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CIÊNCIAS HUMANAS AULA 06 EXPANSÃO MARÍTIMA E AMÉRICA COLONIAL

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CIÊNCIAS HUMANAS

AULA 06 – EXPANSÃO MARÍTIMA E AMÉRICA

COLONIAL

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1. (Pucrs 2014) “A colonização do Peru ilustra seguramente a variedade de ritmos de aculturação num mesmo espaço cultural. Economicamente, o processo foi rápido: introduziu-se o cultivo de frutas e legumes europeus, a criação de aves e de gado (...). Por outro lado, todo o sistema de recrutamento de aldeãos, montado no Império Inca, foi canalizado para suprir o trabalho nas empresas coloniais, notadamente a produção mineratória. Apesar de tudo, o milho e a batata permaneceram como os alimentos essenciais das comunidades, e em pouco tempo foram difundidos entre os europeus. Socialmente, o processo foi lento e ambivalente: à progressiva ‘hispanização’ dos Kuracas [chefes tribais] (...) contrapôs-se a preservação, pela massa aldeã, dos costumes e normas do parentesco e da própria língua quíchua ou aymara (...). Enfim, no terreno religioso, campo das mentalidades coletivas, a tendência foi no sentido da ‘inércia’, ou seja, da manutenção, ainda que dissimulada e perseguida, dos cultos tradicionais –as wakas–, especialmente entre a população trabalhadora das aldeias”. (VAINFAS, Ronaldo. Economia e Sociedade na América Espanhola. Rio de Janeiro: Graal, 1984, p. 44) A leitura do texto permite afirmar que o processo colonizatório espanhol, na região americana ali analisada, estabeleceu um espaço sócio-histórico no qual ocorreu a) a aniquilação rápida dos traços culturais e dos

laços sociais autóctones pelos colonizadores. b) a prevalência unilateral do ritmo de exploração

econômica mercantilista sobre os demais fatores socioculturais.

c) o surgimento diferenciado de relações socioculturais complexas de dominação e resistência.

d) a tolerância jurídica por parte da administração laica metropolitana das manifestações religiosas locais.

e) a irrelevância dos fatores linguísticos como elementos de defesa cultural dos povos colonizados.

2. (Ufsm 2014) A expansão dos pioneiros norte-americanos, nos territórios a oeste do Rio Mississipi, provocou cenas como a ilustrada abaixo: indígenas consumindo bebida alcoólica.

A respeito da expansão territorial dos Estados Unidos, é possível afirmar: a) Os indígenas tiveram a possibilidade de se

tomar em cidadãos dos Estados Unidos, o que contribuiu para a manutenção de seus modos tribais.

b) Os indígenas foram prejudicados pela expansão dos pioneiros, e o consumo de álcool contribuiu, assim como as doenças, para debilitá-los do ponto de vista da saúde.

c) Os tratados feitos entre os indígenas e os governos norte-americanos asseguraram tanto a expansão dos pioneiros quanto a preservação das tribos indígenas.

d) Os indígenas adotaram diversos costumes da civilização branca, entre eles o consumo de álcool, e esses hábitos os conciliaram com sua cultura e tradições.

e) A expansão dos pioneiros ocorreu regida pelo princípio da democratização da propriedade da terra — direito ao acesso à terra pública desocupada — e também foi garantida a propriedade coletiva ao indígena.

3. (G1 - cftrj 2014) O processo de conquista da América pelos Estados europeus na Época Moderna foi possível com o uso da força militar, da exploração econômica e da imposição de valores culturais aos povos indígenas americanos. A partir desta constatação, deve ser assinalado que: a) A colonização inglesa na América do Norte

desenvolveu relações pacíficas com os povos indígenas locais, em razão de interesses comerciais e da necessidade de conseguir aliados para enfrentar os espanhóis.

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b) A colonização portuguesa em partes da América do Sul exterminou os indígenas, vistos como inúteis para o trabalho, e eliminou sua herança cultural ao longo da montagem e desenvolvimento da colonização.

c) A colonização espanhola se utilizou, em áreas como o planalto mexicano e a região andina, de hierarquias sociais e formas de trabalho desenvolvidas pelas civilizações indígenas ali existentes, que foram aproveitadas em benefício da dominação metropolitana.

d) Ao contrário do que ocorreu na América do Norte, a colonização inglesa no Caribe e em partes da América do Sul recorreu largamente á escravização indígena, como forma de contornar o monopólio do tráfico de africanos exercido pelos espanhóis.

4. (Fuvest 2013) Quando Bernal Díaz avistou pela primeira vez a capital asteca, ficou sem palavras. Anos mais tarde, as palavras viriam: ele escreveu um alentado relato de suas experiências como membro da expedição espanhola liderada por Hernán Cortés rumo ao Império Asteca. Naquela tarde de novembro de 1519, porém, quando Díaz e seus companheiros de conquista emergiram do desfiladeiro e depararam-se pela primeira vez com o Vale do México lá embaixo, viram um cenário que, anos depois, assim descreveram: “vislumbramos tamanhas maravilhas que não sabíamos o que dizer, nem se o que se nos apresentava diante dos olhos era real”. Matthew Restall. Sete mitos da conquista espanhola. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006, p. 15-16. Adaptado. O texto mostra um aspecto importante da conquista da América pelos espanhóis, a saber, a) a superioridade cultural dos nativos americanos

em relação aos europeus. b) o caráter amistoso do primeiro encontro e da

posterior convivência entre conquistadores e conquistados.

c) a surpresa dos conquistadores diante de manifestações culturais dos nativos americanos.

d) o reconhecimento, pelos nativos, da importância dos contatos culturais e comerciais com os europeus.

e) a rápida desaparição das culturas nativas da América Espanhola.

