Choro 100 - Pandeiro
-
Author
rafael-braga -
Category
Documents
-
view
410 -
download
58
Embed Size (px)
description
Transcript of Choro 100 - Pandeiro



Choro 100Play Along Choro
Pandeiro Tambourine

Choro 100 / Play Along ChoroPandeiro / Tambourine
Uma realização: Biscoito FinoDireção geral: Kati Almeida BragaDireção artística: Olivia Hime
Tel.: (21) 2266-9300
www.biscoitofino.com.br
Rua Sarapuí, 8 Humaitá
22.260-170 Rio de Janeiro RJ
Copyright © 2008 by Sarapuí Produções Artísticas Ltda.
Nenhuma parte desta publicação poderá ser armazenada ou reproduzida, por qualquer meio, sem a autorização por
escrito dos editores.
ficha técnica
produção musical e coordenação de projeto
Rodrigo de Castro Lopes
produção executiva
Joana Hime
produção fonográfica
Sarapuí Produções Artísticas
assistentes de produção
Pedro Bastos, Daniel White, Paula Cotta, Paula Novo,
Luciene Caruso, Fernando Temporão, Isabel Zagury,
Diego Lara e Raquel Deleuse
cd
Gravado, mixado e masterizado por Rodrigo de Castro Lopes no Estúdio Sarapuí, Rio de Janeiro, em maio de 2004.
Assistente de estúdio: Lucas Ariel.
músicos
Nó em Pingo d’água
Celsinho Silva – pandeiro Rodrigo Lessa – bandolim
Mário Sève – sax e flauta Rogério Souza – violão
Papito – baixo com a participação de Jayme Vignoli – cavaquinho
Seleção de repertório e arranjos: Nó em Pingo d’água e Jayme Vignoli
livro
coordenação editorial
Marcelo Carvalho Oliveira
projeto gráfico, capa e editoração eletrônica
Formatos Design Gráfico
versão para o inglês
Paul Alan Hallstein e Marcelo C. Oliveira
ilustrações
Fernando Lopes
preparação de originais
Rejane Meneses e Yana Maria Palankof
elaboração de partituras
Transcrição, organização e adaptação: Mário Sève
Editoração: Flávio Mendes
Ajustes finais: Diogo Ahmed

Celsinho Silva
Choro 100
Pandeiro
Prefácio de
Hermínio Bello de Carvalho

ficha catalográfica. catalogação na fonte
Silva, Celsinho Choro 100: pandeiro= play along choro: tambourine / Celsinho Silva; Prefácio de Hermínio Bello de Carvalho; ilustrações, Fernando Lopes.- Rio de Janeiro: Biscoito Fino, c2008. 76p. : música; 28cm.
Versão para o inglês: Paul Alan Hallstein e Marcelo C. Oliveira. Acompanha CD com as músicas. Possui discografia, bibliografia, partituras. ISBN 85-88921-05-7
1. Choro. 2. Choro – Brasil. 3. Instrumento de percussão (Pandeiro). I. Carvalho, Hermínio Bello de. II. Título.
CDD 784.19 CDU 78.087
Ainda me recordoDe: Pixinguinha e Benedito LacerdaCopyright © 1948 by Irmãos Vitale S.A. Indústria e ComércioTodos os direitos autorais reservados para todos os países.ISRC: BRPUI0400362
AssanhadoDe: Jacob BittencourtCopyright © 1977 by ADDAFISRC: BRPUI0400357
Chorando baixinhoDe: Abel FerreiraCopyright © 1957 by Todamérica Música Ltda. (ADDAF)ISRC: BRPUI0400360
Choro negroDe: Paulinho da Viola e Fernando CostaCopyright © 1973 by Warner-ChappellISRC: BRPUI0400365
Corta jaca (Gaúcho)De: Chiquinha Gonzaga P 1897. Domínio públicoISRC: BRPUI0400368
Dança de ursoDe: CandinhoDireto. Todos os direitos reservados ao autor.ISRC: BRPUI0400367
DelicadoDe: Waldir AzevedoCopyright © 1950 by Todamérica Música Ltda. (ADDAF)ISRC: BRPUI0400366
Noites cariocasDe: Jacob BittencourtCopyright © 1970 by Irmãos Vitale S.A. Indústria e ComércioTodos os direitos autorais reservados para todos os países.ISRC: BRPUI0400369
Numa serestaDe: Luiz AmericanoCopyright © 1978 by Universal Music Publishing MGB Brasil Ltda.Todos os direitos autorais reservados.ISRC: BRPUI0400361
Sons de carrilhõesDe: João PernambucoCopyright © 1978 by Universal Music Publishing MGB Brasil Ltda.Todos os direitos autorais reservados.ISRC: BRPUI0400364
TenebrosoDe: Ernesto Nazareth P 1908. Domínio públicoISRC: BRPUI0400363
Um a zeroDe: Pixinguinha e Benedito LacerdaCopyright © 1945 by Irmãos Vitale S.A. Indústria e ComércioTodos os direitos autorais reservados para todos os países.ISRC: BRPUI0400359
VibraçõesDe: Jacob BittencourtCopyright © 1977 by ADDAFISRC: BRPUI0400356
Créditos das composições As seguintes composições foram utilizadas nesta obra mediante acordo firmado com os respectivos titulares. Todos os direitos reservados aos compositores, seus herdeiros e/ou editores musicais.

sumário
o pandeiro por jorginho do pandeiro, 6
apresentação, 7
choro 100 (uma orquestrinha de bolso), 8
o pandeiro – história e sua inserção no choro, 11
grandes pandeiristas, 13
a técnica do pandeiro, 16
comentários sobre as músicas do disco, 17
discografia, 19
bibliografia e fontes de pesquisa utilizadas nesta obra, 21
o autor, 22
agradecimentos, 23
partituras, 47

6
o pandeiro por jorginho do pandeiro
O pandeiro está na minha vida desde a infância. Minha casa era freqüentada por
grandes músicos, entre eles Benedito Lacerda, Dante Santoro e outros, que eram convidados
pelo Dino Sete Cordas, meu irmão, para rodas de choro. Eu aguardava ansioso por aquele
dia, para poder sentar ao lado do pandeirista e observá-lo atentamente.
Naquela época, essa era a única oportunidade que havia para aprender. Hoje existem
oficinas de choro, livros e aulas ministradas por bons instrumentistas. Este trabalho precioso
mostra todo o caminho de como devem ser executados livremente os ritmos brasileiros.
Para os leitores que se interessam pela parte rítmica da música, neste caso o pandeiro, ele
explica de forma prática e eficiente a história, a estrutura do instrumento e a sua introdução
no mundo do choro. Grandes pandeiristas são justa e honrosamente citados – como Russo
do Pandeiro, pioneiro em levar o nosso ritmo para o exterior.
No CD, observa-se que o pandeiro pode ser ouvido separadamente, permitindo
distinguir-se com clareza os sons graves e os agudos, contratempos, nuances e obrigações
rítmicas. Por outro lado, tem-se a oportunidade de ouvir o conjunto sem o som do pan-
deiro, podendo-se também praticar tocando juntamente com o grupo – nas gravações,
normalmente os instrumentos são ouvidos todos ao mesmo tempo.
Tenho a certeza de que o leitor louvará e receberá com agrado esta publicação, devido
à sua importância para os apreciadores do pandeiro.
jorginho do pandeiro

7
apresentação
A idéia deste projeto surgiu quando percebi a quase inexistência de material didático
para músicos interessados em aprofundar-se no estudo do choro. Digo quase porque quan-
do existe algo é difícil de ser encontrado. Esse material deveria possibilitar ao estudante
a participação em qualquer roda de choro, fornecendo-lhe informações históricas
e estilísticas, as partituras de grandes clássicos e uma gravação que permitisse ao
praticante – além de observar detalhes da execução de grandes instrumentistas
– tocar acompanhado pelos melhores músicos do gênero.
Assim nasceu o Choro 100, projeto prontamente abraçado pela
Biscoito Fino. Nada mais natural, para a sua execução, que fossem convi-
dados os integrantes do Nó em Pingo d’água – Mário, Rodrigo, Rogério,
Papito e Celsinho –, músicos de reconhecida excelência no assunto. Essa
formação – sopros, bandolim, violão, baixo e pandeiro – requeria ainda a
complementação de um cavaquinista, e tal carência foi suprida com sobra
pela participação de Jayme Vignoli, um dos instrumentistas mais ativos e
de maior competência na atual cena carioca de choro.
Os arranjos foram gravados na forma e no tom em que costumam ser
tocados nas rodas de choro – que não é necessariamente a tonalidade original
escolhida pelo compositor da música. Optamos por manter, na execução,
pequenas modificações e a surpresa de alguns improvisos, para dar ao resul-
tado final a credibilidade do que se ouve em uma autêntica roda de choro. Essas
variações forçam o estudante a praticar a percepção, tirando alguns detalhes “de ouvido”.
Dessa forma, mantemos um pouco da didática intuitiva utilizada no universo do choro,
pela qual todos os grandes chorões de outrora tocavam e estudavam.
Temos a certeza de estar fazendo chegar às mãos dos leitores e estudantes um material
de valor inestimável. Esperamos que ele contribua para a difusão deste gênero tão especial
e de espírito tão brasileiro, o choro.
rodrigo de castro lopes
produtor

