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áUÜO II ', ""•*"—-- ASSIGNATURAS (Recife) Trimestre 4$000 Anno.. 10$O0Ü Recife,—Quinta-feira 6 de Novenibro.de 1873 (Lilerior e Províncias) .Trimestre 4§50G "inno 18$000 As assignaturas conie--, cará em qualquer tempo e terminam no ultimo de Março, Junho, Setembro e Dezembro. Píitílica-se todos os dliaw, ^ PAGAMENTOS ADIANTADOS. N 1 39 «*.. COBRE SPONDENCIA ' -.,-,;-&-¦¦ A Eedacção acceita e agradece a collaboracão. ÓRGÃO DO PARTIDO LIBERAL' Vejo por toda a parte um syrnptoma, que ine assusta pela liberdade das nações e da Igreja: a centralisaeüo. Um «lia os povos despertarão clamando .—Onde as nos- ias liberdades ? p. uelix—])isc. no Gouor. de . Malines, 180-1. A correspondência politica será dirigida á rua Duque de Caxias n.5C l\andar. Toda a demais correspon- dencia, annuncios e reclama- ções serão dirigidos para o es- criptorio typographia á rua Faulino Câmara n. 2 8 PAGAMENTOS ADIANTADOS » 5 de Novembro de 1873 Se, perante a opinião publica, o governo mostrou-se alguma vez supinamente inepto, e desazado, sem duvida o provam as lutas actuaes nas questões religiosas. Jamais caminha mal o poder quo observa a Constituição e cumpre as leis. O que vemos em torno de nós, no seio do paiz, são os oppressores infringindo os co- digòs legislativos da nação. O pacto fundamental do Brazil, como o de outros paizes constitucionacs, proclama o livre exercício dos cultos, a tolerância re- ligiosa, como necessidade indeclinável da tranquillidade e felicidade publicas. Os cidadãos brazileiros, fieis á estes prin- cipios cardeaes da nossa organisaçao politi- ca, fieis ao mandato da Constituição, em quanto esta existir e não for reformada, não se anastaríio dahi, querem que a liberdade que ella consagra, nem seja pretexto de op- pressão, nem occasião de discórdias civis; em uma palavra querem garantida a liber- dade dos cultos contra todos os ataques, e garantida a liberdade negativa do cidadão pertencer ás associações religiosas, e esca- par á espécie de império que ellas podem exercer. Este regimen racional, pôde ser atacado., pelo despotismo dos poderes, ou por em- bagaços revolucionários, creados muitas ve-' zes pela philosophia que se perde no vago das abstracções. mo em diametral rebeldia ao christianis- mo. São tão unidos, por tal forma se con- fundem, que um não pôde existir, em sua verdadeira pureza, e perfeita integridade, sem o outro.' . Se fosse possível separal-os, e dar-lhes preferencia, sem duvida vencidos deveriam ser os padres, os funceionarios da Igreja,'e não o fundador divino da religião que remio J a humanidade, e perpetuou sua alliança com I Deus. Se os princípios da religião christã são in- herentes as liberdades que o progresso e a civilisação dos povos adquiriram para sem- pre, e náo estão dispostos á perdel-as ; e de tal modo iuberentes que não podemos sepa- ral-as, nem por pensamento, como diz Boyer- Collard, da existência das sociedades civis, outra religião mais digna não pode haver senão essa que denomina-se cbristianismo, que se aeba sob a protecçãp da Constituição e das leis, que triumpliou decisivamente das lutas e ruínas do passado. Qualquer outro systema religioso, antipo- da dessas conquistas liberaes, é um systema n viciado, falsificado na base, e impudente- mente falsificado nas suas modernas appli- cações; é um systema que mente á razão, e mente á historia. Os bispos rebellam-se ás conquistas libe- raes, interpretara, a doutrina á luz dos prin- cipios do jesuitismo que foi vencido : affron- tam as constituições e as leis, que se acham de accòrdo com os princípios e idéas religior sas que são iuberentes á existência das so- ciedades civis. Os bispos por tanto, devem responder por seus actos, por suas enormes sinceros da liberdade, responderemos em- fim pelo grito eonsolador e vencedor,—que echoará em todo o império—justiça, mais justiça, sempre justiça! CHMiCA Sobresahe actualmente, em combate deci- , culpas e delictos, perante a sociedade que sivo contra a constituição, o poder ecclesias tico, representado pelos bispos. D. Vital é o chefe dos chefes, o Agammenão de mitra e cajado; é portanto o insrgne e maior op- - Xn-essor da liberdade de consciência, o autor consciente das nossas discórdias civis, que cada dia tomam aspecto mais desagradável ¦* e triste. Se a opinião publica brada por providen- cias que assegurem aquelles princípios libe- raes, se clama por medidas que no futuro abriguem-essas liberdades de,novos e seme- lbantes attentados; os poderes do Estado, e especialmente o governo, ficam aturdidos, vacillam na fraqueza de suas convicções e por meio de provocadora e irritante lentidão addiam, e não extinguem as difiiculdades. O que mais intimida os espíritos, e assus- ta as consciências, é que a inimação tende a falsificar a religião dos nossos pais : sob a ap- parencia fallaz e eapiciosa de defender a ca* tholicismo,-.tende-se para o anniqnillamento i das liberdades sociaes, que constituem a co- rôa primorosa e brilhantíssima dos últimos séculos christãos. Transmittidas á geração presente pela educação domestica, a persuasão e o habito gravaram-lhe o sello indelével nos nossos corações. Se a religião é a base da moral popular, os princípios liberaes da religião chrisfcã são que ligam os cidadãos entre si e com o corpo do Estado. São estes princípios, quo longe de destrui- rem o catholicismo, o asseguram e firmam por meio de uma influencia branda e efficaz. Tentar, o praticar o contrario, ó falsificar a religião, porque não pôde haver cafcbolicis- perturbam e anarchisam. Diante destas tyrannias, e oppressões theocraticas, o paiz, os poderes do estado, e o governo, a quem está confiada a salvação publica, náo devem vacillar. ' Fossem as prétencõés exageradas de al- gum liberalismo falsificado, ou demagógico quem estivesse em campo; fossem os emba- raços revolucionários creados por alguma philosophia que se perde no vago das abs- trações, não teríamos outra lingoagem. Nosso posto é um; nosso alvo o mes- mo. A liberdade em sua omnimoda e racio- nal applicação.¦* Uma nação não é.impunemente perturba- da, o'ffendida em suas opiniões religiosas; e como sua autoridade é superior á todas as outras autoridades, como os receios que ins- pira sobrepuja á todos os outros receios, é impossivel que quanto mais imprudentemen- te se . comprimir esta mola, não reaja ella com mais força contra todos os oppres- sores. « Entre todos os meios de acção e salva- ção que a vontade soberana confiou aos po- deres do Estado, diz o citado parlamentar, a justiça ó que se deve preferir. A justiça de- verá ser collocada eutre os interesses discor- des e as paixões rivaes; apossem-se da justi- ça como do mais profundo dos artifícios e da mais sabia das combinações politicas. Pela justiça se pacificará o presente, e se conjurará o futuro ; por ella se reerguerá o opprimido, e ^e espantará o oppressor. » Se os bispos, em gritos ferozes, e dema- gogós de nova espécie, invocam a audácia' 'mais audácia, ainda a audácia, nós, amigos* '-". . Atliirfsifc tração <fts& pi0oviu- ciai*—Lê-se no Diário folha oflicial: Por portaria da presidência de 3 do cor- rente fòi nomeado Manoel Antônio de Luna para exercer interinamente o lugar de biblio- thecario provincial, durante o impedimento do effectivo. Cbíaaiiftiia ÉrtieeÍMá—Temos mais de uma vez provocado os escriptores da columna que appareceu no Diário sob a epi- graphe —Partido Corservdilor—á que decla- rem, como é ella órgão do partido conserva- dor na provincia, que laços prendem-n'a a esse partido, e de que modo lhe transmittio este ,os poderes para fallar em seu nome e com a responsabilidade collectiva. Até hoje não se dignaram responder-nos e absoluto silencio guardam á tal respeito. não temos duvida e comnosco a parte do publico, que tem demorado suas vistas sobre tal columna, que não é ella mais que o enfesado frueto de algumas aves de ar- ribação não, que adejam em torno do presidente da provincia, com as vistas fitas em fatias de pão de-ló e se espanejando ás auras tão refrigerantes e propicias. Em lugar de dar á tal columna a epigra- phe de partido conservador porque não a intitulam de modo máiâ fiel a verdade ? Columna Lucena, é como deviam denomi- nal-a. E' um conselho \\xe nos aventuramos á dar-vos, nós, os oligarchás, os liberdadeiros, os especuladores cgnicos como em vossa bella linguagem nos chamais. Attacaes-nos de um modo bem oxtranho. Pretendeis contestar-nos a qualidade de liberaes ; escrevestes em vossa columna que o partido liberal não tem razão de ser, desappareceu; que hoje temos no paiz o vosso partido e o republicano. O que sois então ! Essas duas grandes ordens de aspirações* sociaes, que em todos os paizes determinam indecliuavelmente a existência de um partido de acção eprogres- so e outro de estacionamento e resistência, o Sr. Bio Branco teve a força de suppri- mil-os ? Q que sois vós que esperáes viver, gra- lhas politicas, á sombra de um liberalismo hypocrita.e illusorio ?, Sois uns gi andes homens, sois uns tgpos acabados de patriotas, que se sacrificam pela fe- licidade publica. \ Tendes razão, podeis chamar-nos espe- culadores, mas, (proh pudor !) não intitu- leis vossa columna com o titulo de partido conservador. ImííoSiereaifla. O Sr. Lucena, para conceder aposentadoria ao Sr. -José Pe- dro, exigio que. este se submetsesso a um exame medico, que fizesse certa a sua im-' possibilidade de continuai; a servir. Ao Sr. Joaquim Portella porem dispen- sou d'esse exame e contou-lhe o tempo que conservou-se em casa á bem dos interesses da instrucção publica. E- o Sr. Lucena'diz que a lei é igual para todos, que na applicação d'ella não coube- ce os indivíduos, nem a sua pgsição social! ! E' assim que se restaura o império da justiça, Sr. Lucena ? ®&e©ÍI.SieS5^ãO A informação que nos ministraram acerca dos novos apóstolos da sociedade Catholica, não foi completa. O Sr. Cypriano Alcoforado pregou o seu sermão no domingo ultimo, e dizem-nos que tocou ao pathetico e ao sublimo. Accrescentam que está elle encarregado do sermão do Mandato em S. Pedro, na pro- -,' Wíú m- . .f '' Cm W£, xima semana santa, para o que provável- mente obteve do jovem prelado a compe- tente provisão. Está muito curiosa, para não diser-mos espinhosa, a posição do Sr. Cypriano ; —je- suita de Páo d'Alho com o Sr. D.Vitaí, e de- golador do mesmo Sr. D. Vital com o Sr. Lucena. Com uma vela accesa á Deus e outra ao diabo,vae o Taleyrand cearense atravessan- do esta onda, mostrando n'esta duplicidade que è possível ter-se duas consciências uma para o palácio da Soledade e outra para o palácio do Campo das Princezas. -. Que tempos e que homens ! Com taes auxiliares poderá o governo sair- se da carneirada em que se metteu ? Ao Mr. cHuíüíe «tfie poUciu: Da comarca de Bom Conselho pedem-nos que despertemos a attenção do Sr. Correia de Araujc sobre o estado anormal d'aquèlià comarca. A reproducção de crimes contra a propriedade e vida dos cidadãos e alli es- pautosa, e as áuetoridades policiaes da lo- calidade permanecem ua mais reprehcnsi- vel incúria, na mais censurável indolência. Desculpe-nos o Sr. Antônio Correia de Araújo se os clamores da população paci- fica do Bom Conselho nos obrigam a incom- inoda-lo no seu dulce farniente. Mão valera.' ai&eíia ? Consta- nos que fora excluído da lista dos provin- ciaes o Sr, Henrique Mamede, sob pretexto de estar distante da provincia, custando as- sim a sua presença boa ajuda de custo aos cofres públicos. Pobres coffres, que levam esta innocentes ! Delles se servem para tudo ! Ora são san- grados deshumanamente por amor de ar- ranjos inconfessáveis, ora para satisfazer outros arranjos serve a economia delles de pretexto. Não valeria a pena a despesa, contanto, que não perdêssemos o nosso Ma- mede ? Porque não hão de guardar o lu- garzinho mandando eleger um parente do patriota ausente? Por ventura haverá entre elles falta absoluta de um varão prestante ? Onde está o Sr. Marcionillo, que não açode em defesa do parente ; porque não respon- deu ao chefe offerecendo do seu bolso a des- pesa do Mamede ? Por tão pouco dinheiro deixa mergulhar a influencia da familia. & «Il^aBCtíDâ0 íSsa §òtoi,ats piaoBi- ca».—Pedimos ao Sr. Dr. -José Tiburcio que não se entregue tanto a sua candidatu- ra e cuide em cumprir melhor com os seus deveres. Aponte sobre o rio Jordão na po- voação da Boa-Viagem acha-se em péssimo estado, assim como o calçamento da estação da via-ferrea á mesma povoação, e S. S. não tem tomado a menor providencia. €> $MlMfieIeg,a<l<a» <ã® Poço © ©» SeMS croaai|>5M,.«>,5as.—A perseverança do Sr. Dr. chefe de policia em conservar o Sr. Sebastião Affonso, vulgo Baifa Afonso, no cargo de autoridade policial lugar to- dos os dias a novos escândalos e arbitrarie- dades. Os seus apaniguados, certos da impYmi- dade que os aguarda, com toda a ostentação aflrontam a moralidade e perturbam a or- dem publica. Ainda no dia 3 do corrente, ás 8 horas da noite, tres indivíduos bem conhecidos pelas repetidas desordens que andam sempre pro- movendo, e que são França Pereira, Manoel Pereira, e Autero, entenderam que deviam embarcar no trem de Caxangá sem pagarem, e pelo simples faeto de ser-lhes cobrada a passagem, um delles pucha de uma faca e ameaça o çonduetor. Todos os-dias repetem-se scenas iguaes, sem que o Sr. Baixa Afonso tome a menor providencia contra os seus autores—que, afinal de contas, são os homens de que anda acompanhado esse subdèlegado que por escarneo ao bom senso é conservado como representante da autoridade! -E o Sr. chefe de policia não desperta ! Abandone S. S. a vida de divertimentos e passeios a que se tem entregue e applique-se um pouco mais seriamente aos negócios pu- ''! "'" '."'¦*} T ítíi æ¦ a" ' » st* ,-'¦'¦ *\ m

