Ciclo de Estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino de ... · Para tal, este Ciclo de estudos...

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Ciclo de Estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico Proposta de criação Escola Proponente Instituto de Estudos da Criança Departamentos envolvidos Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física (IEC) Departamento de Ciências da Educação da Criança (IEC) Departamento de Música (ILCH) Departamento de Filosofia e Cultura (ILCH) Departamento de Pedagogia (IEP) Departamento de Sistemas de Informação (EE) Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional (IEP) Braga, Setembro de 2009

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Ciclo de Estudos conducente ao grau de

Mestre em Ensino de Educação Musical no

Ensino Básico

Proposta de criação

Escola Proponente

Instituto de Estudos da Criança

Departamentos envolvidos

Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física (IEC)

Departamento de Ciências da Educação da Criança (IEC)

Departamento de Música (ILCH)

Departamento de Filosofia e Cultura (ILCH)

Departamento de Pedagogia (IEP)

Departamento de Sistemas de Informação (EE)

Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional (IEP)

Braga, Setembro de 2009

ÍNDICE

I. Dossier interno

1. Enquadramento e justificação da criação do curso

2. Objectivos do curso

3. Resultados esperados da aprendizagem

4. Perfil de formação

5. Estrutura do curso e plano de estudos

6. Recursos humanos e materiais

7. Saídas profissionais dos habilitados com o grau de mestre

8. Encargos

9. Calendarização

Anexos

Anexo I – Minuta da Resolução do Senado Universitário

Anexo II – Ficha Relativa ao Conselho de Cursos

Anexo III – Proposta de Regulamento Interno da Direcção de Curso

Anexo IV – Condições de Candidatura

Pareceres Internos

II. Dossier para a Direcção-Geral do Ensino Superior

III. Informação relativa ao Suplemento ao Diploma

1. ENQUADRAMENTO E JUSTIFICAÇÃO DA CRIAÇÃO DO CURSO

1.1 – A formação de professores na UM

O projecto da formação de professores na Universidade do Minho (UM) remonta aos

primórdios da própria Universidade. Criada esta em 1973, em 1975-76 são iniciados, ao nível

do Bacharelato, Cursos Integrados de Formação Inicial de Professores para o que então se

designava Ciclo Preparatório (correspondente ao actual 2º ciclo do Ensino Básico) e Curso

Unificado do Ensino Secundário (correspondente ao actual 3º ciclo do Ensino Básico). A partir

de 1978-79, estes cursos, entretanto reestruturados, passaram a formar professores também

para o Curso Complementar do Ensino Secundário (correspondente ao actual Ensino

Secundário), agora ao nível da licenciatura. Entretanto, a partir de 1988, a Universidade do

Minho começou a intervir de forma sistemática na formação de educadores de infância e de

professores do 1º ciclo do Ensino Básico, através da criação de Bacharelatos em Educação de

Infância e Professores do Ensino Básico – 1º ciclo, os quais foram transformados, em 1997, em

cursos de licenciatura.

Presentemente, a UM forma professores para todos os níveis de ensino (licenciatura),

e desenvolve uma acção extremamente significativa na formação pós-graduada

(especialização, ciclos de estudos conducentes ao grau de Mestre e Doutoramento) dos

professores.

A criação dos cursos de formação de professores na UM pretendeu responder a uma

acentuada procura social deste tipo de formações, num quadro de acelerada expansão do

sistema educativo, como era aquele que se verificava em meados dos anos setenta. Neste

contexto, a resposta que a UM soube encontrar tornou-a detentora de uma posição privilegiada

neste campo, pelos projectos que foi desenvolvendo e pelos recursos que foi criando,

tornando-se, nesta área, uma instituição de referência em Portugal.

Os cursos de formação de professores constituíram durante muito tempo um projecto

central da UM que, para o seu desenvolvimento, neles investiu significativos recursos materiais

e humanos, decisão para cujo acerto podem ser hoje apresentados alguns indicadores de

impacto muito expressivo ao nível da docência, da investigação e da prestação de serviços:

milhares de profissionais graduados pela UM encontraram acolhimento no mercado de

trabalho; a investigação realizada na UM, tendo como referente a formação de professores,

constitui hoje um exemplo no nosso país; o modelo de formação adoptado veio a ser seguido,

nas suas linhas gerais, por um significativo número de instituições de ensino superior.

A assunção de um perfil específico de formação traduziu-se na UM na adopção de um

currículo em que coexistiam a dimensão do conhecimento disciplinar especializado, a

dimensão do conhecimento educacional, a dimensão das didácticas específicas e a dimensão

da iniciação à prática profissional. Esta opção, sujeita a algumas revisões ao longo do tempo,

as quais, no entanto, não alteraram a sua matriz, encontrou sólida correspondência nas

políticas e nas práticas de formação de professores que têm vindo a ser definidas e

concretizadas em Portugal. De facto, aquele modelo pode ser encontrado na Lei de Bases do

Sistema Educativo, no Ordenamento Jurídico da Formação de Professores, em diversos

documentos produzidos no quadro do extinto INAFOP e, mais recentemente, num conjunto

diverso de documentos produzidos pelas instâncias oficiais.

O património construído pela UM, bem como a reflexão produzida em torno de tal

projecto, tornam a Instituição particularmente habilitada a produzir soluções inovadoras no

quadro da reorganização da formação de professores, porque se é verdade que este tipo de

formações atravessa hoje um momento de crise (efeito de um diversificado conjunto de

factores), é também verdade que o país vai continuar a ter necessidade de professores e de

assegurar a sua formação com padrões de elevada qualidade.

Tendo presente o capital acumulado pela UM no desenvolvimento dos projectos de

formação de professores, o sentido dos documentos produzidos para a formação de

professores no âmbito do “processo de Bolonha” e o disposto no Decreto-lei relativo às

habilitações para a docência, o Instituto de Estudos da Criança, propõem agora a criação do

Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino

Básico.

1.2 – A formação de professores de Educação Musical para o Ensino Básico

A formação de professores de Educação Musical para o Ensino Básico em Portugal

encontra-se dividida entre ramos mais voltados para o ensino especializado (também chamado

de “ensino vocacional”) e outros mais focalizados no denominado “ensino genérico”. Havendo

algum hibridismo de conteúdos ao nível dessas formações (comprovado pelo facto de diversos

cursos mais antigos permitirem leccionar quer no ramo especializado, quer no ramo genérico),

a verdade é que existem neste momento em Portugal habilitações profissionais mais

direccionadas para cada um desses ramos, nomeadamente sob o ponto de vista das

didácticas.

A Educação Musical no Ensino Básico é contemplada como uma disciplina do currículo

obrigatório do 5º e 6º ano de escolaridade, 2º ciclo do ensino básico, na sequência da

Expressão Musical, uma das áreas das expressões artísticas que fazem parte integrante do

currículo do 1º ciclo do ensino básico. Existe também como disciplina de opção (e/ou oferta de

escola) no 3º ciclo do ensino básico. Num passado próximo, uma das formações possíveis para

a leccionação desta disciplina, era feita através de licenciaturas ministradas nas Escolas

Superiores de Educação, com o nome de Variantes em Educação Musical no Ensino Básico.

Estes Cursos das Escolas Politécnicas eram, cumulativamente, profissionalizantes de docentes

do 1º ciclo do ensino básico (1º, 2º, 3º e 4º ano de escolaridade), o que obrigava a que o seu

currículo fosse de carácter generalista, até ao 3º ano, uma vez que tinham que ficar habilitados

para estes anos de monodocência. Grande parte do Curso era formado por disciplinas da área

das Ciências da Educação e disciplinas das matérias da monodocência, sendo somente uma

pequena parte (em parte do 3º e no 4º ano do curso), direccionada para a área musical. Para

além desta, eram consideradas também específicas, outras formações de nível de licenciatura,

de outras universidades e institutos politécnicos do país, bem como alguns bacharelatos mais

antigos, dos Conservatórios, que davam também acesso a esta leccionação, quando

completados por uma “formação em serviço” (estágio oferecido pelo Ministério da Educação).

O Decreto–Lei 43/2007 de 22 de Fevereiro vem alterar significativamente todo este tipo

de formação, já que remete a formação destes docentes para uma profissionalização pós

graduada, adquirida num curso de 2º ciclo de estudos – mestrado, cujo acesso obriga a uma

formação de base de licenciatura com um mínimo de 120 ECTS na área específica: música.

Pretende, com isto, o Ministério da Educação, que a aquisição de competências científicas e

técnicas, nesta área, sejam mais aprofundadas, mais consistentes e com uma aprendizagem

mais alargada no tempo.

O espírito desenvolvido com os agrupamentos escolares é, também, um dos pontos

que nos parece ser a favor de haver parte de uma formação profissionalizante conjunta, entre

os professores do ensino genérico, simultaneamente para o 1º e 2º ciclo do ensino básico e os

professores especialistas de algumas áreas que, embora tenham disciplinas atribuídas

sobretudo no 2º ciclo, são também chamados a leccionar no 1º e no 3º ciclos.

Para tal, este Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre visa capacitar docentes

para o desempenho profissional do ensino na área da Educação Musical no Ensino Básico ao

nível do 1º Ciclo (Actividades de Enriquecimento Curricular), 2º Ciclo (Educação Musical) e 3º

Ciclo (Música – Oferta da Escola). Teve-se, portanto, em consideração as especificidades

destes três níveis.

Estruturando-se sobre formações de um 1º ciclo de estudos na área da música, pretende

assegurar os conhecimentos e as competências fundamentais e essenciais na área da

docência e suas didácticas, os fundamentos da formação educacional geral e uma iniciação à

prática profissional.

Este Curso de 2º Ciclo (mestrado) que agora se propõe comporta, de acordo com a

definição proposta no Decreto-Lei 43/2007 de 22 de Fevereiro sobre as habilitações para a

docência, as componentes de: a) Formação educacional geral – 30 ECTS; b) Didácticas

específicas – 30 ECTS; c) Prática de ensino supervisionada – 50 ECTS; d) Formação na área

de docência – 10 ECTS. Comporta ainda as componentes de e) Formação cultural, social e

ética e f) Formação em metodologias de investigação educacional que, para efeitos de

alocação de créditos, se encontram subsumidas nas componentes a), b) e c).

2. OBJECTIVOS DA FORMAÇÃO

O ciclo de estudos conducentes ao grau de mestre em Ensino de Educação Musical no

Ensino Básico organiza-se tendo por base uma concepção de professor/investigador/crítico,

capaz de dar resposta às características e desafios das situações singulares da prática

docente em função das especificidades dos alunos e dos contextos escolares e sociais em que

actua.

Assim, os objectivos que se pretende alcançar com este curso são:

a) proporcionar o aprofundamento dos conhecimentos na área da música, pertinentes para

o desempenho profissional e para a formação estética e cultural dos alunos;

b) permitir adoptar um posicionamento crítico de forma a tomar, na sua prática pedagógica,

opções fundamentadas, ajustadas aos contextos e orientadas para o desenvolvimento

progressivo da autonomia dos alunos;

c) proporcionar os instrumentos teóricos, técnicos e estratégicos para a construção de

projectos de ensino/aprendizagem adequados aos contextos diversificados das escolas e

das turmas;

d) propor estratégias de diferenciação pedagógica em função da diversidade dos alunos

(experiências anteriores, estilos de aprendizagem, expectativas, necessidades, etc.),

como forma de garantir aprendizagens significativas para todos;

e) seleccionar metodologias e recursos diversificados e criativos na gestão dos processos

de ensino e aprendizagem da música, que permitam criar ambientes educativos de

qualidade;

f) utilizar diferentes modalidades de avaliação do ensino e da aprendizagem da música,

com recurso a diversas estratégias e instrumentos, envolvendo os alunos na regulação

sistemática do processo de aprender;

g) preparar para a participação activa e intervenção estética na construção de projectos de

inovação locais, nacionais e internacionais, que promovam a mudança das práticas

educativas da música;

h) preparar para a participação nas actividades de gestão e administração da escola,

procurando envolver as famílias e a comunidade;

i) preparar para intervir no debate público sobre as questões da educação musical, em

espaços e modalidades diversificados;

j) estimular o desenvolvimento de: competências musicais, aprendizagem artística, espírito

crítico e criativo, curiosidade intelectual, abertura à diversidade da cultura musical e

trabalho colaborativo, numa perspectiva de formação permanente;

k) estimular uma postura profissional capaz de equacionar e interpretar problemas culturais,

sociais, económicos e políticos contemporâneos, manifestando abertura a diversas áreas

do saber e construindo uma visão cultural alargada e crítica do conhecimento e da

realidade.

3. RESULTADOS ESPERADOS DA APRENDIZAGEM

Considerando que o professor de Educação Musical do Ensino Básico deve ser capaz

de integrar um sólido saber científico na área da música, assim como dos aspectos

pedagógicos e didácticos da educação musical, neste ciclo de estudos serão promovidos os

seguintes resultados de aprendizagem:

a) demonstrar conhecimentos na área de docência, e a sua didáctica, pertinentes para um

desempenho profissional científica e metodologicamente sustentado;

b) participar de forma criteriosa e activa no projecto educativo da escola, como via de

afirmação da educação musical e cultural, na comunidade educativa e na formação dos jovens;

c) organizar ambientes de aprendizagem de qualidade, promovendo a aprendizagem

nesta área e o desenvolvimento global dos alunos;

d) propor estratégias de diferenciação pedagógica como resposta aos problemas da

diversidade e multiculturalidade que caracterizam a escola actual, entendida como escola

inclusiva;

e) adoptar atitudes e estratégias investigativas e reflexivas, eticamente sustentadas, que

capacitem para uma aprendizagem ao longo da vida;

f) resolver os problemas complexos e diversificados da prática profissional, mobilizando

os diferentes conhecimentos e competências pertinentes.

4. PERFIL DE FORMAÇÃO

Do debate realizado, tanto a nível científico, como das associações profissionais, tem

vindo a surgir uma concepção construtivista, cultural e crítica da profissionalidade docente que

releva a visão praxeológica do saber profissional, que se constrói fundamentalmente como

resultado do diálogo entre teoria e prática, entre pensamento e acção, no qual é preciso

introduzir a ideia de consciência e de reflexão. Isto pressupõe, também, conceber o ensino

como uma actividade eminentemente exploratória e investigativa, superando a linearidade

aplicativa dos modelos de racionalidade técnica.

As capacidades de diagnosticar problemas, de reflectir e investigar sobre eles,

construindo uma teoria adequada (teorias práticas) que oriente a tomada de decisões, parecem

competências fundamentais aos professores actuais, confrontados com uma escola plural,

dinâmica e multicultural. A abertura à inovação e à aprendizagem permanentes, a aceitação da

diversidade e das diferenças, a partilha e o diálogo com diversos agentes educativos, a

promoção de um saber mais holístico, inter e transdisciplinar, entre outras, são capacidades

desejáveis para um professor promotor e líder de ambientes de aprendizagem.

A sua função central — estimular aprendizagens significativas nos alunos e o seu

desenvolvimento integral enquanto indivíduos e cidadãos — é uma função complexa, que

requer a mobilização de conhecimentos, capacidades e atitudes a vários níveis, mas que exige,

sobretudo, uma grande capacidade reflexiva, investigativa, criativa e participativa para se

adaptar e intervir nos processos de mudança.

Por outro lado, numa perspectiva cultural da profissionalidade, o entendimento do saber

profissional como saber prático — e não como saber técnico — aponta para as dimensões

grupais e sociais onde se gera toda a prática pedagógica o que sublinha a importância da

construção do conhecimento profissional em contextos de colaboração e comunicação.

Esta construção da autonomia profissional através de processos comunicacionais

permite, também, aos professores tornarem-se intelectuais transformadores das condições

sociais das escolas, assumindo um compromisso ético e social com o conhecimento racional e

com a prática democrática, procurando, assim, certezas construídas na produção do

conhecimento inter-subjectivo para confrontar a incerteza epistemológica que caracteriza o

controverso mundo actual.

A legislação específica que regula este ciclo de estudos (Decreto-Lei 43/2007, de 22 de

Fevereiro) definiu vectores que determinam o perfil de formação do mestre em ensino de

Educação Musical no Ensino Básico ao considerar as diferentes componentes que devem

organizar o currículo: Formação Educacional Geral, Didácticas Específicas, Prática Profissional

Supervisionada, Formação na Área de Docência, Formação Cultural, Social e Ética e

Metodologia de Investigação Educacional. Importa ainda considerar o que está disposto nos

Decretos-Leis nº 240/2001 e 241/2001, de 30 de Agosto, a que se reporta a legislação actual, e

que contempla os princípios gerais a que deve obedecer o perfil geral do professor para todos

os níveis de ensino, na nova configuração proposta neste Ciclo de estudos conducentes ao

grau de Mestre. Estes princípios, que assumem a concepção construtivista, cultural e crítica

acima enunciada, reflectem-se nas seguintes dimensões do perfil de desempenho profissional

e traduzem-se nos objectivos e resultados de aprendizagem já definidos:

• dimensão profissional, social e ética, que realça a vertente intelectual, cívica e

deontológica das suas funções, enquanto profissional com um saber específico, capaz de

responder à exigência social da escola enquanto instituição educativa;

• dimensão de desenvolvimento do ensino e da aprendizagem, que releva o

conhecimento científico, técnico e atitudinal, tendente à organização de ambientes de ensino-

aprendizagem de qualidade para todos os alunos;

• dimensão de participação na escola e da relação com a comunidade, que apela à

vertente colaborativa e organizacional da função docente, participando de forma colegial na

construção do Projecto Educativo da escola, em parceria e interacção com a comunidade

envolvente;

• dimensão de desenvolvimento profissional ao longo da vida, através de processos de

investigação e reflexão individual e colaborativa, que permitem definir o seu projecto de

formação pessoal e profissional.

Estas competências gerais, que permitirão aos professores agir e reagir de forma

adequada perante as situações complexas da prática profissional, mobilizando saberes,

atitudes e capacidades pessoais, particularizam-se em competências específicas para o

professor de Educação Musical do Ensino Básico:

1. Competências pedagógico-didácticas, através da concepção, desenvolvimento e

avaliação de propostas e projectos de trabalho, que sustentem uma aprendizagem no campo

das artes e das tecnologias, que permitam a criação de ambientes educativos de qualidade, em

que todos os alunos, na sua diversidade, possam realizar aprendizagens activas, significativas

e socializadoras, na consecução das competências essenciais definidas, especificamente, no

programa desta disciplina e, genericamente, no programa deste nível de ensino.

2. Competências de investigação e reflexão, em que, a partir de um diagnóstico e

caracterização rigorosos das situações, sejam desenhadas propostas de intervenção e de

resolução dos problemas, com base num processo continuado de investigação-acção-reflexão,

que permita uma reformulação das práticas de ensino desta área em confronto com a teoria, na

procura de estratégias inovadoras para melhorar o processo educativo artístico.

3. Competências e atitudes pessoais e relacionais, em que se destacam: a capacidade

para realizar projectos em colaboração com outras turmas ou com outras disciplinas,

desenvolvendo atitudes de enriquecimento estético, respeito, cooperação e partilha de ideias,

sentimentos e valores; a disposição para aprender a aprender e para promover a inovação; o

gosto, interesse e fruição no desempenho profissional; e a capacidade para se consciencializar

da dimensão ética da função docente, assumindo atitudes de responsabilidade, coerência,

honestidade e prudência.

Justifica-se uma "lógica de projecto de formação" capaz de desencadear um diálogo

entre todos os participantes: investigadores, professores das diferentes componentes da

formação, orientadores da prática de ensino supervisionada, cooperantes e outros parceiros

sociais, fomentando a pluralidade e diversidade na troca de opiniões, teorias, tradições e

valores, no sentido de ultrapassar o modelo transmissivo e o monismo metodológico que

caracterizaram a história da pedagogia universitária, através de processos de

reconceptualização e de mudança.

Finalmente, para cumprir Bolonha, é indispensável que existam mudanças substanciais

no processo de ensino-aprendizagem dos cursos, diversificando os modos de trabalho e de

relação pedagógica, de forma a que os estudantes se tornem cada vez mais autónomos na

recolha e gestão da informação, utilizando para o efeito toda a gama de recursos que hoje

estão disponíveis. O papel dos docentes do curso terá, em consequência, de se adaptar a esta

exigência, dando mais relevo à missão de aconselhamento e tutoria do que à pura transmissão

de informação. Para isso, o diálogo acima defendido torna-se um requisito fundamental para

uma acção transformadora da formação destes profissionais, do ensino universitário e da

educação básica.

5. ESTRUTURA DO CURSO E PLANO DE ESTUDOS

5.1. O ciclo de estudos estrutura-se de acordo com as directrizes inscritas no Decreto-Lei

nº 43/2007, de 22 de Fevereiro. Nele intervêm departamentos do Instituto de Estudos da

Criança (IEC: Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física e Departamento de

Ciências da Educação da Criança), do Instituto de Educação e Psicologia (IEP: Departamento

de Pedagogia e Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional), do

Instituto de Letras e Ciências Humanas (ILCH: Departamento de Música e Departamento de

Filosofia e Cultura) e da Escola de Engenharia (EE: Departamento de Sistemas de

Informação).

É assumida pelos departamentos envolvidos, na sequência do que vem sendo feito no

modelo de formação do Instituto de Estudos da Criança, a necessidade de um esforço sempre

renovado de integração de saberes e de estreita coordenação entre dimensões teóricas e

práticas na formação dos alunos. Essa integração manifesta-se não só ao nível de cada

unidade curricular, mas igualmente ao nível transversal e vertical entre as unidades curriculares

da mesma área do saber.

A estrutura curricular compreende seis componentes de formação:

a) formação educacional geral;

b) didácticas específicas;

c) prática de ensino supervisionada;

d) formação cultural, social e ética;

e) formação em metodologias de investigação educacional;

f) formação na área de docência.

As unidades curriculares inscrevem-se nestas componentes de forma explícita em a), b),

c) e f). As componentes assinaladas em d) e e) são contempladas de forma transversal nos

programas e resultados de aprendizagem de todas as unidades curriculares e de uma forma

mais aprofundada, em módulos a desenvolver dentro da unidade curricular da prática de

Ensino Supervisionada. A formação em metodologias de investigação educacional na área da

educação musical, na linha de uma prática pedagógica que se defende intrinsecamente ligada

à investigação e à reflexão crítica, encontra-se também contemplada na componente das

Didácticas Específicas, tal como explicado anteriormente, no ponto 1.2.

O quadro seguinte sintetiza a estrutura curricular do curso.