8
choro 100 (uma orquestrinha de bolso)
O bom deste projeto é que ele não está querendo inventar a roda, embora o CD
tenha o formato de uma rodinha, só que prateada – provando que o mundo está sempre
em evolução, girando, girando.
Desde que inventaram a música, sempre existiu um professor atrás da estante rabis-
cando uma partitura. O mundo evoluiu que nem a roda, e os novos suportes de ensino aca-
baram ganhando a mesma forma arredondada. Do velho disco acetato ao moderno CD, há
sempre o cheiro de giz de um professor rabiscando na lousa de ardósia um pentagrama.
E desde que música é música, a melhor coisa do mundo foi (e é!) juntar um bando
de amigos, cada um com seu instrumento, para tocar aquela melodia que entrou no ouvi-
do da gente e não quer sair. Mas nem sempre existem amigos músicos disponíveis para a
chamada prática de conjunto.
Aí, o jeito é fazer uma espécie de karaokê instrumental, sabendo que não é preciso
estudar lá fora pra compor como Tom Jobim ou Baden Powell, nem orquestrar igual a
Radamés e Pixinguinha. É tocando e estudando que se aprende.
Você agora pode levar sua orquestrinha para casa ou levá-la também para quintais
vizinhos, e tocar a melhor música popular do mundo graças à iniciativa deste projeto lan-
çado pela Biscoito Fino, que valoriza não só a divulgação da grande música instrumental
brasileira como também estimula a prática de conjunto, tão necessária aos estudantes de
música. Um trabalho de peso, que se credita a Celsinho Silva, Papito, Rogério Souza, Mário
Sève e Rodrigo Lessa, músicos do grupo Nó em Pingo d’água, e ao cavaquinista Jayme
Vignoli.
Sem a pretensão de ter inventado a roda, como já expliquei, neste conjunto de sonoras
e reluzentes rodinhas a gente da música vai se fartar com o cardápio musical colocado à
mesa, com requintes nunca dantes imaginados.
histórico
A gente nunca vai saber quem foi o primeiro professor de música e nem a identidade
daquele menino que, curioso, atravessou a sala de aula com seu instrumento debaixo do
braço. E nem quando isso se deu.
Por exemplo: meu professor de violão, o açougueiro açoriano Antonio Rebello, foi
discípulo de Quincas Laranjeiras que, segundo se conta, foi precursor do ensino por música
do nosso mais popular instrumento. Depois, Mestre Rebello e Luiz Bonfá foram estudar
com Isaias Sávio, e dessa escola-matriz foram surgindo Turíbio Santos (hoje instrumentista
de fama internacional e diretor do Museu Villa-Lobos), os irmãos Abreu e o grande Jodacil

9
Damaceno, que repassou seus conhecimentos pra Joyce e Guinga – entre muitos outros. E
lá atrás, o velho Quincas nem sabia que estava fazendo história.
Ah, sim: o poeta-trovador Catulo da Paixão Cearense foi quem ensinou à primeira-
dama da época os primeiros acordes do violão que ela, serelepe, levou aos saraus palacianos,
escandalizando a corte ao executar o Corta-jaca, da grande Chiquinha Gonzaga. Dona Nair
de Teffé, filha do Barão de Teffé e esposa do Presidente Hermes da Fonseca, era também
conhecida pelo seu traço preciso e irreverente de cartunista. Assinava seus desenhos com
o nome de Rian. Eu a conheci e entrevistei na Rádio MEC na década de 50, para onde fui
levado por obra e graça de dois amigos de Mário de Andrade: Lucio Rangel e Mozart de
Araújo. Uma menina muito precoce organizava a coleção das raras partituras de Mozart:
Luciana Rabello, irmã de Raphael. E os dois, precoces, teriam como professores o velho
Meira e o grande Canhoto. Meninos ainda, não sabiam que o destino lhes reservava cruzar
com Radamés Gnattali, ela e Maurício Carrilho escrevendo uma nova história do choro
através da Acari Records, e promovendo a maior pesquisa de repertório do gênero através
dos cadernos do Princípios do choro (com a colaboração de Anna Paes), um monumento
cultural esculpido de parceria com o Instituto Sarapuí e a gravadora Biscoito Fino. Um
fabuloso trabalho de arqueologia musical que fez desencavar verdadeiras pérolas em baús
que estavam apodrecendo nos porões da indiferença. Era a velha roda girando ao compasso
de um corta-jaca travesso.
Sem querer reinventar a roda, e inspirado num inesquecível seminário organizado
em 1987 por Toninho Horta em Ouro Preto, propus (sem inventar a roda...) o projeto Ra-
damés Gnattali, na Funarte. Isso em 1988. O suporte era uma roda de vinil então chamada
de LP, onde os melhores músicos brasileiros foram precursores de uma espécie de karaokê
didático-instrumental. Roberto Gnattali e Luiz Otávio Braga formataram o projeto, que
ganhou o subtítulo de Dê uma canja. Sabe-se lá o que é tocar com alguns dos melhores
músicos brasileiros? Pois é: Raphael Rabello, Chiquinho do Acordeon, Joel do Nascimento,
Vitor Santos, Mauro Senise, Zimbo Trio, Helvius Vilela – um mundão de gente.
Porque estava na cara que faltava um suporte dinâmico que estimulasse a tal prática
de conjunto e, sobretudo, atenuasse a solidão daquele anônimo estudante de música do
interior, que raramente encontrava um parceiro para dividir com ele um choro de Jacob
do Bandolim ou de Pixinguinha, ou um samba de Noel.
E aí, há uns quatro anos, meu querido Maurício Carrilho inventou uma fantástica
Oficina de Choro com seus ex-companheiros da Camerata Carioca, conjunto que, aliás,
nasceu com as bênçãos de Radamés Gnattali e com eles gravou um disco em homenagem a
quem? Ao Jacob do Bandolim, que acabou virando nome de instituto, e do instituto nasceu
a Escola Portátil de Música. Lá foram criados suportes didáticos como as Apostilas sonoras
e as Apostilas audiovisuais.
E obediente à máxima de Chacrinha que “nada se inventa e tudo se copia”, a gente é
espectador dessa maravilhosa proliferação de métodos os mais diversos, que atende a uma
clientela específica que já começou a soletrar musicalmente as obras de Pixinguinha, Ana-
choro 100 (uma orquestrinha de bolso)

cleto, Ernesto Nazareth, Tom Jobim e tantos outros mestres que nos ensinaram o idioma
musical brasileiro. Está aí o Choro 100 (Play Along Choro) como prova, e que irá ganhar o
destino de dezenas de oficinas de choros e escolinhas informais que, a exemplo da Escola
Portátil de Música, hoje grassam pelo Brasil afora, carentes de mais esse suporte didático.
Daí que, nesse girar da roda, o velho mestre Quincas Laranjeiras dá o braço a Maurício
Carrilho, enquanto Chiquinha Gonzaga e Dona Nair de Teffé volteiam pelo salão mostrando
as artes do cavaquinho de Luciana Rabello, enquanto Kati Almeida Braga e Olivia Hime
abrem as portas do Instituto Sarapuí para essa garotada que vem chegando, e entregam a
Rodrigo de Castro Lopes e a estes músicos da alta linhagem do choro a tarefa de criar mais
um suporte de ensino, que vem somar-se às iniciativas mais conseqüentes para provar que
a juventude não é alienada – e que tais suportes são fatores de inclusão social através do
ensino da música, divina música.
E já repararam uma coisa? A logomarca da Biscoito Fino tem a forma de um biscoito
redondo. Ou seja: é a velha roda, inspirando tudo, se reinventando a cada novo dia.
hermínio bello de carvalho
Rio de Janeiro, 2005.
choro 100 • pandeiro

11
o pandeiro – história e sua inserção no choro
O pandeiro é um instrumento largamente usado na música brasileira, de tal rele-
vância que determinados estilos não teriam a mesma expressividade rítmica sem ele. No
choro, encontramos o pandeiro como principal instrumento rítmico de base.
Esse instrumento de ritmo é composto de fuste, pele, soalhas (mais conhecidas por
platinelas), aro, um arco e garras, podendo variar em seu tamanho, armação, pele e tipo
de soalhas.
Fuste – Corpo do instrumento, de madeira ou acrílico, onde se assenta a pele.
Pele – Pode ser animal ou sintética. É colocada sobre um lado do fuste. A vibração
produzida pelo toque dos dedos na pele pode ser livre – “som solto” – ou fechada – “som
preso”. No choro, o pandeiro é usado com pele animal.
Soalhas – Discos de metal colocados espaçadamente – aos pares – no contorno do fuste
que batem uns nos outros com o movimento da mão, produzindo um timbre agudo.
Aro – Feito de aço ou alumínio, encaixa-se ao fuste para prender e tensionar a pele.
Arco – Arame redondo que, juntamente com o aro, prende a pele ao fuste.
Garras – Ganchos que prendem o aro ao fuste e servem para fixar e dar tensão à pele
(apertar ou afrouxar).
O pandeiro é tocado na música popular de várias partes do mundo, como China,
Turquia, Irã, Israel, Haiti, Índia, Egito, Espanha, Portugal, Itália e Indonésia. Em alguns
lugares, o pandeiro não possui soalhas.

