Chamado Eficaz - O ESTANDARTE DE...

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Chamado Eficaz C. H. Spurgeon

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Traduzido do original em Inglês

Effectual Calling — Sermon Nº 73

New Park Street Pulpit — Volume 2

By C. H. Spurgeon

Via: SpurgeonGems.org

Adaptado a partir de The C. H. Spurgeon Collection, Version 1.0, Ages Software.

Tradução por Camila Rebeca Teixeira

Revisão e Capa por William Teixeira

1ª Edição: Janeiro de 2017

Salvo indicação em contrário, as citações bíblicas usadas nesta tradução são da versão Almeida

Corrigida Fiel | ACF • Copyright © 1994, 1995, 2007, 2011 Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil.

Traduzido e publicado em Português pelo website oEstandarteDeCristo.com, com permissão de

Emmett O’Donnell em nome de SpurgeonGems.org, sob a licença Creative Commons Attribution-

NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International Public License.

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Chamado Eficaz

(Sermão Nº 73)

Um sermão pregado na Manhã de Sabath, 6 de abril de 1856.

Por C H. Spurgeon, em New Park Street Chapel, Southwark.

“E quando Jesus chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu,

desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa” (Lucas 19:5)

Não obstante a nossa firme convicção de que a maioria de vocês está bem instruída nas

doutrinas do Evangelho eterno, somos constantemente lembrados em nossa conversa com

jovens convertidos quão absolutamente necessário é repetir nossas lições anteriores e

repetidamente afirmar e provar mais e de novo as doutrinas que são o fundamento da nossa

santa religião. Os nossos amigos, portanto, a que há muitos anos a grande doutrina do

chamado eficaz foi ensinada, crerão que enquanto eu prego de modo muito simples nesta

manhã, o sermão é destinado para aqueles que são jovens no temor do Senhor, para que

eles possam melhor e de coração compreender este excelente ponto de partida, o chamado

eficaz de homens pelo Espírito Santo.

Usarei o caso de Zaqueu como uma grande ilustração da doutrina do chamado eficaz. Vocês

se lembram da história. Zaqueu tinha curiosidade de ver o maravilhoso homem, Jesus Cristo,

que estava virando o mundo de cabeça para baixo e causando uma imensa comoção na

mente dos homens. Nós, por vezes, encontramos falha na curiosidade e dizemos que é

pecaminoso vir à casa de Deus por este motivo. Eu não tenho certeza que devemos nos

ariscar a fazer tal afirmação. O motivo não é pecaminoso, embora certamente não seja

virtuoso; no entanto, tem sido muitas vezes provado que a curiosidade é um dos melhores

aliados de graça. Zaqueu, movido por esse motivo, desejava ver Cristo, mas havia dois

obstáculos no caminho: primeiro, havia uma multidão de pessoas de modo que ele não

conseguiria chegar perto do Salvador; em segundo lugar, ele era tão excessivamente baixo

que não havia esperança por olhar por cima das cabeças das pessoas de modo a ter um

vislumbre dEle.

O que ele fez? Ele fez o que os meninos estavam fazendo — pois, os meninos dos tempos

antigos eram, sem dúvida, assim como os meninos contemporâneos — eles haviam subido

em galhos de árvore para ver Jesus enquanto Ele passava. Embora sendo velho, Zaqueu

sobe e ali se senta entre as crianças. Os meninos ficam com muito medo do severo e velho

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publicano que os seus pais temiam, para empurrá-lo para baixo ou causar-lhe qualquer

inconveniente. Olhem para ele ali. Com que ansiedade ele está olhando para baixo, para ver

quem é o Cristo, pois o Salvador não tinha nenhuma distinção pomposa. Ninguém está

andando diante dEle com um cetro de prata. Ele não trazia um bastão dourado na mão, Ele

não tinha vestido pontifício. Na verdade, Ele estava apenas vestido como aqueles ao seu

redor. Ele tinha uma capa como a de um camponês comum, feita de uma só peça de alto a

baixo. Zaqueu mal conseguia distingui-lO. No entanto, antes que ele tivesse uma visão de

Cristo, Cristo fixou Seus olhos sobre ele e estando de pé debaixo da árvore, Ele olha para

cima e diz: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa”. Zaqueu

desce. Cristo vai para sua casa. Zaqueu se torna seguidor de Cristo e entra no reino dos

céus.

1. Agora, em primeiro lugar, o chamado eficaz é uma verdade Divina muito graciosa. Você

pode imaginar isso a partir do fato de que Zaqueu era uma pessoa a quem suporíamos ser

o último a ser salvo. Ele pertencia a uma má cidade, Jericó, uma cidade que tinha sido

amaldiçoada e ninguém suspeitaria que alguém que viesse de Jericó seria salvo. Foi perto

de Jericó que o homem caiu entre ladrões — nós confiamos que Zaqueu não teve participa-

ção nisso — mas há alguns que, enquanto eles são publicanos, podem ser ladrões também.

