Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

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Metodologia Científica Placa de alumínio folheada a ouro de 15 x 23 cm colocada a bordo das naves Pioneer 10 e 11 (lançada em 1974), os primeiros veículos da humanidade a se venturarem no espaço interestelar.

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Metodologia Científica

Placa de alumínio folheada a ouro de 15 x 23 cm colocada a bordo das naves Pioneer 10 e 11 (lançada em 1974), os primeiros veículos da humanidade a se venturarem no espaço interestelar.

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Ciência

• Entende-se por ciência uma sistematização de conhecimentos; um conjunto de proposições logicamente correlacionadas sobre o comportamento de certos fenômenos que se deseja estudar: Segundo Ferrari (1974), “a ciência é todo um conjunto de atitudes e atividades racionais, dirigidas ao sistemático conhecimento com o objeto limitado, capaz de ser submetido à verificação”.

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A ciência

• Do medo à Ciência       A evolução humana corresponde ao desenvolvimento de sua inteligência. Sendo assim podemos definir três níveis de desenvolvimento da inteligência dos seres humanos desde o surgimento dos primeiros hominídeos: o medo, o misticismo e a ciência.

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A ciência

• O medo:          Os seres humanos pré-históricos não conseguiam entender os fenômenos da natureza. Por este motivo, suas reações eram sempre de medo: tinham medo das tempestades e do desconhecido. Como não conseguiam compreender o que se passava diante deles, não lhes restava outra alternativa senão o medo e o espanto daquilo que presenciavam.

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A ciência

• O misticismo:          Num segundo momento, a inteligência humana evoluiu do medo para a tentativa de explicação dos fenômenos através do pensamento mágico, das crenças e das superstições. Era, sem dúvida, uma evolução já que tentavam explicar o que viam. Assim, as tempestades podiam ser fruto de uma ira divina, a boa colheita da benevolência dos mitos, as desgraças ou as fortunas do casamento do humano com o mágico.

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A ciência

• A ciência:          Como as explicações mágicas não bastavam para compreender os fenômenos os seres humanos finalmente evoluíram para a busca de respostas através de caminhos que pudessem ser comprovados. Desta forma, nasceu a ciência metódica, que procura sempre uma aproximação com a lógica.

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A ciência

• O ser humano é o único animal na natureza com capacidade de pensar. Esta característica permite que os seres humanos sejam capazes de refletir sobre o significado de suas próprias experiências. Assim sendo, é capaz de novas descobertas e de transmiti-las a seus descendentes.

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A ciência

• O desenvolvimento do conhecimento humano está intrinsecamente ligado à sua característica de viver em grupo, ou seja, o saber de um indivíduo é transmitido a outro, que, por sua vez, aproveita-se deste saber para somar outro. Assim evolui a ciência.

• Leis da Dialética ??????

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A evolução da Ciência

•       Os egípcios já tinham desenvolvido um saber técnico evoluído, principalmente nas áreas de matemática, geometria e na medicina, mas os gregos foram provavelmente os primeiros a buscar o saber que não tivesse, necessariamente, uma relação com atividade de utilização prática. A preocupação dos precursores da filosofia (filo = amigo + sofia (sóphos) = saber e quer dizer amigo do saber) era buscar conhecer o porque e o para que de tudo o que se pudesse pensar.

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      O conhecimento histórico • Os seres humanos sempre teve uma forte

influência de crenças e dogmas religiosos

• Na Idade Média, a Igreja Católica serviu de marco referencial para praticamente todas as idéias discutidas na época .

•A população não participava do saber •      Foi no período do Renascimento, aproximadamente entre o séculos XV e XVI (anos 1400 e 1500) que, segundo alguns historiadores, os seres humanos retomaram o prazer de pensar e produzir o conhecimento através das idéias.

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Exemplos

• Michelangelo Buonarrote esculpiu a estátua de David e pintou o teto da Capela Sistina, na Itália

•Thomas Morus escreveu A Utopia (utopia é um termo que deriva do grego onde u = não + topos = lugar e quer dizer em nenhum lugar);

•Tomaso Campanella escreveu A Cidade do Sol;

•Francis Bacon, A Nova Atlântica; •Voltaire, Micrômegas, caracterizando um pensamento não descritivo da realidade, mas criador de uma realidade ideal, do dever ser.

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O conhecimento histórico

• No século XVII e XVIII (anos 1600 e 1700) a burguesia assumiu uma característica própria de pensamento,

Com isso surgiu o Iluminismo, corrente filosófica que propôs "a luz da razão sobre as trevas dos dogmas religiosos".

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O conhecimento histórico

• René Descartes mostrou ser a razão a essência dos seres humanos, surgindo a frase "penso, logo existo".

