Cifose toracica tratada com reeducação postural global
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5/13/2018 Cifose toracica tratada com reeducação postural global - slidepdf.com
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Arq. Cisne. Sadde Unipat; 4(2): maio/ago" 2000
CIFOSE ToRAcICA TRATADA COM REEDUCA<;AO POSTURAL GLOBAL
Marlsa de Castro Pita'
PITA, Marisa de Castro. Cifose toracica tratada com reeducacao postural global. A rq . C ien c. S au de U nip ar;
4(2): 159-164,2000.
RESUMO: Este artigo descreve 0 caso de urn paciente submetido a Fisioterapia, portador de cifose toracica
com 55 graus, lombalgia cronica e outros desvios posturais. 0 tratamento fisioterapico usado foi a tecnica de
Reeducacao Postural Global (RPG), visando as correcoes morfologicas e 0 alfvio da dor. Os resultados obtidos
demonstrarn melhora no aspecto postural, dirninuicao da cifose toracica ern 16 graus e remissao no quadro
algico,
PALAVRAS-CHAVE: cifose: fisioterapia; terapia.
THORACIC KYPHOSIS TREATED WITH GLOBAL POSTURE REEDUCATION
PITA, Marisa de Castro. Thoracic kyphosis treated with global posture reeducation. Arq. Cienc. Saade Unipar
4(2):, 159-164,2000,
ABSTRACT: This article describes the case of a patient subjected to physical therapy who had thoracic
kyphosis of 55 degrees, chronic lumbar pain, and other postural deviations, The physical therapeutic treatment
used was the technique of Global Posture Reeducation (RPG), aiming at morphological corrections and pain
relief. The results obtained demonstrated improvement concerning the postural aspect, decrease of 16 degrees
in the thoracic kyphosis and remission of the pain.
KEY WORDS: kyphosis; physical therapy; therapy,
Introdm;ao
o corpo humane e uma estrutura que paramanter-se na posicao ereta necessita ordenar seus
segmentos 6sseos de tal forma, que a linha de
gravidade passe no cen tro do poligono de
sustentacao,
Postura, segundo FERREIRA (1986), e 0modo demanter 6 corpo ou compor os movimentos
dele. A postura "normal" e geralmente aceita da
seguinte forma: lordose moderada das regioes
cervical e lombar da coluna, cifose moderada das
regioes toracica e sacrococcigea, uma inclinacao
pelvicapara a frente de aproximadamente 30 graus,
rotacao neutra dos femures, a cabeca centrada de
modo que 0prumo apartir do processo rnastoideo
passe atraves do meio do ombro eo quadril, e
imediatamente anterior ao joelho e 0maleolo do
tomozelo(TUREK, 1991).Eimpreseindivel manter
uma boapostura no intuito de preservar asestruturas
esqueleticas, musculares, capsuJarese ligamentares,
evitando lesoes e doencas. E, eonforme MAC
BRYDE (1975), toda postura "anormal" causa
estiramento de algumascapsulas articularesvertebrais, dos ligamentes intervertebrais, das
inse rcoes tendin onas e dos rmisculos do dorso,
A c if os e t or ac ic a , objeto deste estudo, e urn
disnirbio da coluna vertebral no plano sagital. A
evolucao da deformidade relaciona-se a fisiologiado crescimento do tecido conjuntivo e da
musculatura tonica. Essa mo rf ol og ia , d e co rr en te de
uma re tr ac ao dos miis cu lo s e re to re s da coluna, dos
rmisculos da cadeia cervico-roraco-abdomino-
pelvicae c ia lamina fibrosapre-vertebraldesorganiza
o compartimento muscular antero-posterior, 0
pel vieo e as dos membros inferiores. Em
consequencia destas condicoes mais desfavoraveis,
o tronco fica com um aspecto mais atarracado.
o problema e que esse tipo de alteracao
postural nao representa apenas urn desequilfbrio
postural estetico, mas acarreta, tambem, alteracoes
degenerativas articulares e sintomas decorrentes,
provoca diminuicao do perimetro toracico e
>I < Fisioterapeuta, Especialista em Morfofisiolcgia Aplicada a Educacao Corporal e a Reabilitacao pela Universidade
Estadual de Maringa,
Endereco: Marisa de Castro Pita, Centro de Reeducacao Postural. R. NeQ Alves Martins, 3176. 12°andar, sala 124, Ed,
Centro Medico Maurflio de Ol ive i ra , Mar i n g a - PRo 87013-060.
