Cesário Verde Teste

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compreensão e gramática

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TESTE DE AVALIAO FORMATIVATeste A5

SEQUNCIA 5

Nome Turma Data

Grupo I A

L, com ateno, o texto potico que se segue.

38Outros Percursos 11

39Outros Percursos 11

DE VERO

A Eduardo Coelho

INo campo; eu acho nele a musa que me anima: A claridade, a robustez, a ao.Esta manh, sa com minha prima,5 Em quem eu noto a mais sincera estimaE a mais completa e sria educao.

IICriana encantadora! Eu mal esboo o quadroDa lrica excurso, de intimidade.10 No pinto a velha ermida com seu adro; Sei s desenho de compasso e esquadro, Respiro indstria, paz, salubridade.()

VI15 Numa colina azul brilha um lugar caiado.Belo! E arrimada ao cabo da sombrinha, Com teu chapu de palha desabado,Tu continuas na azinhaga; ao ladoVerdeja, vicejante, a nossa vinha.

20 VIINisto, parando, como algum que se analisa, Sem desprender do cho teus olhos castos, Tu comeaste, harmnica, indecisa,A arregaar a chita, alegre e lisa25 Da tua cauda um poucochinho a rastos. ()

IXE, como quem saltasse, extravagantemente, Um rego de gua sem se enxovalhar,30 Tu, a austera, a gentil, a inteligente, Depois de bem composta, deste frente Uma pernada cmica, vulgar!

XExtica! E cheguei-me ao p de ti. Que vejo!35 No atalho enxuto, e branco das espigasCadas das carradas no salmejo,

Esguio e a negrejar em um cortejo, Destaca-se um carreiro de formigas.

XI40 Elas, em sociedade, espertas, diligentes, Na natureza trmula de sede,Arrastam bichos, uvas e sementes;E atulham, por instinto, previdentes, Seu antros quase ocultos na parede.

45 XIIE eu desatei a rir como qualquer macaco! Tu no as esmagares contra o solo!E ria-me, eu ocioso, intil, fraco, Eu de jasmim na casa do casaco50 E de culo deitado a tiracolo!

XIIIAs ladras da colheita! Eu se trouxesse agoraUm sublimado corrosivo, uns psDe solimo, eu, sem maior demora,55 Envenen-las-ia! Tu, por ora, Preferes o romntico ao feroz. ()

XVIVibravam, na campina, as chocas da manada;60 Vinham uns carros a gemer no outeiro, E finalmente, enrgica, zangada,Tu inda assim bastante envergonhada, Volveste-me, apontando o formigueiro:

XVII65 No me incomode, no, com ditos detestveis!No seja simplesmente um zombador! Estas mineiras negras, incansveis, So mais economistas, mais notveis, E mais trabalhadoras que o senhor.

Cesrio Verde

Responde com clareza e correo s seguintes perguntas.

1. Caracteriza o espao que serve de cenrio ao descrita no poema.

2. Atendendo ao carter dicotmico da poesia de Cesrio Verde, associa cada uma das personagens a um determinado espao, justificando com expresses textuais.3. Apresenta uma possvel explicao para os versos No pinto a velha ermida com seu adro;/ Sei s desenho de compasso e esquadro. (vv. 10-11).4. A ao associada ao campo motivo de inspirao do eu.4.1. Confirma-o, com exemplos textuais.

5. Identifica dois recursos estilsticos, comentando o seu valor expressivo.

B

A poesia de Cesrio Verde revela a sua faceta de um observador atento da realidade da sua poca.

Num texto coerente, entre oitenta e cento e trinta palavras, aborda a opinio apresentada na frase supracitada, fundamentando com a obra potica de Cesrio Verde.

Grupo II

L, atentamente, o texto.

Ascenso da burguesia e reforo da sua mentalidade um dado a reter na evoluo deste impor- tante grupo social no decurso do sculo XIX. E se, numa primeira fase, a condio de burgus era tran- sitria e intermdia, visto que, medida que enriquecia, procurava adquirir o ttulo com que se integrava na nobreza, progressivamente este modelo foi desaparecendo, na mesma proporo em que5 ganhava conscincia poltica e social. Os escritores malditos ou os caricaturistas, ao carem sem dnem piedade sobre os parvenus, contriburam indiretamente para desmoralizar o enobrecimento de todos aqueles que se deitavam simples Joo Fernandes e que de repente acordavam Visconde Fernan- des ou Conde Joo.