Nós também podemos esperar convertidos de St. Giles, ou das partes mais baixas de

Londres, dos piores e mais vis antros de infâmia, como a partir de Jericó naqueles dias. Ah,

meus irmãos, não importa de onde vocês veem, podem vir de uma das ruas mais sujas, uma

das piores favelas de Londres, se graça eficaz vos chama, é um chamado eficaz, que não

faz distinção de lugar. Zaqueu tinha também um péssimo modo de tratar com as pessoas e

provavelmente as enganava a fim de enriquecer a si mesmo. Na verdade, quando Cristo

entrou em sua casa, havia um murmúrio universal que Ele se hospedaria com um homem

que era um pecador. Mas, meus irmãos, a graça não conhece distinção. A graça não faz

acepção de pessoas. Deus chama quem Ele quer e Ele chamou aquele que era pior dentre

os publicanos, na pior das cidades, o pior dos homens de negócios. Além disso, Zaqueu era

um dos menos prováveis de serem salvos porque ele era rico. É verdade, ricos e pobres são

bem-vindos, ninguém tem a menor desculpa para desespero por causa de sua condição,

mas é um fato que “não são muitos os sábios segundo a carne, nem muitos os poderosos”,

os que são chamados, “porventura não escolheu Deus aos pobres deste mundo para serem

ricos na fé” [1 Coríntios 1:26; Tiago 2:5].

Porém, mesmo aqui a graça não conhece distinção. O rico Zaqueu é chamado desde a

árvore. Ele desce e é salvo. Eu pensei ser um dos maiores exemplos da condescendência

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de Deus, que Ele olhasse para baixo, para o homem. Mas, vou dizer-lhe que houve uma

condescendência maior do que esta, quando Cristo olhou para cima, para ver Zaqueu. Deus

olhar para baixo sobre as Suas criaturas é misericórdia, mas Cristo se humilhar, de modo

que Ele olhe para cima, para uma das Suas próprias criaturas, isso é misericórdia, de fato!

Ah, muitos de vocês que já subiram na árvore de suas próprias boas obras e se penduraram

nos ramos de suas santas ações e estão confiando no livre-arbítrio da pobre criatura, ou

descansando em alguma ideia mundana. No entanto, Cristo olha para cima até mesmo para

os pecadores orgulhosos e chama-os para baixo. “Desce”, diz ele, “hoje me convém pousar

em tua casa”. Se Zaqueu fosse um homem humilde de espírito, sentado à beira do caminho,

ou aos pés de Cristo, então admiraríamos a misericórdia de Cristo. Mas aqui ele está

exaltado e Cristo olha para ele e manda-o descer.

2. Esse também foi um chamado pessoal. Havia meninos na árvore, bem como Zaqueu, mas

não havia nenhum engano em relação á pessoa que foi chamada. Foi, “Zaqueu, desce

depressa”. Existem outros chamados mencionados nas Escrituras. Diz-se, especialmente:

“Muitos são os chamados, mas poucos os escolhidos”. Agora, é o chamado eficaz que é

intencionado pelo Apóstolo quando disse: “aos que chamou, a estes também justificou”

[Romanos 8:30]. Há um chamado geral que muitos homens, sim, todos os homens rejeitam,

a menos que depois haja um chamado pessoal, em particular, que nos faz Cristãos. Vocês

serão minhas testemunhas que foi um chamado pessoal que lhes trouxe ao Salvador. Foi

algum sermão que levou vocês a sentirem que eram, sem dúvida, as pessoas intencionadas.

O texto, talvez, fosse: “Tu és Deus que me vê” [Gênesis 16:13]. E, talvez, o ministro insistiu

particularmente sobre a palavra “me”, de modo que pensaram que os olhos de Deus estavam

fixados sobre vocês. E antes da conclusão do sermão, vocês imaginaram Deus abrindo os

livros para condená-los e vosso coração sussurrou: “Esconder-se-ia alguém em

esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor” [Jeremias 23:24]. Vocês poderiam

estar pendurados na janela, ou estar no corredor lotado, mas vocês tinham uma convicção

solene de que o sermão fora pregado para vocês e não para outras pessoas. Deus não

chama o Seu povo em multidão, mas em unidades.

“Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni, que quer dizer: Mestre” [João

20:16]. Jesus vê Pedro e João pescando à beira do lago e diz-lhes: “Sigam-Me”. Ele vê

Mateus, sentado à mesa na recebedoria, e diz-lhe: “Levanta-te e segue-Me”, e Mateus o

seguiu. Quando o Espírito Santo vem a um homem, a seta de Deus entra em seu coração,

ela não arranha o seu capacete, ou faz alguma um pequeno dano na armadura, ela penetra

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entre os espaços da armadura, entrando na medula da alma. Vocês já sentiram, queridos

amigos, este chamado pessoal? Vocês se lembram quando uma voz disse: “Levanta-te, Ele

te chama”. Vocês podem olhar para trás quando disseram: “Meu Senhor, meu Deus”, quando

sabiam que o Espírito estava lutando com vocês e disseram: “Senhor, eu venho a Ti, pois eu

sei que Tu me chamas”? Eu poderia chamar todos vocês por toda a eternidade, mas se Deus

chamar alguém, haverá mais efeito através de Seu chamado pessoal do que de meu apelo

geral às multidões.