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áUÜO II', ""•*"—--

ASSIGNATURAS(Recife)

Trimestre 4$000Anno.. 10$O0Ü

Recife,—Quinta-feira 6 de Novenibro.de 1873

(Lilerior e Províncias).Trimestre 4§50G"inno

18$000As assignaturas conie--,

cará em qualquer tempo eterminam no ultimo deMarço, Junho, Setembro eDezembro. Píitílica-setodos os dliaw, ^

PAGAMENTOS ADIANTADOS.

N 1 39«*. .

COBRE SPONDENCIA ' -.,-,;-&-¦¦

A Eedacção acceita eagradece a collaboracão.

ÓRGÃO DO PARTIDO LIBERAL'Vejo por toda a parte um syrnptoma, que ine assusta

pela liberdade das nações e da Igreja: a centralisaeüo.Um «lia os povos despertarão clamando .—Onde as nos-ias liberdades ?

p. uelix—])isc. no Gouor. de. Malines, 180-1.

A correspondência politicaserá dirigida á rua Duque deCaxias n.5C l\andar.

Toda a demais correspon-dencia, annuncios e reclama-ções serão dirigidos para o es-criptorio dá typographia á ruaFaulino Câmara n. 2 8

PAGAMENTOS ADIANTADOS

»

5 de Novembro de 1873

Se, perante a opinião publica, o governomostrou-se alguma vez supinamente inepto,e desazado, sem duvida o provam as lutasactuaes nas questões religiosas.

Jamais caminha mal o poder quo observaa Constituição e cumpre as leis.

O que vemos em torno de nós, no seio dopaiz, são os oppressores infringindo os co-digòs legislativos da nação.

O pacto fundamental do Brazil, como ode outros paizes constitucionacs, proclamao livre exercício dos cultos, a tolerância re-ligiosa, como necessidade indeclinável datranquillidade e felicidade publicas.

Os cidadãos brazileiros, fieis á estes prin-cipios cardeaes da nossa organisaçao politi-ca, fieis ao mandato da Constituição, em

quanto esta existir e não for reformada, nãose anastaríio dahi, querem que a liberdade

que ella consagra, nem seja pretexto de op-

pressão, nem occasião de discórdias civis;em uma palavra querem garantida a liber-dade dos cultos contra todos os ataques, e

garantida a liberdade negativa do cidadão

pertencer ás associações religiosas, e esca-

par á espécie de império que ellas podemexercer.

