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Ciências Básicas Habilitação Profissional de Técnico em Saúde Bucal Módulo I Tatuí 2018

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Ciências Básicas

Habilitação Profissional de

Técnico em Saúde Bucal

Módulo I

Tatuí – 2018

ÍNDICE

CAPÍTULO I – ESTUDO DA HISTOLOGIA, ANATOMIA E

FISIOLOGIA

I - INTRODUÇÃO ............................................................................................. 01

II- NOÇÕES GERAIS DE CITOLOGIA ............................................................. 01

III - NOÇÕES GERAIS DE HISTOLOGIA .......................................................... 02

IV - SISTEMA ESQUELÉTICO ........................................................................... 06

V - SISTEMA MUSCULAR ................................................................................. 08

VI - SISTEMA DIGESTÓRIO .............................................................................. 11

VII - SISTEMA CIRCULATÓRIO .......................................................................... 15

VIII - SISTEMA RESPIRATÓRIO .......................................................................... 15

IX - SISTEMA EXCRETOR ................................................................................. 16

X - SISTEMA REPRODUTOR............................................................................ 17

XI - SISTEMA ENDÓCRINO ............................................................................... 18

XII - SISTEMA IMUNOLÓGICO ........................................................................... 19

XIII - SISTEMA NERVOSO........ ........................................................................... 19

XIV - SISTEMA SENSORIAL ................................................................................ 21

CAPÍTULO II – NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA

I - INTRODUÇÃO ............................................................................................. 23

II - DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS................................................................... 24

III - VÍRUS ........................................................................................................... 25

IV -

V -

VI -

BACTÉRIA ....................................................................................................

FUNGOS ......................................................................................................

PROTOZOÁRIOS .........................................................................................

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CAPÍTULO III – NOÇÕES DE QUALIDADE DE VIDA SAUDÁVEL

I - NUTRIÇÃO E SAÚDE ................................................................................. 30

II –

III -

PRINCIPAIS NUTRIENTES................................................................

SAÚDE: um bem estar Físico e Emocional .................................................

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32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................... 42

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CAPÍTULO I - ESTUDO DA CITOLOGIA, HISTOLOGIA, ANATOMIA E FISIOLOGIA

I - INTRODUÇÃO 1 DEFINIÇÕES

1.1 Citologia é a ciência que estuda as células. Ela representa a menor porção de matéria viva 1.2 Histologia (do grego hystos = tecido + logos = estudo) é a ciência que estuda os tecidos. Tecidos são conjuntos de células mais ou menos semelhantes em sua forma e função. Cada tecido desempenha um papel no organismo. 1.3 Anatomia Humana – (do grego antigo ἀνατομή [anatome], "seccionar"), é o ramo da biologia no qual se estudam a estrutura e organização dos seres vivos, tanto externa quanto internamente.é a ciência que estuda, macro e microscopicamente, a constituição e o desenvolvimento do organismo do homem. Estuda a forma e a estrutura do corpo. 1.4 Fisiologia Humana - A fisiologia (do grego "physis", natureza e “logos", conhecimento, estudo) é a ciência que estuda as funções dos seres multicelulares (vivos). Muitos dos aspectos da fisiologia humana estão intimamente relacionados com a fisiologia animal, onde muita da informação hoje disponível tem sido conseguida graças à experimentação animal. A anatomia e a fisiologia são campos de estudo estreitamente relacionados onde a primeira incide sobre o conhecimento da forma e a segunda dedica-se ao estudo da função de cada parte do corpo, sendo ambas as áreas de vital importância para o conhecimento médico geral.é o estudo das reações físicas e químicas que ocorrem no organismo humano.

II – NOÇÕES GERAIS DE CITOLOGIA As células são as unidades estruturais e funcionais dos organismos vivos. São envolvidas pela membrana celular e preenchidas com uma solução aquosa concentrada de substâncias químicas, o citoplasma, em que se encontram dispersos organelas e núcleo. Todos os organismos, exceto os vírus, têm organização celular. Os organismos podem ter como a ameba, uma célula apenas (unicelulares) ou, como nós, muitas células que trabalham em conjunto (pluricelulares).

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III – NOÇÕES GERAIS DE HISTOLOGA

1 TECIDO EPITELIAL Os epitélios são basicamente tecidos de revestimento e proteção do organismo. Além de recobrirem todo o corpo do animal, revestem internamente órgãos, cavidades e canais, desempenhando inúmeras funções e tendo os mais variados aspectos. 1.1 Os epitélios Os epitélios possuem algumas características peculiares:

Células justapostas unidas por finíssima camada de substância cimentante.

Sem vascularização.

Resistência a trações e atritos.

Não há verdadeiros espaços intercelulares como nos demais tecidos. 1.2 As glândulas As glândulas originam-se de grupos de células que se multiplicam a partir do epitélio e se aprofundam, formando inicialmente canais (glândulas exócrinas) ou então cordões (glândulas endócrinas). A maioria das glândulas produzem em suas células, substâncias especiais. Existem 3 tipos de glândulas:

Exócrinas – secretam substâncias para fora do sangue (em cavidades, fora do corpo). Exemplos: Sudoríparas, mamárias, gástricas, etc...

Endócrinas – secretam hormônios para dentro do sangue. Exemplos: Hipófise, tireoide, etc...

Mistas – secretam substâncias para fora do sangue e hormônios para dentro do sangue. Exemplo: Pâncreas. 1.3 A pele humana A pele é uma camada de revestimento e proteção de todo o corpo, correspondendo a mais ou menos 15 – 16% do nosso peso, o que significa cerca de 10 – 11 Kg para uma pessoa de 70 Kg. A pele tem duas camadas: a epiderme, mais superficial e fina, e a derme. Enquanto a epiderme é um epitélio estratificado pavimentoso, queratinizado, a derme é um tecido conjuntivo onde se encontram várias estruturas, inclusive os vasos sanguíneos, que nutrem a epiderme, cedendo-lhe substâncias por difusão. É a presença de grande quantidade de fibras na derme que garante a resistência geral e a elasticidade da pele.

Epiderme No limite com a derme – estrato basal, cujas células estão em contínua reprodução. Entre estas células estão os Melanócitos, produtores de melanina, o pigmento que dá cor à pele. Camada córnea – quando as células do estrato basal vão chegando à superfície da pele, e sofrem um processo de queratinização, isto é, acumulam em seu citoplasma uma proteína que é a queratina.

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Com isso elas morrem e ficam reduzidas a pequenas escamas compactas que constituem a espessa camada córnea superficial, protetora e impermeável.

Derme A derme tem muitas estruturas com distribuição completamente irregular diferente para cada região do corpo. Na sua parte mais próxima da epiderme ela tem muitos corpúsculos sensoriais tácteis, terminações nervosas livres (receptores da dor), receptores de frio e de calor, glândulas sebáceas e canais das glândulas sudoríparas. Na derme há ainda uma grande rede de vasos sanguíneos e linfáticos e uma intensa trama (rede) de fibras que lhe conferem resistência e elasticidade.

Hipoderme Na região mais profunda, a hipoderme, fica o tecido adiposo subcutâneo, uma camada de gordura cuja espessura depende da parte do corpo e do estado de nutrição da pessoa. Além de ser reserva energética, a gordura da pele tem o importante papel de isolante térmico.

2 TECIDO CONJUNTIVO O tecido conjuntivo é na realidade um grupo de tecidos bastante diversificado, que desempenha inúmeras funções e está muito distribuído pelo organismo dos animais. Como o nome indica, ele pode estabelecer conexão entre diferentes tecidos ou órgãos. O tecido conjuntivo preenche espaços, dá sustentação mecânica, transporta substâncias, acumula reservas, protege contra agentes infecciosos, garante processos de regeneração ou cicatrização, proporciona pigmentação e produz substâncias especiais que entram na sua própria composição. 2.1 Tecido Conjuntivo Propriamente Dito (TCPD)

Características do TCPD Substância intercelular (fundamental) mole e gelatinosa. Normalmente encontrado em quase todos os órgãos. Pode formar: membranas, tendões, cápsula fibrosa que envolve órgãos (fígado, testículos, baço, rins). Pode reservar gordura (tecido adiposo). 2.2 Tecido Cartilaginoso

As cartilagens estão amplamente distribuídas pelo organismo. Elas apresentam boa resistência a trações, suportam bem pressões e têm certa elasticidade. Juntamente com os ossos, elas compõem o sistema de sustentação do organismo. As cartilagens normalmente estão associadas aos ossos, constituindo meniscos, cápsulas das articulações, ligamentos das costelas ao esterno, septo nasal, superfícies articulares dos ossos e discos intervertebrais. Representam, assim, um papel de estruturas amortecedoras de choques, dando ao mesmo tempo certa liberdade de movimentos e flexibilidade ao conjunto esquelético. Nos embriões, o esqueleto é basicamente cartilaginoso e aos poucos vai se ossificando. Características: não é vascularizado e nem inervado, ou seja, não tem sensibilidade. 2.3 Tecido Ósseo

Os principais componentes esqueléticos dos vertebrados são os ossos. Embora seja marcante a função de sustentação que os ossos desempenham não se pode esquecer que eles constituem estruturas protetoras (crânio e caixa torácica); permitem maior rendimento do trabalho muscular, formando eficientes sistemas de alavancas nas articulações; armazenam substâncias gordurosas no tecido adiposo da medula óssea amarela e efetuam a hemocitopoese, na medula óssea vermelha. Um osso tem vários tipos de tecidos: fibroso, reticular, cartilaginoso, adiposo, sangue e até fibras nervosas, além do tecido ósseo que obviamente é o predominante. O osso é, portanto, um órgão e não pode ser confundido com o tecido ósseo.