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O conhecimento histórico

• No aspecto político o movimento Iluminista expressou-se pela necessidade do povo escolher seus governantes através de livre escolha da vontade popular. Lembremo-nos de que foi neste período que ocorreu a Revolução Francesa em 1789.

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O conhecimento histórico

• A Igreja e o pensamento mágico cederam lugar a um processo denominado, por alguns historiadores, de "laicização da sociedade"

". Se a Igreja trazia até o fim da Idade Média a hegemonia dos estudos e da explicação dos fenômenos relacionados à vida

a ciência tomou a frente deste processo, fazendo da Igreja e do pensamento religioso razão de ser dos estudos científicos.

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O conhecimento histórico

•       No século XIX (anos 1800) a ciência passou a ter uma importância fundamental. Parecia que tudo só tinha explicação através da ciência.

o que não fosse científico não correspondesse a verdade

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O conhecimento histórico

• Se Nicolau Copérnico, Galileu Galilei, Giordano Bruno, entre outros, foram perseguidos pela Igreja, em função de suas idéias sobre as coisas do mundo, o século XIX serviu como referência de desenvolvimento do conhecimento científico em todas as áreas.

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O conhecimento histórico

• Na sociologia Augusto Comte desenvolveu sua explicação de sociedade, criando o Positivismo,

• Karl Marx procurou explicar a relações sociais através das questões econômicas, resultando no Materialismo-Dialético;

• Charles Darwin revolucionou a Antropologia, ferindo os dogmas sacralizados pela religião, com a Teoria da Hereditariedade das Espécies ou Teoria da Evolução

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O conhecimento histórico

• A ciência passou a assumir uma posição quase que religiosa diante das explicações dos fenômenos sociais, biológicos, antropológicos, físicos e naturais.

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A neutralidade científica

•       É sabido que, para se fazer uma análise desapaixonada de qualquer tema, é necessário que o pesquisador mantenha uma certa distância emocional do assunto abordado. Mas será isso possível?

• Seria possível um padre, ao analisar a evolução histórica da Igreja, manter-se afastado de sua própria história de vida?

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A neutralidade científica

• Ou ao contrário, um pesquisador ateu abordar um tema religioso sem um conseqüente envolvimento ideológico nos caminhos de sua pesquisa?

•Provavelmente a resposta seria não. Mas, ao mesmo tempo, a consciência desta realidade pode nos preparar para trabalhar esta variável de forma que os resultados da pesquisa não sofram interferências além das esperadas

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CLASSIFICAÇÃO DA CIÊNCIA

• FORMAIS

• – Lógica e Matemática

• FACTUAIS:

• - NATURAIS: Física, Química, Biologia e outras.

• - SOCIAIS: Antropologia Cultural, Direito, Economia, Política, Psicologia social e sociologia.

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Ciência é o conjunto organizado dos conhecimentos disponíveis pela humanidade.

A Ciência é o maior patrimônio da humanidade, obtido ao longo da evolução, numa trabalhosa conquista através do constante aperfeiçoamento do pensamento.

resumindo

A Ciência

Metodologia Científica

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É uma relação que se estabelece entre o sujeito que conhece e o objeto ou fenômeno alvo da pesquisa.

Os povos da antigüidade faziam “o conhecer” mediante a catalogação de observações feitas.

Mas o que é conhecer?

Metodologia Científica

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Foram os gregos que deram o próximo passo:

Mas o que é conhecer?

Foram além da catalogação dos fatos; Chegaram no pensamento científico; Procurando conhecer as causas motivadoras dos efeitos anotados.

Metodologia Científica

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Heratóstenes

Três Exemplos :

Galileo Galilei

Edwin Hubble

Metodologia Científica

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Evolução do Evolução do ConhecimentoConhecimento

Mundo: Tecnologias Conhecimentos

Descobertas nos últimos 30 anos maior do que conhecimento acumulado em 2000 anos

8 anos - dobra-se conhecimento

Metodologia Científica

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Evolução do conhecimentoEvolução do conhecimento

Metodologia Científica

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ALGUMAS ALGUMAS REFERÊNCIAREFERÊNCIASS

1740 - Experiências de Benjamim Franklin com eletricidade

1832 - Samuel F. B. Morse projetou telégrafo

1876 - telefone por Alexandre Graham Bell

1906 - Válvula de Rádio por Lee de Forest

1930 - transmissões experimentais dos serviços de televisão

dezembro de 1947 - transistor

1950 - concretização da televisão

Metodologia Científica

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A EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTOA EVOLUÇÃO DO CONHECIMENTO

Eletricidade para telégrafo: 90 anos

Telégrafo para telefone: 45 anos

Telefone para válvula: 30 anos

Válvula para televisão: 24 anos

Concretização da televisão: 20 anos

486 para Pentium : 2 MESES!!