Este regimen racional, pôde ser atacado.,

pelo despotismo dos poderes, ou por em-bagaços revolucionários, creados muitas ve-'zes pela philosophia que se perde no vagodas abstracções.

mo em diametral rebeldia ao christianis-mo. São tão unidos, por tal forma se con-fundem, que um não pôde existir, em suaverdadeira pureza, e perfeita integridade,sem o outro.'

. Se fosse possível separal-os, e dar-lhespreferencia, sem duvida vencidos deveriamser os padres, os funceionarios da Igreja,'enão o fundador divino da religião que remio

J a humanidade, e perpetuou sua alliança comI Deus.

Se os princípios da religião christã são in-herentes as liberdades que o progresso e acivilisação dos povos adquiriram para sem-pre, e náo estão dispostos á perdel-as ; e detal modo iuberentes que não podemos sepa-ral-as, nem por pensamento, como diz Boyer-Collard, da existência das sociedades civis,outra religião mais digna não pode haversenão essa que denomina-se cbristianismo,que se aeba sob a protecçãp da Constituiçãoe das leis, que triumpliou decisivamente daslutas e ruínas do passado.

Qualquer outro systema religioso, antipo-da dessas conquistas liberaes, é um systema

nviciado, falsificado na base, e impudente-mente falsificado nas suas modernas appli-cações; é um systema que mente á razão, emente á historia.

Os bispos rebellam-se ás conquistas libe-raes, interpretara, a doutrina á luz dos prin-cipios do jesuitismo que foi vencido : affron-tam as constituições e as leis, que se achamde accòrdo com os princípios e idéas religiorsas que são iuberentes á existência das so-ciedades civis. Os bispos por tanto, devemresponder por seus actos, por suas enormes

sinceros da liberdade, responderemos em-fim pelo grito eonsolador e vencedor,—queechoará em todo o império—justiça, maisjustiça, sempre justiça!

CHMiCA

Sobresahe actualmente, em combate deci- , culpas e delictos, perante a sociedade quesivo contra a constituição, o poder ecclesiastico, representado pelos bispos. D. Vital éo chefe dos chefes, o Agammenão de mitrae cajado; é portanto o insrgne e maior op- -

Xn-essor da liberdade de consciência, o autorconsciente das nossas discórdias civis, quecada dia tomam aspecto mais desagradável

¦*

e triste. • •• Se a opinião publica brada por providen-cias que assegurem aquelles princípios libe-raes, se clama por medidas que no futuroabriguem-essas liberdades de,novos e seme-lbantes attentados; os poderes do Estado, eespecialmente o governo, ficam aturdidos,vacillam na fraqueza de suas convicções e

por meio de provocadora e irritante lentidãoaddiam, e não extinguem as difiiculdades.

O que mais intimida os espíritos, e assus-ta as consciências, é que a inimação tende afalsificar a religião dos nossos pais : sob a ap-

parencia fallaz e eapiciosa de defender a ca*tholicismo,-.tende-se para o anniqnillamento

i

das liberdades sociaes, que constituem a co-rôa primorosa e brilhantíssima dos últimosséculos christãos.

Transmittidas á geração presente pelaeducação domestica, a persuasão e o habito

gravaram-lhe o sello indelével nos nossoscorações. Se a religião é a base da moralpopular, os princípios liberaes da religiãochrisfcã são que ligam os cidadãos entre si ecom o corpo do Estado.

São estes princípios, quo longe de destrui-rem o catholicismo, o asseguram e firmam

por meio de uma influencia branda e efficaz.Tentar, o praticar o contrario, ó falsificar

a religião, porque não pôde haver cafcbolicis-

perturbam e anarchisam.Diante destas tyrannias, e oppressões

theocraticas, o paiz, os poderes do estado, eo governo, a quem está confiada a salvaçãopublica, náo devem vacillar. '

Fossem as prétencõés exageradas de al-gum liberalismo falsificado, ou demagógicoquem estivesse em campo; fossem os emba-raços revolucionários creados por algumaphilosophia que se perde no vago das abs-trações, não teríamos outra lingoagem.

Nosso posto é só um; nosso alvo o mes-mo. A liberdade em sua omnimoda e racio-nal applicação. ¦*

Uma nação não é.impunemente perturba-da, o'ffendida em suas opiniões religiosas; ecomo sua autoridade é superior á todas asoutras autoridades, como os receios que ins-pira sobrepuja á todos os outros receios, éimpossivel que quanto mais imprudentemen-te se . comprimir esta mola, não reaja ellacom mais força contra todos os oppres-sores.

« Entre todos os meios de acção e salva-ção que a vontade soberana confiou aos po-deres do Estado, diz o citado parlamentar, ajustiça ó que se deve preferir. A justiça de-verá ser collocada eutre os interesses discor-des e as paixões rivaes; apossem-se da justi-ça como do mais profundo dos artifícios eda mais sabia das combinações politicas.Pela justiça se pacificará o presente, e seconjurará o futuro ; por ella se reerguerá oopprimido, e ^e espantará o oppressor. »

Se os bispos, em gritos ferozes, e dema-gogós de nova espécie, invocam a audácia''mais audácia, ainda a audácia, nós, amigos*

'-".

. Atliirfsifc tração <fts& pi0oviu-ciai*—Lê-se no Diário folha oflicial:

Por portaria da presidência de 3 do cor-rente fòi nomeado Manoel Antônio de Lunapara exercer interinamente o lugar de biblio-thecario provincial, durante o impedimentodo effectivo.

Cbíaaiiftiia ÉrtieeÍMá—Temos maisde uma vez provocado os escriptores dacolumna que appareceu no Diário sob a epi-graphe —Partido Corservdilor—á que decla-rem, como é ella órgão do partido conserva-dor na provincia, que laços prendem-n'a aesse partido, e de que modo lhe transmittioeste ,os poderes para fallar em seu nome ecom a responsabilidade collectiva.

Até hoje não se dignaram responder-nos eabsoluto silencio guardam á tal respeito.

Já não temos duvida e comnosco a partedo publico, que tem demorado suas vistassobre tal columna, que não é ella mais queo enfesado frueto de algumas aves de ar-ribação o« não, que adejam em torno dopresidente da provincia, com as vistas fitasem fatias de pão de-ló e se espanejando ásauras tão refrigerantes e propicias.

Em lugar de dar á tal columna a epigra-phe de partido conservador porque não aintitulam de modo máiâ fiel a verdade ?Columna Lucena, é como deviam denomi-nal-a.

E' um conselho \\xe nos aventuramos ádar-vos, nós, os oligarchás, os liberdadeiros,os especuladores cgnicos como em vossa bellalinguagem nos chamais.

Attacaes-nos de um modo bem oxtranho.Pretendeis contestar-nos a qualidade de

liberaes ; escrevestes já em vossa columnaque o partido liberal não tem razão de ser,desappareceu; que hoje só temos no paiz ovosso partido e o republicano.

O que sois então ! Essas duas grandesordens de aspirações* sociaes, que em todosos paizes determinam indecliuavelmente aexistência de um partido de acção eprogres-so e outro de estacionamento e resistência,o Sr. Bio Branco teve a força de suppri-mil-os ?

Q que sois vós que esperáes viver, gra-lhas politicas, á sombra de um liberalismohypocrita.e illusorio ?,

Sois uns gi andes homens, sois uns tgposacabados de patriotas, que se sacrificam pela fe-licidade publica. \

Tendes razão, podeis chamar-nos espe-culadores, mas, (proh pudor !) não intitu-leis vossa columna com o titulo de partidoconservador.

ImííoSiereaifla. — O Sr. Lucena,para conceder aposentadoria ao Sr. -José Pe-dro, exigio que. este se submetsesso a umexame medico, que fizesse certa a sua im-'possibilidade de continuai; a servir.

Ao Sr. Joaquim Portella porem dispen-sou d'esse exame e contou-lhe o tempo queconservou-se em casa á bem dos interessesda instrucção publica.

E- o Sr. Lucena'diz que a lei é igual paratodos, que na applicação d'ella não coube-ce os indivíduos, nem a sua pgsição social! !E' assim que se restaura o império da justiça,Sr. Lucena ?

®&e©ÍI.SieS5^ãO — A informação quenos ministraram acerca dos novos apóstolosda sociedade Catholica, não foi completa.

O Sr. Cypriano Alcoforado já pregou oseu sermão no domingo ultimo, e dizem-nosque tocou ao pathetico e ao sublimo.

Accrescentam que está elle encarregadodo sermão do Mandato em S. Pedro, na pro-

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Wíú m-

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xima semana santa, para o que provável-mente já obteve do jovem prelado a compe-tente provisão.