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2.4 Tecidos Conjuntivos de Transporte: Sangue e Linfa

Sangue

É um tecido líquido. A substância fundamental ou intercelular é líquida (plasma). Possui diferentes células com diferentes funções. Hemácias ( eritrócitos ou glóbulos vermelhos) – transportam gases respiratórios Leucócitos (glóbulos brancos) – responsáveis pela defesa do organismo. Plaquetas (trombócitos) – relacionadas à coagulação do sangue.

Linfa

Tecido líquido que assemelha-se ao sangue. A substância intercelular é líquida (plasma). Possui células: linfócitos e alguns leucócitos granulócitos. Não possui hemácias, plaquetas e monócitos. Plasma semelhante ao sanguíneo, mas sua composição química é muito variável de uma região do corpo para outra. A linfa circula também em capilares que acompanham os capilares sanguíneos. Linfonodos (gânglios linfáticos)

São estruturas em forma de glóbulos com cápsula fibrosa externa e internamente um tecido linfoide com linfócitos, plasmócitos e macrófagos. A linfa ao percorrer o linfonodo é lentamente filtrada, deixando aí antígenos e toxinas que sofrerão ação direta de macrófagos e dos anticorpos produzidos pelos plasmócitos.

Na região de infecção os linfonodos apresentam-se inchados, inflamados e dolorosos (caroços ou ínguas). Localizam-se nas virilhas e axilas e regiões do pescoço. Há outros órgãos linfoides como: as amígdalas, timo e o baço. Também ocorrem nódulos ou folículos linfáticos na parede do tubo digestivo.

Hematopoese

É o processo de formação, maturação e liberação na corrente sanguínea das células do sangue (leucócitos e hemácias). Ocorre no baço, timo, nódulos linfáticos (tecido linfoide) e também na medula óssea vermelha (tecido mieloide) ocupando os espaços entre as lâminas ósseas que formam o osso esponjoso. As células sanguíneas originam-se das chamadas células-tronco, que produzem a linhagem linfoide e mieloide, conforme estejam nos tecidos do baço ou da medula óssea, respectivamente.

3 TECIDO MUSCULAR

Representado por apenas um tipo de célula, de forma alongada, a fibra muscular. Perceba que aqui a fibra é uma célula viva, completa, diferente portanto das fibras conjuntivas, que são apenas filamentos proteicos simples. A propriedade fundamental das fibras musculares é a contração, um encurtamento que proporciona os movimentos corporais. Conjuntos de fibras agrupadas em feixes formam os músculos, que são os principais efetuadores do organismo. Isto porque, ao recebem um estímulo nervoso, eles reagem prontamente efetuando a contração.

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Tipos de fibras musculares

Nos vertebrados há três tipos de fibras musculares com características bem definidas:

Músculo liso: não possui fibras estriadas; sua contração independe da nossa vontade. Encontra-se nas vísceras e nas paredes dos vasos sanguíneos.

Músculo estriado: composto por fibras estriadas é de ação voluntária. Constitui os músculos esqueléticos.

Músculo cardíaco: apresenta fibras estriadas, mas é de ação involuntária.

4 TECIDO NERVOSO O tecido nervoso é formado por células altamente especializadas, responsáveis pelos mecanismos de regulação interna e coordenação. É um dos fatores que garantem a homeostase do organismo, isto é, a propriedade de manutenção de um meio interno constante, mesmo ocorrendo variações ambientais. As células fundamentais do tecido nervoso, com as propriedades de irritabilidade (excitabilidade) e condutibilidade, são os neurônios. É de fato incrível que essas células, afinal não tão diferentes de todas as outras, possam ainda responder pelas funções mais nobres do cérebro humano, tais como a memória, o raciocínio, a vontade e as emoções.

4.1 Os neurônios São células alongadas, com um corpo celular e muitas ramificações. Normalmente, o neurônio tem uma ramificação principal, longa, o axônio, e numerosas ramificações curtas, os dendritos. - Os corpos celulares são encontrados apenas na substância cinzenta do encéfalo, medula, gânglios nervosos e órgãos sensoriais. São indispensáveis ao crescimento, metabolismo e regeneração das ramificações dos neurônios. - Mielina é uma substância de natureza gordurosa. Chama-se bainha de mielina. Tem papel protetor (isolante) e facilita a transmissão de impulso nervoso. - Dendritos, geralmente formam uma extensa arborização, estabelecendo numerosas conexões com outras células. - Axônio é um fino filamento que pode ter mais de um metro de comprimento. Na região terminal do axônio têm um feixe de ramificações que relaciona o neurônio a outras células, constituindo as Sinapses.

4.2 Condução do impulso nervoso O impulso nervoso é conduzido num único sentido. DENDRITOS CORPO CELULAR AXÔNIO

4.3 A Neuroglia Além dos neurônios, há no tecido nervoso um conjunto de células de diferentes formas e funções. São as células de glia ou neuroglia. Elas são menores que os neurônios, mas muito mais numerosas, ocorrendo indistintamente nas substâncias branca e cinzenta. No cérebro, por exemplo, há 5 a 10 vezes mais células de neuroglia do que neurônios. Além de fazerem a sustentação e produzirem mielina, elas isolam os neurônios de outros tecidos, removem excretas trazem-lhes substâncias nutritivas, regulam a composição química dos líquidos intercelulares, fagocitam restos celulares e isolam os neurônios uns dos outros, evitando interferências na condução do impulso nervoso em cada um.

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IV – SISTEMA ESQUELÉTICO 1. INTRODUÇÃO

Esqueleto é o conjunto de ossos e cartilagens que se interligam para formar o arcabouço do corpo humano e desempenhar várias funções. Ossos são definidos como peças rijas, de número, coloração e forma variáveis e que, em conjunto, constituem o esqueleto.

2. FUNÇÕES DO ESQUELETO

Proteção (para órgãos como coração, pulmão, SNC)

Sustentação e conformação do corpo.

Local de armazenamento de íons Ca e P (durante a gravidez a calcificação fetal se faz, em grande parte, pela absorção destes elementos armazenados no organismo materno).

Sistema de alavancas que movimentadas pelos músculos permitem os deslocamentos do corpo.

Local de produção de certas células do sangue.

3. DIVISÃO DO ESQUELETO

Esqueleto axial – forma o eixo do corpo. É composto pelos ossos da cabeça, pescoço e tronco (tórax e abdome).

Esqueleto apendicular – forma os membros (MMSS e MMII).

4. CLASSIFICAÇÃO DOS OSSOS Para que possamos classificar os ossos é necessário estabelecermos alguns critérios. A classificação mais difundida é aquela que leva em consideração a forma dos ossos, classificando-os segundo a predominância de uma das dimensões (comprimento, largura ou espessura) sobre as outras duas. Assim reconhecem-se:

a) Osso longo – É aquele que apresenta um comprimento consideravelmente maior

que a largura e a espessura.

Ex: fêmur, úmero, rádio, ulna, tíbia, fíbula, falanges. b) Osso laminar – Também chamado de Plano, é o que apresenta

comprimento e largura equivalentes, predominando sobre a espessura. Ex: ossos do crânio (parietal, frontal, occipital), escápula e o osso do

quadril. c) Osso curto – É aquele que apresenta equivalência das três

dimensões. Ex: osso do carpo e do tarso. d) Osso irregular – Apresenta uma morfologia complexa que não

encontra correspondência em formas geométricas conhecidas. Ex: as vértebras e o osso temporal.

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e) Osso pneumático – Apresenta uma ou mais cavidades, de volume

variável, revestidas de mucosa e contendo ar. Estas cavidades recebem o nome de sinus ou seio.

Os ossos pneumáticos estão situados no crânio. Ex: frontal, maxilar, temporal, etmoide e esfenoide.

f) Ossos sesamoides – Desenvolvem-se na substância de certos

tendões (intratendíneos) ou da cápsula fibrosa que envolve certas articulações (peri-articulares).

Ex: patela (osso sesamoide intratendíneo). 5 OSSOS

No indivíduo adulto, idade na qual se considera completado o desenvolvimento orgânico, o número de ossos é de 206.

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5.1 Ossos da cabeça

V- SISTEMA MUSCULAR

1 INTRODUÇÃO Músculos são estruturas que movem os segmentos do corpo por encurtamento da distância que existe entre suas extremidades fixadas, ou seja, por contração. Dentro do aparelho locomotor, constituído pelos ossos, junturas e músculos, estes últimos são elementos ativos do movimento. Os ossos são elementos passivos do movimento. Porém, a musculatura não assegura só a dinâmica, mas também a estática do corpo humano.

VISTA FRONTAL

VISTA LATERAL

VISTA MEDIAL VISTA INFERIOR

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Realmente a musculatura não apenas torna possível o movimento como também mantém unidas as peças ósseas determinando a posição e postura do esqueleto.

2 VARIEDADE DOS MÚSCULOS

A célula muscular está normalmente sob o controle do sistema nervoso. Se o impulso para a contração resulta de um ato de vontade diz-se que o músculo é voluntário; se o impulso parte de uma porção do sistema nervoso sobre o qual o indivíduo não tem controle consciente, diz-se que o músculo é involuntário. 3 PRINCIPAIS MÚSCULOS DO CORPO HUMANO

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4. PRINCIPAIS MÚSCULOS DA CABEÇA

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VI – SISTEMA DIGESTÓRIO

1 INTRODUÇÃO

O papel da digestão é transformar as moléculas grandes e complexas do alimento em moléculas pequenas, simples e solúveis. Assim, um amido só pode ser assimilado após sua transformação em glicose. A digestão abrange processos mecânicos e químicos. Os primeiros correspondem à preparação e mistura dos alimentos às enzimas para a efetivação da digestão química. A mastigação, a deglutição e o peristaltismo (peristalse) são atividades mecânicas, controladas por ação nervosa, voluntária ou não. Já as etapas químicas da digestão, que dependem da produção e ação das enzimas e de outras substâncias auxiliares, são reguladas por ação nervosa e hormonal.

