Cidadania e responsabilidade social

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CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL EMENTA Conceitos de Responsabilidade Social e Cidadania Corporativa. Marketing e Endomarketing Social. Normas e Certificações. Análise do Balanço Social e Avaliação de Programas. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO I - O surgimento do Terceiro Setor e da Responsabilidade Social Empresarial II - O Conceito de Cidadania e de Cidadania Corporativa III - Os Principais Conceitos de Responsabilidade Social IV - A Importância da Gestão Social V - Primeiros Passos de Responsabilidade Social Empresarial – Metodologia Ethos VI -Principais Itens a Serem Considerados no Desenvolvimento de um Projeto Social VII - Principais Certificações VIII - As Metas do Milênio IX - O Pacto Global X - O Balanço Social Facilitador: Francisco Junior Pequeno resumo do currículo Administrador de Empresas, professor de graduação, MBA e pós-graduação, experiência em gestão de pessoas e controle de materiais e patrimônio, pro atividade para elaboração de planos de ação e ferramentas da qualidade, responsabilidade social e ambiental, elaboração de plano de marketing

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A importância da Responsabilidade social para a valorização da marca

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CIDADANIA E RESPONSABILIDADE SOCIAL

EMENTA

Conceitos de Responsabilidade Social e Cidadania Corporativa. Marketing e Endomarketing Social. Normas e Certificações. Análise do Balanço Social e Avaliação de Programas.

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

I - O surgimento do Terceiro Setor e da Responsabilidade Social Empresarial

II - O Conceito de Cidadania e de Cidadania Corporativa

III - Os Principais Conceitos de Responsabilidade Social

IV - A Importância da Gestão Social

V - Primeiros Passos de Responsabilidade Social Empresarial – Metodologia Ethos

VI -Principais Itens a Serem Considerados no Desenvolvimento de um Projeto Social

VII - Principais Certificações

VIII - As Metas do Milênio

IX - O Pacto Global

X - O Balanço Social

Facilitador: Francisco Junior

Pequeno resumo do currículo

Administrador de Empresas, professor de graduação, MBA e pós-graduação, experiência em gestão de pessoas e controle de materiais e patrimônio, pro atividade para elaboração de planos de ação e ferramentas da qualidade, responsabilidade social e ambiental, elaboração de plano de marketing baseado nos princípios do marketing 3.0. Capacidade de organização baseado nas normas NBR ISO 9001, NBR ISO 14000, ABNT NBR 16001 com formação na área de auditoria, Lead Assessor. Instrutor-facilitador de cursos voltados para a área de gestão de pessoas, gestão ambiental, qualidade e administração. Professor de Graduação nas disciplinas de: Administração de Materiais, Administração da Produção, Sistemas Organizacionais e Estudos Organizacionais. Professor de MBA em Gestão Ambiental, Marketing, QSMS e Gestão Pública. Consultor de empresas nas áreas ambiental, responsabilidade social e de qualidade.

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I - O surgimento do Terceiro Setor e da Responsabilidade Social Empresarial

A existência do Terceiro Setor no Brasil é algo relativamente jovem, este fenômeno aparece basicamente nas últimas três décadas. O terceiro setor é formado por associações e entidades sem fins lucrativos. Segundo o Wikipédia Terceiro setor  “é uma terminologia sociológica que dá significado a todas as iniciativas privadas de utilidade pública com origem na sociedade civil. A palavra é uma tradução deThird Sector, um vocábulo muito utilizado nos Estados Unidos para definir as diversas organizações sem vínculos diretos com o Primeiro setor (Público, o Estado) e o Segundo setor (Privado, o Mercado)”.

A sociedade civil é dividida em três setores, primeiro, segundo e terceiro. O primeiro setor é formado pelo Governo, o segundo setor é formado pelas empresas privadas, e o terceiro setor são as associações sem fins lucrativos. O terceiro setor contribui para chegar a locais onde o Estado não conseguiu chegar, fazendo ações solidárias, portanto possui um papel fundamental na sociedade. O Terceiro Setor não é público nem privado, mas sim uma junção do setor estatal e do setor privado para uma finalidade maior, suprir as falhas do Estado e do setor privado no atendimento às necessidades da população, numa relação conjunta.

Esta mobilização de recursos privados para fins públicos rompe com a tradição inversa e perversa representada pela apropriação privada dos recursos públicos. A afirmação deste novo perfil participante e responsável da sociedade brasileira se traduz na busca de novas formas e articulação entre organizações do Terceiro Setor, órgãos governamentais e empresas.

São características próprias do terceiro setor:

Formalmente constituídas: alguma forma de institucionalização, legal ou não, com um nível de formalização de regras e procedimentos, para assegurar a sua permanência por um período mínimo de tempo.

Estrutura básica não governamental: são privadas, ou seja, não são ligadas institucionalmente a governos.

Sem fins lucrativos: a geração de lucros ou excedentes financeiros deve ser reinvestida integralmente na organização. Estas entidades não podem distribuir dividendos de lucros aos seus dirigentes.

Trabalho voluntário: possui algum grau de mão-de-obra voluntária, ou seja, não remunerada ou o uso voluntário de equipamentos, como a computação voluntária.

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Outra característica importante das associações do Terceiro Setor é que elas contam com uma grande quantidade de mão-de-obra voluntária (que não recebem remuneração pelo trabalho). As associações do Terceiro Setor atuam, principalmente, prestando serviços para pessoas carentes que não podem contratar serviços do setor privado (segundo setor). Como o setor público (primeiro setor) não consegue, em nosso país, atender com qualidade todas as pessoas necessitadas, o Terceiro Setor assume um papel de fundamental importância. As associações do Terceiro Setor têm como objetivo principal a melhoria da qualidade de vida das pessoas necessitadas. Portanto, atuam nas áreas de educação, saúde, esportes, lazer, orientação vocacional, qualificação profissional, cultura, entre outros.

O Terceiro Setor abrange ações públicas que saem do domínio estatal, e passam a ser encampada por organizações da sociedade civil. É o surgimento da iniciativa privada com fins públicos, com o objetivo de combater grandes problemas do mundo atual, como a pobreza, violência, poluição, analfabetismo, racismo, dentre outros. São instituições com grande potencial de representatividade, podendo ser vistas como legítimas representantes dos interesses da sociedade civil.

Dentro das organizações que fazem parte do Terceiro Setor, estão as ONGs (Organizações Não Governamentais), entidades filantrópicas, OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse

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Público), organizações sem fins lucrativos e outras formas de associações civis sem fins lucrativos.