Metodologia Científica

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Vídeos Cinema

Computadores Máquina escreverFax correio

CD ROM LP de vinil

DVD Fita VHS Super 8 e CinemaInternet correio, fax, telefone ...

ALGUMAS SUBSTITUIÇÕESALGUMAS SUBSTITUIÇÕES

Metodologia Científica

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A diferença na evolução de algumas áreas de conhecimento.

PARA REFLETIRPARA REFLETIR : :

Metodologia Científica

• Justiça• Educação• Economia

• Aeronáutica

• Política

• Informática • Medicina • Biologia • Comunicações

• Administração

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CONHECIMENTO

• Existem claramente quatro tipos de conhecimento: o Popular, o Científico, o

• Filosófico e o Religioso.

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Os 4 Tipos de Conhecimento

PopularPopular

CientíficoCientífico

FilosóficoFilosófico

Religioso (teológico)Religioso (teológico)

Metodologia Científica

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CONHECIMENTO

• POPULAR – também chamado de Empírico. É aquele transmitido de geração para geração, por meio de uma educação informal e baseada em experiência profissional.

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

Metodologia Científica

Superficial - De acordo com a aparência

Sensitivo - Depende da vivência, emoções

Subjetivo - conforme os sentimentos da pessoa

Assistemático - não há sistematização

Acrítico - não há discussão sobre eles

Características do Conhecimento PopularCaracterísticas do Conhecimento Popular : :

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

Metodologia Científica

A dor no calo do pé significa que vai chover

O céu vermelho ao entardecer significa que vai fazer frio

Tomar banho após a refeição causa morte

Os espelhos e tesouras atraem raios

Chuva no dia de São José significa chuva o ano todo

Exemplos do Conhecimento PopularExemplos do Conhecimento Popular : :

Colocar a bolsa no chão atrai a falta de dinheiro

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CONHECIMENTO

• CIENTÍFICO – é aquele transmitido por intermédio de treinamento apropriado, conduzido por meio de procedimentos científicos. Ele explica por que e como os fenômenos ocorrem.

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

Características do Conhecimento Científico :Características do Conhecimento Científico :

Metodologia Científica

Real - Se refere a ocorrências ou fatos

Contingente - Trabalha com ensaios e experiências

Sistemático - conhecimento logicamente ordenado

Verificável - pode ser testado

Falível - está em permanente evolução

Aproxim. exato - provisoriamente aceito

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

Metodologia Científica

Todo corpo em queda livre cai com a aceleração da gravidade.

O ouvido humano consegue ouvir freqüências entre 20 e 20.000 Hz.

A chuva é causada pela condensação das nuvens. O átomo é a menor partícula da matéria.

O Universo foi gerado por uma grande explosão.

Exemplos do Conhecimento CientíficoExemplos do Conhecimento Científico : :

O Sol é uma estrela com 6 billhões de anos de vida.

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CONHECIMENTO

• FILOSÓFICO – é aquele que consiste em hipóteses. Este conhecimento emerge da experiência e não da experimentação, por este motivo, não é verificável.

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

Conhecimento Filosófico :Conhecimento Filosófico :

Metodologia Científica

• O Conhecimento Filosófico procura conhecer as causas reais dos fenômenos;

• Não as causas próximas, como fazem as ciências particulares;

• Mas as causas profundas e remotas de todas as coisas;• A origem das coisas;

• Procurando respostas gerais.

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

Exemplos de Conhecimento Filosófico :Exemplos de Conhecimento Filosófico :

Metodologia Científica

• O Universo - início, criador, evolução e fim.

• A Vida - Início, evolução do homem, morte.

• Homem - Início, vida, descendência, morte.

• Sociedade - qual a melhor forma.

• Pensamento - conhecimento, evolução.

• Justiça - social, penal, econômica.

• Verdade - o que é ?

• Liberdade - o que é ?

• Moral e Ética - o que é ?

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

Exemplos de Conhecimento Filosófico :Exemplos de Conhecimento Filosófico :

Metodologia Científica

Quando um ser tem vida ? A partir do ato da fecundação ou com 4 semanas de desenvolvimento embrionário ? Ou será que ele tem vida quando forma-se o zigoto (ovo fecundado). Quando a alma é anexada a este novo ser ?

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CONHECIMENTO

• RELIGIOSO – é aquele que se apóia em doutrinas que contém proposições sagradas.

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

Conhecimento Religioso :Conhecimento Religioso :

Metodologia Científica

• A religião existiu e existe em todos os povos, sendo baseada em dogmas e ritos;

• Tudo em uma religião é aceito pela fé; nada pode ser provado e nem se admite crítica, pois a fé é a única fonte de dados.

• O Conhecimento Religioso é um conjunto de verdades que os homem chegaram, não com o auxílio de sua inteligência, mas mediante a aceitação da revelação divina.