Está muito curiosa, para não diser-mosespinhosa, a posição do Sr. Cypriano ; —je-suita de Páo d'Alho com o Sr. D.Vitaí, e de-golador do mesmo Sr. D. Vital com o Sr.Lucena.

Com uma vela accesa á Deus e outra aodiabo,vae o Taleyrand cearense atravessan-do esta onda, mostrando n'esta duplicidadeque è possível ter-se duas consciências umapara o palácio da Soledade e outra para opalácio do Campo das Princezas. -.

Que tempos e que homens !Com taes auxiliares poderá o governo sair-

se da carneirada em que se metteu ?Ao Mr. cHuíüíe «tfie poUciu: — Da

comarca de Bom Conselho pedem-nos quedespertemos a attenção do Sr. Correia deAraujc sobre o estado anormal d'aquèliàcomarca. A reproducção de crimes contraa propriedade e vida dos cidadãos e alli es-pautosa, e as áuetoridades policiaes da lo-calidade permanecem ua mais reprehcnsi-vel incúria, na mais censurável indolência.

Desculpe-nos o Sr. Antônio Correia deAraújo se os clamores da população paci-fica do Bom Conselho nos obrigam a incom-inoda-lo no seu dulce farniente.• Mão valera.' ai&eíia ? — Consta-nos que fora excluído da lista dos provin-ciaes o Sr, Henrique Mamede, sob pretextode estar distante da provincia, custando as-sim a sua presença boa ajuda de custo aoscofres públicos.

Pobres coffres, que levam esta innocentes !Delles se servem para tudo ! Ora são san-

grados deshumanamente por amor de ar-ranjos inconfessáveis, ora para satisfazeroutros arranjos serve a economia delles depretexto. Não valeria a pena a despesa,contanto, que não perdêssemos o nosso Ma-mede ? Porque não hão de guardar o lu-garzinho mandando eleger um parente dopatriota ausente? Por ventura haverá entreelles falta absoluta de um varão prestante ?Onde está o Sr. Marcionillo, que não açodeem defesa do parente ; porque não respon-deu ao chefe offerecendo do seu bolso a des-pesa do Mamede ? Por tão pouco dinheirodeixa mergulhar a influencia da familia.

& «Il^aBCtíDâ0 íSsa §òtoi,ats piaoBi-ca».—Pedimos ao Sr. Dr. -José Tiburcioque não se entregue tanto a sua candidatu-ra e cuide em cumprir melhor com os seusdeveres. Aponte sobre o rio Jordão na po-voação da Boa-Viagem acha-se em péssimoestado, assim como o calçamento da estaçãoda via-ferrea á mesma povoação, e S. S.não tem tomado a menor providencia.

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Os seus apaniguados, certos da impYmi-dade que os aguarda, com toda a ostentaçãoaflrontam a moralidade e perturbam a or-dem publica.

Ainda no dia 3 do corrente, ás 8 horas danoite, tres indivíduos bem conhecidos pelasrepetidas desordens que andam sempre pro-movendo, e que são França Pereira, ManoelPereira, e Autero, entenderam que deviamembarcar no trem de Caxangá sem pagarem,e pelo simples faeto de ser-lhes cobrada apassagem, um delles pucha de uma faca eameaça o çonduetor.

Todos os-dias repetem-se scenas iguaes,sem que o Sr. Baixa Afonso tome a menorprovidencia contra os seus autores—que,afinal de contas, são os homens de que andaacompanhado esse subdèlegado que só porescarneo ao bom senso é conservado comorepresentante da autoridade!

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blicos, porque assim faz quem quer cumprircom o seu dever.

VSofléaseia âiaíiaaaMáàeavel —Ao quartel do corpo de policia foram reco-lindos hoje á tarde alguns caboclos comsuas famíliasj vindos da colônia de Pimen-teiras. Questão de terras, usurpações dasque pertencem aos indios, foram os motivosda prisão. Informam-nos que certo senhorde engenho, que segundo nos contam, queraproveitar terras cujos titulos não são livresde contestação, deu causa a tudo. Pren-dem-se os pobres e inuocéhtes, e os remet-tem amarrados' com conhis até dentro doscarros do caminho de ferro, sendo tiradassomente quando so aproximavam -da esta-ção das Cinco Pontas. Que magnifica ca-thequeze!'.'IJiilB.ll ÍSI€Og'íftÍÍ» — Porque não soaposenta também o moribundo Sr. Cypria-no Fcnelon'? Duas são as versões a esterespeito. Uns dizem — por causa doSr. João Juvencio, que por ordem do Sr.João Alfredo deve substitui-lo, com preteri-cão do seu ajudante, o Sr. PernambucoFilho. Outros dizem—porque o Sr. Feue-lon não quer se sujeitar ao exame medicocom receio de não ser reconhecido o seu es-tado de morto próxima. Talvez seja esta averdade.

•Jsaa-itiasa—Hontem abrio-se ao publi-co o jardim da praça do Conde d'Eu. A' es-forços do Sr. Dr. Moscoso devemos este me-lborainento. O jardim e pequeno, as ruasestreitinhas, porem promette ficar boneti-nho.

Não obstante o tamanho uma grande vau-tagem tom sobre o 'de Palácio, e são os as-sentes de qualidade mais superior, offere-cendo outro commodo, que não aquellaspedras bruscas do Sr. José Tiburcio, oraquentes ora muito frias ; e outra variedade,que nas flores promette o do Conde d'Eu.'Larsagíão-r-Informam-nos

que na ma-<.kuga,da de segunda-feira, foi encontradoum prestimoso amigo do alheio vestido demulher, abalando portas na, rua d'Alegria,causando grande susto as famílias alli mo-radoras,

Chamamos para aquella rua e suas adja-cencias a attenção do Sr. subdelegado, quedeve obrigar as patrulhas a rondarem afreguezia em lugar de se reunirem á pules-trai- e muitas vezes até á dormir ua calçadada matriz da Bôa-Vista.

fik^viçtt BílortfsiSWlo.—-Terminaamanhã o praso marcado pela junta jjadmi-nistrativa da Santa Casa para recepção daspropostas para o contracto do serviço mor-tuario nesta cidade.

Municipio <8e 4MiiMi4B.—Aca-mara deste municipio contracta no dia 13do corrente as obras de que precisa a casaque deve servir de paço respectivo na ladei-railo Varadouro.

I&ecitfe S&raysBa&e.—Com o prasode 30 dias, a.contar de 3'do corrente, acha-se aberto, no consulado provincial, o paga-monto dos apparelhos e annuidacles poloserviço daquella companhia, correspondenteao trimestre findo no ultimo dia de dezena-bro do anno passado.$oecorroN onnti&os,—A socieda-de franceza de Soecorros Mútuos se reuniráamanhã em sessão extraordinária no salãodo hotel Universo.'JFsBt^iSiliMle «Se direito —Fize-ram hontem exames das matérias do 1.; 2.-e 4.- anno, sendo approvados os estudantes :

'Primeiro anuo

Manoel Pinto Brandão de VasconceHos.—Simplesmente.

João Henrique Vieira da Silva.—Idem.• Cypriano José Velloso Vianna.—Plena-

mente.' Guilherme Vieirada Cunha—Simplesmente.rNapoleão Simões de Oliveira.—Plenamente'.Genesio Telles Bandeira de Mello.—Idem

Segundo anuo.Terencio Francisco do Espirito s Santo.—

Simplesmente.José de Azevedo e Silva.—Plenamente.Affonso Octaviano Pinto Guimarães—Idom.Francisco Magarino de Souza Leão—Idem.Fábio Cabral de Oliveira—Idem.Adolpho Tacio da Costa Cirne—Idem.

Quarto annoDemetrió Bezerra da Rocha Moraes—Pie-

namente.José Ignacio de Figueiredo—Idem.Antônio de Souza Pinto.¦—Idem.Braz Bernardino Loureiro Tavares.—Si ri-

plesmenté.Francisco Izidoro Rodrigues da Costa—Pie-

nameiite.Um reprovado.

! ÉSCOlsi aioranal.—-Fizeram uo dia4 exame do 1\ anno os seguintes senhores :Francisco Firmo de Paula Pereira, approva-

do plenamente.Cesario da Cunha Mello—Simplesmente.José Antônio Baptista de Souza—Idem.Foram tres reprovados.

Do 2-. anno os Senhores /Antônio Alfredo Barbosa de Souza—Plena-'

monte.Manoel Sebastião de Araujo Pedrosa—Idem.Domingos Marques da Silva—IdemAlfredo Canuto de Lima—Simplesmente.Foram dous reprovados.

