CERRADO Engº Florestal Léo Lince do Carmo Almeida Mestrando em Ecologia e Produção Sustentável.
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CERRADOCERRADO
Engº Florestal Léo Lince do Carmo Engº Florestal Léo Lince do Carmo AlmeidaAlmeida
Mestrando em Ecologia e Produção Mestrando em Ecologia e Produção SustentávelSustentável
CERRADO: IMPORTÂNCIA E CERRADO: IMPORTÂNCIA E OCUPAÇÃOOCUPAÇÃO
2 MILHÕES DE Km² ( Almeida Júnior 1993)
Área Nuclear – GO, TO, MT, MS, MG, DF , existindo áreas periféricas ou ecótonos que são transições com biomas, Amazônia, Mata Atlântica e Caatinga ( Eiten,
1993)
• 5% DA BIODIVERSIDADE MUNDIAL ( PIRES 1999)• 300 – 450 Espécies vasculares/ha
• 6 mil espécies lenhosa, 40% endêmicas – Hotspots
CERRADOCERRADO
CERRADOCERRADO
800 espécies de Aves180 Répteis113 Anfíbios
50% das Abelhas são endêmicasGrande variedades de peixes e insetos
( Biodiversidade 2000....)
CERRADO: OCUPAÇÃOCERRADO: OCUPAÇÃO
DÉCADA DE 60ABASTECEDOURO DE ARROZ E FEIJÃO.Pesquisa como fator de ocupação de
cerrado
DÉCADA DE 70Implementação da “Revolução Verde”
22 Milhões de ha de gramíneas exóticasMilho, soja, café, seringueira , hortaliças,
fruticulturas e produção de semente.
U.C.CERRADO ---- 1,5%
FLORESTA AMAZÔNICA---- 3,8%MATA ATLÂNTICA-----7%
( Henriques 2003)
Fitofisionomias do Bioma Fitofisionomias do Bioma CerradoCerrado
Campo LimpoCampo Limpo
É uma fitofisionomia herbácea, com raros arbustos e ausência completa de árvores.
Pode ser encontrado em diversas posições topográficas, com diferentes variações no grau de unidade, profundidade e fertilidade do solo.
É encontrado com mais frequência nas encostas, nas chapadas, nos olhos d´água, circundando as veredas e na borda das matas de galerias.
04/09/09
Campo LimpoCampo Limpo
Fonte: Cássia Beatriz Rodrigues Munhoz
Campo SujoCampo Sujo
É um tipo fisionômico exclisivamente herbáceo-arbustivo, com arbustos e sub-arbustos esparsos cujas plantas, muitas vezes, são constituídas por indivíduos menos desenvolvidos das espécies árboreas do cerrado sentido restrito.
A fitofisionomia é encontrada em solos rasos omo os Litólicos, Cambissolos ou Plintossolos Pétricos, eventualmente com pequenos afloramentos rochosos de pouca extensão ou ainda em solos profundos e de baixa fertilidade como os Latossolos de textura média, e as Areias Quatzosas
Campo sujoCampo sujo
Cerrado TípicoCerrado Típico
É um subtipo de vegetação predominantemente árboreo arbustivo, com cobertura árborea de 20 a 50% e a altura média de 3 a 6 metros.
Trata-se de uma forma comum e intermediária entre o Cerrado Denso e o Cerrado Ralo.
Ocorre em Latossolos Vermelho-Escuro, Vermelho-Amarelo, Cambissolos, Areia Quartzosas, Solos Litólicos ou Concrecionários, dentre outros.
Cerrado TípicoCerrado Típico
É um subtipo de vegetação predominantemente arbóreo-arbustivo, com cobertura de 50 a 70% e altura média de 5 a 8 metros.
Representa a forma mais densa e alta de Cerrado Sentido Restrito.
Os extratos arbustivos e herbáceos são mais ralos, provavelmente devido ao sombreamento resultante da maior densidade de árvores.
Ocorre principalmente nos Latossolos Roxo, Vermelho-Escuro, Vermelho-Amarelo e no Cambissolos, dentre outros.