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

Exemplo de Conhecimento Religioso :Exemplo de Conhecimento Religioso :

Metodologia Científica

No sexto mês, o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galiléia, chamada Nazaré, a uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: “Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo.” Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significava semelhante saudação. O anjo disse-lhe: “Não tema, Maria, pois encontraste graça diante de Deus. Eis que conceberás e darás à luz um filho, e lhe porás o nome de Jesus. Ele será grande e chamar-se-á Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi; e reinará eternamente na casa de Jacó, e seu reino não terá fim.”Lc 1, 26-33

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

ExemplosExemplos

Metodologia Científica

“O vento não é o sopro dos deuses (explicação Religiosa), nem um fenômeno provocado pela chuva (explicação popular). A movimentação do ar se dá pela deslocação das camadas de alta pressão da atmosfera para as camadas de baixa pressão (explicação científica)”.

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Os 4 Tipos de Conhecimento :

ExemplosExemplos

Metodologia Científica

Um homem morreu. Em seu velório estavam presentes um padre, um filósofo, um inculto e um médico. Uma pessoa pergunta aos 4, por que o homem morreu.

O Padre -Explicações:Explicações:

O Filósofo - O inculto - O Médico -

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Metodologia Científica

Conceituação :

Todas as atividades de pesquisa em nível de Pós-graduação estarão envolvidas, única e exclusivamente, com o

Conhecimento Científico

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NÍVEIS DE APRENDIZAGEM

• Taxonomia de Bloom• Bastante disseminada em vários países, essa

classificação diferencia três tipos básicos de aprendizagem, em função dos resultados ou produtos a serem obtidos.

• Ela facilita a troca de informações sobre os planos de avaliação. Reportando-se à taxonomia, o professor terá condições para definir expressões imprecisas como: “O que o aluno realmente compreendeu?” (Bloom, 1956).

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NÍVEIS DE APRENDIZAGEM

• Em resumo, os professores encontram na taxonomia um modelo relativamente precisa para a análise de resultados educacionais na área cognitiva, que abrange memória, pensamento e solução de problemas.

Page 53: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

NÍVEIS DE APRENDIZAGEM

• Um sistema de classificação representa o ponto de partida de muitas das pesquisas educacionais. A estrutura da taxonomia, até o presente momento, está constituída de seis classes principais (ver Tabela 1). Os tipos de habilidades que envolvem “compreender” e “formação de conceitos” estão incluídas nas quatro primeiras categorias e as habilidades que envolvem “criatividade” são a síntese e avaliação.

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6 categorias ou níveis daTaxonomia de Bloom

• Categoria 01 - Conhecimento• O aluno apresenta definições literais, afirma fatos e

regras. Fase da repetição.• Categoria 02 - Compreensão• O aluno não deve apenas repetir, mas compreender o

que aprendeu, pelo menos o suficiente para afirmá-lo de outra forma. Apresentam em palavras, informações contidas numa figura ou gráficas. Fase da formação de conceitos.

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categorias ou níveis daTaxonomia de Bloom

• Categoria 03 - Aplicação• O aluno deverá resolver problemas diferentes dos que

já tenha visto. O problema deve ser novo.• Resolver problemas idênticos não é aplicação, mas

sim conhecimento. Fase da formação de conceitos.• Categoria 04 - Análise• O aluno deverá identificar as partes ou a estrutura de

um todo. Fase da formação de conceitos.

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categorias ou níveis daTaxonomia de Bloom

• Categoria 05 - Síntese• O aluno deve expressar suas próprias idéias,

experiências e o produto enviado por ele serão diferentes do produto de outros. Fase da criatividade.

• Categoria 06 - Avaliação• O aluno deve comparar dois produtos, justificar.• Fase da criatividade.• Fonte: Pereira (2005)

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Classificação da Ciência

Ciências

Formais

Factuais

Lógica

Matemática

Naturais

Sociais

FísicaQuímicaBiologia

Antropol.DireitoSociologiaPsicologia

Metodologia Científica

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O Espírito CientíficoÉ a atitude do pesquisador em busca de soluções para o problema que enfrenta

O pesquisador deve ter:

Consciência crítica: saber distinguir o essencial do acidental, o importante do secundário

Consciência Objetiva: é o rompimento com todas as posições subjetivas pessoais e mal fundamentadas do conhecimento vulgar.

Racionalidade: a razão deve ser o “único juiz” nas decisões da pesquisa.

Objetividade: o trabalho científico é impessoal. Não aceita meias-soluções ou soluções apenas pessoais.

Metodologia Científica

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Proposta para a semana :

Metodologia Científica

Refletir e discutir a pesquisa que você pretende desenvolver tem caráter científico.

Conversar com o seu orientador sobre o assunto.

Dúvidas: Ler as ‘Leituras Recomendadas’ e conversar com o Professor de Metodologia Científica sobre o assunto. Fim.Fim.