ONG é um acrônimo usado para as organizações não governamentais (sem fins lucrativos), que atuam no terceiro setor da sociedade civil. Estas organizações, de finalidade pública, atuam em diversas áreas, tais como: meio ambiente, combate à pobreza, assistência social, saúde, educação, reciclagem, desenvolvimento sustentável, entre outras. As ONGs possuem funções importantes na sociedade, pois seus serviços chegam em locais e situações em que o Estado é pouco presente. Muitas vezes as ONGs trabalham em parceria com o Estado

Filantropia significa humanitarismo, é um sentimento que faz com que

os indivíduos ajudem outras pessoa. É um termo é de origem grega, que

significa "amor à humanidade". Filantropia é a atitude de ajudar ao próximo, de

fazer caridade, seja ela através de donativos, como roupas, comida, dinheiro

entre outros. O termo filantropia foi criado por um imperador romano, no ano

de 363, pois achava que filantropia era característica de uma de suas

atividades, como sinônimo de caridade, com o objetivo de ajudar as pessoas.

A filantropia acontece de diversas maneiras, através de donativos para ONGs

(Organizações Não-Governamentais), comunidades, pessoas, ou apenas o

fato de trabalhar para ajudar os demais, de forma direta ou indiretamente.

Organização da Sociedade Civil de Interesse Público ou OSCIP é

um título fornecido pelo Ministério da Justiça do Brasil, cuja finalidade é

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facilitar o aparecimento de parcerias e convênios com todos os níveis de

governo e órgãos públicos (federal, estadual e municipal) e permite que

doações realizadas por empresas possam ser descontadas no imposto de

renda. OSCIPs são ONGs criadas por iniciativa privada, que obtêm um

certificado emitido pelo poder público federal ao comprovar o cumprimento de

certos requisitos, especialmente aqueles derivados de normas de

transparência administrativas. Em contrapartida, podem celebrar com o poder

público os chamados termos de parceria, que são uma alternativa interessante

aos convênios para ter maior agilidade e razoabilidade em prestar contas.

LEI 9.790, DE 23 DE MARÇO DE 1999

A Lei que criou a Organização da Sociedade Civil de Interesse Público – OSCIP –  regulamenta as relações entre o Estado e as organizações da Sociedade Civil e surgiu como outra alternativa de atuação legal para o Terceiro Setor. Veio para distinguir o caráter público do caráter privado e também para fortalecer a Sociedade Civil ao introduzir uma nova concepção de esfera pública social. Isto nada mais é do que o reconhecimento do caráter público em organizações não estatais, partindo da ideia de que o público não é monopólio do Estado. É um outro modo de a Sociedade Civil caminhar para sua emancipação, consolidando e legitimando uma nova institucionalidade que a reconheça como sujeito público e como ator social, construindo sistemas de financiamento público sustentáveis para desenvolver suas atividades públicas. As OSCIPs são, fundamentalmente, entidades sem fins lucrativos.

Essa nova possibilidade de atuação do Terceiro Setor, que implica em mudança no padrão da relação entre Estado e Sociedade Civil, tem como objetivos:

• Ensejar o protagonismo da sociedade civil• Possibilitar parcerias (Termo de Parceria)• Aumentar o estoque do nosso capital social• Induzir e promover um desenvolvimento humano e social sustentável.

Também veio no bojo dessa Lei:

• a  possibilidade de remuneração de seus dirigentes, pondo fim a uma hipocrisia institucionalizada• a criação do Termo de Parceria, pelo qual o Estado pode se associar à  Sociedade Civil que tenha finalidade pública• a busca de novas vantagens para as OSCIPs, dando legitimidade a entidades que já atuavam desse modo• a busca de novas formas de financiamento que contemplem as organizações voltadas ao desenvolvimento humano e social sustentável, ou seja, aquelas que tratam da ética, da paz, da cidadania, da democracia e de novos modelos sócio-produtivos, entre outras.

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II - O Conceito de Cidadania e de Cidadania Corporativa

A cidadania nos nossos dias

A cidadania é o conjunto de direitos e deveres sociais de um indivíduo em relação à coletividade. O conceito cidadania corporativa engloba a forma como as empresas se relacionam e se encaixam com toda a sociedade, através de parceiros, clientes, funcionários e até diante do governo. Cidadania corporativa baseia-se nas ações de sustentabilidade e responsabilidade social que, combinados, tornam-se ações que beneficiam empresas e a sociedade em geral.

Em um mundo cada vez mais violento e desigual, estabelecer quais são as regras de convivência em sociedade é de suma importância para estabelecermos uma nova noção de justiça e igualdade, que garanta um mínimo de bem estar para todos. A cidadania corporativa é um conceito que define um alto padrão de conduta ética da corporação em relação aos dois principais públicos de qualquer organização: funcionários e comunidade. A sua importância está no fato de que o respeito aos direitos sociais, tanto dos funcionários quanto da comunidade, é um forte fator de sucesso para as empresas. Outro aspecto importante da cidadania corporativa é o compromisso de valorizar a diversidade. Em um país com extrema desigualdade social, uma empresa que valoriza a diversidade, que combate a discriminação de todos os tipos e tem um código de ética dá uma valiosa contribuição para o progresso de toda a sociedade. Para planejar um programa de cidadania corporativa, é necessário que a empresa estabeleça um espaço institucional para os funcionários exporem as suas propostas em encontros periódicos. Nessas reuniões, as ações de cidadania corporativa podem ser planejadas com a ferramenta do marketing social, buscando atender às demandas por cidadania, dentro e fora da empresa.

Responsabilidade Social Empresarial é a relação ética e transparente da empresa com os públicos com os quais se relaciona, estabelecendo metas empresariais compatíveis com o desenvolvimento sustentável da sociedade.A cidadania corporativa é um conceito que define um alto padrão de conduta ética da corporação em relação aos dois principais públicos de qualquer organização: funcionários e comunidade. A sua importância está no fato de que o respeito aos direitos humanos, tanto dos funcionários quanto da comunidade, é um forte fator de sucesso para as empresas.

Outro aspecto importante da cidadania corporativa é o compromisso de valorizar a diversidade. Em um país com extrema desigualdade social, uma empresa que valoriza a diversidade, combate a discriminação de todos os tipos, tem uma política de salários iguais para cargos iguais e tem um código de ética está contribuindo para um país melhor.

O PDCA para um Programa de Cidadania Corporativa Efetiva

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O PDCA é um ciclo desenvolvido por administradores onde os processos administrativos ganham segurança de eficiência e eficácia. Com planejamento(P), execução(D), monitoramento(C), e ação (A)

Para planejar um programa de cidadania corporativa, é interessante estabelecer um espaço institucional para os funcionários exporem as suas propostas em reuniões periódicas. Nessas reuniões, as ações de cidadania corporativa podem ser planejadas com a ferramenta do marketing social, buscando atender as demandas por cidadania, dentro e fora da empresa. As reuniões podem ter um critério de cronograma segundo o quadro abaixo:

Reunião Periodicidade Quem ParticipaSetorial Mensal Líder e lideradosGerencial Bimestral LíderesAnálise Crítica Trimestral Estratégico e liderança

As reuniões estabelecem os planos de ação e os monitoram, controlando as ações de modo a favorecer a melhoria continua do processo. Os líderes devem conhecer os detalhes do programa e verificar com os liderados aspectos que podem prejudicar o andamento do processo (reunião setorial), esse levantamento de dados deve ser discutido com os líderes de setores na empresa, a ideia é estabelecer critérios para resoluções de problemas antes que eles aconteçam (reunião gerencial), as resoluções encontradas para problemas eventuais deve ser analisada e aprovada pela área estratégica da empresa (reunião de análise crítica), estes aspectos fazem com que o programa não sofra deficiência desde o planejamento até sua ação.