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r es tr ic ao d a f un c ao r es pir at 6r ia .
Alem disso, toda a fisiologia da mecanica
corporal e regida pe la le i do m enor e sforco. D essa
forma, com o a Iinha da gravidade cai na frente dos
maleo lo s e para evitar 0 esforco musc u la r c on s ta nt e
p ara m an te -la d en tro d o p olig on o d e su ste ntac ao , en ece ssario q ue e xista u ma organizacao harmonica
entre os dife ren te s segmentos corporais
suprajascentes, a fun d e c orrig ir o s d es eq u ilib rio s
ante ro - pos te r io re s.
C om e fe ito , q u an do 0indi vfduo fo r "achatado '
sobre suas cu rvatu ras, os ce ntros de gravidade dos
se gm en tos e se u ce ntro d e gravid ade c en tral fic arao
mills baixos, aumentando assim su a estabilidade,
Essa posicao em "achatarnento" e, de fato, uma
posicao comoda e confortavel p orq ue su prim e o
e sforco postural de alguns m tiscu los passando a
e xigirrn ais d as c ap su lase lig am en tos; e ste s agin do
mais pe la r e si st enc ia p as siv a, s ao mais economicos
a o org an ism o. Porern, essa posicao e maisconfortave l e comoda somente duran te urn ce rto
te mp o, p orq ue d im in ui a m ob ilid ad e e so bre carre ga
a s c ar til ag e ns a rt ic u la re s , e v ol uindo pos te rio rm e n te
para processos pato16gicos (H UN GR IA , 1986).
A s linhas de gravidade tern pontos de
referencias precisos sobre 0 esqueleto n as q uais
repre sen tam as forcas qu e gove mam 0 equilibrioestatico e os m ovim en tos. BIENFAIT (1995)
de scre ve as in te rp re tacoe s das lin has d e gravidade
nas quais as duas primeiras sa o descendentes,
levemen te inclinadas de tras para a frente,
d en om in ad as p oste ro-an te riore s, E ssa s d uas lin ha s
sa o a materializacao d alin ha d e gra vid ad e d o h om em
em pe, Descendentes, as linhas ilustram a que
e xam in am os com a fisiologia ce rvic al, os re fle xos
descendentes equilibradores devido ao siste ma
vestibulo-labirfntico e 0 oculo-motor. As linhas
seguintes s ao tamb ern , descendentes, levemente
inclinadas de frente para tras: sao as fmtero-
poste riore s, E las sao a repre sentacac das forcas
m useu lare s qu e VaG in te rvir na regiao do trone o,
il u st rando a l ig acao occi pi ta l- sac ra .
As duas prim e iras linhas denominadas
poste ro-ante rior e ante ro-poste rior sao duplas
apenas em baixo; e las sao a repre sentacao da
re siste ncia do chao que chegarn a regiao dos
a ce ta bu lo s ..
A s egu nd a lin ha asc en de nte e pa rt icu la r, po issitu a-se fora d a colu na, an te rior e p arale la a linhace ntral, e la rn ate rializara as forcas poste riore s q ue
e qu il ib ram a g ravid ad e t or ac o- abdom inal .
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Fisiologicam ente , a anatom ia do apare lho
locomotor e constitufda por dois e sq ue le tos, u rn
rfgido e passivo, form ado por ossos un idos e ntre si
atraves de articulacoes e u rn e sq ue le to a ti v o fo rm ad o
p or te cid o c on ju ntiv o fib ro so m uito e xte nso , n o q ual
rudo esta ligado em continuidade, uma e ntid ad e
funcional na qual estao incluidas as fascias e os
rmisculos.
O s rm iscu los e squ ele ticos tem com o fu ncao
p rim ord ial m ov im en tar as artiou la coe s, re ce be nd o
os influxes n ervosos oriu ndos do ce rebro. A lgu ns
deles, porem, estao em contracao permanente,
suave e re flexa, atraves das fibras motoras da via
p iram id al d os neuronios dos corpos an te riore s d a
medula espinhal, origem dos nerves m otore s q ue
v an te r a es tes rnusculos, com a finalidade d e m an te r
o e qu ilfb rio do c orpo, con tra a forc a da gravid ade ,
Esse s sao os tmisculcs da estatica, rmisculos
posturais que mantem e re ta a posicao do corpo por
contracao tonica reflexa, A maioria deles sa o
poste riore s, embora este jam em varie s locais por
todo 0 c orp o. Em c on trap artid a, te rn os os n nisc ulos
da din am ica que realizammovimentos em todas as
a rtic ula co es c on fo rm e a s e xig en cia s.