5. (Enem 2013) O canto triste dos conquistados: os últimos dias de Tenochtitlán

Nos caminhos jazem dardos quebrados; os cabelos estão espalhados. Destelhadas estão as casas, Vermelhas estão as águas, os rios, como se alguém as tivesse tingido, Nos escudos esteve nosso resguardo, mas os escudos não detêm a desolação… PINSKY, J. et al. História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 2007 (fragmento). O texto é um registro asteca, cujo sentido está relacionado ao(à) a) tragédia causada pela destruição da cultura

desse povo. b) tentativa frustrada de resistência a um poder

considerado superior. c) extermínio das populações indígenas pelo

Exército espanhol. d) dissolução da memória sobre os feitos de seus

antepassados. e) profetização das consequências da colonização

da América. 6. (G1 - cps 2012) O historiador Sérgio Buarque de Holanda analisou as diferenças entre as cidades construídas, no início da colonização do continente sul-americano, por espanhóis e portugueses. Segundo esse autor, “para muitas nações conquistadoras, a construção de cidades foi o mais decisivo instrumento de dominação que conheceram”. Além disso, o autor observou que “ao contrário da colonização portuguesa, que foi antes de tudo litorânea, a espanhola preferiu as terras do interior e os planaltos”. (HOLANDA, Sérgio Buarque de. Raízes do Brasil. São Paulo: Cia. das Letras, 1995, p. 95-99. Adaptado) Sobre as opções de portugueses e de espanhóis para a localização das cidades coloniais, é correto afirmar que a) as condições geográficas não foram levadas em

consideração na escolha dos locais para a fundação das cidades.

b) a dominação europeia nas Américas utilizou as estruturas urbanas construídas anteriormente pelos indígenas.

c) os territórios portugueses e os territórios espanhóis foram igualmente urbanos, pois ambos eram colônias de povoamento.

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d) a colonização portuguesa baseou-se em feitorias comerciais litorâneas, e a espanhola baseou-se na extração de minerais no interior.

e) as cidades coloniais portuguesas seguiram o modelo de construção católico, e as espanholas seguiram o modelo arquitetônico protestante.

7. (Ufu 2012) A pintura e a escrita em latim eram práticas das elites artísticas e intelectuais indígenas no processo de conquista e colonização da América. O estudo de tais práticas permite, assim, analisar aspectos da participação dessas elites naquele período histórico.

Texto 1 Na metade do século XVI, um pintor nativo mexicano, batizado Juan Gerson, criou um extraordinário ciclo de pinturas para a igreja franciscana de Tecamachalco, no atual estado de Puebla. O ciclo representa os eventos bíblicos do Apocalipse, no formato oval, pintados em papel amate, tradicionalmente usado pelos mexicas. PERRY, Richard. Mexico’s fortress monasteries. Espadana, 1993. Trecho disponível em: <http://www.colonial-mexico.com/PueblaTlaxcala/apocalypse.html, com acesso em 05/07/2012>. Acesso em: 3 jul, 2012. (adaptado) Texto 2 Os espanhóis, assustados de ver os progressos da adoção da escrita em latim entre os índios, escreviam já na década de 1540: “Os índios têm escritores tão bons e tão numerosos que não sei dizer o número deles, e esses escritores redigem cartas que os colocam a par de todos os negócios

do país de um mar a outro, o que antes da Conquista era coisa impossível.” GRUZINSKI. Serge. O Renascimento ameríndio. In. NOVAES, Adauto. A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999, p. 294. adaptado) As informações sobre as práticas artísticas e intelectuais da elite indígena no processo de conquista e colonização da América evidenciam a) a mistura de elementos artísticos e culturais da

tradição indígena e da cultura ocidental na sociedade colonial em construção.

b) a dificuldade espanhola em impedir o acesso à formação acadêmica e artística dos índios que se projetaram no cenário artístico europeu.

c) o poder da Igreja de destruir a cultura e a religião indígenas no processo de cristianização e ocidentalização da América.

d) o potencial civilizador europeu, que permitiu retirar da barbárie e do paganismo populações até então isoladas da civilização.

8. (Enem 2012) Mas uma coisa ouso afirmar, porque há muitos testemunhos, e é que vi nesta terra de Veragua [Panamá] maiores indícios de ouro nos dois primeiros dias do que na Hispaniola em quatro anos, e que as terras da região não podem ser mais bonitas nem mais bem lavradas. Ali, se quiserem podem mandar extrair à vontade. Carta de Colombo aos reis da Espanha, julho de 1503. Apud AMADO, J.; FIGUEIREDO, L. C. Colombo e a América: quinhentos anos depois. São Paulo: Atual, 1991 (adaptado). O documento permite identificar um interesse econômico espanhol na colonização da América a partir do século XV. A implicação desse interesse na ocupação do espaço americano está indicada na a) expulsão dos indígenas para fortalecer o clero

católico. b) promoção das guerras justas para conquistar o

território. c) imposição da catequese para explorar o

trabalho africano. d) opção pela policultura para garantir o

povoamento ibérico. e) fundação de cidades para controlar a circulação

de riquezas. 9. (Fgv 2012) “Na ilha Espanhola que foi a primeira, como se disse, a que chegaram os

