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1
Universidade Federal do ABC
Eng. de Instrumentação, Automação e Robótica
Circuitos Elétricos II
José Azcue, Prof. Dr.
Transformada inversa de Laplace
Definição
Funções racionais
Expansão em frações parciais
Teorema do valor inicial e final
2
Transformada inversa de Laplace
1º Método: Tabelas
Linearidade
Teoremas e Propriedades
Anti-transformada
𝑓 𝑡 = 𝐿−1[𝐹(𝑠)]
Unicidade
𝑓 𝑡 ↔ 𝐹(𝑠)
3
Exemplo – Obter a transformada inversa de Laplace de:
𝐹 𝑠 =1
(𝑠 + 3)2
Tem-se que:
ℒ 𝑡 =1
𝑠2 (Derivada da transformada)
ℒ 𝑒−𝑎𝑡𝑓(𝑡) = 𝐹 𝑠 + 𝑎 (Translação na frequência)
Portanto: ℒ−1 𝐹 𝑠 = 𝑡𝑒−3𝑡 , 𝑡 ≥ 0
4
• A transformada inversa de Laplace é dada por:
ℒ−1 𝐹 𝑠 =1
2𝜋𝑗 𝐹 𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑑𝑠
𝜎+𝑗∞
𝜎−𝑗∞
= 𝑓 𝑡
• Para 𝑡 > 0
ℒ−1 𝐹 𝑠 =1
2𝜋𝑗 𝐹 𝑠 𝑒𝑠𝑡𝑑𝑠
𝜎+𝑗∞
𝜎−𝑗∞
= 𝑓 𝑡 𝐻 𝑡
H 𝑡 = 0 𝑡 < 01 𝑡 ≥ 0
2º Método: Fórmula de Inversão
Integral sobre a reta s=
5
3º Método: Anti-transformação de Funções Racionais
(Razão entre dois polinômios em s)
𝐹 𝑠 =𝑁(𝑠)
𝐷(𝑠)=
𝑏0𝑠𝑚 + 𝑏1𝑠
𝑚−1 + ⋯ + 𝑏𝑚−1 + 𝑏𝑚
𝑎0𝑠𝑛 + 𝑎1𝑠
𝑛−1 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 + 𝑎𝑛
𝑎𝑖 , 𝑏𝑖 𝜖 ℜ 𝑎0, 𝑏0 ≠ 0
Forma Fatorada:
𝐹 𝑠 = 𝐾. (𝑠 − 𝑧𝑖)
𝑚𝑖=1
(𝑠 − 𝑝𝑘)𝑛𝑘=1
K = fator de escala (ganho) = 𝑏0
𝑎0
𝒛𝒊 ⇒ 𝒛𝒆𝒓𝒐𝒔 (𝑖 = 1,2, … , 𝑚)
𝒑𝒌 ⇒ 𝒑ó𝒍𝒐𝒔 (𝑘 = 1,2, … , 𝑛)
Simples ou múltiplos,
reais ou complexos
6
Funções racionais Exemplo
Aplicando a lei de Kirchhoff de correntes (LKC):
equação íntegro-diferencial em t
𝑣(𝑡)
𝑅+
1
𝐿 𝑣 𝑡 𝑑𝑡
𝑡
0
+ 𝐶.𝑑𝑣(𝑡)
𝑑𝑡= 𝐼𝑑𝑐 . 𝐻(𝑡)
7
Observações:
V(s) = variável de interesse
R, L, C e Idc = conhecidos
v(0-) = 0 (tensão inicial no capacitor)
O problema se reduz a uma equação algébrica em s
Aplicando Laplace:
𝑣(𝑡)
𝑅+
1
𝐿 𝑣 𝑡 𝑑𝑡
𝑡
0
+ 𝐶.𝑑𝑣(𝑡)
𝑑𝑡= 𝐼𝑑𝑐 . 𝐻(𝑡)
𝑉(𝑠)
𝑅+
1
𝐿
𝑉(𝑠)
𝑠+ 𝐶. [𝑠. 𝑉 𝑠 − 𝑣(0−)] = 𝐼𝑑𝑐 .
1
𝑠
8
Isolando-se V(s):
(x 𝑠
𝐶)
v(t) é a transformada inversa de V(s)
Função racional
𝑉(𝑠)
𝑅+
1
𝐿
𝑉(𝑠)
𝑠+ 𝑠. 𝐶. 𝑉 𝑠 = 𝐼𝑑𝑐 .