E necessar ia, ainda, salientarmos que 0
trab alh o m us cu lar n ec essario p ara a m an ute nc ao da
postu ra con tra a forca da gravidade, depende doconsumo d e e ne rg ia de u rn gra nd e mimero de grupos
m uscu lare s trabalh an do e m con ju nto: os m uscu los
dorsais, as gluteos, as abdorn inais, as torac icos e
os d a c in tu ra e sc ap ula r,
D a fisiologia d o e qu ilib rio human o de pe nde
toda a estatica, em particu lar a estatica d a c olu n a
vertebral. Ale rn d is so , todo e qu ilibria human o econdicionado pela posicao d o o lh ar, pela posicao
da cabeca no espaco e pelo equilfbrio dos
d esloc am en tos d essa cabeca.
Portanto, 0 tonus de manutencao trabalha
para equ ilibrar e prote ge r a posicao da cabeca, a
h oriz on talid ad e d o o lh ar e o s re fle xos d e e qu ilib ria.
assegu ram a adaptacao dos de slocamentos, todo
e sse re gido p elos re fle xe s ve stibu lare s, as re fle xos
ocu lare s e os d e orige m articu lar.
N e sse c on te xte , a gra vid ad e e u ma forca qu ese exe rce ve rticalmen te de cima para baixo. P ara a
manutencao da posi~ao e r e ta e p re cis e o po r - lh e um aforca igual e de sen tido oposto, Os rm iscu los
fu nc ion am a p artir d e p on tos fix os in fe riore s, o s p e s,
qu ando e starnos em pe ; e a bacia, qu an do se ntados.
Arnanutencao do corpo em pe acon teee gracas a
m iisculos, cuja acao se exe rce no senti do da
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gravidade. 1880 s6 e p ossfve l p or m eio d e sistemasde alavancas inter-apoio e da acrao dos musculos
da e static a e xe rc en do-se d o lad e o po sto ao d a lin ha
de gravidade,
Is to s ig nific a q ue as a rtic ula co es q ue s erv em
de ponto de apoio re ebem nao somente0
pe so docorpo, m as tam bem a acao com bin ada das m assas
e dos musculos destinados a lutar contra 0
desabamento.
Paradoxalmente.Iembrando SOUCHARD
(1 988), o s mns cu lo s q ue tr ab alh am p ara n os c ol oc ar
e m pe , sao os m esm os q ue n os "achatam ".
Considerando 0 exposto, realizou-se este
t raba lho com 0obje t ivo de demons trar a importanc ia
da R eeducacao P ostural G lobal no tratame nto da
cifose toracica, uma vez que varias tecnicas de
tratam en to ve rn se ndo propostas, E te trabalho,
jus ti fi ca -s e pe lo grande bene fi cio obtidopelatecnica
q ue ale rn d e c orr ig ir a c if ose to rac ic a atu a, tambem ,
nas d ema is a lt er acoe s qu e a companham a patolog ia ,
t an to pos tu ra is quan ta doloros as .
Relate de Caso
P ac ie nte d o se xo m asc ulin e, fac ta arn are la,
c om 15 anos d e id ad e, d iag n6 stic o d e c i fo se to rac ic a
c om 55 g ra us (fig ur a 1 ), lombalg ia c ro nic a e outro s
de svios posturais, re fe rindo-se a dor na reginaIombar d o tip o late jan te , apo fic ar m uito temp o em
pe , s endo es te s in toma 0principa l rnotivo que 0Ievou
ao medico. Foi encarninhado pe lo medico
ortope dista para tratam ento fisiore rapico, pe la
tecnica de alongam ento muscular R ee ducacao
Pos tu ral Global .