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espanhóis, começaram as grandes matanças e perdas de gente, tendo os espanhóis começado a tomar as mulheres e filhos dos índios para deles servir-se e usar mal e a comer seus víveres adquiridos por seus suores e trabalhos, não se contentando com o que os índios de bom grado lhes davam, cada qual segundo sua faculdade, a qual é sempre pequena porque estão acostumados a não ter de provisão mais do que necessitam e que obtêm com pouco trabalho. E o que pode bastar durante um mês para três lares de dez pessoas, um espanhol o come ou destrói num só dia. Depois de muitos outros abusos, violências e tormentos a que os submetiam, os índios começaram a perceber que esses homens não podiam ter descido do céu. Alguns escondiam suas carnes, outros suas mulheres e seus filhos e outros fugiam para as montanhas a fim de se afastar dessa Nação. Os espanhóis lhes davam bofetadas, socos e bastonadas e se ingeriam em sua vida até deitar a mão sobre os senhores das cidades.” Frei Bartolomeu de Las Casas, O Paraíso Destruído (1502). São Paulo: L&M Pocket, 2001, pág. 32 e 33. Assinale a alternativa que interpreta corretamente o texto acima. a) Frei Bartolomeu de Las Casas faz referência aos

atos violentos praticados pelos cruzados castelhanos, aragoneses e leonenses – aqui vagamente chamados de “espanhóis” – ao tomarem Jerusalém, a Terra Santa.

b) O excerto refere-se à chegada dos navegadores espanhóis, durante o reinado de Felipe II, às ilhas Filipinas, que receberam tal nome em homenagem ao monarca.

c) Trata-se de uma crítica da Igreja Católica à escravidão de africanos na Ilha de Madagascar, na África Oriental, iniciada quando Vasco da Gama ultrapassou o Cabo das Tormentas, em 1488 d.C.

d) Frei Bartolomeu de Las Casas denuncia o massacre físico, cultural e ideológico das populações autóctones americanas, praticado pelos conquistadores espanhóis, que atingiram a região em 1492.

e) Frei Bartolomeu de Las Casas refere-se aos métodos de conquista e colonização efetivados pela Coroa Espanhola, sobretudo na Índia, razão pela qual se denominou a possessão como Ilha Espanhola e seus habitantes, índios.

10. (Upe 2011) A conquista e a colonização da América não estavam unicamente ligadas ao

processo de expansão mercantilista da Europa moderna. Faziam parte, também, da ação da igreja tridentina no combate ao protestantismo e na luta em prol da ampliação do número de fieis católicos. Nessa perspectiva, a) a catequese dos povos americanos não teve

destaque na ação das coroas portuguesa e hispânica no Novo Mundo.

b) a instituição do padroado régio na Espanha e em Portugal assim como em suas possessões no além-mar comprova o caráter religioso da conquista da América.

c) a ação dos jesuítas na catequese dos ameríndios e na colonização ibérica na América se restringiu aos territórios hispânicos.

d) a presença massiva de protestantes na América colonial sob a tutela das monarquias ibéricas ressalta a pequena atuação da igreja católica na colonização do Novo Mundo.

e) na América Portuguesa, os jesuítas não tiveram espaço para a atuação catequética, cabendo essa ação, nos territórios lusos da América, a outras ordens, como os franciscanos e beneditinos.

11. "A causa pela qual os espanhóis destruíram tal

infinidade de almas foi unicamente não terem

outra finalidade última senão o ouro, para

enriquecer em pouco tempo, subindo de um salto

a posições que absolutamente não convinham a

suas pessoas; enfim, não foi senão sua avareza

que causou a perda desses povos, que por serem

tão dóceis e tão benignos foram tão fáceis de

subjugar; e quando os índios acreditaram

encontrar algum acolhimento favorável entre

esses bárbaros, viram-se tratados pior que

animais e como se fossem menos ainda que o

excremento das ruas; e assim morreram, sem Fé e

sem Sacramentos, tantos milhões de

pessoas.[...]."

LAS CASAS, B. de. "O paraíso destruído". Tradução

de Heraldo Barbuy. Porto Alegre: L & PM, 1985. p.

30. Com base no texto, é correto afirmar:

a) Bartolomé de Las Casas voltou-se contra a

Coroa Espanhola ao perceber que a conquista da

América sufocaria as possibilidades de

evangelização dos habitantes do novo continente.

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b) No episódio da conquista da América, o Frei

Dominicano Bartolomé de Las Casas ficou

conhecido como defensor incondicional dos

índios, ao ressaltar a crueldade dos

conquistadores.

c) Os conquistadores da América hispânica e da

portuguesa rechaçaram o discurso do Frei Las

Casas por considerarem que seus pensamentos

representavam os princípios da Igreja Católica,

contrária à expansão territorial.

d) O Frei Dominicano defendeu a dignidade e a

liberdade dos indígenas até sua morte,

transformando-se, assim, em ícone do livre-

arbítrio nas Américas de colonização espanhola,

portuguesa e inglesa.

e) O discurso de Las Casas em defesa dos

indígenas era uma das diversas estratégias de

conquista, uma vez que ele representava nas

colônias os interesses da Coroa Espanhola.

12. "É bem verdade que outros colonizadores

europeus estavam também ocupando espaços,

mas impressiona no caso da América inglesa, a

velocidade assim como a variedade das formas de

ocupação e de atividades econômicas.

Impressiona também a convicção de um direito

divino, assim como de uma missão especial desse

povo na América. Essa crença na própria

excepcionalidade resultava de uma tradição

religiosa (puritana) que realçava a realização da

virtude individual, assim como de uma tradição

republicana que fundava as instituições políticas

na ação e na vontade de homens livres."

(MOURA, Gerson. "Estados Unidos e América

Latina". São Paulo: Contexto, 1991. p. 11.)