1
𝑠
𝑉 𝑠 =𝐼𝑑𝑐/𝐶
𝑠2 +1
𝑅𝐶𝑠 +
1𝐿𝐶
𝑉 𝑠 .1
𝑅+
1
𝑠𝐿+ 𝑠𝐶 =
𝐼𝑑𝑐
𝑠
9
Diagrama de pólos e zeros de Funções Racionais
𝐹 𝑠 =10(𝑠2 + 3𝑠 + 2)
𝑠4 + 2𝑠3 + 2𝑠2
𝐹 𝑠 = 10(𝑠 + 1)(𝑠 + 2)
𝑠2 (𝑠 + 1 − 𝑗1)(𝑠 + 1 + 𝑗1)
• Um pólo duplo na origem: 𝑝1,2 = 0
• Dois pólos complexos conjugados:
𝑝3,4 = −1 ± 𝑗1
• Dois zeros simples: 𝑧1 = −1; 𝑧2 = −2
• Fator de escala; K=10
Forma Fatorada:
𝐹 𝑠 = 𝐾. (𝑠 − 𝑧𝑖)
𝑚𝑖=1
(𝑠 − 𝑝𝑘)𝑛𝑘=1
10
Expansão em frações parciais
𝐹 𝑠 =𝑁(𝑠)
𝐷(𝑠)=
𝑏0𝑠𝑚 + 𝑏1𝑠
𝑚−1 + ⋯ + 𝑏𝑚−1 + 𝑏𝑚
𝑎0𝑠𝑛 + 𝑎1𝑠
𝑛−1 + ⋯ + 𝑎𝑛−1 + 𝑎𝑛
Função racional própria: m≤n
Hipóteses:
1. Estritamente própria m< n
2. a0 = 1 ⇒ polinômio D s é mônico
11
• Determinar as raízes de 𝑫(𝒔) e escrever o polinômio do denominador na forma fatorada.
• Determinar as constantes 𝑨𝒊 (denominadas Resíduos)
• Anti-transformar cada parcela (usando a linearidade)
𝐹 𝑠 =𝑁(𝑠)
𝑠 − 𝑝1 𝑠 − 𝑝2 … (𝑠 − 𝑝𝑛)
𝐹 𝑠 =𝐴1
𝑠 − 𝑝1+
𝐴2
𝑠 − 𝑝2+ ⋯ +
𝐴𝑛
𝑠 − 𝑝𝑛
𝑓 𝑡 = 𝐴1𝑒𝑝1𝑡 + 𝐴2𝑒
𝑝2𝑡 + ⋯ + 𝐴𝑛𝑒𝑝𝑛𝑡
12
• Seja:
Para determinar os Resíduos A1 e A2, utilize o Método dos Resíduos.
Multiplicando ambos os lados por 𝑠 − 𝑝1
𝐹 𝑠 =(𝑎 + 𝑏𝑠)
𝑠 − 𝑝1 𝑠 − 𝑝2 =
𝐴1
𝑠 − 𝑝1+
𝐴2
𝑠 − 𝑝2
𝐹 𝑠 =𝑎 + 𝑏𝑠
𝑠 − 𝑝1 𝑠 − 𝑝2 𝑝1 ≠ 𝑝2
𝑎 + 𝑏𝑠
𝑠 − 𝑝2= 𝐴1 +
𝑠 − 𝑝1 𝐴2
𝑠 − 𝑝2
Frações
parciais:
(𝒔 − 𝒑𝟏) (𝒔 − 𝒑𝟏)
13
• Fazendo 𝑠 = 𝑝1
𝑎 + 𝑏. 𝑝1
𝑝1 − 𝑝2= 𝐴1 +
𝑝1 − 𝑝1 𝐴2
𝑝1 − 𝑝2
→ 𝐴1 =𝑎+𝑏𝑝1
𝑝1−𝑝2= 𝐹(𝑠) 𝑠 − 𝑝1 𝑠=𝑝1
e 𝐴2 =𝑎+𝑏𝑝2
𝑝2−𝑝1= 𝐹(𝑠) 𝑠 − 𝑝2 𝑠=𝑝2
0
𝑎 + 𝑏𝑠
𝑠 − 𝑝2= 𝐴1 +
𝑠 − 𝑝1 𝐴2
𝑠 − 𝑝2
14
Pólos simples