5.2. Programa de estudo por áreas científicas (com carácter obrigatório):

Áreas científicas

Educação Musical/Música (EM/MUS) 75 ECTS

Filosofia (FIL) 5 ECTS

Pedagogia (PE) 5 ECTS

Ciências da Educação da Criança (CEC) 20 ECTS

total 105 ECTS

5.3. Programa de estudo por áreas científicas (com carácter opcional):

Áreas científicas

Educação Musical/Música (EM/MUS) 10 ECTS

Tecnologias de Sistemas de Informação (TSI)

Ciências da Educação da Criança (CEC) 5 ECTS

Sociologia da Educação (SE)

total 15 ECTS

5.4. Créditos por componente:

Formação educacional geral (FEG) 30 ECTS

Didácticas específicas (DID) 30 ECTS

Prática de ensino supervisionada (DID-PES) 50 ECTS

Formação na área de docência (FAD) 10 ECTS

5.5. Descrição das unidades curriculares

Estrutura do Curso e Plano de Estudos

O Quadro 1 apresenta o plano de estudos do ciclo de estudos conducentes ao grau de

Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico, a que correspondem 120 ECTS.

Plano de Estudos do Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico

Unidade Curricular

Comp de Formação

Área científica

Departamento

Total Horas

Horas de contacto

com o docente ECTS

1º S

emes

tre

Opção I – Repertório Musical para a Infância

FAD

MUS DM

140 45

(40TP+5 OT)

5 Opção I – Perspectivas Etnomusicológicas na Educação Musical

EM EAEF (20TP+25 PL)

Infância e sociedade

FEG

CEC CEC

140

50

(12T+24TP +14 OT)

5 Voz e Dicção na Formação de Professores ED EAEF

(30TP+15PL +5 OT)

Movimento e Dança na Educação Básica EF EAEF (20TP+25PL

+5 OT) Desenvolvimento Curricular e Metodologia do Ensino Básico

FEG CEC CEC 140 50 (45TP+5 OT) 5

Fundamentos da Didáctica da Música DID EM EAEF 140 45

(30TP+10 S+ 5 OT) 5

Metodologias da Educação Musical DID EM EAEF 280 75

(30TP+45PL) 10

Totais 840 255 30

2º S

emes

tre

Opção II: Projectos Artísticos de

Desenvolvimento Musical FAD MUS DM

140 45 (45PL)

5 Opção II: Som e Música Digitais

TSI SI (15T+30TP)

Educação Especial no Ensino Básico FEG CEC CEC 140 50

(45TP+5OT) 5

Educação Estética na Infância FEG FIL FC 140 50

(25T+20TP+5 OT) 5

Temas de Investigação em Educação Musical DID EM EAEF 140 45

(30TP+10S+5 OT) 5

Princípios e Práticas do Ensino Instrumental em Grupo

DID EM EAEF 280 65 (20TP+40PL+5 OT)

10

Totais 840 255 30

3º S

emes

tre

Opção III – Análise Sociológica da Educação

FEG

SE SEAE

140 50

(15T+30TP+5 OT)

5

Opção III - Desenvolvimento pessoal e interacção social

CEC CEC (18T+25TP+ 2S+5OT)

Opção III- Organização dos Serviços e Instituições de Apoio à Criança

CEC CEC (12T+24TP+14OT)

Opção III – Envolvimento Parental e Comunitário na Escola Básica

CEC CEC (45TP+10 OT)

História das Ideias Pedagógicas FEG P PE 140 45

(30T+10TP+5 OT) 5

PES *ESTÁG IO

Investigação Educacional

DID/PES

CEC CEC 140 45 (45S) 5

Supervisão da Prática do Ensino da Educação Musical

EM EAEF 420 90 (70S+20E) 15

Totais 840 240 30

4º S

emes

tre

PES * ESTÁGIO

Seminário de Educação Musical no Ensino Básico

DID/PES

EM

EAEF

140 35

(10TC+20S+5OT) 5

Intervenção Pedagógica em Educação Musical no Ensino Básico

EM

EAEF 700 165

(45S+120E) 25

Totais 840 200 30 TOTAL 3360 890 120

Iniciação à prática profissional / Prática de Ensino Supervisionada : 3.º semestre: 1:Investigação Educacional (CEC - 5ECTS); 2. Supervisão da Prática de Ensino da Educação Musical no Ensino Básico (EM - 15ECTS); 4º semestre: 3: Seminário de Educação Musical no Ensino Básico (EM - 5ECTS); 4: Intervenção Pedagógica (EM – 25ECTS)

Legenda: Áreas Científicas: EM – Educação Musical MUS – Música TSI – Tecnologia de Sistemas de Informação CEC – Ciências da Educação da Criança ED - Educação Dramática EF – Educação Física FIL – Filosofia P - Pedagogia SE – Sociologia da Educação (SEAE) Departamentos EAEF – Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física (IEC) DM – Departamento de Música (ILCH) SI – Departamento de Sistemas de Informação (EE) CEC – Departamento de Ciências da Educação da Criança (IEC) FC – Departamento de Filosofia e Cultura (ILCH) PE – Departamento de Pedagogia (IEP) SEAE – Departamento da Sociologia da Educação e Administração Educacional (IEP) Componentes de Formação DID - Didácticas Específicas FAD - Formação na Área de Docência FEG - Formação Educacional Geral PES –Prática de Ensino Supervisionada/Didácticas Específicas

1º SEMESTRE

Unidade Curricular Repertório Musical para a Infância

Apresentação e Objectivos Esta unidade curricular, a ser leccionada no 1º semestre do 1º ano do ciclo de estudos, tem por objectivos conhecer o repertório musical para a infância, com especial incidência na Música Portuguesa para a Infância dos séculos XIX e XX, e a formação de uma consciência crítica esclarecida sobre a qualidade e funcionalidade do repertório musical para a infância. Tratando-se de uma unidade curricular que contempla o estudo do repertório musical, as sessões incluem a audição das obras musicais citadas e a análise, ainda que de forma sucinta, da criação musical. Serão ainda identificadas técnicas, formas e procedimentos inerentes ao repertório musical para a infância, tendo em vista a caracterização da obra artística destinada à infância. Resultados esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os estudantes devem ser capazes de: RA1. Contribuir para o conhecimento da História da Literatura Musical para a infância. RA2. Analisar a criação musical para crianças com especial incidência nos séculos XIX e XX. RA3. Estudar o repertório musical para a infância no contexto da Literatura Musical ocidental europeia, e também especificamente portuguesa (séculos XIX e XX). RA4. Reflectir sobre uma possível Teoria da Literatura Musical para a Infância. Conteúdos Programáticos 1. Repertório musical para a infância no contexto da História da Música Ocidental dos séculos XIX e XX. 2. Correntes estéticas, géneros e obras de referência no contexto europeu. 3. Repertório infantil especificamente português do âmbito da música dita “erudita” (não “tradicional” ou “popular”). Bibliografia Básica AMADO, Maria Luísa. (1999). O Prazer de Ouvir Música – Sugestões pedagógicas de audições para crianças. Lisboa: Caminho. ARAÚJO, M. R. (1998). As Cançõezinhas da Tila. Porto: Civilização Editora AZEVEDO, S. (1999). A Invenção dos Sons. Lisboa: Caminho BRITO, Manuel Carlos de (1989). Estudos de História da Música em Portugal. Lisboa: Editorial Estampa. BRITO, Manuel Carlos de e CYMBRON, Luísa (1992). História da Música Portuguesa. Lisboa: Universidade Aberta. FREITAS-BRANCO, J. de (1995). História da Música Portuguesa, Lisboa: Europa-América. LIMA C. (2000). Canções para Juventude – Canto e Piano. Braga: UM – Instituto de Estudos da Criança. NERY, Rui e CASTRO, Paulo Ferreira (1991). História da Música (Síntese da Cultura Portuguesa). Lisboa: Comissariado para a Europália 91-Portugal/Imprensa – Casa da Moeda Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem O programa da unidade curricular de Repertório Musical para a Infância tem uma carga horária de 45 horas de contacto com os alunos. As aulas terão componentes teóricas e componentes teórico-práticas, a definir com os mestrandos ao longo das sessões, e em função da participação destes através de apresentações de trabalhos, audições de obras, análise de repertório, entre outros. Avaliação A modalidade de avaliação nesta unidade curricular será ponderada com os alunos no início do ano lectivo.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino da Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: REPERTÓRIO MUSICAL PARA A INFÂNCIA ÁREA CIENTÍFICA: MUS UC: SEMESTRAL; OPCIONAL. Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Contribuir para o conhecimento da História da Literatura Musical para a infância

8 1 20 15 2 46

2. Analisar a criação musical para crianças com especial incidência nos séculos XIX e XX.

5 1 10 8 2 26

3. Estudar o repertório musical para a infância no contexto da Literatura Musical ocidental europeia, e também especificamente portuguesa (séculos XIX e XX).

8 1 20 12 2 43

4. Reflectir sobre uma possível Teoria da Literatura Musical para a Infância.

5 1 10 7 2 25

TOTAL 26 4 60 42 8 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

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Unidade Curricular: Perspectivas Etnomusicológicas na Educação Musical Apresentação e Objectivos A ser ministrada como uma opção do 1º semestre do ciclo de estudos conducentes ao grau de mestre em Ensino de Educação Musical, a unidade curricular de Perspectivas Etnomusicológicas na Educação Musical tem por finalidade explorar e desenvolver conceitos etnomusicológicos associados às práticas musicais modernas nos diferentes contextos socio-culturais. São objectivos desta unidade curricular reconhecer as raízes musicais subjacentes às comunidades sociais diversificadas de Portugal e do Mundo, valorizar o papel da música como factor identitário das diferentes sociedades e preservar e divulgar o património musical português e dos países de língua oficial portuguesa. Resultados esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os alunos devem ser capazes de: RA1 Reconhecer reportório e práticas musicais de diferentes contextos sócio-culturais. RA2 Interpretar vocal e instrumentalmente algum do reportório estudado. RA3 Conceber um portefolio e planificar actividades para o contexto de sala de aula a partir do repertório estudado. RA4 Respeitar e valorizar a multiculturalidade artística e musical. Tópicos Programáticos O módulo prevê a abordagem dos conceitos de “música popular”, “música folclórica”, “música tradicional”, “música pop”, “música étnica”, “world music”, “música urbana”, entre outros. Trazer-se-ão para a mesa da discussão exemplos musicais de diversos géneros e de diversas regiões do globo, com particular ênfase na dos países de língua oficial portuguesa, utilizando uma selecção discográfica e bibliográfica de criteriosa qualidade. Estudar-se-ão os modos de distinção entre o que Fernando Lopes Graça denominou “folclore autêntico” e “contrafacção folclórica”, quer ao nível de reportório nacional, quer do internacional. Desenvolver-se-á um estudo aprofundado dos cancioneiros populares portugueses mais relevantes, e das características dos diversos cantos e expressões musicais regionais do nosso país. Bibliografia Básica CARVALHO, M. V. (2006). Pensar a Música: Mudar o Mundo: Fernando Lopes-Graça. Porto: Campo das Letras. CASTELO-BRANCO, S. E. (Org.) (1997). Portugal e o Mundo: O Encontro de Culturas na Música. Lisboa: Publicações D. Quixote. LOPES-GRAÇA, F. (1991). A Canção popular Portuguesa. Lisboa: Caminho. NAZARÉ, J. R. (1984). Prolegomenes a l’Ethnosociologie de la Musique. Paris: FCG/CCP. OLIVEIRA, Ernesto Veiga de (1966, 2/1987). Instrumentos Musicais Populares Portugueses. Lisboa: FCG. PAIS, J. M., et al.. (Org.) (2004). Sonoridades Luso-Afro-Brasileiras. Lisboa: Imprensa de Ciências Sociais do Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa. SHEHAN-CAMPBELL, P. (1991). Lessons from the World. A Cross-Cultural Guide to Music Teaching and Learning. New York: Schirmer. SOUSA, M. R. e Neto, F. (2003). A Educação Intercultural através da Música. Gaia: Gailivro. Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem A Unidade Curricular será organizada em aulas teórico-práticas, fornecendo aos alunos a bibliografia e discografia mais relevantes e abrangentes sobre as temáticas, e incidindo em actividades de audição, análise e interpretação vocal e instrumental de reportório diversificado de Portugal e do Mundo. Avaliação A avaliação será feita através da participação nas aulas, nas actividades vocais e instrumentais, e do empenho e assiduidade dos alunos (20%), da realização de um portefolio individual destinado às práticas em contexto de sala de aula (20%) e de um trabalho escrito (com ou sem vertente pedagógica) e sua apresentação oral sobre um tema do programa a decidir com o professor (60%). Esta avaliação poderá ser ponderada com os alunos.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: PERSPECTIVAS ETNOMUSICOLÓGICAS NA EDUCAÇÃO MUSICAL ÁREA CIENTÍFICA: EM UC: SEMESTRAL; OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Reconhecer reportório musical e práticas musicais de diferentes contextos.

6 5 7 10 1 29

2. Interpretar vocal e instrumentalmente algum do reportório estudado.

6 10 5 7 13 3 44

3.Conceber um portefolio e planificar actividades para o contexto de sala de aula a partir do reportório estudado.

8 10 7 5 14 3 47

4. Respeitar e valorizar a multiculturalidade artística e musical.

5 3 1 10 1 20

TOTAL 20 25 20 20 47 8 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação

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Unidade Curricular: Infância e sociedade Apresentação e Objectivos A Infância e sociedade estuda as crianças na perspectiva da sua inserção social, combinando a análise da

infância como construção histórica e social com a interpretação da acção social conduzida pelas crianças, nas suas interacções com os pares e com os adultos. Os objectivos da disciplina são os seguintes: 1. Promover o reconhecimento da Infância e sociedade como disciplina científica do campo das

Ciências Sociais, fundada na renovação e ampliação do pensamento sociológico e na valorização da infância como objecto de estudo, a partir do seu próprio campo de referência. 2. Promover o conhecimento da condição contemporânea da infância, através da análise do lugar

social da infância na contemporaneidade e da observação das crianças como actores sociais nos respectivos mundos de vida. 3. Assinalar o lugar social da infância na educação, para além da dimensão estrita do “ofício de aluno”,

contribuindo para uma revisão das políticas educativas públicas centradas na infância e para uma re-pedagogização da acção educativa. 4. Contribuir para o desenvolvimento de competências analíticas, críticas e de intervenção, numa

perspectiva de defesa dos direitos das crianças. Resultados Esperados de aprendizagem RA1. Adquirir novas perspectivas teóricas que valorizem a infância como objecto de estudo a partir o seu campo de referência RA2. Adquirir e aplicar conceitos teóricos que analisem o lugar social da infância na contemporaneidade e da observação das crianças como actores sociais nos respectivos mundos de vida RA3.Adquirir competências para a análise social da infância na educação, para além da dimensão estrita do “ofício de aluno”, contribuindo para uma revisão das políticas educativas públicas centradas na infância e para uma re-pedagogização da acção educativa. RA4. Adquirir competências para a consideração das culturas da infância como modo de diferenciação e alteridade geracional e as suas implicações na organização d os contextos de vida das crianças. Tópicos Programáticos O lugar da infância na sociologia Imagens sociais da infância A construção social dos direitos da criança A escola e a institucionalização da infância A infância e a justiça de menores- vítima e vitimação As culturas da infância e o imaginário infantil Participação social e infância Bibliografia Básica James, Allison; Jenks, Chris y Prout, Alan (1998). Theorizing Childhood. Cambridge. Polity Press. Jenks, Chris (Ed.) (1992). The Sociology of Childhood. Essential Readings. Brookfield. Gregg Revivals. (2ª ed.) Sarmento, Manuel Jacinto (2000b), “A Sociologia da Infância: correntes, problemáticas e controvérsias” Sociedade e Cultura. Cadernos do Noroeste. Série Sociologia. Vol 13 (2): 145-164. Sarmento, Manuel Jacinto (2004). As Culturas da Infância nas Encruzilhadas da 2ª modernidade. in M. J. Sarmento e A. B. Cerisara (Org.), Crianças e Miúdos: Perspectives Sociopedagógicas de Infância e Educação. Porto. Asa. Organização do processo de ensino-aprendizagem A disciplina desenvolver-se-á a partir de uma exposição inicial, apoiada num texto de referência apresentado para cada um dos tópicos e noutros materiais didácticos, com debate sobre os temas propostos para análise. Avaliação A avaliação consta de um comentário crítico individual de um texto previamente sugerido, escrito nos limites de 5 a 8 páginas A4, formatadas em corpo 12 a espaço e meio (máximo: 1500 palavras). O debate dos comentários na aula servirá como factor de ponderação final.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: INFÂNCIA E SOCIEDADE ÁREA CIENTÍFICA: CEC UC: SEMESTRAL; OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Adquirir novas perspectivas teóricas que valorizem a infância como objecto de estudo a partir o seu campo de referência

3 6 4 15 6 1 35

2. Adquirir e aplicar conceitos teóricos que analisem o lugar social da infância na contemporaneidade e da observação das crianças como actores sociais nos respectivos mundos de vida

3 6 4 15 6 1 35

3.Adquirir competências para a análise social da infância na educação, para além da dimensão estrita do “ofício de aluno”, contribuindo para uma revisão das políticas educativas públicas centradas na infância e para uma re-pedagogização da acção educativa.

3 6 3 15 6 1 35

4. Adquirir competências para a consideração das culturas da infância como modo de diferenciação e alteridade geracional e as suas implicações na organização d os contextos de vida das crianças.

3 6 3 15 8 1 35

TOTAL 12 24 14 60 26 4 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

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Unidade Curricular: Voz e Dicção na Formação de Professores Apresentação e objectivos: A Unidade Curricular Voz e Dicção na Formação de Professores é uma Unidade Curricular de carácter opcional a ser ministrada no âmbito da Formação Educacional Geral no 1º semestre do 1º ano do ciclo de estudos. Tem como objectivo fundamental fornecer ferramentas de expressão e comunicação conducentes à aquisição e domínio de uma literacia expressiva básica no campo da educação artística, mais especificamente no domínio da linguagem expressivo-dramática. Trabalhar o corpo de modo a podermos agir sobre a voz, não implica tanto criar uma determinada postura ou um modo de se mover, mas restituir o equilíbrio e desenvoltura, liberdade e a elasticidade do movimento. A libertação de determinados hábitos de postura, não fará mais do que ampliar as capacidades expressivas de cada indivíduo, tanto do ponto de vista físico como vocal, contribuindo para que cada um explore a sua própria voz e a liberte. A descoberta da própria potencialidade expressiva contribui para o modo de comunicar, com sensibilidade, versatilidade e força. Resultados esperados de Aprendizagem: Espera-se que no fim da realização da unidade que os alunos sejam capazes de: RA 1. Dominar os recursos decorrentes do uso da voz, como meio de expressividade artística, de comunicação e de expressão linguística. RA 2. Explorar o efeito sonoro da palavra, pela sua estrutura fónica e interpretação afectiva. RA 3. Expressar pelo movimento corporal e adequar o gesto como auxiliar expressivo da palavra oral. Tópicos Programáticos: Exploração dos instrumentos expressivos: o corpo e a voz O trabalho do corpo: Exploração do movimento global do corpo .Exploração de movimentos segmentares do corpo . O relaxamento . Interpretação, improvisação A voz e a dicção: . Exploração da respiração torácica e abdominal . A emissão sonora: respiração, volume da voz, velocidade, entoação, extensão vocal . A articulação das palavras . Dinâmicas e interpretação Performances entre corpo e voz Bibliografia básica: 1-CASTARÈDE, M, F. (1998). A voz e os seus sortilégios. Lisboa: Editorial Caminho. 2-ELAM, K. (2001). The Semiotics of Theatre and Drama. London, Routledge. 3- HOUSEMAN, B. (2007). La voce e l’attore. Manuale pratico con esercizi. Roma: Dino Audino . 4-MACKEY, S. & COOPER, S. (2000). Drama and Theatre Studies. London: Stanley Thornes. 5- WEIL, P. e TOMPAKOW, R. (1991.) O corpo fala: a linguagem silenciosa da comunicação não verbal. Petrópolis: Vozes Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem O programa apoia-se numa metodologia sustentada na construção participada do conhecimento de forma a favorecer a actividade experiencial dos alunos. Situa essa construção em processos centrados no sujeito individual e na dinâmica de grupos. Privilegia a articulação teoria e prática e elege preferencialmente a relação com componentes curriculares que convoquem a instrumentalidade e a participação da disciplina na concepção e desenvolvimento de projecto. Avaliação A avaliação formativa e contínua, incidindo sobre o grau de inovação, rigor e qualidade do desempenho individual. A classificação final decorre da conjugação dos seguintes elementos: Desempenho individual na aula e prestação individual no grupo: qualidade performativa corpo, voz - 60%; - Trabalho performativo de grupo – 40%.

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.

CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: VOZ E DICÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES ÁREA CIENTÍFICA: ED UC: SEMESTRAL; OPCIONAL

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-riais

T. de campo Seminário Tutórias Estágios

Estudo Trabº grupo

Trabº projecto

T TP PL TC S OT E Expressar pelo movimento corporal e adequar o gesto como auxiliar expressivo da palavra oral.

10 5 1 10 16 1 43

Explorar o efeito sonoro da palavra, pela sua estrutura fónica e interpretação afectiva.

10 5 2 10 15 1 43

Dominar os recursos decorrentes do uso da voz, como meio de expressividade artística, de comunicação e de expressão linguística.

10 5 2 15 21 1 54

TOTAL 30 15 5 35 52 3 140

Unidade Curricular: Movimento e Dança na Educação Básica Apresentação e Objectivos A ser ministrada como uma opção do 1º semestre do ciclo de estudos conducentes ao grau de mestre em Ensino de Educação Musical, a unidade curricular de Movimento e Dança na Educação tem por finalidade explorar e desenvolver o movimento enquanto expressão natural e a dança enquanto expressão cultural no palco da educação. São objectivos desta unidade curricular conhecer as bases antropológicas e ontológicas do movimento, (re)conhecer as raízes culturais das danças (tradicionais…), aprofundar estes fenómenos enquanto variáveis da educação. Resultados Esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os alunos devem ser capazes de: RA1.Reconhecer reportório e práticas do movimento e dança de diferentes contextos sócio-culturais. RA2.Interpretar/ executar algum do reportório estudado. RA3.Conceber actividades de movimento / dança e planificar actividades para o contexto de sala de aula a partir do repertório estudado. RA4.Respeitar e valorizar a multiculturalidade expressa no movimento e nas danças. Tópicos Programáticos O módulo prevê a abordagem dos conceitos de movimento e dança – livre movimento/dança e movimento/dança padronizado(a) Trazer-se-ão para a mesa da discussão exemplos de danças, géneros (diversos) em Portugal e em diversas regiões do globo, com particular ênfase na dos países de língua oficial portuguesa. Desenvolver-se-á um estudo aprofundado das danças populares portuguesas mais relevantes, e das características dos diversos movimentos e expressões de danças regionais do nosso país. Bibliografia Básica Gil,J ((2005).A Imagem – Nua e as Pequenas Percepções.Estética e Metafenomenologia. Relógio DÁgua Gil,J (1997).Metamorfoses do Corpo. Relógio DÁgua Gil,J (2005).”Sem Túmulo” – Escritos sobre Artistas. Relógio DÁgua. NETO,C.(1997).O Jogo e o Desenvolvimento da Criança. Lisboa. Edições FMH PRINA,F & Padovan, M. (1995). A Dança no Ensino Obrigatório. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian SASPORTES, J. (1983). Pensar a Dança. A reflexão Estética de Mallarmé a Cocteau. Lisboa: INCM. Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem A Unidade Curricular será organizada em aulas teórico-práticas, fornecendo aos alunos a bibliografia mais relevantes e abrangentes sobre as temáticas, e incidindo em actividades de movimento e dança – análise, interpretação e práticas. Avaliação A avaliação será feita através da participação nas aulas, nas actividades de movimento e dança (20%), da realização de um portefolio individual destinado às práticas em contexto de sala de aula/ginásio (20%) e de um trabalho escrito (com ou sem vertente pedagógica) e sua apresentação oral sobre um tema do programa a decidir com o professor (60%). Esta avaliação poderá ser ponderada com os alunos.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: MOVIMENTO E DANÇA NA EDUCAÇÂO BÁSICA ÁREA CIENTÍFICA: EF UC: SEMESTRAL; OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. (Re)conhecer reportório de movimento e danças em diferentes contextos.

