Ciencia e Conhecimento Da Realidade
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8/4/2019 Ciencia e Conhecimento Da Realidade
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Cincia e Construo
Validade e Verificabilidade dasHipteses
O Conhecimento e a Racionalidade Cientfico - Tecnolgica
Trabalho feito por:
Mariana Vieira, n24
11D
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Os cientistas usam o mtodoindutivo
O mtodo indutivo consiste em, recorrendo a casos observados,concluir que uma dada teoria verdadeira. Contudo, no chega ateorias universais seguras pois parte de premissas particulares elogicamente no podemos afirmar que de premissas particularesconcluiremos necessariamente uma concluso universalverdadeira.
A induo muito utilizada no dia-a-dia pois tiramos de princpioque, se j vimos algo acontecer muitas vezes, isso ir acontecernovamente. Assim, parece que podemos saber o futuro porque este
vai ser semelhante ao passado. Essa generalizao acaba por serdesmentida quando acontece algo que no seja o que estvamos espera ou que acontecera no passado.
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Tese de Hume sobre a induo
Algum pode dizer: "De facto, no podemos deduzir validamente proposiessobre o futuro de proposies sobre o passado; isso seria uma deduo e ns no atemos neste caso. Mas a evidncia aqui indutiva: a induo d-nos probabilidades,no certezas. Diz-nos que se as pedras sempre caram h a probabilidade, no acerteza, de que cairo amanh." Isto o que Hume pe em questo: a aceitabilidadedos argumentos indutivos. Dizer que h evidncia indutiva de que a induo continuara ser fivel assumir o que est em questo.
O leitor diz que uma proposio [sobre o futuro] uma inferncia de outra [sobre opassado]; tem de admitir que a inferncia no nem intuitiva, nem demonstrativa.Ento de que natureza ? Dizer que experimental assumir o que est em questo.Todas as inferncias com base na experincia supem, como seu fundamento, que ofuturo se assemelhar ao passado... impossvel, portanto, que quaisquer
argumentos baseados na experincia possam provar esta semelhana do passadocom o futuro, uma vez que todos estes argumentos se fundam na suposio dessasemelhana. Admitamos que o curso das coisas tem sido at agora bastante regular,por si s, sem qualquer novo argumento ou inferncia, isso no prova que no futuro ocontinuar a ser.
David Hume, "Dvidas Cpticas relativas s operaes do entendimento."in Tratado da Natureza Humana(1736), Parte 2
Traduo de Jos Coelho, in http://filedu.com/jhospersproblemadainducao.html
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Segundo Hume, a induo no tem justificao nem racional
nem emprica.
Hume defendia que no era possvel generalizar baseando-seapenas no particular.
Se vivermos junto a um lago onde existe um grupo de sapos, etodos os dias os observarmos e todos eles forem verdes, isso fazsurgir em ns a hiptese de que naquele grupo de sapos no existenenhum que seja, por exemplo, castanhos. At que, um dia,voltamos a observar o grupo de sapos e vimos um sapo castanho
juntamente com os outros. A, a generalizao feita rejeitada.
Basicamente, embora se repitam, acontecimentos particularesnunca podem ser uma prova do geral.
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Inferncia Indutiva
1. O Sol sempre tem nascido at agora.2. Logo, o Sol vai nascer amanh.
A primeira proposio verdadeira. Como passamos dessa proposio segunda? Atravs deuma proposio intermdia que est subentendida: o futuro ser sempre como o passado
(uniformidade da natureza).
As nossas crenas indutivas baseiam-se no princpio da uniformidade da natureza, na ideia deque esta se comporta sempre do mesmo modo. Ser que podemos justificar esta crena,este princpio? A questo esta: como formmos a ideia de uniformidade da natureza?
De forma indutiva: como at agora a natureza se tem comportado sempre do mesmo modo,
conclumos acreditando que ela se ir comportar sempre do mesmo modo.
Temos um problema: Queramos justificar a nossa crena na induo, mas acabmos porrecorrer a um raciocnio indutivo. Mas isso usar como instrumento de prova aquilo que
queremos provar, o que falacioso (petio de princpio).
Logo, a nossa crena na induo no tem justificao racional vlida.
HUME E O PROBLEMA DA INDUO
Lus Rodrigues, Filosofia 11ano"
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Os cientistas usam o mtodohipottico - dedutivo
No mtodo hipottico-dedutivo - numa perspectiva verificacionista -so deduzidas consequncias testveis (enunciadosobservacionais), de uma determinada hiptese, que se confrontam
com factos empricos para verificar se so verdadeiras.
Da hiptese X deduzem-se consequncias testveis Y.Observa-se que Y verdadeira.A hiptese X confirmada por Y.
O mtodo hipottico-dedutivo encontra ento problemas lgicos,pois a confirmao do consequente no uma prova vlida daverdade do antecedente - a hiptese.
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Existem quatros momentos fundamentais do mtodohipottico-dedutivo.
1.Ocorrncia de um problema.