— Fizeram exame no dia 5 os seguintessenhores :Thomaz xAutouio Maciel Monteiro.—Plena-

mente.José Honorio da Silva—Simplesmente.Antônio de Albuquerque Barros—Idem.Antônio das Chagas Rodrigues Machado.—Idem. ! >".

Dous reprovados.Um levantou-se no meio do exame,

Do 2*. anno os senhores :João Cerino dos Santos Bezerra—Plena-

mente.Luiz Eustaquio da Conceição Pessoa -Idem.Jeronymo Soares de Albuquerque—Idem.Ignacio Ferreira da Costa-—Simplesmente.Luiz Marques Vieira—Idem.José Felix Alves Pirnentel—Iihmi.

©feitn&Fio—A mortandade do dia 31foi de 16 pessoas. As moléstias que becasio-naram os fallecimentos foram as seguintes :

Bexigas 8Variola s. 3Febre amarella 1Convulsões. .• . . . . -. 8Tétano - . . 2Iuflammação. . . ."...'. .1Phtysica tuberculosa. ... 1Phtysica pulmonar 1Hepatite. .1A do dia 1. do corrente foi de 14 pes-

soas. As moléstias que oceasionaram osfallecimentos foram os seguintes :

Bexigas 2Variolas. . .' 2Febre adi nam í ca 1Asphyxia por submersão . 1Paralysia 1Congestão cerebral . . ... 1Menengite aguda ...... 1Eclampsia puerpcral .... 1Encephalite. ...... 1Dyarrhéa chronica. .... 1Assiste 1Bronchite ....... 1A do dia 2 do corrente foi de 9 pessoas.

As moléstias que oceasionaram os falleci-mentos foram as seguintes :

Bexigas 1Variolas 2Anemia-. ....... 1Hepatite. 1Carcomenca do estômago . . 1Rheumatismo. ... . . . 1Tuberculos 1

Panwwa^eia^S.— Sabidos para Ma-ceio no vapor nacional Mandahit :

Joaquim José Araujo VasconceHos, Bel-larniino Pinto de Araujo, Pedro Ortis Ca-margo, João Damasceno e sua senhora;Emilio Nanhaus, Luiz Pereira dos SantosLima, Marciònillo Gomes Coutinho, AntônioVianna, Dr. Rodrigo Correia de Araujo e 1criado.

LITT1BATAÜAJProiogo «fie «mm livro

Apanhar, ainda no vago em que se debu-cham, as linhas mal accentuadas dos talen-tos litterarios em seus primeiros desenvolvi-mentos ; conhecer-lhes o vigor e tendências ;prever-lhes a florescência pela seiva dos re-bentos e os fruetos pela magia da floresceu-cia; pelas promessas do presente talhar-lheso pedestal no Paros do futuro; applaudir oque deve viver, despresando as producçõesráchiticàs sem esperanças dc vida e immor-talidade. — eis tarefa para a critica maisconscienciosa, intelligente o perspicaz.

Nessas primeiras expansões, ordinária-mente, é o coração que canta, porque gemeou porque ama. O sentimento pessoal—adôr, a alegria, á tristeza, o sonho, o tédio, oamor, animam a estropbe, dão vida e movi-mento á ode em seus vôos mais livres, emseus mais arrojados adejos pelos domíniosda phantaziá. Mas a poesia, com a litteifa-tura em sua esphera mais ampla'; não vivesomente de inspiração, sim do reflexão e deestudo. Além da idéa mais ou menos rica,mais ou menos prolífica, a forma, a plasti-ca. Quer que a concepção tenha de se revê-

'¦•

lar polo mármore ou pela tela, pelo som oupelo verbo, em Mogart ou Hugo, Rapbaelou Brunollescbi, a meditação deve fortalecera inspiração.

Ç'ahi a necessidade do quando tem do es-tu daí as prèmióias litterorias relevar a criti-

'ea no 'domínio .darte a fraqueza do moldeno vasátr do pensamento. D'ahi,to,dá a difti-cuidado nas apprecíaçõés, todos os enibara-ços na qualificação, impossibilidade ás vezesde caracterisar urna feição, cujos traços, lon-'ge de se accentuarem, se esváecem, cujoscontornoSjlongo do su desenharem, so perdemem um horisonte nebuloso eesfáihado, cornoos espirinos nos limbos hebraicos. A criti-ca, porém, tem necessidade de arcar comessas difíiculdades, de prestar ouvidos á to-das essas vozes que se erguem no léyanteda vida, á todos esses espíritos onde oDeus intimo baloitá o so agita'; E' do seioda mocidade que se erguerá ò futuro espiemdido e luminoso, é desses cantos soltos, quose formará a grande orchestra.

Nas litteraturas mais avançadas são objèc-to de attenção os desabotoamentos próihet-todores de todos os talentos, ém a nossa,vigorosa mas baibucionte, què uão tom po-dido ainda fundar-se em uma obra que lhedeterminasse uma phisionomia distineta,quelhe fosse á cõncentráccãó de todas as teu-dericiâs e aspirações, toda essa, florescênciadeve ser cercada- dos mais sérios cuidados,das.mais desveladas afeições.

Nós quo ainda mal accordamos para a vi-dá do espirito, ainda não podemos syutheti-sar ern uma concepção a nossa individüali-dade litteraria.

Na- antigüidade, a personalidade dc umpovo concentrava-se as vezes em uma sóobra-, mas obra tão vasta que encerrava to-das as suas crenças, que illumiuava-lheo caracter.

A Biblia, a filiada, os Vedas, as pyrami-des e os obeliscos do Egypto—eis algumasdessas enormes syntheses.

A Biblia era o livro das promessas o dascoloras de Jeovah. Uluminado ás vezes pólosraios descidos do céu pela escada inystériosado sonho de Jacob, era outras tenebroso esombrio, ameaçador e vingativo, como asimprecuções dos prpphetas. Era nelle quoa familia ia beber as lições de niausutudecom Isaac, de áinõr com Rabeccá,1 de pátrio-tismo e abnegação com Esther c os Macha-beus. A Biblia era mais que o livro da fa-milia, era o livro das consolações, do povo,das esperanças rio futuro, era a arca santado mòuótheismo judaico.

A Illiada era o livro do passado, daquellaslutas heróicas e divinas, exemplo no presen-te, modelo do futuro. Como nas cinco lami-nas do broquel deAcbillcs vinha-se siuzelnrem sua primitividade o conhecido agrego sobtodas as formas, a terra-, o céu, o mar, o sol,us pleiades, as hyadas, as cidades, as nup-cias, os fostins, o agora, onde se travaramas lutas da palavra, a arena que estremeciapelo choque dos guerreiros, as searas, ostrabalhadores, a charrua, a lança, a lyra,os choros, os anciãos no hemicyclo sagrado,os deuses maiores do que o.s anciãos, o des-tino maior do que os deuses, assim eni Ho-mero vem se gravar todos os sentimentosdaquellas épochas.

Os vellíos iam apreuder a prudência nosdiscursos de Nestor, a humildade comPriamo ; os guerreiros a bravura com Acbil-los, o patriotismo com Hector. A mulherdevera bemdizer a fidelidade de Penelape. Abelleza, o amor,—o ideal grego, eram repre-sentados em Hellena. A Illiada, epopéa daguerra, a gloriíicação da lança, da luta, davictoria, foi tambein o tempo do paganismo.Homero foi o grande estatuario do Olympo.

O páutiiéismo/indiano, como a simplicida-de forte e tecante dos typos primitivos, estáencerrado no Veda.

O Egypto, o maior monumento da morte,como o chamou Michelet, syinboíisáva-sotodo na arohitoctura sombria da pyrámidò edo obelisco, na profundeza medonha da ne-cropole.

Em tempos mais próximos a individüali-dade collectiva concentrava-se em outrostantos focos devida. OsEddas, os Nibc-lungom, os Romanceros dá Hcspanlia e esseresumo do todo o senti men to religioso chris-tão—a cathedral, eis alguns delles.

Hoje, porém, sob as condicçõés de vidada- sociedade moderna, pelas milliformesmanifestações da aetividade e do pensamen-to, 'essas obras collectiuas, essas syntheses,expressões de toda uma epocha, tornam-seimpossíveis.

Não ha apanhar a phisionomia da socie-dade, encerral-a u'um quadro, como a doindividuo.

Os differentes ramos porque se manifestao pensamento completara-se uns pelos ou-tros. A ode, o drama, o romance, a epopéa,

a pintura, a esculptura, a.arçMtectura, aphilosophia, a hi6toriá.v são" os .elementosprincipaes desta representação.•"'.