6 1 8 8 4 2 29

2. Interpretar motora de algum do reportório estudado.

6 1 5 7 4 2 25

3.Conceber um portefolio e planificar actividades para o contexto de sala de aula/ginásio a partir do reportório estudado.

8 1 7 5 5 4 30

4. integrar as actividades no plano educativo

25 2 29 56

TOTAL 20 25 5 20 20 42 8 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

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Unidade Curricular Desenvolvimento Curricular e Metodologia do Ensino Básico Apresentação e Objectivos Esta unidade curricular, a ser realizada no 1.º semestre do Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Visual e Tecnológica no Ensino Básico, tem por finalidade proporcionar aos alunos situações de aprendizagem que lhes permitam conceber Projectos Curriculares a nível da escola e a nível da turma, teoricamente fundamentados e adequados às condições dos diferentes contextos educativos. Constitui-se como um espaço privilegiado para ajudar os alunos a realizar a integração de saberes adquiridos nas diferentes componentes do plano de formação, já que o desenho de Projectos Curriculares pressupõe o recurso constante aos instrumentos conceptuais e metodológicos das diferentes Ciências da Educação e da Área de especialidade e a sua didáctica, sendo uma fonte fundamental para a prática docente. Resultados esperados de Aprendizagem Espera-se que no fim da realização da unidade curricular Desenvolvimento Curricular e Metodologia de Ensino os estudantes sejam capazes de: RA 1. Analisar o processo de desenvolvimento curricular no sistema educativo, nos seus diferentes níveis de construção e realização: Projecto Curricular Nacional, Projecto Curricular de escola, Projecto Curricular de turma, reflectindo sobre o papel dos professores. RA 2. Adquirir uma compreensão global dos processos de ensino e aprendizagem, numa perspectiva social-construtivista, para orientar a prática docente. RA 3. Desenhar Projectos Curriculares, de escola e de turma, percorrendo as diferentes fases (investigação, tomada de decisões e reflexão) do processo de construção. RA 4. Desenhar unidades didácticas, utilizando metodologias investigativas, reflexivas e colaborativas. RA 5. Seleccionar métodos e estratégias de ensino que potenciem a autorregulação da aprendizagem necessária ao desenvolvimento de competências. RA 6. Utilizar estratégias e técnicas de avaliação curricular adequadas às diferentes funções e contextos. Tópicos Programáticos 1. Níveis de construção curricular na Escola Básica. 2. Perspectivas sobre Integração Curricular e Modelos de Ensino. 3.Aprendizagem escolar e construção do conhecimento, na perspectiva do desenvolvimento de competências.4. Abordagem do Projecto Curricular como uma proposta de inovação das práticas e desenho de unidades didácticas integradoras.5. Avaliação curricular: conceito, modalidades e estratégias.6. O Professor como mediador reflexivo do currículo. Bibliografia básica Alonso, Luisa (1996). Desenvolvimento Curricular e metodologia de ensino. Manual de apoio ao desenvolvimento de

projectos curriculares integrados. Braga: IEC, Universidade do Minho (texto policopiado). Alonso, Luisa. (2005). Reorganização Curricular do Ensino Básico: potencialidades e implicações de uma abordagem por

competências. In Actas do 1.º Encontro de Educadores de Infância e Professores do 1.º Ciclo do Ensino Básico. Porto: Areal Editores.

Beane, J.ames (2002).Integração Curricular: a concepção do núcleo da educação democrática. Lisboa: Didáctica Editora. Coll, César (2001). O construtivismo na sala de aula: novas perspectivas para a acção pedagógica. Porto: Edições ASA.. Roldão , Maria do Céu (1999). Gestão Curricular. Fundamentos e práticas. Porto: Edições ASA. Zabala, António (2002). La prática educativa. Como enseñar. Barcelona: Editorial Graó. Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem A abordagem metodológica sustenta-se nas perspectivas social-construtivistas que privilegiam a investigação, a reflexão, a colaboração, com vista à reconstrução activa do conhecimento. Os alunos são envolvidos activamente na construção de Projectos Curriculares, o que facilita a relação entre a teoria e a prática, favorecendo a integração de saberes adquiridos ao longo da formação e apela constantemente à pesquisa e ao questionamento das práticas Avaliação A avaliação baseia-se no acompanhamento dos trabalhos de pesquisa e debate, feitos em grupo, conducentes à elaboração do projecto Curricular, dos relatórios de aula realizados e apresentados em pares e de uma prova escrita individual.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: DESENVOLVIMENTO CURRICULAR E METODOLOGIA DO ENSINO BÁSICO ÁREA CIENTÍFICA: CE UC: SEMESTRAL; OBRIGATÓRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total Listagem de RA

Colectivas Laboratoriais

T. de campo

Seminário

Tutórias EstágiosEstudo Trab.

Grupo Trab. Proj.

T TP PL TC S OT E 1. Analisar o processo de desenvolvimento curricular no sistema educativo, nos seus diferentes níveis de construção e realização: Projecto Curricular Nacional, Projecto Curricular de escola, Projecto Curricular de turma, reflectindo sobre o papel dos professores

10 8 5 0,5 23,5

2. Adquirir uma compreensão global dos processos de ensino e aprendizagem numa perspectiva social-construtivista para orientar a prática docente

12 1 9 4 0,5 26,5

3. Desenhar, desenvolver e avaliar Projectos Curriculares, de escola e de turma, percorrendo todas as fases (de investigação, tomada de decisões e reflexão), do processo de construção

6 1 10 11 1,5 29,5

4. Desenhar unidades didácticas integradoras, utilizando metodologias investigativas, reflexivas e colaborativas

6 1 10 11 1,5 29,5

5. Adoptar métodos e estratégias de ensino que potenciem a autorregulação da aprendizagem necessária ao desenvolvimento de competências

7 1 6 4 0,5 18,5

6. Reflectir sobre as funções da avaliação curricular, utilizando procedimentos e estratégias para sua realização

4 1 3 4 0,5 12,5

TOTAL 45 5 46 39 5 140 Legenda: T- Ensino teórico; TP- Ensino teórico-prático; PL- Ensino prático e laboral; TC- Trabalho de campo; S- Seminário; E- Estágio; OT- Orientação tutória. .

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Unidade Curricular Fundamentos da Didáctica da Música

Apresentação e Objectivos A Unidade Curricular Fundamentos da Didáctica da Música, faz parte da componente de formação didáctica deste ciclo de estudos e será leccionada no 1º semestre do 1º ano. Visa proporcionar aos alunos o conhecimento de aspectos fundacionais das opções didácticas relativas ao ensino da música, partindo de um ponto de vista histórico, filosófico, sociológico e psicológico para as actuais implicações curriculares e pedagógicas. Resultados esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os estudantes devem ser capazes de: RA1. Conhecer a evolução dos principais momentos históricos definidores de opções didácticas fundamentais relativas ao ensino da música. RA2. Reconhecer as perspectivas filosóficas de base subjacentes às diversas correntes pedagógicas da Educação Musical. RA3. Discernir com clareza pontos de vista sociológicos e psicológicos implicados nas correntes pedagógicas e metodologias do ensino da música. RA4. Avaliar as implicações curriculares e políticas das diversas correntes pedagógicas e metodologias da Educação Musical. Conteúdos Programáticos 1. Momentos relevantes da história da educação musical. 2. Bases filosóficas das diversas correntes pedagógicas relativas ao ensino da música. 3. Perspectivas sociológicas e psicológicas envolvidas nas correntes pedagógicas e nas metodologias da educação musical. 4. Impactos curriculares e políticos das diversas correntes pedagógicas da educação musical. Bibliografia Básica Abeles, H., Hoffer, C. e Klotman, R. (1995). Foundations of Music Education. New York: MacMillan.. Elliott, D. (1995). Music Matters: A New Philosophy of Music Education. New York: Oxford University Press. Hargreaves, D. (1997). The Developmental Psychology of Music . Cambridge: Cambridge University Press. Langer. S. (1976). Philosophy in a New Key: A Study in the Symbolism of Reason, Rite and Art. Cambridge: Harvard University Press. Mark, M. (Ed.), (1982). Source Readings in Music Education History. New York: Schirmer. Pinar, W. F., Reynolds, W. M. (Eds.), (1992). Understanding Curriculum as Phenomenological and Deconstructed Text. New York: Teachers College Press. Rainbow, B. (1989). Music in Educational Thought and Practice. A Survey from 800 B.C. Aberystwyth: Boethius Press. Reimer, B. (1989). A Philosophy of Music Education. New Jersey: Prentice-Hall. Swanwick, K. (1996). A Basis for Music Education. London: Routledge. Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem Aulas expositivas e apresentação e debate de trabalhos por parte dos alunos. Avaliação Serão considerados dois elementos de avaliação: o trabalho escrito (com a respectiva apresentação e debate) e a participação dos alunos nas actividades lectivas.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino da Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: FUNDAMENTOS DA DIDÁCTICA DA MÚSICA ÁREA CIENTÍFICA: EM UC: SEMESTRAL; OBRIGATÓRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Conhecer a evolução dos principais momentos históricos definidores de opções didácticas fundamentais relativas ao ensino da música.

8 2 14 14 2 40

2. Reconhecer as perspectivas filosóficas de base subjacentes às diversas correntes pedagógicas da Educação Musical.

8 1 10 8 2 29

3. Discernir com clareza pontos de vista sociológicos e psicológicos implicados nas correntes pedagógicas e metodologias do ensino da música.

7 1 14 10 2 34

4. Avaliar as implicações curriculares e políticas das diversas correntes pedagógicas e metodologias da Educação Musical.

7 10 1 10 7 2 37

TOTAL 30 10 5 60 42 8 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

31

Unidade Curricular METODOLOGIAS DA EDUCAÇÃO MUSICAL

Apresentação e Objectivos A Unidade Curricular Metodologias da Educação Musical será leccionada no âmbito da componente de formação didáctica do 1º semestre do 1º ano, numa perspectiva de articulação directa com a Unidade Curricular de Fundamentos da didáctica da Música e terá por objectivo proporcionar aos alunos o estudo e a prática das diversas metodologias específicas do ensino da música. Serão abordadas metodologias específicas de autores como Orff, Kodaly, Dalcroze, Willems, Swanwick, Paynter, Gordon, entre outros. Resultados esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os estudantes devem ser capazes de: RA1. Dominar a bibliografia essencial de cada metodologia da educação musical estudada. RA2. Conhecer os princípios fundamentais das diversas metodologias específicas da educação musical. RA3. Comparar as metodologias da educação musical sob diversos pontos de vista. RA4. Planificar e pôr em prática actividades musicais didácticas segundo os princípios das diferentes metodologias da educação musical. Conteúdos Programáticos 1. Bibliografia básica relativa às mais relevantes metodologias da educação musical. 2. Princípios fundamentais de cada metodologia da educação musical. 4. Pontos de semelhança e de contraste entre as diversas metodologias. 5. Processos de planificação de actividades musicais didácticas segundo os princípios das metodologias trabalhadas. Bibliografia Básica Frega, A. (1997). Metodologia Comparada de la Educación Musical. Buenos Aires: Collegium Musicum. Gordon, E. (1997). Teoria da Aprendizagem Musical. Competências, Conteúdos e Padrões. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. Jacques-Dalcroze, E. (1965). Le Rhytme, La Musique et L’Éducation. Genève: Faetisch. Martins, M. L. (1987). “Carl Orff-O Pedagogo: Assimilação dos seus princípios psico- pedagógicos e impacto da sua projecção no mundo” in Boletim da APEM, nº 53, pp. 7-10. Lisboa: Associação Portuguesa de Edcuação Musical. Orff, K. e Keetman, G. (s/d). Music for Children (vols. I-V). London: Schott. Paynter, J. (1999). Sonido y Estructura. Madrid: Akal. Swanwick, K. (1995). Music, Mind and Education. London:Routledge. Szonyi, E. (1976). La Educación Musical en Hungria atraves del Metodo Kodaly. Budapeste: Corvina. Vieira, M. H ( 1998). “ O papel de Maria de Lourdes Martins na introdução da metodologia Orff em Portugal”, in Revista Arte Musical, nº 10-11, pp.23-30. Lisboa: Juventude Musical Portuguesa. Willems, E. (1970). As Bases Psicológicas da Educação Musical.Biene: Editions Pró Musica. Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem Aulas teórico-práticas e laboratoriais com vista à planificação e prática de actividades musicais didácticas para a educação musical no Ensino Básico Avaliação A avaliação será ponderada com os alunos, em função do peso a atribuir a um teste escrito e à planificação e apresentação de actividades musicais didácticas segundo as metodologias de ensino estudadas.

32

CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: METODOLOGIAS DA EDUCAÇÃO MUSICAL ÁREA CIENTÍFICA: EM UC: SEMESTRAL; OBRIGATÓRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Dominar a bibliografia essencial de cada metodologia da educação musical estudada

5 20 7 10 1 43

2. Conhecer os princípios fundamentais das diversas metodologias específicas da educação musical.

5 20 10 15 1 51

3. Comparar as metodologias da educação musical sob diversos pontos de vista.

5 20 10 15 1 51

4. Planificar e pôr em prática actividades musicais didácticas segundo os princípios das diferentes metodologias da educação musical.

15 45 20 10 40 5 135

TOTAL 30 45 80 37 80 8 280 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória. tutória.

2º SEMESTRE

34

Unidade Curricular: Projectos Artísticos de Desenvolvimento Musical

Apresentação e Objectivos A ser ministrada como uma unidade curricular obrigatória do Ciclo de estudos conducentes ao grau de mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico, esta unidade tem por finalidade explorar e desenvolver competências no domínio da execução vocal e instrumental em grupo, potenciando as capacidades de autonomia na concretização de projectos de interpretação musical no âmbito pedagógico. Resultados esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os estudantes devem estar capazes de: RA1.Conhecer repertório para a infância. RA2.Abordar diferentes técnicas de execução, nomeadamente em instrumental Orff. RA3.Dominar técnicas de transcrição e instrumentação. RA4.Conceber e interpretar um conjunto de peças integradas num projecto coerente. Tópicos Programáticos 1. A transcrição como elemento fundamental na prática musical pedagógica. 2. O instrumental Orff como veículo privilegiado para uma execução e interpretação adaptável a diferentes níveis de exigência. 3. A relevância da concepção de projectos musicais coerentes e aglutinadores. Bibliografia Básica 1. PALHEIROS, Graça; WUYTACK, Jos (2004) – Carmina Europea Porto: Associação Wuytack de Pedagogia Musical 2. ORFF, Carl; KEETMAN, Gunild (1958) – Music for Children Mainz: Schott (5 vols) 3. FREITAS, Frederico (1950) Sechs Klavierstücke Copenhaga: Wilhem Hansen Musik-Forlag Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem A disciplina será organizada com aulas práticas. Serão realizados trabalhos práticos, faseados em trabalho de pesquisa, transcrição e execução / interpretação. Avaliação A avaliação será feita através de: participação e empenhamento dos alunos nas aulas, resultado de transcrição / instrumentação e execução / interpretação. No início da leccionação da cadeira, será negociado com os alunos, mediante o plano de aulas e de trabalhos propostos, as percentagens atribuídas a cada um dos elementos de avaliação.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: PROJECTOS ARTÍSTICOS DE DESENVOLVIMENTO MUSICAL ÁREA CIENTÍFICA: MUS UC: SEMESTRAL; OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA)

Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Conhecer repertório para a infância.

6 8 8 4 26

2. Abordar diferentes técnicas de execução, nomeadamente em instrumental orff.

6 5 7 4 22

3. Dominar técnicas de transcrição e instrumentação.

8 7 5 5 25

4. Conceber e interpretar um conjunto de peças integradas num projecto coerente.

25 40 2 67

TOTAL 45 20 20 53 2 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

Unidade Curricular: Som e Música Digitais

Apresentação e Objectivos A ser ministrada no 2º semestre do 1º ano do curso, a unidade curricular de Som e Música Digitais tem por finalidade proporcionar aos alunos os conhecimentos e práticas fundamentais acerca dos princípios, conceitos, modelos e principais técnicas relacionadas com o Som e Música Digitais. Resultados esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os estudantes devem estar capazes de: RA1.Explicar a importância do som e música digitais no desenho e implementação de sistemas e aplicações multimédia interactivas nas mais diversas áreas aplicacionais; RA2.Explicar os princípios, principais modelos e técnicas relacionadas com a abordagem tecnológica e a prática da música e som, tendo em vista a criação de obras sonoro/musicais para diversos tipos de media; RA3.Identificar, classificar e integrar os principais algoritmos e técnicas básicas e avançadas de processamento de som e música digitais no contexto de diversos domínios aplicacionais; RA4.Identificar, analisar, categorizar e avaliar sistemas e tecnologia disponível assim como projectos artísticos com forte componente sonora/musical; aplicar estes sistemas e tecnologia no desenvolvimento de soluções finais de som e música digitais. Tópicos Programáticos 1. Fundamentos do Som e Música Digitais: evolução histórica no século XX; abordagem tecnológica e prática da música e som, tendo em vista a criação de obras sonoro/musicais para diversos tipos de media; componentes do som e sua percepção. 2. Técnicas de manuseamento: edição e composição digital; integração de som em aplicações adjacentes; som/música para cinema, jogos e instalações artísticas; síntese sonora; som tridimensional; 3. Sistemas e técnicas avançadas: áudio em sistemas imersivos; áudio em sistemas de informação; interfaces musicais/sonoros; sensores e aquisição de dados configuráveis; 4. Casos de estudo: projectos artísticos com forte componente sonora/musical. Bibliografia Básica 1. “Ars Electronica – Facing the Future”, Druckey, T. & Ars Electronica (Ed.), The MIT Press, Cambridge, 99-14921, 1999; 2. “Áudio in Media”, Alten Stanley, R., Wadsworth Pub Co, 2005 ISBN: 0534548040. 3. “Complete Guide to Digital Áudio”, Middleton, Ch, Course Technology, PTR, ISBN: 1592001025; 4. “Mastering Audio: The Art and the Science”, Katz, B., Focal Press, ISBN: 0240805453. 5. “The future of Music: Manifesto for the Digital Music Revolution”, Kusek, D., Leonhard, G. Berklee Press, ISBN: 0876390599. Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem Em função da natureza tecnológica da unidade curricular, tendo em conta a dimensão profissionalizante do curso, o processo de ensino/aprendizagem deve observar uma abordagem baseada em sessões do tipo teórico-práticas, tanto individuais como em grupo, para assegurar a complementaridade entre a teoria e a prática. Avaliação A avaliação das aprendizagens dos alunos envolverá os trabalhos individuais e em grupo, de desenvolvimento e implementação de pequenos exercícios práticos de som e música digitais, cujos resultados são apresentados ao docente e à turma de forma oral, e sintetizados adequadamente num relatório técnico. Tanto os resultados dos exercícios, como a demonstração e o relatório técnico são objecto de avaliação. A ponderação dos elementos de avaliação e os critérios de avaliação das aprendizagens serão objecto de negociação entre professor e alunos. Prevê-se ainda a avaliação complementar do ensino na forma de um exame escrito.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: SOM E MÚSICA DIGITAIS ÁREA CIENTÍFICA: TSI UC: SEMESTRAL; OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Explicar a importância do som e música digitais no desenho e implementação de sistemas e aplicações multimédia interactivas nas mais diversas áreas aplicacionais.

1 2 3 2 1 9

2. Explicar os princípios, principais modelos e técnicas relacionadas com a abordagem tecnológica e a prática da música e som, tendo em vista a criação de obras sonoro/musicais para diversos tipos de media

4 8 12 12 1 37

3. Identificar, classificar e integrar os principais algoritmos e técnicas básicas e avançadas de processamento de som e música digitais no contexto de diversos domínios aplicacionais

4 8 12 20 1 45

4. Identificar, analisar, categorizar e avaliar sistemas e tecnologia disponível assim como projectos artísticos com forte componente sonora/musical; aplicar estes sistemas e tecnologia no desenvolvimento de soluções finais de som e música digitais.