Cerrado DensoCerrado Denso
Caryocar brasilienses pequi
Eugenia dysenterica cagaita
Qualea grandiflora martius pau-terra
Vochysia tuncanorum pau-doce
Espécies Arbóreas do Cerrado Espécies Arbóreas do Cerrado Denso / TípicoDenso / Típico
Annona crassiflora araticum
Terminalia brasiliense amendoim falso
Machaerium opacum jacarandá
Stryphnodendron barbatiman barbatimão
Brosimum mama-cadela
Espécies Arbóreas do Espécies Arbóreas do Cerrado Denso / TípicoCerrado Denso / Típico
CERRADO DENSO
VeredaVereda
É a fitofisionomia com a palmeira arbórea Mauritia flexuosa emergente, em meio a agrupamentos mais ou menos densos de espécies arbustivo-herbáceas.
São circundas por Campo Limpo, geralmente úmido, e os buritis não forma dossel, como ocorrem no buritizal.
Na vereda os buritis caracterizam-se por altura média de 12 a 15 metros e a cobertura varia de 5 a 10%.
São encontradas em solos Hidromórficos, saturados na maior parte do ano.
VeredaVereda
São as formações vegetais florestais que acompanham os veios ou cursos d`água.
É definida também como a vegetação florestal que acompanha as margens dos rios de médio e grande porte. Vista de cima, a vegetação seria o “cílio” e o rio o “olho”.
Mata CiliarMata Ciliar
Espécies Espécies ArbóreasArbóreas
Anadenanthera spp angicos
Apeiba tibourbou pau-de-jangada, pente-de-
macaco
Aspidosperma spp perobas
Celtis iguanaea grão-de-galoEnterolobium
contortisiliquum
tamboril
Inga spp Ingás
Sterculia striata chichá
Tabebuia spp ipêsAttalea speciosa babaçu
Cecropia embaúbas
Trema micrantha crindiúva
Triplaris gardneriana pajeú
Representam pouco mais de 5% da área do Cerrado. Possui dois subtipos (não-Inundável e Inundável).
É definida como sendo a vegetação florestal que acompanha os riachos de pequeno porte e córregos dos planaltos do Brasil Central, formando corredores fechados (galerias) sobre o curso de água.
Essas matas geralmente encontram-se encravadas no fundo de vales ou nas cabeceiras de drenagem onde os cursos de água ainda não escavaram o canal definitivo.
Mata de GaleriaMata de Galeria
MATA DE GALERIA
MATA DE GALERIA
Mata SecaMata SecaSão incluídas as formações florestais caracterizadas por diversos níveis de caducifolia durante a estação seca, dependentes das condições químicas, físicas e principalmente da profundidade do solo.
A Mata Seca não possui associação com cursos de água, ocorrendo nos interflúvios em solos geralmente mais ricos em nutrientes.
Em função do tipo do solo, da composição florística e, em consequência da queda de folhas no período seco, a Mata Seca pode ser de três subtipos: Mata Seca Sempre-Verde, Mata Seca Semidecídua e Mata Seca Decídua.
Mata SecaMata Seca
Pode ser encontrada em solos desenvolvidos em rochas básicas de alta fertilidade (Terra Roxa Estruturada, Brunizém ou Cambissólos), em Latossolos Roxo e Vermelho-Escuro, de média fertilidade.
A altura média do estrato arbóreo varia entre 15 e 25 metros.
A grande maioria das árvores são eretas, com alguns indivíduos emergentes.
Na época chuvosa as copas tocam-se fornecendo uma cobertura arbórea de 70 a 95%.
Na época seca a cobertura pode ser inferior a 50%, especialmente em Mata Decídua, onde predomina espécies caducifólias.