3. Em terceiro lugar, é um chamado vivificante. “Zaqueu... depressa”. O pecador, quando ele

é chamado pelo ministério ordinário, responde: “Amanhã”. Ele ouve um sermão notável e ele

diz: “Eu me converterei a Deus aos poucos”. As lágrimas rolam pelo seu rosto, mas elas são

enxugadas. Alguma bondade aparece, mas como a nuvem da manhã, é dissipada pelo sol

da tentação. Ele diz: “Eu solenemente prometo a partir deste momento reformar minha vida.

Depois que mais uma vez eu consentir com meu pecado favorito, renunciarei os meus

desejos e me decidirei por Deus”. Ah, isso é apenas o chamado de um ministro e não serve

para nada. O Inferno, dizem, está cheio de boas intenções. Estas boas intenções são

geradas por chamados gerais.

A estrada para a perdição é colocada sobre ramos de árvores onde os homens estão

sentados, pois muitas vezes eles abaixam os ramos das árvores, mas eles mesmos não

descem. A palha colocada diante da porta de um homem doente faz com que as rodas dos

transportes que passam na rua façam menos barulho. Assim, há alguns que espalham

promessas no caminho do arrependimento e assim, descem mais facilmente e sem fazer

barulho, rumo à perdição. Mas o chamado de Deus não é um chamado para amanhã. “Hoje,

se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações, como na provocação” [Hebreus

3:15]. A graça de Deus sempre vem com urgência, e se você for atraído por Deus, correrá

para Deus e não estará falando sobre adiamentos. O amanhã não está escrito no almanaque

de tempo.

O amanhã está no calendário de Satanás e em nenhum outro lugar. Amanhã é uma pedra

esbranquiçada pelos ossos dos marinheiros que foram destruídos sobre ela. Amanhã é a luz

do guincho brilhando no litoral, atraindo pobres navios à destruição. Amanhã é o cálice do

idiota que fica no sopé do arco-íris, mas que ninguém jamais encontrou. Amanhã é a ilha

flutuante de Loch Lomond, que ninguém jamais viu. Amanhã é um sonho. Amanhã é uma

ilusão. Amanhã, sim, amanhã você pode levantar seus olhos no Inferno, estando em

tormentos. O relógio acolá diz “hoje”. Seus sussurros pulsam “hoje”. Eu ouço meu coração

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falar enquanto bate, e ele diz, “hoje”. Tudo grita “hoje”. E o Espírito Santo está em união com

essas coisas e diz: “Hoje, se ouvirdes a sua voz, não endureçais os vossos corações”. Peca-

dores, vocês estão inclinados agora para buscar o Salvador? Vocês estão suspirando uma

oração agora? Vocês estão dizendo: “Agora ou nunca! Eu devo ser salvo agora”? Se estiver,

então, espero que seja um chamado eficaz, pois Cristo, quando faz um chamado eficaz, diz:

“Zaqueu, depressa”.

4. Outrossim, é um chamado humilhante. “Zaqueu, desce depressa”. Muitas vezes um

ministro chamou os homens ao arrependimento com um chamado que os tornou orgulhosos,

exaltou-os em sua própria estima e levou-os a dizer: “Eu posso voltar para Deus quando eu

quiser. Eu posso fazê-lo sem a influência do Espírito Santo”. Eles foram chamados a subir e

não a descer.

Deus sempre humilha um pecador. Será que não me lembro quando Deus me disse para

descer? Um dos primeiros passos que eu tive que dar foi descer de minhas boas obras. E

oh, que queda foi aquela! Então eu fiquei em pé sobre a minha própria autossuficiência e

Cristo disse: “Desce! Eu derrubei as suas boas obras e agora terei que derrubar a sua

autossuficiência”. Bem, eu cai novamente e eu tinha certeza de que eu havia ido ao chão,

mas Cristo disse: “Desce!”. E Ele me fez descer até algum ponto em que senti que não era

salvável. “Desça, senhor! Desça, mais”. E eu desci, até que eu tive que tornar cada ramo da

árvore das minhas esperanças em desespero. Então, eu disse: “Não posso fazer nada. Eu

estou perdido”. As águas estavam passando em volta da minha cabeça e estava sem a luz

do dia e me encontrei ser estranho à comunidade de Israel.

“Desça ainda mais baixo, senhor! Você é muito orgulhoso para ser salvo”. Então, eu fui

trazido para baixo para ver minha corrupção, minha maldade, minha imundícia. “Desce”, diz

Deus, quando Ele quer salvar. Agora, pecadores orgulhosos, não é de nenhuma utilidade

que vocês se orgulhem, que subam em árvores, pois Cristo trará vocês para baixo. Oh, vocês

que habitam com a águia na rocha escarpada, vocês descerão de sua exaltação, vocês

descerão pela graça ou vocês descerão pela vingança, um dia. Ele “depôs dos tronos os

poderosos, E elevou os humildes” [Lucas1:52].

5. Em seguida, é um chamado afetuoso. “Hoje me convém pousar em tua casa”. Vocês

podem facilmente imaginar como os rostos na multidão mudaram! Eles pensaram que Cristo

era o mais santo e melhor dos homens e estavam prontos para fazê-lo rei. Mas Ele diz: “Hoje

me convém pousar em tua casa”. Houve um pobre judeu que esteve na casa de Zaqueu, ele

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esteve “no tapete”, como dizem nas aldeias do país quando alguém é lavado diante da

justiça, e ele recordou que tipo de casa era. Ele se lembrou de como ele foi levado para lá e

suas concepções dela era algo como as que uma mosca teria sobre a teia de aranha depois

de já ter escapado de lá uma vez.