12
história
O pandeiro vem da família do adufe, tambores com fuste estreito conhecidos desde as
antigas civilizações árabes e persas, e muito populares em todo o mundo mediterrâneo.
Existem textos e figuras de rituais religiosos na Mesopotâmia, no Egito, na Grécia e
em Roma em que principalmente as mulheres tocam os antigos pandeiros.
As mulheres portuguesas católicas trouxeram para o Brasil os pandeirões do bumba-
meu-boi, em São Luís. Todos os anos faz-se a festa do boi sagrado, que morre e é ressuscitado
por meio de danças e dos toques de pandeirões. Restos dos rituais do deus-boi ressuscitado
no vinho sobrevivem até hoje nas tradições rurais da Itália, da Espanha e de Portugal.
No Brasil, o pandeiro é usado em diversos estilos musicais, como no choro, no samba,
no baião, no frevo, no maxixe e em tantos outros.
o pandeiro no choro
Quando o choro surgiu, em meados do século XIX, músicos encontravam-se em
casas de amigos, festas, bares e em salões da cidade, ainda que naquela época a maioria dos
músicos de choro não tivesse uma relação profissional com a música.
Nascido no Rio de Janeiro, ainda com uma influência da música européia, o choro
não utilizava instrumentos rítmicos, que viriam a ser incorporados anos mais tarde. Os
grupos de músicos que se reuniam para tocar eram formados apenas por flauta, violão e
cavaquinho.
O conjunto de choro formado por Joaquim da Silva Callado, flautista e compositor,
talvez tenha sido o primeiro dos grupos da história do choro.
O pandeiro só viria a participar da formação de um grupo regional de choro por
intermédio do músico Jacó Palmieri, pandeirista do conjunto Os Oito Batutas, formado
em 1919 com Pixinguinha (flauta), Donga (violão), José Alves (bandolim e ganzá), China
(violão e piano), Nelson Alves (cavaquinho), Luís de Oliveira (bandola e reco-reco) e Raul
Palmieri (violão). Esse foi o primeiro grupo de que se tem notícia a utilizar o pandeiro, e
o primeiro grupo de música popular brasileira a se apresentar no exterior.
choro 100 • pandeiro

13
grandes pandeiristas
joão da baiana (joão machado guedes)Trabalhava no conjunto de Pixinguinha na Rádio Mayrink Veiga. Quando se desligou
da Mayrink, foi contratado pela Rádio Nacional para fazer parte de sua orquestra.
Em gravações e shows, João da Baiana, Pixinguinha e Donga formavam um trio quase
inseparável, que podemos comparar ao trio de cordas Dino (violão de sete cordas), Meira
(violão de seis cordas) e Canhoto (cavaquinho).
russo do pandeiro
Por muitos anos trabalhou no Regional de Benedito Lacerda. Foi com Carmen Mi-
randa e o conjunto Bando da Lua para os EUA. Tocou em alguns filmes no Brasil. Além de
grande músico, era um ótimo malabarista do pandeiro.
popeye
Substituiu Russo do Pandeiro no Regional de Benedito Lacerda. Participou também
do conjunto de Claudionor Cruz (violão tenor).
joca do pandeiro
Trabalhou no conjunto de Dante Santoro na Rádio Nacional. Por ser muito pesada,
Joca dizia que sua mão era um atestado de óbito.
risadinha (moacir gomes)Fez parte do conjunto de Benedito Lacerda e durante muito tempo também do
grupo de Waldir Azevedo (cavaquinho). Nos grandes sucessos de Waldir – por exemplo,
Brasileirinho e Delicado –, o pandeiro é de Risadinha.
Participou de inúmeras gravações de grandes intérpretes da MPB.
gilson de freitas
Trabalhou no Regional de Benedito Lacerda, Regional do Canhoto e Regional de Rogério
Guimarães. Foi muito solicitado também para gravações de grandes intérpretes da MPB.
gilberto d’ávila
Na Rádio Tupi, fez parte do Regional de Rogério Guimarães, e também da Orquestra
Tabajara, do maestro Severino Araújo.
Foi o primeiro pandeirista do conjunto formado por Jacob do Bandolim, o Época de
Ouro. Durante sua carreira, atuou em diversas gravações.

14
pernambuco do pandeiro
Instrumentista e compositor. Na Rádio Ipanema, integrou o Regional do violonista
César Faria (violão de seis cordas, pai de Paulinho da Viola). Trabalhou com Pixinguinha
e Benedito Lacerda na Rádio Tupi. Na década de 1950, formou seu próprio conjunto.
luna (roberto bastos pinheiro) Músico que atuava muito em formações variadas, como orquestras, grupos de choros,
boates, gafieiras, dancings, etc. Músico muito solicitado para gravações da MPB. Na Rádio
Nacional, trabalhou no Regional de Dante Santoro.
Formava com Marçal e Elizeu um dos melhores e mais conhecidos trios de tambo-
rins em gravações de samba do Brasil, como outro grande trio do passado, Raul, Buci e
Arnaud.
jackson do pandeiro (josé gomes filho)Cantor e compositor de gêneros nordestinos. Ganhou o apelido de “Jack” ainda na
infância, por gostar de filmes de faroeste, especialmente os do ator Jack Perry. Ao formar
dupla com José Lacerda, passou a usar o nome artístico Jack do Pandeiro. Mais tarde mu-
dou de Jack para Jackson – aconselhado pelo diretor do programa em que atuava na Rádio
Jornal do Comércio, na capital pernambucana –, por ser mais sonoro.
Formou dupla de sucesso com Almira Castilho, com quem se casou em 1956. In-
fluenciou vários cantores e compositores.
marcos suzano
Percussionista com um estilo diferenciado de tocar pandeiro, influenciado pela música
afro-brasileira. Em 1993, lançou com Lenine seu primeiro CD, Olho de peixe. Em 1996,
o Sambatown, e em 2000, o CD Flash. Foi integrante dos grupos Nó em Pingo d’água e
Aquarela Carioca.
jorginho do pandeiro (jorge josé da silva)De uma família de músicos, aos sete anos de idade já tocava pandeiro no regional de
seu pai, Caetano José da Silva, um dos violonistas.
Iniciou sua carreira aos 14 anos na Rádio Tamoio, no Conjunto de Ademar Nunes,
levado por seu irmão Lino Silva, cavaquinista do grupo. Em 1946, trabalhou com César
Moreno na Rádio Vera Cruz. Em 1947, apresentado por Altamiro Carrilho, passou para a
Rádio Tupi, onde trabalhava seu primo Tico-Tico (Jorge Simas), cavaquinista.
Foi contratado pela Rádio Nacional em 1948, convidado por Dante Santoro – flau-
tista que o tratava como um filho, pois Jorginho tinha apenas 18 anos – para fazer parte
do conjunto dirigido por ele, e lá ficou por 29 anos.
choro 100 • pandeiro

15
Simultaneamente, trabalhava no conjunto vocal Quatro Ases e Um Coringa, na Rádio
Nacional e no Regional do Canhoto (cavaquinista) – na Rádio Mayrink Veiga, ao lado de
seu irmão Dino Sete Cordas.
Jorginho fez parte da Banda do Canecão de 1967, ano de fundação dessa casa de
shows, até 1971. Em 1972, foi convidado por César Faria para fazer definitivamente parte
do Conjunto Época de Ouro, pois já atuava com Jacob do Bandolim e o conjunto em gra-
vações. Em 1977, produziu o disco Época de Ouro interpreta Pixinguinha e Benedito Lacerda,
ganhando o prêmio de melhor grupo instrumental pela revista Playboy.
Se eu tivesse de enumerar as participações de Jorginho em trabalhos de grandes artistas
da MPB ao longo de sua carreira, entre shows ao vivo, apresentações em programas de TV
e gravações, não haveria espaço neste livro, por isso vou citar alguns nomes: Sílvio Caldas,
Nélson Gonçalves, Elizete Cardoso, Carlos Galhardo, Jacob do Bandolim, Luiz Gonzaga,
Clara Nunes, Paulinho da Viola, Gonzaguinha, MPB 4, Chico Buarque, Altamiro Carrilho,
Jair Rodrigues, Elba Ramalho, Beth Carvalho, Paulo Moura, Ivan Lins, Ney Matogrosso,
Arthur Moreira Lima, Paul Mauriat, Alcione, João Bosco, Marisa Monte, Francis Hime e
tantos outros.
Jorginho também tem seu lado compositor, e tem como parceiros em algumas músicas
o maestro Cristóvão Bastos, além de outro mestre, Paulo César Pinheiro.
“Ouvido apurado, difícil de satisfazer, é o crítico do conjunto.” Escrito por Jacob
do Bandolim na contracapa do LP Vibrações – Jacob do Bandolim e seu conjunto Época de
Ouro.
Eu não poderia deixar de contar essa breve história de Jorginho do Pandeiro, afinal
é o meu grande mestre em todos os sentidos, e também é uma referência de muitos pan-
deiristas neste país, realmente é a nossa escola. É emocionante poder escrever um pouco
sobre meu ídolo e, ao mesmo tempo, meu pai.
grandes pandeiristas

16
a técnica do pandeiro
O movimento básico consiste na movimentação de balanço do pandeiro com uma
das mãos, para fazer com que as soalhas se choquem e soem, coordenadamente com o bater
da outra mão na pele, para produzir os sons agudos e graves.
Como o choro é tocado em 2/4, o pandeiro toca na divisão rítmica de semicolcheia,
mantendo sempre a marcação de tempo forte e tempo fraco dentro do compasso.
Podemos exemplificar escrevendo a batida básica do pandeiro usando duas linhas: a
linha das platinelas (som de metal), a mais superior delas; a linha da batida na pele abafada
(som mais agudo), a mais inferior; e no primeiro espaço inferior, a batida na pele solta
(som mais grave).
choro/samba baião
polca maxixe
O pandeiro, além do papel rítmico, também se integra ao solo, baixarias, conven-
ções e levadas, utilizando para isso contratempos rítmicos em conjunto com desenhos de
som grave, agudo ou de metal, obtidos respectivamente da batida na pele solta, presa ou
platinelas.

17
comentários sobre as músicas do disco
1. ainda me recordo
Choro com várias obrigações, como, por exemplo, as convenções de breques e de
dinâmicas.
2. assanhado
É choro-samba. O pandeiro faz uma levada um pouco sambada, tranqüila e sem
muitas obrigações.
3. chorando baixinho
Neste choro, o pandeiro tem uma atuação de base, com toque leve, algumas dinâmicas
e sem obrigações.
4. choro negro
Choro-canção. Normalmente, nas rodas de choro o pandeiro (ou um ganzá) entra
sempre na segunda parte da música, bem leve e suave, como está gravado nesta faixa.
5. dança de urso
Polca brasileira bem balançada. O pandeiro, sem obrigações, fica bem livre para fazer
variações.
6. delicado
O pandeiro faz uma levada tradicional de baião. No começo da segunda parte, faz
uma marcação junto com a melodia.
7. gaúcho (corta jaca)A condução do pandeiro é de maxixe, e a música tem apenas duas partes. Nas partes
improvisadas, o pandeiro fica completamente livre, executando variações de maracatu,
tapas no centro da pele, alguns contratempos e, junto com o cavaquinho, uma levada de
samba.
8. noites cariocas
Um samba-choro com condução bem característica de samba e com muitas obrigações
para o pandeiro, inclusive com um solo livre, executado duas vezes.

