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    Os ndices sintticos, so um bommedidor do social, pois permitem-nos retirar caractersticas sobre de-terminada regio.O presente trabalho desenvolve uma inves-tigao recente sobre a diferena de com-petitividade em duas reas distintas do terri-trio portugus, o litoral e o interior, e pre-tende aferir sobre as dimenses mais com-petitivas em cada um dos espaos.

    Definio de competitividade em sentido lato

    Chudnovsky e Porta (1990), propem doisenfoques para definir competitividade: o en-foque microeconmico e o enfoque macro-econmico.No enfoque microeconmico, esto as defi-

    nies de competitividade centradas sobre aempresa. So as definies que associam acompetitividade aptido de uma empresano projecto, produo e vendas de um de-terminado produto em relao aos seus con-correntes.No enfoque macroeconmico, competitivi-dade pode ser entendida como a capacida-de de economias nacionais apresentaremcertos resultados econmicos.

    Continuando na mesma linha de estudo, pdemos separar o conceito de competitividde em duas famlias de acordo com Hegunauer (1989):

    Competitividade como desempenho, eque a competitividade , de alguma formexpressa na participao no merca(market-share) alcanada por uma empsa, num determinado mercado em detminado momento de tempo.

    Competitividade como eficincia, ondepretende traduzir a competitividade atvs de uma relao matria-prima pduto, ou seja, a capacidade da empretransformar matrias-primas em produtcom o mximo de rendimento.

    Para os que advogam a verso desempencompetitividade como um fenmeno e

    post, o resultado de um vasto conjunto factores, dentro dos quais a eficincia pdutiva apenas mais um factor e nem sepre o mais importante.Para os que seguem a vertente eficinciacompetitividade um fenmeno ex-ante, i, um mtodo de desempenho realizado peempresas que se traduz nas tcnicas por epraticadas. O desempenho no mercado , nte caso, uma consequncia da competitivida

    O presente trabalho debrua-se sobre a presena de competitividade nas rgies do interior portugus. Com recurso construo de um ndice de Comptitividade das Cidades, inspirado em Porter (2000), constata-se que as

    menses demogrfica, emprego e de conforto so aquelas que oferecem vlores mais competitivos associados s regies do interior portugus.

    As diferenasde competitividade

    entre olitorae o interior portugus*

    Por Paulo Reis Mouro e Jlio Miguel Coelho Barb

    Paulo Reis Mouro

    Departamento de Economia

    da Universidade do Minho;

    Ncleo de Investigao

    em Poltica Econmica UM

    Jlio Miguel Coelho Barbosa

    Finalista da Licenciatura

    em Economia da Universidade

    do Minho

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    A competitividade das regies

    Internamente, existe entre o litoral e o interiorum diferencial de competitividade, cuja ima-

    gem tradicional em favor do primeiro espao.Porm, at que ponto que as cidades do in-terior podem convergir com as do litoral? Po-der-se- comear por recusar esses espaos(interior) como marginais e adoptar uma visodesses espaos, como espaos de oportunida-des (MEPAT, 1998). pertinente aferir o real alcance do conceito decidade, no que concerne ao territrio portu-gus. Segundo a 158. Deliberao do Conse-lho Superior de Estatstica, de 3 de Julho de1998, publicada no Dirio da Repblica, II. S-

    rie, de 11/09/1998 e complementada pela 185.Deliberao do Conselho Superior de Estatsti-ca, de 15 de Maro de 2000, publicada no Di-rio da Repblica, II. Srie, de 17/04/2000 considerada freguesia urbana, toda aquela quepossua uma densidade populacional superior a500 habitantes / quilmetro quadrado ou queintegre um lugar com populao residente su-perior ou igual a 5 000 habitantes.Em Portugal, a elevao dos lugares catego-ria de cidade (e de vila), decidida na Assem-bleia da Repblica, luz do art. 13. da lei 11/82de 2 de Junho: uma vila s pode ascender ca-tegoria de cidade quando conte com um n-mero de eleitores, em aglomerado populacio-nal contnuo, superior a 8000, e possua, pelomenos metade dos seguintes equipamentos co-lectivos:a) instalaes hospitalares com servio de per-

    manncia.b) farmcias.c) corporao de bombeiros.d) casa de espectculos.e) museu e biblioteca.