Com base no texto e nos conhecimentos sobre a

colonização das Américas anglo-saxônica,

portuguesa e hispânica, é correto afirmar:

a) As colonizações das Américas estiveram

fortemente marcadas por uma cultura urbana,

sendo que, desde o início, a penetração rumo ao

interior e a fundação de cidades, com suas

instituições políticas, foram os aspectos que as

aproximaram.

b) A colonização da América anglo-saxônica

recebeu famílias camponesas pobres endividadas,

burguesas ou nobres, vítimas de perseguições

político-religiosas; no entanto, em ambos os

casos, colonizar foi sinônimo de dominação

econômica, política e religiosa.

c) As concepções políticas e religiosas

semelhantes nas colonizações das Américas foram

decisivas para estruturar modelos de

desenvolvimento similares, de valorização das

capacidades individuais.

d) Na América hispânica e portuguesa, a adoção

da escravidão negra e do catolicismo subverteu o

modo de colonizar ibérico e explica os eficientes

processos de emancipação política nos diferentes

países latino-americanos.

e) Ao contrário dos povos que colonizaram a

América anglo-saxônica, aqueles que colonizaram

as Américas hispânica e portuguesa foram

incapazes de desenvolvê-las economicamente,

em razão das disposições naturais adversas nelas

encontradas, a exemplo do clima e das condições

geográficas.

13. A conquista colonial inglesa resultou no

estabelecimento de três áreas com características

diversas na América do Norte. Com relação às

chamadas "colônias do sul" é correto afirmar:

a) Baseava-se, sobretudo, na economia familiar e

desenvolveu uma ampla rede de relações

comerciais com as colônias do Norte e com o

Caribe.

b) Baseava-se numa forma de servidão temporária

que submetia os colonos pobres a um conjunto de

obrigações em relação aos grandes proprietários

de terras.

c) Baseava-se numa economia escravista voltada

principalmente para o mercado externo de

produtos, como o tabaco e o algodão.

d) Consolidou-se como o primeiro grande polo

industrial da América com a transferência de

diversos produtores de tecidos vindos da região

de Manchester.

e) Caracterizou-se pelo emprego de mão de obra

assalariada e pela presença da grande

propriedade agrícola monocultora.

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14. Na Espanha, o fato de não possuir

ascendentes judeus ou árabes constitui uma

espécie de título de nobreza; na América, a cor da

pele (mais ou menos branca) indica a posição

social do indivíduo.

(HUMBOLDT, A. von. "Ensaio político sobre o reino

da Nova Espanha". 1807. Apud S. Stein & B. Stein.

A HERANÇA COLONIAL DA AMÉRICA LATINA. Rio

de Janeiro: Paz e Terra, 1 977.)

O trecho acima demonstra que a conquista e a

colonização da América hispânica possibilitaram a

formação de uma sociedade hierarquizada, em

que, além do "pureza de sangue" e da renda, a cor

constituía-se em outro critério básico para o

pertencimento à elite social. Nessa perspectiva, a

sociedade do América colonial hispânica pode ser

caracterizada pela:

a) incorporação da nobreza ameríndia à elite

peninsular e criolla

b) proibição legal da miscigenação entre

peninsulares e ameríndios

c) impedimento à ascensão dos criollos aos altos

cargos administrativos

d) importância do clero ameríndio nas principais

cidades mineiras e portuárias

15. Os astecas e o incas não foram eliminados nem

expulsos pelos conquistadores espanhóis devido

a) ao respeito que os colonizadores tinham pela

cultura desses povos.

b) a eles terem-se associado aos colonizadores, na

exploração dos povos mais fracos.

c) à existência de ouro e prata nas regiões que eles

ocupavam e ao interesse dos colonizadores em

explorá-los enquanto mão de obra.

d) à existência de excedente de produção agrícola

e de força de trabalho organizada nessas

civilizações.

e) aos tratados com os "criollos", que

regulamentavam as formas de convivência.

16. (Enem cancelado 2009) O fenômeno da escravidão, ou seja, da imposição do trabalho compulsório a um indivíduo ou a uma coletividade, por parte de outro indivíduo ou coletividade, é algo muito antigo e, nesses termos, acompanhou a história da Antiguidade até o séc.

XIX. Todavia, percebe-se que tanto o status quanto o tratamento dos escravos variou muito da Antiguidade greco-romana até o século XIX em questões ligadas à divisão do trabalho. As variações mencionadas dizem respeito a) ao caráter étnico da escravidão antiga, pois

certas etnias eram escravizadas em virtude de preconceitos sociais.

b) à especialização do trabalho escravo na Antiguidade, pois certos ofícios de prestígio eram frequentemente realizados por escravos.

c) ao uso dos escravos para a atividade agroexportadora, tanto na Antiguidade quanto no mundo moderno, pois o caráter étnico determinou a diversidade de tratamento.

d) à absoluta desqualificação dos escravos para trabalhos mais sofisticados e à violência em seu tratamento, independentemente das questões étnicas.

e) ao aspecto étnico presente em todas as formas de escravidão, pois o escravo era, na Antiguidade greco--romana, como no mundo moderno, considerado uma raça inferior.

17. (Uerj 1999) "(...) Aqueles que vivem

atormentados com a preocupação de como

ganhar decentemente sua subsistência, ou

aqueles que, com seu trabalho, mal conseguem

levar uma vida confortável, procederão bem se

vierem para este lugar, onde qualquer homem,

seja quem for, que esteja disposto a enfrentar

moderados esforços, tem assegurada uma

existência bastante confortável e está a caminho

de elevar sua fortuna muito além do que ousaria

imaginar (...)

Que nenhum homem se preocupe com a ideia de

ser um servo durante quatro ou cinco anos (...). É

preciso considerar, então, que assim que seu

tempo terminar possuirá terra. (...) Portanto,

todos os artífices, carpinteiros, construtores de

veículos, marceneiros, pedreiros, ferreiros ou

diligentes agricultores e lavradores (...) devem

levar em consideração o assunto."

(Perdição de um imigrante europeu do

séc. XVII. Apud "Coletânea de Documentos de

História da América". São Paulo: CENEP, 1978.)

