi) nem de cariapé como antiplasticos, aditivos amplamente usados na Amazônia.

As formas comuns oscilam muito de tamanho, registrando-se desde pequenos vasos de 10cm de diâmetro a grandes alguidares de 70 - 80 cm, com alguns ultrapassando um metro de diâmetro. Há formas fechadas, porém predominam as abertas de paredes baixas, retas ou carenadas, com fundos planos ou suavemente curvos, as bocas são circulares, elípticas, retangulares ou quadrangulares.

Descrição

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Confecção – As cerâmicas eram confeccionadas pela técnica de acordelamento e cozimento incompleto.

Pasta – Apresenta a presença de grãos de cerâmica moída, tradição atribuída a fatores culturais e também acompanhada de grãos de areia de dimensões variáveis.

Tratamento de superfície – Alguns dos tratamentos mais utilizados era a alisada, corrrugada e ungulada.

Descrição

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Decoração – Eram aplicadas pinturas interna e externa; linhas finas e faixas mais largas em vermelho e (ou) castanho, desenhadas sobre um fundo branco ou bege; linhas finas as vezes acompanhada por linhas de ponto e desenhos de padrões geométricos como ziguezague, paralelas, círculos, quadrados, cruzes concêntricas e gregas, raramente pinturas monocromáticas.

Descrição

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Morfologia - Tigelas em forma de calota de esfera e vasos esferoides com borda extrovertida, ausência de alça e asas.

Descrição

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Na Tradição Tupiguarani ficaram estabelecidas as seguintes subtradições: Pintada – Caracteriza-se no conjunto cerâmico pela predominância da decoração

pintada sobre as decorações corrugada. Tratava-se da mais antiga das subtradições identificadas.

Subtradições

Fragmento cerâmico proveniente de aterro do bairro do Recife Antigo (Av. Alfredo Lisboa).

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Corrugada – Caracteriza-se pela predominância da cerâmica com decoração corrugada sobre as decorações pintada e escovada. Essa subtradição é mais recente que a subtradição pintada.

Subtradições

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Escovada – Caracterizada pela predominância da cerâmica com decoração escovada sobre as decorações corrugada e pintada. Pelas informações, trata-se da subtradição mais recente, localizada ao norte do Paraná. A sua ausência em outras áreas significaria que essa subtradição seria recente, sem tempo de difundir-se.

Assim, durante o PRONAPA, a partir das sequências seriadas dos tipos cerâmicos definidos, foram estabelecidas as fases da Tradição Tupiguarani, definidas as subtradições e identificada a sua distribuição por áreas geográficas de acordo com os sítios pesquisados.

Subtradições

Cerâmica utilitária (urna)

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Uma das migrações dirigiu-se primeiramente ao leste, até a costa atlântica, de onde uma parte subiu para o norte até a desembocadura do Amazonas, remontando este rio e seus tributários, e outra desceu até o sul pela costa. Outra rota havia descido pelo Paraná até o rio da Prata. (Brochado, 1973b:10)

Rotas Migratórias

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Subtradição da região leste e Nordeste

- Tratamento da superfície

A maior parte das vasilhas é decorada, predominando a decoração decorada, predomina a pintura policromica, o ungulado, o entalhado na borda e o canelado. A decoração é pouco frequente. As formas características mais populares são os pratos rasos e os alguidares ou tigelas de base plana ou aplanada, usualmente com o perímetro da borda oval ou quadranguloide, que podem atingir ate 55 cm de diâmetro.

Subtradição da região sul

- Tratamento da Superfície

A maior parte das vasilhas é decorada predominando a decoração corrugada, com suas variantes, principalmente o corrugado-ungulado, e a pintura policromica. São vasilhas de contorno composto, carenadas, com pescoço e ombro bem marcados, perímetro da boca circular, bordas cambadas reforçadas externamente e bases arredondadas ou crônicas, q podem atingir ate 1 metro de altura e de diâmetro no máximo.

Onde são encontradas

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Considerando a cronologia das fases que constituíam as subtradições Pintada, Corrugada e Escovada, Brochado sugeriu que houve uma involução dentro da Tradição Tupiguarani. Quando se afirma que a subtradição Pintada seria mais antiga que a Corrugada e Escovada, se te chega a essa teoria pela identificação da propagação dessas subtradições por “ondas migratórias”. As datações mais antigas estavam no sul, e as mais recentes estavam a norte, concordando com o modelo original de Meggers e Métraux. Além disso, o resultado da seriação também concordava com as datas (Brochado, 1973b: 14- 15). As datas levaram Brochado a interpretar que houveram “distintas velocidades de dispersão e distintos momentos de partida”. Essas datas lhe permitiram interpretar que o intervalo entre as partidas não foi muito grande e, para explicar a dispersão de uma área tão vasta, propor que a “velocidade de propagação teve de ser muito alta”. Na subtradição Pintada o intervalo seria “mais lento”, de 300 e 400 anos, enquanto que nas demais subtradições o intervalo seria menor, com cerca de 200 anos.

Desde menos o sec. V da nossa Era ate, em alguns lugares, o final do sec. XIX; Feita por datação absoluta (C14 e TL) e sequência cronológica. (CLIO - Número III 1980)

 

Cronologias

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Conclusões

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Créditos

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Referências Bibliográfica