Chacarera No RS

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XXII Congresso da Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música    João Pessoa    2012  A Cha carera e nt r e A r ge nt i na e B r a sil: a p o r t e s e a p ro p r i a ç õ es  Fabiano Bacchieri Universidade Federal de Pelotas    [email protected] Resumo: A Chacarera é um gênero musical oriundo do norte da Argentina e sul da Bolívia, que nos últimos anos, e ainda que profundamente identificada com seu lugar de origem, vem sendo cada vez mais utilizada por compositores gaúchos na chamada música regionalista. Este estudo  pretende identifica r as manifestações autorais do gênero “chacarera” ou “aire de chacarera”  no Rio Grande do Sul salientando sua importância na música regional gaúcha através do estudo do repertório dos festivais nativistas, compreendendo este processo como parte da apropriação do gênero pelos compositores deste movimento. Palavras-chave: Chacarera, Música do Rio Grande do Sul, Festivais, Nativismo, Música Popular. The Chacarera between Argentina and Brazil: contributions and appropriations Abstract: Chacarera is a music genre originating from northern Argentina and southern Bolivia, which in recent years, and yet deeply identified with their place of origin, has been increasingly used by composers in gauchos called Regionalist music. This study aimed to identify the manifestations of gender copyright "chacarera" or "aire of chacarera" in Rio Grande do Sul, highlighting its importance in the regional music gaucho repertoire through the study of nativist festivals, understanding this process as part of the appropriation of the genre by composers this movement. Keywords: Chacarera, Music of Rio Grande do Sul, Festivals, Nativism, Songwriter. Durante minha trajetória como músico e cantor atuante no meio dos festivais nativistas do Rio Grande do Sul, muitas vezes fui indagado enquanto tocava fora do estado e até mesmo do país, se fazíamos chacarera, se este ritmo era conhecido na região, se existiam mais compositores que tocavam ou compunham chacareras; nos próprios festivais sempre escutava aquela pergunta “mas a chaca rera não é um ritmo argentino?”. A extrema identificação do gênero com seu local de origem motivavam a pergunta. Como músico, intérprete, jurado e participante ativo do movimento nativista, sinto a necessidade de observar externamente esta questão, visto que a “chacarera” se torna cada vez mais conhecida na esfera musical nativista, existindo a possibilidade d e ser conhecida como um gênero também  produzido no Rio Grande do Sul.

Transcript of Chacarera No RS

  • XXII Congresso da Associao Nacional de Pesquisa e Ps-Graduao em Msica Joo Pessoa 2012

    A Chacarera entre Argentina e Brasil: aportes e apropriaes

    Fabiano Bacchieri

    Universidade Federal de Pelotas [email protected]

    Resumo: A Chacarera um gnero musical oriundo do norte da Argentina e sul da Bolvia, que

    nos ltimos anos, e ainda que profundamente identificada com seu lugar de origem, vem sendo

    cada vez mais utilizada por compositores gachos na chamada msica regionalista. Este estudo

    pretende identificar as manifestaes autorais do gnero chacarera ou aire de chacarera no Rio Grande do Sul salientando sua importncia na msica regional gacha atravs do estudo do

    repertrio dos festivais nativistas, compreendendo este processo como parte da apropriao do

    gnero pelos compositores deste movimento.

    Palavras-chave: Chacarera, Msica do Rio Grande do Sul, Festivais, Nativismo, Msica Popular.

    The Chacarera between Argentina and Brazil: contributions and appropriations

    Abstract: Chacarera is a music genre originating from northern Argentina and southern Bolivia,

    which in recent years, and yet deeply identified with their place of origin, has been increasingly

    used by composers in gauchos called Regionalist music. This study aimed to identify the

    manifestations of gender copyright "chacarera" or "aire of chacarera" in Rio Grande do Sul,

    highlighting its importance in the regional music gaucho repertoire through the study of nativist

    festivals, understanding this process as part of the appropriation of the genre by composers this

    movement.

    Keywords: Chacarera, Music of Rio Grande do Sul, Festivals, Nativism, Songwriter.