Houve outro que teve quase todos os seus bens levados; a ideia que ele tinha de andar até

lá era como entrar em uma cova de leões. “O quê?”, eles disseram, “este homem santo

entrará em tal cova como esta, onde nós, pobres coitados fomos roubados e maltratados?

Já era ruim o suficiente Cristo falar com ele em cima da árvore, mas a ideia de ir para a sua

casa!”. Eles todos murmuravam sobre Ele ser “um convidado de um homem que era um

pecador”. Bem, eu sei que alguns de Seus discípulos pensaram que isso era muito impru-

dente, que poderia ferir o Seu caráter e que Ele poderia ofender as pessoas. Eles pensaram

que ele poderia ir ver este homem durante a noite, como Nicodemos, e dar-lhe uma audiência

quando ninguém o visse! Reconhecer tal homem publicamente era o ato mais imprudente

Ele poderia cometer.

Por que Cristo agiu assim? Porque Ele daria a Zaqueu um chamado afetuoso. “Eu não

entrarei e ficarei na sua porta ou olharei de sua janela, mas entrarei em sua casa, a mesma

onde os gritos das viúvas têm chegado aos seus ouvidos e você os têm ignorado. Entrarei

na sua sala, onde o choro dos órfãos nunca o levou a ter compaixão. Irei lá, onde, como um

leão voraz você tem devorado a sua presa. Irei lá, onde você maculou a sua casa e a tornou

infame. Eu irei para o lugar onde clamores subiram aos céus, vindo dos lábios daqueles a

quem você oprimiu.

“Entrarei em sua casa e lhe darei uma bênção”. Oh, que afeição houve nisso! Pobre pecador,

meu mestre é muito afetuoso. Ele entrará em sua casa. Que tipo de casa você tem? Uma

casa que você tornou infeliz com a sua embriaguez, uma casa que você contaminou com a

sua impureza, uma casa que você maculou com a sua maldição e blasfêmia, uma casa onde

você está realizando um comércio ilegal do qual você ficaria feliz em se livrar? Cristo diz: “Eu

entrarei em sua casa”. E eu conheço algumas casas nas quais agora Cristo vem todas as

manhãs, as quais antes eram antros de pecado. Marido e mulher que antes só conseguiam

brigar e lutar, dobram seus joelhos em oração. Cristo vai até lá na hora do jantar, quando o

trabalhador chega em casa para as suas refeições. Alguns dos meus ouvintes malmente

podem ter uma hora para as suas refeições, mas eles têm palavras de oração e a leitura das

Escrituras. Cristo vem até eles. Onde as paredes eram cobertas com canções lascivas e

imagens vãs, há um almanaque Cristão em um só lugar. Há uma Bíblia sobre a cômoda, e,

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embora seja apenas um quarto em que vivem, se um anjo entrasse e Deus dissesse: “O que

você viu naquela casa?”, “Vi bons móveis, pois há uma Bíblia lá; aqui e ali um livro religioso;

as imagens sujas foram jogadas fora e queimadas. Não há cartas no armário do homem

agora. Cristo entrou em sua casa”. Oh, que bênção termos o nosso Deus em casa, assim

como alegavam os romanos! Nosso Deus é um Deus do lar. Ele vem viver com o Seu povo!

Ele ama as tendas de Jacó.

Agora, pobres pecadores maltrapilhos, vocês que vivem no antro imundo em Londres, se

tais pessoas estão aqui, Jesus diz a vocês: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje me con-

vém pousar em tua casa”.

6. Novamente, este não era apenas um chamado afetuoso, mas foi um chamado permanen-

te. “Hoje me convém pousar em tua casa”. Um chamado comum é assim: “Hoje eu entrarei

em sua casa por uma porta e sairei pela outra”. O chamado comum que é dado pelo Evan-

gelho a todos os homens é um chamado que opera sobre eles por um tempo e depois está

tudo acabado, mas o chamado salvífico é um chamado permanente. Quando Cristo fala, Ele

não diz: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém ver a tua casa”. Não. Ele diz:

“me convém pousar em tua casa. Estou indo sentar-me para comer e beber contigo. Estou

indo ter uma refeição contigo. Hoje me convém pousar em tua casa”.

“Ah”, diz alguém, “você não pode dizer quantas vezes eu fiquei impressionado, senhor.

Muitas vezes tive uma série de solenes convicções e eu pensei que realmente era salvo,

mas tudo desvaneceu, como um sonho. Quando alguém acorda, tudo com o que ele sonhou,

desapareceu. Assim foi comigo”. Mas, ah, pobre alma, não se desespere. Você sente os

esforços da graça toda-poderosa dentro do seu coração ordenando que você se arrependa

hoje? Se for assim, será um chamado permanente. Se Jesus está operando em sua alma,

Ele virá e ficará no seu coração e o consagrará para a Si mesmo para sempre. Ele diz: “Eu

irei, e habitarei com você e o farei para sempre. Eu chegarei e direi:

‘Aqui Eu farei o meu descanso permanente,

Não mais sairei,

Não mais serei um estranho ou um convidado,

Mas o Mestre desta casa.’”