Mas senão temos nos individuado cin uniasyuthctica pela impossibilidade das condie-ções sociaes, terão as differentes manifesta-ções da intellectuülidade moderna externa-do na arte, na litteratura, na philosophiauma feição que nos pertença, um caracter -J'qii" oos seja próprio e particular?

Cremos que não.Como na infância de todas as|litteraturas,

;>, poesia lyrr.-a é o. quo mais se tem desen-volvido entre nós. A natureza dos trópico:-:,banhada do luz,dc sons, pejada de perfumesembriafi'ántes, com suas íovriadas de cons-tellações deramados pelo céu,devera de iiispirar, por certo, aos íiovos poetas uma poesiavasa cia em novos moldes. Assim a poesia Jyri-ca interpretando a natureza e os sentimen-tos individuaes, pessoal, fragmentada é a .que mais se tem desenvolvido, que maisfruetos tem produzido.

Mas terá cila podido condensar na estro-phe o prisma dessas mesmas, perspectivasnaturaes, traduzir uma ordem cie sentimen-tos, que, apesar do participarem da gen era-lidade dos sentimentos humanos, tornas-sein-se distihctós pelas nuances de sua ener-gia, vitalidade ou morbidez ?

Ainda cremos que não.Mas, dir-sc-ha, sendo os sentimentos os

mesmos d hoomem, como o amor, o pátrio-tismo, a religião,—hojno suin. Como pode-remos exprimil-os; sob formas peculiares,sob novos acceutos ou differentes melo-dias '?

A' isto responderemos pedindo que seestudem as Índoles das differentes lifcteratu-ras européas onde á par do harmonia desentimentos ha differença de acceutos. Ve-ja-se, por exemplo, a grande differença quesepara a poesia hespanhola da ingleza, afranceza da allomãa, a differença entroGoette e Lamartiuc, entre Byron c /j'or-rüa.

De todos os nossos poetas lyricos talvezseja o Sr. Gonçalves Dias o (pie melhor ti-vosso pintado a natureza brasileira e pres-sentido o caracter da nossa poesia lyrica,abstracção feita da sua poesia dita ameri-cana, poesia de indios, da iaba.

Se estudarmos o drama, a forma da in-venção mais reveladora do estado de umasociedade, o quo vemos ? Teremos um.tbea-tro nacional, que venha representar em sce-na com o encanto da arte e da imaginaçãoos factos permanecidos na penumbra dahistoria, que venha estudar a nossa socie-dade, photographaudo-a em seus lados ricíi-culos e grotescos na comedia, o em seuslados profundos e sérios nas formas do thoa-tro moderno ? Serão sufficieutes, as Trage-dias do Sr. Dr. Magalhães, o Theutro do Sr.Dr. Macedo, as Comédias do Sr. Alencar ealgumas outras poucas producções dramati-cas para a formação de um theatro nosso,próprio, nacional?

Cremos absolutamente que não.Para nós foi o Sr..José do Alencar quem

rasgou aveia do romance brasileiro, já antesdelle esboçado em chronicas históricas peloSr. Pereira da Silva. O (rnarau.g e as Mi-nas de prata podem competir com algumasdas mais bellas producções do romance mo-derno.

O (f-uaran.g tom todas as pompas da natu-reza luxuriante á par de desenhos corretose estudo dos typos e acção. Se o leitor nãose prende pelo intrincado da .fábula, é arras-tado pelo tecido magieo do estylo na descrip-ção das scenas grandiosas ou suaves da na-tureza.

Se nas Minas de jirata, porem, o estylo émenos pomposo, o ronianse ganha com aslinhas de uma architectura composita, ma-gestosa e aprimorada. Se uo (Juarunq,pelas galas da forma, pelas descripcõos descenas indianas, o Sr. Joso d'Alencar pren-da-se á Chateaubriand, min Minas dc pratapelo estudo da epocha ein que se passa aacção, pela cor local de que está impregna-do, pela justesa dos caracteres e desenvolvi-mento do enredo, blia-se á sirWaltter Seott.

A epocha na actualidade é difficil, consi-dérada até como impossivel por outros.

Feixe em quo todas as creanças venhamse agrupar, mármore cm que todos os sen-timentos venham se gravar, como na Illia-da e uo Nibeluugeii, é impossível; mal po-deremos ter o que Laveleye chama a epopéalitteraria, á feição da Kncitla, da Jerusalémlibertada, do Colombo do Sr. Porto-Alegre.

Mas viverá a nossa litteratura no Cnlombc,como a portuguesa nos Lusíadas ?

Por certo que não.Teremos, por accaso, nos individuado nas

artes, na philosophia ?Teremos vivido na elegância artística da

sculptura como a Grécia, na tela como Flo-

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re^a,fiu;7Vene&'á, ';om um pesadello de pe-dra pepino a -Cupola de S. Pedro ? Qual temsido7o nosso -movimento philosophico ? Nen-húm;.^Mais do que á philosophia tem-sedesenvolvido a historia.

Eis o que somos na vida do espirito. Lit-teratúra bnlbucianie, posto vigorosa, cheiade vidatído seiva. Alvorada brilhante, fio-rescoticia promettedora, de riquíssimos fruc-tos. Mas não ha desanimar. O quo con-vem ó precisar-lho um earacter, dar-lhe umapliisionomiu. E' preciso que se fixo cmlugar de ííuctiiar á merco de inspirações os

Campo das Princezas, para distrahir-ine, eahi encoutrei-me com o Dr. Drummond ;pouco depoi,s appareceu o Sr.Dr. José A. deFigueredo, o estando ou a lamentar o actoque me lavrou tão injusta sentença, e mos-traudo ao mesmo tempo que si a razão erater eu dado urnas 30 faltas durante o anno,outros estaÃão nestas condições, o ainda emmuito peiores.

O Sr. Dr. Drummond, o mais insuspeitoJuiz nosta causa, concordou commigo, e re-conheceu a injustiça ; dizendo-me ató, quo,a vista do outros que tinhão sido approva-

tranhas, como a folha do grado das torrou- dos, eu om hypothese alguma poderia sertes. As obras de hoj" verdadeiramente gran-dos dos Srs. José d*Alencar, íi. Dias, Porto-Alegre virão cie ajuntar outras de igual me-rito amanhã. O prosonto parece já escre-mecer pela concepção do futuro. A inocida-de que sonha, que canta, quo pensa, quetrabalha, o qno so agita será a pbroirà dagrande cathedral litteraria. Para isto è pro-ciso que a critica intelligentè <•_ benevola a-

.colha todos ossos cantos, sonhos e aspira-ções, todas asprimiuiasdamocida.de.

E' do sulco ondo jaz a semente do hojequo brotará a arvore d'amanhã. E' pro-ciso quo a indifférença não mate esses pri-meiros goi-geias, esses primeiros rebon-t'os, como as avçs .de prosa não levemno bico as sementes do sulco para arro-jal-ás pelos rochedos' mániuhos.

. Vlgsses Viauna.

PÜBLICÃGQES ÉIGiâffiAeaaíifleííslsi «le BMreiío

e sa® S^&Mscífr.Não podia doixar de vir a imprensa para

justificar-me perante a Academia do Direitoe o publico desta, capital; da grande hijus-tica de quo fui victima no dia 31 de outubropassado.

Não venho fazer a mim mesmo uma de-lesa, delia não preciso, assim como não ve-nho aceusar ninguém, desejo apenas justiíí-car-mc, sem que minhas palavras Òfíeridàráa pessoa,- alguma.

Como estudante do 3.- anno nesta facul-dade, jamais o meu procodimonto dentrod'aula foi censurado por meos lentes, as-'sim como fora delia nunca pratiquei umacto indigno, razões essas que poderiamleva-los, a me reprovarem no mou exameprestado a 31 de outubro findo ; entro tantosem razão alguma, quando eu esperava ajustiça cios julgadores do mé.o acto, o nostacrença estava satisfeito porter de ver moosesforços coroados, levanta-se uma injustiçatremenda do que fui iunocente victima.

E quereis sabor quem tambom pousa assim ?Não sou ouso ; minhas palavras poderiam sorsuspeitas ; e ioda a Academia, o alóm deliaó o meu próprio lento Dr. Antônio de V. M.Drummond. (*¦)

Na noito desse dia 81 de Outubro, quau--do eu procurava abafar a dor pungente queme dilacerava a alma, entrei no jardim ao

(•••) O Sr. Dr. Drummond, não poucle compa-recer ao acto nosso dia drcmodo cjuo apenas,«lous exarninadores decidiram dc tudo.

n

•ASpiu<;à do _.)_ciyi£, 5 de novembro dk 1878-TRKS ÍR. DA TARDÍ

Cambie —sobre Londres 90 d/v 2l> 1/4 edo banco, 20 l/s d. por 1$000.

