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Transtornos Alimentares e Obesidade: Uma Visão Psicanalítica Daniel Franco

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Transtornos Alimentares e

Obesidade: Uma Visão Psicanalítica

Daniel Franco

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Etiologia

• Fatores:

Sociais, culturais e estéticos

Orgânicos e biológicos

Genéticos e hereditários

• Fatores:

Psicológicos ou dinâmicos:

Determinado tipo de vínculo entre mãe/meio familiar e paciente, com origens primitivas na oralidade.

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Etiologia

• Fatores: Psicológicos ou dinâmicos

Invariavelmente as mães são invasoras tanto do espaço corporal, como do espaço psíquico de suas filhas e lhes

impõem modelos ideais a serem assumidos. Essas mães, em geral, assumem a posição de vitimadas e a estendem à filha

no momento em que estas caem doentes. São ainda, frequentemente, mães que renunciaram à sua própria

singularidade e satisfação de suas necessidades individuais em nome de sua dedicação ao espaço familiar.

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Etiologia

• Fatores: Psicológicos ou dinâmicos

Os pais das pacientes não conseguem estabelecer um limite à relação alienante entre mãe e filha e se mostram, via de

regra, restritos, frios, distantes ou mesmo ausentes.

Os valores morais presentes nas relações familiares são rígidos e estão em consonância com os valores socialmente

estabilizados, servindo de base para as idealizações e exigências feitas aos filhos.

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Etiologia

• Fatores: Psicológicos ou dinâmicos

Grande parte dos casos são de mulheres marcadas por traços regressivos em suas formas de satisfação e por uma

evidente dificuldade em lidar com os desejos sexuais emergentes.

Diante disso, essas filhas vivem um impossibilidade de assumir, com autonomia, uma posição desejante. A recusa alimentar é encarada como um tipo de reação ou desafio transgressor à condição de submissão ao desejo materno.

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Diagnóstico

• Seriam quadros clínicos independentes e bem definidos, autônomos e particulares, indicando entidades psicopatológicas integrais?;

• Entidades sem especificidade própria, manifestações sintomáticas vinculadas às estruturas neuróticas, psicóticas ou perversas;

O sintoma se mostra como um fenômeno subjetivo indicando não uma patologia, mas sendo antes a expressão

de um conflito inconsciente.

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Tratamento

Não se deve recorrer à psicanálise quando se trata de eliminar com rapidez fenômenos perigosos, como, por

exemplo, na anorexia histérica .

Sigmund Freud, 1904

Favorecer que o paciente, por meio de sua fala e da escuta analítica empreendida, possa articular seu desejo numa

demanda - possibilidade antes negada pela mãe.

• As dificuldades de um tratamento encomendado.

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Sugestões Bibliográficas

BIDAUD, Éric. Anorexia mental, ascese, mística: Uma abordagem psicanalítica. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.

BRITO, Maria João Sousa e. Quem não arisca não petisca: Uma interpretação psicanalítica da anorexia nervosa. Lisboa: Almedina.

DEUTSCH, Helene. Anorexia e Bulimia. São Paulo: Escuta.

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Sugestões Bibliográficas

FENDRIK, Silvia. El país de Nuncacomer: Historia ilustrada de la anorexia. Buenos Aires: Libros del Zorzal.

______. Santa Anorexia. Buenos Aires: Corregidor.

FREUD, Sigmund. “Sobre a psicoterapia” (1904) in: Obras Completas, vol VII. Rio de Janeiro: Imago.

HEKIER, Marcelo; MILLER, Celina. Anorexia-Bulimia: Deseo de nada. Buenos Aires: Paidós.

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Sugestões Bibliográficas

WINNICOTT, Donald Woods. A criança e o seu mundo. Rio de Janeiro: LTC.

ZUKERFELD, Rubén. Acto bulímico, cuerpo y tercera tópica. Buenos Aires: Paidós.