CESTA BASICACapítulo 05 / Ano 01

Editorial

De casa arrumada fica muitomais fácil ...Neste capítulo:Deus e o Diabo ao alcance deseus dedos e a continuação da“trip” para Itália, dessavezpassando por Veneza.

Boa diversão!

ExpedienteEdição, texto e capa:Thiago Ronza BentoColaboração: Diogo RonzaBento

Gostou? Quer colaborar?Mande seu material parathiago.ronzabento@gmail.com.A gente não paga nem cobranada, mas dá os créditos.

QUALQUER COISA..........03

OUTRA COISA...................04

OUT......................................06

VIAGEM.............................07

NESTE CAPÍTULO:

Capítulo 05 / Ano 01

3QUALQUER COISA

SANTA DIVERSÃOExistem poucas coisas que atraem tanta atençãoquanto briga e religião e se os dois itens estiveremjuntos, nem se fala, as atenções ganham propor-ções bíblicas. É o caso do jogo Bible Fight, ondeos "lutadores" são Eva, Maria, Noé, Moisés, o Di-abo e Jesus.

O jogador pode escolher entre as opções arcade -para dois jogadores em rede - e tournament - ondese pode escolher qualquer um dos seis persona-gens para lutar. Cada um deles tem golpes especi-ais. Eva lança maçãs e a cobra enrolada em seubraço em direção do adversário, além de evocarAdão que sai de debaixo da terra para acertar umgancho no oponente, enquanto Maria que luta se-gurando um bebê distribui tapas e pontapés, alémde subir aos céus e jogar a auréola como frisbee.

Noé por sua vez faz com que trombas d'água cai-am sobre o adversário, além de uma pomba sair deseu peito e de ele convocar todos os animais da suaarca para atropelarem o inimigo. Moisés, que usaum cajado seja para se defender ou acertar a cabe-ça do oponente, arremessa tábuas com os manda-mentos, além de fazer raios caírem e de lançar pe-quenas bolas de fogo.

Bolas que não se comparam nem de longe com ofogaréu projetado pelo Diabo para assar seu opo-nente. O inimigo número um de todas as religiõesusa um tridente para se defender e espetar o adver-sário, além do rabo usado como chicote e do golpeespecial de se transformar em Cérbero, o cachorrode três cabeças que guarda os portões do inferno.

Quem parece ter mais golpes especiais para arra-sar os adversários é Jesus. Com visual e golpes delutador de muay-thay, Ele lança sua coroa de espi-nhos como frisbee - assim como Maria faz com aauréola -, sobre aos céus golpeando o adversáriocom uma voadora na descida, além de atingir ooponente com uma cruz enorme. Porém o golpemais curioso é o faz com que vários peixes caiamsobre o oponente.

Para conferir a divina pancadaria basta acessar olink: http://www.adultswim.com/games/game/index.html?game=biblefight

4 OUTRA COISA

O ano é 2815, há muito os humanos deixaram aTerra e a transformaram em um gigantesco de-pósito de lixo. Os únicos "habitantes" do planetasão as baratas e robôs encarregados da impossí-vel missão de limpar tudo e compactar o lixo. Asituação, apocalíptica e inóspita serve de cenáriopara a mais recente animação dos estúdios Disneye da Pixar, Wall-E, sigla para (Waste AllocationLoad Lifters - Earth ("Levantadores de CargasDesnecessárias da Terra")

A catástrofe cinematográfica ainda está longe de acontecer, mas sinais indicam quealgo não anda bem. Segundo pesquisa da

empresa telefônica Nokia apenas 2% de seus usuá-rios brasileiros recicla seus aparelhos celulares. Parao consultor sobre resíduos, Walter Capello Juniorparte da questão refere-se à cultura da populaçãopara descarte do lixo e da rápida evolução tecnologia.

