CHOQUE

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CHOQUE Flavio W. Takahashi Kamilla C. Santos Maicon Henrique Pedro Fernando

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CHOQUE

Flavio W. TakahashiKamilla C. SantosMaicon HenriquePedro Fernando

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Conceito

Choque é uma situação patológica caracterizada por uma hipoperfusão (baixo suprimento sangüíneo) tecidual aguda, persistente e sistêmica. Esse baixo fornecimento de sangue aos tecidos leva à hipóxia, à acidose e à disfunção orgânica.

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Classificação

A classificação do choque baseia-se no evento desencadeante inicial e tem uma finalidade estritamente didática, pois a maioria dos quadros de choque mostra mais de um componente em sua evolução. Tradicionalmente, o choque pode ser dividido em quatro categorias:

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CHOQUE HIPOVOLÊMICO;

CHOQUE CARDIOGÊNICO;

CHOQUE OBSTRUTIVO;

CHOQUE DISTRIBUTIVO: Dividido em:CHOQUE NEUROGÊNICO;CHOQUE ANAFILÁTICO;CHOQUE SÉPTICO.

Classificação

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Sinais e sintomas geraishipotensãotaquicardiapulso fino e

taquicárdicopele fria e pegajosasudorese

abundanteMucosas

descoradas e secaspalidezcianose

resfriamento das extremidadeshipotermiarespiração superficial, rápida e irregularsedenáuseas e vômitosAlterações neurossensoriais.

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Choque Hipovolêmico

O choque Hipovolêmico surge como resultado de uma diminuição da volemia (volume circulante de liquido ou intravascular efetivo) provocado pela perda de sangue, plasma ou perdas hídricas em consequências de vômitos ou diarréias prolongadas.

É o tipo mais comum.

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O corpo humano responde a esse quadro ativando quatro sistemas fisiológicos principais: sistema hematológico, sistema cardiovascular, sistema renal e sistema neuroendócrino.

Todos estes sistemas agem na tentativa de evitar uma maior perda de líquidos, tentando reverter o processo hipovolêmico.

Fisiopatologia

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Manifestações Clínicas

Cianose de extremidades,

Náuseas e vômitos, Tonturas, Alteração do nível

de consciência, Perda sanguínea

visível.

Taquicardia, Taquipnéia, Hipotensão, Ansiedade, Sudorese, Pele fria e úmida,

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DiagnósticoO diagnóstico deste tipo de choque pode ser rápido e fácil se o doente apresentar sinais clínicos de instabilidade hemodinâmica e se a fonte da perda de volume for evidente. Testes laboratoriais incluindo um hemograma completo; outros exames podem ser realizados dependendo da suspeita da causa para a perda de volume.

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Tratamento Tratar causa

básica Reposição

hídrica e sanguínea Redistribuição

de líquidos Tratamento

medicamentoso

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CHOQUE CARDIOGÊNICO

O choque cardiogênico caracteriza-se por uma hipoperfusão tecidual sistêmica devido à incapacidade do músculo cardíaco de gerar um débito adequado às necessidades metabólicas do organismo. O choque cardiogênico, uma das mais graves complicações do infarto agudo do miocárdio, porém apenas 7% das pessoas que sofrem ataque cardíaco desenvolvem o choque cardiogênico.

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Fisiopatologia

Inicialmente, no choque cardiogênico, mecanismos compensatórios são estimulados na tentativa de reversão do quadro. Dentre estes destacam-se ativação do sistema nervoso simpático, alterações renais e alterações locais por meio de vasorregulação.

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Manifestações clínicas

hipotensão arterial; queda rápida e acentuada do índice

cardíaco; oligúria; sinais de estimulação simpatomimética; taquisfigmia; hiperpnéia; alteração no nível de consciência; dor anginosa e arritmias.

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Diagnóstico Ao exame físico, o paciente apresenta-se

em grave estado geral, pressão arterial diminuída , palidez , sudorese , extremidades frias e possíveis sintomas neurológicos (pela má irrigação do cérebro, podendo haver agitação , confusão mental , sonolência ou até estado de coma). 

Eletrocardiograma, pode demonstrar alterações compatíveis com um infarto do miocárdio , arritmias cardíacas que aceleram ou que lentificam o coração, sinais de aumento do ventrículo esquerdo e de outras câmaras do coração.

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Diagnóstico

Ecocardiograma Exames de laboratório (enzimas

cardíacas, gasometria arterial  e outros) , raio X de tórax , cineangiocoronariografia e cateterismo cardíaco e outros exames , poderão ser solicitados para o esclarecimento do quadro clínico. 

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Tratamento

O tratamento do choque cardiogênico visa corrigir as alterações hemodinâmicas.Os meios que atualmente dispomos para tratar esse tipo de choque são:

Tratamento etiológico Sedação  Oxigênio Reposição de volume (o  objetivo com a infusão

de volume é aumentar o volume de sangue que chega ao VD - capilar pulmonar - átrio esquerdo e ventrículo esquerdo, melhorando o débito cardíaco)

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Correção das alterações hemodinâmicas. Reperfusão Coronária (O restabelecimento de

permeabilidade coronária) Quando o choque cardiogênico ocorre no infarto

agudo do miocárdio complicado com: comunicação interventricular ou insuficiência mitral por ruptura da cordoalha, indicamos estudos hemodinâmicos e posterior cirurgia.