2 ANATOMIA DA CAVIDADE BUCAL

A boca se divide em duas partes: vestíbulo e cavidade bucal. O vestíbulo é a região que fica entre lábios e bochechas e entre dentes e ossos. Os limites da cavidade bucal são: a) superior – palato duro e mole. b) inferior – soalho da boca. c) posterior – garganta. d) lateral – bochechas.

LABIOS: são constituídos por músculos e glândulas, cobertos externamente pela pele e internamente por mucosa. Os lábios, superior e inferior, estão unidos na região do ângulo da boca. Essa região recebe o nome de comissura da boca ou comissura labial. A pele dos lábios é substituída por uma zona de transição entre a pele e a membrana mucosa, chamada zona vermelha dos lábios, que é uma característica peculiar aos seres humanos. BOCHECHAS: são constituídas por músculos, glândulas e recobertas externamente pela pele e internamente pela mucosa. A região onde a mucosa da bochecha se encontra com a mucosa gengival denomina-se fundo de saco vestibular. Ao nível do segundo molar superior, internamente na bochecha, em ambos os lados (direito e esquerdo), há a abertura da glândula parótida. FREIOS LABIAIS: são pregas da mucosa que ligam os lábios à gengiva e ao osso alveolar, situados na linha mediana. O freio labial superior é mais evidente e geralmente não atinge a área gengival. FREIOS LATERAIS: são pregas na mucosa na região de caninos e pré-molares. PALATO: Palato duro: está situado anteriormente, possui esqueleto ósseo e cor rosa pálido. Na sua porção mais anterior aparecem rugas irregulares denominadas rugas palatinas, que exercem papel auxiliar na mastigação. Atrás dos incisivos superiores há uma saliência lisa chamada papila palatina ou papila incisiva. Palato mole: está situado posteriormente, é muscular, de cor vermelho escuro, possui numerosos vasos sanguíneos e aglomerados glandulares. No plano mediano do palato mole projeta-se uma saliência denominada úvula. ASSOALHO BUCAL: área em forma de ferradura. Possui um freio lingual (prega delgada, na linha mediana, que atinge a face inferior da língua). De cada lado do freio lingual, há uma saliência roliça e irregular que contem a glândula sublingual. LINGUA: é um órgão muscular cuja base e face central estão fixadas na boca e sua extremidade é livre. A face dorsal da língua é dividida em anterior e posterior. A face anterior possui as papilas: papilas valadas (dispostas em V), papilas filiformes, papilas fungiformes, papilas foliadas.

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GLÂNDULAS: No interior da cavidade bucal aparecem glândulas salivares maiores que são as Parótidas, Submandibulares e Sublinguais; e glândulas salivares menores que são as labiais, genianas, palatinas, linguais e incisivas. A saliva é constituída, aproximadamente, 50% de muco e 50% de uma enzima chamada ptialina. A função do muco é fornecer lubrificação para a deglutição.

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3 DENTES E ARCADAS

São órgãos rijos, inseridos nas arcadas dos maxilares e da mandíbula. Cada dente possui três porções: coroa, colo e raiz. O homem possui duas dentições, uma temporária, também chamada de decídua e conhecida popularmente como “dentição de leite”, e a dentição permanente. A dentição decídua é constituída de 20 dentes, sendo 8 incisivos, 4 caninos e 8 molares e a dentição permanente possui 32 dentes, ou seja, 8 incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares e 12molares. Os dentes possuem funções diferentes: Os incisivos – cortam, os caninos – rasgam e os pré-molares e molares – trituram.

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4 A DIGESTÃO NO HOMEM

O tubo digestório humano compreende a boca, a faringe, o esôfago, o estômago, o intestino delgado e o intestino grosso. Na boca, desembocam os canais das glândulas salivares. O alimento é mastigado misturado à saliva, que contém uma amilase, a ptialina. Inicia-se o desdobramento de moléculas de amido. Pela deglutição, o alimento passa para o esôfago e este, empurra-o para o estômago. No estômago as contrações continuam, misturando o alimento ao suco gástrico. Depois de duas a quatro horas no estômago, o alimento passa para o duodeno que é a primeira parte do intestino delgado. Depois o bolo alimentar segue finalmente para o intestino grosso.

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VII – SISTEMA CIRCULATÓRIO

1 INTRODUÇÃO O crescimento e a manutenção da vitalidade do organismo são proporcionados pela adequada nutrição celular. A função básica do sistema circulatório é a de levar material nutritivo e oxigênio às células. O sistema circulatório é um sistema fechado, sem comunicação com o exterior, constituído por vasos, sangue e linfa. 2 O CORAÇÃO É um órgão muscular, oco, que funciona como uma bomba contrátil-propulsora. O coração fica situado na cavidade torácica, atrás do osso esterno, acima do músculo diafragma sobre o qual em parte repousa no espaço compreendido entre os dois pulmões (mediastino). 3 OS VASOS SANGUÍNEOS

Independentemente do tipo de

sangue que transportam, as artérias são vasos que saem do coração, enquanto as veias chegam ao coração.

VIII – SISTEMA RESPIRATÓRIO 1 O SISTEMA RESPIRATÓRIO NO HOMEM Basicamente, o sistema respiratório é um conjunto de canais, cujas últimas ramificações, os bronquíolos, terminam em câmaras microscópicas, os alvéolos. Tais estruturas ficam no interior dos pulmões. Os dois pulmões ocupam a cavidade torácica, limitada ventralmente pelo osso esterno, dorsalmente pela coluna vertebral, lateralmente pelas costelas e inferiormente por um músculo membranoso, o diafragma que separa o tórax do abdome.

2 ANATOMIA DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

A cavidade nasal é a entrada das vias respiratórias, sendo dividida pelo septo nasal em cavidade nasal direita e esquerda. Pequenos orifícios colocam a cavidade nasal em contato com os seios nasais (maxilar, frontal, etmoidal e esfenoidal), e também recebem o ducto lacrimal nasal, que conduz o líquido lacrimal. As propriedades da mucosa nasal são:

retenção de substâncias do ar pelos cílios nasais (vibrissas);

formação de muco, que facilita a retenção de substâncias e mantém a umidade natural da mucosa;

pré-aquecimento do ar inspirado através da rede venosa, aumentando a irrigação sangüínea sob a mucosa, quando o ar inspirado estiver mais frio, e vice versa;

olfação através das células olfativas.

O ar inspirado passa das cavidades nasais para a faringe, laringe, traqueia, brônquios e pulmões.

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3 MECÂNICA RESPIRATÓRIA

Os pulmões podem encher ou esvaziar, dependendo da ação dos músculos intercostais e do diafragma. Nos alvéolos ocorrem as trocas gasosas.

4 ESQUEMA GERAL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO

IX – SISTEMA EXCRETOR 1. INTRODUÇÃO As atividades orgânicas resultam na decomposição de proteínas, lipídios e carboidratos, acompanhadas de liberação de energia e formação de produtos que devem ser eliminados para o meio exterior. A urina é um dos veículos de excreção do organismo. Assim, o sistema urinário compreende os órgãos responsáveis pela formação da urina, os rins, e outros, a eles associados, destinados à eliminação da urina: ureteres, bexiga urinária e uretra. 2. APARELHO URINÁRIO

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a) Rins

É um órgão par, abdominal, situados à direita e à esquerda da coluna vertebral, ocupando o direito uma posição inferior em relação ao esquerdo, em virtude da presença do fígado à direita. São os rins que formam a urina. b) Ureter

É definido como um tubo muscular que une o rim à bexiga. c) Bexiga

É uma bolsa situada posteriormente à sínfise púbica e que funciona como reservatório da urina. A capacidade máxima da bexiga é de aproximadamente 480 ml. Com a metade deste volume já há condução de impulsos nervosos ao cérebro fazendo com que tenhamos vontade de urinar. d) Uretra

Constitui o último segmento das vias urinárias. Ela difere nos dois sexos, mas em ambos é um tubo mediano que estabelece a comunicação entre a bexiga urinária e o meio exterior. No homem ela mede mais ou menos 20 cm e é uma via comum para a micção e a ejaculação. Na mulher ela mede mais ou menos 5 cm e serve apenas à excreção da urina.

X – SISTEMA REPRODUTOR a) FEMININO O sistema reprodutor feminino é composto por dois ovários, duas tubas uterinas, útero, vagina e vulva (órgão genital externo).

SISTEMA REPRODUTOR FEMININO

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b) MASCULINO O Sistema reprodutor masculino tem dois testículos protegidos numa bolsa escrotal, dois canais deferentes, duas vesículas seminais, a próstata e o pênis.

Xl – SISTEMA ENDÓCRINO 1. INTRODUÇÃO

O homem apresenta em seu organismo várias glândulas endócrinas (glândulas que secretam hormônios no sangue). Hormônios são mensageiros químicos responsáveis por uma estimulação sobre outros órgãos. Todos os hormônios são transportados pelo sangue, e os órgãos sobre os quais atuam não só estimulando como também inibindo, são chamados órgãos alvo. A maioria dos hormônios é produzida em glândulas endócrinas. Eles têm as mais variadas atividades no organismo tais como: regulação da taxa metabólica, dos níveis de substâncias no sangue, das funções reprodutoras, do crescimento e do desenvolvimento geral, etc.

SISTEMA REPRODUTOR MASCULINO

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2. OS PRINCIPAIS HORMÔNIOS HUMANOS

Glândula

Hormônio

Função

Hip

ófi

se

Adeno-hipófise

Adrenocorticotrófico (ACTH)

Estimula o córtex adrenal

Tireotrófico (TSH) Estimula a tireoide

Somatotrófico Estimula o crescimento

Folículo estimulante (FSH)

Estimula a maturação dos folículos ovarianos.