    f) instalaes de hotelaria.g) estabelecimento de ensino preparatrio e se-

    cundrio.h) estabelecimento de ensino pr-primrio e in-

    fantrios. luz do programa NUT II Regio Centro dePortugal, foi publicado um artigo (Carvalho eSequeira, 1999) onde so analisados os objecti-vos fulcrais para o desenvolvimento das cida-des. Os resultados obtidos salientam que as ci-dades do interior com maiores ndices popula-cionais podero ter as caractersticas para essaconvergncia. As cidades mdias do interior,tendo por base o nmero de populao resi-dente, tm alguns benefcios em relao aoscentros urbanos mais pequenos desse espao,

    j que tm uma maior dimenso de aglome-rao escala, qualidade de vida, intensidadede fluxos, comrcio e servios, poder de com-pra e fontes de informao.Por outro lado, em relao s grandes cidadesdo litoral, ainda no sentiram os efeitos de umcrescimento econmico desordenado e poucosustentado, que provocou naquelas cidades,poluio, congestionamento rodovirio, altosnveis de criminalidade e processos de margi-nalizao e degradao urbana. uma abordagem centrada na populao e nasfunes urbanas, que acentua os aspectos qua-litativos em detrimento dos grandes agregadosquantitativos econmicos.Para compreender os factores que esto na ba-se da diferena de competitividade entre as re-gies, teremos em linha de conta um outro es-tudo realizado por Jos Mendes, em 1999 Onde viver em Portugal, que engloba as di-menses clima, criminalidade, desemprego, ha-bitao, mobilidade, patrimnio, poder decompra, poluio, servios e em que se hierar-quizam cinco clusters:

    Quadro 1 Clustersde cidades e pontos fortes e fracos

    Clusters

    1. cidade

    2. cidade

    Cidades Mdiasem Forte Crescimento

    Cidades Mdiasem Fraco Crescimento

    ou Estagnadas

    Cidades em Declnio

    Pontos FortesDesemprego (1.),poder de compra (1.),

    patrimnio (1), servios (1.)e clima (1.)

    Poder de compra (2.),servios (2.) e patrimnio (2.)

    Clima (2.), habitao (2.),mobilidade (1.) e desemprego (2.)

    Criminalidade (2.), desemprego (3.),mobilidade (2.), habitao (1.)

    e poluio (2.)

    Poluio (1.) e criminalidade (1.)

    Pontos FracosMobilidade (5.),habitao (5.)e poluio (5.)

    Desemprego (4.), poluio (4.)e habitao (4.)

    Criminalidade (5.), patrimnio (4.)e servios (5.)

    Poder de compra (4.)e clima (4.)

    Desemprego (5.), poder compra (5.),mobilidade (4.), patrim (5.) e clima (5.)

    Cidades

    Lisboa

    Porto

    Aveiro, Braga, Faro,Leiria, Setbal e Viseu

    Bragana, Castelo Branco,Coimbra, vora, Guarda, Santarm,

    Viana do Castelo e Vila Real

    Beja e Portalegre

    Fonte: Mendes (1999)

    Gest

    o

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    Fazendo a comparao das vantagens com-petitivas baseadas na anlise s dimensesmencionadas podemos concluir que:I As cidades do litoral apresentam vanta-

    gens absolutas em relao s dimensesdesemprego, poder de compra e clima eas cidades do interior apresentam vanta-gens absolutas nas dimenses criminali-dade, poluio e custo da habitao.

    II As cidades do interior apresentam van-tagens relativas nas dimenses patrim-nio, mobilidade e servios.

    Para uma actualizao dos trabalhos deMendes (1999) e de Carvalho e Sequeira(1999) impe-se a necessidade da revisodesses esforos, conjugando as diversas di-

    menses do conceito de competitividadenum indicador individual final. A seco se-guinte visa responder a essa necessidade.