    Durante minha trajetria como msico e cantor atuante no meio dos festivais

    nativistas do Rio Grande do Sul, muitas vezes fui indagado enquanto tocava fora do estado e

    at mesmo do pas, se fazamos chacarera, se este ritmo era conhecido na regio, se existiam

    mais compositores que tocavam ou compunham chacareras; nos prprios festivais sempre

    escutava aquela pergunta mas a chacarera no um ritmo argentino?. A extrema

    identificao do gnero com seu local de origem motivavam a pergunta. Como msico,

    intrprete, jurado e participante ativo do movimento nativista, sinto a necessidade de observar

    externamente esta questo, visto que a chacarera se torna cada vez mais conhecida na esfera

    musical nativista, j existindo a possibilidade de ser conhecida como um gnero tambm

    produzido no Rio Grande do Sul.

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    1. A chacarera

    A maioria dos pesquisadores e historiadores, como Isabel Aretz (1956), Carlos

    Vega (1986), Alberto Abecasis (2004), e Adolfo balos (1952), referem-se a chacarera

    como uma dana, no apresentando em suas observaes uma distino entre a dana e a

    msica. Precede o movimento msica ou a msica ao movimento? No iremos analisar esta

    relao, neste trabalho o enfoque se centrar na msica, portanto no nos deteremos na

    questo coreogrfica e vamos nos referir a chacarera como gnero musical, voltando a

    ateno neste momento ao ritmo.

    A chacarera uma msica e dana popular, originria do sul da Bolvia e norte

    da Argentina. No incio do sculo XVIII, durante a conquista espanhola, antes de serem as

    Repblicas da Argentina e da Bolvia, a chacarera j era e executada nas fazendas do Chaco,

    regio localizada a oeste do rio Paraguai e leste da Cordilheira dos Andes compartilhada entre

    Paraguai, Bolvia e Argentina.

    Existem vrias teorias sobre sua origem; embora existam muitos testemunhos orais

    e certa rivalidade entre algumas provncias do norte, noroeste argentino, e de departamentos

    ao sul da Bolvia. O documento mais antigo que menciona o nome chacarera foi encontrado

    por Izabel Aretz, nas Memrias1 de Florncio Sal, onde consta que ela era executada na

    provncia de Tucumn por volta de 1850. (ARETZ, 1952)

    necessria uma breve explicao para diferenciarmos suas formas e variantes e

    podermos relacionar a chacarera argentina com as compostas no Rio Grande do Sul. Para isso,

    classificaremos de acordo com Alberto Abecasis (2004), onde o autor divide a chacarera em

    simple e doble, diferenciando-as por seu nmero de compassos, onde a simple pode

    conter 42 ou 48 e a doble, 66 ou 72 (variao que depende do nmero de compassos

    utilizados na introduo). Esta estrutura fixa pelo fato da msica estar vinculada a uma

    coreografia especfica, possuindo um nmero exato de compassos para a sua execuo.

    Uma variante importante nas chacareras a chamada trunca2, utilizada tanto na

    forma simple como na doble. Ainda conforme Abecasis (2004), esta variante apresenta

    seu incio no primeiro tempo do compasso inicial, normalmente sem a presena de anacruse

    ou ainda, com uma pausa no primeiro tempo do compasso (acfalo). Apresenta o final no 3

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    tempo do ltimo compasso, o que diferencia sobremaneira esta variante dando-lhe

    caractersticas musicais muito peculiares.

    2. O aire de chacarera

    A forma mais usual de composio utilizada nas chacareras compostas no Rio

    Grande do Sul o aire de chacarera. Antepe-se a palavra aire quando se conserva a

    manifestao rtmica, sem fixar o formato estabelecido pelas variantes simple ou doble.

    Existem inmeras composies denominadas aires de chacarera gravadas na Argentina,

    como exemplo cito Como los Pajaros de Linares Cardozo3, gravada no LP de Entre Rios al

    Pas dos Hermanos Cuestas em 1973.

    Figura 1: Contracapa do LP de Entre Rios al Pas dos Hermanos Cuestas

    No RS, Glnio Fagundes4, em seu disco solo Patria y Querencia, gravou

    Rumbiando e Invernia, dois ares de milonga, valendo-se, pioneiramente no Rio Grande do

    Sul, da terminologia ar de j em 1979.