Luteinizante* (LH)♀ Estimula o desenvolvimento do corpo lúteo

Prolactina Estimula a função das glândulas mamárias

Diabetogênico Inibe a produção de insulina

Neuro-hipófise

Antidiurético (ADH) Regula o volume de urina

Ocitocina Estimula a contração da musculatura uterina

Tireóide

Tiroxína Regula o desenvolvimento e o metabolismo geral

Tirocalcitonina Regula a taxa de cálcio

Paratireóides Paratormônio Regula a taxa de cálcio

Pâncreas Insulina Regula a taxa de glicose

Glucagon Regula a taxa de glicose

S

up

ra

ren

ais

Adrenais (córtex)

Glicocorticoides Resistência geral e metabolismo de açúcares e gorduras

Mineralocorticoides (Aldosterona)

Regula a taxa de Na+ e K+

Andrógenos Caracteres sexuais secundários masculinos

Adrenais (medula)

Adrenalina Regula a pressão sanguínea

Testículos

Testosterona (andrógeno) Caracteres sexuais secundários masculinos

Ovários Estrógenos Caracteres sexuais femininos

Desenvolv. da parede uterina (endométrio)

Progesterona Modificações orgânicas da gravidez

XII – SISTEMA IMUNOLÓGICO

1. INTRODUÇÃO O sistema imunológico nos salva da morte por infecção. Estamos rodeados por protozoários, vírus, bactérias, fungos e outros parasitas. A nossa habilidade em repelir a infecção depende inteiramente de alguns órgãos e tecidos específicos, como timo, baço, gânglios linfáticos e medula óssea, que fabricam algumas células; e certas substâncias de defesa.

XIII – SISTEMA NERVOSO 1. INTRODUÇÃO Formado por células altamente especializadas, os neurônios que transmitem mensagens elétricas interligando os centros nervosos aos órgãos. A transmissão de informações no organismo pode ser feita por dois mecanismos, um químico (hormônios) e um elétrico (impulso nervoso), que se complementam.

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2. FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO

a) receber informações – do próprio corpo ou do meio ambiente. b) associar as informações de diferentes centros nervosos interpretando-as. c) emitir ordens – dos centros nervosos para os órgãos. d) armazenar informações adquiridas (memória).

e) neurossecreção – os neurônios produzem hormônios 3. DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO

3.1 – Sistema Nervoso Central – SNC

Encéfalo: cérebro, cerebelo, ponte e bulbo.

Medula raquidiana – responsável pelos atos reflexos. Dela saem 31 pares de nervos raquidianos ou espinhais.

Reflexos são atos involuntários, rápidos, conscientes ou não, que visam a uma proteção ou adaptação do organismo, quando este recebe um estímulo periférico.

3.2 – Sistema Nervoso Periférico – SNP

Nervos cranianos – 12 pares, sendo que vários deles saem do bulbo. A maior parte deles inerva a cabeça (musculatura esquelética e pele).

Nervos raquidianos ou espinhais – 31 pares que saem da medula raquidiana ou espinhal. Inervam o restante do corpo (musculatura esquelética e pele).

NERVOS CRANIANOS

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3.3 – Sistema Nervoso Autônomo - SNA

Controla as funções da musculatura lisa dos órgãos viscerais, o coração e as glândulas. Ele é constituído por dois grupos de nervos de ação antagônica e inconsciente.

Nervos e gânglios simpáticos – SNS – (neurotransmissor adrenalina).

Nervos e gânglios parassimpáticos – SNP – (neurotransmissor acetilcolina).

4. PROTEÇÃO DO SISTEMA NERVOSO

O SN é mole e além dele ser protegido pela Caixa Craniana e Vértebras, o Encéfalo e Medula Raquidiana são ainda envolvidos por três membranas, as meninges.

XIV. SISTEMA SENSORIAL

1. Ouvido

Antes que a mensagem possa chegar ao seu cérebro, todavia, ela passou através de três sessões bem definidas do ouvido. O ouvido externo, o ouvido médio e o ouvido interno. O ouvido externo inclui a concha, a parte do ouvido que podemos ver, mais o canal auditivo.

A membrana timpânica é a divisão entre o ouvido externo e o ouvido médio, que vibra quando é atingida pelas ondas sonoras. Grudada na membrana timpânica está uma cadeia de três ossos pequeninos chamada de cadeia ossicular, martelo, bigorna e estribo. Enquanto as ondas sonoras movem a membrana timpânica, esta move os ossículos. Os três ossos na verdade formam um sistema de alavancas que transferem a energia das ondas sonoras vindas do ouvido externo, através do ouvido médio para o ouvido interno.

O último osso da cadeia ossicular, o estribo, está acoplado a uma fina membrana chamada de janela oval. A janela oval é na realidade uma entrada para o ouvido interno que contém o órgão da audição, ou cóclea. A cóclea é um canal preenchido por líquidos.

O som captado passa da energia Acústica das ondas sonoras entrando no ouvido, para a energia Mecânica na cadeia ossicular, para a energia Hidráulica no fluído da cóclea, para a energia Elétrica dos impulsos que viajam para o cérebro.

Nosso ouvido interno também contém um órgão muito importante que está na verdade conectado com a cóclea, mas que não contribui para nosso sentido da audição. São chamados de canais semicirculares, nos ajudam a manter o equilíbrio. Problemas com os canais semicirculares podem resultar em sintomas como a vertigem.

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2. Olhos

Os raios luminosos atravessam a córnea, o cristalino, o humor aquoso e o humor vítreo e atingem a retina. O mecanismo da visão pode ser mais bem entendido, se compararmos o globo ocular a uma câmara fotográfica: o cristalino seria a objetiva; a Íris, o diafragma, e a retina seria a placa ou película. Desta maneira os raios luminosos, ao penetrarem na córnea e no humor aquoso, passando pela pupila, chegam ao cristalino, que leva a imagem mais para trás ou para frente, permitindo que ela se projete sobre a retina.

3. Língua

Este órgão é essencial para o

começo do processo de digestão, moldando e guiando o alimento, além também, de estar relacionado ao sentido do paladar e da formação de fonemas da fala.

A superfície ventral deste órgão é lisa, enquanto que a superfície dorsal é irregular, recoberta anteriormente por pequenas eminências denominadas papilas gustativas (estruturas especializadas que contêm as células gustativas, capazes de detectar o sabor). A parte dorsal pode ser dividida em duas partes: a parte oral (encontrada dentro da cavidade bucal) e a parte faríngea (terço posterior da língua). Estas duas partes são divididas por uma região em formato de “V”. Posteriormente a esta região, a superfície lingual apresenta saliências formadas, principalmente, por dois tipos de agregados linfoides e as tonsilas linguais.

As papilas gustativas que compõe a língua são de quatro tipos e assumem diferentes funções: Papilas filiformes: possuem formato cônico alongado, são muito numerosas e estão

espalhadas por toda a superfície dorsal da língua. São ricas em queratina e possuem poucos botões gustativos.

Papilas fungiformes: possuem formato semelhante à cogumelos, com uma base estreita e uma porção superior mais dilatada e lisa. Estas papilas possuem poucos botões gustativos na sua parte superior e estão espalhadas irregularmente entre as papilas filiformes.

Papilas foliadas: nos humanos estas papilas são pouco desenvolvidas. Elas consistem em duas ou mais rugas paralelas divididas por um sulco presente na superfície dorsolateral da língua, e contêm muitos botões gustativos.

Papilas circunvaladas: estas constituem de 7 a 12 estruturas circulares grandes, da qual a superfície achatada se estende acima das outras papilas. Estão distribuídas na região do V lingual, na parte posterior da língua.

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Existem, pelo menos, quatro percepções de sabor pelos humanos: salgado, azedo, doce e amargo. Todas elas podem ser percebidas em todas as regiões linguais que possuem botões gustativos.

CAPÍTULO II – NOÇÕES DE MICROBIOLOGIA

I - INTRODUÇÃO 1.1 Conceito É a ciência que estuda os seres vivos microscópicos (microrganismos, micróbios, germes etc.),

somente através do microscópio. 1.2 Divisão da Microbiologia Bacteriologia Virologia Micologia. 1.3 Histórico O estudo dos micróbios só foi possível depois da intervenção do microscópio. A partir do séc.

XIX o microscópio foi usado de forma rotineira pelos biólogos. Louis Pasteur, químico francês, deu uma contribuição decisiva para a compreensão da vida

dos microrganismos. A partir de suas descobertas, observou-se que os micróbios fermentavam certas substâncias (suco de uva, leite, etc.) e que também causavam doenças. Iniciou o estudo da bacteriologia provando a existência dos microrganismos em meios poluídos.

Um cirurgião inglês, Joseph Lister, havia lido trabalhos de Pasteur e relacionou muitos casos de morte por infecção após cirurgias, com os microrganismos. Instituiu medidas de antissepsia para todas as cirurgias. Escola de Enfermagem Dr. Gualter Nunes

1.4 Tipos de Microrganismos Patogênicos: responsáveis pelas doenças. Não patogênicos: Saprófitas: existem normalmente no tubo digestivo, flora intestinal, pele, etc. Comensalismo: apenas um se beneficia. Simbiose: mútua ajuda.

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1.5 Nomenclatura São denominados por um binômio derivado do latim que representa o gênero e a espécie. Ex:

Stafilococus aureus gênero espécie 1.6 Dimensão São extremamente pequenos. Usam-se duas medidas para os microrganismos: micrômetro

(milésima parte do milímetro) que pode ser visto ao microscópio óptico e ângstron (um décimo do milésimo do micrômetro) que só pode ser visto ao microscópio eletrônico .