6 12 12 18 1 49

TOTAL 15 30 39 52 4 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

38

Unidade Curricular: Educação Especial no Ensino Básico Apresentação e Objectivos A ser ministrada no 2º semestre do Curso, a unidade curricular de Educação Especial no Ensino Básico tem por finalidade abordar temáticas que se relacionem com a diferença, a diversidade e a heterogeneidade de características e necessidades dos alunos com Necessidades Especiais à luz dos princípios da inclusão e da colaboração. Tem como objectivos: 1.Demonstrar conhecimentos quanto aos pressupostos que levam ao êxito de um sistema inclusivo 2.Reconhecer a natureza heterogénea da população escolar, designadamente das crianças com NE, com base nas suas características e necessidades; 3.Valorizar práticas educativas que tenham em atenção a diversidade. Valorizar e perceber a importância dos serviços de Educação Especial no sucesso das crianças com NE 4.Valorizar e perceber a importância do envolvimento da família na educação das crianças com NE. Resultados Esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os estudantes devem estar capazes de: RA1. Descrever a natureza e o papel da Educação Especial num contexto inclusivo e colaborativo; RA2. Descrever a natureza da população escolar com necessidades educativas especiais (NEE) no que diz respeito às perspectivas históricas, definições, etiologias e prevalências das categorias em que ela se insere; RA3. Identificar casos de alunos de risco ou com possíveis NEE; RA4. Reconhecer os tipos de serviços disponíveis para o atendimento a crianças com NE, bem como os recursos humanos e materiais necessários ao bom funcionamento desses serviços; RA5. Compreender os processos de observação, identificação, avaliação e programação para crianças com NEE e suas famílias; RA6. Desenvolver competências para em colaboração com outros profissionais de educação e pais, poder vir a intervir na elaboração de programas educativos eficazes para crianças com NEE. Tópicos Programáticos 1- Bases em que assenta a Educação Especial e a Inclusão: Perspectiva histórica e actual; conceitos; a importância da colaboração; legislação; situação em Portugal. 2. Atendimento a crianças com NE e suas famílias: Perspectivas actuais. 2.1. Necessidades Especiais: Risco educacional; sobredotação; necessidades educativas especiais. 2.2 O Modelo de Atendimento à Diversidade: Da identificação à intervenção para alunos com NE. 2.3. A família da criança com NE: Ajustamento familiar às necessidades da criança com NE; envolvimento familiar na educação das crianças com NE; considerações multiculturais 2.4. Transição para a vida activa 3. Uma nova política em Educação Especial. 3.1. A Educação Especial num contexto académico e social: Formação e desenvolvimento profissional; recursos e serviços de apoio especializados; a criança com NE e a sociedade. 4. A Educação Especial e as Tecnologias de Informação e Comunicação Bibliografia Básica Correia, L. M. (1997). Alunos com necessidades educativas especiais nas classes regulares. Porto: Porto

Editora. Correia, L. M. (2003). Inclusão e necessidades educativas especiais. Porto: Porto Editora. Correia, L. M., & Serrano, A. M. (Org.). (1998). Envolvimento parental em intervenção precoce: Das práticas

centradas na criança às práticas centradas na família. Porto: Porto editora. Hallahan, D., & Kauffman, J. (2006). Exceptional learner: Introduction to special education. Boston: Allyn and

Bacon. Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem A unidade curricular será organizada com aulas teórico-práticas e incluirá ensino directo (expositivo), o visionamento e debate de vídeos e DVDs, trabalho de grupo, trabalho de pares, tutorias, trabalho independente, e trabalho de projecto. Avaliação A avaliação será centrada na participação dos alunos nas aulas, num teste escrito individual e num trabalho prático de projecto. No início da leccionação da unidade curricular, será negociado com os alunos, mediante o plano de aulas e de trabalhos propostos, as percentagens atribuídas a cada um dos elementos de avaliação.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: EDUCAÇÃO ESPECIAL NO ENSINO BÁSICO ÁREA CIENTÍFICA: CEC UC: SEMESTRAL; OBRIGATÓRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágio

s Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Descrever a natureza e o papel da Educação Especial num contexto inclusivo e colaborativo

6 6 1 0,5 13,5

2. Descrever a natureza da população escolar com necessidades educativas especiais (NEE) no que diz respeito às perspectivas históricas, definições, etiologias e prevalências das categorias em que ela se insere

18 1 11 3 6 1 40

3. Identificar casos de alunos de risco ou com possíveis NEE

3 1 5 2 0,5 11,5

4. Reconhecer os tipos de serviços disponíveis para o atendimento a crianças com NE, bem como os recursos humanos e materiais necessários ao bom funcionamento desses serviços

3 1 4 0,5 8,5

5. Compreender os processos de observação, identificação, avaliação e programação para crianças com NEE e suas famílias

12 1 16 9 18 2 58

6. Desenvolver competências para em colaboração com outros profissionais de educação e pais, poder vir intervir na elaboração de programas educativos eficazes para crianças com NEE

3 1 4 0,5 8,5

TOTAL 45 5 46 15 24 5 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória

Unidade Curricular: Educação Estética para a Infância

Apresentação e Objectivos A Unidade Curricular visa proporcionar aos mestrandos um contacto com as mais relevantes teorias filosóficas sobre a arte através da leitura e discussão dos seus textos fundamentais. Tem como objectivo essencial, analisar a repercussão de cada uma destas teorias no âmbito específico da criação e recepção musicais. Resultados esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os estudantes devem estar capazes de: RA1. Identificar as mais relevantes teorias filosóficas sobre a arte. RA2. Dominar a bibliografia essencial sobre a filosofia da arte. RA3. Analisar a repercussão das várias teorias da arte sobre a reflexão em torno da criação e recepção do objecto musical. RA4. Avaliar os prós e contras de cada uma destas teorias, na sua abordagem à possibilidade de definição do fenómeno artístico. Tópicos Programáticos 1. Música e representação: os representacionalismos. 2. A música como expressão: teorias da expressão estética. 3. A forma musical: os formalismos. 4. Teorias da experiência estética. 5. Contra a definição de arte. 6. As teorias institucionais da arte. Bibliografia Básica Monroe Beardsley, Aesthetics: Problems in the Philosophy of Criticism, Indianapolis: Hackett Publ. Co., 1981 Alan Goldman, Aesthetic Value, Boulder: Westview Press, 1998; Gordon Graham, Filosofia das Artes: Introdução à Estética, Lisboa: edições 70, 2001 Edward Hanslick, Do Belo Musical, Lisboa: ed. 70, 1994 Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem Aulas expositivas e apresentação e debate de trabalhos por parte dos alunos. Avaliação Serão considerados dois elementos obrigatórios de avaliação: um trabalho escrito, a ser apresentado no final do semestre, e a acta de uma das sessões do seminário. A participação dos alunos, nomeadamente através da apresentação oral (opcional) de trabalhos, será também contabilizada.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: EDUCAÇÂO ESTÉTICA PARA A INFÂNCIA ÁREA CIENTÍFICA: FIL UC: SEMESTRAL; OBRIGATÒRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Identificar as mais relevantes teorias filosóficas sobre a arte.

6 6 1 8 8 4 26

2. Dominar a bibliografia essencial sobre a filosofia da arte.

6 6 1 5 7 4 22

3. Analisar a repercussão das várias teorias da arte sobre a reflexão em torno da criação e recepção do objecto musical.

6 4 1 7 5 5 25

4. Avaliar os prós e contras de cada uma destas teorias, na sua abordagem à possibilidade de definição do fenómeno artístico.

7 4 2 40 2 67

TOTAL 25 20 5 20 20 53 2 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

42

Unidade Curricular TEMAS DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO MUSICAL

Apresentação e Objectivos A Unidade Curricular Temas de Investigação em Educação Musical, a ser ministrada no 2º semestre do ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino da Educação Musical no Ensino Básico, visa proporcionar aos alunos um contacto com as diversas correntes, temáticas e metodologias de investigação em Educação Musical. Tem como objectivo essencial analisar a relevância e o enquadramento destas correntes, temáticas e metodologias no contexto do sistema educativo português. Resultados esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os estudantes devem ser capazes de: RA1. Identificar as correntes, temáticas e metodologias de investigação mais relevantes em Educação Musical. RA2. Dominar a bibliografia essencial sobre investigação em Educação Musical. RA3. Reconhecer o enquadramento conceptual, filosófico e histórico subjacente às diversas opções de investigação em Educação Musical. RA4. Adequar as opções de investigação em Educação Musical a diferentes contextos e objectivos de pesquisa. Conteúdos Programáticos 1. Temas de pesquisa em Educação Musical. 2. Metodologias de investigação em Educação Musical. 3. Filosofias de base e tradições históricas na investigação em Educação Musical. 4. Contextos de investigação da Educação Musical. 5. Perspectivas curriculares sobre a Educação Musical no contexto do sistema de ensino português. Bibliografia Básica Campos, B. P. (Coord.) (2000). Teacher Education Policies in the European Union. Lisbon: Portuguese Presidency of the Council of the European Union – Ministry of Education. Colwell, R.(Ed.), (1992). Handbook of Research on Music Teaching and Learning. A Project of the Music Educators National Conference. New York: Schirmer. Colwell, R. & Richardson, C. (Eds.), (2002). The New Handbook of Research on Music Teaching and Learning. Oxford: Oxford University Press. Mark, M. (Ed.), (1982). Source Readings in Music Education History. New York: Schirmer. Phelps, R.P., Sadoff, R. H., Warburton, E. C. & Ferrara, L. (2005). A Guide to Research in Music Education. Oxford: Scarecrow. Pinar, W. F., Reynolds, W. M. (Eds.), (1992). Understanding Curriculum as Phenomenological and Deconstructed Text. New York: Teachers College Press. Rainbow, B. (1989). Music in Educational Thought and Practice. A Survey from 800 B.C. Aberystwyth: Boethius Press. Rainbow, E. L. & Froehlich, H. C. (1987). Research in Music Education. An Introduction to Systematic Inquiry. New York: Schirmer. Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem Aulas expositivas e apresentação e debate de trabalhos por parte dos alunos. Avaliação Serão considerados dois elementos de avaliação: o trabalho escrito (com a respectiva apresentação e debate) e a participação dos alunos nas actividades lectivas. O peso relativo destes elementos na avaliação será debatido com os alunos no início das aulas.

43

CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: TEMAS DE INVESTIGAÇÃO EM EDUCAÇÃO MUSICAL ÁREA CIENTÍFICA: EM UC: SEMESTRAL; OBRIGATÓRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios

Estudo Trabº grupo

Trabº projecto

T TP PL TC S OT E 1. Identificar as correntes, temáticas e metodologias de investigação mais relevantes em Educação Musical.

10 1 15 15 2 43

2. Dominar a bibliografia essencial sobre investigação em Educação Musical.

8 1 10 5 2 26

3. Reconhecer o enquadramento conceptual, filosófico e histórico subjacente às diversas opções de investigação em Educação Musical.

7 1 15 10 2 35

4. Adequar as opções de investigação em Educação Musical a diferentes contextos e objectivos de pesquisa.

5 10 2 10 7 2 36

TOTAL 30 10 5 50 37 8 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

44

Unidade Curricular PRINCÍPIOS E PRÁTICAS DO ENSINO INSTRUMENTAL EM GRUPO

Apresentação e Objectivos A Unidade Curricular princípios e Práticas do Ensino Instrumental em Grupo insere-se na componente de formação didáctica do 2º semestre do 1º ano deste ciclo de estudos e tem por objectivo preparar os futuros docentes para o ensino da prática instrumental em grupo no contexto da escola básica. A unidade curricular tem por referência o ensino de piano em grupo, apoiando-se na utilização de instrumentos electrónicos passíveis de funcionamento com auscultadores nas aulas laboratoriais, mas projecta-se também (nos seus princípios e práticas) na preparação para a docência de outros agrupamentos instrumentais. Resultados esperados de Aprendizagem No termo do processo de formação nesta unidade curricular os estudantes devem ser capazes de: RA1. Dominar a bibliografia essencial sobre o ensino instrumental em grupo. RA2. Conhecer os princípios psicológicos e didácticos do ensino instrumental em grupo. RA3. Tocar em grupo com os colegas reportório adequado aos níveis de ensino a que se destina este ciclo estudos. RA4. Construir um portefolio pedagógico e lanificar actividades musicais de ensino instrumental em grupo adequadas às futuras práticas no contexto da Escola Básica. Conteúdos Programáticos 1. Pedagogias centradas no ensino instrumental em grupo 2. Princípios psicológicos fundamentais do ensino instrumental em grupo. 3. Reportório destinado ou adaptável ao ensino instrumental em grupo para os 1º, 2º e 3º ciclos do Ensino Básico 4. Processos de planificação de actividades musicais destinadas ao ensino instrumental em grupo. Bibliografia Básica Alexander, et al (2005). Alfred’s Premier Piano Course: Lesson 1. Van Nuys, CA: Alfred Publishing. Arms, L. (1997). The effects of computer assisted keyboard instruction on meter discrimination and rhythm discrimination of general music education students in the elementary school. Tese de doutoramento não publicada, Universidade do Tennessee. Bastien, J. W (1988). How to Teach Piano Successfully. San Diego. Kjos Music. Bay, A. & Pearce, E. (2000). “Is there a relationship between student dropouts and when and how reading is introduced?”. Keyboard Companion, (11), 2, 12-14. Campbell, P. & Scott-Kassner, C. (1999). Music in Childhood. From Pre-School through the Elementary Grades. New York: MacMillans. Colwell, R. & Goolsby, T. (2002). The Teaching of Instrumental Music. New Jersey: Prentice Hall. Duckworth, G. (1960). “What are we teaching? Concepts or details?” Clavier. A Magazine for Pianists ans Organists, nº 3, vol. III, Maio-Junho (158-165). Green, L. (2008). Music, Informal Learning and the School: A New Classroom Pedagogy. London: Ashgate. Harper, N. L. e Parra (2006). “Functional Piano vs Traditional Piano: An Educational Dilemma?” in Piano Journal, nº 86, pp. 21-25.. Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem Aulas teórico-práticas e laboratoriais com vista à planificação e prática de actividades musicais didácticas destinadas ao ensino instrumental em grupo nos 1º, 2º e 3º ciclos da Escola Básica. Avaliação A avaliação será ponderada com os alunos, em função do peso a atribuir à planificação e apresentação de actividades musicais segundo os princípios do ensino instrumental em grupo.

45

CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: PRINCÍPIOS E PRÁTICAS DO ENSINO INSTRUMENTAL EM GRUPO ÁREA CIENTÍFICA: EM UC: SEMESTRAL; OBRIGATÓRIA. Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Dominar a bibliografia essencial sobre o ensino instrumental em grupo.

4 1 20 7 10 1 43

2. Conhecer os princípios psicológicos e didácticos do ensino instrumental em grupo.

4 1 20 10 15 1 51

3. Tocar em grupo com os colegas reportório adequado aos níveis de ensino a que se destina este ciclo estudos.

6 30 1 25 10 20 1 93

4. Construir um portefolio pedagógico e planificar actividades musicais de ensino instrumental em grupo adequadas às futuras práticas no contexto da Escola Básica.

6 10 2 20 10 40 5 93

TOTAL 20 40 5 85 37 85 8 280 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

46

3º e 4º SEMESTRE

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Unidade Curricular Análise Sociológica da Educação Apresentação e objectivos A Análise Sociológica da Educação é uma nova unidade curricular no contexto da reconfiguração do modelo de formação de professores que visa, entre outros objectivos: - Compreender as especificidades da análise sociológica e as suas implicações para a problematização da

educação básica no contexto contemporâneo; - Incentivar o aprofundamento crítico sobre alguns processos e práticas sociais de educação e

escolarização das crianças e pré-adolescentes, tendo em conta, nomeadamente, as diferenças e diversidades culturais, étnicas, linguísticas, religiosas, de género, em outras, e as funções subjacentes à escolaridade obrigatória;

- Promover a compreensão de algumas políticas nacionais e de orientações internacionais e supranacionais relativas à educação básica.

- Analisar a génese e construção social da profissão docente, bem como alguns dos desafios e dilemas decorrentes da sua evolução recente .

Tópicos Programáticos 1. O campo da sociologia da educação: problemáticas actuais e emergentes; 2. Diversidades, práticas e interacções em contextos de educação e escolarização básica; 3. A escola e outros contextos, espaços e tempos educativos; 4. Políticas de educação básica; 5. Profissão docente e especificidades do ser professor no ensino básico

Resultados Esperados de Aprendizagem RA1. Identificar algumas problemáticas, objectos e formas de abordagem da sociologia da educação; RA2. Analisar a complexidade de contextos, processos, interacções e práticas educativos no ensino básico; RA3. Compreender as desigualdades e diversidades sociais e educacionais, e os factores de abandono, insucesso e sucesso escolares; RA4. Entender criticamente os factores de abandono, insucesso e sucesso escolares e educativos RA5. Compreender políticas e orientações nacionais, internacionais e supranacionais para o ensino básico; RA6. Perspectivar sociologicamente a profissão docente e os dilemas e desafios colocados à educação e ensino básicos pelas mudanças na escola e na sociedade contemporâneas. Bibliografia básica AFONSO, Almerindo J. (1999) Educação Básica, Democracia e Cidadania. Dilemas e Perspectivas. Porto:

Afrontamento ANTUNES, Fátima (1995) "Educação, cidadania e comunidade — reflexões sociológicas para uma escola

(democrática de massa)". Revista Portuguesa de Educação, vol. 8, nº 1, pp. 191-204. BENAVENTE, Ana (2001) "Portugal, 1995-2001: reflexões sobre democratização e qualidade na educação

básica. Revista Iberoamericana de Educación, nº 27, pp. 99-123. CASA-NOVA, Maria José (2002) Etnicidade, género e escolaridade. Lisboa: IIE; GOMES, Carlos Alberto (1987) “A interacção selectiva na escola de massas”. Sociologia, Problemas e

Práticas, nº 3, pp. 35-49; STOER, Stephen R. & ARAÚJO, Helena (2000) Escola e Aprendizagem para o Trabalho num País da

(semi)periferia europeia. Lisboa: IIE Organização do processo ensino-aprendizagem No que refere às horas de contacto com o docente, o processo de ensino/aprendizagem será organizado com base em aulas teóricas, aulas teórico-práticas e tutórias. Nas aulas teórico-práticas prevê-se, a título de exemplo, o recurso à realização de exercícios de análise e debate de textos em grupo, e a dinamização de aulas com base em textos previamente distribuídos. No que se refere às horas de trabalho independente, o referido processo será organizado com base em estudo e trabalho de grupo. Avaliação A avaliação dos resultados da aprendizagem previstos para a unidade curricular de Análise Sociológica da Educação assenta na realização de trabalhos individuais e/ou de grupo.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: ANÁLISE SOCIOLÓGICA DA EDUCAÇÃO ÁREA CIENTÍFICA: SE UC: SEMESTRAL; OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

Colectivas Laborato-riais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projectoT TP PL TC S T E 1.Identificar problemáticas, objectos e formas de abordagem da sociologia da educação

1 3 2 0 0,5 6,5

2. Analisar a complexidade de contextos, processos, interacções e práticas educativos no ensino básico

3 5 1 11 5 0,5 25,5

3. Compreender desigualdades e diversidade sociais e educacionais numa sociedade e escola multiculturais

2 5 1 10 6 0,5 24,5

4. Entender criticamente os factores de abandono, insucesso e sucesso escolares e educativos

2 5 1 10 6 0,5 24,5

5. Compreender políticas e orientações nacionais, internacionais e supranacionais para o ensino básico

3 6 1 10 5 0,5 25,5

6. Perspectivar sociologicamente a profissão docente e os dilemas e desafios à educação e ensino básicos

4 6 1 15 7 0,5 33,5

TOTAL 15 30 5 58 29 3 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

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Unidade Curricular: Desenvolvimento Pessoal e Interacção Social Apresentação e Objectivos A ser ministrada no 1º semestre do 1º ano do Ciclo de estudos conducentes ao grau de mestre em Educação Musical do Ensino Básico, a unidade curricular de Desenvolvimento Pessoal e Interacção Social tem por finalidade apresentar o desenvolvimento social a partir de uma perspectiva sócio-cultural e histórica e analisar os processos que dinamizam e modelam as aprendizagens sociais e facilitam o desenvolvimento da competência social. A unidade curricular propõe-se estimular uma reflexão acerca dos conceitos organizadores do desenvolvimento social no quadro da matriz cultural em que esse mesmo desenvolvimento se processa e contribuir para a compreensão dos processos que mediatizam a apropriação e o desenvolvimento pela criança de práticas, comportamentos e competências sociais, bem como conhecer e fundamentar o interesse de programas de intervenção psicopedagógica são os objectivos principais desta unidade curricular. Resultados Esperados de Aprendizagem RA1. Conhecer as bases biológicas, sociais e culturais do desenvolvimento humano e ter uma visão integrada dos principais factores e processos que regem a interacção social da criança nos seus contextos de vida proximais e distais; RA2. Ter conhecimento das competências cognitivas, sociais e emocionais que a criança desenvolve em diferentes modos e contextos relacionais; RA3. Desenvolver uma perspectiva organizada do desenvolvimento relacional e ser sensível aos processos psicossociais que podem exercer um papel positivo na promoção das competências sociais da criança; RA4. Ter conhecimento de programas de desenvolvimento psicossocial de natureza preventiva e re-educativa, de modo a distinguir diferentes momentos e processos na promoção do ajustamento social da criança e do jovem; RA5. Ser capaz de reflectir criticamente sobre os programas e estabelecer a relação entre pressupostos teóricos e metodológicos, objectivos e resultados e previsível impacto; RA6. Eleger entre um ou mais módulos de um programa de promoção de competências e estudar a sua adequação para aplicação hipotética ou real num contexto de vida à sua escolha; RA7. Desenvolver competências para a intervenção com crianças em ligação com as famílias, os grupos de pares, os contextos educativos e comunitários e de comunidades locais atendendo à pluridade de processos e contextos de desenvolvimento Tópicos Programáticos 1) Processos biopsicológicos e culturais do desenvolvimento humano. Organizadores culturais do desenvolvimento humano. A educação da criança na família e na comunidade. Participação e aprendizagem social orientada. 2) O desenvolvimento da competência social. O papel do conhecimento social no funcionamento emocional e social. Processos interactivos facilitadores do desenvolvimento sócio-emocional. 3) Cenários de desenvolvimento: participação e preparação da autonomia e da interdependência nas relações com adultos e nos grupos de pares. 4) Formatos do envolvimento e processos dinâmicos de desenvolvimento e transmissão cultural: Modelos, conversas, orientações, participação intencional, a aprendizagem de novos padrões de comportamento. Práticas de apoio e acompanhamento na educação social da criança. 5) Estratégias e programas de índole psicopedagógica na intervenção em contextos educativos e âmbito comunitário. 6) A intervenção como resposta às necessidades da criança em desenvolvimento. A articulação das intervenções escolares com a intervenção na família e no contexto social próximo Bibliografia Básica Delval, J. (2001). Descubrir el pensamiento de los niños. Temas de Psicologia. Madrid: Paidós. Fernández, I. , Villaoslada, E. & Funes, S. (2002). Conflicto en el centro escolar. El modelo del aluno ayudante como

estrategia de intervención educativa. Madrid: Catarata. Huertas, J. A. & Montero, I. (2001). La interacción en la aula. Aprender con los demás. Buenos Aires: Aique. López, F. , Etxebarria, I., Fuentes, M. J. & Ortiz, M.J. (1999). El desarollo afectivo y social. Madrid: Pirámide. Rogoff, B. (2005). A natureza cultural do desenvolvimento humano. Porto Alegre: Artmed. Sánchez, J. (1999). Intervención psicopedagógica en los transtornos del desarollo. Madrid: Pirámide. Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem A unidade curricular será organizada com aulas teórico-práticas, dinamizadas conjuntamente com a participação activa dos próprios alunos como meio de incentivar o aprofundamento do estudo e preparação das temáticas do programa. Avaliação A avaliação será centrada na participação dos alunos nas aulas e nos trabalhos realizados no âmbito da preparação da unidade, individual ou em grupos, incluindo a realização de um exercício individual para avaliação. No início da leccionação, será negociado com os alunos, mediante o plano de aulas e de trabalhos propostos, as percentagens atribuídas a cada um dos elementos de avaliação.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: DESENVOLVIMENTO PESSOAL E INTERACÇÃO SOCIAL ÁREA CIENTÍFICA: CEC UC: SEMESTRAL; OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Conhecer as bases biológicas, sociais e culturais do desenvolvimento humano e ter uma visão integrada dos principais factores e processos que regem a interacção social da criança nos seus contextos de vida proximais e distais

2 2 1 8 2 0,5 15,5

2. Ter conhecimento das competências cognitivas, sociais e emocionais que a criança desenvolve em diferentes modos e contextos relacionais

5 6 11 0,5 22,5

3. Desenvolver uma perspectiva organizada do desenvolvimento relacional e ser sensível aos processos psicossociais que podem exercer um papel positivo na promoção das competências sociais da criança

2 3 1 5 4 0,5 15,5

4. Ter conhecimento de programas de desenvolvimento psicossocial de natureza preventiva e re-educativa, de modo a distinguir diferentes momentos e processos na promoção do ajustamento social da criança e do jovem

5 8 1 13 4 3 0,5 34,5

5. Ser capaz de reflectir criticamente sobre os programas e estabelecer a relação entre pressupostos teóricos e metodológicos, objectivos e resultados e previsível impacto

2 4 1 9 7 10 1 34

6. Desenvolver competências para a intervenção com crianças em ligação com as famílias, os grupos de pares, os contextos educativos e comunitários e de comunidades locais atendendo à pluridade de processos e contextos de desenvolvimento

2 2 2 1 5 5 1 18

TOTAL 18 25 2 5 51 15 20 4 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio;.