Implantar um programa de cidadania gera muitas vantagens para a empresa, como:

A melhora do clima de trabalho, pois quando o funcionário sente que os seus direitos estão sendo respeitados, tem mais prazer em trabalhar e cria-se um clima de cooperação interna que estimula a criatividade de todos.

O fortalecimento da imagem da organização na sociedade, pois é comprovado por pesquisas que os consumidores privilegiam empresas éticas que respeitam os seus funcionários além do exigido pela lei.

Atração e retenção de talentos, visto que o cliente interno hoje visualiza o conceito da empresa para a sociedade e como ele está inserido neste conceito.

O aumento da automotivação dos funcionários, pois eles se veem como cidadãos quando beneficiam a comunidade externa de forma voluntária.

Decorrente do voluntariado, temos a vantagem de estimular à pró-atividade solidária dos funcionários através da prática do empreendedorismo social, pois este fortalece o espírito de equipe e estimula a solidariedade para com os colegas.

Quando o funcionário se torna um empreendedor social, passa a ser referência de cidadão corporativo competente, um líder que agrega seus colegas em prol de um ambiente de trabalho melhor e de resultados.

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III - Os Principais Conceitos de Responsabilidade Social

Segundo o Livro Verde da Comissão Europeia (2001), a responsabilidade social é um conceito segundo o qual, as empresas decidem, numa base voluntária, contribuir para uma sociedade mais justa e para um ambiente mais limpo. Com base nesse pressuposto, a gestão das empresas não pode, e/ou não deve, ser norteada apenas para o cumprimento de interesses dos proprietários das mesmas, mas também pelos de outros detentores de interesses como, por exemplo, os trabalhadores, as comunidades locais, os clientes, os fornecedores, as autoridades públicas, os concorrentes e a sociedade em geral.

Segundo a Norma ABNT NBR 16001:2012, “Responsabilidade de uma organização pelos impactos de suas decisões e atividades na sociedade e no meio ambiente, por meio de um comportamento ético e transparente que: 

Contribua para o desenvolvimento sustentável, inclusive a saúde e o bem estar da sociedade;

leve em consideração as expectativas das partes interessadas; esteja em conformidade com a legislação aplicável e seja consistente

com  as normas internacionais de comportamento,e esteja integrada em toda a organização e seja praticada em suas

relações. NOTA 1: Atividades incluem produtos, serviços e processos.

NOTA 2: Relações referem-se às atividades da organização dentro do escopo do sistema de gestão da responsabilidade social e da cadeia de valor.

NOTA 3: Adaptada da ANBT NBR ISO 26000:2010.”

A Responsabilidade Social (RS) necessita da participação de todos da empresa, sem distinção, do nível estratégico ao operacional, mas principalmente da participação da alta direção. Criando um sistema de gestão onde, o conjunto de elementos inter-relacionados ou interativos, voltados para estabelecer políticas e objetivos, bem como para atingi-los deve estar integrado em toda a organização. As comunicações da organização, tanto internas quanto externas, devem respeitar este preceito.

A alta direção da organização deve definir a sua política da RS que deve ser documentada, implementada e mantida, bem como comunicada para todas as pessoas que trabalham para, ou em nome da organização; e deve estar acessível às partes interessadas. A política deve estar apropriada aos objetivos estratégicos à natureza, escala e impactos da organização. Deve assegurar seu compromisso com a promoção do desenvolvimento sustentável e incluir seus comprometimentos com os seguintes princípios da responsabilidade social: Responsabilização (accoutability) :  condição de responsabilizar-se por decisões e atividades e de prestar contas destas decisões e atividades aos

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órgãos de governança, autoridades legais e às  partes interessadas da organização; Transparência: fraqueza sobre decisões e atividades que afetam a sociedade, a economia e ao meio ambiente e a disposição de comunicá-las de forma clara, precisa, tempestiva, honesta e completa; Comportamento ético: comportamento que esteja de acordo com os princípios aceitos de uma conduta moral e correta no contexto de uma situação específica e que seja consistente com as normas internacionais de comportamento. Respeito pelos interesses das partes interessadas (Stakeholders): Ouvir, considerar e responder aos interesses das pessoas ou grupos que tenham interesse  em qualquer decisão ou  atividade da organização ou por ela possam ser afetados. Atendimento aos  requisitos legais e outros requisitos subscritos pela organização (cumprimento da lei e outros requisitos) ; Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento: comportamento organizacional socialmente responsável, oriundos do direito internacional consuetudinário, dos princípios geralmente aceitos de leis internacionais e ou de acordos intergovernamentais que sejam universalmente ou praticamente universalmente reconhecidos. Direito aos humanos: Reconhecer a importância e a universalidade dos direitos humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente, zelando pelo ambiente econômico, social e natural que necessitam.

Para que um programa de responsabilidade social seja bem sucedido, a empresa precisa ouvir os seus funcionários e a comunidade. Estabelecer uma relação de diálogo é fundamental para que esses dois públicos sintam que os seus direitos estão sendo respeitados e desejem contribuir para com o sucesso da corporação. Com esse pensamento, responsabilidade social deve ter dois níveis de relacionamento estabelecidos, um nível interno (funcionários) e um nível externo (comunidade). A melhor ideia de analise para começar o programa de responsabilidade social na empresa é a análise de SWOT.

Análise S.W.O.T. é um instrumento de gestão utilizado para analisar o ambiente em que se insere uma determinada organização e direcionar seu crescimento. Para tanto, são avaliadas as forças (strengths), as fraquezas (weaknesses), as oportunidades (opportunities) e as ameaças (threats). Com a análise SWOT é possível definir as direções de desenvolvimento da Responsabilidade Social, utilizando novas oportunidades, bem como visualizar as dificuldades da empresa mediante a comunidade e aperfeiçoá-la, promovendo seu crescimento de forma sustentável.

 I. Pontos Fortes e Pontos Fracos (Análise Interna)O estudo dos pontos fortes e fracos da empresa compreende a análise

das diversas áreas que a integram. Pontue todos os setores (administrativo, financeiro, recursos humanos, marketing etc) e analise, em cada um deles, o que apresentam de qualidade e de deficiência, utilize sempre o termo “ponto de melhoria”.

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Ao analisar os pontos fortes é importante identificar vantagens da sua atividade, capacidade estrutural, forma de organização, alcance, divulgação, público-alvo, relevância social, interesse dos investidores, atualidade, inovação entre outros.