O despertar de uma nova mentalidade, quer no domnio da moral familiar, quer na imposio de10 novos hbitos de convvio, traduz esta afirmao social, que se acentua nas ltimas dcadas do sculo.Mais do que em qualquer outro perodo, a cultura burguesa difunde-se, dispondo de meios de influncia decisivos na transformao das mentalidades. A escola primria e a imprensa so dois dos principais ins- trumentos que a possibilitam.

Lenta, mas inexoravelmente, a sociedade emburguesa-se, difundindo-se novos gostos, novos15 costumes, que vo minando, aos poucos, as velhas estruturas sociais. Mas, tudo tem limites A fraqueza numrica da burguesia permanecer como um condicionalismo, que limitar, na prtica, o seu progresso e capacidade interventiva.

Jos Mattoso (Dir.), Histria de Portugal, vol. V, Editorial EstampaOutros Percursos... pelo Texto Potico

SEQUNCIA 5

1. Seleciona, em cada um dos itens, a nica alternativa que permite obter uma afirmao correta, de acordo com as afirmaes do texto.

1.1. Ao longo do sculo XIX, afirmou-se um relevante grupo social, especificamente, a) a nobreza, com a influncia da burguesia.b) a burguesia.c) os escritores malditos.d) os caricaturistas.

1.2. No final do sculo XIX, assistiu-se a uma transformao das mentalidades, motivadaa) exclusivamente pela ascenso do novo grupo social.b) essencialmente pela ao da imprensa.c) pelos novos hbitos que surgiram.d) fundamentalmente pelo acesso instruo e pela imprensa.

1.3. O segmento sublinhado em a condio de burgus era transitria e intermdia (linhas 2-3)corresponde ao...a) sujeito.b) complemento direto.c) predicativo do sujeito.d) modificador restritivo do nome.

1.4. Na frase procurava adquirir o ttulo com que se integrava na nobreza (linhas 3-4), a orao sublinhada...a) corresponde ao modificador restritivo, dado sob a forma de uma orao subordinada adjetiva relativa restritiva.b) desempenha a funo sinttica de complemento direto, dado sob a forma de uma orao su- bordinada substantiva completiva.c) o modificador apositivo, dado sob a forma de uma orao subordinada adjetiva relativa explicativa.d) desempenha a funo sinttica de sujeito, dado sob a forma de uma orao subordinada subs- tantiva completiva.

1.5. O complexo verbal foi desaparecendo (linha 4) transmite o valor aspetual...a) de uma ao concluda.b) de uma ao ainda a concluir.c) do incio de uma ao.d) de uma ao prolongada no tempo.

1.6. O sujeito do predicado traduz esta afirmao social (linha 10) ...a) nulo subentendido.b) nulo expletivo.c) simples.d) nulo indeterminado.

1.7. A palavra sublinhada na frase que limitar (linha 16) retoma o referente...

a) um condicionalismo (linha 16).

b) A fraqueza numrica (linhas 15-16).

c) burguesia (linha 16).

d) A fraqueza numrica da burguesia (linhas 15-16).

2. Completa o texto que se segue, selecionando a opo correta, a partir das propostas apresentadas.

aqueles, todos, simultaneamente, abertos, fechados, particulares, simples, pblico, clausura, hera, uns, ascendentes, gradeamento, sentimental, contudo, igrejas, era, outros, estes, Lisboa, romnticas, casadas, paraso, social

Um dos smbolos da civilizao oitocentista (do seu sistema poltico e do seu modo de vida) foi, sem dvida, o passeio a) , lugar privilegiado de sociabilidade das classes b) .Quase todas as principais povoaes do Pas entram na c) da vida d) ao

Outros Percursos... pelo Texto Potico

41Outros Percursos 11

ar livre, preferindo os espaos e)

g) do Antigo Regime. ()

e arborizados f)

dos palcios e das

h) , o exemplo paradigmtico o do Passeio Pblico do Rossio, em Lisboa. Para

i) , ele era a gaiola dos Lisboetas (uma aluso ao j) que o cercava a toda

a volta); para k) , era uma espcie de l)

das jovens m) e

dos namorados piegas, n) o corao fsico e o) da capital.

Jos Mattoso (Dir.), Histria de Portugal, vol. V, Editorial Estampa(texto adaptado e com supresses)

Grupo III

Produz um texto argumentativo, entre duzentas e trezentas palavras, sobre a importncia dos mo- mentos de lazer na vida das pessoas.

Fundamenta o teu ponto de vista recorrendo, no mnimo, a dois argumentos e ilustra cada um deles com, pelo menos, um exemplo significativo.