Muitas vezes, a observao que permite tomar conscincia doproblema, e por isso costuma dizer-se que a observao oprimeiro momento do mtodo cientfico. Por que no se comea ainvestigao com a captao de factos simples, procuramos umproblema.
Um facto problemtico quando revela fragilidades dedeterminada teoria, pondo em causa a sua capacidade explicativa.O que h de interessante nestes factos que, visto que no fazemsentido nas teorias admitidas, podem dar origem a outras teorias,contribuindo ento para o avano da cincia.
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A induo est na base de muitas hipteses.
A partir da observao dos dados empricos, pode inventar-seuma hiptese com o objectivo de explicar os casos observados
e todos os semelhantes.
Uma hiptese tornar-se- num enunciado que se prope paraexplicar por que motivo se produz determinado fenmeno ou umconjunto de fenmenos.
A hiptese acaba por ser um eixo em torno do qual gira ainvestigao.
2.Formulao de uma hiptese.
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3.Deduo de consequncias ou implicaes a partir
da hiptese formulada.
Estabelecida a hiptese, segue-se deduzir desta determinadasconsequncias.
Este momento do mtodo tem a sua razo de ser pois, namaioria dos casos, a hiptese - devido sua generalidade - nopode ser confrontada directamente com a experincia.
Por isso, torna-se a hiptese mais especfica, deduzindo
consequncias.
No confronto com os factos, a aprovao da hiptese dependeda passagem das implicaes dela deduzidas no teste daexperincia.
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O MTODO HIPOTTICO - DEDUTIVO
Formulao de um problema
O planeta Urano desvia-se da rbita prevista.
Enunciado de uma hiptese
Urano desvia-se porque existe um planeta desconhecido cuja fora gravitacional o desvia da rbitaprevista.
Deduo de consequncias a partir da hiptese
Se tal planeta existe, dever encontrar-se no lugar X no momento Y.
Teste da hiptese
(Das consequncias dela deduzidas)
Refutao da hipteseNo se observa a presena de nenhum
planeta no lugar X no momento Y.
Confirmao da hipteseObserva-se a presena de um planeta no lugar
X.Obteno dos resultados
Descoberta do planeta Neptuno e confirmaoda teoria.
Lus Rodrigues, Filosofia 11ano"
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A perspectiva falsificacionista do mtodocientfico.
Karl Popper e o problema da justificao dashipteses.
Contra o princpio da verificabilidade das hipteses, Popperprope o princpio da falsificabilidade que consiste em considerar
provisoriamente aceitvel um enunciado se este resistir a todos osteste realizados para tentar mostrar que falso, e refut-lo se seencontrar um facto incompatvel com ele.
Para Popper, no possvel confirmar empiricamente as
hipteses cientficas.A cincia no precisa da induo paraencontrar hipteses e teorias - pois bastam as conjecturascriativas do investigador - nem para as avaliar - pois tentarfalsific-las a forma de as testar.
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Qual o critrio que permite dizer que uma teoria cientfica?Popper Nas minhas primeiras publicaes propus como critrio do carcter cientfico (ou emprico
porque em ingls o termo "cincia" denota a cincia emprica) a falsificabilidade ou controlabilidade,isto , a possibilidade de submeter a teoria a controlo. Procurei mostrar que a controlabilidade equivale falsificabilidade. Uma teoria controlvel se existem ou podemos conceber testes que possam refut-
la. Trata-se de algo semelhante ao exame de um estudante. Um estudante examinvel se existempossveis perguntas que permitam testar se no sabe nada ou se sabe o suficiente para passar noexame.Falsificabilidade significa que uma teoria pode ser examinada e, no caso de no passar no exame, serdeclarada falsa. Mas isto no significa que essa teoria seja de deitar para o caixote. Podemos de facto,corrigir a nossa teoria, modific-la. E, por vezes as correces, mesmo limitadas, podem fazer umaenorme diferena, pode acontecer que uma pequena correco reforce de tal modo a teoria que elaacabe por explicar muito mais do que esperaramos. O falsificacionismo pode conduzir, nos casos
extremos, rejeio total de uma teoria e, noutros casos, pode conduzir a um melhoramentoextraordinrio. Segundo a minha concepo, todos os testes ou controlos cientficos, os experimentos,so tentativas de refutao.
Isso verdade no que respeita a uma refutao conseguida. Mas e quando no conseguimosrefutar ou provar a falsidade de uma teoria?
Popper - Se o teste no refutar a teoria, s podemos dizer que a teoria passou no exame. No
podemos dizer muito mais. No tem grande significado o facto de a teoria passar numa certa prova.Significa simplesmente que nada nos obriga a abandonar a teoria e que, se at agora no a tnhamoslevado muito a srio, altura de o fazer. Mas isto no nos leva a muito. E muito menos a afirmar que ateoria seja verdadeira. O que podemos dizer que a teoria foi controlada sem ser refutada e nadamais. No podemos chamar "verificao" passagem no exame ou teste a que a teoria foi submetida. letra, o termo verificao significa tornar verdadeira uma teoria, "verific-la" (verificar vem do latimverum facere). Na realidade, no podemos "fazer verdadeira" nenhuma teoria, nem mesmo mostrarque verdadeira. O nico objectivo dos testes a que submetemos as teorias o de falsific-las, no o
de verific-las.