    Embora sejam citadas na maioria dos CDs e nos prprios espetculos como

    chacareras, as compostas no Rio Grande do Sul, salvo rarssimas excees, so aires por no

    proporcionarem a diviso exata dos compassos utilizados pelas formas doble ou simple e,

    normalmente, no serem divididas em primeira e segunda parte como ocorre nessas formas.

    Observo, por parte de alguns msicos, certo desprezo pelo aire de chacarera, como se isso

    fosse uma inveno do msico regional gacho, como se no existisse, como se o ar no

    valesse tanto quanto a chacarera. J ouvi msicos gachos dizerem o seguinte: quem no

    sabe fazer chacarera, faz algo parecido e chama de aire; este pensamento traz uma

    conotao despectiva, e desabonaria inclusive composies de autores argentinos, por

    exemplo, Como los Pajaros - aire de chacarera, de Liares Cardozo.

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    2. A cordeona5 na chacarera.

    A Chacarera del Monte, gnero declarado Patrimnio Cultural da Provncia del

    Chaco conforme a Lei Provincial N 6294/09, uma variao da chacarera que mescla trs

    correntes musicais: a saltea, a santiaguea e a correntina, originarias das provncias

    argentinas de Salta, Santiago del Estero e Corrientes respectivamente. Esta ultima

    considerada como responsvel pela introduo do acordeon de 2 hileras (popularmente

    conhecida no RS como gaita de oito baixos) na chacarera del monte, caracterstica particular

    deste gnero que executado desde 1900, no noroeste da Provncia do Chaco. Ressalto a

    chacarera del monte por apresentar esta caracterstica instrumental que agrega o acordeom,

    instrumento largamente utilizado no RS e introduzido por alguns compositores nas chacareras

    gachas. Segundo o historiador Jorge Webber, com base em estudos da musicloga argentina

    Isabel Aretz, a gaita de 8 baixos (el acorden verdulera) entrou na Argentina em fins do

    sculo XIX, desalojando o violino (rabeca) e a harpa como instrumentos solo e, levando

    consigo o violo e o bombo como acompanhamento. Mais tarde, ela mesma foi sendo

    substituda pelo bandoneom e pela gaita pianada6. E ele mesmo recorda de ter visto e ouvido o

    LP de um antigo conjunto de Crdoba executando chacareras, zambas e gatos em acordeom

    apianado. Esta proximidade instrumental entre a chacarera del monte e o aire de chacarera

    composto no Rio Grande do Sul pode apontar para uma aproximao entre estas variaes.

    3. O movimento musical nativista

    Barbosa Lessa7, no livro Nativismo, um fenmeno social gacho, dedicou uma

    anlise completa sobre este fenmeno alavancado a partir da Califrnia da Cano Nativa de

    Uruguaiana em 1971. Um sentimento de valorizao de tudo o que circunda a cultura gacha

    se apossou de uma parcela da juventude e afirmou uma conscincia gacha nesta gerao que

    acolheu e disseminou o gauchismo nas mais variadas formas de manifestao. (LESSA,

    1985.) Por outro lado, alguns regramentos foram estabelecidos, quanto ao uso de

    instrumentos, gneros musicais e vestimentas, o que por vezes resultou em um engessamento

    da cultura.

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    Na dcada de 70, e principalmente na de 80, a msica regional gacha ganhou um

    impulso muito grande devido proliferao dos festivais nativistas 8em todo o estado, eventos

    que desencadearam o movimento nativista que alcanou seu auge nos anos 80 (JACKS, 2003.

    p 44.). Mais de 40 festivais anuais eram promovidos e a produo chegava a apresentar 600

    canes inditas por ano, o que colocava no mercado uma discografia, proveniente destes

    festivais e dos msicos participantes, nunca antes vista em termos de msica regional. Com

    essa produo surgiram muitos intrpretes, msicos, compositores e poetas que, influenciados

    pelos cones da primeira fase dos festivais nativistas, de 80 a 90, acompanharam uma

    verdadeira massificao dos festivais no estado chegando a acontecer mais de cinquenta

    edies em um s ano. No final dos anos 80 e incio da dcada de 90 comea a surgir uma

    segunda gerao de novos componentes deste crculo. Muitos festivais sucumbiram e muitos

    novos foram criados; a populao ouvinte crescia junto com a indstria musical do sul que a

    cada ano apresentava novos produtos provenientes dos artistas apresentados ao pblico em

    virtude dos festivais. Comea a acontecer certa profissionalizao desta classe, com inmeros

    msicos vivendo exclusivamente do ciclo dos festivais.