Unidade Curricular: Organização dos Serviços e Instituições de Apoio à Criança Apresentação e Objectivos A disciplina de Organização dos Serviços e Instituições de apoio à Criança (OSIAC) pretende discutir e analisar com os alunos a diversidade de contextos de acção concreta e de serviços de atendimento das crianças e as possibilidades versus constrangimentos com que elas se confrontam no exercício dos seus direitos. Objectivos - Desenvolver com os profissionais que trabalham com crianças (investigadores, docentes, técnicos) novas perspectivas teóricas acerca das crianças, que valorizem a renovação e ampliação do pensamento sociológico e a valorização da infância como objecto de estudo, a partir do seu próprio campo de referência. - Analisar a situação social da infância e perspectivar sociologicamente a inserção das crianças no mundo contemporâneo; - Contribuir para o desenvolvimento de programas de intervenção social que impliquem a criança como um parceiro social em tal construção. Resultados Esperados de Aprendizagem RA1. Adquirir e aplicar conceitos teóricos que valorizem as crianças como sujeitos activos de direitos. RA2. Adquirir competências para a análise social da infância e as condições sociais de inserção das crianças no mundo contemporâneo. RA3. Conceber estratégias, de intervenção e gestão de projectos de intervenção com crianças e jovens que considerem a criança como sujeitos activos de direitos. RA4. Intervir na organização de instituições de atendimento social e educativo de crianças, a partir de um paradigma que privilegie o seu estatuto enquanto sujeitos activos de direitos. Tópicos Programáticos A construção social da infância e a emergência da infância como problemática sociológica. Teorias e abordagens sociológicas da infância Os direitos da criança como construção social. Direitos de protecção, provisão e participação. Controvérsias teóricas e jurídicas em torno do “melhor interesse da criança” Pobreza e exclusão social na infância. Políticas da infância. Infância e Instituições Sociais: o papel das instâncias globais na infância. Infância e Instituições Sociais: a institucionalização das crianças em Portugal nas dimensões educativas. Infância e Instituições Sociais: as respostas de atendimento para as crianças em situação de perigo. Participação social e infância. Metodologias participativas na investigação e intervenção com crianças Bibliografia Básica Fernandes, N. (2005), Infância e Direitos: Participação das crianças nos contextos de vida – Representações, Práticas e Poderes. Tese de Doutoramento, Braga. Jans, M. (2004), “Children as citizens: towards a contemporary notion of child participation”, Childhood, 11(1): 27-44. Prout, A. (2000), Children’s participation: control and self-realisation in British Late Modernity. Children&Society, nº 14: 304-315. Ruxton, S., Bennett, F. (2002), Incluimos a los niños?: por un enfoque coherente de la pobreza y la exclusión social de la infancia en Europa, Brussels: EURONET Sarmento, M. J. (2003), “O que cabe na mão…” Proposições para uma política integrada da infância. David Rodrigues (org.) Perspectivas sobre a inclusão, da Educação à Sociedade. Porto: Porto Editora: 73-85. Organização do processo de ensino-aprendizagem A disciplina desenvolver-se-á a partir de uma exposição inicial, apoiada num texto de referência apresentado para cada um dos tópicos e noutros materiais didácticos, com debate sobre os temas propostos para análise. Avaliação A avaliação consta de um trabalho de aplicação acerca de um tópico do programa, que poderá assumir quer de intervenção, quer de investigação. O debate dos comentários na aula servirá como factor de ponderação final.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇO E INSTITUIÇÕES DE APOIO À CRIANÇA ÁREA CIENTÍFICA: CEC UC: SEMESTRAL; OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente Horas de avaliação Total

Listagem de RA Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios Estudo Trabº

grupo Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Adquirir novas perspectivas teóricas que valorizem a infância como objecto de estudo a partir o seu campo de referência

2 4 2 15 5 1 29

2. Adquirir e aplicar conceitos teóricos que valorizem as crianças como sujeitos activos de direitos.

2 4 3 15 5 1 30

3. Adquirir competências para a análise social da infância e as condições sociais de inserção das crianças no mundo contemporâneo.

2 4 3 10 5 1 25

4. Conceber estratégias, de intervenção e gestão de projectos de intervenção com crianças e jovens que considerem a criança como sujeitos activos de direitos.

3 6 3 10 5 1 28

5. Intervir na organização de instituições de atendimento social e educativo de crianças, a partir de um paradigma que privilegie o seu estatuto enquanto sujeitos activos de direitos.

3 6 3 10 5 1 28

Total 12 24 14 60 25 5 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboratorial; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

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Unidade Curricular Envolvimento Parental e Comunitário na Escola Básica Apresentação e Objectivos As novas e diversificadas realidades sociais, e, nestas, os actuais sentidos atribuídos à educação, obrigam a equacionar a problemática das relações entre a Escola e a Comunidade, particularmente com os pais, de uma forma clara e interventiva. O sistema educativo consagra a relação da escola com os pais e tenta institui-la através de dispositivos legais, no entanto, as práticas de envolvimento parental e comunitário continuam a ser restritas e constrangidas por inúmeras resistências de diferentes quadrantes. Assim, esta unidade curricular tem como principais objectivos: - Equacionar as problemáticas associadas ao exercício da participação comunitária na prática educativa. - Aprofundar as vertentes pedagógicas do envolvimento parental e comunitário. Resultados esperados de Aprendizagem Espera-se que no fim da realização da unidade curricular Envolvimento Parental e Comunitário na Educação Básica, os estudantes sejam capazes de: RA 1. Reconhecer a importância educativa do envolvimento parental e comunitário RA 2. Problematizar a interacção dos diferentes agentes educativos e as dinâmicas legalmente instituídas RA 3. Construir diversificadas estratégias de envolvimento parental e comunitário RA 4. Reflectir sobre as práticas profissionais na vertente do envolvimento parental e comunitário Tópicos Programáticos 1.Das concepções às práticas: As funções educativas esperadas das famílias e das escolas - perspectivas históricas, sociais e pedagógicas. As concepções actuais sobre educação - a diversidade; a colaboração educativa; a participação como um acto de cidadania. Representações e práticas das crianças na relação escola-famílias. 2.Práticas de Envolvimento Parental e Comunitário: Finalidades das parcerias educativas. Estratégias promotoras de envolvimento parental e comunitário. 3. A organização da escola e o envolvimento parental e comunitário: Dispositivos legais. O Director de Turma. O associativismo parental. 4. Projecto Educativo: O Projecto Educativo como espaço de participação dos diferentes actores sociais (professores, pais, alunos, parceiros da comunidade). Bibliografia básica Canário, R. (Org.) (2004). Inovação e Projecto Educativo de escola. Lisboa: EDUCA Ferreira, F. I. (2005). O local em educação. Animação, gestão e parceria. Colecção Textos de Educação. Lisboa. Fundação Calouste Gulbenkian. Sá, Virgínio (2004). A participação dos pais na escola pública portuguesa – uma abordagem sociológica e organizacional. Braga: IEP – UM. Sarmento, T. (2005). (Re)pensar a interacção escola-família. Revista Portuguesa de Educação, 18, 53-75. Silva, P. (2003). Escola-família, uma relação armadilhada – Interculturalidade e relações de poder. Porto: Edições Afrontamento. Silva, P. (2006). Revista Interacções, nº2. http://www.eses.pt/interaccoes Organização do Processo de Ensino/Aprendizagem A UC desenvolve-se com o recurso ao trabalho de pesquisa e análise teórica, bem como com o contacto e análise de experiências e de projectos de envolvimento parental e comunitário. Avaliação A avaliação baseia-se na participação activa nas aulas, com produção de trabalhos de pesquisa apresentados e discutidos em turma.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: ENVOLVIMENTO PARENTAL E COMUNITÁRIO NA ESCOLA BÁSICA ÁREA CIENTÍFICA: CEC UC: SEMESTRAL; OPCIONAL Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente

Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total Listagem de RA Colectivas

Laboratoriais

T. de Campo

Seminário

Tutorias

Estágios Estudo

Trab. Grupo

Trab. Proj.

T TP PL TC S OT E

1. Reconhecer a importância educativa do envolvimento parental e comunitário na escola básica.

10 1 10 8 0,5 29,5

2. Problematizar a interacção dos diferentes agentes educativos e as dinâmicas legalmente instituídas.

11 1 6 8 0,5 26,5

3. Utilizar estratégias diversificadas de envolvimento parental e comunitário.

12 2 10 8 20 2 54

4. Reflectir sobre as práticas profissionais na vertente do envolvimento parental e comunitário.

12 1 6 9 2 30

TOTAL 45 5 32 33 20 5 140

Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboral; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

Unidade Curricular: História das Ideias Pedagógicas

1. Apresentação e objectivos da unidade curricular Esta unidade curricular, a ser leccionada no 3º semestre do ciclo de estudos conducentes ao

grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico, visa mais explorar a construção, reconstrução, transmissão e recepção das ideias pedagógicas, enquanto património comum da tradição educativa ocidental, nos diversos contextos sócio-históricos em que surgiram, do que centrar-se na procura das origens e das influências do ideário pedagógico dos grandes educadores, especialmente da modernidade e da contemporaneidade. Neste sentido, será dado um enfoque particular aos discursos pedagógicos e educativos, e às práticas deles decorrentes, que mais visivelmente mediatizem a “substância” ideo-sociocultural e simbólica das ideias quer pedagógicas, quer educativas. Para isso, conta com um quadro teórico-metodológico de referência, confinado às seguintes perspectivas ou contributos: a perspectiva clássica da história das ideias (Arthur Lovejoy, Isaiah Berlin, Franklin Baumer, entre outros), a perspectiva hermenêutica (Paul Ricoeur, Umberto Eco, Gilbert Durand, entre outros), a perspectiva da “nova” história cultural e intelectual (Roger Chartier, Dominick LaCapra, Hayden White, Peter Burke, entre outros), e o contributo de autores da história e da filosofia da educação, tais como António Nóvoa, Daniel Hameline, Olivier Reboul, Jean Houssaye e Nanine Charbonnel.

Desta breve apresentação, decorrem os seguintes objectivos: - Explicar a importância da História das Ideias Pedagógicas no seio da História da

Educação; - Expor de modo rigoroso a linguagem da História das Ideias Pedagógicas; - Apresentar um conjunto representativo de ideias pedagógicas da tradição educativa

ocidental; - Fornecer uma metodologia hermenêutica que se revele capaz de mapear, dos pontos de

vista histórico-educativo e hermenêutico, as grandes ideias pedagógicas da modernidade e da contemporaneidade.

2. Resultados de aprendizagem

No final da frequência desta unidade curricular, o /a aluno/a deverá ser capaz de: - Perceber a importância da História das Ideias Pedagógicas no seio da História da

Educação; - Dominar conceptualmente a linguagem da História das Ideias Pedagógicas: pedagogia,

correntes pedagógicas, teorias da educação, ideia pedagógica, ideia educativa, metáfora, alegoria, imaginário educacional; - Identificar os vários tipos de ideias pedagógicas na tradição educativa ocidental,

particularmente na modernidade e contemporaneidade; - Elaborar um mapa das ideias pedagógicas, com especial incidência na modernidade e na

contemporaneidade, de modo a compreender as formas e as orientações histórico-educativas e hermenêuticas que essas mesmas ideias revestem.

3. Tópicos programáticos A “história” da História das Ideias Pedagógicas. O vocabulário da História das Ideias

Pedagógicas: pedagogia, correntes pedagógicas, teorias da educação, ideia pedagógica, ideia educativa, metáfora, alegoria, imaginário educacional. O estudo de algumas ideias educativas na tradição educativa ocidental: a ideia de “formação”, a ideia de infância, a ideia de perfectibilidade, a ideia de progresso, a ideia de educabilidade. O imaginário educacional e a História das Ideias Pedagógicas.

4. Bibliografia Básica ARAÚJO, Alberto Filipe (2001). Da História das Ideias Pedagógicas à Mitanálise das Ideias Educativas. Revista Portuguesa de Educação, 14 (2), 207-225. BERNARD, Michel (1988). Critique des Fondements de l’Éducation ou Généalogie du Pouvoir et/ou de L’Impouvoir d’un Discours. Paris: Chiron. CHARBONNEL, Nanine (1988). Pour une critique de la raison éducative. Berne : Peter Lang.

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GAUTHIER, Clermont; Tardif, Maurice (1996). La Pédagogie. Théories et pratiques de l’Antiquité à nos jours. Montreal: Gaëtan morin éditeur ; HAMELINE, Daniel (1986). L’Éducation, ses Images et son Propos. Paris: ESF; HAMELINE, Daniel (2000). Courants et Contre-Courants dans la Pédagogie Contemporaine. Issy-les-Moulineaux: ESF; HOUSSAYE, Jean (Coord.) (1999). Questions pédagogiques. Encyclopédie historique. Paris: Hachette. JOLIBERT, Bernard (1987). Raison et Éducation. L’Idée de Raison dans l’Histoire de la Pensée Éducative. Paris: Klincksieck. LORENZO, Manuel Ferraz (Ed.) (2005). Repensar la historia de la educación. Nuevos desafios, nuevas propuestas. Madrid: Biblioteca Nueva; REBOUL, Olivier (1984). Le langage de l’éducation. Paris: PUF; ULMANN, Jacques (1982). La Pensée Éducative Contemporaine. Paris: J. Vrin.

5. Organização do processo de ensino/aprendizagem

Nesta unidade curricular o processo de ensino-aprendizagem possui 140 horas no total, organizadas do seguinte modo:

- Horas de contacto com o docente: 45 horas, assim distribuídas: 30 horas T, 10 horas TP, 5 horas OT e 4 horas de Avaliação;

- Horas de trabalho independente: 95 horas, assim distribuídas: 39 horas para o Estudo dos alunos e 52 horas para o Trabalho de grupo. 6. Avaliação

A avaliação desta unidade curricular realizar-se-á do seguinte modo: pela apresentação de Trabalhos de Grupo, ao longo do semestre, e pela realização dum Exame Escrito no final do período lectivo, tendo o primeiro elemento avaliativo o valor de 30% e o segundo de 70% no resultado da nota final.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico UNIDADE CURRICULAR: HISTÓRIA DAS IDEIAS PEDAGÓGICAS ÁREA CIENTÍFICA: PE UC – SEMESTRAL, OBRIGATÓRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laboratoriais T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

Perceber a importância da História das Ideias Pedagógicas no seio da História da Educação

6 1 1 3 2 1 14

Dominar conceptualmente a linguagem da História das Ideias Pedagógicas: pedagogia, correntes pedagógicas, teorias da educação, ideia pedagógica, ideia educativa, metáfora, alegoria, imaginário educacional,

8 3 1 12 12 1 37

Identificar os vários tipos de ideias pedagógicas na tradição educativa ocidental, particularmente na modernidade e contemporaneidade

8 3 1 12 20 1 45

Elaborar um mapa das ideias pedagógicas, com especial incidência na modernidade e contemporaneidade, de modo a compreender as formas e as orientações histórico-educativas e hermenêuticas que essas mesmas ideias revestem

8 3 2 12 18 1 44

TOTAL

30 10 5 39 52 4 140

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Prática de Ensino Supervisionada - Estágio Profissional Apresentação e Objectivos Assumindo a forma de Estágio Profissional, a Prática de Ensino Supervisionada tem uma função estruturante na formação profissional dos professores. É através dela que os estudantes/estagiários estabelecem a aproximação aos contextos, às situações e aos intervenientes concretos da acção educativa, nomeadamente, as escolas, os alunos, os professores, as famílias e os serviços e instituições locais. Nessa medida, os processos de acompanhamento, orientação, supervisão e avaliação da prática dos estudantes/futuros professores merecem uma atenção especial. De facto, os projectos e actividades que os estudantes/estagiários desenvolvem em contexto real de trabalho, em termos de observação, intervenção, colaboração, investigação e reflexão, confrontam-nos com a vida quotidiana das escolas – com os seus modos de organização e funcionamento, com os métodos e estilos de trabalho dos professores, com as relações e interacções entre os diversos participantes – e exerce, por isso, grande influência nas suas concepções sobre o que é a escola e a profissão, sobre o que é ensinar e aprender em contextos reais, sobre a relação das crianças e dos jovens com o saber, sobre o papel destes enquanto alunos e cidadãos numa escola e numa sociedade democráticas. É nesta perspectiva que se estrutura o Estágio Profissional do Ciclo de estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino da Educação Musical no Ensino Básico, com os seguintes objectivos: - Promover a compreensão crítica dos contextos da prática de ensino, no quadro de uma visão transformadora da acção pedagógica. - Favorecer a aquisição e mobilização de conhecimentos científicos e de competências de acção, reflexão e investigação, numa perspectiva disciplinar, nas dimensões pedagógica, curricular, didáctica, organizacional, psicológica, sócio-educativa e ético-deontológica, em contextos e situações reais de trabalho. - Criar condições para a concretização de projectos de intervenção pedagógica, ao nível da concepção, desenvolvimento e avaliação, adequados às especificidades dos contextos da prática profissional e tendo por referência os currículos nacionais e os interesses e necessidades de formação na área da educação musical. - Assegurar o acompanhamento, orientação e supervisão do estágio profissional, nos contextos reais da prática e em seminários e tutórias, com o envolvimento dos estudantes/estagiários, dos supervisores institucionais do IEC e dos orientadores cooperantes. A concretização destes objectivos supõe o reforço das redes de colaboração entre a Universidade e as escolas de acolhimento, nomeadamente para a concepção, desenvolvimento e avaliação de projectos de intervenção pedagógica e para a realização de outras actividades tendentes à integração, compreensão e transformação dos contextos da prática de ensino. Resultados Esperados de Aprendizagem RA1. Adquirir um conhecimento global e crítico da escola e centro educativo, nas suas diferentes dimensões organizacional, curricular, sócio-educativa e pedagógico-didáctica RA2. Concretizar, ao nível da concepção, desenvolvimento e avaliação, projectos de intervenção pedagógica, de carácter disciplinar em Educação Musical no Ensino Básico, adequados às especificidades dos contextos da prática profissional RA3. Mobilizar competências de acção, reflexão e investigação que sustentem uma prática profissional colaborativa, inovadora e eficaz, orientada por princípios ético-deontológicos RA4. Organizar um portefólio reflexivo da prática profissional RA5. Elaborar o Relatório de Estágio resultante do processo de investigação e mobilização de saberes que contribuem para o desenvolvimento profissional contínuo no ensino da Educação Musical no Ensino Básico

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Organização e Desenvolvimento do Estágio Estrutura Curricular A Prática de Ensino Supervisionada desenvolve-se durante o 2º ano do Curso e organiza-se em três eixos de formação interrelacionados: a) análise do contexto de intervenção pedagógica, b) competências na área de docência e c) intervenção pedagógica. a) Análise do contexto de intervenção pedagógica Esta parte está subdividida em dois módulos que no seu conjunto visam: Desenvolvimento de competências de compreensão crítica do contexto em que se realiza a intervenção pedagógica e da dimensão investigativa do ensino, no sentido de promover uma acção pedagógica consciente, deliberada e sensível à complexidade do acto educativo. b) Competências na área de docência Desenvolvimento de competências do âmbito da área específica de docência, por referência aos currículos nacionais e aos interesses e necessidades de formação na área artística. c) Intervenção pedagógica Desenvolvimento de competências de acção e reflexão no contexto da Educação Musical no Ensino Básico, nomeadamente pela concepção, desenvolvimento e avaliação de projectos de intervenção pedagógica supervisionada no Ensino Básico. A Prática de Ensino Supervisionada perfaz 50 unidades de crédito, distribuídas em 4 unidades curriculares, as quais incorporam os três eixos de formação acima referidos e devem ser desenvolvidas de modo integrado. O desenvolvimento das unidades curriculares, que funcionam como módulos de toda a Prática de Ensino Supervisionada, prevê a sua ligação à realidade escolar, através de actividades de indagação/investigação e, sobretudo, através da sua relação estreita com a concepção e concretização de projectos de intervenção pedagógica supervisionada no âmbito da Educação Musical no Ensino Básico, realizados nas escolas de acolhimento dos estudantes. Segue-se o esquema geral de organização das unidades, onde se indica a sua relação com os eixos de formação, as suas áreas temáticas, as áreas científicas que intervêm e os créditos atribuídos e os Departamentos responsáveis pelo seu funcionamento. 2º ano – 3º semestre

EIXO DE FORMAÇÃO ÁREAS TEMÁTICAS/ ÁREA CIÊNTIFICA DEPARTAMENTO

(ECTS) UC/Módulo 1

Análise do Contexto de Intervenção Pedagógica

Investigação Educacional em Contexto- CEC 5 ECTS DCEC

UC/Módulo 2 Competências na Área da

Docência

Supervisão da Prática de Ensino da Educação Musical no Ensino Básico – EM

EB1, EB2, EB3

15 ECTS DEAEF

2º ano – 4º semestre

EIXO DE FORMAÇÃO ÁREAS TEMÁTICAS/ ÁREA CIÊNTIFICA DEPARTAMENTO (ECTS)

UC/Módulo 3 Competências na Área de

Docência

Seminário de Educação Musical no Ensino Básico - EM

EB1, EB2, EB3

5 ECTS DEAEF - 5 ECTS

UC/Módulo 4 Intervenção Pedagógica

Intervenção Pedagógica na Educação Musical no Ensino Básico - EM

EB1, EB2, EB3

25 ECTS DEAEF - 25 ECTS

Metodologias de formação No desenvolvimento da unidade curricular, as horas de contacto integram as modalidades de Estágio, Seminário, Trabalho de Campo, Trabalho de Grupo, Trabalho de Projecto e Tutorias, nas quais serão desenvolvidas actividades de natureza diversificada, conducentes ao desenvolvimento de competências profissionais (conhecimentos, capacidades, atitudes e valores), relativas aos eixos e dimensões da formação atrás definidos. Essas actividades articulam finalidades formativas e investigativas, apoiando, directa ou indirectamente, a concepção, desenvolvimento e avaliação de um projecto de intervenção supervisionada em