“Oh”, você diz, “é isso o que eu quero. Eu quero um chamado permanente, algo que durará.

Eu não quero uma religião passageira, mas uma religião permanente”. Bem, esse é o tipo

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de chamado que Cristo faz. Seus ministros não podem fazê-lo, mas quando Cristo fala, Ele

fala com poder e diz: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua

casa”.

7. Há uma coisa, porém, que eu não posso esquecer, a saber, que esse era um chamado

necessário. Basta lê-lo outra vez: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar

em tua casa”. Não era uma coisa que Ele poderia fazer ou não, este era um chamado

necessário. A salvação de um pecador é tanto uma questão de necessidade em relação a

Deus, quanto o cumprimento de Seu Pacto que a chuva não mais inundaria o mundo. A

salvação de cada filho comprado pelo sangue de Deus é uma coisa necessária por três

razões: É necessária porque é o propósito de Deus. É necessária porque é a compra de

Cristo e é necessária porque é a promessa de Deus. É necessário que o filho de Deus seja

recolhido. Alguns teólogos acham que é muito errado colocar uma ênfase na palavra “deve”,

especialmente na passagem onde se diz: “E era-lhe necessário passar por Samaria”. “Ora”,

eles dizem, “Ele precisou passar por Samaria, porque não havia outra maneira que Ele

pudesse ir e, portanto, Ele foi forçado a seguir por esse caminho”. Sim, senhores, nós

respondemos, sem dúvida. Mas, então não poderia ter havido outra maneira. A providência

fez com que Ele devesse passar por Samaria e que Samaria devesse estar na rota que Ele

escolhera.

“Era-Lhe necessário passar por Samaria”. A providência fez com que o homem construísse

Samaria diretamente na estrada e a graça compeliu o Salvador a dirigir-Se naquela direção.

Não foi dito: “Zaqueu, desce depressa, porque hoje posso pousar em tua casa”, mas “me

convém”. O Salvador sentiu uma necessidade forte. Isso era tão verdadeiramente necessário

quanto o fato de que o sol deve dar-nos luz durante o dia e a lua de noite; há exatamente

tanta necessidade que cada filho comprado pelo sangue de Deus seja salvo.

“Hoje me convém pousar em tua casa”. E oh, quando o Senhor diz isso — que Lhe convém

— então, Ele irá. O que disse, então, o pobre pecador, em outras vezes que nós o

chamamos: “Devo deixá-lO entrar, afinal? Há um estranho na porta. Ele está batendo agora,

Ele já havia batido antes, eu devo deixá-lO entrar?”. Mas desta vez é: “me convém pousar

em tua casa?”. Não houve bater na porta, mas a porta foi desintegrada em átomos! E para

dentro Ele andou — Eu devo, irei, quero ir — Eu não Me preocupo em proteger a sua vileza,

a sua incredulidade. Eu devo, Eu vou, Me convém pousar em tua casa”. “Ah”, diz alguém,

“eu não acredito que Deus alguma vez me fará crer no que você acredita, ou me tornará um

Cristão em absoluto”. Ah, mas se Ele apenas disser: “Hoje me convém pousar em tua casa”,

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não haverá resistência em você. Há alguns Metodistas entres vocês que desprezam a própria

ideia de ser um hipócrita; “O que, senhor? Você acha que eu alguma vez me transformaria

em um de seus religiosos”. Não, meu amigo, eu não acho isso; eu tenho certeza. Se Deus

diz “Me convém”, não há nenhuma oposição contra isso. Que Ele diga “deve”, e isso será

feito

Vou apenas contar-lhe uma anedota provando isso. “Um pai estava prestes a enviar seu filho

para a faculdade, mas como ele conhecia a influência a qual ele estaria exposto, ele estava

com uma profunda solicitude e preocupado com bem-estar espiritual e eterno de seu filho

querido. Temendo que os princípios da fé Cristã que ele tinha se esforçado para incutir em

sua mente fossem rudemente removidos, mas confiando na eficácia da Palavra, que é viva

e eficaz, ele comprou, sem que o seu filho soubesse, uma bela cópia da Bíblia e a depositou

no fundo da mala. O jovem começou a sua carreira universitária. As restrições de uma

educação piedosa logo foram quebradas e ele passou da especulação para a dúvidas e das

dúvidas a uma negação da realidade da religião. Depois de ter ficado, em sua própria estima,

mais sábio do que seu pai, ele descobriu um dia, enquanto vasculhava a sua mala, com

grande surpresa e indignação o depósito sagrado. Tirou-o e enquanto deliberava sobre o

que faria com a Bíblia, determinou que a usaria como papel para limpar a máquina de barbear

durante o barbear-se. Assim, cada vez que ele fazia barba, ele arrancava uma folha ou duas

do Livro Santo e, assim, usou-o até que quase a metade do volume foi destruído.