"Normalmente quando ainda estão em condiçõesde uso, esses aparelhos são doados. Mas comonão há programas de incentivo à devolução ou mes-mo locais corretos para o descarte, o mais comumé que quando sua função se esgota, eles acabem nolixo comum", explica Capello.

Há mais de 20 anos atuando na área de limpeza oconsultor acompanhou de perto as mudanças noque passou a ser considerado lixo atualmente. "Pri-meiro tínhamos o ponto "quantitativo", muito lixopor falta de reciclagem, hoje temos o ponto "quali-tativo", aparelhos celulares seminovos descartadospor não ser o último modelo". Casos como o daNokia que indica em seu site locais para entrega debaterias, componentes, capas e embalagens de seuscelulares, ainda são exceção.

Sem uma lei que obrigue as empresas a coletaremmaterial, o Brasil tem desde 30 de junho de 1999 aResolução nº 257 do CONAMA (Conselho Naci-onal do Meio Ambiente), algumas baterias devemser devidamente descartadas e encaminhadas parao processo de reciclagem após o esgotamento.

LIXLIXLIXLIXLIXO DO FUTURO DO FUTURO DO FUTURO DO FUTURO DO FUTUROOOOORecicláveis

Papel

jornais e revistas folhas de caderno

formulários de computador caixas em geral aparas de papel

fotocópias envelopes provas rascunhos

cartazes velhos papel de fax

Metal

lata de folha de flandres (lata de óleo,salsicha, leite em pó) lata de alumíniooutras sucatas de reformas

Vidros

embalagensgarrafas de vários formatos

copos

Plástico

embalagem de refrigerante embalagem de material de limpeza

copinho de caféembalagem de margarina

canos e tubossacos plásticos em geral

“5OUTRA COISA

A resolução proíbe uma série de ações como lan-çamento "in natura" a céu aberto, tanto em áreasurbanas como rurais e queima a céu aberto ou emrecipientes, instalações ou equipamentos não ade-quados define que a partir de primeiro de janeirode 2000, a fabricação, importação ecomercialização de pilhas e baterias devessem aten-der a uma série de limites estabelecidos.

Embora a prefeitura não tenha material nem equipeespecifica para esse tipo de coleta. Ainda segundoa resolução as próprias empresas fabricantes dosprodutos são obrigadas a fornecer postos de en-trega desse tipo de material. Hoje é possível en-contrar essa coleta de lixo eletrônico em lojas, su-permercados e até bancos.

Delete

Segundo a Anatel, em junho de 2008 o Brasil dispu-nha de 133.168.546 linhas móveis, ou linhas telefô-nicas para celulares. Se levarmos em conta que cadauma destas linhas pertença a um único celular e queem um período de no máximo três anos ele será jo-gado fora pelo usuário - seja por problemas técnicosou por não ser o último modelo - podemos imaginaro tamanho do estrago que iremos causar.

Porém segundo a Resolução nº 257 outros itenscausam problemas: pilhas, baterias e lâmpadas flu-orescentes, todos contendo produtos químicos.Para Capello um ponto importante a ser considera-do é que a evolução tecnológica aconteceu rapida-mente nos últimos anos, criando novos tipos de lixoeletrônico que nem sempre tem para onde ir depoisde perderem suas funções.

Dois exemplos são os disquetes e CDs para compu-tador. "Antes usávamos o primeiro para salvar arqui-vos, depois passamos (os arquivos) para o cd, agorausamos o DVD ou o pen drive. Para onde enviamosesses objetos?", questiona o consultor. "Por enquantoo mais indicado é guardá-los em casa, até que se crieum local apropriado para o despejo deles. Do contrá-rio eles irão junto ao lixo tradicional para um dos dois

aterros sanitários da cidade de São Paulo".

Ainda segundo Capello outro item que costuma serdescartado como lixo comum é o computador, emespecial o monitor. "Quando temos um item comoeste ou como a televisão, dependendo do estadoem que se encontra, pensamos em doá-lo para al-guém ou até em tentar consertá-lo, porém em al-guns casos simplesmente o jogamos fora".