Page 60: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

O trinômio: Verdade – evidência – certeza

• O ser humano pode conhecer a verdade?

• O que é a verdade?

• Quais são as evidencias que temos de que as verdades reveladas pela religião ou descobertas pela ciência são realmente a verdade?

• Como podemos ter certeza de que o ser humano e a humanidade estão no caminho certo?

Page 61: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Verdade

• Mortal não é dono da verdade.

Porque:

• problema da verdade esta na fenitude do próprio ser humano;

• Complexidade e ocultamento do ser da realidade

Page 62: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Verdade

O ser das coisas e objetos que pretendemos conhecer

Ocultan-se ou manifestan-se sob multiplas formas

O que se manifesta não é certamente a totalidade do objeto da realidade investigada

Page 63: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Verdade

O que se conhece sobre o ser humano, sobre a vida e a morte, sobre o futuro, sobre a responsabilidade dos criminosos, sobre os mil problemas que afligem a cada um de nós e a todos?

Page 64: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Verdade

O que é então a verdade?É o encontro da pessoa com o

desvelamento, com o descultamento e com a manifestação de ser.

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A evidência

As afirmações erradas decorrem muito mais de nossa atitudes precipitadas e de nossa ignorância com relação a natureza daquilo que se oculta e se desvela aos poucos do que da própria realidade.

A verdade só resulta quando há evedência

Page 66: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

A evidência

Evidência e manifestação clara, é transparecia, é desocultamento e desvelamento da natureza e da essência das coisas.

Aquilo que se evidência ou manifesta das coisas, pode-se dizer uma verdade. Mais não todo se desvela de um ente, então não se pode falar do que não se desvelou.

Page 67: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

A certeza

É o estado de espírito que consiste na adesão firme a uma verdade, sem temor de engano

estado de espírito

Fundamenta-se na evidência, no desvelamento das coisas

Page 68: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Relacionando o trinômio

Havendo evidências: objeto, fato ou fenômeno se desvela com suficiente clareza, é possível afirmar com certeza, uma verdade

Page 69: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Falta de evidência:

• Objeto, fato, fenômeno ou sujeito estará em outros estados de espírito, exemplo:

• Ignorância

• Dúvida

• opinião

Page 70: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Ignorância estado intelectual negativo

Ausência de conhecimentos relativo as coisas por falta de desvelamento.

Classificação:Vencível – quando pode ser superada;Invencível – quando nçao pode ser superada;Culpável – quando há obrigação de fase-la

desaparecerDesculpável - quando não há obrigação de fase-

la desaparecer

Page 71: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

A duvidaEstado de equilíbrio entre afirmação e negação.

Espontânea quando o equilíbrio entre a afirmação e negação resulta da falta de exame dos pro e os contras

Refletiva equilíbrio que permanece após o exame das razoes prós e contras

Metódica suspensão provisória, do assentimento a uma asserção tida até então por certa para le controlar o valor

Universal considerar toda a asserção como incerta

Page 72: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Opinão

Estado de espírito que afirma com temor de se enganar.

Se afirma sem certeza

Seu valor depende da maior ou menor probabilidade das razões que fundamentam a afirmação.

Page 73: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

A preocupação do cientista é chegar a verdades que possam ser afirmadas com

certeza

Nada um pouco

sem certeza com evidência

IgnorânciaDuvidaOpiniãocerteza

Estados de

espírito

sujeitoconhecimento objeto manifestação

verdade

Page 74: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Diferencia entre o análise de textos literários e de ciências e filosofia.

Literários: Uma seqüência de raciocínios e enredo é apresentado dentro de quadros referenciais fornecidos pela imaginação

Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.

Page 75: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.

Ciências e filosóficos: textos de pesquisa positiva.

Acompanha-se o raciocínio já mais rigoroso seguindo a apresentação dos dados objetivos sobre os quais tais textos estão fundados.

Page 76: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.

A comunicação se da quando a transmissão de uma mensagem entre um emissor e um receptor.

De consciência a consciência através da linguagem.

O autor codifica sua mensagem e o leitor decodifica ( em ambos processos ocorre interferências pessoais e culturais)

Page 77: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.

Recapitulando: a leitura analítica é um método de estudo que tem como objetivos:

1. Favorecer a compreensão global do significado do texto;

2. Treinar para a compreensão e interpretação crítica dos textos;

3. Auxiliar no desenvolvimento do raciocínio lógico;4. Fornecer instrumentos para o trabalho intelectual

desenvolvendo nos seminários, no estudo dirigido, no estudo pessoal e em grupos, na confecção de resumos, resenhas, relatórios etc,

Page 78: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.

Processos básicos da leitura analítica:

1. Analise textual Preparação do textoVisão de conjunto

Busca de esclarecimentoVocabulárioDoutrinas

FatosAutores

Esquematização do texto

Page 79: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.