Mas enquanto ele estava cometendo este ultraje com o Livro Sagrado, um texto num mo-

mento e depois, alcançou o seu olho e foi como uma flecha aguda ao seu coração. Por fim,

ele ouviu um sermão, que desvelou a ele a sua própria condição e sua exposição à ira de

Deus. Ele voltou o seu pensamento para a impressão que ele havia recebido da última folha

rasgada do volume bendito, ainda que insultado. Se mundos estivessem à sua disposição,

ele livremente abriria mão deles, se isso o ajudasse a desfazer o que tinha feito. Finalmente,

ele encontrou perdão aos pés da Cruz. As folhas rasgadas daquele santo volume trouxeram

cura para sua alma, pois o fizeram repousar na misericórdia de Deus, que é suficiente para

o principal dos pecadores.

Digo-vos que não há um réprobo andando pelas ruas e contaminando o ar com suas

blasfêmias; não há uma criatura perdida, de modo a ser quase tão maligna quanto o próprio

Satanás, a qual não está ao alcance da misericórdia — se ele é um filho da vida — se Deus

lhe diz: “Hoje me convém pousar em tua casa”, então Ele certamente o fará.

Agora você sente, meu caro ouvinte, algo em sua mente que parece dizer que você se

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posicionou contra o Evangelho por longo tempo, mas hoje você não consegue mais manter-

se afastado? Você sente que uma mão forte o tem segurado e você ouve uma voz dizendo:

“Pecador, Me convém pousar em tua casa. Você muitas vezes desprezou a Mim, muitas

vezes riu de Mim, você muitas vezes cuspiu no rosto da misericórdia, muitas vezes Me blasfe-

mou, mas pecador, Me convém pousar em tua casa. Ontem, você bateu a porta na cara do

missionário. Você queimou o folheto, você riu do ministro, amaldiçoou a casa de Deus, você

profanou o Sabath, mas pecador, Me convém pousar em tua casa, e Eu pousarei”?

“O quê? Senhor”, você diz, “pousar em minha casa! Ora, ela está cheia de iniquidade. Pousar

em minha casa! Ora, não há uma cadeira ou uma mesa, senão as que clamarão contra mim.

Pousar em minha casa!? Ora, todas as vigas e pisos se levantariam e diriam que eu não sou

digno de beijar a orla de Tua veste. O que? O Senhor, pousar, em minha casa!?”, “Sim”, diz

Ele, “Me convém. Há uma necessidade forte, Meu amor poderoso me constrange e se você

me deixará ou não, estou determinado a fazer com que você esteja disposto e você deve Me

deixar entrar”.

Isso não te surpreende, pobre temeroso, você que pensava que o dia da graça havia

desaparecido e que o sino de sua destruição havia anunciado o seu enterro? Oh, não

surpreende você que Cristo não só pede-lhe para vir a Ele, mas convida a Si Mesmo para a

sua mesa, e ainda mais, quando você gostaria de afastá-lO, Ele gentilmente diz: “Me convém

entrar”? Apenas imagine Cristo indo atrás de um pecador, pleiteando, chamando-o para que

Ele o salve; e isso é exatamente o que Jesus faz com os Seus escolhidos.

O pecador foge dEle, mas a livre graça o persegue e diz: “Pecador, venha a Cristo”. E se

nossos corações estão fechados, Cristo põe a mão pela porta e se não o abrirmos, mas

apenas o repelirmos friamente, Ele diz: “Me convém entrar”. Ele chora por nós até que as

Suas lágrimas nos conquistam. Ele clama por nós até que os Seus gritos prevaleçam, e

finalmente, em Sua própria hora bem determinada, Ele entra em nosso coração e ali habita.

“Me convém pousar em tua casa”, disse Jesus.

8. E agora, por fim, este chamado foi eficaz, pois vemos os seus frutos. A porta de Zaqueu

foi aberta, a sua mesa colocada, o seu coração foi generoso, a sua consciência foi aliviada,

alegre ficou a sua alma. “Senhor”, ele diz, “eis que eu dou aos pobres metade dos meus

bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado” [Lucas 19:8].

Assim se foi uma parte de seus bens. Ah, Zaqueu, você irá para a cama hoje à noite bem

mais pobre do que quando se levantou nesta manhã, porém infinitamente mais rico também!

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Pobre, muito pobre, em bens deste mundo, em comparação com o que você era quando

você subiu aquela figueira. Porém, mais rico, infinitamente mais rico em tesouro celeste.

Pecador, saberemos se Deus o chamou por isso: Se Ele chamou, este será um chamado

eficaz, não um chamado que você ouve e depois esquece, mas um que produz boas obras.

Se Deus o chamou nesta manhã, esse copo de embriaguez será abaixado, erguidas serão

as orações. Se Deus o chamou nesta manhã, não haverá uma persiana abaixada em sua

loja, mas todas, e você terá posto um aviso: “Esta loja está fechada no Sabath e não mais

será aberta neste dia”.

Amanhã haverá tais e tais divertimentos mundanos, mas se Deus o chamou, você não irá. E

se você tiver roubado alguém (e quem sabe pode haver um ladrão aqui), se Deus o chamar,

haverá uma restauração do que você roubou, você desistirá de tudo o que você tem, de

modo que você seguirá a Deus com todo seu coração. Nós não acreditamos que um homem

seja convertido a menos que ele renuncie ao erro de seus caminhos, a menos que, na prática,

ele seja levado a conhecer que o próprio Cristo é o Mestre de sua consciência e que a Sua

lei é o seu prazer.