Sem destino certo os itens anteriores colaborampara as 15 mil toneladas diárias - lixo residencial,saúde, restos de feiras, podas de árvores, etc - ge-radas por residências paulistanas. Apenas de resí-duos domiciliares são coletadas nove mil toneladas,enquanto as seis mil toneladas restantes são de re-síduos sólidos, lixo hospitalar, lixo de varrição ematerial para reciclagem.

Caso coloquemos esse lixo em um campo de futebol,cresceria 2,24 metros ao dia, formando uma torre de272 andares ao final do ano. Para se ter uma idéia daresponsabilidade individual, cada paulistano produz emmédia 900 gramas de lixo ao dia.

Porém nem tudo está perdido. Graças à reciclagemprodutos como latas de alumínio raramente acabamnos aterros sanitários. Valorizadas em R$ 3,80 - oquilo / 65 latinhas - elas encontram destino certopelos moradores ou pelos catadores. O caso nãose repete com as 870 mil garrafas PET, pois a ca-pacidade de absorção dela é mais limitada. Patinhofeio da reciclagem até recentemente o isopor pas-sou a ser absorvido em construções, podendo serreutilizado em 100%.

Mesmo com conhecimento do público e do incen-tivo financeiro para reciclagem, como no caso daslatinhas, o número ainda é ínfimo: 5,6%. Esse é ototal do resíduo passível de ser coletado no municí-pio pelo Programa de Coleta Seletiva da Prefeitu-ra. Atualmente dos 96 distritos existentes no Muni-cípio de São Paulo, 71 são contemplados pelaColeta de Materiais Recicláveis realizada pelas Cen-trais e pelas Concessionárias.

Diariamente são coletadas 15 mil toneladas de lixo na cidade deSão Paulo - nove mil delas são de lixo residencial. Se colocadas em um campo de futebol no fim do anoteremos uma torre de 272 andares

“

6 OUT

Pizza, sushi, churrasco,porções e muita cervejaUma pizzaria que serve sushi, um restaurante japonêsque serve picanha, uma casa de grelhados que servepizza. Não você não leu errado, tão pouco os garçonserraram os pedidos, é assim que as coisas funcionam naVila do Jardineiro, Avenida Eliseu de Almeida, 1077,Butantã.

Lá ficam a Pizza do Jardineiro, Nokyoski e a CabañaDel Asado - além de um circuito de arborismo em ple-na cidade - como os restaurantes ficam literalmente umao lado do outro é possível ir a qualquer um deles epedir um prato do vizinho.

Com um esquema parecido misturando padaria, açou-gue, empório, lanchonete, restaurante e pizzaria é oTortula na Avenida Santo Amaro, 4371. O destaquedo lugar fica por conta das porções, ótimas para acom-panhar qualquer uma das 150 variedades de rótulos decerveja.

O bairro das Perdizes é conhecido por ser uma boa re-gião para se morar, e isso inclui ter bares por perto, umavez que agora já não dá mais para beber e dirigir. Narua Cotoxó, 522, fica o Santa Zoé com decoração rús-tica que agrada quem procura lugares mais tranqüiloscom música ao vivo e boas opções de petiscos e bebi-das.

Perto dali na rua Caraíbas, 621 fica o Bar Botequim eGrill.A especialidade da casa é a cerveja - bem - geladae a porção de lingüiça camponesa. Logo em frente , no605 da mesma rua fica o Velho Rabo, o nome é estra-nho, mas o lugar é bom.

Tais Medri e Luciana Yamashita / site

Divulgação

Divulgação

7VIAGEM

Na "terra" deMarco PoloConsiderado por muitos como o maior explo-rador de todos os tempos ele saiu de Veneza ecruzou as águas em direção a China. Mas bas-ta visitar a cidade italiana para perceber quehá muito para ser descoberto, desde que vocêtenha um mapa em mãos, claro.