Entrevista de Karl Popper R. A. I. em 26 de Julho de 1989
no site da Enciclopedia Multimediale delle Scienze Filosofichehttp://www.emsf.rai.it/interviste/
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Este mtodo afasta qualquer referncia verificao e induo,
mas h semelhanas entre este e o mtodo hipottico-dedutivo.
Da hiptese X deduzem-se consequncias testveis Y.Observa-se que Y no verdadeira.
A hiptese X refutada (falsificada) por Y.
Popper defende que, se confirmar uma proposio universal impossvel, ento isso j no acontece com a sua negao, poisuma teoria cientfica uma teoria que pode ser submetida a testesempricos e que pode ser negada, ou falsificada, se esses testes nolhe forem favorveis porque nenhuma hiptese irrefutvel; aqualquer momento pode ser declarada falsa.
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Para Popper, a proposio prefervel a que corre mais riscosporque assim mais informativa e por isso mais testvel queoutra -- quanto maior o contedo emprico de uma teoriamaior o seu grau de falsificabiliadade.
Se uma hiptese passar nos testes a que foi submetida, pode-
se dizer que talvez seja verdadeira pois no se conseguiurefutar (ou falsificar). No se pode dizer que completamenteverdadeira pois no futuro, em novos testes, pode serdesmentida.
O que nos leva a uma concluso: nunca podemos saber seuma teoria verdadeira, mas podemos saber se falsa edevemos considerar todas as teorias e leis cientficas enquantoestas resistirem aos testes destinados a refut-las.
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A JUSTIFICAO DAS HIPTESES
VerificaoPretende-se, ao us-la, comprovar ouconfirmar a verdade de uma hiptese.
Procura casos que confirmem ahiptese.
FalsificaoProposta por Popper como alternativa verificao, porque no se pode mostrar
que uma hiptese verdadeira,unicamente que falsa.
Quanto maior for o nmero de casos oude exemplos de acordo com a hiptesemaior ser a probabilidade de esta ser
verdadeira, mas o processo deverificao sempre inconclusivo.
Proposta por Popper como alternativa verificao, porque no se pode mostrar
que uma hiptese verdade,unicamente que falsa.
FAZ-SE PORINDUO
REJEITA A INDUO
Lus Rodrigues, Filosofia 11ano"
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A crtica de Kuhn a Popper
Enquanto que Popper declara que a cincia um conhecimentoobjectivo e que progride em direco verdade, Kuhn discorda.
A grande diferena entre Kuhn e Popper o facto de, ao mudar
o paradigma, se substituir teorias, meios, hbitos de trabalho etambm objectivos, o que no faz sentido no esquema daaproximao verdade de Popper.
Para Kuhn, a cincia no dirigida pelo o ideal de verdade.
A sua tese que afirma que os paradigmas so incomensurveis polmica pois implica a ideia de que no podemos falar deprogresso cientfico.
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Para Kuhn:
A cincia no objectiva pois no h escolhasinteiramente objectivas. Kuhn defende que, para escolherteorias e paradigmas opostos, os cientistas recorrem afactores subjectivos, como a sua ideologia ou a importncia
que cada cientista atribui a determinados critrios, etc.
Visto que, para justificar racionalmente que um paradigma mais adequado que outro, no h um critriocompletamente objectivo, os paradigmas so
incomensurveis. O que significa que assim no h umaforma objectiva de falar de progresso cientfico. Logo,uma sucesso de paradigmas no nos aproxima daverdade.
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Como procedem os cientistas para conhecer a realidade?
Resposta1
Resposta2
Resposta3
Utilizam o mtodo indutivo. Utilizam o mtodo hipottico-dedutivoprocurando verificar e confirmar osenunciados empricos deduzidos da
hiptese.
Formulam conjecturas ou hiptesesprocurando falsific-las (Popper).
As hipteses que resistem stentativas de falsificao so
corroboradas, declaradas verosmeis,mas no verdadeiras.
As hipteses bem sucedidas, talcomo os erros corrigidos, inserem-se
num processo de aproximao verdade.
Problemascom a
Resposta Problemascom a
Resposta
Problemascom a
Resposta
Os enunciadoscientficos no so
verificveis.
Os enunciadoscientficos no so
confirmveis.
Estes processosbaseiam-se na induo
e esta no nem
racional nemempiricamente
justificvel.
Os enunciadoscientficos no so
verificveis.
Os enunciadoscientficos no so
confirmveis.
No faz sentidofalar de
aproximao verdade porqueos cientistas noso orientadospelo ideal de
verdade (Kuhn).
S h aproximao verdade se as
teorias derem umaimagem cada vez
mais fiel darealidade, mas como
cada uma delas incomensurvelcomo falar deprogresso?L R d i Fil fi 11 "