II - DEFINIÇÕES FUNDAMENTAIS

2.1 Infecção: É a penetração e a multiplicação de um microrganismo no hospedeiro. 2.2 Fonte de infecção: Ser animado ou inanimado que possui a capacidade de transferir o microrganismo alojado em

si. 2.3 Agente infeccioso: É o microrganismo patogênico que provoca a infecção no hospedeiro. 2.4 Patogenicidade: Capacidade que o MO tem de infectar e causar a doença. 2.5 Virulência: Capacidade do MO em produzir a doença com maior ou menor gravidade. 2.6 Hospedeiro: Termo utilizado em parasitologia para designar aquele que abriga em si o parasita. Pode ser: a) Hospedeiro intermediário: abriga o parasita em forma larvar. b) Hospedeiro definitivo: abriga o parasita na forma adulta. 2.7 Portador: É o mesmo que hospedeiro. Termo usado em microbiologia para designar aquele que alberga

em si o MO. Pode ser: a) Portador assintomático: não apresenta sinais clínicos, mas tem a possibilidade de transmitir

a doença. b) Portador crônico: já teve a doença, não manifesta os sinais clínicos, nem sintomas, mas

abriga o MO em si. Ex. hepatite, malária, sífilis etc. (não podem doar sangue). 2.8 Modo de transmissão: a) Direto: Meio que dispensa veículo. Pode ser: Imediato: contato físico (relações sexuais, beijo etc) Mediato: através de secreções. b) Indireto: Através de: Vetores: seres animados (geralmente insetos) Fômites: seres inanimados (poeira) 2.9 Fases do processo infeccioso: a) Período de incubação: desde a entrada do MO até o aparecimento dos primeiros sintomas. b) Período de transmissão: é o período em que o MO pode ser transmitido a outro. c) Período prodrômico: período precursor à doença propriamente dita. d) Período de estado: sinais clínicos bem definidos eu caracterizam a doença. e) Período de convalescença: período em que o organismo vai se restabelecendo

(recuperação).

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2.10 Comunicante: é aquele que mantém ou manteve contato com o doente. Ex: família do

paciente de tuberculose.

Reação Inflamatória

III - VÍRUS

3.1 Características a) São agentes infecciosos de menor dimensão; b) São parasitas intracelulares, ou seja, não se multiplicam fora das células vivas; c) São dotados de capacidade de infectar quase todos os seres vivos (desde bactérias até o

homem); d) São considerados partículas; e) Não possuem estrutura celular. 3.2 Estrutura a) Genoma ou núcleo – constitui sua parte central, onde se encontra o RNA e DNA (ácido

nucléico), responsável pelas suas características genéticas. b) Cápsula – concha feita de proteínas que engloba o núcleo. c) Envelope – podem ser constituídos de lipídios, polissacarídeos e proteínas. O envoltório

participa do mecanismo de aderência dos vírus à membrana das células.

Simetria cúbica (a e b) Simetria helicoidal ( c e d) Simetria não definida (e) 3.3 Reação aos agentes químicos e físicos

a) Temperatura – são geralmente inativados quando submetidos à temperatura de 60 C

durante 30 minutos e resistem à temperaturas inferiores a 0 C. b) pH – quase todos os vírus são estáveis em pH entre 5 e 9.

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c) Éter – alguns são éter resistentes e outros são inativados pelo éter ( herpes vírus). d) Radiações – são inativados por raios ultravioletas, raios-X, variando a sensibilidade de

acordo com o tempo e a intensidade da exposição. e) Desinfetantes – são em geral, resistentes aos desinfetantes usuais.

3.4 Formas de transmissão

Podem ser transmitidos através de secreções nasofaríngeas, fômites, água, alimentos contaminados, mordeduras de animais, transfusão de sangue ou hemoderivados e pela via congênita e perinatal.

3.5 Portas de entrada

a) Trato respiratório – vírus da influenza, caxumba, rubéola, sarampo, varicela, etc. b) Trato digestivo – enterovírus, rotavírus, etc. c) Conjuntiva – adenovírus. d) Contato sexual – AIDS, condiloma, hepatite B, herpes, etc. e) Injeções parenterais – AIDS, hepatite B, C e D. f) Transfusões de sangue, plasma e derivados – AIDS, hepatite (B, C e D),

citomegalovirose, mononucleose, Epstein Barr, etc. g) Mordeduras de animais – vírus da raiva. h) Transmissão vertical (congênita ou perinatal) – rubéola, citomegalovirose, hepatite B.

3.6 Controle das viroses

a) Imunização ativa – vacinação. b) Imunização passiva (soros) – imunoglobulinas. c) Medicamentos antivirais – aciclovir, vidarabina, ribavirina, AZT, etc.

IV - BACTÉRIA

4.1 Características a) São seres simples quanto à organização e não apresentam um núcleo diferenciado, faltando

a membrana nuclear. b) São encontradas livremente no ar, na terra, na água em materiais de decomposição ou

associados a outros seres. c) São organismos muito pequenos cuja estrutura celular só pode ser estudada em

microscópio eletrônico ou de forma grosseira, no microscópio óptico. 4.2 Estrutura a) Nucleoide – área nuclear desprovida de membrana. b) Citoplasma – área onde estão localizadas as organelas. c) Membrana celular – ou membrana citoplasmática é dotada de permeabilidade seletiva,

discriminando as moléculas que devem entrar e sair no citoplasma. d) Mesossomos – são invaginações da membrana e participam do processo de divisão celular. e) Parede celular – é o envoltório externo que todas as bactérias possuem. É responsável pela

forma e proteção desses microrganismos. f) Cápsula – relacionada com a proteção mecânica e/ou à resistência pela fagocitose. g) Flagelo – relacionado à locomoção das bactérias. h) Fímbrias – para a fixação da bactéria e reprodução i) Esporos – são formas bacterianas de grande resistência a agentes químicos, ao calor, à

dessecação, à radiação e à atividade de outros agentes físicos. Têm forma ovoide ou esférica.

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4.3 Morfologia a) Quanto à forma as bactérias podem ser: Cocos – têm forma esférica, podem ser agrupadas (diplococos, estafilococos,

estreptococos); Bacilos – têm forma de bastonete ou bastão; Vibriões – têm formas curvas semelhantes à vírgulas; Espirilos – têm formato em espiral.

b) Quanto à coloração: A principal reação de coloração das bactérias é o método de GRAM, que consiste em tratá-las

pela violeta de genciana e iodo. Gram negativas – perdem a coloração roxa; Gram positivas – mantém a cor roxa inicial. São bactérias sensíveis às sulfas e penicilinas. 4.4 Nutrição a) Autótrofas – fabricam seus próprios alimentos. b) Heterótrofas – não fabricam seus próprios alimentos: - Heterótrofas parasitas: vivem à custa de outros seres vivos prejudicando-os; - Heterótrofas saprófitas: vivem em material morto, ajudando na sua decomposição. 4.5 Respiração As bactérias quanto à respiração podem ser: a) Aeróbias – são aquelas que crescem somente na presença de oxigênio livre. b) Anaeróbias – podem ser do tipo estritas ou facultativas: - Estritas – são aquelas que só crescem na ausência de oxigênio livre. Ex: bacilo do tétano. - Facultativas – são aquelas que crescem tanto na presença como na ausência de oxigênio

livre. Ex: bacilo da difteria.

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4.6 Ação benéfica e maléfica a) Na indústria – para a fabricação de vinagre, coalhada, queijos e outros alimentos

fermentados. b) Na agricultura – nitrificação do solo, fixação de nitrogênio, putrefação e desnitrificação (ciclo

do nitrogênio na natureza). c) Na genética e biologia molecular – pela sua relativa simplicidade metabólica, que tem

facilitado as pesquisas. d) Em medicina – pelo grande número de espécies que causam graves doenças no homem e

nos animais. As bactérias patogênicas causam infecções, com graves lesões nos organismos animais. Elas

fabricam toxinas que provocam doenças.

4.7 Exemplos de bactérias patogênicas Vibrio cholerae – cólera Salmonella typhi – febre tifoide Treponema pallidum – sífilis Clostriduim tetani – tétano Escherichia coli – diarreia Stafilococus aureus – pneumonias, etc.

V - FUNGOS

5.1 Características São organismos conhecidos popularmente como bolores, cogumelos, orelhas de pau,

“champignons” e lêvedos. São considerados vegetais inferiores, de estrutura rudimentar, que apresentam somente talos e não possuem clorofila, por isso não conseguem sintetizar seu próprio alimento. Sendo assim, eles parasitam organismos vivos, de onde retiram hidratos de carbono, necessários à sua sobrevivência.

Eles são encontrados comumente na água e na terra. No ar, existem sob a forma de microscópicos esporos de fácil dispersão.

5.2 Nutrição Podem ser: a) Saprófitas – fungos que se desenvolvem bem em restos de vegetais em apodrecimento,

animais mortos e até em fezes. c) Parasitas – que atacam vegetais, animais e o homem causando as conhecidas micoses. 5.3 Ação benéfica e maléfica

Benéfica:

Orelha de pau

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a) Na indústria – são utilizados na produção de queijos e bebidas alcoólicas, como a cerveja. São usados como fermento na preparação de massa de pão. Os champignons servem como alimento.

b) Na farmacologia servem como matéria prima para extração de várias drogas de interesse médico como: penicilina, ergotamina (LSD), etc.

c) Em genética – constituindo um ótimo material para estudos genéticos.