18
9. numa seresta
Choro com uma condução um pouco levada para o samba, com algumas obrigações
e contratempos.
10. sons de carrilhões
O pandeiro executa uma levada de polca, com acentuação muito parecida com a do
maxixe, sem obrigações.
11. tenebroso
Choro com muitas obrigações de breques. Em boa parte da música, o pandeiro exe-
cuta variações junto com a melodia.
12. um a zero
Realmente tem o jeito de uma partida de futebol, com tantas jogadas rítmicas e me-
lódicas. O pandeiro faz uma levada de choro, colaborando em grande parte com a linha
melódica, uma função que requer grande habilidade.
13. vibrações
Particularmente o considero de imensa beleza, o melhor choro de todos os tempos.
Exige uma grande sensibilidade do pandeiro, com dinâmicas sutis e belas.
choro 100 • pandeiro
Nota do editor: A música Rosa, que consta dos outros volumes desta série, não foi incluída neste volume. Comentário do autor: “Uma
linda valsa do mestre Pixinguinha. Nas valsas não utilizamos o pandeiro”.

19
Obra Intérprete Gravadora Ano de
Lançamento
Assanhado Jacob do Bandolim e
Época de Ouro
RCA Camden 1966
Café Brasil I e II Época de Ouro WEA Music 2002
Cinco companheiros Pixinguinha Sinter 1956
Cinqüenta anos de Dino 7 Cordas Época de Ouro Copacabana 1987
Domingo na geral Nó em Pingo d’água
e Cristóvão Bastos
Lumiar 2002
Encontro histórico Arthur Moreira
Lima, Abel Ferreira e
Época de Ouro
Época de Ouro e Armandinho Época de Ouro e
Armandinho
Tom Brasil 1993
Época de Ouro interpreta
Pixinguinha e Benedito Lacerda
Época de Ouro Continental 1977
Memórias chorando Paulinho da Viola EMI Odeon 1976
Mistura e manda Paulo Moura Kuarup 1983
Nó em Pingo d’Água interpreta
Paulinho da Viola
Nó em Pingo d’água
Noites brasileiras Regional do Canhoto
Nó na garganta Nó em Pingo d’água Independente 1998
Os Carioquinhas no choro Os Carioquinhas
discografia

20
Obra Intérprete Gravadora Ano de
Lançamento
Rabo de Lagartixa Rabo de Lagartixa Independente 1998
Receita de samba Nó em Pingo d’água Visom 1990
Sambatown Marcos Suzano MP,B 1996
Tributo a Jacob Radamés Gnattali, Joel
Nascimento e Camerata
Carioca
Vibrações Jacob do Bandolim e
Conjunto Época de Ouro
RCA Camdem 1967
choro 100 • pandeiro

21
bibliografia e fontes de pesquisa
utilizadas nesta obra
bibliografia geral
ANDRADE, Mário de. Dicionário musical brasileiro. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo; Belo Horizonte: Editora Itatiaia Limitada, 1989.
CRAVO ALBIN, Ricardo. Site Dicionário Cravo Albin.
dicionário cravo albin da música popular brasileira – http://www.dicionariom-
pb.com.br/
dicionário de música zahar. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1985.
enciclopédia da música brasileira – http://www2.uol.com.br/encmusical/
enciclopédia de música brasileira: erudita, folclórica e popular, organização de
Marcos Antônio Marcondes. São Paulo: Art Editora, 1998.
PINTO, Alexandre Gonçalves. O choro: reminiscências dos chorões antigos. Rio de
Janeiro: Typ. Glória, 1936.
SÈVE, Mário. Saxofone brasileiro – o método. Rio de Janeiro: Rio Arte, 2003.
SÈVE, Mário. Vocabulário do choro – estudos e composições. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999.
TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular: da modinha ao tropicalis-
mo. São Paulo: Art. Editora, 1986.
VASCONCELOS, Ary. Brasil musical. Rio de Janeiro: Ed. Art Bureau, 1988.
referências para pesquisa
ANUNCIAÇÃO, Luís Almeida da. A percussão dos ritmos brasileiros – Volume 1. Cader-
no 2. Europa Gráfica e Editora.

22
o autor
Celsinho Silva é percussionista, tendo o pandeiro como instrumento de maior
expressão.
Nascido no Rio de Janeiro, pertence à terceira geração de uma família de músicos.
Conviveu desde a infância com a música, acompanhando seu pai nas rodas de choro, shows,
gravações e muitos programas da Rádio Nacional.
Iniciou sua carreira no conjunto de choro Os Carioquinhas, e tinha como compa-
nheiros Raphael Rabello, Luciana Rabello e Maurício Carrilho. Em 1978, foi fundador do
quinteto Nó em Pingo d’água. Em 1979, foi integrante da primeira formação do conjunto
Camerata Carioca, ao lado de Radamés Gnattali e Joel do Nascimento, que gravou o his-
tórico disco Retratos (tributo a Jacob do Bandolim).
Como assistente de produção, trabalhou nos discos Noel Rosa (Fenab, 1982), Velhos
sambas velhos bambas (Fenab, 1987), Há sempre um nome de mulher (Fenab, 1989) e no
CD Café Brasil 2, do Conjunto Época de Ouro, em 2002.
Foi produtor do projeto Pixinguinha no Centro, em 1996 (107 shows), do CD Nó
na garganta, em 1998 (Nó em Pingo d’água), de duas temporadas do Conjunto Época de
Ouro no Japão (2002 e 2003) e do CD Nó em Pingo d’Água interpreta Paulinho da Viola,
em 2003.
Possui duas composições gravadas, Iluminada (CD Nó na garganta) e Pra dois amores
(CD Domingo na geral), em parceria com Dininho.
Nesses 30 anos de carreira acompanhou, entre gravações e shows, diversos artistas
da MPB, como Nara Leão, Dominguinhos, Turíbio Santos, Elizete Cardoso, Elba Ramalho,
Ademilde Fonseca, Francis Hime, Olivia Hime, Cristina Buarque, Moraes Moreira, Elton
Medeiros, Nelson Cavaquinho, Roberto Ribeiro, Marisa Monte, Zezé Gonzaga, Dona Ivo-
ne Lara, Conjunto Época de Ouro, Rildo Hora, Guinga, Chico Buarque, Nelson Sargento,
Martinho da Vila, Geraldo Azevedo, Leila Pinheiro, Beth Carvalho, Gilberto Gil, Ivan Lins,
Paulo César Pinheiro, Ney Matogrosso e Paulinho da Viola.
Já se apresentou em diversos países, como Portugal, Espanha, Itália, França, Suíça,
Uruguai, Chile, Dinamarca, Estados Unidos e Japão.
Atualmente divide seu trabalho entre produções de shows, workshops, Oficina de
Choro da Escola Portátil de Música, a banda de Paulinho da Viola (desde 1980), o quin-
teto Nó em Pingo d’água, o cantor Ney Matogrosso (no show Ney Matogrosso Interpreta
Cartola) e trabalhos com outros artistas.

23
agradecimentos
Aos parceiros Jorginho do Pandeiro, Adamo Prince, Eduardo Silva, Marluce M. S.
Silva e Maurício Carrilho pelo incentivo, pelos ensinamentos e pelas sugestões de muita
importância que em muito contribuíram para a confecção deste trabalho.

Choro 100 / Play Along ChoroPandeiro / Tambourine
A Biscoito Fino release
General Director: Kati Almeida BragaArtistic Director: Olivia Hime
Tel.: (21) 2266-9300
www.biscoitofino.com.br
Rua Sarapuí, 8 Humaitá
22.260-170 Rio de Janeiro RJ Brasil
Copyright © 2008 by Sarapuí Produções Artísticas Ltda.
No part of this work may be stored or reproduced, by any means, without prior consent, in writing, from its publishers.
production team
music production and project coordination
Rodrigo de Castro Lopes
executive producer
Joana Hime
phonographic production
Sarapuí Produções Artísticas
production assistants
Pedro Bastos, Daniel White, Paula Cotta, Paula Novo,
Luciene Caruso, Fernando Temporão, Isabel Zagury,
Diego Lara and Raquel Deleuse
cd
Recorded, mixed, and mastered by Rodrigo de Castro Lopes at Estúdio Sarapuí, Rio de Janeiro, in May 2004.
Studio assistant: Lucas Ariel
musicians Nó em Pingo d’água
Celsinho Silva — tambourine Rodrigo Lessa — mandolin
Mário Sève — sax and flute Rogério Souza — six- and seven-string guitar
Papito — bass with Jayme Vignoli — cavaquinho
Repertoire selection and arrangements: Nó em Pingo d’água and Jayme Vignoli
book
editorial coordination
Marcelo Carvalho Oliveira
graphic design, cover art, and desktop publishing
Formatos Design Gráfico
translation into english
Paul Alan Hallstein and Marcelo C. Oliveira
illustrations
Fernando Lopes
copydesk (portuguese)Rejane Meneses e Yana Maria Palankof
music scores Transcription, organization, and adaptation: Mário Sève
Editing: Flávio Mendes
Final adjustments: Diogo Ahmed