Interpretando esse texto conclui-se que o

imigrante se refere à seguinte área de colonização

na América:

a) espanhola, região platina b) portuguesa, sul do Brasil c) holandesa, região das Antilhas

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d) inglesa, região da Nova Inglaterra

18. (Uerj 2013) Os fazendeiros, donos de loja, proprietários de estâncias e compradores de gado costumam vender seus trabalhadores juntamente com as propriedades. – O quê? Esses trabalhadores indígenas e empregados são livres ou escravos? – Não importa. Pertencem à fazenda e devem continuar nela a servir. Este indígena é propriedade do meu senhor. Jerônimo de Mendieta. História eclesiástica indiana, 1596. Adaptado de PINSKY, Jaime (coord.). História da América através de textos. São Paulo: Contexto, 1989. Os esforços realizados, principalmente na Inglaterra, para recrutar mão de obra no regime prevalecente de servidão, intensificaram-se com a prosperidade de negócios. Por todos os meios procurava-se induzir as pessoas que haviam cometido qualquer crime ou mesmo contravenção a vender-se para trabalhar na América em vez de ir para o cárcere. Contudo, o suprimento de mão de obra deveria ser insuficiente, pois a prática do rapto de adultos e crianças tendeu a transformar-se em calamidade pública nesse país. Adaptado de FURTADO, Celso. Formação econômica do Brasil. São Paulo: Nacional, 1987. A servidão como forma de trabalho compulsório foi empregada nas experiências colonizadoras espanhola e inglesa na América. Com base nos textos, apresente a principal diferença na utilização dessa forma de trabalho nas colônias espanholas e inglesas. 19. (Ufrj 2010) “O início da colonização da costa

leste da América inglesa encontrou inúmeras

dificuldades. Por exemplo, em áreas como a baía

de Chesapeake, a mortalidade entre os recém-

chegados alcançava cerca de 40% nos dois

primeiros anos de estadia. Apesar disso, do século

XVI ao XVIII, a América inglesa conheceu ondas

crescentes de imigrantes provenientes de

diferentes partes da Europa, dentre os quais

ingleses, irlandeses, escoceses e alemães.”

(ELLIOTT, J. H. Empires of the Atlantic World:

Britain and Spain in America 1492-1830. New

Haven: Yale University Press, 2006, p. 156)

Cite dois aspectos, um de natureza religiosa e

outro de natureza econômica, que estimularam a

emigração de europeus para a América inglesa

entre os séculos XVI e XVIII.

20. (Ufpr 2006) Leia o seguinte texto: "As colônias inglesas na América foram criadas por grupos de colonos inspirados por motivos religiosos, políticos e econômicos. Como os colonos gregos, os ingleses quiseram fundar comunidades à imagem e semelhança das que existiam na mãe pátria; diferentes dos gregos, muitos desses colonos eram dissidentes religiosos. (...) Entre os espanhóis aparecem também os motivos religiosos, mas enquanto os ingleses fundaram suas comunidades para escapar de uma ortodoxia, os espanhóis a estabeleceram para estendê-la." (PAZ, Otávio. Sóror Juana Inês de la Cruz. As armadilhas da fé. São Paulo: Mandarim, 1998, p. 32-33.) Com apoio nesta síntese de Otávio Paz a respeito dos diferentes processos de colonização das Américas, descreva de que forma as questões religiosas se incluem entre as motivações da expansão marítima europeia e como essas mesmas questões marcaram a atuação dos colonizadores portugueses e espanhóis.

21 (Unicamp simulado) Segundo o historiador indiano K.M. Panikkar, a viagem pioneira dos portugueses à Índia inaugurou aquilo que ele denominou como a época de Vasco da Gama da história asiática. Esse período pode ser definido como uma era de poder marítimo, de autoridade baseada no controle dos mares, poder detido apenas pelas nações europeias.

(Adaptado de C.R. Boxer, O império marítimo português, 1415-1835. Lisboa: Ed. 70, 1972, p. 55.)

Os domínios estabelecidos pelos portugueses na Índia e na América

a) se diferenciavam, pois na Índia a presença dos portugueses visava o comércio, e para este fim eles estabeleciam feitorias, enquanto na América

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o território se tornaria uma possessão de Portugal, por meio de um empreendimento colonial destinado a produzir mercadorias para exportação. b) se diferenciavam, pois a colonização dos portugueses na Índia buscava promover o comércio de especiarias e de escravos, enquanto na América estabeleceu-se uma colônia de exploração, que visava apenas a extração de riquezas naturais que serviriam às manufaturas europeias. c) tinham semelhanças e diferenças entre si, porque em ambas se estabeleceu um sistema colonial baseado na monocultura, no latifúndio e na escravidão, mas na América este sistema era voltado para a produção de açúcar, enquanto na Índia produziam-se especiarias. d) tinham semelhanças e diferenças entre si, porque ambas sofreram exploração econômica, mas na Índia uma civilização mais desenvolvida apresentou resistência à dominação, levando à sua destruição, ao contrário do Brasil, onde a colonização foi mais pacífica, por meio da civilização dos índios.

22 (Enem) A identidade negra não surge da tomada de consciência de uma diferença de pigmentação ou de uma diferença biológica entre populações negras e brancas e(ou) negras e amarelas. Ela resulta de um longo processo histórico que começa com o descobrimento, no século XV, do continente africano e de seus habitantes pelos navegadores portugueses, descobrimento esse que abriu o caminho às relações mercantilistas com a África, ao tráfico negreiro, à escravidão e, enfim, à colonização do continente africano e de seus povos. K. Munanga. Algumas considerações sobre a diversidade e a identidade negra no Brasil. In: "Diversidade na educação: reflexões e experiências". Brasília: SEMTEC/MEC, 2003, p. 37. Com relação ao assunto tratado no texto, é correto afirmar que a) a colonização da África pelos europeus foi simultânea ao descobrimento desse continente. b) a existência de lucrativo comércio na África levou os portugueses a desenvolverem esse continente. c) o surgimento do tráfico negreiro foi posterior ao início da escravidão no Brasil. d) a exploração da África decorreu do movimento de expansão europeia do início da Idade Moderna.

e) a colonização da África antecedeu as relações comerciais entre esse continente e a Europa.