MATA SECA
Amburana cearensis cerejeira, imburana
Anadenanthera colubrina angico
Cariniana estrellensis bingueiro, jequitibá
Cassia ferruginea canafístula-preta
Espécies ArbóreasEspécies Arbóreas
Cedrela fissilis cedro
Centrolobium tomentosum araribá
Chololeucon tenuiflorum jurema
Dilodendron bippinatum maria-pobreGuazuma ulmifolia mutamba
Physocallimma
scaberrimum
cega-machado
Tabebuia spp. ipês, pau-d´arco
Trichilia elegans e
Zanthoxylum rhoifolium
maminha-de porca
Cerrado: Potencialidades• Plantas alimentícias Cerca de 80 espécies da região dos Cerrados fornecem frutos, sementes ou
então palmitos saborosos e nutritivos ao homem. As principais pertencem as seguintes famílias e gêneros:
Myrtaceace Campomanesia, Eugenia e Psidium
Sapotaceae Pouteria, Chrysophyllum e Micropholis
Annonaceae Annona e Rollinia
Palmae Orbygnia, Syagrus, Acrocomia e Mauritia
Hippocrateaceae Salacia, Peritassa e Cheiloclinium
Anacardiaceae Anacardium
Bromeliaceae Ananas e Bromelia
Leguminosae Hymenea, Dypterix e Inga
Apocynaceae Hanconia
Caryocaraceae Caryocar
Os principais aromatizantes são:
• Plantas codimentares, aromatizantes e corantes
Reúne aquelas plantas que o povo adiciona aos alimentos para melhorar-lhes o sabor, o cheiro ou a cor. São usados como condimentos:
Baunilha Vanilla sp
Arcassu Croton adenodontus
Açafrão do Cerrado Escobedia grandiflora
Pimenta-de-macaco Xylopia ssp, Piper tuberculatum
Canela-batalha Cryptocaria sp
Entre os corantes destaca-se:
Pimenta-de-macaco- Xylopia sspPimenta-de-macaco- Xylopia ssp
Açafrão do Cerrado- Escobedia grandiflora
Bombacaceae Chorisia, Eriotheca e Pseudobombax
• Plantas têxties São aquelas que produzem fibra utilizável na produção de artefatos como tecidos, redes, cordas, chapéus, almofadas, ou ainda para
fazer armários. Dividem-se em fibras de sementes, de folhas e de entrecascas. As prinicpais fibras de sementes são produzidas nos Cerrados pela seguites espécies:
Fibras de folhas são produzidas por:
Palmeiras Mauritia, Attalea
Fibras de entrecasca são comumente retiradas de:
Pimenta-de-macaco Xylopia spp
Açoita-cavalo Luehea spp
Mutamba Guazuma ulmifolia
Mutamba - Guazuma ulmifolia
Açoita-cavalo – Luehea spp
• Plantas corticeiras Inclui aquelas árvores que formam cortiça em quantidade aproveitáveis no tronco. Cerca de 20 espécies podem ser incluídas nesse grupo. As principais são:
Pau-santo Kielmeyera coriacea
Mama-de-porca Fagara cinerea
Cervejinha Agondra brasiliensis
Tamboril-do-cerrado Enterolobium gummiferum
Fruta-de-papagaio Aegiphila lhotskyana
Pau-santo - Kielmeyera coriacea
Tamboriu-do-cerrado –
Enterolobium gummiferum
Fruta-de-papagaio - Aegiphila lhotskyana
Pau-santo - Kielmeyera coriacea
• Plantas taníferas São aquelas que possuem altos teores de tanino no lenho ou na casca, a
ponto de permitir a sua exploração. Numerosas espécies do Cerrados incluem-se nessa categoria, tais como:
Barbatimão Stryphnodendron adstringens
Angico Anadenanthera spp
Carvoeiro Sclerolobium paniculatum
Angico – Anadenanthera spp
Barbatimão –
Stryphnodendron adstringens
Angico – Anadenanthera spp
• Plantas com exsudatos no tronco
Diversas plantas do Cerrados oferecem, espontaneamente ou mediante incisão no tronco, exsudatos importantes, como resina, goma, bálsamo e látex.
As resinas são proporcionadas pelas seguintes plantas:
Jatobás Hymenaea spp
Breu Protium brasiliensis
Laranjinha-do-campo Styrax ferrugineus
Gomeira Vochysia ssp
Angico-vermelho Anadenanthera macrocarpa
Aroeira Astronium urundeuva
Jatobá - Hymenaea spp
Breu - Protium brasiliensis
Laranjinha-do-campo - Styrax ferrugineus
Jatobá - Hymenaea spp
Gomeira - Vochysia ssp
Angico-vermelho –
Anadenanthera macrocarpaAroeira - Astronium urundeuva
Gomeira - Vochysia ssp
Aroeira - Astronium urundeuva
Aroeira - Astronium urundeuvaAngico-vermelho –
Anadenanthera macrocarpa
Os bálsamos podem ser retirados através de incisão profunda no tronco de árvores como:
Bálsamo ou Cabreúva Myroxylon balsamum
Copaíba ou pau-d´óleo Copaifera langsdorfii
Mangabeira Hancornia speciosa
Leiteiro Sapium obovatum
Ficus Ficus sp
BálsamBálsamo ou Cabreúva- Myroxylon balsamum
o ou Cabreúva- Myroxylon balsamum
Copaíba ou pau-d´óleo-Capaifera langsdorfii
Copaíba ou pau-d´óleo-Copaifera langsdorfii
Mangabeira- Hancornia speciosa
Leiteiro-Sapium obovatum
Mangabeira- Hancornia speciosa
Leiteiro-Sapium obovatum
• Plantas produtoras de óleos e gorduras
Plantas de diferentes grupos taxônomicos da região dos Cerrados dão óleo e gorduras de várias categorias e aplicações.