Celsinho Silva
Play Along Choro
Tambourine
Preface by
Hermínio Bello de Carvalho

cataloguing-in-publication data
Silva, Celsinho Choro 100: pandeiro= play along choro: tambourine / Celsinho Silva; Preface by Hermínio Bello de Carvalho; illustrations, Fernando Lopes.- Rio de Janeiro: Biscoito Fino, c2008. 76p. : music; 28cm.
Translation into English: Paul Alan Hallstein and Marcelo C. Oliveira. Music CD inserted. Includes discography, bibliography, sheet music. ISBN 85-88921-05-7
1. Choro. 2. Choro – Brazil. 3. Percussion instrument (Tambourine). I. Carvalho, Hermínio Bello de. II. Title.
CDD 784.19 CDU 78.087
Créditos das composições As seguintes composições foram utilizadas nesta obra mediante acordo firmado com os respectivos titulares. Todos os direitos reservados aos compositores, seus herdeiros e/ou editores musicais.
“Ainda me recordo” (“I Still Remember”)By: Pixinguinha and Benedito LacerdaCopyright © 1948 by Irmãos Vitale S.A. Indústria e ComércioAll rights reserved. International copyright secured.ISRC: BRPUI0400362
“Assanhado” (“Sassy”)By: Jacob BittencourtCopyright © 1977 by ADDAFISRC: BRPUI0400357
“Chorando baixinho” (“Crying Low”)By: Abel FerreiraCopyright © 1957 by Todamérica Música Ltda. (ADDAF)ISRC: BRPUI0400360
“Choro negro” (“Black Choro”)By: Paulinho da Viola and Fernando CostaCopyright © 1973 by Warner-ChappellISRC: BRPUI0400365
“Corta jaca (Gaúcho)” (“Jackfruit Cutting — Gaucho”)By: Chiquinha Gonzaga P 1897. Public domainISRC: BRPUI0400368
“Dança de urso” (“Bear Dance”)By: CandinhoAll rights reserved to the estate of the author.ISRC: BRPUI0400367
“Delicado” (“Delicate”)By: Waldir AzevedoCopyright © 1950 by Todamérica Música Ltda. (ADDAF)ISRC: BRPUI0400366
“Noites cariocas” (“Carioca Nights”)By: Jacob BittencourtCopyright © 1970 by Irmãos Vitale S.A. Indústria e ComércioAll rights reserved. International copyright secured.ISRC: BRPUI0400369
“Numa seresta” (“At a Serenade”)By: Luiz AmericanoCopyright © 1978 by Universal Music Publishing MGB Brasil Ltda.All rights reserved.ISRC: BRPUI0400361
“Sons de carrilhões” (“Sounds of Chimes”)By: João PernambucoCopyright © 1978 by Universal Music Publishing MGB Brasil Ltda.All rights reserved.ISRC: BRPUI0400364
“Tenebroso” (“Gloomy”)By: Ernesto Nazareth P 1908. Public domainISRC: BRPUI0400363
“Um a zero” (“One to Zero”)By: Pixinguinha and Benedito LacerdaCopyright © 1945 by Irmãos Vitale S.A. Indústria e ComércioAll rights reserved. International copyright secured.ISRC: BRPUI0400359
“Vibrações” (“Vibrations”)By: Jacob BittencourtCopyright © 1977 by ADDAFISRC: BRPUI0400356

contents
the tambourine by jorginho do pandeiro, 28
introduction, 29
play along choro (a little pocket-orchestra), 30
the tambourine — history and its inclusion in choro, 33
great tambourine players, 35
tambourine technique, 38
comments about the songs on the cd, 39
discography, 41
bibliography and research sources used in this book, 43
the author, 45
thanks to, 46
music scores, 47

28
the tambourine by jorginho do pandeiro
The tambourine has been in my life ever since my childhood. My parents’ house was
always visited by great musicians, among them Benedito Lacerda, Dante Santoro, and others
who were invited to choro rounds by my brother Dino Sete Cordas. I waited anxiously for
that day, to sit down beside the tambourine player and watch him eagerly.
Way back then, that was the only chance I had to learn something new. Today there
are choro workshops, books, and classes taught by good instrumentalists. This precious
work shows all the way as to how the Brazilian rhythms should be freely played. For the
readers who are interested in the rhythmic side of music, in this specific case the tambou-
rine, it explains in a practical and efficient way the history, structure of the instrument,
and its introduction into the world of choro music. Great tambourine players are proudly
mentioned — such as Russo do Pandeiro, a pioneer in taking our rhythms abroad.
On the CD, we notice that the tambourine can be heard separately, giving us the
opportunity to clearly distinguish its bass and treble sounds, syncopations, nuances, and
rhythmic “obligations.” On the other hand, we can also hear the group without the sound
of the tambourine, which allows us to practice by playing along with the ensemble — in
recordings, normally the instruments are all heard simultaneously.
I am sure that the reader will praise and welcome this publication, due to its impor-
tance for the pandeiro fans all over.
jorginho do pandeiro

29
introduction
The idea for this project came up when I realized the virtual inexistence of didactic
material for musicians who wished to deepen their knowledge of choro music. I say virtual
because when there is something of that kind it is hard to find. Such study material should
qualify the student to take part in any roda de choro (a “choro round”), supplying
information about style and the history of the genre, the music scores of great
classics, and a recording by means of which the practitioner could not only listen
to details of the playing style of great instrumentalists, but also play along
with some of the best musicians around.
Thus Choro 100 (Play Along Choro) was born, a project promptly
embraced by Biscoito Fino, the record label and publishing company. For
this accomplishment, inviting the members of the group Nó em Pingo
d’água, musicians of recognized excellence in this genre, was a natural
choice. And so Mário, Rodrigo, Rogério, Papito, and Celsinho were called
upon. Still, this line-up — winds, mandolin, guitar, bass, and tambourine
— required the complement of a cavaquinho player. That space was fil-
led, with a surplus, by the participation of Jayme Vignoli, one of the most
competent and active instrumentalists on the present choro music scene of
Rio de Janeiro.
The arrangements were recorded in the form and key in which they are
usually played at the choro rounds — that is to say, not necessarily the original
key which was chosen by the writer of the song. We also opted for keeping, in the playing,
some little changes and the surprise of a few improvisations, to add to the final result a
touch of what one hears in an authentic roda de choro. These little variations can be seen as
a good ear training practice for the student, who is “forced” to learn some details “by ear.”
In this way, we keep alive a bit of the intuitive study method used in the world of choro,
according to which all the great chorões (choro men) of the past played and learned.
With this series of books and CDs, we are sure of making available to the choro music
fans and students a package of incredible value. We hope that it greatly contributes to the
diffusion of this music genre which is so special and so much Brazilian at heart.
rodrigo de castro lopes producer

30
play along choro (a little pocket-orchestra)
The good thing about this project is that it is not aimed at reinventing the wheel
— even though the CD is in the shape of a little silver-colored disk, proving that the world
is always in evolution, spinning round and round.
Since the dawn of music, there has always been a teacher behind his desk, jotting
down a music score. The world has evolved, along with the wheel, and the new teaching
tools ended up having the same round shape. From the old acetate disk to the modern CD,
there’s always the smell of chalk in the air and a teacher scribbling out a music staff on a
slate board.
And for as long as music has existed, the best thing in the world has been (and is!) to
gather a group of friends, each one with his or her instrument, to play that catchy tune that
we can’t get out of our heads. The problem is that one cannot always find friends around
for group practice.
Then, the way to go is to set up some kind of an instrumental karaoke, knowing that
it’s not necessary to study abroad to learn how to compose like Antonio Carlos Jobim or
Baden Powell, nor to orchestrate like Radamés Gnattali or Pixinguinha. It is by playing and
studying that one learns.
Now you can take your little orchestra home, or to your neighbor’s backyard, to play
the best popular music in the world, thanks to this iniciative. This project, released by Bis-
coito Fino, not only promotes the great Brazilian instrumental music, but also encourages
group practice, which is so much necessary to music students. A really meaningful effort that
should be credited to Celsinho Silva, Papito, Rogério Souza, Mário Sève and Rodrigo Lessa,
members of the group Nó em Pingo d’água, and to cavaquinho player Jayme Vignoli.
As mentioned before, with no claim to having invented the wheel, we herein present
this group of sonic, shining little wheels, so that musicians everywhere can feast on this
rich musical menu, with special features never before seen.
history
We will never know who the first music teacher was, nor the identity of that curious
little boy who first stepped into the classroom with his instrument under the arm. And, of
course, we have no idea when that happened.
For example, my guitar1 teacher, the Azorean butcher Antonio Rebello, was a disciple
of Quincas Laranjeiras, who is said to have been the pioneer in the teaching of our most
1 When we use the term guitar here, we are referring to the Brazilian acoustic guitar, known in Brazil as violão, and in English speaking
countries as the Spanish guitar. In Brazil, the term guitarra is the one normally used to refer to the electric guitar. (T.N.)