• Generalizando para 𝑛 pólos simples:
Exemplo:
𝐴𝑖 = 𝐹(𝑠) 𝑠 − 𝑝𝑖 𝑠=𝑝𝑖
𝐹 𝑠 =96(𝑠2 + 17𝑠 + 60)
𝑠3 + 14𝑠2 + 48𝑠
D(s), polinômio mônico estritamente próprio
=96(𝑠2 + 17𝑠 + 60)
𝑠(𝑠 + 6)(𝑠 + 8)
Fatorar denominador
𝐹 𝑠 =96(𝑠2 + 17𝑠 + 60)
𝑠(𝑠 + 6)(𝑠 + 8)=
𝐴
𝑠+
𝐵
𝑠 + 6+
𝐶
𝑠 + 8
𝑓 𝑡 = 𝐿−1 𝐹 𝑠 = 120 + 48. 𝑒−6𝑡 − 72𝑒−8𝑡 . 𝐻(𝑡)
𝐹 𝑠 =120
𝑠+
48
𝑠 + 6−
72
𝑠 + 8
15
Pólos simples complexos
Exemplo:
• Raízes do termo quadrático: )43).(43()256( 2 jsjsss
)43()43()6()256)(6(
)3(100 321
2 js
K
js
K
s
K
sss
s
• Assim:
• Pólos:
𝑲𝟐 =𝟏𝟎𝟎 𝒔 + 𝟑
𝒔 + 𝟔 𝒔 + 𝟑 + 𝒋𝟒 𝒔=−𝟑+𝒋𝟒
= 𝟏𝟎∠ − 𝟓𝟑° = 𝟏𝟎𝒆−𝒋𝟓𝟑
𝐹 𝑠 =100(𝑠 + 3)
(𝑠 + 6)(𝑠2 + 6𝑠 + 25)
𝑝1 = −6; 𝑝2,3 = −3 ± 𝑗4
𝑲𝟏 =𝟏𝟎𝟎 𝒔 + 𝟑
𝒔𝟐 + 𝟔𝒔 + 𝟐𝟓 𝒔=−𝟔
= −𝟏𝟐 𝑲𝟑 =𝟏𝟎𝟎 𝒔 + 𝟑
𝒔 + 𝟔 𝒔 + 𝟑 − 𝒋𝟒 𝒔=−𝟑−𝒋𝟒
= 𝟏𝟎𝒆𝒋𝟓𝟑
16
Observações:
Raízes complexas sempre aparecem em pares conjugados
Os resíduos associados a esses pares também são conjugados
→ Para pólos complexos basta calcular um dos resíduos
• Lembrando que
•E usando a fórmula de Euler, eliminam-se os componentes imaginários:
𝐹 𝑠 =100(𝑠 + 3)
(𝑠 + 6)(𝑠2 + 6𝑠 + 25)=
−12
(𝑠 + 6)+
10𝑒−𝑗53
(𝑠 + 3 − 𝑗4)+
10𝑒𝑗53
(𝑠 + 3 + 𝑗4)
𝐿−1100(𝑠 + 3)
(𝑠 + 6)(𝑠2 + 6𝑠 + 25)= −12𝑒−6𝑡 + 10𝑒−𝑗53𝑒− 3−𝑗4 𝑡 + 10𝑒𝑗53𝑒− 3+𝑗4 𝑡 . 𝐻(𝑡)
𝑧 + 𝑧∗ = 2. 𝑅𝑒{𝑧}
𝑓 𝑡 = −12𝑒−6𝑡 + 20. 𝑒−3𝑡 . cos(4𝑡 − 53°) . 𝐻(𝑡)
17
No exemplo, tem-se:
Contribuição do par de pólos complexos na anti-transformada:
x2
𝑝2,3 = −3 ± 𝑗4 𝐴2,3 = 10𝑒∓𝑗53°
10𝑒−3𝑡+𝑗(4𝑡−53°) + 10𝑒−3𝑡−𝑗(4𝑡−53°) = 2𝑅𝑒 10𝑒−3𝑡𝑒𝑗 4𝑡−53°