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sala de aula, objecto do relatório final de estágio. Esse projecto é desenhado no âmbito dos módulos1 e 2 (3º semestre, nas componentes de Investigação Educacional e Supervisão da Prática de Ensino da Educação Musical no Ensino Básico), com o objectivo de melhor organizar a intervenção pedagógica desenvolvida pelos alunos. O trabalho realizado nas unidades curriculares é organizado num portefólio de estágio, construído ao longo do ano, o qual representa um instrumento de documentação e da reflexão sobre a experiência de formação, devendo apoiar a produção do relatório final de estágio. Embora integrando diversas valências, o Estágio Profissional privilegia o contacto com a escola, a prática educativa e a comunidade, valorizando a preparação de profissionais reflexivos e interventivos. Avaliação das aprendizagens dos alunos No âmbito de cada unidade curricular, os docentes produzem uma avaliação qualitativa e quantitativa do trabalho desenvolvido, fundamentada em critérios de qualidade, definidos em função dos resultados de aprendizagem esperados. A avaliação centra-se prioritariamente na qualidade do desempenho profissional dos alunos no âmbito de um projecto de intervenção pedagógica supervisionada e integra informação do(s) supervisor(es) cooperante(s) e do coordenador do departamento curricular correspondente/estabelecimento de ensino ou o coordenador do conselho de docentes. O relatório de estágio centra-se na concepção, desenvolvimento e avaliação do projecto de intervenção pedagógica supervisionada e integra os elementos de todos os módulos que forem considerados relevantes à concretização desse projecto. É objecto de defesa pública e aprovação de um júri, sendo classificado mediante a aplicação de critérios de qualidade definidos por referência aos resultados esperados de aprendizagem do Estágio Profissional. A extensão máxima do corpo do relatório é de 50 páginas. As componentes de avaliação da unidade curricular de Prática de Ensino Supervisionada/ Estágio Profissional serão afectadas pelos seguintes coeficientes de ponderação: a. Desempenho dos estudantes na Prática de Ensino Supervisionada/Estágio Profissional– 0.50; Relatório de Estágio e respectiva defesa pública – 0.50. Componentes do relatório (macro-estrutura) 1. Introdução (âmbito, finalidades e justificação do projecto de intervenção) 2. Enquadramento conceptual, estratégico e axiológico (apresentação e justificação de

opções, instrumentos e procedimentos) 3. Contexto de intervenção (caracterização das variáveis relevantes) 4. Desenvolvimento da intervenção (descrição e documentação) 5. Avaliação da intervenção (análise/interpretação, à luz do enquadramento acima referido) 6. Conclusões, limitações e recomendações 7. Referências bibliográficas 8. Anexos

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Prática de Ensino Supervisionada / Estágio Profissional Unidade Curricular 1: Investigação Educacional Apresentação e Objectivos A unidade Investigação Educacional tem por finalidade dar a conhecer e discutir alguns dos métodos e das técnicas utilizados na investigação em educação de modo a dotar os mestrandos de conhecimentos adequados à utilização desses instrumentos. Assim, serão apresentadas ferramentas metodológicas que lhes permitam desenvolver atitudes de pesquisa, ética e cientificamente rigorosas, e desenhar e executar, com autonomia, investigação na área de especialização. De acordo com o espírito de Bolonha, e além da base teórica, que sempre caracteriza as formações pós-graduadas, este módulo dá ênfase à componente de análise de casos práticos. Tem como objectivos: 1. Introduzir a problemática da investigação em educação quer na sua dimensão epistemológica, quer nos aspectos metodológicos e técnicos. 2. Promover a aquisição de instrumentos teóricos e metodológicos necessários ao desenvolvimento de projectos de investigação na área de especialização. 3. Analisar os elementos principais do desenho metodológico de uma investigação. 4. Conhecer operações e ferramentas informáticas para tratamento qualitativo e quantitativo de dados. 5. Familiarizar os mestrandos com o trabalho de investigação como base de reflexão e motivação para a sua própria dissertação. 6. Desenvolver conhecimentos e competências necessárias à realização do Relatório Final Resultados de Aprendizagem No termo deste módulo, os mestrandos devem ser capazes de: RA1. Explicar princípios e paradigmas subjacentes a uma investigação na área de especialização. RA2. Distinguir, de modo aprofundado, algumas metodologias de investigação em educação. RA3. Definir o problema e a questão de investigação de acordo com diferentes temáticas e desenhos de investigação. RA4. Seleccionar e discutir instrumentos de recolha e técnicas de análise de dados adequados com diferentes desenhos metodológicos RA5. Formalizar, discutir e avaliar trabalhos de investigação na área de especialização. Tópicos Programáticos - Questões gerais sobre investigação em educação - Dimensões epistemológica, teórica e técnica da investigação - Pressupostos teóricos e metodológicos da investigação educacional: os paradigmas - Estudos qualitativos e quantitativos: estudo de caso, histórias de vida, grounded theory, investigação-acção, fenomenologia, estudos experimentais e quasi-experimentais, survey e outros - Quadro teórico da investigação - Revisão bibliográfica e critérios de referenciação bibliográfica - Formulação do problema e da questão de investigação - Amostra: características e selecção - Técnicas e instrumentos de recolha de dados de acordo com diferentes paradigmas e desenhos metodológicos - Análise de dados qualitativos e quantitativos: articulação dos dados com os quadros teóricos de referência; problemas; estratégias e recursos informáticos de apoio - Apresentação dos resultados: o relatório convencional e estratégias alternativas de representação da informação - Simultaneidade das funções de professor e de investigador - Responsabilidade social e ética do investigador/professor

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Bibliografia Bogdan, R. & Biklen, S. (1994). Investigação qualitativa em educação - uma introdução à teoria

e aos métodos. Porto: Porto Editora. Carmo, Hermano e Ferreira, M.(1998). Metodologia da Investigação. Lisboa: Universidade

Aberta Cohen, L. & Manion, L. (1990). Métodos de Investigation Educativa. Madrid: La Muralla Graue M. E. & Walsh, D. J. (1998). Studying children in context - theories, methods and ethics.

Thousand Oaks, CA: Sage. Tuckman, B. (1994/2000). Manual de investigação em educação. Lisboa: Fundação Calouste

Gulbenkian. Nota: a bibliografia específica irá sendo apontada ao longo do semeste. Organização do Processo de Ensino-Aprendizagem O módulo será organizado em torno de: 1. Seminários, alguns dos quais apoiados por investigadores convidados para apresentação e discussão de casos concretos que ilustrem diferentes desenhos metodológicos 2. Trabalhos de pesquisa individual e em grupo a serem apresentados e discutidos presencialmente e online Pretende-se que os mestrandos tenham um papel interveniente, activo e crítico e que desenvolvam a sua autonomia para a investigação, particularmente quanto à formalização de projectos de investigação. Avaliação A avaliação inclui três elementos com diferentes ponderações: - Elaboração, individualmente, de um projecto de investigação na área de especialização, previamente discutido e ponderado com os docentes dessa mesma área. O tema será proposto pelo aluno e pode estar relacionado com outras unidades curriculares do curso. - análise crítica, individualmente ou em grupo, da componente metodológica de uma investigação na área de especialização e apresentação à turma desse trabalho - participação, individual e em grupo, no trabalho presencial e online No início da leccionação do módulo, será negociada com os alunos, sob proposta do professor, a percentagem atribuída a cada um dos elementos de avaliação

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA UNIDADE CURRICULAR 1: INVESTIGAÇÃO EDUCACIONAL ÁREA CIENTÍFICA: CEC UC: SEMESTRAL; OBRIGATÓRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente

Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total Listagem de RA Colectivas

Laboratoriais

T. de Campo

Seminário

Tutorias

Estágios Estudo

Trab. Grupo

Trab. Proj.

T TP PL TC S OT E

1. Explicar princípios e paradigmas subjacentes a um projecto de investigação 6 9 3 1 26

2. Distinguir, de modo aprofundado, algumas metodologias de investigação em educação

12 18 3 1 45

3. Definir o problema e a questão de investigação de acordo com diferentes temáticas e desenhos de investigação

9 12 3 1 40

4. Seleccionar e discutir instrumentos de recolha e técnicas de análise de dados adequados a diferentes desenhos metodológicos

9 12 6 1 40

5. Formalizar, discutir e avaliar trabalhos de investigação na área de especialização 9 24 1 45

TOTAL 45 51 15 24 5 140 Legenda: T – Ensino teórico; TP – Ensino teórico-prático; PL – Ensino prático e laboral; TC – Trabalho de campo; S – Seminário; E – Estágio; OT – Orientação tutória.

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Prática de Ensino Supervisionada / Estágio Profissional Unidade Curricular 2: Supervisão da Prática de Ensino da Educação Musical no Ensino Básico 1. Apresentação e objectivos Esta unidade tem como objectivo central promover a compreensão crítica do contexto de intervenção pedagógica dos alunos estagiários, e as competências de intervenção nos contextos da docência Tal como as restantes unidades, visa incentivar uma cultura investigativa e colaborativa na formação profissional e promover a integração das dimensões cultural, social e ética na formação profissional. Na perspectiva da análise didáctica, elege-se a observação directa e indirecta de práticas de ensino e aprendizagem em sala de aula, com a colaboração dos orientadores cooperantes, sobretudo no sentido de indagar e problematizar concepções e práticas da Educação Musical no Ensino Básico. É no âmbito desta componente da formação, e em estrita articulação com a unidade de Investigação Educacional, que será desenhado um projecto de intervenção supervisionada a ser implementado na prática com a colaboração dos orientadores cooperantes,. Valoriza-se a fundamentação teórica das opções pedagógicas e a capacidade de teorização da experiência. 2. Resultados de aprendizagem RA1. Problematizar teorias e práticas da Educação Musical no Ensino Básico, com base em estratégias de observação (in)directa sustentadas em saberes didácticos e investigativos RA2. Conceber um projecto de intervenção pedagógica, tendo em conta as variáveis situacionais relevantes e as orientações actuais da Educação Musical no Ensino Básico, quer do ponto de vista de conteúdos, quer do ponto de vista de metodologias de ensino. RA3. Elaborar planos de intervenção didáctica, articulados e discutidos com os professores cooperantes. RA4. Analisar criticamente a adequação dos projectos e das práticas pedagógicas, bem como dos modos relacionais em contexto escolar e no âmbito da aprendizagem musical. 3. Tópicos programáticos 1. Planificação, desenvolvimento e avaliação de processos de ensino e aprendizagem da Educação Musical no Ensino Básico. Elaboração dos planos de intervenção (unidades temáticas) com referência às correntes pedagógicas e metodologias de ensino estudadas ao longo do curso de mestrado, e em conformidade com os programas nacionais, os projectos educativos e as condições materiais disponíveis nas escolas. 2. A observação da aula de Educação Musical no Ensino Básico como estratégia de formação e de investigação numa perspectiva reflexiva. 3. Concepção de projectos de intervenção pedagógica para a Educação Musical no Ensino Básico, a partir da observação das práticas, e em permanente espírito de adaptação às realidades e necessidades do contexto educativo, relacional e de motivação para a aprendizagem. 4. Organização do processo de ensino e aprendizagem Este módulo irá desenvolver-se em Seminários e Estágio. Será privilegiada uma metodologia de natureza reflexiva e experiencial, promotora da integração teoria-prática e de processos de aprendizagem participada e crítica, nomeadamente através da observação directa e indirecta de processos de ensino e aprendizagem, análise documental, análise de recursos tecnológicos, análise e concepção de projectos, construção de materiais de apoio a projectos e regulação de processos de formação. O trabalho desenvolvido será organizado num portefólio de estágio, que inclui também o trabalho realizado nas restantes unidades curriculares envolvidas na Prática de Ensino Supervisionada. 5. Avaliação das aprendizagens dos alunos A avaliação, de natureza contínua e formativa far-se-á por referência a critérios ponderados entre os docentes responsáveis, os orientadores cooperantes e os alunos estagiários, tendo por base a natureza do trabalho desenvolvido (integrado no portefólio de estágio) e os resultados de aprendizagem esperados. Valorizar-se-á: a) o conhecimento disciplinar, pedagógico e investigativo; b) a acção pedagógica (planificação, implementação, avaliação); c) atitudes e valores face à formação. Proceder-se-á também à avaliação da qualidade da formação através de questionários de opinião e da análise de registos reflexivos efectuados pelos alunos.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA UNIDADE CURRICULAR 2: SUPERVISÃO DA PRÁTICA DE ENSINO DA EDUCAÇÃO MUSICAL NO ENSINO BÁSICO ÁREA CIENTÍFICA: EM UC: SEMESTRAL; OBRIGATÓRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 15 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliaçã

o

Total

Listagem de RA

(entre 4 e 6)

Colectivas Laboratoriais

T. de campo

Seminário Tutórias Estágio

s

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T TP PL TC S OT E

1. Problematizar teorias e práticas da Educação Musical no Ensino Básico, com base em estratégias de observação (in)directa sustentadas em saberes didácticos e investigativos

17 20 20 40 2 99

2. Conceber um projecto de intervenção pedagógica, tendo em conta as variáveis situacionais relevantes e as orientações actuais da Educação Musical no Ensino Básico.

18 20 20 40 2 100

3. Elaborar planos de intervenção psicopedagógica, articulados com as famílias, os grupos de pares e outros agentes relevantes, com vista à resolução de problemas e dificuldades previamente identificados.

17 20 20 40 3 100

4. Analisar criticamente a adequação do desenvolvimento de práticas pedagógicas e modos relacionais em contexto escolar

18 20 20 20 40 3 121

TOTAL 70 20

80

80 160

10 420

66 66

Prática de Ensino Supervisionada / Estágio Profissional Unidade Curricular 3: Seminário de Educação Musical no Ensino Básico 1. Apresentação e Objectivos Este seminário tem por objectivo principal a consolidação e desenvolvimento de competências para a Educação Musical no Ensino Básico, e tem como ponto de partida as experiências de ensino/aprendizagem concretas dos alunos estagiários, bem como a sua focalização na elaboração dos projectos de intervenção pedagógica nos ciclos de ensino onde o estágio é implementado. Nesse sentido, visa a reflexão sobre grandes temáticas da Educação Musical, bem como sobre modos de abordagem psico-pedagógica de conteúdos específicos, disciplinares, didácticos, relacionais e curriculares. 2. Resultados de aprendizagem específicos RA1. Compreender as várias competências a desenvolver no ensino/aprendizagem da Educação Musical no Ensino Básico. RA2. Explorar as possibilidades das várias metodologias de ensino da música e dos vários instrumentos musicais e agrupamentos instrumentais e vocais que podem ser utilizados nesta disciplina. RA3. Conceber projectos de intervenção pedagógica, tendo em conta as variáveis situacionais relevantes e as orientações programáticas para a Educação Musical em cada ciclo de ensino. RA4. Reflectir sobre as grandes temáticas da educação musical (conteúdos, ensino, didácticas específicas, práticas individuais e colectivas, aspectos curriculares e de política educativa). 3. Tópicos Programáticos 1. Processos de trabalho na Educação Musical no Ensino Básico. Bases para a elaboração do trabalho de projecto. 2. Relação entre as metodologias de ensino da Educação Musical e os contextos didácticos numa perspectiva de avaliação e reflexão crítica sobre as práticas. 2. O desenvolvimento cultural e artístico das comunidades; património cultural local e escola. 3. Património imaterial, educação musical e políticas educativas para o ensino artístico e ensino da música. 4. Organização do processo de ensino/aprendizagem Este módulo será desenvolvido em seminários e trabalho de campo. Será estimulada a autonomia na aprendizagem e a elaboração de um portefólio a ser utilizado na intervenção pedagógica. 5. Avaliação A avaliação será formativa e contínua e os critérios e pesos dos vários materiais elaborados serão ponderados entre os docentes responsáveis pelo módulo e os alunos estagiários, tendo em conta os resultados de aprendizagem esperados.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA UNIDADE CURRICULAR 3: SEMINÁRIO DE EDUCAÇÃO MUSICAL NO ENSINO BÁSICO ÁREA CIENTÍFICA: EM UC: SEMESTRAL; OBRIGATÓRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 5 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho

independente

Horas de

avaliação Total

Listagem de RA (entre 4 e 6)

Colectivas Laborato-

riais T. de

campo Seminário Tutórias Estágios

Estudo Trabº grupo

Trabº projecto

T TP PL TC S OT E

1. Compreender as várias competências a desenvolver no ensino/aprendizagem da Educação Musical no Ensino Básico

5 1 12 12 1 31

2. Compreender as várias competências a desenvolver no ensino/aprendizagem da Educação Musical no Ensino Básico

5 1 12 12 2 32

3. Adequar as várias técnicas, instrumentos e metodologias a utilizar aos níveis etários e aos contextos educativos

5 1 13 13 1 33

4. Aplicar adequadamente as técnicas, os instrumentos e as metodologias escolhidos em função do projecto a desenvolver

10 5 2 13 13 1 44

TOTAL 10 20 5 50 50 5 140

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Prática de Ensino Supervisionada / Estágio Profissional Unidade Curricular 4: Intervenção Pedagógica na Educação Musical no Ensino Básico 1 Apresentação e objectivos Este módulo tem como objectivo central promover competências de intervenção pedagógica dos alunos estagiários na Educação Musical no Ensino Básico, através do desenvolvimento e avaliação de um projecto de intervenção pedagógica supervisionada. Tal como os restantes módulos, visa também incentivar uma cultura investigativa e colaborativa na formação profissional e promover a integração das dimensões cultural, social e ética na formação profissional. No quadro de uma formação de orientação indagatória, valoriza-se a fundamentação teórica das opções pedagógicas e capacidade de teorização da experiência. 2 Resultados de aprendizagem 1. Mobilizar competências de ensino e de investigação no desenvolvimento e avaliação de um projecto de intervenção pedagógica em Educação Musical no Ensino Básico 2. Evidenciar uma compreensão crítica e actualizada da Educação Musical no Ensino Básico 3. Mobilizar competências de regulação crítica da acção pedagógica e do processo formativo 4. Revelar capacidades de reflexão, auto-direcção, colaboração e criatividade / inovação no processo de desenvolvimento pessoal e profissional 3. Tópicos programáticos A supervisão pedagógica como tarefa de regulação crítica na Educação Musical no Ensino Básico Abordagens actuais da Educação Musical no Ensino Básico Planificação, desenvolvimento e avaliação de processos de ensino e aprendizagem na Educação Musical no Ensino Básico Ensino reflexivo e investigação pedagógica na Educação Musical no Ensino Básico Métodos e técnicas de recolha e análise da informação na Educação Musical no Ensino Básico 4 Organização do processo de ensino e aprendizagem O módulo prevê o desenvolvimento e avaliação de um projecto de intervenção pedagógica desenhado no âmbito do módulo 1, com a supervisão do docente responsável e dos orientadores cooperantes, nas turmas desses orientadores. Privilegia-se uma metodologia de formação de natureza reflexiva e experiencial, com destaque para tarefas de pesquisa orientada no âmbito da temática do projecto, planificação, leccionação e avaliação de um conjunto de aulas associadas ao projecto, observação e análise das práticas de leccionação, recolha e análise de informação para avaliação do projecto, e registos reflexivos regulares sobre as actividades desenvolvidas. O trabalho efectuado será organizado num portefólio de estágio, que inclui também o trabalho realizado nos restantes módulos de formação. O projecto de intervenção constitui o objecto central do relatório final de estágio. 5 Avaliação A avaliação, de natureza contínua e formativa, far-se-á por referência a critérios negociados entre os docentes responsáveis pelo módulo, os orientadores cooperantes e os alunos estagiários, tendo por base a natureza do trabalho desenvolvido (integrado no portefólio de estágio) e os resultados de aprendizagem esperados. Nesta avaliação assume lugar central o desempenho profissional dos alunos estagiários no âmbito do projecto, em três dimensões principais: a) conhecimento disciplinar, pedagógico e investigativo, b) acção pedagógica (planificação, desenvolvimento e avaliação de processos de ensino aprendizagem) e investigativa (indagação e avaliação da prática pedagógica) e c) atitudes e valores face à formação pessoal e profissional. Da avaliação resultará um relatório de apreciação global do trabalho desenvolvido pelos alunos, o qual integra informação dos supervisores cooperantes e do coordenador do departamento curricular correspondente ou o coordenador do conselho de docentes. Proceder-se-á também à avaliação da qualidade da formação, através de questionários de opinião e da análise de registos reflexivos efectuados pelos alunos.

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CURSO: Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico PRÁTICA DE ENSINO SUPERVISIONADA / ESTÁGIO PROFISSIONAL UNIDADE CURRICULAR 4: INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA NA EDUCAÇÃO MUSICAL NO ENSINO BÁSICO ÁREA CIENTÍFICA: EM UC: SEMESTRAL; OBRIGATÓRIA Distribuição das horas creditadas ao aluno para obtenção de 25 créditos (ECTS)

Resultados de aprendizagem (RA) Horas de contacto com o docente Horas de trabalho independente

Horas de avaliação

Total

Listagem de RA

Colectivas Laboratoriais T. de campo

Seminário Tutórias Estágios

Estudo

Trabº grupo

Trabº

projecto T

TP

PL

TC

S

OT

E

1. Mobilizar competências de ensino e de investigação no desenvolvimento e avaliação de um projecto de intervenção pedagógica na Educação Musical no Ensino Básico

10 60 45 65 120 300

2. Evidenciar uma compreensão crítica e actualizada da Educação Musical no Ensino Básico

10 25 25 25 40 125

3. Mobilizar competências de regulação crítica da acção pedagógica e do processo formativo

15 20 35 35 70 175

4. Revelar capacidades de reflexão, auto-direcção, colaboração e criatividade/ inovação no processo de desenvolvimento pessoal e profissional

10 15 20 15 40 100

TOTAL

45 120 125 140 270 700

70 70

5.6. Mapa de afectação de docentes ao Ciclo de Estudos

Docente Grau Categoria Unidade curricular

Alberto Filipe Araújo Doutor Professor Catedrático História das Ideias Pedagógicas

Ana Maria Tomás de Almeida

Doutor Professora Associada

Desenvolvimento Pessoal e Interacção Social *

Camilo Cunha Doutor Professor Auxiliar c/ Agregação

Movimento e Dança na Educação Básica*

Carla Antunes Doutor Professora Auxiliar Voz e Dicção na Formação de Professores*

Elisa Lessa Doutor Professora Associada

Repertório Musical para a Infância *

Esmeraldina Veloso Doutor Professora Auxiliar Análise Sociológica da Educação *

Leonel Valbom Doutor Professor Auxiliar

Som e Música Digitais *

Luís Miranda Correia Doutor Professor

Catedrático Educação Especial no Ensino Básico

Luís Pipa Doutor Professor Auxiliar

Projectos Artísticos de Desenvolvimento Musical *

Manuel Jacinto Sarmento Pereira Doutor Professor

Associado Infância e sociedade*

Maria Altina Ramos Doutor Professora Auxiliar Prática de Ensino Supervisionada

Maria Helena Vieira Doutor Professora Auxiliar

Perspectivas Etnomusicológicas na Educação Musical * Fundamentos da Didáctica da Música Metodologias da Educação Musical Temas de Investigação em Educação Musical Princípios e Práticas do Ensino Instrumental em Grupo Prática de Ensino Supervisionada

Maria Luísa Alonso Doutor Professora Associada

Desenvolvimento Curricular e Metodologia do Ensino Básico

Maria Teresa Sarmento Pereira Doutor Professora

Auxiliar Envolvimento Parental e Comunitário na Escola Básica *

Natália Fernandes Doutor Professora Auxiliar

Organização dos Serviços e Instituições de Apoio à Criança*

Vítor Moura Doutor Professor Auxiliar

Educação Estética na Infância

* Unidades curriculares opcionais .