A av aliac ao p ostu ral fo i fe ita n a p osic ao em
p e no p lan o fr on ta l an te rio r, n o p lan o tra ns ve rse , n o
plan o sagital em fle xao d e tro nc o e n o p lan o fro ntal
posterior.N a estru tura corporal do paciente , foram
obs erv ad as n o p lan o fr on tal a nte rio r, d es vio late ral
da c abe ca a dire ita, dirninuicao do angulo do
pescocoa dire ita, om bros assim etricos se ndo 0
d ir eito mais e le vad o, an gu lo d e Charpy dirninuldo,
retracao de escalenos, re tracao dos
e s temoc le idornastoideos, r e tracao de pe itorai s ma ie r
e m e no r. No p la no tr an s v er so , ap re se nta va ro tac ao
d e t ronco a direita,
No plano sagital, cabeca em protracao,c olu na c erv ic al c ur ta, c ifo se to ra cic a, d ep re ss ao d e
tor ax , ombros em protracao, lordose compensatoria,
h oriz on taliz ac ao d o sac ra, p elv e em re tro ve rsao
(d is so ciac ao e ntre s ac ro e p el v e ) e j oe lh os em f le xao
(Figura 2).
N a fle xao de tron co, a distancia das m aos ao
solo e d e 2 2 em r etr ac ao d a c ad eia p os te ro -in fe rio re rmis cu lo s p e lv it rocant er ia nos, a ngulo t fb io -t ar ico
em abe r tu rade 73 graus ( figu ra 3).
No p la no f ron t al pos te rio r, c ab eca com de sv ioa d ir eit a, ombros a ss ime tr icos , s endo 0 d ire ito ma is
e l evado , e s capu la s abduz idas , r e tra~ao dos t rapez ios
su pe riore s, rom b6ide s, e le vador das e sc apu las e
re tracao dos e spinhai s nucais,
Foram r ealiz ad as p os tu ras d e al on game nto
muscu la r a tivo e con tracoe s i sorne tr icas excent ri ca s
e m abe rtu ra e fe cham en to de angulo coxofemoral,
inicialmente s em carga , t raba lhando os componen te s
d e ac batam en to atrav es d a d ec oap tac ao artic ular,
c om a s p os tu ra s f a no ar e ra no chao, com braces
abduzidos e braces aduzidos, visando tarnbem ,
me lhorar a funcao da cad ei a in sp ir at 6r ia .
P o ste rio rrn en te , tr ab alh amos p os tu ras c om
carg a, e stas s ao r nais e fic az es n o p Ja no o rto pe dic o,
foram realizadas as posturas, sentada, em pe
in clin ad o p ara a fre nte c om p ran cb a e em p e n o m eio
com p rancha , f in al iz ando cada s es sao d e t ra tamen to .
Discussao e Conclusao
Destac amos, c on fo rm e (CHAITOW , 1 982 ),
as h ab itos diarie s de po stu ra, n o trab alh o e n o laz er,rnuitas vezes sao os fatore rnoderadore s, nao
violentos, embora pe rsistentes, que levam a
disfuncao somatica e as consequencias na saiide
ge ral. A postu ra apre se nta, n a ve rdade , a som a da
e fic ie ncia n a sau de e pode se r lida com o urn livre ,
n a av alia cao d a in te grid ad e d o p ote nc ial ~ , at e certo
p on to , n a h is t6 ria d o individuo.
A c ad a alte rac ao d e po sru ra assoc ia-se a u rn
de te rm inado padrao de e ncu rtam ento m usc ular,
p ropr io d e cadaindi Iduo (MARQUE S, 1994 ).P a ra . compree nde r a dor nas cos ta s r es ul ta nt e
d a me can ic a corporea deficiente, nao e m al sn ece ssario do q ue m an te r-se e m pe du ran te varias
h oras, em lima posicao inclinada an ti -na tu ral . ou
forc ad a. A d iste nc ao e 0 e stir am e nto d o rm is cu lo s
c ausam do re s qu e podem subsistir po r alg un s dia
(MAC B RY DE, 1975) ..
Em bora a dorte nha fu ncao adaptativa e se ja
vital ao de senvolvime nto filo e ontogene tico,
perm itindo ao individuo evitar ou escapar desituacce potencialmente danosas a su a
sob re v ive nc ia , pod e t arnb e rn , t orna r- se p re judic ia l
e at e inc apacitan te , q uan do se torn a cronica, Na
re alidade , a dOT cronies e urn problema de alta
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in cidencia que afe ta pessoas de qualqu er idade , de
ambos os sexos e e tida com o urn dos principais
fatore s comprome tedore s de vida (MUR TAS,
1999).