31
popular instrument by means of a formal musical method. Later, master Rebello and Luiz
Bonfá went on to study with Isaias Sávio; then, from this mother-school, a series of talented
guitarists were to appear, including Turíbio Santos (now a world-renowned instrumentalist
and director of the Villa-Lobos Museum), the Abreu brothers, and the great Jodacil Dama-
ceno, who passed on his musical knowledge to Joyce and Guinga, among many others. Way
back then, old Quincas could never have imagined that he was making history.
And let’s not forget: the poet-troubadour Catulo da Paixão Cearense was the one
who taught the then first-lady of Brazil the first chords on the guitar, which she friskily
took to the presidential palace soirées, creating a scandal by playing Chiquinha Gonzaga’s
song “Corta-jaca.” Madam Nair de Teffé, the daughter of the Baron of Teffé and the wife of
President Hermes da Fonseca, was also known for her precise line drawings and her irreve-
rence as a cartoonist. She used to sign her drawings using the pen name “Rian.” I met her
in the 1950s, when I interviewed her for Rádio MEC, where I was working on an invitation
by two friends of Mário de Andrade’s, Lúcio Rangel and Mozart de Araújo. There, a very
precocious girl organized the collection of Mozart’s rare scores — Luciana Rabello, Raphael
Rabello’s sister. Both were very precocious, and would have as teachers the old Meira and
the great Canhoto. Very young at the time, they didn’t imagine that they would cross paths
with Radamés Gnattali. Luciana and Maurício Carrilho went on to write a new choro his-
tory with Acari Records, and to promote the most exhaustive research of the repertoire of
the genre through the booklets known as Princípios do choro (Beginnings of Choro) — with
the collaboration of Anna Paes — a cultural monument sculpted together with Instituto
Sarapuí and the record label Biscoito Fino. That was a fabulous work of musical archeology
that has unearthed real pearls from trunks that were rotting in the basements of oblivion.
Again it was the old wheel spinning to the measures of a mischievous corta-jaca.
Without trying to reinvent the wheel, and inspired by an unforgettable seminar orga-
nized by Toninho Horta in Ouro Preto in 1987, I proposed (without inventing the wheel...)
the Radamés Gnattali Project to Funarte (Brazil’s National Foundation for the Arts). That
was 1988. The medium was still the vinyl disk known as LP, on which the best Brazilian
musicians were the precursors of a kind of didactic-instrumental karaoke. Roberto Gnattali
and Luiz Otávio Braga gave shape to the project, which received the subtitle Dê uma canja.2
Does anyone know what it’s like to play with some of the best Brazilian musicians? I’m
talking about people like Raphael Rabello, Chiquinho do Acordeon, Joel do Nascimento,
Vitor Santos, Mauro Senise, Zimbo Trio, Helvius Vilela — a world of people.
Because it was obvious that there was a lack of dynamic support to encourage group
practice, and, above all, to lessen the feeling of solitude of that anonymous student in the
interior of the country, who always had trouble finding a partner to play together with on
a choro by Jacob do Bandolim or Pixinguinha, or on a samba by Noel Rosa.
play along choro (a little pocket-orchestra)
2 In the Brazilian musicians’ jargon, to give a canja (chicken soup) means to play on one or a few songs at a live performance, often
informally, as a guest appearance at somebody else’s show. (T.N.)

So it was that, about four years ago, my dear friend Maurício Carrilho devised a fan-
tastic Oficina do Choro (Choro Workshop) with his former music partners from Camerata
Carioca. This group was born with the blessings of Radamés Gnattali, with whom they
made a record paying homage to Jacob do Bandolim, who ended up becoming the name
of an institute, which later gave birth to the Escola Portátil de Música (Portable School of
Music), where didactic support tools such as the Apostilas sonoras (Sonic Booklets) and the
Apostilas audiovisuais (Audiovisual Booklets) were created.
And faithful to the maxim of Chacrinha (the celebrated Brazilian radio and TV host,
famous for his acute sense of humour), “Nothing is invented; everything is copied,” we are
the witnesses of this wonderful proliferation of the greatest diversity of methods, which
cater to a specific clientele who have already begun to spell, musically speaking, the works
of Pixinguinha, Anacleto, Ernesto Nazareth, Tom Jobim, and many other masters who have
taught us the Brazilian musical idiom.
So here is Choro 100 (Play Along Choro) as a living proof of that, and we hope it will
reach dozens of choro workshops and informal little schools which today, in the tradition of
the Portable School of Music, spread all over Brazil, lacking in such a didactic support tool.
And so it also happens that, in this spinning of the wheel, old master Quincas La-
ranjeiras links up with Maurício Carrilho, while Chiquinha Gonzaga and Dona Nair de
Teffé spin around in the concert hall, showing off the art of Luciana Rabello’s cavaquinho.
Meanwhile, Kati Almeida Braga and Olivia Hime open the doors of Instituto Sarapuí to the
new generation of musicians who are arriving. Then, it is all put in the hands of Rodrigo
de Castro Lopes and these top-notch musicians to create a new teaching tool, which, by its
turn, adds up to the most consequential initiatives to prove that the youth are not alienated
— and to show that such tools are factors of social inclusion, by means of the teaching of
music, divine music.
And have you noticed something? Biscoito Fino’s logo is in the shape of a round cookie.
Once again it’s the old wheel, inspiring everything, reinventing itself from day to day.
hermínio bello de carvalho Rio de Janeiro, 2005.
choro 100 • tambourine

33
the tambourine — history and its inclusion in choro
The tambourine is an instrument which is widely used in Brazilian music, and is so
essential that certain styles would be lacking in rhythmic expression without it. In choro,
the tambourine is the main rhythm instrument in the accompaniment.
It is composed of: shell (or frame), head (or skin), jingles, rim, hoop, braces, and it
can vary according to size, frame, skin, and the type of jingles.
Shell (or frame) — Body of the instrument, made of wood or acrylic material, which
is covered by the skin.
Head (or skin) — The head can be made of animal skin or synthetic material, and
covers one side of the shell. The vibration produced by the tapping of the fingers on the
skin may be either “open” (free sound), or “closed” (staggered sound). In choro music, the
head of the tambourine is made of animal skin.
Jingles — Metal disks, placed in spaced pairs around the shell, which strike against
each other with the movement of the hand, yielding a high pitched sound.
Rim — A ring made of steel or aluminum, which is attached to the shell to hold the
skin.
Hoop — Rounded wire which is tightened to the rim in order to fix the skin to the
shell.
Braces — Hooks that secure the rim to the shell, and are used to hold and apply the
proper tension to the skin (tightening or loosening it).
The tambourine is played in popular music all over the world, including China, Turkey,
Iran, Israel, Haiti, India, Egypt, Spain, Portugal, Italy, and Indonesia. In some countries, the
tambourine does not have jingles.

34
history
The tambourine comes from the family of the timbrel, drums with a narrow frame,
which have existed since the ancient Arabic and Persian civilizations, and are still very
popular nowadays in the Mediterranean.
There are texts and images of religious rituals in Mesopotamia, Egypt, Greece, and
Rome in which the women, in particular, play ancient tambourines. Remnants of rituals
paying homage to the ox-god resurrected in wine can still be found in rural traditions of
Italy, Spain, and Portugal.
Originally, Catholic Portuguese women brought the big tambourines of bumba-meu-
boi1 to Brazil, specifically to the city of São Luís, in the state of Maranhão. Every year, there
is a big party in honor of the holy ox, which dies and is resuscitated by means of dances
and the playing of the big tambourines.
In Brazil, the tambourine is used in a wide variety of musical styles, including choro,
samba, baião, frevo, and maxixe, among others.
the pandeiro in choro
Towards the end of the nineteenth century, when choro first appeared, musicians got
together in the homes of friends, at parties, bars, and in the music halls of the city, even
though most choro musicians did not have a professional status then.
Born in Rio de Janeiro, and still influenced by European music, choro did not origi-
nally employ rhythm instruments, which were to be included only many years later. The
instruments that made up the first choro groups were flute, guitar, and cavaquinho.
Perhaps the the first group to appear in the history of choro was the one put together
by Joaquim da Silva Callado, flautist and composer.
The tambourine was first used in a regional choro group by musician Jacó Palmieri,
tambourine player with the group Os Oito Batutas (The Eight Batons/Clever Ones2),formed
in 1919 by Pixinguinha (flute), Donga (guitar), José Alves (mandolin and ganzá3), China
(guitar and piano), Nelson Alves (cavaquinho), Luís de Oliveira (bandola4 and reco-reco5),
and Raul Palmieri (guitar). This is the first known band to include the tambourine in its
line-up, and the first Brazilian music group to play abroad.
1 Bumba-meu-boi—Folkloric dance and popular celebration typical of Northern and Northeastern Brazil.2 Literally, the term batuta refers to the stick with which the conductor leads the orchestra. Informally, it can mean an “ace” player of
samba or anyone who is in general dexterous, reliable, fearless, good. (T.N.)3 A rattlebox, usually made of sheet-metal, with little peebles or seeds in it, whose sound is produced by the shaking of the instrument
back and forth, up and down. (T.N.)4 A tenor or baritone instrument of the mandolin family.5 The reco-reco is a Brazilian percussion instrument that consists of a length of bamboo with transverse notches cut into it over which
a wand is rubbed to produce a sound similar to a frog’s croaking. (T.N.)
choro 100 • tambourine

35
great tambourine players
joão da baiana (joão machado guedes)He played in Pixinguinha’s group at Rádio Mayrink Veiga. After leaving Mayrink, he
was hired by Rádio Nacional to play with their orchestra. In recordings and shows, João
da Baiana, Pixinguinha, and Donga formed an almost inseparable trio, which can be com-
pared to the string trio made up of Dino (seven-string guitar), Meira (six-string guitar),
and Canhoto (cavaquinho).
russo do pandeiro
For many years, he played with Benedito Lacerda’s Regional. He toured the USA,
together with Carmen Miranda and the group Bando da Lua (Moon’s Gang). He also
played in several movies in Brazil. Besides being an accomplished musician, he was also an
excellent tambourine juggler.
popeye
He substituted Russo do Pandeiro in Benedito Lacerda’s Regional. He also played
with tenor guitarist Claudionor Cruz’s group.
Joca do Pandeiro: He was a member of Dante Santoro’s group at Rádio Nacional.
Joca frequently joked that his big, heavy hands were a death certificate.
risadinha (“giggle”)6 (moacir gomes)He was a member of Benedito Lacerda’s group and, for some time, also of Waldir
Azevedo’s. Risadinha played the tambourine on many of Azevedo’s hit tunes, including
“Brasileirinho” and “Delicado.” He played on many recordings by some of the great artists
of Brazilian popular music.
gilson de freitas
He played with Benedito Lacerda’s group, in addition to the regional groups of Can-
hoto and Rogério Guimarães. He was frequently called to record with many of the great
names of Brazilian popular music.
6 The translations of names of groups and nicknames of artists, as well as titles of songs and albums we provide here are only meant
to help the international reader in understanding their meanings, which are sometimes irreverent, funny, or curious, and amusing in
general, for this is a characteristic of the world of choro. These translations may not correspond to the “official” titles of those works
which have also been released outside of Brazil. (T.N.)