Maléfica: a) Em agricultura – grande número de fungos causa prejuízo em culturas atacando folhas,

frutos e sementes. b) Em medicina – as doenças causadas por fungos são chamadas de micoses. Das 100.000

espécies de fungos, não mais que 100 são patogênicas para o homem. As micoses humanas são classificadas em superficiais e profundas: - Superficiais: limitam-se à pele, às mucosas, às unhas e aos pelos. Ex: Candida. - Profundas: podem acometer vários órgãos e tecidos. Ex. Cryptococcus neoformans

Exemplos de fungos patogênicos: Tricophyton – ocasiona lesões na pele, pelos e unhas ( Tinhas) Microssporum – ocasiona lesões nos pelos e pele (Tinhas) Epidermophyton – atinge a pele e unhas (Tinhas) Candida albicans – sapinho e corrimentos Actinomyces israelii – actinomicose (Micetomas) Paracoccidioides brasiliensis – blastomicose sul americana

VI - PROTOZOÁRIOS

6.1 Características São animais de uma única célula, geralmente microscópicos. A palavra protozoário significa

“primeiros animais” ou “animais primitivos”. Na sua maioria são aquáticos, vivem nos mares, rios, tanques, aquários, poças, lodo e terra

úmida. Muitas espécies, no entanto, vivem no interior de outros animais, às vezes como parasitas, outras vezes numa relação de mutualismo.

Não fazem parte da microbiologia geral, mas serão estudados neste capítulo porque são organismos unicelulares visíveis só em microscópio.

6.2 Estrutura As células dos protozoários podem ser consideradas pouco especializadas, já que realizam

sozinhas todas as funções vitais dos organismos mais complexos, tais como: locomoção, obtenção de alimentos, digestão, excreção, reprodução, respiração, etc.

6.3 Classificação quanto à locomoção a) Rizópode - eles se locomovem e capturam seus próprios alimentos através de pseudópodes

(falsos pés).Ex. Ameba c) Flagelados – classe que possui um ou mais flagelos. São causadores de importantes

doenças no homem. EX. Giárdia, Trypanosoma (doença de Chagas), Trichomonas, etc.

Trypanosoma cruzi

Giardia lamblia Tricomonas vaginalis Entamoeba histolytica

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d) Ciliados – são de organização mais complexa. Normalmente de vida livre, incluem raras espécies parasitas do intestino de mamíferos. Ex. Balantidium, Paramecium, etc.

e) Esporozoários – são parasitas intracelulares desprovidos de organelas de locomoção. Ex. Plasmodium (malária), etc.

6.4 Nutrição São heterótrofos e nutrem-se de detritos orgânicos, bactérias e outros microrganismos

existentes no meio. 6.5 Exemplos de protozoários patogênicos: Plasmodium - causador da malária; Entamoeba histolytica - causadora da disenteria; Trypanosoma cruzi - causador da doença de Chagas; Giardia lamblia - causadora da giardíase; Leischmania brasiliensis - causadora da leishmaniose cutâneo mucosa.

CAPÍTULO III – NOÇÕES DE QUALIDADE DE VIDA SAUDÁVEL

I NUTRIÇÃO E SAÚDE 1.1 Conceito É o processo de retirada, do meio ambiente, dos alimentos necessários para sustentar o

organismo, através da assimilação das substâncias necessárias e da eliminação daquelas que não podem mais ser aproveitadas.

1.2 Fases 1º) A alimentação ou aporte de alimentos: vai desde o momento da escolha de um alimento

até sua absorção pelas vilosidades intestinais – seleção, obtenção, preparo culinário, ingestão, digestão e absorção.

2º) O metabolismo: inicia-se a partir da absorção dos nutrientes até o momento em que o

organismo os utiliza como fonte de energia. 3º) A excreção: é a eliminação de material utilizado e não utilizado. Isto acontece pelo tubo

digestivo, pelos rins, pela pele e pelos pulmões. 1.3 Alimento É tudo aquilo que podemos comer ou

beber e que é indispensável para manter a vida, o crescimento, a reprodução e a saúde.

Não existe nenhum alimento que, sozinho, forneça tudo o que o organismo precisa, portanto é necessária uma alimentação equilibrada, usando-se vários tipos de alimentos.

1.4 Nutrientes São substâncias contidas nos alimentos

indispensáveis à sobrevivência do

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organismo. São os seguintes: glicídios, lipídeos, protídeos, sais minerais, vitaminas, água e oxigênio.

1.5 Classificação

a) Construtores: minerais, água e protídeos. b) Reguladores: minerais, água, celulose, vitaminas e protídeos. c) Energéticos: glicídios, protídeos e lipídios.

II - PRINCIPAIS NUTRIENTES 2.1 CARBOIDRATOS Definição: Principalmente sob a forma de grãos de cereais e de raízes, os carboidratos,

também conhecidos como hidratos de carbono, são as principais fontes de energia, a mais barata e digerível.

2.2 PROTEÍNAS Definição: São substâncias fundamentais a todos os seres vivos, sendo indispensável sua

presença nas células. As proteínas são formadas por unidade menores, denominados aminoácidos. Esses

componentes apresentam, em geral, a propriedade de se transformar uns nos outros depois de ingeridos.

2.3 LIPÍDEOS Também conhecidos como gorduras, participam da formação de vários tecidos do corpo, além

de transportarem as vitaminas A, D, E e K no seu processo de absorção pelo organismo. 2.4 VITAMINAS Quando se fala em tomar vitaminas, a maioria das pessoas pensa logo nos remédios

encontrados em farmácias. É preciso que se saiba, porém, que apesar de serem importantes para o bom funcionamento do organismo, as vitaminas são necessárias em quantidades muito pequenas em relação aos demais tipos de nutrientes. Isso se explica porque sua principal função é, juntamente com as enzimas, agir como catalisadores das reações químicas, e os catalisadores aumentam a velocidade das reações sem serem gastos no processo.

Porém, apesar de as vitaminas não serem gastas nas reações, uma pequena fração de cada uma é eliminada diariamente pela urina ou destruída dentro da própria célula. Como as vitaminas não são fabricadas pelo organismo, elas têm de ser ingeridas em pequena quantidade, através dos alimentos.

2.5 SAIS MINERAIS Encontram-se em pequenas quantidades em nosso organismo e a alimentação comum fornece

todos os Elementos Minerais que necessitamos para a:

_ Formação dos tecidos que sustentam o organismo

_ Formação do esqueleto

_ Composição dos órgãos internos

_ Contribuem para o funcionamento das glândulas de secreção

_ Tomam parte no processo de digestão e absorção

_ Regulam o ritmo cardíaco e respiratório

_ Juntamente com a água e proteínas, formam a estrutura do corpo

_ Substituem as perdas do organismo

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_ Exercem importância na contração e descontração dos músculos

2.6 FIBRAS Apesar de não serem absorvidas, e não possuírem nenhum valor nutricional direto, elas são

muito importantes na nossa dieta. São classificadas em fibras solúveis e insolúveis. As solúveis formam um tipo de gel importante para a fermentação de algumas bactérias da flora intestinal, que interagem na síntese e digestão de muitos nutrientes. As fibras insolúveis incluem a celulose que é um componente presente em todas as células vegetais

2.7 COLESTEROL O colesterol faz parte do grupo dos lipídeos, presente e necessário em todas as células do

nosso corpo. É produzido no fígado e intestinos e também ingerido com os alimentos gordurosos. O colesterol é ligado às lipoproteínas para o seu transporte no sangue e assim ele é conhecido e identificado de acordo com a lipoproteína a que está associado. Quando está ligado à lipoproteína de baixa densidade é chamado de LDL (mau colesterol), e quando está ligado à lipoproteína de alta densidade é chamado de HDL (bom colesterol). O HDL é capaz de reverter à ação nociva do LDL.

III - SAÚDE: um bem estar Físico e Emocional

A questão do envelhecimento e velhice vem sendo objeto de preocupação atualmente em países em desenvolvimento inclusive no Brasil. As doenças crônicas e suas complicações podem surgir e acentuar-se em decorrência de determinados comportamentos adotados, tradicionalmente, pela população em geral e por profissionais dos diversos serviços de saúde públicos ou privados. Colocam-se às agências governamentais e aos diversos setores da sociedade os seguintes desafios:

1º) A prevenção dos problemas de saúde e a adequação dos serviços de saúde visando à qualidade no atendimento.

2º) A estratégia do autocuidado fundamenta-se na concepção do homem como um ser capaz de refletir sobre si mesmo e seus ambientes, simbolizar aquilo que experimenta, desenvolver e manter a motivação essencial para cuidar de si mesmo e de seus familiares. O autocuidado implica na execução de ações dirigidas pela e para a própria pessoa ou em direção ao ambiente com a finalidade de atender às necessidades próprias identificadas, de maneira a contribuir para a manutenção da vida, saúde e bem-estar.

3.1 50 SEGREDOS DE PESSOAS QUE NUNCA ADOECEM

Gene Stone teve a oportunidade de escrever sobre inúmeros tratamentos adotados com

sucesso para curar doenças. Porém, continuava ficando de cama. “Também notei que havia populações em que as pessoas nunca ficavam doentes. Então me ocorreu que eu devesse perguntar a essas pessoas o que elas faziam”. As respostas estão no livro “Os segredos das pessoas que nunca ficam doentes”, lançado nos EUA em 2010. Em suas andanças, Stone percebeu que cinco povos eram os mais saudáveis: a Barbagia, na Itália; Okinawa, no Japão; a comunidade dos Adventistas do Sétimo Dia, na Califórnia; a Península de Nicoya, na Costa Rica; e a ilha grega de Ikaria.

Outro americano, Dan Buettner, escreveu sobre o tema em um livro que virou best-seller: “Blue Zones”: lições de pessoas que viveram muito para quem quer viver mais. Ambos os autoresajudaram a traduzir as experiências dessas pessoas.