Os pontos de melhoria podem ser identificados pela análise das vulnerabilidades, gestão, alcance, organização, profissionalização, legalidade, transparência, meio ambiente, prestação de contas, capacidade de atração de investimentos.

Os pontos fortes e fracos também podem ser analisados comparando sua empresa com outras entidades, verificando as melhores práticas para cada um dos segmentos da sua organização.  

 II. Oportunidades e Ameaças (Análise Externa)Para avaliar as oportunidades e as ameaças de seu projeto, é

importante avaliar o ambiente externo, notadamente os aspectos: econômico, o natural (recursos naturais), social, político, legal e tecnológico.

Para tanto, é necessário ponderar:

 1) Como está o ambiente econômico: que tipos de investidores serão atraídos? Qual a condição de investimento? A curto e médio prazo, qual a estabilidade deles para a manutenção do investimento? Os produtos e serviços fornecidos por sua empresa serão consumidos por quem? Qual o custo? Há interesse do mercado no consumo?

 2) Como está o ambiente natural: sua organização fará uso de recursos naturais e de que tipo? Qual o custo destes recursos e qual a disponibilidade deles? Quais recursos serão repostos ao ambiente? Qual o impacto da sua entidade no ambiente? Que tipo de lixo será produzido? O que será feito com o lixo produzido?

 3) Como está o ambiente social: qual público será imediatamente beneficiado por sua empresa? Qual a necessidade deste público? O que a organização proporcionará a ele? Como serão atingidos pela entidade? Quais as crenças, valores e comportamentos deste público? O que dizem as estatísticas sobre o público beneficiado?

 4) Como está o ambiente político e legal: sua organização segue as leis vigentes? Está regularmente constituída e representada? Os produtos e serviços fornecidos respeitam as especificações técnicas? As relações trabalhistas são formalizadas? Como está a situação fiscal da sua entidade? Sua entidade tem alvará de funcionamento? Existe algum projeto de lei que pode interferir diretamente nas ações de sua empresa?

 5) Como está o ambiente tecnológico: sua organização utiliza quais tipos de mídia? De que forma a tecnologia está presente na sua organização? Quais os meios explorados e quais ainda não foram usados?

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Com a análise estabelecida, chegou a hora de compor as ações para melhoria dos pontos fortes e oportunidades encontradas e correção e prevenção dos pontos fracos e ameaças. Após levantar os pontos fortes e fracos, oportunidades e ameaças, responda às seguintes perguntas:

 1) Quais as oportunidades podem ser aproveitadas por minha empresa, se utilizar meus pontos fortes?

 2) Quais ameaças a organização pode neutralizar com os pontos fortes destacados?

 3) Quais pontos fracos posso corrigir? As melhores práticas de outras organizações podem me auxiliar neste processo?

 4) Quais ameaças podem prejudicar a empresa, juntamente com os pontos fracos constatados?

As respostas a estas questões, concretam ações que farão parte do programa de Responsabilidade Social da empresa.

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IV - A Importância da Gestão Social

Gestão Social é o processo de gerência e administração de responsabilidade social. Baseia-se num fluxo contínuo, organizado e sistematizado de informações entre os diversos setores e níveis de atuação. Assim, todos os atores intervenientes nas ações mantêm-se informados a respeito dos objetivos, realizações, êxitos e fracassos do projeto, criando a política que irá definir os métodos utilizados para responsabilidade social.   A política da responsabilidade social deve incluir o comprometimento da alta direção com a melhoria contínua e com a prevenção de impactos adversos. Deve fornecer a estrutura para o estabelecimento e a revisão dos objetivos e metas da responsabilidade social.

A gestão social deve considerar os seguintes temas centrais:1. Governança organizacional, sistema pelo qual as empresas são

dirigidas e monitoradas, envolvendo os relacionamentos entre Acionistas/ Cotistas, Conselho de Administração, Diretoria, Auditoria Independente e Conselho Fiscal. As boas práticas de Governança organizacional têm a finalidade de aumentar o valor da sociedade, facilitar seu acesso ao capital e contribuir para sua perenidade;

2. Direitos humanos, que respondem as necessidades das pessoas, dos grupos e sociedades e garantindo e promovendo o exercício da dignidade;

3. Meio ambiente, ligado diretamente ao ambiente de trabalho, ou seja, o local onde as pessoas desempenham suas atividades laborais, sejam remuneradas ou não, cujo equilíbrio está baseado na salubridade do meio e na ausência de agentes que comprometem a incolumidade físico-psíquica dos trabalhadores, independentemente da condição que ostentem (homens ou mulheres, maiores ou menores de idade, celetistas, servidores públicos, autônomos, entre outros.);

4. Práticas leais de operação, a conduta ética nas atividades da organização, onde os valores da empresas são evidenciados na prática diária, nos processos da empresa;

5. Questões relativas ao consumidor, ou seja, respeito as necessidades dos clientes, valorizando a marca no mercado atual, baseado no conceito do seu produto ou serviço aos consumidores.

6. Envolvimento e desenvolvimento da comunidade, foco da responsabilidade social, visto que a empresa é um modificador de ambiente em que ela está inserida.

 A gestão social deve realizar  uma  due dilligence, processo de

investigação e auditoria nas informações de empresas fundamental para confirmar os dados disponibilizados aos potenciais compradores ou investidores, visando prevenir, evitar e mitigar os impactos negativos significativos, reais e potenciais das suas decisões e atividades no meio ambiente, economia, sociedade e partes interessadas e deve avaliar a significância destes impactos.

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É compromisso da gestão social, identificar oportunidades de melhoria e inovação (ao avaliar a pertinência e significância das questões da RS a organização deve considerar as oportunidades de reforçar as ações em curso relativas à RS e identificar oportunidades de melhoria). A organização deve estabelecer, implementar e manter objetivos e metas que sejam compatíveis com a política da RS e com os resultados da due diligence.

Exemplo de governança sustentável, due diligence

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V - Primeiros Passos de Responsabilidade Social Empresarial – Metodologia Ethos

O Instituto Ethos é uma organização sem fins lucrativos que busca disseminar ferramentas de gestão e práticas responsáveis. Por meio de projetos, como o Jogos Limpos Dentro e Fora dos Estádios, o instituto trata de assuntos como direitos humanos, cidadania e meio ambiente. O Movimento Empresarial pela Biodiversidade pretende promover a mobilização do setor empresarial para assumir compromissos e pressionar por regulamentações internas e externas sobre o uso da biodiversidade brasileira. Também atuando junto dos empresários, o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, lançado em 2005, reúne empresas brasileiras e multinacionais que assumiram o compromisso de não negociar com quem explora o trabalho escravo.

O Instituto Ethos desenvolveu indicadores de RS que são referência para as empresas e servem como ferramentas de incorporação na gestão dos conceitos e compromissos com o desenvolvimento sustentável. O projeto tem como base as seguintes diretrizes:

Gestão transparente, por meio de mecanismo estruturado de governança corporativa;

Alinhar os indicadores as tendências e iniciativas nacionais e internacionais na gestão;

Integrar as principais ferramentas de gestão, metodologias e iniciativas em RS e sustentabilidade desenvolvidas por outras organizações;

Aplicar a linguagem Global Reporting Iniciative, de modo a concretizar essa integração;

Manter-se atualizado às mais recentes discussões em RS, para sugerir práticas que tratem dessas questões.