2. Analise temáticaCompreensão da mensagem do autor

TemaProblema

TeseRaciocínio

Idéias secundárias

Page 80: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.

3. Analise interpretativa

Interpretação da mensagem do autorSituação filosófica e influencias

PressupostosAssociação de idéias

crítica

Page 81: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.

4. Problematização

Levantamento e discussões de

problemas relacionados

com a mensagem dom autor

Page 82: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Diretrizes para a leitura, análise e interpretação de textos.

5. Síntese

Reelaboração da mensagem

com base na reflexão pessoal

Page 83: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Algumas orientações para a elaboração de fichamentos     

      O Fichamento é uma parte importante na organização para a efetivação da pesquisa de documentos. Ele permite

um fácil acesso aos dados fundamentais para a conclusão do

trabalho.

Fichamentos

Page 84: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Algumas orientações para a elaboração de fichamentos     

• Os registros e a organização das fichas dependerão da capacidade de organização de cada um. Os registros não são feitos necessariamente nas tradicionais folhas pequenas de cartolina pautada. Pode ser feita em folhas de papel comum ou, mais modernamente, em qualquer programa de banco de dados de um computador. O importante é que elas estejam bem organizadas e de acesso fácil para que os dados não se percam.

Page 85: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Algumas orientações para a elaboração de fichamentos     

•      Existem três tipos básicos de fichamentos: •o fichamento bibliográfico,

•o fichamento de resumo ou conteúdo •e o fichamento de citações.

Page 86: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

Algumas orientações para a elaboração de fichamentos     

•Ficha Bibliográfica: é a descrição, •com comentários,

dos tópicos abordados em uma obra inteira ou parte dela.

Page 87: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

EXEMPLO

Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça (1)

Histórico do

Papel da

Mulher na (3) 2. (4) Sociedade (2)

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145)

       Insere-se no campo do estudo da História e da Antropologia Social. A autora se utiliza de fontes secundárias, colhidas através de livros, revistas e depoimentos. A abordagem é descritiva e analítica. Aborda os aspectos históricos da condição feminina no Brasil a partir do ano 1500 de nossa era. Além da evolução histórica da condição feminina, a autora desenvolve alguns tópicos específicos da luta das mulheres pela condição cidadã. Conclui fazendo uma análise de cada etapa da evolução histórica feminina, deixando expressa sua contradição ao movimento pós-feminista, principalmente às idéias de Camile Paglia. No final da obra faz algumas indicações de leituras sobre o tema Mulher. (5)

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Algumas orientações para a elaboração de fichamentos     

• Observação: Neste e nos outros exemplos de Fichas os números entre parênteses representam o que está explicado abaixo:       (1) - Título do trabalho       (2) - Seção primária do trabalho      

• (3) - Seção secundária e terciária do trabalho, se houver       (4) - Numeração do item a que se refere o fichamento       (5) - Comentários ou anotações do pesquisador sobre a obra registrada.

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Ficha de Resumo ou Conteúdo: é uma síntese das principais idéias contidas na obra. O pesquisador elabora esta síntese com suas próprias palavras, não sendo necessário seguir a estrutura da obra.

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EXEMPLO

Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça (1)

Histórico do

Papel da

Mulher na (3) 2. (4) Sociedade (2)

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145)

      O trabalho da autora baseia-se em análise de textos e na sua própria vivência nos movimentos feministas, como um relato de uma prática.       A autora divide seu texto em fases históricas compreendidas entre Brasil Colônia (1500-1822), Império (1822-1889), República (1889-1930), Segunda República (1930-1964), Terceira República e o Golpe (1964-1985), o ano de 1968, Ano Internacional da Mulher (1975), além de analisar a influência externa nos movimentos feministas no Brasil. Em cada um desses períodos é lembrado os nomes das mulheres que mais se sobressaíram e suas atuações nas lutas pela libertação da mulher.       A autora trabalha ainda assuntos como as mulheres da periferia de São Paulo, a participação das mulheres na luta armada, a luta por creches, violência, participação das mulheres na vida sindical e greves, o trabalho rural, saúde, sexualidade e encontros feministas.       Depois de suas conclusões onde, entre outros assuntos tratados, faz uma crítica ao pós-feminismo defendido por Camile Paglia, indica alguns livros para leitura.