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1. Beber água mesmo sem ter sede

A água está para o corpo humano assim como o combustível para o carro. Isso porque, sem manter os nossos níveis hídricos sempre abastecidos, todo o organismo sofre. O líquido ajuda a aumentar a saciedade, evitando compulsões que podem levar ao sobrepeso e ao aparecimento de diversas doenças, ao mesmo tempo em que mantém a saúde do sistema renal. É o baixo consumo de água que resulta em urina concentrada e na maior precipitação de cristais, justamente o que leva à formação das pedras nos rins. Sucos naturais, chás e água de coco também podem ser usados.

2. Ir ao dentista regularmente

A boca é como um espelho a refletir a saúde do organismo. Daí a

importância de permitir que um profissional a examine a cada seis meses. Muitas doenças sistêmicas, como diabetes, alterações hormonais e lesões cancerígenas podem ser detectadas numa consulta de rotina. Além disso, o tratamento das cáries deixa o organismo protegido contra inúmeras doenças. Cáries não tratadas podem se tornar a porta de entrada para micro-organismos, que poderão atingir órgãos nobres como coração, rins e pulmões. Escola Técnica Dr. Gualter Nunes

3. Ingerir mais nozes

Bateu aquela fome de fim de tarde? Experimente comer duas unidades

de nozes todos os dias. Esse é um dos segredos dos Adventistas da Califórnia. Cerca de 25% deles comem nozes cinco vezes por semana e diminuíram pela metade o risco de problemas cardíacos.

4. Temperar com alho

Ele melhora a saúde do coração, diminui os níveis de colesterol, a pressão

arterial e potencializa as nossas defesas.

5. Comprar alimentos regionais

Se puder privilegiar alimentos produzidos na sua região, sua saúde sairá ganhando. Isso porque os produtos da safra, que não recebem uma grande quantidade de conservantes, em geral, são muito mais ricos em nutrientes. Agora, se você puder ir pessoalmente à feira ou à quitanda do bairro, tanto melhor.

6. Comer mais frutas Aumentar o consumo de produtos de origem vegetal é uma das

medidas mais significativas na prevenção de doenças crônicas. A prática foi observada em pelo menos quatro das cinco Blue Zones e é fácil entender o porquê. Frutas, legumes e verduras possuem uma quantidade de vitaminas antioxidantes, boas gorduras e fibras que supera em muito a dos alimentos industrializados.

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7. Aprender a planejar A tensão constante é extremamente prejudicial à saúde. Ela afeta o

funcionamento do sistema nervoso, hormonal e imunológico. Uma boa maneira de controlar essas reações é não deixar todos os compromissos para a última hora. Acostume-se a anotar suas pendências em uma lista.

8. Fracionar a dieta

Comer mais vezes ao dia e optar por porções menores é um jeito inteligente de

manter o peso estável. Os jejuns prolongados desencadeiam uma fome tão intensa que é fácil se exceder nas refeições. Quando dividimos a nossa alimentação diária em cinco ou seis refeições, também estamos dando uma forcinha ao processo de digestão e ao intestino, evitando sobrecargas.

9. Aproveitar o contato com a natureza

Sinta o cheiro da grama molhada, escute os pássaros, sente-se na sombra de uma árvore… Pratique essa terapia sempre que possível, já que ela é altamente relaxante. A vegetação transfere umidade ao ar e, portanto, o ambiente fica ionizado negativamente. Isso provoca uma reação química no organismo, gerando uma sensação de muita calma. As atividades ao ar livre também contribuem para recuperação de pacientes: Quando observam a natureza, eles tiram a atenção da doença.

10. Levantar peso A ideia não é apenas ficar forte. Um dos principais benefícios é o

aumento da densidade óssea, auxiliando na prevenção da osteoporose e na reversão da sarcopenia (diminuição no número de sarcômero, a unidade do músculo esquelético). Isso evita a incapacidade funcional, muito comum em idades avançadas.

11. Ser um voluntário Se você ainda não conseguiu um tempo para isso, é bem provável que não

tenha encontrado a causa certa. Quando se apaixonar de verdade por um trabalho social, acabará colocando-o na lista de prioridades. Dedicar uma noite por semana já é um bom começo.

12. Celebrar a vida Não espere algo de extraordinário acontecer, mas acostume-se a

comemorar as pequenas vitórias. Essa é a receita de longevidade dos italianos que vivem na Sardenha, uma das Blue Zones. Eles chamam a atenção pela disposição que têm para festejar tudo e todos.

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13. Cultivar a sua fé A religião empresta sentido às buscas e conquistas do ser humano,

dá uma nova dimensão às vitórias e também às perdas. Além disso, orienta e ajuda as pessoas a tomar decisões difíceis.

14. Trocar o café pelo chá-verde

Ainda que você precise do café para acordar, faça a substituição.

Afinal, o chá verde também contém cafeína, que funciona como estimulante. O bom é que ele oferece outros extras. Diversos estudos mostram que a bebida atua na prevenção e no tratamento de doenças como Alzheimer e Parkinson.

15. Pegar leve com as carnes vermelhas

Embora sejam importantes fontes de ferro, são alimentos de difícil

digestão e, portanto, retardam o funcionamento intestinal. Então, se você é do tipo que não pode viver sem um bifinho, contente-se com um filé médio por dia.

16. Praticar mais atividade aeróbica

Pode ser uma caminhada ou uma corrida. Esse tipo de exercício

tem impacto direto sobre os fatores de risco associados à hipertensão, ao diabetes e à obesidade. A prática regular melhora a força e a flexibilidade, fortalece ossos e articulações, facilita a perda de peso e diminui o colesterol.

17. Encontrar a sua tribo

Se você gosta de esportes, certamente irá sentir-se bem com amigos que

também gostam. Portanto, faça um esforço para encontrar pessoas com quem possa compartilhar e trocar ideias. Uma das atitudes mais importantes para garantir a longevidade é cercar-se de pessoas que vão lhe dar suporte e que conectam ou reconectam você com o sentido maior que você dá à sua vida.

18. Ser agradável

Facilita a convivência social e cria vínculos com pessoas que poderão

apoiá-lo quando necessário. Mas como tornar-se uma pessoa agradável? Para isso, é preciso ser interessado e não apenas interessante. Pessoas simpáticas perguntam a você como está em vez de falarem apenas de si mesmas.

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19. Definir seus objetivos

É o que os moradores de Okinawa chamam de ikigai e os habitantes de

Nicoya nomeiam de plano de vida. Seja como for, o fato é que eles têm muito bem definidas as suas razões de viver e investem nesses propósitos.

20. Conhecer melhor a ioga Ela une princípios da meditação, exercícios para o equilíbrio, alongamento e o

treinamento de força, com foco na respiração. Tudo isso graças à execução de movimentos sequenciados. A ioga é ótima para a longevidade, porque fortalece os músculos e ligamentos. Então, os movimentos tornam-se mais fluidos e seguros. A prática tem ainda um efeito importante na redução do estresse.

21. Guardar o despertador na gaveta

Dormir bem significa dar ao corpo a chance de se recompor totalmente.

Se você se deita, dorme logo e acorda bem disposto, pode dizer que tem um sono de qualidade. Quem não tem, corre um risco muito maior de adoecer. Aqueles que dormem pouco podem ter um aumento do colesterol e dos triglicérides.

22. Apostar nos integrais Não basta comer pão integral. Com um pouco de criatividade, é

possível incluir a farinha e aveia integrais na preparação de inúmeros pratos. Quer um bom motivo para fazer isso? Pois saiba que os alimentos não processados oferecem um aporte muito maior de nutrientes. No processo de refinamento, o germe dos grãos é retirado, restando praticamente o amido.

23. Pensar na sua vocação

Fazer o que gosta é uma forma eficiente de afastar o estresse. Além disso, é interessante que o seu tipo de trabalho seja capaz de fazê-lo sentir-se realizado. Por último, saiba que aquele que se empenha em uma carreira para a qual há um sentido profundo, além da manutenção da renda, se sente mais motivado a investir na atualização dos conhecimentos. E estudar, como já vimos, é um santo remédio para o cérebro.

24. Doar seus pratos grandes A população de Okinawa descobriu um jeito de comer 30% menos: eles

utilizam pratos de apenas 23 cm de diâmetro. Há experiências promissoras sendo realizadas por meio da restrição calórica orientada, que já se mostrou capaz de aumentar o tempo de vida de animais de laboratório em 60%.

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25. Ter atitudes positivas

As emoções fazem parte daquilo que somos e, portanto, são capazes de

provocar reações físicas muito claras. As positivas curam e determinam uma maior e melhor qualidade de vida.

26. Emagrecer a despensa

Na hora da compra, elimine os alimentos que possuem qualquer quantidade

de gordura trans e evite os que contêm gorduras saturadas. E por um motivo simples: as chamadas gorduras ruins têm relação com o aumento dos níveis de colesterol LDL e triglicérides, fazendo crescer o risco de infarto e de acidente vascular cerebral. Além dos industrializados, convém tomar cuidado com os alimentos de origem animal, como carnes gordas.

27. Saber como usar a soja

Em Okinawa, no Japão, o consumo de produtos da soja é o maior de todo

o mundo. O resultado? Dos cerca de 1 milhão de habitantes locais, mais de 900 pessoas já passaram dos 100 anos. O consumo frequente reduz os riscos de doenças cardiovasculares.

28. Estudar sempre

Manter as atividades intelectuais é uma maneira de garantir anos extras de vida

e muito mais saúde, principalmente nas idades avançadas. Exercitar o cérebro vai deixá-lo mais protegido contra doenças. Na prática, isso significa um risco menor de limitações físicas, mesmo se algo der errado porque, nesse caso, a recuperação será muito melhor.