A prática de diálogo e engajamento da empresa com todos os públicos ligados a ela, a partir de um relacionamento ético e transparente é o primeiro passo de RS na empresa. Por mais que a implementação dessas práticas sejam um grande desafio para as empresas, os resultados são sempre significativos para a gestão.

O sistema de Indicadores Ethos permite que as organizações que quiserem acompanhar a gestão da RS de seus fornecedores e clientes possam ter acesso as informações geradas por eles, desde que obtenham seu consentimento.

Essa iniciativa visa estimular e facilitar os processos de gestão socialmente responsável nas cadeias de valor das empresas que esperam ampliar os resultados de suas ações por meio de seus fornecedores e clientes.

O sistema permite apontar prioridades, estabelecer metas e iniciativas conjuntas, facilitar o acompanhamento das ações por meio de avaliações periódicas e possibilitar que a empresa e a sua cadeia de valor evoluam juntos para a sustentabilidade.

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O questionário dos indicadores Ethos está baseado nos seguintes temas:

1. Valores, transparência e governança;2. Público interno;3. Meio ambiente;4. Fornecedores;5. Consumidores e clientes;6. Comunidade;7. Governo e sociedade

A finalidade é explorar em diferentes perspectivas como a empresa pode melhorar seu desempenho naquele aspecto, pois cada indicador é formado por uma questão de profundidade, questões binárias e questões quantitativas.

Questão de Profundidade (ou Indicador de Profundidade): permite avaliar o estágio atual da gestão da empresa em relação a determinada prática. É representado por quatro quadros contíguos, que apresentam estágios dessa prática, cujo nível de desempenho evolui do primeiro até o quarto, permitindo à empresa situar-se facilmente na escala.

Apenas um dos quatro estágios pode ser escolhido, devendo-se optar por aquele que mais se aproxima da realidade da empresa. Nessa avaliação, é preciso considerar que a escolha de um estágio pressupõe o cumprimento do nível anterior.

Na hipótese de nenhuma das opções corresponder à realidade da empresa, deve-se assinalar um dos seguintes motivos: “Não havíamos tratado antes desse assunto” ou “Não vemos aplicação disso em nossa empresa”. Assinalando a segunda opção, a empresa deve apresentar uma justificativa no espaço reservado para comentários. Se optar por uma dessas alternativas, as questões adicionais correspondentes serão automaticamente consideradas como não aplicáveis.

Questões Binárias (ou Indicadores Binários): é composto de questões binárias (sim ou não), que qualificam a resposta escolhida no indicador de profundidade. Contêm elementos de validação e aprofundamento dos aspectos ou estágio de responsabilidade social identificados pela empresa e ajudam a entender quais práticas devem ser incorporadas à gestão dos negócios. Esses indicadores devem ser obrigatoriamente preenchidos, exceto nos casos em que o assunto do indicador de profundidade correspondente não foi tratado antes pela empresa ou não é aplicável à sua realidade.

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Questões Quantitativas (ou Indicadores Quantitativos): propõe o levantamento sistemático de determinados dados, que podem ser avaliados segundo séries anuais e cruzados com outros. Nem todos os indicadores apresentam dados quantitativos. No entanto, os que existem devem ser levantados precisamente, pois serão úteis, sobretudo no monitoramento interno da empresa.

Está disponível no site dos Indicadores Ethos, em www.ethos.org.br/indicadores, um glossário de conceitos e definições dos termos mais relevantes para a compreensão das questões apresentadas em cada indicador, facilitando assim o preenchimento do questionário.

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VI - Principais Itens a Serem Considerados no Desenvolvimento de um Projeto Social

Numa época em que os recursos públicos destinados à área social escasseiam e as demandas, em contrapartida, aumentam, a exigência por uma gestão “eficaz, eficiente e efetiva” dos projetos e programas sociais é categórica. No entanto, é necessário o desenvolvimento de uma cultura voltada para a elaboração, o monitoramento e a avaliação, que compreenda tais processos não apenas como etapas subsequentes destinadas à definição das metas, acompanhamento do cronograma e do fluxo de caixa e checagem dos resultados, com vistas à captação de recursos e posterior prestação de contas junto aos financiadores, mas sim como “práticas adequadas ao aperfeiçoamento do processo de tomada de decisão na gestão dos projetos”, em especial na área social.

Como todo projeto é necessário primeiramente a definição do escopo, dos limites que o projeto social terá que estabelecer. Para o enfrentamento das questões sociais precisamos mais do que vontade de acertar. A competência técnica para propor, conduzir e avaliar intervenções no campo social deve ser buscada, seja através da capacitação dos executores, seja por meio da contratação de consultoria externa ou da cooperação técnica de especialistas. Isto não implica, contudo, na construção de alternativas ambiciosas ou complexas aos problemas sociais em foco. Muitas vezes as soluções simples e originais são mais realistas e adequadas.

Projetar significa planejar algo que se pretende realizar no futuro, sendo que um projeto distingue-se de outras formas de planejamento – como o planejamento estratégico de uma instituição ou uma simples programação de atividades rotineiras – por ser fechado, isto é, tem começo, meio e fim previsíveis e programados. Projetar socialmente, significa então, planejar etapas consolidadas de inicio, andamento e fim desse projeto, as ações envolvidas serão acompanhadas de forma direta com aprovações das fases e replanejamento das ações seguintes, sempre seguindo o ciclo do PDCA.

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Os itens principais que encadeam um projeto social segundo Carla Cabrera, são os seguintes:

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1. Identificação e descrição da organização proponente - Apresenta os dados gerais da instituição, como CNPJ, endereço, telefones, site e também um breve histórico da organização, sua missão e principais iniciativas.

2. Identificação dos responsáveis pelo projeto - Traz nomes, cargos e contatos das pessoas responsáveis pelo projeto.

3. Título - Inclui o nome curto do projeto, que expressa sua finalidade e forma de atuação.

4. Justificativa - Discute o contexto social em que se inserem a organização e o projeto proposto. Serve para mostrar por que é necessário e prioritário fazer a intervenção proposta pelo projeto.

5. Público-alvo - Descreve quantos e quem são os beneficiados diretos e indiretos do projeto.

6. Objetivo Geral - É a razão de ser do projeto. Responde de forma clara e objetiva à questão: “para quem se destina esse projeto e o que ele pretende transformar?”. Este objetivo está diretamente relacionado à justificativa e é genérico. Ele não pode ser assegurado somente pelo sucesso do projeto; depende de outras ações e variáveis. Portanto, expressa o que se quer alcançar em longo prazo, ultrapassando inclusive o tempo de duração do projeto.

