Ciclo Barroco-Rococó Aula

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Noções de Barroco: categoria estética, categoria historiográfica

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Noções de Barroco: categoria estética, categoria

historiográfica

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BERNINI, Gianlorenzo. Davi, escultura em mármore, 1523 – 1524, Galeria Borghese, Roma.

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BERNINI, Gianlorenzo. Davi (detalhe).

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Jacob Burckhardt:• Manual de História da Pintura de Franz Theodor Kugler, de 1847.• Cicerone de 1855:

O barroco aparece como “formas degeneradas”, “engano da visão”, “delírio”, “exagero”, com “meios de expressão frequentemente desfavoráveis”, onde “a decoração podia abundar até chegar em verdadeiras orgias”; os corpos esculpidos por Bernini eram “privados de nobreza espiritual”, “repugnantes”, com “gestos ridículos” e um “falso sentido dramático”.

Por outra parte, a arte barroca “merece atenção” e não pode ser excluída, a “fisionomia deste estilo não é de fato privada de interesse como se costuma crer”: o barroco possuía para ele, por exemplo, um “grande refinamento prospético”. Velázquez, Rubens e Murillo aparecem, no texto de Burckhardt, como “grandes mestres da cor”.

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Os corpos esculpidos por Bernini eram “privados de nobreza espiritual”,

G. Bernini. Rapto de Proserpine (det.). Gal. Borghese. Roma.

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BERNINI, Gianlorenzo. A Visao de Santa Teresa ( O extase de Sta Teresa), escultura em mármore, 1644-1647. Altar em Santa Maria da Vitoria, Roma.

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BERNINI, Gianlorenzo. A visao de Santa Teresa, detalhe.

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“O mundo catolico descobrira que a arte podia servir a religião de um modo que superava a simples tarefa que lhe fora atribuída nos começos da Idade Média — a tarefa de ensinar a Doutrina a pessoas que não sabiam ler. Agora, poderia ajudar a persuadir e converter aqueles que talvez tivessem lido demais.”

GOMBRICH, E. H. A História da Arte, 1972, p. 344.

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Matriz Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto, vista interna.

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Igreja de Santa Ines, Praça Navona, Roma. Projetada por Borromini e Rainaldi em 1653.

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Igreja de Nossa Senhora do Carmo, Ouro Preto.

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Igreja Nossa Senhora do Rosário, Ouro Preto.

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Heinrich Wölfflin:* Renascimento e Barroco, de 1888; * Conceitos fundamentais da história da arte, de 1915.Influencia das ideias da pura visibilidade, inaugurou um

novo modelo para os estudos sobre o barroco, como categoria estética.

Werner Weisbach:* O barroco, arte da Contra Reforma, de 1921.Iniciou a extensão do conceito historiográfico de barroco

da historia da arte e da literatura a outros campos, à historia política, da religião e da sociedade.

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• Emile Mâle, um estudo iconográfico em seu livro A arte religiosa depois do Concílio de Trento, 1932.

• Henri Focillon Vida das Formas, 1934. O barroco como uma das fases dos estilos, caracterizada pela fragmentação do equilíbrio formal e pela expansão das formas.

• Arne Novák, Praga barroca. Para Victor Tapié, esse livro, mais que conhecimento historico ou ciencia, era a busca de um destino, em meio às angústias da primeira guerra mundial

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“ ‘figuras deploráveis’, ‘que a gente chega a duvidar que sejam do Aleijadinho, serão?...’ e outros ‘horrores’”.

“com a doença, o sofredor insofrido, vira expressionista, duma violência tão exasperada que não raro se torna caricatural”

Mário de Andrade, O Aleijadinho, 1928.

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• As primeiras décadas do século XX se caracterizaram por um período de valorização estética da arte barroca, de afirmação do proprio conceito e de muitos estudos historiográficos sobre a arte e os artistas do XVII. No entanto, poderíamos refletir também sobre as interpretações poéticas e ensaísticas que acompanharam tais estudos.

• Assim o barroco não seria apenas uma “invenção do século XX”, como se tem afirmado, mas uma “invenção artística e poética do século XX”. Movimentos artísticos, musicais e literários se empenharam, então, em descobrir um significado contemporâneo e universalmente válido para o barroco.

CONCLUSÕES