36
giberto d’ávila
At Rádio Tupi, he played with the Rogério Guimarães’s regional group, as well as with
the Orquestra Tabajara, headed by maestro Severino Araújo. He was the first tambourine
player in Jacob do Bandolim’s group Época de Ouro (Golden Epoch). Throughout his long
career, he was always in demand for recordings.
pernambuco do pandeiro
Instrumentalist and composer, he played at Rádio Ipanema as a member of César
Faria’s group. (César played the six-string guitar and is the father of Paulinho da Viola.)
Pernambuco also worked with Pixinguinha and Benedito Lacerda at Rádio Tupi. In the
1950s, he formed his own group.
luna (roberto bastos pinheiro)Luna played with a variety of groups, including orchestras and choro ensembles, and
in a number of settings such as nightclubs, gafieiras,7 dance halls, etc. He was frequently
hired for recordings. At Rádio Nacional, he was a member of Dante Santoro’s regional
group. Together with Marçal and Elizeu, he formed one of the best and most well-known
tamborim8 trios for samba recordings in Brazil, just like another great trio of the past, made
up of Raul, Buci, and Arnaud.
jackson do pandeiro (josé gomes filho)A singer and composer of northeastern Brazilian music, he was given the nickname
“Jack” as a child, due to the fact that he was a fan of western movies, especially those with
actor Jack Perry. After he started playing in a duo with José Lacerda, he took on the artistic
name of Jack do Pandeiro. Later, while he worked for Rádio Jornal do Comércio, he changed
Jack to “Jackson,” at the advice of the program director, who thought it sounded better. He
also played in a successful duo with Almira Castilho, whom he married in 1956. Jackson
has had considerable influence on many vocalists and song writers.
marcos suzano
A percussionist with a unique style of playing the tambourine, greatly influenced by
Afro-Brazilian music. In 1993, together with Lenine, he released his first CD, Olho de peixe
(Fish Eye). In 1996, he released Sambatown, and in 2000, Flash. He is a former member of
the groups Nó em Pingo d’água and Aquarela Carioca.
7 Gafieira is a low-priced dance hall in which people dance to various popular music styles, usually played by live bands and orchestras.
(T. N.).8 The tamborim is a samba percussion instrument, similar to a pandeiro (tambourine) in shape, but smaller, without jingles, and played
by hitting the skin with a little stick, in quick staccato divisions (usually groups of sixteenth notes). (T. N.)
choro 100 • tambourine

37
jorginho do pandeiro (jorge josé da silva)Born into a family of musicians, at seven years of age he began playing the tambourine
in the regional group of his father, Caetano José da Silva, who was a guitarist.
He began his professional career when he was fourteen, playing with Ademir Nunes’s
group at Rádio Tamoio, having been introduced by his brother Lino Silva, the cavaquinho
player in the group. In 1946, he worked with César Moreno at Rádio Vera Cruz, and, in
1947, invited by Altamiro Carrilho, he switched to Rádio Tupi, the station his cousin Tico
Tico (Jorge Simas, a cavaquinho player) worked for.
He was hired by Rádio Nacional in 1948, at the invitation of Dante Santoro — a flautist
who treated him like a son, since Jorginho was only eighteen years old — to be a member
of the group directed by the former. Jorginho was to stay there for the next 29 years.
At the same time, he worked with the vocal group Quatro Ases e Um Coringa (Four
Aces and a Joker), playing at Rádio Nacional, and with the regional group of Canhoto (a
cavaquinho player) at Rádio Mayrink Veiga, beside his brother Dino Sete Cordas.
Jorge was also a member of the Banda do Canecão9 from 1967 (the year it was
founded) until 1971. In 1972, he was invited by César Faria to be a permanent member of
the group Época de Ouro, once he was already playing with Jacob do Bandolim and the
group in recordings. In 1977, he produced the record Época de Ouro interpreta Pixinguinha
e Benedito Lacerda (Época de Ouro Plays Pixinguinha and Benedito Lacerda), which won the
prize for best instrumental group awarded by Playboy magazine.
Space would be insufficient in this volume to list all of Jorginho’s participations
alongside the great artists of Brazilian popular music throughout his long career, including
shows, TV programs, and recordings. However, the following names stand out: Sílvio Caldas,
Nelson Gonçalves, Elizete Cardoso, Carlos Galhardo, Jacob do Bandolim, Luiz Gonzaga,
Clara Nunes, Paulinho da Viola, Gonzaguinha, MPB 4, Chico Buarque, Altamiro Carrilho,
Jair Rodrigues, Elba Ramalho, Beth Carvalho, Paulo Moura, Ivan Lins, Ney Matogrosso,
Arthur Moreira Lima, Paul Mauriat, Alcione, João Bosco, Marisa Monte, Francis Hime,
and many, many others.
Jorginho is also a composer, and he has written music together with two maestros,
Cristovão Bastos and Paulo César Pinheiro.
“With a keen ear and a demanding musical instinct, he is the critic of the group.” That
was what Jacob do Bandolim wrote about him on the back cover of the album Vibrações
— Jacob do Bandolim e seu conjunto Época de Ouro (Vibrations — Jacob do Bandolim and
his Group Época de Ouro).
As the writer of this brief synopsis, I must point out that Jorginho do Pandeiro was
my guru in all senses, and is a point of reference for many tambourine players in Brazil,
really a school in tambourine playing. It is thrilling to be able to write a few lines about
my idol, and my father.
9 Canecão is one of the most traditional show halls/nightclubs in Rio de Janeiro. Officially it is categorized as a “beer house.”
great tambourine players

38
tambourine technique
The basic technique to provide the “swing” in playing the tambourine consists of
shaking the instrument with one hand so that the jingles strike against each other rhyth-
mically, while tapping on the skin with the other hand to produce the needed accents, bass
and treble sounds.
Since choro music is in 2/4 time, the tambourine is played on the rhythmic division
of the sixteenth note, maintaining the stress points of the strong and weak beats within
the measure.
We can illustrate this by writing out the basic tambourine beat in two lines: on top,
the line of the jingles (metallic sound); below it, the line of the muffled skin beat (the
higher-pitched sound); and, in the lower space, the line of the open skin beat (the low-
pitched sound).
choro/samba baião
polca maxixe
The tambourine, besides having its main role as a rhythm instrument, can also be
added to solos, bass lines, conventions, and grooves; to do so, the player uses rhythmic coun-
terpoints together with low, high, or metallic sound patterns. The proper effect is achieved
by tapping the leather skin, either loose, muffled, or by the shaking of the jingles.

39
comments about the songs on the cd
1. “ainda me recordo” (“i still remember”)This is a choro that includes many typical elements of the genre, such as the conven-
tions of breaks and dynamics.
2. “assanhado” (“sassy”)This is a choro-samba. The tambourine plays a soft samba rhythm, smooth and not
too busy.
3. “chorando baixinho” (“crying low”)On this choro, the tambourine plays the accompaniment, with a light touch, employ-
ing some dynamics.
4. “choro negro” (“black choro”)This is a choro-canção. Normally, in choro rounds, the tambourine (or a ganzá) starts
playing in the second part of the song, very softly and lightly, as shown on this track.
5. “dança de urso” (“bear dance”)This is a Brazilian polka with a lot of swing. The tambourine is quite free to play
variations.
6. “delicado” (“delicate”)The tambourine plays a traditional baião groove. At the beginning of the second part,
the rhythm is played together with the melody.
7. “gaúcho — corta jaca” (“gaucho — jackfruit cutting”)This is a two-part song in which the tambourine plays a maxixe rhythm. In the im-
provised parts, the tambourine is completely free, playing variations of maracatu, using
“slaps” in the center of the skin, some on the offbeat, and, together with the cavaquinho,
a samba groove.
8. “noites cariocas” (“carioca nights”)This is a samba-choro with a typical samba beat that makes full use of the tambourine,
including a free-style solo, played twice.

40
9. “numa seresta” (at a serenade”)This is a choro with a samba-flavoured rhythm, and some syncopation.
10. “sons de carrilhões” (“sounds of chimes”)The tambourine plays a polka rhythm, with accents that resemble those of maxixe.
11. “tenebroso” (“gloomy”)This is a choro with extensive use of breaks. In much of the song, the tambourine
plays variations together with the melody.
12. “um a zero” (“one to zero)This song truly reminds the listener of a soccer match, full of rhythmic and melodic
“games.” The tambourine plays a samba groove, adding to the melody line, a technique
which requires great skill on the part of the musician.
13. “vibrações” (“vibrations”)I consider this, for its immense beauty, the best choro of all times. It requires that the
tambourine be played with great sensitivity, using subtle and beautiful dynamics.
choro 100 • tambourine
Editor’s note: The song “Rose,” featured in the other volumes of this series was not included in this one. Author’s comment: “A lovely
waltz by choro master Pixinguinha. In waltzes, the tambourine remains silent.”

41
discography
album artist record
company
year of
release
Assanhado (Sassy) Jacob do Bandolim e
Época de Ouro
RCA Camden 1966
Café Brasil I e II (Brazil Café I and II) Época de Ouro WEA Music 2002
Cinco companheiros (Five Fellows) Pixinguinha Sinter 1956
Cinqüenta anos de Dino 7 Cordas (Fifty
Years of Dino Seven Strings)
Época de Ouro Copacabana 1987
Domingo na geral (Sunday at the
Bleachers)
Nó em Pingo d’água
e Cristóvão Bastos
Lumiar 2002
Encontro histórico (Historic Meeting) Arthur Moreira Lima,
Abel Ferreira e Época
de Ouro
Época de Ouro e Armandinho (Golden
Epoch and Armandinho)
Época de Ouro e
Armandinho
Tom Brasil 1993
Época de Ouro interpreta Pixinguinha e
Benedito Lacerda (Golden Epoch Plays
Pixinguinha and Benedito Lacerda)
Época de Ouro Continental 1977
Memórias chorando (Memories Crying) Paulinho da Viola EMI Odeon 1976
Mistura e manda (Mix and Send) Paulo Moura Kuarup 1983
Nó em Pingo d’Água10 interpreta
Paulinho da Viola (Nó em Pingo d’Água
Plays Paulinho da Viola)
Nó em Pingo d’água
Noites brasileiras (Brazilian Nights) Regional do Canhoto
10 The name of the group, Nó em Pingo d’água, comes from a popular saying in Brazilian Portuguese which refers to people who are
in such a difficult situation that they have to do what’s possible and what’s impossible—like “tying a knot to a drop of water” (“dar nó
em pingo d’água”)—just to get on with life. (T. N.)