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FICHA DE CITAÇÕESEXEMPLO

Educação da Mulher: a Perpetuação da Injustiça (1)

Histórico do Papel da

Mulher na Sociedade (2) (3) 2 (4)

TELES, Maria Amélia de Almeida. Breve história do feminismo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1993. 181 p. (Tudo é História, 145)

           "Uma das primeiras feministas do Brasil, Nísia Floresta Brasileira Augusta, defendeu a abolição

da escravatura, ao lado de propostas como a educação e a emancipação da mulher e a instauração da República." (p. 30) “Sou neta, sobrinha e irmã de general” (...) “Aqui nesta casa foi fundada a Camde. Meu irmão, Antônio Mendonça Molina, vinha trabalhando há muito tempo no Serviço Secreto do Exército contra os comunistas. Nesse dia, 12 de junho de 1962, eu tinha reunido aqui alguns vizinhos, 22 famílias ao todo. Era parte de um trabalho meu para a paróquia Nossa Senhora da Paz. Nesse dia o vigário disse assim: ‘Mas a coisa está preta. Isso tudo não adianta nada porque a coisa está muito ruim e eu acho que se as mulheres não se meterem, nós estaremos perdidos. A mulher deve ser obediente. Ela é intuitiva, enquanto o homem é objetivo’.” (Amélia Molina Bastos apud Teles, p. 54)

      "Na Justiça brasileira, é comum os assassinos de mulheres serem absolvidos sob a alegação de defesa de honra." (p. 132)

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LEITURA: regras básicas para fazer dessa atividade uma grande

e prazerosa descoberta.

Quase sempre estudar exige ler. Uma leitura de qualidade é meio caminho andado. Para chegar lá é preciso:

Leia

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• Tenha uma visão geral da obra. Leia o título, a orelha, o sumário e a introdução. Saber quem é o autor e obter alguns dados sobre ele indicam o estilo do texto. Uma rápida folheada permite visualizar as ilustrações. Por fim, anote algumas perguntas que surgirem espontaneamente antes de iniciar a leitura. Isso provoca a busca das respostas.

Reconhecer a fonte

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• Assinale a lápis as principais idéias. Se sentir necessidade, faça uma segunda leitura. Quando o texto é bem estruturado, elas estão logo no início do parágrafo. O autor abre com o pensamento principal e depois o desenvolve.

Detectar idéias-chave

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• Durante a leitura, anote as palavras desconhecidas e pesquise seu significado. O ideal é documentar o que foi lido, para que não se perca. Pesquisas mostram que, após uma semana, nos esquecemos de perto de 75% e, após um mês, de 98%.

Armazenar dados

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• Um bom exercício é dar sentido ao que se está lendo, procurando entender o contexto em que foi produzido e relacionando-o com conteúdos que você já domina. Pergunte-se: Para que serve isso? Como funciona? A quem interessa? Assim você estará exercitando sua capacidade de analisar, criticar e ir além do que foi lido.

Construir significados

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• Mas atenção! Só faça isso depois de compreender totalmente o sentido. Do contrário é pura decoreba.

Memorizar os conceitos

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• Uma forma eficiente de recapitular o estudo é fazer resumos e esquemas. Apesar de terem estruturas diferentes, ambos identificam temas centrais, definem os principais conceitos e resgatam exemplos. Não existe uma fórmula. Cada pessoa desenvolve a própria técnica de anotação e registro. Os dois modelos mais comuns são:

2. Resuma

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• É uma pequena redação e contém a essência do texto.

Resumo

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• É um retrato sintético do assunto representado por meio de setas, chaves e colchetes.

Esquema

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3. Pesquise

• A pesquisa é uma forma de complementar informações sobre o tema. Para uma boa compreensão do assunto, o ideal é fazer um estudo em várias fontes, seja na internet, seja numa biblioteca. Não dá para fazer uma boa investigação com base numa só fonte. Informações diferentes permitem dominar linguagens especializadas, compreender fatos e teorias, formular novas idéias e, assim, construir a própria opinião sobre o tema.

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4. Documente

• Após a leitura e a pesquisa, os especialistas recomendam que você escreva fichas sobre o que leu e estudou. Elas organizam as informações obtidas, além de auxiliar na fixação dos conhecimentos. A seguir, dois modelos:

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Ficha bibliográfica

• Serve para colocar e organizar os dados da fonte utilizada (seja ela um livro, uma revista, um jornal, um artigo ou um texto de qualquer outro estilo literário)

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DATA: Data daleitura

AUTOR: Primeiro o sobrenome, em letras maiúsculas, depois os nomes

TÍTULO: Sublinhado e acompanhado, se tiver, de subtítulo

CIDADE: Onde o livro foi editado

EDITORA: Nome da Editora

ANO: Ano da edição

PÁGS.: Número total de páginas da obra

OBSERVAÇÕES: Anotações complementares

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• Ficha de conteúdo

• Tem a função de registrar a idéia principal do texto lido por meio de citações, transcrições literais, resumos e esquemas, para facilitar a memorização

Page 106: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

• ARGUMENTO: Tema central do textoFONTE: Breve resumo da ficha bibliográfica (nome do autor, editora, ano de publicação etc.) DATA: Data da leituraPÁG.: Número das páginas referentes à análiseEspaço reservado para citações, transcrições, resumos e esquemas

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O jeito ideal • Ambiente — O ideal é que você tenha um

lugar para estudar. Se possível longe de qualquer distração, para garantir a concentração. Descubra uma música que se adapte ao seu jeito. Em geral o clássico é o mais indicado. A luz é também importante. De preferência natural e sem sombras. Se der, evite as lâmpadas fluorescentes. Caso não tenha como criar essas condições em casa, procure uma biblioteca ou um parque.