    Mtodo alternativo de avaliaoda competitividade

    Assim, na esteira do que anteriormente foidefinido e de acordo com Porter (2000) ecom a instituio Beacon Hill Institute(2004), podemos condensar as definies decompetitividade territorial como a qualidadede um espao quando rene polticas e con-dies locais que sustentem um nvel eleva-do de rendimento per capita e respectivocrescimento.Portanto, parte-se da tradicional relaoY=f (K,L,Tecnologia)Onde Y representa o nvel de output, K o n-vel de Capital e L a dimenso laboral. Ocrescimento de K, L e do nvel tecnolgicopromoveper sio crescimento de Y. Assim,um espao competitivo ser aquele que as-segura essencialmente o crescimento dosinputs(K, L e Tecnologia).

    Nesta sequncia, com base em Porter(2000), houve o recurso prvio anlise fac-torial. Desta forma, a partir das variveis as-sociadas s cidades portuguesas oriundasdo documento Atlas das Cidades de Portu-gal, do ano de 2002, foram criados os qua-tro sub-ndices seguintes: sub-ndice de competitividade demogrfi-

    ca, composto pelas variveis: DensidadePopulacional, Taxa de Crescimento Popu-

    lacional, Idade Mdia dos Residentes(Esperana Mdia de Vida, Taxa de Morlidade Infantil(*) e Percentagem da Recha de Resduos Slidos Urbanos;

    sub-ndice de competitividade laborcomposto pela Taxa de Desemprego(*), menso Laboral das Empresas e Nmero Empresrios em Nome Individual(*);

    sub-ndice de competitividade emprerial, formado pelas variveis: Volume Negcios no Comrcio, Capacidade Alojamento Mdia nos EstabelecimenHoteleiros, Taxa Bruta de Ocupao Cama, Licenas para Construes NovLicenas para Habitao e Visitantes pMuseu;

    e sub-ndice de competitividade no coforto, composto pelas variveis: Pessopor Alojamento(*), Divises por Alomento, Alojamentos sem pelo menos umInfra-estrutura Bsica(*), Alojamentos Fmiliares Vagos(*) e Edifcios Exclusivmente Residenciais.

    A criao destes sub-ndices a partir das vriveis obedece a trs passos:1.) cada varivel foi normalizada de mdo a ser multiplicada por um factor comua todas as cidades que produzisse uma dtribuio (da varivel) cujo desvio-padrfosse de 1 e, em seguida, o valor encotrado para cada cidade foi adicionado uma constante para que finalmente a vrivel (cuja distribuio apresentava j udesvio unitrio) tivesse tambm uma mdia de 5. Assim, os valores ficaram coprimidos num intervalo entre 0 (obsvaes nfimas) e 10 (observaes supmas).2.) em seguida, cada sub-ndice resultda mdia ponderada das variveis coponentes; ressalva-se, no entanto, que

    variveis caracterizadas acima por um terisco(*), representando o seu cresmento perda de competitividade, tiveraas suas observaes reordenadas, psando a ser caracterizadas pela diferenentre 10 e o valor primitivo (por exeplo, determinada cidade tinha um vaassociado taxa de desemprego de 7, traduzindo um valor acima da mdiaportanto, perda de competitividade

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    go passou a ter associado o valor de 2,40 igual diferena entre 10 e 7,60).3.) Por ltimo, os sub-ndices resultantesdo passo anterior foram normalizados pe-

    lo processo apontado no primeiro passo(de modo a devolverem desvios de 1 emdias de 5).A mdia aritmtica dos quatro sub-ndi-ces de competitividade produziu o ndicede Competitividade das Cidades (ICC).Tambm os valores finais deste ndice re-sultam num valor mdio de 5 e num des-vio-padro de 1, segundo o processo denormalizao acima sugerido.Recorreu-se ao conceito de cidade re-presentativa(1) de modo a que, partindo

    das cidades capitais de distrito adminis-trativo em Portugal, se afira a competiti-vidade do espao envolvente. Para efei-tos de definio de interior e litoral, re-correu-se tradicional definio geogr-fica que coloca como interior o territ-rio portugus a leste dos 8 graus Oeste(por Greenwich) exceptuando o territrioalgarvio. O remanescente territrio, a oci-dente dos 8 graus Oeste e o Algarve, foiconsiderado litoral.O Quadro 2 apresenta o resultado dosquatro sub-ndices de competitividadeassim como o ndice de Competitividadedas Cidades resultante.