42
album artist record
company
year of
release
Nó na garganta (Lump in Throat) Nó em Pingo d’água Independente 1998
Os Carioquinhas no choro (The Little
Cariocas in Choro)
Os Carioquinhas
Rabo de Lagartixa (Lizard’s Tail) Rabo de Lagartixa Independente 1998
Receita de samba (Recipe for Samba) Nó em Pingo d’água Visom 1990
Sambatown Marcos Suzano MP,B 1996
Tributo a Jacob (A Tribute to Jacob do
Bandolim)
Radamés Gnattali,
Joel Nascimento e
Camerata Carioca
Vibrações (Vibrations) Jacob do Bandolim e
Conjunto Época de
Ouro
RCA Camdem 1967
choro 100 • tambourine

43
bibliography and research sources used in this book
general bibliography
ANDRADE, Mário de. Dicionário musical brasileiro (Brazilian Music Dictionary). São
Paulo: Editora da Universidade de São Paulo; Belo Horizonte: Editora Itatiaia Limita-
da, 1989.
CRAVO ALBIN, Ricardo. Site Dicionário Cravo Albin (Cravo Albin Dictionary Websi-
te).
dicionário cravo albin da música popular brasileira (cravo albin dictionary
of brazilian popular music website) — http://www.dicionariompb.com.br/
dicionário de música zahar (zahar dictionary of music). Rio de Janeiro: Zahar
Editores, 1985.
enciclopédia da música brasileira (brazilian music encyclopedia) —
http://www2.uol.com.br/encmusical/
enciclopédia de música brasileira: erudita, folclórica e popular, organização de
Marcos Antônio Marcondes (encyclopedia of brazilian music: classical, folk,
and popular, edited by Marcos Antônio Marcondes). São Paulo: Art Editora, 1998.
PINTO, Alexandre Gonçalves. O choro: reminiscências dos chorões antigos (Choro Mu-
sic: Reminiscences of the Old-timers). Rio de Janeiro: Typ. Glória, 1936.
SÈVE, Mário. Saxofone brasileiro — o método (Brazilian Saxophone — The Method).
Rio de Janeiro: Rio Arte, 2003.
SÈVE, Mário. Vocabulário do choro — estudos e composições (Vocabulary of Choro
— Studies and Compositions). Rio de Janeiro: Lumiar, 1999.
TINHORÃO, José Ramos. Pequena história da música popular : da modinha ao tropicalis-
mo (Overview of Brazilian Popular Music: from Modinha to Tropicalism). São Paulo:
Art. Editora, 1986.
VASCONCELOS, Ary. Brasil musical (Musical Brazil). Rio de Janeiro: Ed. Art Bureau,
1988.

44
references for research
ANUNCIAÇÃO, Luís Almeida da. A percussão dos ritmos brasileiros — Volume 1.
Caderno 2 (The Percussion of Brazilian Rhythms — Volume 1. Book 2). Europa
Gráfica e Editora
BELLI, Maurizzio. Oficina de pandeiros (Workshop of Tambourines)
choro 100 • tambourine

45
the author
Celsinho Silva is a percussionist, whose instrument of specialization is the tambou-
rine. Born in Rio de Janeiro, he belongs to the third generation of a family of musicians.
Music has been a part of his life since childhood, accompanying his father to choro rounds,
shows, recordings, and many radio programs at Rádio Nacional.
He began his career playing in the choro group Os Carioquinhas (The Little Cario-
cas), together with Raphael Rabello, Luciana Rabello, and Maurício Carrilho. In 1978, he
became a founding member of the quintet Nó em Pingo d’água. One year later, he played
in the first line-up of Camerata Carioca — along with Radamés Gnattali and Joel do Nas-
cimento — which recorded the ground-breaking album Retratos (Portraits), a tribute to
Jacob do Bandolim.
As a production assistant, he worked on the albums Noel Rosa (Fenab, 1982); Velhos
sambas, velhos bambas (Old Sambas, Good Ol’ Samba Men) (Fenab, 1978); Há sempre um
nome de mulher (There is Always the Name of a Woman) (Fenab, 1989); and the CD Café
Brasil 2, with the group Época de Ouro (2002).
He was the producer of the project Pixinguinha no Centro (Pixinguinha Downtown),
in 1996 (107 shows); also of the CD Nó na garganta (Lump in Throat), in 1998 (by the
group Nó em Pingo d’água); of two seasons of the group Época de Ouro in Japan (2002
and 2003); and of the CD Nó em Pingo d’Água interpreta Paulinho da Viola (Nó em Pingo
d’Água Plays Paulinho da Viola), in 2003.
Two of his songs have been recorded: “Iluminada” (“Lightened Up,” on the CD Nó
na garganta) and “Pra dois amores” (“For Two Loves,” CD Domingo na Geral), written in
partnership with Dininho. In the 30 years of his career, he has accompanied, both in recor-
dings and in shows, many of the great names of Brazilian popular music, including Nara
Leão, Dominguinhos, Turíbio Santos, Elizete Cardoso, Elba Ramalho, Ademilde Fonseca,
Francis Hime, Olivia Hime, Cristina Buarque, Moraes Moreira, Elton Medeiros, Nelson
Cavaquinho, Roberto Ribeiro, Marisa Monte, Zezé Gonzaga, Dona Ivone Lara, Conjunto
Época de Ouro, Rildo Hora, Guinga, Chico Buarque, Nelson Sargento, Martinho da Vila,
Geraldo Azevedo, Leila Pinheiro, Beth Carvalho, Gilberto Gil, Ivan Lins, Paulo César Pi-
nheiro, Ney Matogrosso, and Paulinho da Viola.
He has played gigs in many different countries, like Portugal, Spain, Italy, France,
Switzerland, Uruguay, Chile, Denmark, the United States, and Japan.
Nowadays, he spends his time in show productions, workshops, choro master classes,
The Portable School of Music, Paulinho da Viola’s band (since 1980), the quintet Nó em
Pingo d’água, accompanying the singer Ney Matogrosso (in the show Ney Matogrosso
Sings Cartola), besides projects with other artists.

46
thanks to
To my music partners Jorginho do Pandeiro, Adamo Prince, Eduardo Silva, Marluce
M. S. Silva, and Maurício Carrilho for the encouragement, teaching, and suggestions which
were so important in the preparation of this work.

partiturasmusic scores

48
5
9
13
18
23
27
32
ainda me recordochoro pixinguinha benedito lacerda

49
37
41
46
50
54
58
62
66
ainda me recordo 2
partituras • music scores

50
71
76
80
84
ainda me recordo 3
choro 100 • pandeiro • tambourine

51
5
10
14
19
24
29
33
assanhadosamba-choro jacob do bandolim

52
37
41
45
49
53
57
61
66
assanhado 2
choro 100 • pandeiro • tambourine

53
4
8
11
15
18
22
26
chorando baixinhochoro-canção abel ferreira

54
30
34
35
38
42
46
50
53
chorando baixinho 2
choro 100 • pandeiro • tambourine

55
4
8
12
16
20
23
27
choro negrochoro-canção paulinho da viola fernando costa

56
31
34
choro negro 2
choro 100 • pandeiro • tambourine

57
6
11
16
20
25
30
35
dança de ursopolca brasileira candinho

58
40
45
50
53
dança de urso 2
choro 100 • pandeiro • tambourine

59
4
8
13
18
23
28
33
delicadobaião waldir azevedo

60
38
43
48
54
59
64
68
72
delicado 2
choro 100 • pandeiro • tambourine

61
6
11
15
19
24
29
34
gaúchomaxixe chiquinha gonzaga

62
39
44
49
gaúcho 2
choro 100 • pandeiro • tambourine

63
5
9
13
17
22
26
30
noites cariocaschoro jacob do bandolim

64
34
39
43
47
51
55
59
64
noites cariocas 2
choro 100 • pandeiro • tambourine

65
68
72
76
noites cariocas 3
partituras • music scores

66
4
9
13
18
23
28
33
numa serestachoro luiz americano

67
37
42
47
51
56
61
66
68
numa seresta 2
partituras • music scores

68
4
9
14 To Coda
18
22
27
32
sons de carrilhõeschoro joão pernambuco

69
5
11
17
22
27
32
36
tenebrosochoro ernesto nazareth

70
41
45
50
55
59
63
68
73
tenebroso 2
choro 100 • pandeiro • tambourine

71
4
9
14
18
23
28
33
um a zerochoro pixinguinha benedito lacerda

72
38
43
47
52
57
61
66
70
um a zero 2
choro 100 • pandeiro • tambourine

73
75
80
83
88
92
96
um a zero 3
partituras • music scores

74
5
9
13
18
24
29
33
vibraçõeschoro jacob do bandolim

75
38
44
50
54
58
63
66
vibrações 2
partituras • music scores

Este livro foi composto com a fonte Minion 12/16.
Impresso por Sonopress Rimo da Amazônia Indústria e Comércio Fonográfica Ltda. - Ind. Brasileira, C.N.P.J.: 84.494.129/0001-49 sob licença da Sarapuí Produções Artísticas Ltda. C.N.P.J: 03.938.996/0001-79 e distribuído pela Sarapuí Produções Artísticas Ltda. C.N.P.J.: 03.938.996/0003-30. Todos direitos do produtor fonográfico e do proprietário da obra são reservados.
Printed in Brazil