71 71

6. Recursos humanos e materiais

6.1. Recursos Humanos

Os recursos humanos que asseguram o normal funcionamento do curso são oriundos

dos seguintes departamentos: Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física (do

Instituto de Estudos da Criança), Departamento de Ciências da Educação da Criança (do

Instituto de Estudos da Criança), Departamento de Música (do Instituto de Letras e Ciências

Humanas), Departamento de Filosofia e Cultura (do Instituto de Letras e Ciências Humanas),

Departamento de Pedagogia (do Instituto de Educação e Psicologia), Departamento de

Sistemas de Informação (da Escola de Engenharia) e Departamento de Sociologia da

Educação e Administração Educacional (do Instituto de Educação e Psicologia).

O Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física e o Departamento de

Música da UM asseguram as unidades curriculares de Formação na Área da Docência (FAD) e

no âmbito das Didácticas Específicas (DID). O Departamento de Expressões Artísticas e

Educação Física assegura também duas unidades curriculares na área da Formação

Educacional Geral. Por sua vez, o Departamento de Ciências da Educação da Criança conta

com docentes da área das ciências básicas da educação, em sentido lato, bem como com um

grupo disciplinar de tecnologias da comunicação e informação, o que permite acompanhar as

mais recentes tecnologias digitais. Esta área é também complementada com o apoio de um

docente da Escola de Engenharia do Departamento de Sistemas de Informação numa unidade

curricular directamente relacionada com a música. O Mestrado é ainda apoiado com a

colaboração de docentes das áreas de Pedagogia (do Departamento de Pedagogia), de

Estética (do Departamento de Filosofia e Cultura) e de Sociologia da Educação (do

Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional).

Vão estar implicados na leccionação deste curso 16 docentes doutorados, conforme

consta no Mapa de afectação de docentes ao Ciclo de Estudos, distribuídos da seguinte

forma: 7 do Departamento de Ciências da Educação da Criança; 2 do Departamento de

Música; 3 do Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física; 1 do Departamento

de Sistemas de Informação (EE); 1 do Departamento de Pedagogia (IEP); 1 do Departamento

de Filosofia e Cultura (ILCH); 1 do Departamento de Sociologia da Educação e Administração

Educacional (IEP). O docente do Departamento de Sistemas e Informação é formado em

música e pós graduado em tecnologias e sistemas de informação e já lecciona a unidade

curricular em questão (Som e Música Digitais) no Mestrado em Arte e Tecnologia Digital, pelo

que vai assegurar essa cadeira opcional da Formação na Área da Docência (FAD).

O IEC conta igualmente com 13 funcionários não docentes, que asseguram as

actividades administrativas e de apoio do Instituto.

72 72

6.2. Recursos materiais (Centros de Investigação, Laboratórios, Oficinas e Centros

de Recursos)

O curso conta com os recursos materiais oferecidos pela UM aos seus alunos: os seus

campi, os seus complexos pedagógicos, os recursos de apoio social e cultural, as bibliotecas,

entre outros equipamentos existentes.

No edifício do Instituto de Estudos da Criança, no campus de Gualtar, em Braga, existem

espaços específicos para actividades lectivas destinadas exclusivamente à área da educação

musical e também à área das tecnologias.

a) Centros de investigação

No âmbito do IEC, o Centro de Investigação em Formação de Profissionais de Educação

da Criança (CIFPEC) tem uma natureza interdisciplinar, utilizando perspectivas pedagógicas,

organizacionais, curriculares e sócio-educativas para estudar as diversas vertentes da

actividade de profissionais de educação da criança. As linhas/áreas de investigação deste

Centro são: Ensino Superior, Formação e Desenvolvimento Profissional; Associações,

Municípios e Parcerias; Pedagogia da Infância; Educação Especial e Tecnologias de

Informação e Comunicação; Biologia e Saúde; Educação Ambiental; Educação Física, Lazer e

Recreação; Literatura Infantil e Educação para a Literacia; Matemática Elementar; e Mundos

Sociais da Infância. Neste Centro de investigação estão envolvidos 35 investigadores efectivos

que, simultaneamente, exercem a docência no âmbito dos cursos de graduação e pós-

graduação do Instituto de Estudos da Criança.

O Centro de Estudos da Criança, designado por CESC, caracteriza-se por uma estrutura

interdisciplinar e pela vertente construtivista que imprime ao estudo de problemáticas ligadas

ao desenvolvimento e educação da criança que se perspectivam a partir de duas linhas de

investigação onde estão presentes: a Educação Artística, a Psicologia, o Currículo e Formação

de Professores e as Didácticas da Língua Portuguesa e das Ciências da Natureza.

A linha de investigação de Estudos Artísticos, é a única da UM dentro desta área e é um

lugar onde se poderá inserir todo o tipo de investigação necessária ao crescimento dos

projectos individuais ou colectivos que os mestrandos venham a desenvolver. Neste momento,

estão em desenvolvimento alguns projectos individuais e colectivos da área da educação

musical: diversas teses de mestrado e doutoramento; um projecto sobre o ensino instrumental

na escola genérica; e o projecto Arteia, projecto integrado das artes visuais, educação musical

e movimento e drama.

b) Laboratório Multimédia para a Infância

O Laboratório Multimédia para a Infância é uma oficina tecnológica que tem como

principal finalidade a realização de actividades científico-pedagógicas no âmbito da formação

dos professores/educadores e de mestrandos dos cursos de pós-graduação internos e

externos.

73 73

O laboratório é também um espaço destinado a apoiar a realização de projectos de

investigação, privilegiando o desenvolvimento de uma cultura tecnológica que influencie, de

uma forma criativa e inovadora, as práticas de construção de aprendizagens.

c) Salas de Educação Musical

A sala de Educação Musical dispõe de uma área reservada à utilização de instrumental

Orff diversificado, de uma área destinada à prática colectiva e individual de piano em grupo e

de uma área para as aulas ou módulos teóricos. Estão disponíveis teclados electrónicos com

auscultadores, aparelhagem de som e um quadro musical pautado.

Existem ainda duas salas de apoio para arrecadação de instrumentos musicais,

materiais e trabalhos de alunos.

Junto às salas de apoio, encontra-se uma sala de estudo onde os alunos dispõem de

alguns instrumentos musicais para estudo individual ou em grupo, através de marcação, e

onde podem preparar trabalhos ou actividades no âmbito da Prática de Ensino Supervisionada.

6.3. Recursos bibliográficos

Desde a criação do IEC existiu um Departamento (único na UM, como já foi referido) de

Expressões Artísticas, o que criou a oportunidade de apetrechar a biblioteca, então sedeada no

Edifício dos Congregados, com um número muito considerável de livros de música,

musicologia, história e sociologia da música, teoria e harmonia musical, acústica, educação

musical, manuais escolares, revistas, livros de canções, partituras, biografias e monografias

sobre músicos e compositores de várias épocas e estilos, etc..

A partir de 2007, com a mudança de instalações do IEC para um novo edifício no

campus de Gualtar, todo o espólio dessa biblioteca foi integrado no acervo da Biblioteca Geral

da Universidade do Minho, continuando a servir nesta área os alunos que estão a fazer

formação graduada e pós-graduada.

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7. SAÍDAS PROFISSIONAIS DOS HABILITADOS COM O GRAU DE MESTRE

O curso habilita especificamente para a docência da Educação Musical no Ensino

Básico, de acordo com o quadro legal definido pelo Decreto-Lei nº 43/2007, de 22 de Fevereiro.

8. ENCARGOS

A abertura deste curso não envolve encargos adicionais para a Universidade do Minho.

Prevê-se, porém, a necessidade futura de apoio docente especializado na área das didácticas

específicas envolvidas na Prática de Ensino Supervisionada da Educação Musical (consoante

as necessidades originadas pelo número de alunos admitidos) para dar uma resposta de

qualidade ao carácter profissionalizante deste mestrado, segundo o espírito de Bolonha. Prevê-

se, ainda, para o seu bom funcionamento e para a manutenção e apuramento da sua

qualidade, um investimento continuado, mas moderado, em instrumentos musicais, material

informático, discográfico e bibliográfico.

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Anexos

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Anexo I

Minuta da Resolução do Senado Universitário

Sob proposta do Instituto de Estudos da Criança; Ouvido o Conselho Académico, nos termos da alínea g) do nº 2 do artigo 24º dos

Estatutos da Universidade do Minho; Ao abrigo do disposto no nº 1 do artigo 7º da Lei nº 108/88, de 24 de Setembro; no nº 1

do artigo 1º do Decreto-Lei nº 155/89, de 11 de Maio; no Decreto-Lei nº 42/2005, de 22 de Fevereiro; e no nº 2 do artigo 20º dos Estatutos da Universidade do Minho:

O Senado Universitário da Universidade do Minho, em sessão plenária de XX de XXXXX

de 2009, determina:

1º (Criação de curso)

É criado o Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico, de acordo com a presente resolução.

(Organização do curso) O Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no

Ensino Básico, adiante simplesmente designado por Ciclo de Estudos, organiza-se pelo sistema europeu de unidades de crédito (ECTS).

(Estrutura curricular) A estrutura curricular do Ciclo de Estudos consta em anexo à presente Resolução.

4º (Plano de estudos)

O plano de estudos do Ciclo de Estudos será fixado por despacho do Reitor, sob proposta do Conselho Académico, a publicar na II série do Diário da República.

(Habilitações de acesso) 1. Podem candidatar-se ao ingresso no Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico aqueles que satisfaçam, cumulativamente, as seguintes condições:

a) Sejam titulares de uma habilitação académica superior nos termos das alíneas a) a c) do nº 1 do artigo 17º do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, ou reúnam as condições a que se refere a alínea d) do nº 1 do mesmo artigo;

b) Tenham obtido, quer no quadro da habilitação académica a que se refere a alínea anterior, quer em outros ciclos de estudos do ensino superior, os seguintes créditos mínimos de formação na área de docência, fixados no anexo ao Dec. Lei nº 43/2007, de 22 de Fevereiro: 120 créditos em Prática Instrumental e Vocal, Formação Musical e em Ciências Musicais, e nenhuma com menos de 25 créditos.

2. Podem ainda candidatar-se a este Ciclo de Estudos aqueles que apenas tenham obtido 75% dos créditos fixados para esta especialidade. Neste caso, a inscrição nas unidades curriculares das componentes de didácticas específicas e de iniciação à prática profissional, incluindo a prática de ensino supervisionada, fica condicionada à obtenção dos créditos em falta.

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3. Todos os candidatos têm de demonstrar possuir domínio, escrito e oral, da língua portuguesa através de uma prova especificamente desenhada para o efeito. Esta prova é dispensada sempre que se trate da inscrição em unidades curriculares do ciclo de estudos em causa fora do quadro da inscrição no curso.

(Condições de acesso) 1 – O acesso ao Ciclo de Estudos fica condicionado à aprovação na prova de domínio

escrito e oral da Língua Portuguesa, prevista no artigo 10º do Decreto-Lei nº 43/2007, de 22 de Fevereiro.

2 – A matrícula e inscrição no Ciclo de Estudos estão sujeitas a limitações quantitativas a fixar anualmente por Despacho Reitoral.

3 – O despacho a que se refere o nº 2 deste artigo estabelecerá o número mínimo de inscrições indispensável ao funcionamento do Ciclo de Estudos.

(Certificado do curso) 1 – Os alunos que obtenham aprovação nas unidades curriculares que integram o Plano

de Estudos do Ciclo de estudos e no Estágio têm direito a uma carta magistral que certifica o grau de Mestre.

2 – Têm direito a um diploma de especialização os alunos que terminem com aproveitamento a parte curricular do Ciclo de estudos conducentes ao grau de mestre.

(Início do funcionamento) O início do funcionamento do Ciclo de Estudos será fixado por despacho do Reitor

depois de verificada a existência de recursos humanos e materiais à sua concretização. Universidade do Minho, em xx de xxxxxxxx de 2009 O Presidente do Senado Universitário, António Guimarães Rodrigues

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RESOLUÇÃO SU-XX/2007

1. Área científica do Curso

Educação Musical

2. Duração normal do Curso

4 semestres

3. Número de unidades de crédito necessários para a obtenção do grau

120 créditos (ECTS)

4. Componentes científicas e distribuição das unidades de crédito

Componentes obrigatórias

Formação Educacional Geral 25 créditos (ECTS)

Didácticas Específicas 30 créditos (ECTS)

Prática de Ensino Supervisionada 50 créditos (ECTS)

Componentes opcionais

Formação na Área de Docência 10 créditos (ECTS)

Formação Educacional Geral 5 créditos (ECTS)

5. Taxa de matrícula e propinas

Estes montantes serão fixados pelo Conselho Académico nos termos dos Estatutos da

Universidade do Minho.

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Anexo II Ficha relativa ao enquadramento do Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre no

respectivo Conselho de Cursos

Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico 1. Conselho de Cursos em que se integra Conselho de Cursos de Educação Básica 2. Departamentos específicos (Estatutos da Universidade do Minho) Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física (DEAEF -IEC) 3. Departamentos não específicos Departamento de Ciências da Educação da Criança (DCEC-IEC) Departamento de Música (DM-ILCH) Departamento de Filosofia e Cultura (DFC-ILCH) Departamento de Pedagogia (DP-IEP) Departamento de Sistemas de Informação (DSI-EE) Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional (DSEAE-IEP)

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Anexo III Proposta de Regulamento Interno da Direcção do Ciclo de Estudos

Universidade do Minho

Instituto de Estudos da Criança

Regulamento do Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em

Ensino de Educação Musical no Ensino Básico

[Proposta]

Setembro de 2009

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ÍNDICE

CAPÍTULO I – DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º - Natureza e âmbito de aplicação

Artigo 2º - Grau de mestre

CAPÍTULO II – ESTRUTURA E ACESSO AO CICLO DE ESTUDOS

Artigo 3º - Objectivos, organização e estrutura curricular do Ciclo de Estudos

Artigo 4º - Numero clausus e prazos

Artigo 5º - Acesso ao ciclo de estudos

CAPÍTULO III – SELECÇÃO E SERIAÇÃO

Artigo 6º - Candidaturas

Artigo 7º- Selecção, classificação e ordenação dos candidatos

CAPÍTULO IV – MATRÍCULAS, INSCRIÇÕES E FUNCIONAMENTO

Artigo 8º - Matrículas e inscrições

Artigo 9º - Calendário escolar e regime de funcionamento

Artigo 10º - Faltas

CAPÍTULO V – AVALIAÇÃO, ORIENTAÇÃO E PROVAS

Artigo 11º - Avaliação e classificações

Artigo 12º - Exames

Artigo 13º - Orientação e apresentação do Relatório de Estágio

Artigo 14º - Requerimento das provas

Artigo 15º - Júri

Artigo 16º - Tramitação do processo

Artigo 17º - Regras sobre as provas públicas

CAPÍTULO VI – DIRECÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS

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Artigo 18º - Órgãos de direcção do Ciclo de Estudos

Artigo 19º - Reuniões e competências da Comissão Directiva

Artigo 20º - Director do Ciclo de Estudos

CAPÍTULO VII – AVALIAÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS

Artigo 21º - Avaliação do ciclo de estudos

CAPÍTULO VIII – DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 22º - Revisão do regulamento

Artigo 23º - Casos omissos

Artigo 24º - Entrada em vigor

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CAPÍTULO I

DISPOSIÇÕES GERAIS

Artigo 1º

(Natureza e âmbito de aplicação)

1. O presente Regulamento dá cumprimento ao disposto no Decreto-Lei nº74/2006, de 24 de Março e ao estabelecido no artº. 32º do Regulamento do Ciclo de Estudos Conducente à Obtenção do Grau de Mestre pela Universidade do Minho, homologado pelo Reitor através do despacho RT-04/2007, de 23 de Janeiro.

2. As disposições contidas neste regulamento destinam-se ao Ciclo de estudos conducente à obtenção do grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico, aprovado pela Resolução SU- …..... /2007, adiante designado por ciclo de estudos.

Artigo 2º

(Grau de mestre)

1. O grau de Mestre é conferido mediante a frequência e aprovação nas unidades curriculares que constituem o ciclo de estudos, uma prática de ensino supervisionada / estágio, a elaboração de um relatório de estágio e a sua discussão e aprovação por um júri nomeado para o efeito.

2. O grau de mestre será conferido em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico

3. O grau de mestre é certificado por uma carta magistral.

4. Os prazos de emissão da carta magistral, suas certidões e do suplemento ao diploma são os definidos pelo Conselho Académico.

CAPÍTULO II

ESTRUTURA E ACESSO AO CICLO DE ESTUDOS

Artigo 3º

(Objectivos, organização e estrutura curricular do ciclo de estudos)

1. São objectivos do ciclo de estudos:

a) Atribuir habilitação profissional para a docência no domínio da Educação Musical no Ensino Básico;

b) Promover a realização de investigação em Ensino da Educação Musical no Ensino Básico.

2. O número total de unidades de crédito necessário à obtenção do grau é de 120 unidades ECTS, repartidas em 2 semestres, do seguinte modo:

- Unidades curriculares: 70 ECTS

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- Introdução à prática pedagógica / Estágio profissional e relatório: 50 ECTS

3. O Ciclo de Estudos está organizado de acordo com o sistema de créditos. As respectivas áreas científicas, unidades curriculares, regime de escolaridade e carga horária são os que constam da Resolução do Senado Universitário que cria o Curso.

4. A estrutura curricular e o plano de estudos do ciclo de estudos são apresentados no Anexo 1 do presente Regulamento.

Artigo 4º

(Numerus clausus e prazos)

O número máximo e mínimo de candidatos a admitir, os prazos de candidatura, matrícula e inscrição, bem como o período lectivo são fixados, para cada edição, por despacho reitoral, após aprovação pelo Conselho Científico do Instituto de Estudos da Criança, adiante designado Conselho Científico, sob parecer do Ministério da Educação acerca das necessidades do sistema educativo.

Artigo 5º

(Acesso ao ciclo de estudos)

1. Podem candidatar-se ao ingresso no Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico aqueles que satisfaçam, cumulativamente, as seguintes condições:

a) Sejam titulares de uma habilitação académica superior nos termos das alíneas a) a c) do nº 1 do artigo 17º do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, ou reúnam as condições a que se refere a alínea d) do nº 1 do mesmo artigo;

b) Tenham obtido, quer no quadro da habilitação académica a que se refere a alínea anterior, quer em outros ciclos de estudos do ensino superior, os seguintes créditos mínimos de formação na área de docência, fixados no anexo ao Dec. Lei nº 43/2007, de 22 de Fevereiro: 120 créditos em Prática Instrumental e Vocal, Formação Musical e em Ciências Musicais, e nenhuma com menos de 25 créditos.

2. Podem ainda candidatar-se a este Ciclo de Estudos aqueles que apenas tenham obtido 75% dos créditos fixados para esta especialidade. Neste caso, a inscrição nas unidades curriculares das componentes de didácticas específicas e de iniciação à prática profissional, incluindo a prática de ensino supervisionada, fica condicionada à obtenção dos créditos em falta.

3. Todos os candidatos têm de demonstrar possuir domínio, escrito e oral, da língua portuguesa através de uma prova especificamente desenhada para o efeito. Esta prova é dispensada sempre que se trate da inscrição em unidades curriculares do ciclo de estudos em causa fora do quadro da inscrição no curso.

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CAPÍTULO III

SELECÇÃO E SERIAÇÃO

Artigo 6º

(Candidaturas)

1. A apresentação das candidaturas é efectuada nos Serviços Académicos, através do preenchimento de um boletim de candidatura.

2. Deverão ainda ser anexados os seguintes documentos:

a) cópia da certidão da licenciatura;

b) curriculum vitae detalhado;

c) outros elementos solicitados no edital ou que os candidatos entendam relevantes para apreciação da sua candidatura.

Artigo 7º

(Selecção, classificação e ordenação dos candidatos)

1. Os Candidatos serão seleccionados pela Comissão Directiva do ciclo de estudos de acordo com os seguintes critério.

a) Média ponderada das classificações obtidas nas unidades curriculares na área de docência exigidas para ingresso no Ciclo de Estudos, de acordo com o estabelecido no Anexo do Decreto-Lei nº 43/2007, de 22 de Fevereiro – 60%;

b) Currículo académico, científico e técnico – profissional – 20%.

c) Classificação da Prova de Competências de uso oral e escrito da língua portuguesa – 20%

3. Com base nos critérios referidos no número anterior, a Comissão Directiva procederá à classificação e ordenação dos candidatos e elaborará acta fundamentada, da qual constará a lista de admitidos (incluindo os suplentes) e de não admitidos.

4. Da classificação e ordenação dos candidatos não cabe recurso, salvo se arguida de vício de forma.

5. A Comissão Directiva remeterá aos Serviços Académicos a lista de admitidos (incluindo os suplentes) e de não admitidos.

6. Os Serviços Académicos publicitarão as decisões relativas à classificação e ordenação dos candidatos sob forma de Edital.

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CAPÍTULO IV

MATRÍCULAS, INSCRIÇÕES E FUNCIONAMENTO

Artigo 8º

(Matrículas e inscrições)

1. Os candidatos admitidos deverão proceder à matrícula e inscrição nos Serviços Académicos, no prazo fixado no Edital.

2. No caso de algum candidato desistir expressamente da matrícula e inscrição ou não comparecer a realizar a mesma, os Serviços Académicos, no prazo de 3 dias após o termo do prazo da matrícula e inscrição, através de carta registada com aviso de recepção, convocarão para a inscrição o(s) candidato(s) suplentes na lista ordenada, até esgotar as vagas.

3. Os candidatos a que se refere o número anterior terão um prazo improrrogável de 4 dias úteis, após a recepção da notificação, para proceder à matrícula e inscrição.