“Zaqueu, desce depressa, porque hoje me convém pousar em tua casa”. E, ele apressou-se

e desceu e recebeu Jesus com alegria. “E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor,

eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho defraudado

alguém, o restituo quadruplicado. E disse-lhe Jesus: Hoje veio a salvação a esta casa, pois

também este é filho de Abraão. Porque o Filho do homem veio buscar e salvar o que se havia

perdido” [Lucas 19:8-10].

Agora, uma ou duas lições. A lição para os soberbos. Desce, coração orgulhoso, desce! A

misericórdia corre nos vales, mas não vai ao topo da montanha. Desce, desce, espírito

exaltado! A cidade elevada, Ele a rebaixa até ao chão e depois a edifica. Há também uma

lição para a pobre alma desesperada: eu estou contente de vê-la na casa de Deus, nesta

manhã; é um bom sinal. Não me importa o motivo pelo qual você veio. Talvez, você soube

que havia um estranho tipo de homem que pregava aqui. Não se preocupe com isso. Você

é tão estranho quanto ele é. É necessário que haja homens estranhos para se reunirem com

outros homens estranhos.

Ora, eu tenho muitas pessoas aqui. E se eu pudesse usar uma figura, eu deveria compará-

los a um grande montão de cinzas, misturado com um pouco de pó de ferro. Agora, meu

sermão, se for ajudado com graça Divina, será uma espécie de ímã, não atrairá qualquer

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partícula de pó das cinzas, elas permanecerão exatamente onde estão; mas atrairá o pó de

ferro. Tenho um Zaqueu ali. Há uma Maria lá em cima. Um João lá em baixo, uma Sara, ou

um William, ou Tomé ali — os escolhidos de Deus — eles são pó de ferro na congregação

de cinzas e meu Evangelho, o Evangelho do Deus bendito, como um grande ímã, os atrai

para fora do montão.

Ali vêm eles. Por quê? Porque houve uma força magnética entre o Evangelho e os seus

corações. Ah, pobre pecador, venha a Jesus, creia em Seu amor, confie em Sua

misericórdia. Se você tem o desejo de vir, se você está forçando o seu caminho em meio às

cinzas para chegar a Cristo, então é porque Cristo está chamando você. Oh, todos vocês

que se reconhecem como pecadores — cada homem, mulher e criança dentre vocês — sim,

vocês pequenas crianças (pois, Deus me deu alguns de vocês para que sejam o meu

galardão), vocês se sentem pecadores?

Então, creiam em Jesus e sejam salvos. Muitos de vocês vieram aqui por curiosidade. Oh,

que vocês possam ser encontrados e salvos. Angustiado estou por vocês, para que não

afundem no Inferno. Oh, ouçam a Cristo, enquanto Ele fala com vocês. Cristo diz: “Desce”.

Nesta manhã, vão para casa e humilhem-se diante de Deus. Vão e confessem as suas

iniquidades, que pecaram contra Ele. Vão para casa e digam a Ele que vocês estão

desgraçados, arruinados sem a Sua graça soberana. Depois, olhem para Ele, com a certeza

de que Ele olhou primeiro para vocês. Vocês dizem: “Senhor, oh, eu estou disposto suficiente

a ser salvo, mas estou com medo que Ele não esteja disposto”.

Parem! Parem! Não falem mais disso! Vocês sabem que isso é, em parte, uma blasfêmia?

Não como um todo. Se vocês não fossem ignorantes, eu lhes diria que era uma blasfêmia

completa. Vocês não podem olhar para Cristo antes que Ele tenha olhado para vocês. Se

vocês estão dispostos a serem salvos, Ele vos concedeu essa vontade. Creia no Senhor

Jesus Cristo e seja batizado e você será salvo. Espero que o Espírito Santo esteja chamando

você.

Jovem lá em cima, jovem na janela, desça depressa! Homem velho, sentado nestes bancos,

desça! Comerciante no corredor, se apresse. A Idosa e a jovem, que não conhecem a Cristo,

oh, que Ele olhe para vocês! Velha avó, ouça o chamado gracioso. E você, jovem rapaz,

Cristo pode estar olhando para você; eu confio que Ele está, e diz-lhe: “desce depressa,

porque hoje me convém pousar em tua casa”.

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ORE PARA QUE O ESPÍRITO SANTO use este sermão para trazer muitos

Ao conhecimento salvador de JESUS CRISTO.

Sola Scriptura!

Sola Gratia!

Sola Fide!

Solus Christus!

Soli Deo Gloria!