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• Saúde — O estudo só é eficiente quando estamos bem, tanto física quanto mentalmente. Uma simples dor de cabeça prejudica a concentração. Problemas psicológicos (questões familiares, dificuldades econômicas, estresse) também influenciam muito.

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• Plano de estudo — Pegue uma grade horária e liste todas as atividades da semana, inclusive os momentos de lazer. O tempo que sobra deve ser dedicado aos estudos. Os especialistas recomendam: leia sempre revistas, jornais e livros (técnicos e de literatura).

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• Troca de idéias — Estudar em grupo é bom porque permite trocar informações com os colegas sobre o que cada um entendeu de determinado assunto.

Page 111: Ciências, tipos de conhecimentos e espirito científico

• Anotações — Os registros feitos durante uma palestra ou em sala de aula são fundamentais para o estudo. O certo é tomar notas, ainda que de forma desorganizada, e depois transcrevê-las, revendo os conceitos para elaborar melhor as idéias.

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Conclusão • Após o trabalho de fichamento, escolha um

lugar para colocar os cartões de maneira organizada. É interessante deixar as fichas de conteúdo junto com os livros. É claro que essas etapas não precisam, necessariamente, ser cumpridas nessa ordem. O importante é que elas façam parte do seu planejamento, pois são essenciais para garantir um bom resultado na hora de estudar. Só assim você vai criar o hábito. E ensinar os estudantes a fazer o mesmo.

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2. O MÉTODO CIENTÍFICO

• 2.1 CONCEITO• Segundo Marconi e Lakatos (2001), Método científico é o

conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia permite alcançar o objetivo, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do cientista.

• Ou simplesmente, um conjunto de regras básicas para um cientista desenvolver uma experiência controlada para o bem da ciência.

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2.2 FASES DO MÉTODO CIENTÍFICO

• O método científico consiste das seguintes fases:• 2.2.1 OBSERVAÇÃO DE UM FATO PARA

POSTERIOR FORMULAÇÃO DO PROBLEMA• Qual é seu objetivo? Qual é a idéia que você está

tentando testar? • Qual é a pergunta científica que você está tentando

responder?

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O MÉTODO CIENTÍFICO

• 2.2.2 DESENVOLVER UMA HIPÓTESE

• Pense como seu projeto pode demonstrar seu propósito ou objetivo.

• Faça uma previsão dos resultados do experimento.

• Liste os resultados previstos em termos mensuráveis.

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2.2.3 DESENVOLVER UM PROCEDIMENTO PARA TESTAR A HIPÓSTESE

• Explique com detalhe como seu experimento será executado e como ele vai testar sua hipótese.

• Identifique as variáveis (elementos do experimento que mudam para testar a hipótese) e os controles (elementos do experimento que não mudam).

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DESENVOLVER UM PROCEDIMENTO PARA TESTAR A HIPÓSTESE

• Especifique como as medidas dos resultados vão provar ou refutar sua Hipótese.

• Este procedimento deve ser como uma receita: uma outra pessoa deve poder executar o experimento seguindo o procedimento. Teste com um amigo ou parente para verificar que o procedimento está claro e completo.

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2.2.4 MATERIAIS

• Liste os materiais e os equipamentos que serão utilizados.

• Esta lista deve incluir todos os ingredientes do procedimento.

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2.2.5 RESULTADOS

• Observações e Resultados

• Registre sempre no “Projeto” todas as observações, os dados e resultados.

• Estes podem ser medidas ou anotações sobre seu experimento.

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RESULTADOS

• Fotografe os resultados de seu projeto ou as fases do mesmo (se possível e se isto ajudar sua análise ou a apresentação de seu experimento no relatório).

• e no pôster na feira).

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Análise

• Explique suas observações, dados e resultados.

• Liste os pontos principais que você aprendeu.

• Porque você obteve estes resultados? O que seu experimento provou?

• Sua hipótese estava correta? Seu experimento provou ou refutou sua hipótese?Explique em detalhes.

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2.2.6 CONCLUSÃO

• Responda ao problema, ao objetivo ou à afirmação elaborada.

• Qual é o valor de seu projeto?• Dados os resultados de seu experimento, qual

seria a próxima pesquisa a ser desenvolvida? Qual seria a próxima pergunta que deveria ser feita?

• Se você tivesse que refazer a pesquisa, o que você mudaria?