O total de espécies chega a uma dezena. As mais conhecidas são:
Babaçu Orbygnia oleifera
Macaúba Acrocomia sclerocarpa
Pequi Caryocar brasiliense
Babaçu-Orbygnia oleifera
Macaúba-
Acrocomia sclerocarpa
Pequi - Caryocar brasiliense
• Plantas medicinais
Mais de 100 espécies dos Cerrados são empregadas na cura ou prevenção de doenças, tais como:
Arnica Lychnophora ericoides
Catuaba Anemopaegma arvense
Rabo-de-tatu Centrosema bracteosum
Poaia ou Ipecacuanha Cephaelis ipecacuanha
Faveiro Dimorphandra mollis
Pacová Renealmia exaltata
O intenso extrativismo tem levado muitas dessas espécies ao declínio.
Arnica - Lychnophora ericoides
Catuaba - Anemopaegma arvense
Poaia ou Ipecacuanha-Cephaelis ipecacuanha
Faveiro - Dimorphandra mollis
• Plantas ornamentais
Nas diversas formações vegetais da região dos Cerrados há espécies que se destacam pela vistosidade das flores, pelo aspecto da folhagem, enfim, por apresentarem características incomuns e atraentes para o espectador.
São plantas que vão de simples ervas para decoração de interiores e pequenos jardins, com certas samambaias e avencas, até árvores gigantescas para plantio em grandes áreas, como:
Jequitibá Cariniana estrellensis
Tamboril-da-mata Enterolobium contortisiliquum
Jequitibá - Cariniana estrellensis
Tamboril-da-mata –
Enterolobium contortisiliquum
Várias são fáceis de cultivar e vem sendo introduzidas nas cidades como: Quaresmeiras Tibouchina spp
Ipês Tabebuia spp
Guariroba Syagrus oleracea
A introdução em massa de espécies nativas na ornamentação poderia ter reflexos positivos sobre o paisagismo, hoje calcado quase exclusivamente em espécies exóticas e vulgares, e sobre a economia, com a ampliação do mercado de mudas e sementes.
Cerca de 200 espécies da região tem características ornamentais.
Ornamentais do cerrado
Quaresmeiras- Tibouchina spp Guariroba - Syagrus oleracea
Ipê - Tabebuia spp
• Plantas empregadas no artesanato
Numerosas espécies dos Cerrados são empregadas desde muito tempo na confecção de objetos para uso nos lares e nas lidas do campo.
Cestos, redes, esteiras, cordas, vassouras, gamelas e colheres de pau, feitos com talas de bambu, fibras (ou folhas inteiras) de palmeiras ou madeira, são artefatos antigos e de grande serventia, que resistem às modernizações dos tempos atuais.
O artesanato mais importante atualmente na região dos Cerrados são aqueles feitos principalmente com flores, frutos e sementes, e comercializados com o nome de “Flores do Planalto”, esses arranjos dão emprego a centenas de pessoas e chegam a atingir o mercado externo.
artesanatos
• Plantas apícolas
Compreende aquelas plantas que fornecem néctar e/ou pólen de boa qualidade à abelha (Apis mellifera), contribuindo para a sobrevivência e produção de mel dos enxames.
Foram relacionadas 220 espécies em levantamento feito no Distrito Federal.
Nesse levantamento só a família Leguminosae teve mais de 50 espécie relacionadas; Compositae teve mais de 40.
Muitas espécies levantadas são fontes consagradas de néctar e pólen em outras regiões como o:
Assa-peixe Vermonia spp
Angico Anadenanthera spp
O interesse em torno das plantas apícolas nativas tem crescido acentuadamente, na região, devido ao aumento da preferência dos consumidores por mel originário de espécies silvestres.
Assa-peixe-Vermonia spp
Angico - Anadenanthera spp
PROJETO
Fruteiras do Cerrado
PROJETO
Fruteiras do Cerrado
FUNDATER
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