7. Objetivos Específicos - Explica como estarão o público-alvo e o contexto social depois de suas necessidades serem atendidas. Cada objetivo específico retrata uma única mudança na vida do público-alvo. Um objetivo específico é mensurável, atingível num tempo limitado, relacionado às necessidades do público-alvo.

8. Plano de ações - Mostra o que será feito para que os objetivos específicos se transformem em realidade.

9. Parcerias - Relata se o projeto conta com alianças com o setor público, com a iniciativa privada e/ou com organizações da sociedade civil organizada. Também apresenta o tipo de parceria estabelecida e o papel de cada ator.

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10. Avaliação - Apresenta os procedimentos e métodos que serão usados para saber se as atividades estão sendo executadas, consumindo os recursos previstos, e se os objetivos propostos estão sendo atingidos.

11. Cronograma - É a representação gráfica do tempo das ações e das atividades planejadas. Responde quando ocorrerão as atividade previstas no plano de ação durante o período estabelecido para o projeto.

12. Orçamento - Detalha todos os recursos materiais, financeiros e humanos envolvidos no projeto. Pode ser feito mostrando as despesas por tipo ou rubricas tais como, recursos humanos, equipamentos etc. Também podem ser apresentadas por meio de um cronograma físico financeiro que mostra quando as despesas serão efetivadas ao longo do projeto.

13. Equipe - Descreve o grupo de pessoas envolvido no projeto e qual será o papel de cada um.

14. Sustentabilidade - Pontua as estratégias e os desdobramentos que viabilizarão a continuidade do projeto e de seus resultados.

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VII - Principais Certificações

A certificação é o reconhecimento por um órgão externo da realização e prática de uma organização, ou seja, é o reconhecimento de um sistema de gestão que funciona segundo os critérios estabelecidos pela própria organização, pela Norma vinculada a certificação, pelas leis e pelas necessidades dos clientes.

Para as certificações voltadas a cidadania e Responsabilidade social são:

PNQ – Prêmio Nacional da Qualidade - é uma premiação entregue pela Fundação Nacional da Qualidade (FNQ), entidade privada e sem fins lucrativos, às organizações sediadas no Brasil pela excelência de sua gestão.

Objetivos: Garantir que a organização tenha as técnicas mais atualizadas e bem-sucedidas de administração; Estimular a excelência do desempenho e a ampla troca de informações sobre métodos e sistemas de gestão que alcançaram sucesso e sobre os benefícios decorrentes da utilização dessas estratégias.

Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial: Os critérios de excelência do PNQ podem ser adotados indiscriminadamente por todo e qualquer tipo de organização, independentemente do porte ou do setor de atividade econômica.

PSQT – Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho - é uma premiação entregue pelo Serviço Social da Indústria (SESI) às indústrias sediadas no Brasil pela excelência de sua política interna. Reconhece publicamente as indústrias nacionais cujas práticas de gestão para com o público interno – os funcionários – são consideradas de excelência, colaborando para o exercício da responsabilidade social do setor.

Objetivos: O Prêmio SESI de Qualidade no Trabalho foi criado para estimular as empresas brasileiras a adotarem políticas e medidas que assegurem em:

A responsabilidade social empresarial da indústria brasileira; O exercício da ética e da transparência nas relações de trabalho; O exercício da ética e da transparência nas relações de trabalho; O exercício da ética e da transparência nas relações de trabalho;

Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial: A premiação “é um reconhecimento público às empresas industriais por suas práticas de gestão e valorização dos seus colaboradores, uma das partes interessadas no seu sucesso”. Dessa forma, pretende-se que, ao assumir políticas e compromissos socialmente responsáveis, seja possível gerar vantagens competitivas e resultados favoráveis para os negócios da empresa.

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Normas ISO – International Standardization Organization

ISO 9000 - As NBR ISO 90001 asseguram ao cliente a garantia da qualidade pela conformidade. Para a empresa, garante a certificação ao seu processo da qualidade. A série ISO 9000 é composta por um conjunto de normas – NBR ISO 9000, 9001, 9002, 9003 e 9004, que contêm elementos relevantes para os sistemas de gestão da qualidade total e visam à avaliação dos sistemas de qualidade dos fornecedores, em benefício do cliente e do mercado (ABNT, 1995; apud GADELHA, 2002).

Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial: A série ISO 9000 é um conjunto de normas que estabelece diretrizes para o funcionamento, a garantia de controle e a comprovação da eficácia dos sistemas da qualidade adotados pelas empresas, mas não garante que o produto fabricado atenda a requisitos específicos de norma ou regulamento técnico. Assim sendo, as normas da série ISO 9000 não tratam diretamente da qualidade de produtos; elas asseguram a estabilidade do seu processo de produção e sua repetição em grandes escalas.

ISO 14000 - A elaboração da série ISO 14000 teve por base as normas britânicas BS7750 – Specification for Environmental Management Systems (Especificação para Sistema de Gestão Ambiental), constituindo-se em um sistema de normas ambientais utilizado no mundo inteiro. Para estar em conformidade com o padrão ISO 14001, as organizações devem desenvolver uma política ambiental, um sistema de gerenciamento, uma avaliação dos aspectos ambientais, obrigações legais e voluntárias, além de promover auditorias internas periódicas e relatórios para a alta gerência.

Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial: A certificação ISO 14000 possibilitou atingir uma massa crítica de organizações ao redor do mundo, sendo implementada em cerca de 37 mil unidades empresariais em 112 países desde que foi publicada, no final de 2001 (ETHOS, 2004). Essa expansão dá-se na medida em que empresas certificadas podem exigir que seus fornecedores também o sejam, facilitando a disseminação das regras de conduta e proteção ambiental. Diante disso, as organizações empresariais investem cada vez mais em projetos que visam conjugar otimização dos processos de produção industrial com desenvolvimento sustentável, no intuito de atender às necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em atender às suas próprias necessidades.

BS 8800 – British Standards 8800 - A British Standards, o órgão britânico encarregado de elaborar as normas técnicas aplicadas naquele país, elaborou a BS 88003, que é uma norma que discorre sobre os elementos aos

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quais uma empresa deve se ater no desenvolvimento do seu sistema de gestão da Segurança e da Saúde no Trabalho (SST).

Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial: A BS 8800 é entendida como um guia de diretrizes, bastante genérico, que se aplica tanto a indústrias complexas, de grande porte e altos riscos, como a organizações de pequeno porte e baixos riscos. Seus pontos chaves visam minimizar os riscos para os trabalhadores e outros, melhoram o desempenho nos negócios estabelecem uma imagem responsável das organizações perante o mercado e a sociedade em geral, mas não em termos sociais.

OHSAS 18001 - , que significa Occupational Health and Safety Assessment Series, é uma norma para sistemas de gestão da segurança e da saúde no trabalho (Segurança e Saúde no Trabalho). A certificação por essa norma garante o compromisso da empresa com a melhoria contínua de seu desempenho em saúde ocupacional e segurança de seus funcionários.

Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial: Se por um lado a adoção de sistemas individuais de gestão como ISO 9000 (qualidade do produto), ISO 14000 (gestão ambiental) e OHSAS 18001 (saúde e segurança no trabalho) é um ato que também é de responsabilidade social, a integração desses sistemas é mais uma validação da responsabilidade de uma organização para com o social.

SA 8000 – Social Accountability 8000 - é uma normatização em vigor desde 1997, desenvolvida pela SAI (Social Accountability International), organização não governamental sediada nos EUA, que certifica empresas nos rigorosos moldes da ISO 9000. A SA 8000 estabelece como critério uma série de itens relacionados com a Declaração Universal dos Direitos do Homem, acordos de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, resoluções da Organização Internacional do Trabalho (OIT), além de se basear na legislação do país onde a empresa estiver estabelecida.

Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial: A SA 8000 difere dos demais códigos de conduta e cartas de intenção por ser uma norma que pretende assegurar a integração dos temas sociais a todos os aspectos da política empresarial, bem como ao cotidiano das operações. Sua maior vantagem está no fato de ser um padrão tanto de desempenho quanto de processo A obtenção e a garantia da certificação implicam que a empresa invista em um contínuo esforço de cumprimento das normas. Ela foi criada com o objetivo de ser auditável e certificável, contendo em seus critérios requisitos de conformidade com leis nacionais e requisitos subscritos pela empresa.

ABNT NBR 16001:2004 – Responsabilidade Social – Sistema de gestão - A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) criou a norma NBR 160017, que visa estabelecer requisitos mínimos relativos a um sistema de gestão da responsabilidade social. Segundo o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial – (Inmetro), o Brasil é o

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primeiro país no mundo a desenvolver uma norma em seu sistema oficial dedicada à responsabilidade social. O desenvolvimento da norma brasileira em Responsabilidade Social Empresarial contou com a participação e a contribuição de diversas entidades representativas do assunto. A ABNT coordenou o processo de elaboração do texto da norma (responsabilidade social – sistema de gestão – requisitos) e contou com a colaboração de diversas instituições públicas e privadas.

Potencialidade de aplicação na Responsabilidade Social Empresarial: A norma brasileira da gestão em Responsabilidade Social Empresarial da ABNT estabelece metas e objetivos gerais e específicos de desenvolvimento ambiental, econômico e social a serem atingidos por meio da adoção de uma política de responsabilidade social e de resultados mensuráveis da gestão de uma organização nos seus aspectos de responsabilidade social. A NBR 16001 utiliza o conceito de que a responsabilidade social está associada à concepção de desenvolvimento sustentável e reflete nas suas três dimensões: econômica, ambiental e social. A norma permite a formulação e a implantação de políticas e objetivos que abrangem exigências legais, compromissos éticos, transparência, cidadania e desenvolvimento sustentável das atividades de uma organização. 

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VIII - As Metas do Milênio

Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio – ODM, que no Brasil são chamados de 8 Jeitos de Mudar o Mundo – que devem ser atingidos por todos os países até 2015. Todos os 191 Estados-Membros das Nações Unidas assumiram o compromisso de: Erradicar a extrema pobreza e a fome; Atingir o ensino básico universal; Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres; Reduzir a mortalidade infantil; Melhorar a saúde materna; Combater o HIV/Aids, a malária e outras doenças; Garantir a sustentabilidade ambiental; Estabelecer uma Parceria Mundial para o Desenvolvimento.

Por mais que muitos países estejam longe de cumprir os oito Objetivos do Milênio, conhecidos como ODM, principalmente no que se refere ao combate à fome e à pobreza extrema, o estabelecimento de novas metas a partir de 2015 só será feito quando os parâmetros iniciais tiverem sido cumpridos. Foi criado o Prêmio Brasil ODM, que tem como objetivos incentivar e dar visibilidade a práticas que contribuam a consecução dos Objetivos, reconhecer publicamente os esforços em favor dos ODM e desenvolver um banco de boas práticas que sirva como referência de política pública para a sociedade e para o Estado. A iniciativa brasileira inspirou a criação pelas Nações Unidas do Prêmio Internacional sobre os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio.

O Prêmio ODM Brasil foi criado pelo Governo Federal em 2004 e é coordenado pela Secretaria Geral da Presidência da República em conjunto com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Movimento Nacional pela Cidadania e Solidariedade – Nós Podemos. Surgiu para incentivar, valorizar e dar visibilidade a práticas de prefeituras e organizações da sociedade civil que contribuam para o alcance dos ODM.

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Os primeiros levantamentos acerca dos resultados da Declaração foram desanimadores. Em algumas regiões, como a África Meridional (ao sul do deserto do Saara), houve retrocesso. Em 46 países as pessoas são mais pobres hoje do que há uma década. Em 25 existem mais famélicos. O desenvolvimento sustentável requer muita inovação, ciência e tecnologia. As abordagens até agora discutidas falam muito pouco em inovação e adotam um modelo de economia velho. É mais ou menos como se tudo que tivéssemos a fazer fosse reformar a economia, como fazemos com um prédio velho, para torna-la sustentável. Os dados foram discutidos e analisados na Rio+20 e um conjunto de metas, com indicadores para o desenvolvimento sustentável global que possam ir além do produto interno bruto (PIB) foram estabelecidos com a RIO+20. Tais metas seriam inspiradas nos Objetivos do Desenvolvimento do Milênio, adotadas pela ONU em 2000, com indicadores sociais objetivos, nas áreas de educação, saúde e alimentação, que possam levar à redução da fome e da miséria, as metas seriam um compromisso político, igual para todos os países e não seriam usadas para punir quem não as cumpre, mas como incentivo à sustentabilidade. As metas também não substituiriam os acordos internacionais para redução de emissão de gases causadores de efeito estufa e de combate às mudanças climáticas.

Com base em estatísticas oficiais da ONU, o Relatório dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio 2013 mostra que as ações conjuntas dos governos nacionais, da comunidade internacional, da sociedade civil e do setor privado estão tornando realidade o cumprimento dos ODM. O Relatório afirma que uma conclusão bem-sucedida para os ODM será um importante alicerce para uma agenda de desenvolvimento posterior, e que o volume de experiências e lições aprendidas com os ODM irão beneficiar as perspectivas de progresso contínuo.

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IX - O Pacto Global

É uma iniciativa proposta pela ONU para encorajar empresas a adotar políticas de responsabilidade social corporativa e sustentabilidade. Sendo uma iniciativa planejada para empresas comprometidas em alinhar suas operações e estratégias com os dez princípios universalmente aceitos nas áreas de direitos humanos, trabalho, meio ambiente e combate à corrupção. Assim, as corporações, que são os principais agentes da globalização, podem ajudar a garantir que organizações de mercado, comércio, tecnologia e finanças progridam de maneira a beneficiar as economias e sociedades em todos os lugares.    Esse pacto pretende promover um diálogo entre empresas, organizações das Nações Unidas, sindicatos, organizações não governamentais e demais parceiros, para o desenvolvimento de um mercado global mais inclusivo e sustentável, a ideia é conseguir dar uma dimensão social a globalização.