23- (USS) "Sem dúvida, a atração para o mar foi incentivada pela posição geográfica do país, próximo às ilhas do Atlântico e à costa da África. Dada a tecnologia da época, era importante contar com correntes marítimas favoráveis, e elas começavam exatamente nos portos portugueses... Mas há outros fatores da história portuguesa tão ou mais importantes." Assinale a alternativa que apresenta outros fatores da participação portuguesa na expansão marítima e comercial europeia, além da posição geográfica: a) O apoio da Igreja Católica, desde a aclamação do primeiro rei de Portugal, já visava tanto à expansão econômica quanto à religiosa, que a expansão marítima iria concretizar. b) Para o grupo mercantil, a expansão marítima era comercial e aumentava os negócios, superando a crise do século. Para o Estado, trazia maiores rendas; para a nobreza, cargos e pensões; para a Igreja Católica, maior cristianização dos "povos bárbaros". c) O pioneirismo português deve-se mais ao atraso dos seus rivais, envolvidos em disputas dinásticas, do que a fatores próprios do processo histórico, econômico, político e social de Portugal. d) Desde o seu início, a expansão marítima, embora contasse com o apoio entusiasmado do grupo mercantil, recebeu o combate dos proprietários agrícolas, para quem os dispêndios com o comércio eram perdulários. e) Ao liderar a arraia-miúda na Revolução de Avis, a burguesia manteve a independência de Portugal, centralizou o poder e impôs ao Estado o seu interesse específico na expansão.

24 - (Ufmg 2009)

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A partir da análise e comparação desses mapas e considerando-se outros conhecimentos sobre o assunto, é correto afirmar que: a) A cartografia europeia, por razões religiosas,

não assimilou o conhecimento dos povos indígenas acerca dos continentes recém-descobertos.

b) A concepção de um mundo fechado, em oposição à ideia de um cosmos aberto, dominou a cartografia europeia até o século XVII.

c) As navegações alteraram o conhecimento do mundo, à época, jogando por terra os mitos antigos sobre a inabitabilidade das zonas tórridas.

d) Os descobrimentos, em fins do século XV, resultaram da expansão do conhecimento do mundo alcançado pelos geógrafos do Renascimento.

25. (Fgv - RJ) A escravidão é uma relação social que esteve presente em diversos momentos da história da humanidade. A escravização de prisioneiros de guerra, por exemplo, foi praticada desde a Antiguidade em diversas regiões do mundo, inclusive na África. No entanto, a situação criada com o escravismo e o tráfico negreiro a ele

associado entre os séculos XV e XIX não pode ser tratada como o mesmo fenômeno. A esse respeito é correto afirmar que: a) o tráfico internacional de escravos marcou uma

ruptura radical na história da África, pois, ao ser conduzido numa escala até então desconhecida, favoreceu a desagregação de estruturas políticas e a formação de outras a partir do tráfico.

b) o tráfico atlântico não provocou mudanças na organização das sociedades africanas, apenas propiciou novas direções para aqueles indivíduos que, de uma maneira ou de outra, seriam escravizados na própria África.

c) o escravismo foi uma prática econômica que teve breve duração e cujos efeitos restringiram-se exclusivamente ao continente africano, em razão das suas especificidades históricas.

d) os europeus comercializavam os escravos que eram aprisionados no litoral, não modificando a dinâmica escravista das diferentes sociedades africanas estabelecidas no interior.

e) o tráfico negreiro, como forma de exploração do trabalho, diferenciou-se da escravidão, pois não considerava o escravo como mercadoria e sim como um elemento na propagação da religião cristã.

26. (Uel 2014) Leia o texto a seguir.

Tocadas em 1500 pelos homens de Pedro Álvares Cabral, as terras que hoje são brasileiras foram desde então oficialmente incorporadas à coroa portuguesa. Se haviam sido frequentadas antes, como sugere o Esmeraldo de Situ Orbis, e defendem alguns historiadores portugueses, disso não ficou maior registro, e não há, pois, como fugir da data consagrada e recentemente celebrada – para o bem e para o mal – por brasileiros e portugueses. Descoberto oficialmente, pois, em 1500, sob o pontificado de Alexandre VI Borgia, não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros. Vários são os sentidos dessa não existência. (Adaptado de: SOUZA, L. M. O nome do Brasil. Revista de História. São Paulo, 2001. n.145. p.61-86. Disponível em: <http://revhistoria.usp.br/images/stories/revistas/145/RH-145_-_Laura_de_Mello_e_Souza.pdf>. Acesso em: 7 jun.2013.)

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Com base no texto e nos conhecimentos sobre o tema, responda aos itens a seguir. a) Cite e explique dois fatores que possibilitaram

o pioneirismo do Estado português nas Grandes Navegações.

b) Explique o que a historiadora e autora desse texto, Laura de Mello e Souza, quer dizer com a seguinte passagem: “não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros.”.