 Correção da acidose metabólica com bicarbonato de Na.

Heparina: para prevenção da coagulação intravascular disseminada e de fenômenos tromboembólicos.

Tratamento das complicações: infecções, insuficiência renal, etc.

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Choque Obstrutivo

Ocorre em situações em que existe obstrução mecânica ao enchimento ou esvaziamento do coração.

Tamponamento pericárdico Embolia pulmonar Pneumotórax hipertensivo

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Fisiopatologia

O choque obstrutivo pode ser classificado como uma causa de choque cardiogênico, juntamente com as causas miopáticas, arrítmicas, mecânicas, pois evolui como uma diminuição da função sistólica e do DC.

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CHOQUE DISTRIBUTIVO: CHOQUE NEUROGÊNICO

Esse tipo de choque é decorrente de uma lesão medular; levando à perda do tônus simpático, interrompendo o estímulo vasomotor ocasionando intensa vasodilatação periférica e, subsequente, uma diminuição do retorno venoso com queda do débito cardíaco. O choque neurogênico pode ter um curso prolongado (lesão da medula espinhal) ou breve (síncope ou desmaio).

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Causas

lesão da medula espinhal; anestesia espinhal; lesão do sistema nervoso; efeito depressor de

medicamentos; uso de drogas e ainda estados

hipoglicemiantes.

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Fisiopatologia

Ocorre uma dilatação arterial e venosa, o que permite um grande volume de sangue acumulado perifericamente, produzindo uma diminuição da resistência vascular periférica(RVP). Inicialmente o débito cardíaco pode estar aumentado devido ao maior esforço do músculo cardíaco para manter a perfusão. O acúmulo de sangue na periferia resulta em menor retorno venoso, que provoca uma diminuição do volume sistólico, o que favorece para a diminuição da pressão arterial ocasionando menor perfusão tecidual.

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Pele seca e quente; Hipotensão; Bradicardia.

Manifestações clínicas

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Tratamento

O tratamento do choque neurogênico depende de sua causa. Envolve a restauração do tônus simpático, seja através da estabilização da lesão da medula espinhal, seja no caso e anestesia espinhal, posicionar o paciente corretamente.

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O choque anafilático é uma reação alérgica intensa que ocorre minutos após a exposição a uma substância causadora de alergia, chamada de alergeno.

CHOQUE DISTRIBUTIVO: CHOQUE ANAFILÁTICO

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Fisiopatologia

Após o contato com o alergeno, seus vasos sangüíneos deixam vazar líquido para a área circunvizinha. Como resultado, sua pressão arterial pode cair abruptamente. Como diminui o fluxo sangüíneo, menos oxigênio atinge o cérebro e outros órgãos vitais. Como esses órgãos não podem mais funcionar bem, seu corpo entra em estado de choque. Além disso, seu corpo responde ao alergeno liberando substâncias, como a histamina, que causam o edema (inchação) e "rash" (vermelhidão) da pele, e um prurido (coceira) intenso.

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Causas

alimentos e aditivos alimentares; picadas e mordidas de insetos; alguns agentes usados na

imunoterapia, que é a exposição gradual e controlada a uma substância à qual seu corpo é alérgico com a finalidade de dessensibilizá-lo a ela;

drogas como a penicilina; Etc...

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Manifestações clínicas

dificuldade de respiração, incluindo chiados no peito;

náusea e vômito; dor no estômago; inchação nos lábios, língua ou

garganta; placas altas e pruriginosas na

pele: urticária; pode haver parada cardíaca.

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Tratamento:

O tratamento do choque anafilático exige a remoção do agente causal (como suspender a administração de antibióticos); administração de medicamentos que restauram o tônus vascular e suporte emergencial das funções básicas da vida.

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O choque séptico é o tipo mais comum de choque distributivo. É causado por endotoxinas bacterianas. Resulta da disseminação e expansão de uma infecção inicialmente localizada para a corrente sangüínea.

CHOQUE DISTRIBUTIVO: CHOQUE SÉPTICO

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Fisiopatologia

O volume circulatório efetivo decresce e existe uma resposta adrenérgica com vasoconstrição reflexa, causando a anóxia e dano tecidual subsequente.

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Manifestações clínicas:

Hiperdinâmica ou "quente” (caracteriza-se por um débito cardíaco elevado com vasodilatação).

Hipodinâmica ou “fria”, caracteriza-se por um débito cardíaco reduzido com vasoconstrição.

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Diagnóstico

As análises de sangue mostram valores elevados ou baixos de glóbulos brancos e o número de plaquetas pode diminuir. Um eletrocardiograma (ECG) pode mostrar irregularidades no ritmo cardíaco, o que indica que ao músculo cardíaco chega uma quantidade de sangue insuficiente. Fazem-se hemoculturas para identificar as bactérias responsáveis.

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Tratamento

O tratamento atual do choque séptico evolve a identificação e a eliminação da causa da infecção. Consiste também na observação e controle rigoroso dos níveis de consciência, respiração, pulso, cor da pele e enchimento capilar, estado de hidratação. Diariamente deve ser medido a PVC, a PA, temperatura, diurese, e balanço hídrico. Monitorização eletrocardiográfica contínua e da pressão pulmonar.