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10 Sermões — R. M. M’Cheyne

Adoração — A. W. Pink

Agonia de Cristo — J. Edwards

Batismo, O — John Gill

Batismo de Crentes por Imersão, Um Distintivo

Neotestamentário e Batista — William R. Downing

Bênçãos do Pacto — C. H. Spurgeon

Biografia de A. W. Pink, Uma — Erroll Hulse

Carta de George Whitefield a John Wesley Sobre a

Doutrina da Eleição

Cessacionismo, Provando que os Dons Carismáticos

Cessaram — Peter Masters

Como Saber se Sou um Eleito? ou A Percepção da

Eleição — A. W. Pink

Como Ser uma Mulher de Deus? — Paul Washer

Como Toda a Doutrina da Predestinação é corrompida

pelos Arminianos — J. Owen

Confissão de Fé Batista de 1689

Conversão — John Gill

Cristo É Tudo Em Todos — Jeremiah Burroughs

Cristo, Totalmente Desejável — John Flavel

Defesa do Calvinismo, Uma — C. H. Spurgeon

Deus Salva Quem Ele Quer! — J. Edwards

Discipulado no T empo dos Puritanos, O — W. Bevins

Doutrina da Eleição, A — A. W. Pink

Eleição & Vocação — R. M. M’Cheyne

Eleição Particular — C. H. Spurgeon

Especial Origem da Instituição da Igreja Evangélica, A —

J. Owen

Evangelismo Moderno — A. W. Pink

Excelência de Cristo, A — J. Edwards

Gloriosa Predestinação, A — C. H. Spurgeon

Guia Para a Oração Fervorosa, Um — A. W. Pink

Igrejas do Novo Testamento — A. W. Pink

In Memoriam, a Canção dos Suspiros — Susannah

Spurgeon

Incomparável Excelência e Santidade de Deus, A —

Jeremiah Burroughs

Infinita Sabedoria de Deus Demonstrada na Salvação

dos Pecadores, A — A. W. Pink

Jesus! – C. H. Spurgeon

Justificação, Propiciação e Declaração — C. H. Spurgeon

Livre Graça, A — C. H. Spurgeon

Marcas de Uma Verdadeira Conversão — G. Whitefield

Mito do Livre-Arbítrio, O — Walter J. Chantry

Natureza da Igreja Evangélica, A — John Gill

OUTRAS LEITURAS QUE RECOMENDAMOS Baixe estes e outros e-books gratuitamente no site oEstandarteDeCristo.com.

— Sola Scriptura • Sola Gratia • Sola Fide • Solus Christus • Soli Deo Gloria —

Natureza e a Necessidade da Nova Criatura, Sobre a —

John Flavel

Necessário Vos é Nascer de Novo — Thomas Boston

Necessidade de Decidir-se Pela Verdade, A — C. H.

Spurgeon

Objeções à Soberania de Deus Respondidas — A. W.

Pink

Oração — Thomas Watson

Pacto da Graça, O — Mike Renihan

Paixão de Cristo, A — Thomas Adams

Pecadores nas Mãos de Um Deus Irado — J. Edwards

Pecaminosidade do Homem em Seu Estado Natural —

Thomas Boston

Plenitude do Mediador, A — John Gill

Porção do Ímpios, A — J. Edwards

Pregação Chocante — Paul Washer

Prerrogativa Real, A — C. H. Spurgeon

Queda, a Depravação Total do Homem em seu Estado

Natural..., A, Edição Comemorativa de Nº 200

Quem Deve Ser Batizado? — C. H. Spurgeon

Quem São Os Eleitos? — C. H. Spurgeon

Reformação Pessoal & na Oração Secreta — R. M.

M'Cheyne

Regeneração ou Decisionismo? — Paul Washer

Salvação Pertence Ao Senhor, A — C. H. Spurgeon

Sangue, O — C. H. Spurgeon

Semper Idem — Thomas Adams

Sermões de Páscoa — Adams, Pink, Spurgeon, Gill,

Owen e Charnock

Sermões Graciosos (15 Sermões sobre a Graça de

Deus) — C. H. Spurgeon

Soberania da Deus na Salvação dos Homens, A — J.

Edwards

Sobre a Nossa Conversão a Deus e Como Essa Doutrina

é Totalmente Corrompida Pelos Arminianos — J. Owen

Somente as Igrejas Congregacionais se Adequam aos

Propósitos de Cristo na Instituição de Sua Igreja — J.

Owen

Supremacia e o Poder de Deus, A — A. W. Pink

Teologia Pactual e Dispensacionalismo — William R.

Downing

Tratado Sobre a Oração, Um — John Bunyan

Tratado Sobre o Amor de Deus, Um — Bernardo de

Claraval

Um Cordão de Pérolas Soltas, Uma Jornada Teológica

no Batismo de Crentes — Fred Malone

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2 Coríntios 4

1 Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;

2 Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem

falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,

na presença de Deus, pela manifestação da verdade. 3 Mas, se ainda o nosso evangelho está

encoberto, para os que se perdem está encoberto. 4 Nos quais o deus deste século cegou os

entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória

de Cristo, que é a imagem de Deus. 5 Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo

Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. 6 Porque Deus,

que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,

para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. 7 Temos, porém,

este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós. 8 Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.

9 Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos;

10 Trazendo sempre

por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus

se manifeste também nos nossos corpos; 11

E assim nós, que vivemos, estamos sempre

entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na

nossa carne mortal. 12

De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. 13

E temos

portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,

por isso também falamos. 14

Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará

também por Jesus, e nos apresentará convosco. 15

Porque tudo isto é por amor de vós, para

que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de

Deus. 16

Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o

interior, contudo, se renova de dia em dia. 17

Porque a nossa leve e momentânea tribulação

produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; 18

Não atentando nós nas coisas

que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se

não veem são eternas.