Enquanto a dot"aguda e fu ndam en tal para a
p re se rv ac ao d a in te grid ad e d o indivf duo por se r urn
sin torna de ale rta, a dor cron ica nao te rn e sse valor
b io lo gic o e e uma importante causa de i ncapac idade .
Do ponto de vista biomecanico, a a~ao dos
nnisculos da pare de abdom in al excede 0 controle
da curvatura lombar atraves do equilfbrio dos
rmisculos p ara ve rte bra is . P o r m e io d e suas inse rcoes ,
fe chan do a abe rtu ra p oste rior da pe l ve , a parede
do abdome traciona superiormente 0 tuberculo
p tib ic o e m fu nc ao cinergica com os extensore s do
q ua driI re tro ve rte n do a pelve (TANAKA &
FARAI-I,1997).
Na biomecanica respiratoria, s e u p ri nc ipa l
mrisculo eo diafragma, e le se solidariza com as
conteudos abdom inal e toracico, e tambem com a
estrutura os sea, ligando a respiracao a estaticav er te b ra l g ra ca s afixacao de se u ce ntro te ndfn eo.
AMm disso, os rm isculos inspiratorios sao
e staticos, E Le s d eve m se r fle xibilizados atrave s da
in siste nc ia sob re a e xp irac ao . E le s sao , alias, m uito
numer os os e d iv e rs ame n te imp la n ta do s. E a ss im q u e
os espinhais dorsais (que e ievam 0 torax quandoescavam 0 d orso) p erte nc em a gran de c ad eia m estra
p os te rio r. O s inspiratorios escapulares formam a
cade ia supe rior e antero-interna do ombro ..
Q ualq ue r te ntativa de estiramento de uma ou outra
dessas cade ias se ra, entao, recuperada por um
oloque io em inspiracao. Em todas as posturas e ,
portanto, essencial insistir sobre a expiracao
profunda.
S alie ntam os q ue a te cn ica de tratam en to e sta
associada a urn t rabaLbo r e sp ir at or io e spec ff ic o que ,
atraves das posturas de a longamen to s globais ativos,
in te ra gem pos sib ilita nd o a s c orre co es s im u lta ne as ,
re stitu in do a m orfo lo gia e re cu pe ran do a fu nyao .
Na visao de S OUCHARD (1988), a forma
e a fu ncao dependem da estru tu ra. A m odificacao
d a form a incorreta somente podera se r obtida
m ediante a a~ao sobre a estru tura, 0 q ue p ro vo ca
ipsofacto, a recuperacao da funcao.
o tratam ento m edico da cifose toracica se
re stringia ao uso do cole te de M ilw alkee ou de
H epp, quando a cifose e sta em evolucao ou muito
rigida, coJe te de e fe ito ativo como e conhecido
(PITZEN & ROSSLER, 1981). Na fisioterapia
convencional , 0 tratam en to c on siste e m e xe rc fc ios
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m usculare s ativos, com 0 in tu ito de fortalece r os
mecanismos de su ste ntacao da c ol u n a v erte bra l. D e
um a form a 01.1 de outra, falarnos em abordagem
segmen tadas, que pe rdem a visao d e c on ju n to .
Nesses casas, a recidiva e quase sistematica par
se r u rn tr atamen to a na lf tic o,
Por outro lado, na Reeducacao Postural
Grobal , 0fisioterapeuta t rata patologias do apar e lho
locomotor dentro de urn contexte globalista de
cade ias m usculare s. A abordagem do corpo na su a
globalidade e , de f ato , u rn a n oc ao re volu cion aria d e
tratamento no campo da reeducacao c orp oral, ate
entao h ab itu ad a a u sar ap en as m an ob ras an alitic as.
N a filosofia do tratam en to da R e edu cacao P ostu ral
Global , 0 f is io te r apeu ta e n te nde 0 s is tema musc u la r
como uma en tidade funcional q ue tran sm ite ,
coorde na e distribu e te nsoe s, u rn todo organ izad o
em cad e ia s musc u la re s .
Confonne SOUCHARD (1996), a
colocacao de tensao de um a cade ia m uscular e fe ita
sempre d e m an eira d elic ad a, suavee progressiva,
A tecnica usa posturas de estiramento muscular
ativo, alongando em conjun to os rm iscu lo s e s ta ti co s
an tigravitarios, os m usc ulos rotad ore s in te rn es e o s
rruisculos inspiratorios. Este trabalho ativo eindispen save lja que a rigidez dos rrnisculos nao e
u nic am en te ligada a re tracao do te cido con ju nti vo,m as igu alrn en te a h ip erto nic id ad e d os fu so s n eu ro -
musculares .
