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CHOQUE

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CHOQUE

Processo de colapso circulatório ocorrendo uma perfusão tecidual inadequada.

Complicação de uma doença que desencadeou, sempre grave, se não revertida, resultará em lesão tecidual irreversível e em morte.

Alto índice de mortalidade.

Choque, definido como a da PA, sinais e sintomas de perfusão insuficiente para manter a função dos órgãos vitais para o coração, cérebro, fígado, rins.

A nível celular o choque pode ser um estado de insuficiência nutricional aguda de O2 podendo levar ao estado de anóxia celular, disfunção celular e morte celular (síndrome da falência de múltiplos órgãos e sistemas).

Classificação:

Pode ser classificado em:Choque hipovolêmico;Choque cardiogênico;Choque toxêmico;Choque neurogênico.

Os que desenvolvem CHOQUE passam por três estágios:

Estágio I – assintomáticos, apresentam taquicardia e ligeira vasoconstrição periférica.

Estágio II – queda de pressão sanguínea e hipoperfusão dos órgãos, (paciente inquieto e agitado).

Estágio III – mecanismos compensadores falham, a pressão sanguínea e surgem sinais de hipoperfusão dos órgãos terminais (queda na produção urinária, depressão do estado mental e pele fria e pegajosa).

Etiologia:A)Hipovolêmico: do volume circulante é o fator desencadeante. Perdas rápidas, 30% do volume sanguíneo já

determinam um choque hipovolêmico. Ao diminuir, o volume sanguíneo torna-se insuficiente

para suprir os tecidos e o equilíbrio circulatório é rompido com a queda do DC e da PA.

Numa tentativa de compensação, o organismo lança mão de uma atividade adrenergética/age pela liberação da adrenalina, dando lugar, a uma vasoconstrição e a uma isquemia no leito capilar.

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Ex: hemorragias, queimaduras, vômitos, diarréias, desidratação, seqüestro de líquidos (grandes traumas ou cirurgias).

Causas: Queimadura; Hemorragia; Desidratação.

b) Cardiogênico:Taxa de mortalidade nível elevado de 75%.

Ex: IAM, arritmias, aneurisma da aorta, estenose aórtica, ICC, Embolia pulmonar, miocardite, tamponamento cardíaco, etc...Causas:

Infarto;Arritmias;Miocardites; Insuficiência Cardíaca.

c) Séptico: Após cirurgia ou traumatismo grave. Caracterizado por no fluxo sanguíneo, devido

infecções graves [bactérias Gram(-)]portadoras de endotoxinas (Escherichia coli ou Pseudomonas).

A liberação de toxinas na circulação favorece a hipóxia celular e desencadeia arritmias cardíacas, levando à falência do miocárdio.Causas:

Proc. Infecciosos;Aborto.

d) Alérgico ou anafilático: vasodilatação mediada pela histamina/eliminada pelos tecidos e produz reações alérgicas.

e) Neurogênico: alteração do tônus vascular (vasoconstrição ou vasodilatação). Devido ao relaxamento dos vasos periféricos, há uma queda de PA e do retorno venoso ao coração, o DC.

Causas: Traumatismos; Intoxicação;Anestesias.

f)Iatrogênico: superdosagem de drogas, vasos dilatadores ou anestesias, etc.

g)Choque misto: alteração de mais de um componente.

Causas:Traumas;Peritonites;Supuração.

Fisiopatologia: Independentemente da causa, os

eventos fisiopatológicos e sua seqüência são semelhantes.

O quadro a seguir faz a representação desses eventos fisiopatológicos.

Diminuição do volume

sanguíneo circulante

Queda de retorno venoso

Queda de débito

cardíaco

Decréscimo do retorno venoso

dos tecidos

Vaso-constrição sistêmica

e periférica

Queda de pressão arterial

Quadro Clínico:Alteração do estado mental – ansiedade,

agitação e apatia profunda;Distúrbios de comportamento;Pele fria, úmida e sudorese;Temperatura hipotérmica;Palidez seguida de cianose;Respiração rápida e superficial;

Débito urinário com oligúria ou anúria;Diminuição do débito urinário chegando a

anúria;Hipotensão;Elevação da FC;Pulso filiforme e rápido;Ácidos e metabólica;Morte.

Monitorização: PVC (cateter localizado em átrio direito); PA (PAM invasiva ou não invasiva);Cateter de Swan-Ganz (pressão de

capilar pulmonar); Balanço hídrico rigoroso; FC + controle de temperatura.

Tratamento:Individualização para diferentes formas de choque.

a) Hipovolêmico: reposição adequada e rápida do volume resolve o problema (deve ser feita com colóides e cristalóide).

Cristalóides: SF, ringer simples e lactato e soluções hipertônicas.

Colóides: naturais – albumina humana plasma. Sintéticos – gelatinas e os dextrans.

Se a reposição volêmica não for suficiente lançamos mão das drogas vasoativas.

B)Cardiogênico: repor necessidades de volume e uso de drogas, temos que tentar resolver o problema que desencadeou o estado de choque.

C)Séptico: volume; drogas vasoativas; uso de antibioticoterapia de largo espectro.

Assistência de Enfermagem:Circulação eficiente depende do equilíbrio

entre a bomba cardíaca, volume sangüíneo e tônus vascular.

O comprometimento de um ou mais fatores leva ao desequilíbrio circulatório (CHOQUE).

Posicionamento do paciente: Dorsal horizontal

Controle dos SSVV, rigorosamente.

Respiração: deprimida, obs. ritmo, freqüência, amplitude, sinais de hipóxia. O reflexo de tosse está deprimido (acúmulo de secreções necessidade de aspiração).

Pulso: aumentado, fraco e filiforme.

Pressão arterial: geralmente diminuída.

P.V.C.: nos choques hipovolêmicos está diminuída e no cardiogênico aumentada.

Temperatura.

Oxigenoterapia

Diurese: grande importância para o controle da volêmia e perfusão renal. Faz-se necessário o cateterismo vesical.

Monitorização Eletrocardiográfica –detecção de arritmias.

Balanço Hídrico – controle rigoroso das ingestões e eliminação, (correção de distúrbio hidroeletrolíticos).

Movimentação passiva e Mudança de Decúbitos – prevenção de fenômenos tromboembólicos e úlceras por decúbito.

Observação quanto: Sangramento: quantidade e local; Distensão abdominal; Palidez, cianose, sudorese, umidade e

temperatura da pele; Estado de consciência (sonolência,

apatia, inquietação, torpor, coma).

Administração de medicamentos -controle do soro, estar atenta ao monitor (arritmias).

Reposição da Volemia – através de sangue total, plasma ou expansor de plasma. A enfermagem deverá controlar o PVC, P.A. e diurese.

Medidas gerais de conforto.

Aspiração das secreções s/n técnica asséptica: A cada aspiração usar sondas novas,

soluções estéreis, sonda correta e calibre adequado;

Manter aspirador limpo; Desprezar líquidos não utilizados em 24

horas. Evitar contato direto de ventilômetros com o

circuito. Trocar coletor de secreção.