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Gabarito:

Resposta da questão 1: [C] O texto que acompanha o enunciado deixa claro a questão da formação de “relações socioculturais complexas de dominação e resistência” ao citar que, apesar da colonização espanhola se impor, alguns grupos indígenas conseguiram manter seus costumes culturais, políticos ou religiosos, o que demonstra, então, que a formação sociocultural foi complexa e que houve resistência à colonização. Resposta da questão 2: [B] A expansão colonizadora nos EUA desrespeitou as populações indígenas, retirando-lhes de suas terras. Nesse processo, o uso de armas biológicas (contaminação bacteriana proposital) e a tática de viciar os indígenas em bebidas alcoólicas contribuíram para enfraquecer as comunidades nativas. Resposta da questão 3: [C] Somente a alternativa [C] está correta. Quando os conquistadores espanhóis chegaram à America encontraram civilizações agrárias avançadas como o império Asteca no México e o império Inca nos Andes. Estes povos já possuíam uma hierarquia social com forte tributação paga pelos estratos sociais mais baixos. Tal fato contribuiu para a colonização espanhola que domina a elite local e mantém a estrutura tributária, porém agora pagando impostos para Espanha. As demais alternativas estão incorretas. A colonização inglesa na América do Norte não desenvolveu relações pacíficas com os ameríndios. Na colonização portuguesa na América utilizou-se o trabalho dos nativos paralelo à escravidão negra e não foi eliminado a herança cultural indígena, basta observar a importância desta cultura dentro da cultura brasileira. Resposta da questão 4: [C] A questão, que tem como referência o texto citado, ressalta elementos de análise do choque cultural entre europeus e nativos da América à época da Expansão Marítimo-Comercial europeia.

Em geral, tanto os conquistadores espanhóis que dominaram o Império Asteca (no caso citado pelo texto), quanto os que dominaram o Império Inca ficaram bastante surpresos diante das manifestações culturais dessas civilizações americanas. Contudo, cabe lembrar que prevaleceu a vontade dos europeus sobre a América, o que implicou na destruição dos Impérios Asteca e Inca pelos espanhóis. Resposta da questão 5: [B] A tomada do México pelos espanhóis junto aos astecas foi facilitada por uma série de fatores, dentre os quais podemos destacar: - inicialmente, os astecas consideraram que os espanhóis eram deuses; - os espanhóis usaram da "guerra bacteriológica" para matar os astecas; - belicamente falando, os espanhóis eram muito

mais preparados para o enfrentamento do que os astecas.

Sendo assim, as tentativas de resistência por parte dos astecas foram frustradas. Resposta da questão 6: [D] Como o próprio texto deixa claro, a colonização

portuguesa deu ênfase à exploração litorânea,

enquanto a colonização espanhola enfatizou a

exploração no interior. Na colônia portuguesa, a

exploração baseou-se em feitorias de extração

comercial. Na colônia espanhola, a exploração

baseou-se na extração de minerais.

Resposta da questão 7: [A] Para facilitar a catequese dos nativos durante o processo de colonização da América Ibérica, os missionários católicos desenvolveram métodos que buscavam, através da arte, como a pintura e a escultura, associar concepções do mundo cristão a elementos da cultura indígena. Dessa forma, os índios convertidos pelos padres assimilavam o catolicismo e o disseminavam entre os demais, ainda que sem abandonar totalmente traços de suas origens culturais. Resposta da questão 8:

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[E] O processo de conquista e colonização da América pelos espanhóis esteve ligado à busca de riquezas, fossem elas especiarias ou metais preciosos. O texto, de 1503, retrata a perspectiva de encontrar ouro na região, num momento em que ainda não haviam sido descobertas as grandes minas do México e Peru, e no qual a Espanha ainda buscava uma forma de atingir as índias, demonstrando inclusive as divergências quanto à continuidade do processo expansionista. Resposta da questão 9: [D] A colonização espanhola na América foi marcada pelo eurocentrismo e pela violência. Houve um desrespeito à cultura do nativo e a conquista do território pelos colonizadores espanhóis levou a um grande extermínio das populações autóctones americanas. Resposta da questão 10: [B] A expressão “Igreja Tridentina”, refere-se à Igreja

Católica a partir das decisões do Concílio de

Trento, no contexto da contrarreforma. A

instituição do “padroado” não é das decisões mais

lembradas do Concílio, mas está correta e

determina a subordinação das instituições

religiosas aos reis de Portugal e Espanha.

Resposta da questão 11:

[B]

Crítico da crueldade empregada pelos europeus

contra os nativos na conquista da América, Las

Casas foi um dos principais delatores do que se

passava, além de defensor dos direitos indígenas

no período.

Resposta da questão 12:

[B]

A colonização é um processo que presume a

exploração da colônia em favor da metrópole,

visando enriquecê-la. Quanto aos colonos da

América inglesa, foram, sobretudo no norte,

perseguidos religiosos dos conflitos entre a

monarquia anglicana e a parcela da população

puritana.

Resposta da questão 13:

[C]

O modelo colonial empregado no sul dos EUA foi

o tradicional, conhecido como colonização de

exploração, caracterizado pelo sistema de

plantation.

Resposta da questão 14:

[C]

A elite política na América espanhola era

composta pelos reinóis, ficando seus

descendentes (os criollos) limitados à influência

política local e o poderia econômico.

Resposta da questão 15:

[C]

As populações dos grandes impérios americanos

foram minimamente preservadas em função da

necessidade espanhola de mão de obra para a

exploração de metais preciosos.

Resposta da questão 16: [B] Na antiguidade a escravidão de um individuo era determinada pelo aprisionamento em guerra, por dívidas ou pelo nascimento, diferindo da escravidão adotada na América pelos colonizadores europeus na modernidade e no século XIX, restrita a negros ou indígenas, baseada portanto em critérios étnicos. Resposta da questão 17: [D] Resposta da questão 18: Nas colônias espanholas os trabalhos forçados se estabeleceram como servidão definitiva (mita, encomienda). Nas colônias inglesas a servidão foi prioritariamente provisória. Resposta da questão 19:

O candidato poderá citar as perseguições

religiosas e os altos índices de desemprego e

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subemprego, derivados do processo de

expropriação rural.