4. A decisão de admissão apenas produz efeito para o ano lectivo a que se refere o início do ciclo de estudos.

5. Os alunos que não tenham completado, nos prazos legais, o ciclo de estudos ou o relatório de estágio poderão requerer ao Reitor autorização para o completarem na edição subsequente do ciclo de estudos, indicando os fundamentos do requerimento.

6. Os alunos que frequentem uma nova edição do ciclo de estudos nas condições referidas no número anterior serão considerados supranumerários.

7. Aos alunos que não concluírem o ciclo de estudos na edição a que se candidataram será concedida a possibilidade de efectuarem apenas uma segunda inscrição;

8. Aos alunos admitidos ao ciclo de estudos poderá também ser concedida equivalência de unidades curriculares, respeitadas as seguintes condições:

a) a equivalência será requerida ao Conselho Científico, devendo o requerimento ser entregue nos Serviços Académicos no prazo previsto para a matrícula na edição do ciclo de estudos ao qual submetem a inscrição;

b) a concessão ou denegação da equivalência é da competência do Conselho Científico, sob parecer da Comissão Directiva.

Artigo 9º

(Calendário escolar e regime de funcionamento)

1. O calendário escolar e o horário do curso serão elaborados anualmente pelo Conselho de Cursos, em conformidade com as orientações gerais definidas pelo Conselho Académico.

2. Caso se justifique, a Comissão Directiva pode estabelecer, para determinadas unidades curriculares ou módulos das mesmas, o funcionamento em regime intensivo, ou seja, por um período inferior a cada período do calendário escolar, devendo, no entanto, respeitar-se o número total de horas previstas.

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Artigo 10º

(Faltas)

1. As horas de contacto são de assistência obrigatória.

2. O controlo das faltas é da responsabilidade do regente de cada unidade curricular.

3. Considera-se sem frequência a uma dada unidade curricular o aluno cujo número de faltas seja superior a 1/3 (um terço) da respectiva carga lectiva total.

CAPÍTULO V

AVALIAÇÃO, ORIENTAÇÃO E PROVAS

Artigo 11º

(Avaliação e classificações)

1. As metodologias de ensino–aprendizagem e de avaliação de cada unidade curricular são definidas pelo respectivo regente nos parâmetros do Regulamento de Inscrições, Avaliação e Passagem de Ano (RIAPA), em conformidade com os objectivos e resultados da aprendizagem esperados e apresentadas aos alunos na primeira sessão de trabalho.

2. A avaliação e a consequente classificação são individuais, mesmo quando sejam respeitantes a trabalhos realizados em grupo.

3. A classificação dos elementos de avaliação compete aos docentes das respectivas unidades curriculares e é da sua exclusiva responsabilidade.

4. As classificações obtidas nas unidades curriculares serão numéricas e inteiras, expressas na escala de 0 a 20 valores.

5. A avaliação da unidade curricular Prática de Ensino Supervisionada inclui a avaliação do desempenho dos estudantes no estágio, que é realizada pelos docentes da Universidade do Minho por ela responsáveis, e a apreciação, em acto público, do Relatório relativo a esta unidade curricular elaborado pelo estudante.

6. As componentes de avaliação da unidade curricular Prática de Ensino Supervisionada serão afectadas pelos seguintes coeficientes de ponderação: a) desempenho dos estudantes no Estágio Profissional – 0.50; b) Relatório de Estágio e respectiva defesa pública – 0.50.

7. A atribuição da classificação final atende ao estabelecido no artº 19º do Regulamento do Ciclo de Estudos Conducente à Obtenção do Grau de Mestre pela Universidade do Minho.

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Artigo 12º

(Exames)

1. Sempre que a avaliação de uma unidade curricular incluir a realização de um exame final, este realizar-se-á na época definida para tal, no calendário definido pelo Conselho Académico.

2. Os exames de unidades curriculares leccionadas em regime intensivo podem ser antecipados relativamente às épocas referidas no número anterior, por acordo entre os docentes e formandos e mediante a aprovação da Comissão Directiva.

3. Para cada unidade curricular haverá um só exame de recurso.

4. Compete à Comissão Directiva a marcação das datas dos exames.

Artigo 13º

(Orientação e apresentação do Relatório de Estágio)

1. A elaboração do relatório será orientada por um professor ou investigador doutorado do ciclo de estudos, nomeado pelo Conselho Científico, mediante proposta da respectiva Comissão Directiva.

2. O relatório deverá ser formatado em conformidade com os requisitos definidos pelo Conselho Académico.

3. O Relatório deve ser escrito em língua portuguesa.

Artigo 14º

(Requerimento das provas)

1. O relatório deverá ser apresentado num prazo de 60 dias, a partir do final da prática de ensino supervisionada.

2. A contagem dos prazos para a entrega e para a defesa do relatório pode ser suspensa pelo Reitor a requerimento dos interessados, em casos excepcionais, previstos na lei e devidamente fundamentados.

3. O requerimento para a defesa do relatório de estágio é dirigido ao Presidente do Conselho Directivo da Escola, acompanhado de:

a) Seis exemplares do relatório;

b) Seis exemplares do Curriculum Vitae;

c) Seis exemplares do resumo em Português e Inglês e/ou Francês com a dimensão máxima de uma página;

d) Dois exemplares do relatório em formato digital, incluindo o resumo;

e) Pareceres dos orientadores;

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f) Declaração relativa ao depósito do relatório no RepositóriUM.

Artigo 15º

(Júri)

1. O júri para apreciação do relatório de estágio é nomeado pelo Conselho Científico da Escola sob proposta da Comissão Directiva.

2. Os membros do júri são especialistas no domínio científico do Ciclo de estudos e em que se insere o Relatório de Estágio e são escolhidos de entre nacionais ou estrangeiros, titulares de grau de doutor, ou especialistas de mérito reconhecido como tal pela Comissão Directiva do Ciclo de Estudos.

3. O júri é constituído por:

a) o Director do Ciclo de Estudos, que preside, e que poderá delegar num outro Professor do Curso;

b) o/os orientador/es do Relatório de Estágio;

c) um Professor ou Investigador, designado pela Comissão Directiva, que será responsável pela arguição do Relatório de Estágio.

Artigo 16º

(Tramitação do processo)

O acto público de defesa do relatório de estágio terá de ocorrer até 90 dias após ser requerido.

Artigo 17º

(Regras sobre as provas públicas)

1. A discussão do relatório de estágio só pode ter lugar com a presença de um mínimo de três membros do júri.

2. A discussão pública não pode exceder noventa minutos e nela podem intervir todos os membros do júri, devendo ser proporcionado ao candidato tempo idêntico ao utilizado pelos membros do júri.

3. Concluída a prova referida no artigo anterior, o júri reúne para a sua apreciação e deliberação através de votação nominal fundamentada, não sendo permitidas abstenções.

4. Em caso de empate, o presidente do júri dispõe de voto de qualidade.

5. Aos candidatos aprovados será atribuída uma classificação numérica inteira, no intervalo 10 – 20.

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6. Na deliberação sobre a classificação da prova, o júri deverá tomar em consideração o relatório de estágio e a respectiva discussão.

7. Da prova e da reunião do júri é lavrada acta da qual constarão, obrigatoriamente, os votos emitidos por cada um dos seus membros e a respectiva fundamentação.

8. Da deliberação do júri não haverá recurso, excepto se arguida de vício de forma.

CAPÍTULO VI

DIRECÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS

Artigo 18º

(Órgãos de Direcção do Ciclo de Estudos)

1. São órgãos de Direcção do Ciclo de estudos:

a) a Comissão Directiva;

b) o Director.

2. A Comissão Directiva será constituída:

a) Pelo Director.

b) Por outros dois professores doutorados de entre os docentes do ciclo de estudos;

c) um representante dos alunos por cada ano do ciclo de estudos.

3. Os membros docentes da Comissão Directiva são designados pelo Conselho Científico do Instituto de Estudos da Criança mediante proposta dos Conselhos dos Departamentos envolvidos e os membros discentes serão eleitos pelos colegas do ano.

Artigo 19º

(Reuniões e competências da Comissão Directiva)

1. A Comissão Directiva reunirá ordinariamente no início e no fim do ano lectivo e no intervalo entre semestres e extraordinariamente quando convocada por iniciativa do Director ou a solicitação de dois terços dos seus membros.

2. Compete à Comissão Directiva:

a) o processo de selecção dos candidatos;

b) a gestão corrente do ciclo de estudos;

c) a promoção da coordenação entre as unidades curriculares, seminários, estágio e outras actividades do ciclo de estudos;

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d) a organização do Dossier de Edição do ciclo de estudos, contendo, nomeadamente, os seguintes elementos: calendário e horário, programas das unidades curriculares, respectiva equipa docente, metodologias de ensino-aprendizagem e de avaliação, sumários e folhas de presença;

e) as propostas para indigitação, pelo Conselho Científico, dos orientadores dos relatórios;

f) a promoção do intercâmbio com outras instituições relevantes;

g) o acompanhamento do desenvolvimento do ciclo de estudos e, a partir dos resultados da experiência, a proposta de eventuais correcções, em edições futuras;

h) a avaliação anual do funcionamento do ciclo de estudos;

i) o exercício de outras competências que lhe sejam atribuídas pelo regulamento ou delegadas pelo Conselho Científico.

3. As competências referidas nas alíneas a) a f) e i) são exercidas exclusivamente pelos docentes que integram a Comissão Directiva.

Artigo 20º

(Director do Ciclo de estudos)

1. O Director será um professor catedrático ou associado, membro da Comissão Directiva, envolvido na leccionação do Ciclo de Estudos. Em casos justificados, o Director pode ainda ser um professor auxiliar.

2. Compete ao Director:

a) Representar a Comissão Directiva;

b) Coordenar os respectivos trabalhos e presidir às reuniões;

c) Despachar os assuntos correntes;

d) Exercer as competências que lhe forem delegadas pela Comissão Directiva.

CAPÍTULO VII

AVALIAÇÃO DO CICLO DE ESTUDOS

Artigo 21º

(Avaliação)

A Comissão Directiva do Ciclo de Estudos, em articulação com os Conselhos Científicos de outras Escolas que tenham docentes com responsabilidades de unidades curriculares, promoverá a avaliação do Ciclo de Estudos, estabelecendo as metodologias apropriadas para o efeito.

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CAPÍTULO VIII

DISPOSIÇÕES FINAIS E TRANSITÓRIAS

Artigo 22º

(Revisão do regulamento)

1. O presente regulamento pode ser revisto anualmente ou em qualquer momento, por decisão de dois terços dos membros do Conselho Académico.

2. As alterações ao Regulamento exigem a aprovação por maioria absoluta de votos dos membros do Conselho Académico.

Artigo 23º

(Casos omissos)

Às situações não contempladas neste Regulamento aplica-se o disposto no Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de Março, o Regulamento do Ciclo de Estudos Conducente à Obtenção do Grau de Mestre pela Universidade do Minho e demais legislação, sendo os casos omissos decididos por despacho reitoral, ouvido o Conselho Académico.

Artigo 24º

(Entrada em vigor)

O presente Regulamento entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação.

9393

ANEXO 1 – PLANO DE ESTUDOS

UNIVERSIDADE DO MINHO – INSTITUTO DE ESTUDOS DA CRIANÇA

CICLO DE ESTUDOS CONDUCENTES AO GRAU DE MESTRE EM ENSINO DE EDUCAÇÃO MUSICAL NO ENSINO BÁSICO

UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO TEMPO DE TRABALHO (HORAS)

CRÉDITOS OBS. TOTAL CONTACTO

Repertório Musical para a Infância* FAD S1 140 45 (40TP+5 OT) 5 opcional Perspectivas Etnomusicológicas na Educação Musical* FAD S1 140 45 (15TP+30PL) 5 opcional Infância e sociedade* FEG S1 140 50 (12T+24TP+14OT) 5 opcional Voz e Dicção na Formação de Professores* FEG S1 140 50 (30TP+15PL+5 OT) 5 opcional Movimento e Dança na Educação Básica* FEG S1 140 50 (20TP+25PL+5 OT) 5 opcional Desenvolvimento Curricular e Metodologia do Ensino Básico FEG S1 140 50 (45TP+5OT) 5 Fundamentos da Didáctica da Música DID S1 140 35 (26TP+4S+5OT) 5 Metodologias da Educação Musical DID S1 280 75 (30TP+45PL) 10 Projectos Artísticos de Desenvolvimento Musical* FAD S2 140 45 (17TP+28PL) 5 opcional Som e Música Digitais* FAD S2 140 45 (20TP+25PL) 5 opcional Educação Especial para a Escola Básica FEG S2 140 50 (45TP+5OT) 5 Educação Estética na Infância FEG S2 140 50 (45TP+5OT) 5 Temas de Investigação em Educação Musical DID S2 140 45 (15T+30TP+15OT) 5 Princípios e Práticas do Ensino Instrumental em Grupo DID S2 280 65 (56TP+8S+5OT) 10

9494

UNIDADES CURRICULARES ÁREA CIENTÍFICA TIPO TEMPO DE TRABALHO (HORAS)

CRÉDITOS OBS. TOTAL CONTACTO

Análise Sociológica da Educação* FEG S3 140 50 (15T+30TP+5OT) 5 opcional Desenvolvimento Pessoal e Interacção Social* FEG S3 140 50 (18T+25TP+2S+5OT) 5 opcional Organização dos Serviços e Instituições de Apoio à Criança* FEG S3 140 50 (12T+24TP+14OT) 5 opcional Envolvimento Parental e Comunitário na Escola Básica* FEG S3 140 55 (45TP+10OT) 5 opcional História das Ideias Pedagógicas FEG S3 140 45 (30T+10TP+5 OT) 5 Prática de Ensino Supervisionada 1 – Investigação Educacional PES S3 140 45 (45S) 5 Prática de Ensino Supervisionada 2 – Supervisão da Prática do Ensino da Educação Musical PES S3 420 90 (70S+20E) 15

Prática de Ensino Supervisionada 3- Seminário de Educação Musical no Ensino Básico PES S4 140 45 (10TC+30S+5OT) 5

Prática de Ensino Supervisionada 4 – Intervenção Pedagógica em Educação Musical no Ensino Básico PES S4 700 165 (45S+120E) 25

Legenda: FAD – Formação na Área de Docência FEG – Formação Educacional Geral DID – Didácticas Específicas PES – Prática de Ensino Supervisionada * - UC’s Opcionais

95 95

Anexo IV Condições de Candidatura

1. Podem candidatar-se ao ingresso no Ciclo de Estudos Conducente ao Grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico aqueles que satisfaçam, cumulativamente, as seguintes condições:

a) Sejam titulares de uma habilitação académica superior nos termos das alíneas a) a c) do nº 1 do artigo 17º do Decreto-Lei nº 74/2006, de 24 de Março, ou reúnam as condições a que se refere a alínea d) do nº 1 do mesmo artigo;

b) Tenham obtido, quer no quadro da habilitação académica a que se refere a alínea anterior, quer em outros ciclos de estudos do ensino superior, os seguintes créditos mínimos de formação na área de docência, fixados no anexo ao Dec. Lei nº 43/2007, de 22 de Fevereiro: 120 créditos em Prática Instrumental e Vocal, Formação Musical e em Ciências Musicais, e nenhuma com menos de 25 créditos.

2. Podem ainda candidatar-se a este Ciclo de Estudos aqueles que apenas tenham obtido 75% dos créditos fixados para esta especialidade. Neste caso, a inscrição nas unidades curriculares das componentes de didácticas específicas e de iniciação à prática profissional, incluindo a prática de ensino supervisionada, fica condicionada à obtenção dos créditos em falta.

3. Todos os candidatos têm de demonstrar possuir domínio, escrito e oral, da língua portuguesa através de uma prova especificamente desenhada para o efeito. Esta prova é dispensada sempre que se trate da inscrição em unidades curriculares do ciclo de estudos em causa fora do quadro da inscrição no curso.

96 96

Anexo V Deliberação do Conselho Académico

Conselho Académico

Campus de Gualtar 4710-229 Braga – P

DELIBERAÇÃO DO CONSELHO ACADÉMICO

O plenário do Conselho Académico da Universidade do Minho, no âmbito da competência que lhe é conferida pela alínea f) do artigo nº 24º dos Estatutos, reunido extraordinariamente no dia xx de xxxxxx de dois mil e nove, tendo apreciado a proposta de criação do Ciclo de Estudos conducente ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico deu parecer favorável, por xxxxxxxxxxxxxxx, à proposta apresentada, a qual vai ser presente ao Senado Universitário.

O Vice-Presidente do Conselho Académico

Rui Manuel Costa Vieira de Castro (Professor Catedrático)

97 97

Anexo VI Pareceres Internos

98 98

Instituto de Estudos da Criança

Campus de Gualtar 4710-057 Braga – P

PARECER

Dos pressupostos enunciados nos princípios decorrentes da adesão de Portugal à Declaração de

Bolonha, definidos em diplomas legais, impõe-se que os actuais cursos de Mestrado em Estudos da

Criança, que constituem a oferta pós-graduada do Instituto de Estudos da Criança da Universidade do

Minho, sofram uma adequação aos princípios e orientações do Processo de Bolonha.

Do mesmo modo o Instituto de Estudos da Criança propõe a criação de novos cursos de 2º Ciclo

Conducentes ao Grau de Mestre em novas áreas de especialização, consideradas relevantes para o

desenvolvimento global do seu projecto de formação.

Cientes das potencialidades destes cursos, em termos da formação especializada e aprofundada dos

públicos alvo a que se destinam, incidindo na inovação dos diferentes contextos de realização académica

e profissional, estamos convictos de que o IEC, que tem construído um património de conhecimento e de

recursos especializados nos domínios dos estudos da criança, através dos seus projectos de ensino,

investigação e extensão, reúne as condições para propor a criação do Ciclo de Estudos Conducente ao

Grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico e assegurar o seu funcionamento com

a maior qualidade.

IEC, Universidade do Minho, 21 de Setembro de 2009.

A Presidente do Instituto de Estudos da Criança

Maria Luísa García Alonso

(Profª Associada)

99 99

Instituto de Estudos da Criança Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física

PARECER

A reformulação dos cursos que conferem habilitações para acesso à profissão docente, do ensino básico

e secundário, veio introduzir novas formas de abordar a formação inicial desses futuros profissionais.

A introdução da obrigatoriedade de um 1º ciclo de estudos especializados com um mínimo de créditos

necessários para aceder ao 2º ciclo de estudos, profissionalizante, permite garantir, neste caso específico

do Ensino de Educação Musical no Ensino Básico, que os aspectos artísticos, estéticos e de formação

geral na área da música, tenham sido previamente adquiridos e avaliados positivamente, antes de se

lançarem na formação profissionalizante e no mercado de trabalho do ensino.

O Ciclo de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no

Ensino Básico que o Instituto de Estudos da Criança apresenta, pela forma como preparou o seu plano

de estudos e distribuição de unidades curriculares permite, de forma bem estruturada, preparar estes

futuros professores especialistas, com uma prática para o ensino básico, sustentada por um suporte

teórico sólido.

O Departamento de Expressões Artísticas e Educação Física, como um dos Departamentos directamente

responsável pela construção do curso, procurou preparar unidades curriculares que favoreçam o

desenvolvimento de competências específicas na área da educação musical, dentro do espaço que lhe

era destinado pelas regulamentações impostas a este tipo de ciclo de estudos.

Assim, com base nestas considerações, damos um parecer favorável à proposta apresentada deste Ciclo

de estudos conducentes ao grau de Mestre em Ensino de Educação Musical no Ensino

Básico.

Braga, 21 de Setembro de 2009

A Directora do Departamento

Beatriz Oliveira Pereira

(Professora Associada) com Agregação

100 10

101 10

PARECER A estrutura do curso corresponde claramente ao perfil de formação que se pretende para este

nível de ensino. O curso está muito bem estruturado e será de grande interesse para a

formação de profissionais na área de Educação Musical para o Ensino Genérico.

A proposta tem, no entanto algumas incorrecções que vão assinaladas a negro.

O ILCH tem um Departamento de Música com a área científica de Música. A área científica do

IE/ IEC é Educação Musical.

O curso proposto apenas deve / pode contemplar o ensino genérico. Se contemplar a

formação para o Ensino vocacional, então terá que ser um mestrado em conjunto das duas

escolas./ dos dois departamentos : Departamento de Música- ILCH e Departamento EAEF-

IE/IEC.

Os licenciados em Educação Musical não têm habilitações para ensinar no Ensino Vocacional.

Só os licenciados em Formação Musical e em Instrumento.

O Ensino Vocacional é da responsabilidade do Departamento de Música do ILCH.

Elisa Lessa

(Professora Associada)

Departamento de Música, Instituto de Letras e Ciências Humanas

23 de Setembro de 2009.

102 10

Campus de Gualtar 4710057 Braga – P

Instituto de Letras e Ciências Humanas Departamento de Filosofia

Parecer

O Departamento de Filosofia apreciou favoravelmente o plano do Curso de Mestrado em Ensino de Educação Musical no Ensino Básico, merecendo destaque a consistência do plano de estudos e dos resultados de aprendizagem.

O Departamento de Filosofia comprometese a colaborar, leccionando a disciplina de Educação Estética para a Infância.

Instituto de Letras e Ciências Humanas, 22 de Setembro de 2009

O Director do Departamento de Filosofia

Vítor Manuel Ferreira Ribeiro de

Moura (Professor Auxiliar)

103 10

104 10

105 10

Campus de Gualtar 4710-057 Braga – P Instituto de Educação e Psicologia Dep. de Sociologia da Educação e Administração Educacional

PARECER

O Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional do Instituto de Educação da Universidade do Minho releva a qualidade do Curso de Mestrado em “Ensino de Educação Musical no Ensino Básico”, nomeadamente no que diz respeito ao perfil de formação, resultados de aprendizagem e plano de estudos.

Compromete-se também a leccionar com zelo e competência a unidade curricular Análise Sociológica da Educação, da responsabilidade deste Departamento.

Instituto de Educação, 18 de Setembro de 2009

O Director do Departamento de SEAE

Carlos Vilar Estêvão

Professor Catedrático

Campus de Gualtar 4710-057 Braga – P Instituto de Educação e Psicologia Dep. de Sociologia da Educação e Administração Educacional

PARECER

O Departamento de Sociologia da Educação e Administração Educacional do Instituto de Educação da Universidade do Minho releva a qualidade do Curso de Mestrado em “Ensino de Educação Musical no Ensino Básico”, nomeadamente no que diz respeito ao perfil de formação, resultados de aprendizagem e plano de estudos.

Compromete-se também a leccionar com zelo e competência a unidade curricular Análise Sociológica da Educação, da responsabilidade deste Departamento.

Instituto de Educação, 18 de Setembro de 2009

O Director do Departamento de SEAE

Carlos Vilar Estêvão

Professor Catedrático