Dito—sobre o Bio do Janeiro«15 d/v com1/2 O/q de desconto, hontem

:- ¦¦/¦¦¦ ¦ ¦ ,-;

- ¦ '

L. A.Diiliourcq, presidente.Leal Sece, secretario. -

ALFANDEGA DE PERNAMBUCO 5 DE' NOVEMBRO DE 1873

Eendimento dc 1 a 4 docorrente

Idémdo dia 12(>:939.$948

53:995§251

180:935$199

Navios a descarga para o dia G de novembro.Brigue hollandez Gooreçht ã (Olddinbt, fa-

rinha de trigo já despachada para o Cães doApollo.

Barca ingleza Talisnían, farinha de trigojá despachada para o Cães do Apollo.

Brigue portuguez lÂgeiro III, farello parao trapiche Conceição, para despachar.

reprovadoMas, cumpro indagar a causa desta com-

demuaçáo. Não a sei; mas lia quem saiba.O Sr. Dr. Coelho Bodrigues alimentava

ódio contra mim sem fundamento algum ; oem Março deste anno so não fui reprovado,quando fiz acto do 2.* anno, sendo elle umdos meus julgadores, foi por quo houvegrando opposição da parte cios outros, e ai-guem me dissera que o Sr. Dr. Coelho Bo-drigues esperava o momento mais opportu-no para satisfazer o seu intento, que infe-lizmente tove lugar no dia 81 do Outubro,guardando todavia o maior sigillo, do qnopretendia fazer contra mim, e assegurandopor outro lado que eu não sahirirt reprova-do, como attestão algumas pessoas.

O Sr. Dr. Aguiar disse a um collega meu,quo ou pretendi cassuar com elle na ocea-sião do acto, como igualmente pretendi fa-ze-lo durante o anno !!!..

Que razão!!!...Quem o attestará ?! Quem poderá diser

quo sou eu capaz de pretender ridicularizarmeus lentos aos quaes 'consagro, como seiconsagrar sompro o. devido respeito, porquofoi esta a educação qno recebi e continuo areceber^de meus Paes ?...

Ninguém.E porque somente assim pensou o Sr. Dr.

Aguiar, som fundamento algum, dou isto lu-gar a quo eu fosse reprovado !

O publico que julgue dosta parte.Mas não vai ató ahi a minha justificação.Procurei ver a caderneta em tpio estavam

as minhas notas, não tive eu, ella o indica,uma só lição má, assim como não tive umasó lição boa; eram todas soffriveis !

E' lógico o que se conclue d!ahi; poia an-tipatia de que gosava eutão . innocentomentenunca pude merecer a honra de me ser ho-tada uma lição boa, e pela mais forte dasinjustiças, oü7aíítes pelo remorso quo podo-ria produzir tantas vezes a mesma injustiçade julgarem sompro más as minhas licções,a nota-má-não se acha na caderneta.

Agora procuremos indagar se meu actomerecia reprovação.

Confesso qne omitti uma opinião, nuncaacceita pelo Sr. Dr. Aguiar, poróm accèitapor muitos escriptores de D. Criminal, cujaproficiência o Sr. Dr. Aguiar não pode dei-xar de reconhecer, e aos quaes acompanheina idea, quo achei mais do accordo com aminha razão.

Neguei que possa dar-se cm caso"algnmpunição ao cúmplice sem haver uma autoriaresponsável; e não estou arrependido de oter feito, será essa sempre a minha opinião ;poderia tratar disso aqui, mas nãò quero pa-

ra não tornar longo o meu escriptò, on-tretanto poderei sustentar em qualquor oc-casião.

Consideraram má n, minha prova para da-rem força a reprovação !

Ainda forte injustiça.Não nos ó dado o direito de pensar livre-

mente, ó o que se concluo cVahi ; estamos,parooe-me, ainda no tompo em que o disci-pulo devia, respeitar' o—magistor dixit—, eacceitar como dogma a palavra do mestre.

Oh têmpora ! oh mores !'Passei a prova oral, o logo vi estampada

v.o semblante, cios meus julgadores ;i hiton-ção formada a meu respeito ; um riso irônicoque se desprendia dos seus lábios me attes-tavae soltava ommeu ospirito o quo até eu-tão era impossível para mim.

Após in ou 20 minutos contraia espectati-va do iodos resopu na academia, qui? tinhasido lavrada mquelle momento o nue hatanto se premeditava em silencio contramim. quando pouco tempo antes os meuslentes garantiam que eu não poderia sor ro-provado, talvez para quo eu nuo deixasse deentrar em exame e assim não ficarem bur-lados os seus desígnios.

E tudo isto so passou som a menor altera'-ção.1 Estudante nesta faculdade,* apenas mo re-commcndo por mim mosmo aos meus lentos;sem protecção alguma, pois delia não preci-'so, e omquanto pouso entregar-me a.jnizosirhparciae.s julgando encontrar justiça, queè o dovo ser sempre o guia da humanidade,vejo o ódio e a vingança dominarem os os-piritos.

Emquanto por nm lado asícs factosgerãoem meu animo a descrença, o a maior faltade coufiàntía ; por outrb vejo a protecção es-crever bilhetes, q uo atravessam de mão cmmão dos exarninadores, para obrigal-os a nuofazerem siquer uma pergunta ao examinai.-dò, porque toria também o seu acto do sorexaminado por um auditório" immenso queos ouve coma maior attenção : (**¦) emquantoestes factos geramem meu animo a descreu-ça e7ã falta deconíiançní vejo por outro, oignorante, o o estúpido sorom coroados, em-quanto nenhum esforço fizeram para conso-guil-o.

Tenho a minha consciência tranquilla,não desanimarei; com a pouca intelligenciae coragem do que disponlio caminharei ayan-te, e o mais independentemente possivel pa-ra chegar ao termo do mou tirocinio e con-victo de quo factos passam-so na vida dohomem quo, em lugar de o deshon.rarem, orecoinmenclam o o ennobrccem.

Recife, 5 do Novembro de 187/5.Milclriades Garcia

m) E^te escândalo partiò do Sr. Dr.Coelho Bodrigues. ¦

O Dr. Podro .liatis.—-A/ funebridade.T Dr. Pernambuco Pilho.,—Da funebridade.8 Dr. Antônio Correia Oliveira Andrade.'-*-"-

Da funebridade. . 'n Dr. Antônio Gonçalves Ferreira. — Da''nnebridade.

Muitos Eleitores.' n

Illiiis. SrSi SSetlaetores <al«aaJ^fl'©VfiHBCÍa>) (*)

0 abaixo assignado vem rogar a VV. SS.que, por amor a verdade so dignem respón-dor polo jornal-de quo são VV. SS. dignosrpjlactores, so foi o abaixo assignado o au-tor on portador do communicado — Policiado Cabo—, do qne trata a Provincia n. 128,do 28 do Outubro do cerrente ,anno.

Villa- do Cabo 8 de Novembro de 1878.DeVV. SSi-cfcc.

Eirmini) Evuristo Ribeiro Varejão.(*)_ Declaramos qno o Sr. Firmino Evaristo

Eibeiro Vavejão não teve parto alguma ná'.pu-blicanio «juo fiseino.s na Ohrouiui/. a qno o mes-mo Sr. so refere

A Reducção.

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Patacho nacional Ormeziüãa, mercadoriaspara a Alfândega.

Lugar francez Rio Grande, forros -para otrapiche Concoição para despachar.

Escuda ingleza Mari) Miller, mercadoriaspara a Alfandega.

Esenna ingleza Edward Vitterg, bacalháojà despachado para o trapiche Conceição.

Barca franceza Aune Marie, ferragens jádespachadas para o trapiche Conceição paraconferir.

Aownmláí* iÍíia-s.Íi*a«Í4&s elelí «srav$$i leiiilMraiBflott geara «legfru-tfaaíiu&s gwovineiaiS'!Dr. Antônio . Witruvio.—Dos caxeiròs.Dr. Joaquim Correia de Araújo. — Dos

òaxeiros.Dr. Felippe Figueivoa.—Dos caxeiros.Josó Podro dá Silva. — Dos caxeiros.Dr. Francisco Comes Parente.— Da fu-

nebridade.

•Barcaça Mística Cidade, para Villa da Po-nha, car reg. J. D. Júlio da Costa 4 saccosde assucar branco com 800 kils.

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ADMINISTBAGÃO DOS COBBEIOS DEPEBNAMBUCO, 6 DE NOVEMBRODE 1878.