    Um dos atrativos importantes nestes eventos a chamada ajuda de custos, valor

    financeiro que notadamente deveria servir para cobrir as despesas de transporte, alimentao e

    hospedagem dos msicos integrantes da composio classificada para o evento. Esta ajuda de

    custos, somada aos valores recebidos para as msicas que alcanam alguma premiao, os

    prmios individuais como melhor arranjo, melhor instrumentista, melhor letra e vrios outros,

    alm do destaque natural que um vencedor ganha na mdia e, consequentemente, na vendagem

    de seu CD e de seu espetculo, chama a ateno dos msicos. Estas premiaes, algumas delas

    de considervel importncia, alavancam ainda mais o processo de produo musical.

    Outro fator que contribui para o desenvolvimento musical do estado a busca

    constante do aperfeioamento por parte de alguns msicos e compositores, pois a base da

    produo est inserida em um concurso, e em um concurso h sempre uma classificao. Esta

    disputa pela premiao tem levado a uma busca de maior conhecimento, que passa a ser

    aplicado nas composies e ao ser apresentada , em medida varivel, absorvida pelo meio.

    Ao testarem em suas composies os conhecimentos adquiridos esto introduzindo novos

    conceitos que so negociados e includos neste verdadeiro mosaico musical.

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    Alguns festivais permitem a inscrio de composies no idioma espanhol; esse

    fato proporciona a possibilidade de msicos de outros pases concorrerem nestes festivais. Os

    prprios artistas gachos esto recebendo convites para participar em eventos e festivais nos

    pases vizinhos, levando junto, a musicalidade e a cultura gacha. Estes fatos confirmam a

    existncia da integrao musical e aproximam significativamente as particularidades regionais

    envolvidas.

    No final da dcada de 80, comea a apario mais clara da chacarera nos festivais;

    inicialmente de maneira muito tmida, devido a imposies de gneros e instrumentos pelos

    regulamentos, onde alguns enfatizam que os gneros adotados devem representar a cultura

    regional gacha. No entanto, a chacarera ainda no comumente vista como representante

    desta cultura. Como participante e integrante de comisses julgadoras de vrios destes

    festivais noto certo receio, por parte de alguns jurados, em premiar composies que so

    nomeadas como chacareras. Tanto o chamam como a milonga, gneros que possuem

    razes platinas, so tranquilamente premiados e so os mais procurados pelos compositores.

    Porque ento no aceitarmos a chacarera como gnero musical utilizado e que vem

    expressando uma forma regional de ser executada? Porque o receio em premiarmos uma

    chacarera? O argumento comum nestas situaes era o mesmo: este ritmo argentino, no

    faz parte da nossa cultura. No entanto, o estudo das musicas dos festivais aponta para uma

    crescente aceitao do gnero, conforme estudo descrito a seguir.

    Ao analisar trinta e oito edies de festivais nativistas, realizadas nos anos de

    2010 e 2011, encontrei vinte e trs chacareras (entenda-se ai incluso o aire) entre

    quatrocentas e noventa e oito msicas e trinta e oito gneros distintos. Verifiquei que a

    incidncia deste gnero, conforme indicao escrita na parte grfica dos CDs e los analisados

    nestes anos aparece como o quinto mais procurado, ficando frente da prpria Vaneira e do

    Chote, gneros popularmente considerados gachos. Estes dados apresentados fazem parte

    de um banco de informaes que est sendo organizado a partir da observao do material

    grfico que compem os LPs, CDs, livretos, stios de divulgao e pelas informaes

    fornecidas atravs das comisses organizadoras onde apresentam o gnero adotado pelos

    compositores nestes festivais.

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    Grfico 1: 10 Gneros mais apresentados em 38 edies de festivais nativistas realizados em 2010 e 2011

    4. Algumas consideraes

    Baseado nessas impresses pode-se apontar para uma crescente insero da

    chacarera no contexto musical do Rio Grande do Sul. clara, tambm, a necessidade de um

    estudo mais aprofundado para identificar as caractersticas prprias e a maneira de executar

    este gnero que vem adquirindo respeito, valorizao e principalmente como se caracteriza o

    estilo gacho de se tocar a chacarera, assim como aconteceu com o chamam e a milonga.