29. Ter um dia só para você

Os Adventistas do Sétimo Dia que vivem em Loma Linda, na Califórnia, recolhem-se em suas casas aos sábados e aproveitam a ocasião para meditar e orar. E esse parece ser mais um bom hábito que poderíamos nos esforçar em copiar. Afinal, essas pessoas vivem de cinco a dez anos mais que o resto da população americana. Se for impossível fazer isso, tente conseguir pelo menos 15 a 20 minutos por dia para não fazer nada, ou melhor, para pensar apenas. É como marcar uma reunião consigo mesmo.

30. Apagar o cigarro

Quem tem menos de 40 anos e fuma até 20 cigarros por dia tem quatro vezes

mais chances de enfartar. Agora, se o consumo for maior, o risco sobe 20 vezes. A explicação é simples: as substâncias do cigarro levam à contração dos vasos sanguíneos, à aceleração dos batimentos cardíacos, além de abaixar o HDL, que age como um protetor das artérias.

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31. Ouvir a sua música

Faça um CD com as músicas que marcaram positivamente a sua vida para criar a sua identidade sonora musical. Escute-o regularmente, principalmente quando estiver precisando melhorar o astral.

32. Respirar com consciência Quando estiver precisando relaxar ou desacelerar seu ritmo, faça a respiração

completa. Inspire calmamente o ar pelo nariz, contando três segundos. Então, bloqueie a respiração por um tempo, retendo o ar, e expire pela boca em seis segundos. Assim, você estará atuando diretamente sobre o sistema nervoso autônomo.

33. Curtir os animais

Mesmo que não possa ter um em casa, descubra aqueles com os quais possui mais afinidades e dê a si mesmo a oportunidade de tocá-los. A convivência com os bichos é uma rica fonte de benefícios psicológicos, físicos e sociais. O contato com os animais tem melhorado a vida das pessoas. Para alguns idosos, a experiência foi tão positiva que eles chegaram a diminuir o número de medicamentos que tomavam.

34. Ser muito mais ativo Comece descendo alguns pontos antes do ônibus. Fazer mais atividades a

pé ou de bicicleta, cozinhar, cuidar do jardim, brincar com o seu cachorro, todas essas maneiras de se mexer são válidas. Um dos segredos da longevidade é encontrar meios de se manter sempre em movimento. De preferência, concentre-se em atividades que também lhe dão prazer, e os benefícios serão maiores.

35. Desacelerar o ritmo Se você não cria um tempo para estar bem, terá que ter tempo para se

cuidar quando ficar doente. O primeiro estágio do estresse é a fase de alerta. Ele nos permite realizar muitas tarefas em pouco tempo e aí nos sentimos bem. Porém, quando persistimos na tensão, o organismo entra em fadiga.

36. Comer mais iogurtes

Eles reforçam a nossa imunidade. O que as bactérias vivas

contidas nesses potinhos também fazem é melhorar o nosso humor. Afinal, é o intestino que responde pela produção de 95% da serotonina de todo o corpo.

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37. Investir no ômega-3

Peixes de água fria (salmão, arenque, sardinha, atum), sementes de linhaça moídas e óleos de peixe, de soja e de canola são ótimas fontes desse nutriente, que tem ação comprovada na redução dos níveis de colesterol e de triglicérides, além de ajudar no controle da pressão e de prevenir o risco de tromboses, que danificam os vasos sanguíneos. O composto ainda é coadjuvante em tratamentos neurológicos e de osteoporose.

38. Controlar o álcool

A curto e médio prazos, o álcool pode engordar, acelerar o processo de

envelhecimento e ainda aumentar a pressão arterial. A longo prazo, causa dependência e ainda compromete o funcionamento de todos os sistemas do corpo, com danos mais sérios para o fígado.

39. Brincar com as crianças

É uma excelente estratégia para tirar o foco das preocupações,

aproximar a família ou amigos e facilitar o contato Inter geracional. E todos esses aspectos estão associados à longevidade. Porém, para funcionar, é preciso que se tenha um mínimo de afinidade com os pequenos.

40. Construir o próprio jardim

Mexer com plantas e flores pode ser um hobby interessante e saudável, desde que você realmente consiga tirar prazer da atividade. Esse tipo de passatempo é muito válido para prevenir o estresse, tanto quanto fazer trabalhos manuais ou cozinhar. Só não pode virar rotina e obrigação. Se a pessoa tem que cozinhar ou cortar a grama todos os dias, por exemplo, isso passará a representar, na vida dela, mais uma fonte de tensão. E aí os benefícios não virão.

41. Desfrutar do sol

Sentir na pele o calor dos raios solares não é somente uma receita para

adquirir disposição e ânimo. Com cerca de 15 minutos de exposição, oferecemos ao corpo algo que só o sol pode dar: a energia necessária para a síntese de vitamina D. O composto é importantíssimo na fixação de cálcio no organismo, prevenindo a osteoporose, além de fortalecer o sistema imunológico.

42. Perdoar mais Para envelhecer bem, é preciso olhar para a nossa trajetória de vida

aceitando os erros cometidos e desculpando-se por eles. Da mesma forma, é interessante perdoar aos outros, percebendo que não fomos apenas vítimas. Perdoar é retirar objetos pesados de uma mochila que carregamos

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43. Dar uma chance à laranja Uma única unidade é capaz de prover a necessidade que o nosso

corpo tem de vitamina C a cada dia. Protege contra o câncer, afasta aquela gripe chata e até ajuda a pele a se recuperar mais rapidamente dos estragos promovidos pelo sol.

44. Alongar o corpo todo

Os problemas mais frequentes do aparelho locomotor, e que estão

relacionados ao envelhecimento, são a perda da mobilidade e a osteoporose. O alongamento, enquanto um treinamento da flexibilidade é um dos principais fatores de manutenção da autonomia funcional em idosos.

45. Cochilar após o almoço Na Península de Nicoya, na Costa Rica, a sesta é um costume

institucionalizado. E, em muitas outras partes do mundo, as pausas para um cochilo também são comuns. Para quem dorme pouco, essa pode ser uma estratégia compensatória. É como renovar as energias, antes de recomeçar a jornada.

46. Priorizar as pessoas amadas

Este é outro ponto comum dos que vivem nas chamadas Blue Zones.

Eles contam com famílias fortes e se apoiam mutuamente. Relações verdadeiras nos protegem de situações adversas.

47. Esquecer do sal

A redução de seu consumo é imprescindível para prevenir e

controlar a hipertensão que, por sua vez, oferecem as condições favoráveis para que inúmeros problemas de saúde progridam rapidamente, tais como a insuficiência renal e as complicações cardíacas. O sal em excesso faz o corpo reter mais líquido, o que, além de causar inchaço, também aumenta o volume sanguíneo, elevando a pressão nas artérias. Para passar bem longe desse

drama, vale cortar o sal de cozinha que adicionamos aos pratos durante a preparação, para colocá-lo apenas no momento de consumir, e sempre usando o bom senso. Outra dica é reduzir o consumo de condimentos, pratos prontos, embutidos ou enlatados.

48. Praticar sexo com prazer

A atividade sexual ajuda a aliviar as tensões, já que, durante a relação,

ocorre a liberação de endorfinas, substâncias que melhoram o humor. O sexo ainda faz bem para a circulação. Por fim, vale como um excelente exercício e ajuda a reforçar vínculos de afeto.

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49. Criar um tempo para a família

A união e o apoio mútuo entre cônjuges, pais e filhos precisam certo

investimento de tempo e atenção. Mas como encontrar períodos livres para dedicar a essas pessoas todo o carinho que merecem? Vale programar um jogo que possam fazer juntos, que permita confraternizar e trocar ideias.

50. Usar as dicas diariamente

Caminhar só aos finais de semana ou encontrar mais tempo para os amigos apenas nos períodos em que a rotina de trabalho sossega um pouco podem ser um bom começo, na tentativa de transformar a sua vida para melhor. É preciso, porém, garantir que mudanças pontuais se transformem em hábitos, para colher resultados significativos no que diz respeito à saúde e à longevidade. “As pessoas que eu conheci enquanto preparava o livro possuem diferentes segredos, mas uma coisa que todas elas têm em comum é

a disciplina; elas usam seus segredos diariamente, ou seja, fazem da boa saúde uma prioridade, um hábito mesmo”, finaliza Gene Stone.

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Referências Bibliográficas 1 – FATTINI, C. A.; DANGELO, J.G. Anatomia Humana Básica. São Paulo, Atheneu, 1997. 2 – KAWAMOTO, E.E. Anatomia e Fisiologia Humana. São Paulo, EPU, 1998 3 – CÉZAR E SEZAR. Biologia. 1 e 2 volumes. 1ª ed., São Paulo, Saraiva, 1995 4 – GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Fisiologia Humana. 10ª ed., Rio de Janeiro, GuanabaraKoogan, 2002. 5 – CRESPO, X. et al. Atlas de Anatomia e Saúde. Curitiba, Bolsa Nacional do Livro, s.d. 6 – CALICH, L.V.G.; VAZ, CECELIDÉIA A.C. Imunologia Básica. São Paulo, Arts Médica, 1989. 7 – Madeira, Miguel Carlos. Anatomia do Dente. 4ª ed. Ver e ampl., São Paulo; Sarvier, 2005. 8 - SÁ, Neide Gaudeci. Nutrição e Dietética. 6. ed. São Paulo, Nobel, 1987. 9 - MARIMOTO, Myumi Ikeda. Nutrição. Curitiba, ETCLA. 10 - SENAC. DN. Nutrição e Dietética. Eliane Bassoul. Rio de Janeiro, 1992. 11 - 50 SEGREDOS DE PESSOAS QUE NUNCA ADOECEM. Disponível http://revistavivasaude.uol.com.br/saude-nutricao/93/artigo205423-1.asp.Acesso em 09 de Nov. 2011.