O Pacto Global tem dois objetivos complementares:

integrar os dez princípios nas atividades empresariais ao redor do mundo; catalisar ações em apoio aos mais amplos objetivos de desenvolvimento

da ONU, incluindo, por exemplo, as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDMs).

Para o atingimento desses objetivos, o Pacto Global oferece às empresas participantes a oportunidade de melhorar suas práticas por meio de vários mecanismos: colaboração, aprendizagem, Redes Locais e parcerias.

Participar do Pacto Global é assumir um compromisso amplamente visível de implementação, divulgação e promoção dos Dez Princípios universais. A expectativa é que cada empresa afiliada ao Pacto Global:

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1. faça do Pacto Global e de seus princípios parte integrante da sua estratégia empresarial, operações do dia-a-dia e sua cultura organizacional;

2. inclua o Pacto Global e incorpore os seus princípios nos processos de decisão do corpo diretivo da empresa (exemplo: conselho diretor, etc.);

3. tome medidas em apoio às questões e objetivos mais amplos da ONU ("refere-se a uma série de questões globais - baseados nos mais intensos e frequentes desafios globais - incluindo Paz & Segurança; as Metas de Desenvolvimento do Milênio (MDMs); Direitos Humanos; Direitos da Criança; Igualdade dos Sexos, Saúde, Educação, Assistência Humanitária; Migração; Segurança Alimentar, Ecossistemas e Biodiversidade Sustentável; Mitigação e Adaptação às Mudanças Climáticas; Segurança da Água e Saneamento; Emprego e Condição de Trabalho Decente e combate à corrupção'');

4. inclua em seu relatório anual (ou em outro documento público comparável, como, por exemplo, um relatório de sustentabilidade) uma descrição de como a empresa vem adotando os princípios e apoiando as questões e objetivos mais amplos da ONU (esse documento é chamado também de Comunicação de Progresso – COP – “Communication on Progress”); e

5. divulgue o Pacto Global e defenda a causa em favor de práticas corporativas responsáveis por meio da promoção e divulgação ativa entre seus colegas, parceiros, clientes, consumidores e público em geral.

O Pacto Global é uma iniciativa voluntária direcionada principalmente a empresas, mas também busca alcançar uma gama de outras organizações, tais como associações empresariais e organizações não governamentais. Para participar, a organização interessada deverá:

1. revisar as instruções de preenchimento do formulário de inscrição online (Online Application Guideline);

2. enviar uma “Carta de Compromisso” assinada pelo diretor executivo da empresa (e endossada pelo conselho, se for o caso) endereçada ao Secretário-geral das Nações Unidas, expressando o compromisso com: (i) apoio ao Pacto Global e seus Dez Princípios, (ii) engajamento em parcerias para promover as questões e objetivos mais amplos da ONU e (iii) comprometer-se em submeter anualmente o relatório Comunicação de Progresso (COP);

3. Preencher o formulário de inscrição online e postar uma cópia digital assinada da “Carta de Compromisso” do diretor executivo. O nome do executivo que assinou a “Carta de Compromisso” deve corresponder àquele que consta no formulário de inscrição online.

O formulário de inscrição online e o modelo da “Carta de Compromisso” podem ser encontrados na sessão “How to Participate” no portal do Pacto Global da ONU. Quando da adesão ao Pacto Global da ONU, as empresas devem fazer, anualmente, uma contribuição regular, a fim de apoiar o trabalho do Escritório do Pacto Global da ONU.

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X - O Balanço Social

O balanço social é um demonstrativo publicado anualmente pela empresa reunindo um conjunto de informações sobre os projetos, benefícios e ações sociais dirigidas aos empregados, investidores, analistas de mercado, acionistas e à comunidade. É também um instrumento estratégico para avaliar e multiplicar o exercício da responsabilidade social corporativa.

O Balanço Social se constitui uma consequência das pressões sociais realizadas pela sociedade às empresas materializando a transparência das ações sócio ambientais e econômicas realizadas por essas instituições, isto é um instrumento evidenciador da responsabilidade social corporativa. Esse demonstrativo também é empregado como ferramenta gerencial por evidenciar informações sobre políticas administrativas contribuindo no controle e ajuda do processo decisório e de determinação de estratégias.

O balanço social favorece a todos os grupos que interagem com a empresa. Aos dirigentes fornece informações úteis à tomada de decisões relativas aos programas sociais que a empresa desenvolve. Seu processo de realização estimula a participação dos funcionários e funcionárias na escolha das ações e projetos sociais, gerando um grau mais elevado de comunicação interna e integração nas relações entre dirigentes e o corpo funcional. Aos fornecedores e investidores, informa como a empresa encara suas responsabilidades em relação aos recursos humanos e à natureza, o que é um bom indicador da forma como a empresa é administrada. Para os consumidores, dá uma idéia de qual é a postura dos dirigentes e a qualidade do produto ou serviço oferecido, demonstrando o caminho que a empresa escolheu para construir sua marca. E ao Estado, ajuda na identificação e na formulação de políticas públicas. Enfim, como dizia Betinho: "o balanço social não tem donos, só beneficiários".

A procedência da palavra balanço provém do latim bilancis e significa hi-dois; lancis = prato, ou seja, dá a idéia de balança, o que nos remete a noção de equilíbrio entre grandezas. Por isso, o termo Balanço Social, no sentido conceitual, é considerado como inadequado por estudiosos contábeis, já que esse demonstrativo corresponde a um relatório de evidenciação das ações sociais corporativas. O Balanço social, também denominado Relatório de Sustentabilidade ou Relatório da Responsabilidade Social, é um produto da Contabilidade Social publicado anualmente pela empresa que procura demonstrar aos interessados um conjunto de informações relacionadas aos projetos ambientais e ações sociais. Portanto, o Balanço Social, na qualidade de ferramenta gerencial fornece à empresa informações valiosas para tomada de decisão e adoção de estratégias.

O Balanço Social tem como o principal objetivo mostrar à sociedade a atuação socialmente responsável da empresa, uma vez que, as ações desenvolvidas em prol da melhoria da sociedade e do meio ambiente ajudam

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instigar a valorização da cidadania corporativa acarretando no estreitamento da relação da empresa/sociedade.

Algumas iniciativas de se lançar a ideia e a prática da realização do balanço social e de estímulo à responsabilidade social das empresas vêm acontecendo nos últimos anos. Porém, mais do que nunca, precisam continuar, ser ampliadas e incentivadas. A parceria entre empresas, governo e sociedade é fundamental para reduzir a pobreza e a injustiça social, promovendo um maior progresso e desenvolvimento social e humano. Contudo, muito ainda precisa ser estudado, pesquisado, e realizado na prática para que esta ideia possa, de fato, gerar frutos concretos para toda sociedade.