    Hoje, um quarteto de guitarras9 executando uma milonga cantada em portugus, considerado

    extremamente gacho, mas um aire de chacarera com gaita ainda considerado por alguns,

    apenas uma cpia do folclore Argentino. A chacarera rio-grandense est conquistando seu

    espao entre os tantos gneros formadores da nossa cultura e identidade musical; detm um

    papel importante conforme nos apontam os dados preliminares deste trabalho, que faz parte de

    um estudo que est sendo elaborado abrangendo este tema com maior profundidade.

    O Rio Grande do Sul possui uma cultura extremamente rica pelo fato de ter sido

    colonizado por diversas etnias e possuir o mesmo modus vivendis que os gauchos

    uruguaios e argentinos, por pertencer mesma regio geogrfica e pela natureza comum do

    trabalho agropastoril. Na msica ocorre o mesmo; algumas variaes regionais, mas um forte

    intercambio de gneros. Isto nos aproxima mais do que qualquer outra coisa. Cabe lembrar

    que a msica regional rio-grandense nova ainda; fundamentada em trocas e apropriaes.

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    Referncias:

    ABALOS, Hermanos. Primer Album para Piano. Editora Hermanos Abalos. Buenos Aires,

    Argentina. 1 edio, 1952.

    ABECASIS, Alberto. La Chacarera Bien Mensurada. Ro Cuarto, Argentina. Universidade

    Nacional de Ro Cuarto: 2004

    ARETZ, Isabel. El Folklore Musical Argentino. Buenos Aires, Argentina. Editora Ricordi:

    1956.

    DUARTE, Colmar Pereira. Califrnia da Cano Nativa: marco de mudanas na cultura

    gacha. Porto Alegre. Editora Movimento: 2001.

    JACKS, Nilda. Mdia Nativa: Industria Cultural e Cultura Regional. Porto Alegre. 3 Ed. Ed

    Universidade/UFRGS: 2003.

    LESSA, Luis Carlos Barbosa. Nativismo: um fenmeno social gacho. Porto Alegre. L&PM

    Editores Ltda: 1985.

    SANTI, lvaro. Do Partenon Califrnia: O Nativismo e suas origens. Porto Alegre. Editora

    da UFRGS: 2004.

    VEGA, Carlos. Las Danzas Populares Argentinas. Buenos Aires, Argentina. Instituo Nacional

    de Musicologia Carlos Vega: 1986.

    WEBBER, Jorge Frederico. O Latino-americanismo e o Mercosul. Mimeo.

    1 Nota de recordaes de Florncio Sal encontrada por Izabel Aretz em Tucumn, publicadas em abril de 1913.

    2 Do verbo truncar; Omitir parte essencial de: truncar um texto. Cortar do tronco: truncar os ramos de uma

    rvore. Mutilar: truncar uma esttua. 3 Nome artstico de Rubn Manuel Martnez Sols ( 1920-1996), conhecido msico, compositor, poeta, pintor e

    educador da provncia de Entre Rios, (Argentina). 4 Compositor e poeta gacho nascido em Cacequi, RS; fundador e diretor do conjunto Os Teatinos; integrante do

    Conjunto Internacional de Folclore. 5 Instrumento musical similar ao acordeom que possui botes no lugar de teclas, sendo por esta razo tambm

    conhecida como gaita de boto, gaita botoneira, gaita de 8 baixos, 8 soco, gaita diatnica, gaita de voz trocada,

    gaita de duas conversas; Na argentina conhecida como Verdulera. 6 No RS utiliza-se esta forma para nomear o acordeo com teclado ou piano que composto por um teclado de

    um piano colocado na vertical, com as notas mais graves em cima e as mais agudas em baixo; tambm conhecida

    por gaita piano. 7 Luiz Carlos Barbosa Lessa, folclorista, escritor, msico, advogado e historiador brasileiro, um dos criadores do

    Movimento Tradicionalista Gacho; nascido em Piratini, RS. 8 Competies musicais onde se apresentam composies inditas com temtica regional, que ocorrem em vrias

    cidades do RS, com alguns j situados em SC e no PR. 9 Forma usualmente utilizada no RS quando se faz referncia a um quarteto de violes.