Texto e fotos: Diogo Ronza Bento

8 VIAGEM

È impensável visitar o Velho Continente e nãopassar pela cidade das águas, porém comoo lugar transpira romantismo o mais indica-

do é chegar lá acompanhado. O passeio começaainda na estação de trem de Viena, Südbahnhof, naÁustria. A viagem dura sete horas, mas acredite: é amelhor opção, uma vez que o aeroporto de Venezafica fora da ilha e dá certo trabalho sair dali em di-reção a cidade. A paisagem é sensacional, inclusivena saída da estação de trem de Veneza, de onde épossível se encantar com o principal canal da cida-de com suas famosas gôndolas e vaporetos (trans-porte público local).

Caso alguém ainda esteja por lá perdendo temposentindo saudades de casa, a solução é rápida e estábem debaixo do nosso nariz. O hotel - e talvez issoaconteça com todos os hotéis venezianos - tinha umcheiro curioso, bem parecido com o das casas depraia daqui do Brasil: o de mofo, provavelmente emrazão da proximidade com as águas verde-turquesados canais. Porém o incomodo dura pouco tempo eodor não atrapalha em nada o passeio.

Assim como a maioria dos países europeus, boa partedos pontos turísticos de Veneza são algumas igrejase museus. Uma dica para quem procura algo dife-rente é comprar um mapa da cidade e passear pelasvielas. Óbvio que em algum momento você irá seperder, mas calma! Essa é uma ótima oportunidadepara encher os olhos com as típicas e coloridas lojasde máscaras e com a Praça de San Marco.

A Praça é cenário do tradicional carnaval deVeneza, que é bem diferente do nosso. Lá é possí-vel visitar uma igreja, que não me lembro o nome,mas que é muito bonita inclusive com o teto de"ouro", além disso, é lá que os turistas se divertemcom os milhares de pombos da cidade dando co-mida para eles - algo bem típico de turistas ou poracaso você se imagina alimentando pombos nasPraças da República ou da Sé? Outra atração dalisão os cafés, mas é preciso preparar o bolso, jáque um expresso custa em torno de oito Euros!

Pode até parecer pegadinha, mas há um cardápionos restaurantes locais para quem come nas mesase outro para quem come no balcão, podendo a di-ferença de preço chegar a 30%! Ou seja, quandoestiver passeando pela Praça de San Marco, vie-las, igrejas e afins lembre-se de ficar em pé nas pa-

radas para um lanchinho. A dica também vale paraquando você estiverem alguma sorveteria provan-do um típico gelatto italiano.

De cima para baixo: loja de máscaras em Veneza, igrejae relógio na Praça San Marco.

9VIAGEM

Outras atrações da cidade, mas que não ficam es-pecificamente em Veneza, são as ilhas de Murano eBurano, a primeira é onde os venezianos fazem astradicionais esculturas de vidro e é possível visitar afábrica para ver todo o processo de manufatura eainda visitar o museu do vidro, onde existem pro-duções de diversas épocas. Para chegar lá é ne-cessário pegar o vaporeto, a viagem nos canais, naverdade já no oceano, dura cerca de 40 minutos.

Em Murano é possível pegar o vaporeto paraBurano, a viagem dura aproximadamente 20 minu-tos, embora seja aconselhável ir direto de Murano,não há muito para ver na ilha de Burano, uma vezque a grande atração da ilha são as casas coloridase mais nada.

Falando em navegar em Veneza é óbvio que estan-do por lá não pode faltar o tradicional passeio degôndola pelos canais da cidade. A diversão custaaproximadamente 100 Euros e dura entre 30 e 40minutos. Porém é necessário pedir uma ajuda paraSão Pedro, pois a chuva pode atrapalhar, ou inco-modar um pouco o passeio romântico.

De cima para baixo: vista do hotel, oficina de vidro emMurano.

10VIAGEM