Somente as tracties globais sa o realrnente
e fie aze s e se r global sign ific a, con cordan do com 0
referido autor, corrigir ao mesmo tempo todas as
compensacoes ligadas ao es ti ramento de uma cadeia
muscular .
o t ra tamento f is io te rap ico t ev e c omo obje tiv o
re eq uiL ibrar as te nsoe s dos rm iscu los e staticos das
c ad eias, su pe riore an te ro -in te ma d o om bro, c ad eia
in s pira to ria ( dia fr agma e in sp ir at or io s a ce ss or io s) ,
c ad e ia s c e vic o- to ra co -a bdom ino -p e lv ic a, rmis cu lo s
eretores da coluna, lamin a fib ro sa p re -v erte bra l,
cade ia ante ro -pos te rior , cadeia postero-inferior e
mtisculos pelvitrocanterianos, afim de regredir 0
quadro do lo ro so e realinhar o s s egmen ro s c or po ra ls ,
visan do a sim etria dos he micorpos e dim in uicao da
cifose toracica,
o q uad ro doloroso do pacie nte foi re ve rtid o
apos 5 se ssoes de tratamento, Apos 35 sessoes, os
e x am es rad iologic os m ostram d im in uic ao d a c ifose
toracica em 16 graus (Figura 4). As se ssoes de
tratam ento foram realizadas um a vez por sem ana
com duracao de uma hora cada.
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Na correcao postural, verificou-se urn
alinhamento em todos os planos, anterior, transversal,
posterior e sagital, Vale salientar que neste ultimo
plano, as correcoes foram rnais pereeptiveis (Figura
5). N a flexao de tronco, apes 0 tratamento, a
paciente eonseguiu encostar as maos no solo eocorreu um fechamento do angulo tfbio-tarsico em
12 graus (Figura 6).
E nfi m , como pode se r obse rvado, a melhora
do paciente tratado pela tecnica de Reeducacao
Postural Global foi significativa, porem, gostarfamos
de salientar que as diversas te cn ic as n ao se e xc lu em ,
mas se complementarn, Portanto, 0 fisioterapeuta
deve avaliar, cuidadosarnente, 0 caso para
desenvol ver a melhor terapeutica, Ao tratar as
patologias mecanicas, nao devemos perder a nocao
de conjunto, pais a tensao muscular equilibrada de
cada musculo, porrnfnima que seja a suafuncao, efundamental para que haja um born andamento do
conjunto.
omovimento em si compreende equilfbrio
entre os rmisculos da estatica e os miisculos da
dinarnica, E e aintegridade eliberdade das estruturas
que garantem as reacoes motoras adequadas.
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Recebido em: 03/02/2000
Aceito em: 13/0612000
163
5/13/2018 Cifose toracica tratada com reeducação postural global - slidepdf.com
http://slidepdf.com/reader/full/cifose-toracica-tratada-com-reeducacao-postural-global 6/6
filGURAI -lmagem radiokigica, cifose toracica com 5S graus,
observer a p D s i c ; : a o da cabeca em prora a o e coluna
cervical extremamente curta.
FIGURA 3 =Flexao de tronco, disrancia das maos ao solo 22
em. retracao ,da cadeia postero-inferior e
pel vitrocanterianos, angula tfbio-tarsico em abertura
de73 graus.
FIGURA 5 =Melhora da postura em todos as segmenros da
coluna vertebral.
164
Arq. Cienc. Saude Unipat; 4(2): maio/ago., 2000
FIGURA 2 - Plano sagital. cabeca em protracao, cotuna cervical
curta, cito e toracica, depress a o de torax, ombros emprotracao. lordose compensatoria, horizontalizacao
do sacro, pe l v e e m re trove rsao e joclhos e m flexao,
FIGURA 4 =Jmagem radiclcgica demon trando diminuicao da
cifose toracica em 1 (igrans, Observar: alinhamento
da cabeea e pesco~o.
FIGURA 6 - Flexao de tronco.observar que 0 paciente encosta
as rnaos no solo e 0 fechamento do anguIo tfbio-
tarsico em I 2 graus,