    Se quisermos compreender quais as dimensesmais competitivas das cidades catalogadas co-mo interior, teremos que observar os valoresrelativos s mdias dos dois grupos. Assim, ape-sar de termos competitividade associada ao in-terior em trs das quatro dimenses (demo-grfica, empresarial e de conforto) nesta lti-ma dimenso que reside a maior vantagem pa-ra as cidades do interior.Outra observao diz respeito aos valoresextremamente modestos de cidades histori-

    camente relevantes, como so os exemplosdo Porto, Braga e Faro, respectivamente, nondice geral (ICC), com os 18., 15. e 16.lugares, que nos sugere que estas reas po-dem estar a assimilar perdas sucessivas decompetitividade, devido sobretudo s po-sies inferiores que ocupam nas variveisTaxa de Mortalidade Infantil, Esperana M-dia de Vida e Alojamentos Familiares Vagos.Verificam-se, finalmente, vantagens compe-titivas remanescentes nas zonas litorais eque se relacionam com o padro laboral, as-sociado, eminentemente, a um maior nme-ro de oportunidades de trabalho em grandesunidades produtivas.

    As cidades capitais de distrito do interior conseguem aindater alguma supremacia nos campos da competitividade de-mogrfica e empresarial

    Quadro 2 Sub-ndices e ndice de Competitividade das Cidades Capitais de Distrito em Portugal, 2002

    Cidade

    AveiroBeja

    BragaBragana

    Castelo BrancoCoimbravoraFaro

    Guarda

    LeiriaLisboaPortalegre

    PortoSantarmSetbal

    Viana do CasteloVila Real

    ViseuMdia totalDesvio total

    Mdia InteriorMdia Litoral

    CompetitividadeDemogrfica

    5,4586,3203,3993,8195,2805,4646,6383,1035,472

    4,7126,1375,1624,9685,9935,1054,7714,4313,769

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    5,1114,972

    CompetitividadeLaboral5,4643,5655,7104,1404,9975,2184,8874,7435,092

    6,0107,5685,4305,5024,3992,8874,6754,4585,256

    51

    4,7275,180

    CompetitividadeEmpresarial

    4,9185,4375,4184,6325,1105,9776,9065,3864,908

    5,0615,4122,8663,1143,8595,6664,1225,9265,280

    51

    5,1334,929

    CompetitividadeConforto5,1616,1393,3855,7995,9595,6466,6414,4944,923

    5,5664,1015,9043,2705,8324,2863,9094,1114,873

    51

    5,5434,797

    ICC

    5,4525,6604,0554,2715,6086,0427,2933,9715,178

    5,6096,4544,7113,5775,0374,0703,8594,5144,628

    51

    5,1294,970

    Fonte: Clculos dos autores com base no Atlas das Cidades de Portugal(2002)

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    Sntese

    Aps a discusso da competi tividade as-sociada a espaos, optou-se pela consi-

    derao de competitividade associada sustentabilidade do desenvolvimento donvel de vida das cidades.Assim, foi construdo um ndice de Com-petitividade que rene dados actuais di-versificados da realidade portuguesa quepermitiu verificar que existe um potencialde competitividade no espao interior por-tugus sobretudo na dimenso do confor-to, rea esta que promove o nvel de bem-estar das famlias.As cidades capitais de distrito do interior

    conseguem ainda ter alguma supremacianos campos da competitividade demogrfi-ca e empresarial.Este trabalho diz-nos tambm que o de-senvolvimento econmico das cidades emtermos de PIB no premissa de um ele-vado ICC. Porto (18.), Faro (16.) e Braga(15.) contrastam com vora (1.) commargem de destaque, Beja (4.) e CasteloBranco (6.), o que vem provar que dispa-ridades tradicionais no nvel de desenvol-vimento econmico podem ser esbatidaspor melhorias actuais do nvel de compe-titividade dos espaos historicamente me-nos significativos, como o exemplo do in-terior portugus analisado.

    (Texto recebido pela CTOC

    em Junho de 2005)

    (*) Este trabalho resume o Relatrio desenvolvido co-mo Projecto de Economia Aplicada (disciplina terminalda Licenciatura em Economia da Universidade do Min-ho) de Jlio Coelho Barbosa, supervisionado por Pau-lo Reis Mouro.

    (1) Na observao de Anas (2003) ou Henderson eWang (2004).

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