No final do século XVI e início do XVII, a Inglaterra vivia um momento conturbado. A religião oficial era a anglicana e, por consequência, seguidores de diversas outras denominações protestantes, sobretudo os puritanos (calvinistas) passaram a ser perseguidos. Além disso, os cercamentos dos campos (transformação das áreas de cultivo em pastos para criação de ovelhas) também contribuíram para que milhares de camponeses (arrendatários e pequenos proprietários) arruinados rumassem para as cidades, que ficaram saturadas. A saída para essa crise de cunho religioso e econômico foi imigrar para a América do Norte. Resposta da questão 20:

O processo de conquista e colonização da

América, coincide com os conflitos religiosos na

Europa, decorrentes da Reforma Protestante no

século XVI. Nesse contexto, a colonização inglesa,

ocorreu basicamente por grupos de puritanos

fugitivos de perseguições desencadeadas pelo

governo anglicano, fazendo das colônias um local

de refúgio e de livre prática de sua fé.

Nos domínios portugueses e espanhóis, como as metrópoles se mantiveram fiéis ao catolicismo, o processo de conquista e colonização era imbuído de um espírito cruzadista para a expansão da fé católica, sobretudo por parte dos missionários e em particular dos jesuítas que se prestavam ao papel de "conversão dos gentios" ao catolicismo. A atuação dos jesuítas também na educação entre os colonos, foi fundamental para a preservação e expansão do catolicismo no Brasil e nas colônias espanholas.

Resposta da questão 21: [A]

No processo das navegações lusas, o sistema de

feitorias constituiu-se num instrumento de

obtenção de mercadorias na África e na Índia e

chegou a ser implantado em terras brasileiras na

exploração do pau-brasil durante o período pré-

colonial. As feitorias consistiam em entrepostos

na forma de armazéns fortificados na faixa

litorânea das áreas conquistadas onde os

portugueses retiravam mercadorias, obtidas por

escambo com os nativos, para serem enviadas a

Europa.

Resposta da questão 22: [D] O texto retrata os primórdios da exploração europeia da África, realizada pelos portugueses à época das grandes navegações e da colonização do Brasil. A exploração através de feitorias não se caracterizou como um processo de colonização, apesar de garantir grandes lucros à Portugal responsável pelo tráfico negreiro. A colonização africana pelos europeus ocorreu durante a segunda metade do século XIX e estendeu-se até o período subsequente à Segunda Guerra Mundial. Resposta da questão 23: [B] Diferentes grupos da sociedade portuguesa se interessaram em participar do processo empreendido originalmente pelo Estado da expansão marítima, dentre os quais se pode destacar a Igreja, com o intuito de espalhar a fé cristã; os comerciantes, visando os lucros da revenda na Europa de especiarias; e a nobreza, interessada nos novos cargos que as conquistas de novas terras possibilitariam. Resposta da questão 24: [C] A questão propôs ao vestibulando a inferência de diferentes, a partir de gêneros de discurso com a utilização da análise dos mapas e conhecimentos a respeito das Grandes Navegações entre o final do século XV e início de XVI. Os conhecimentos adquiridos pelos europeus ocidentais, a partir das Grandes Navegações, os levaram a revisão de antigos conceitos relativos à geografia, tidos, até então, como inalteráveis. Resposta da questão 25: [A] A alternativa [A] se apresenta como correta, caracterizando as profundas mudanças sofridas pelo continente africano submetido ao tráfico internacional de escravos. A [B] está incorreta porque nega qualquer modificação na estrutura social africana. A [C] contradiz a longa duração do

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tráfico apresentada no comando da questão. A alternativa [D] nega a presença do tráfico nas áreas interioranas que, ao contrário, forneceram grande parte dos escravos. A [E] nega, de forma incorreta, o caráter de mercadoria do escravo. Resposta da questão 26: a) Entre os fatores que explicam o pioneirismo

português nas Grandes Navegações se destacam, entre outros elementos, a centralização política precoce, que permitiu a Portugal a coordenação das ações estratégicas necessárias para realização de um empreendimento de tal envergadura; a experiência anterior no comércio de longa distância, realizado inicialmente sob a hegemonia de Gênova e Veneza, bem como o envolvimento com o mundo islâmico do mediterrâneo; o desenvolvimento da arquitetura naval, permitindo o desenvolvimento da caravela, embarcação mais leve e veloz que as existentes na época e que permitia aos portugueses se aproximarem da terra firme sem encalhar; o aprimoramento das técnicas (determinação de latitudes e longitudes) e dos instrumentos de navegação (quadrante e astrolábio); o desenvolvimento de uma nova mentalidade voltada à experimentação e à verificação e não apenas à tradição, possibilitando a realização de diversas experiências e inovações, localização geográfica privilegiada, a Escola de Sagres.

b) A historiadora Laura de Mello e Souza sugere na

passagem “não se pode dizer, a rigor, que existisse, então, nem Brasil nem brasileiros” aspectos como: os povos autóctones, cerca de 2.500.000 habitantes indígenas na época da chegada de Cabral, não constituíam uma unidade cultural, tampouco política, pois se tratavam de um conjunto variado de sociedades; os portugueses ocuparam um território, desconhecido por eles, sendo o Brasil uma construção histórica posterior, portanto é equivocado (anacronismo) pensar o território brasileiro atual para o século XVI; o Estado brasileiro será formado apenas no século XIX, quando conquistará a independência política da Europa, formando um Império; a identidade nacional brasileira, tema complexo e polêmico da historiografia, terá suas primeiras manifestações, ainda que fragmentárias, na crise do antigo sistema colonial no final do século XVIII.