Malas para, G-oyanna pelo vapor Po.raiiibada companhia Pernambucana.

A correspondência, que tom de ser expedi-cia hojo ((>) para- o lugar acima será recebida'até 8 horas da tarde.

0 administrador,Afi'pn's'o do Rego Barros.

¦ ÂMUNCIGS'Áttencão

Dá-se nm cofresinlio de pedra clpasylo, ferrado com pelle de Lucena,eoutendo o antogvaplio da portaria denomeação do João Barbalko, a quem(leHCohrir a vantagem do pão a pezo.

Jornal cie Eabio EiísticoEevelações ao povo

Esta folha, destinada a desmascarar o je-suitismo aos.olhos do povo, o dedicada ex-clusivamente a questão do dia. acha-se a ,vonda nesta typographia e em todas as livra-rias da cidade.

Preço 100 rs.Summario doprimeiro numero—Mofma—Ao

povo—Prospecto—Jesus-jumeuto—• Loyo-la assassino—A maçonaria—Bom exem-pio—Expulsão dos jesuítas—O processo dobispo—Ultima phase—descatamento—Asmadres—Caixa pia—Cátholica—Semina-rio—Aviso.

JExpoi'ía<;ãodia. 4

Barca ingleza Talisnían, para HamptonBcuds, carreg. Phipps Brothers & 0. 5,000saccos de assucar m. com 420,000 kils.

Vapor trance;? Ville de Bahia, para o Ha-vre, carreg. B. Irmão & Guimarães 1 barri-ca com 18 abacaçhis. ,

Suinaca hespanholla 'Provador, para Bar-

cellona, carreg. Amorim & Irmãos 218 sac-cos com 18,707 1/2 kils. de algodão.

Portos- do interior.

Barcaça Flor do Xo>-te, para Mamangua-pe, carreg. M. A. Sena 10 barricas com as-sucar branco com 419 kils.

Barcaça Verônica da Gloria, ynva Mossoró,carreg. J. A. Fernandes Ramos 8 pipas deaguardente com 1,440 lit.

CAPATAZIA DE PEBNAMBUCO

Rendimento de la 4 do cor-rente

Idem do dia

RECEBEDORIA DE RENDAS INTEB-NAS GERAES

Rendimento de 1 a 4 do cor-rente 3:744$m|

Idem do dia 5 . . . . 055$818

Volumes sabidos de 1 a 4 docorronte. .......

Idem do dia 5 :

Ir. porta2-. dita8" clitli4\ ditaTrapiche Conceição. . '. .

Serviço, iu a vitimoAlvarengas descarregadas nos

trapiches cValfandega do 1a 4 do corrente. . . - •

dia 5:Trapiche d Alfândega.. . .

« Conceição. . . .

1:991$.8051,297.^012

3:288$817

2:046

110388239

37457

4:400$80G

CONSULADO PROVINCIAL ' '

Rendimento de 1 a 4 do cor-rente. . .

Idem do dia 59:263$5706:2"79$.581

14:548$101

8:272

Parte maritiBiaSAHIDAS

día 5

12

! Hampton Roads— barca ingleza Magcstic,1 capitão J. Evans, carga assucar.j Rio Grande do Norte—barca ingleza Maud,

capitão Barkley, em lastro.I Bahia — hiate brasileiro Garibaldi, capitão

Custodio José Vianna, carga vários ge-j neros.

OBSERVAÇÃO'-Não houve entradas.

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Neste antigo estabelecimento, continua-se a encontrar unibom e variado sortimento de jóias de diversos gostos e qualidades,assim como relógios de ouro e prata para homens e senhoras, eu-jos preços são os mais módicos psssiveis. Recebem mensalmen-te de sens correspondentes da Europa tudo que ha de mais mo-demo':- e artístico em eurivesaria, achando-se por conseqüênciaem condições de satisfazer os mais exigentes pedidos!

Invengao F. Lausen.

Neste unico deposito deste gênero, encontram-seMosaicos para ladriihos de templos, edifícios públicose habitações particulares de todas as cores, qualidades edimensões. Encarrega-se o proprietário

'etoc^/e qual-quer encominenda dos Srs. pretendentes.

Este estabelecimento é o unico importador • destegênero nesta praça ; bem commodos Mosaicos de inven-cão Boch Fréres. .

Nos dias uteis das 9 ás 4 horas da tarde estará aber-to o deposito.

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aa Nesta pliamiacia se encontrará.ftf todos os preparados e especialidades|f| pliarmaçeiiticas dos principaes pai-IÊ: zes da Europa e America. -

. ""'A' qualquer hora da.noute a

Mi-PSmlW>iimm

Neste estubelicemento encontrarão os amantes tia moda complet/òsortimento de novidades, como sejam lindas grinalclas de cores, luvas de^/e-lica, chapéus de sol cabo comprido'—ultima moda para senhora, borboltesde aço, de tartaruga e douradas para cabello, gravatinhas para senhora,espartilhos, véus pretos e de cores para rosto, vestidos de fustão para crian-ça, enxovaes de diversas qualidades para baptisado, leques ricos todos de ,madreperola, a leques de marfim, sandalo, xarao e dourados, enfeites de to-das as qualiddes para vestidos, um variado sortimento de camizas brancas de -,linho bordadas e lisas para homem, modernas cámizas de cretene de cores,bengalas, chapéus de sol (desideratüm) perfumaria dos melhores fabrican-tes | outros artigos, que torna-se desnecessário mencionar; aSançando-se',,somente que as mercadorias do Museu Elegante são das melhoresque vêem ao mercado e vende-se. por preeos rasoaveis.

ENCADERNAÇÃO BEAZlLBIRA,.,-}/'

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O mais bem montado estabelecimento deste gênero nesta'capital, com uma magnífica

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para pautar papel, riscar livros, mappas, manifestos,-, folhasde empregados, facturas, contas correntes e de venda, despa-chos etc. ..¦',;•¦

Esta ofílciua dispõe de todos os meios e processos, que a arte modemçitem inventado para a encadernação, desde a mais simples á mais luxuosa,—so-bre panno, papel, couro, velludo, seda e pergaminho.

_**mmm¦mimmmmr^(__>(!,:S;'i < Os seus proprietários chamam a attenção dos Srs. escriptores, litteratos, W.

C^ chefes de repartições, commerciantes; e confiam que a exequibilidade de suas $gkk promessas sò dependerá de serem ellas postas em provas. *****

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J:/ ...Aviso aos Srs. Scenograpbos .• Acaba de chegar á Drogaria da rua do Imperador n.- 22 de Manuel Du-

arte Vieira, sucessor do lllm. Sr. Dr. Sá Pereira, completo sortimento de tin-tas" eartigos para dezenho,como sejam: Caixas de tinta a pastel, tinta verdadei-rada China (Nachin) tintas em conxas sortidas, fuzens paradezenho efumilho,conxa*. d'ouro.e prata, palhetas cozidas á oleo, brunidores, tinta d'ouro fino, pa-lelBristoll dito de fundo, dito uvas lixado—dito de cór para dezenho, secati-vo d'Horlen, tinta em tubos de diversas qualidades, e outros auitos artigos

próprios para pintura á aquarella, oleo, e miniatura, e preços commodos. ,

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WfrimVtT&vim.

^A/x Fôrmas de Gesso HH

Acaba de chegar ao grande armazém de tintas e Drogaria da rua dolm-,>erador n.* 22, as excellentes fôrmas de gôsso, acompanhadas dos respectivosdezenhos para o fabrico de bolos, e qualquer obra d'assucar & &. Obra estaimportante, e que vem em collecpões completas de pássaros e fructas de todasas qualidades d'Europa. ._-.:'

Vende-se por preço commodo a collecção.

Ao Srs-. pintores de imagens

Na drogaria da rua do Imperador n. 22, de Manoel, Duarte.Vieira, snecessor do lllm. Sr. Dr. Cosme de Sá Pereira, encontra-xão os Senhores acima, um completo sortimento de artigos para osmisteres de sua, profissão, como.sejam :—pão d'ouro, hamburguez,francez,'e portuguez, bolo francez 'e

portuguez para dourar -e pra-tear, alvaiade de chumbo de primeira qualidade e próprio para én-cante, colla de pellica, gesso mate èin pó, e em pães, amarello dou-radô, nacar de todas ss cores e qualidades,,burel cinzento, roxof edé diversas cores para, hábitos de santos, lagrimas de> vidro para osmesmos, olhos de vidros para imagens de diversos tamanhos/, ôCambem para animaes e pássaros, e tudo mais concernente-a sua<¦ m • -_

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profissão e preços muito resumidos.Cp. íw Conraieítifl

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