= 2 10𝑒−3𝑡 . 𝑅𝑒 𝑒𝑗 4𝑡−53°
= 2 10𝑒−3𝑡 . 𝑅𝑒 cos(4𝑡 − 53°) + 𝑗 sin(4𝑡 − 53°)
= 20. 𝑒−3𝑡 . cos(4𝑡 − 53°)
𝐴2 = 10𝑒−𝑗53° 𝑝2 = −3 + 𝑗4
𝐿−1 𝐹(𝑠) = −12𝑒−6𝑡 + 10𝑒−𝑗53𝑒− 3−𝑗4 𝑡 + 10𝑒𝑗53𝑒− 3+𝑗4 𝑡 . 𝐻(𝑡)
18
Exemplo:
1𝑒−0,1𝑡 cos(30𝑡 − 53°)
1𝑒−0,5𝑡 cos(30𝑡 − 53°) 1𝑒−0,5𝑡 cos(10𝑡 − 53°)
1𝑒−0,1𝑡 cos(10𝑡 − 53°)
𝑝𝑘 = 𝜎 + 𝑗𝜔
19
Contribuição de Pólos Complexos
1º Caso
Resíduo:
Pólo:
2º Caso
Resíduo:
Pólo:
F
𝐴𝑘𝑒𝑝𝑘𝑡 + 𝐴𝑘∗ 𝑒𝑝𝑘
∗𝑡 = 2𝑅𝑒[𝐴𝑘𝑒𝑝𝑘𝑡]
𝐴𝑘 = 𝐴𝑘 𝑒𝑗𝜙𝑘
𝑝𝑘 = 𝜎𝑘 + 𝑗𝜔𝑘
𝑝𝑘 = 𝜎𝑘 + 𝑗𝜔𝑘
𝐴𝑘 = 𝐴𝑘′ +j𝐴𝑘
′′
2𝑅𝑒 𝐴𝑘𝑒𝑝𝑘𝑡 = 2 𝐴𝑘 𝑒𝜎𝑘𝑡 cos(𝜔𝑘𝑡 + 𝜙𝑘)
2𝑅𝑒 𝐴𝑘𝑒𝑝𝑘𝑡 =
2𝑒𝜎𝑘𝑡[𝐴𝑘′ cos 𝜔𝑘𝑡 −𝐴𝑘
′′ sin 𝜔𝑘𝑡 ]
20
No Exemplo:
Contribuição do par de pólos complexos na anti-transformada:
x2
x(-2)
𝑝2,3 = −3 ± 𝑗4 𝐴2,3 = 6 ∓ 𝑗8
6 − 𝑗8 𝑒 −3+𝑗4 𝑡 + 6 + 𝑗8 𝑒 −3−𝑗4 𝑡 = 2𝑅𝑒[ 6 − 𝑗8 𝑒 −3+𝑗4 𝑡]
= 2𝑅𝑒 𝑒−3𝑡 6 − 𝑗8 𝑒𝑗4𝑡 = 2𝑒−3𝑡[6 cos 4𝑡 + 8 sin(4𝑡)]
= 12𝑒−3𝑡 cos 4𝑡 + 16𝑒−3𝑡 sin(4𝑡)
𝐴2 = 6 − 𝑗8 𝑝2 = −3 + 𝑗4
21
Pólos múltiplos
raízes de Q(s)
multiplicidade
q1 é n vezes raiz de Q(s)
Cálculo dos resíduos
𝐹 𝑠 =𝑃(𝑠)
𝑄(𝑠)=
𝑃(𝑠)
𝑠 − 𝑞1𝑛
=𝐴1
𝑠 − 𝑞1𝑛
+𝐴2
𝑠 − 𝑞1𝑛−1
+ ⋯ +𝐴𝑛
𝑠 − 𝑞1
𝐴𝑘 =1
𝑘 − 1 !
𝑑𝑘−1 𝐹 𝑠 𝑠 − 𝑞1𝑛
𝑠=𝑞1
𝑑𝑠𝑘−1 𝑘 = 1,2, ⋯ , 𝑛
F
𝑞1 = 𝑞2 = 𝑞3 = ⋯ = 𝑞𝑛
22
• O denominador tem 2 raízes (ou pólos), sendo 1 distinta: p1 = 0 e uma múltipla, de multiplicidade 2, em p2 = -1.
Exemplo:
𝐴1 = 𝐹 𝑠 . 𝑠 𝑠=0
= 2 𝐵1 = 𝐹 𝑠 . (𝑠 + 1)2 𝑠=−1
= −1
𝐹 𝑠 =𝑠 + 2
𝑠 𝑠 + 1 2=
𝐴1
𝑠+
𝐵1
𝑠 + 1 2+
𝐵2
(𝑠 + 1)
F
𝐹 𝑠 =𝑠 + 2
𝑠 𝑠 + 1 2
23
Exemplo (cont.)
Portanto,
𝑠 + 2
𝑠 𝑠 + 1 2=
2
𝑠−
1
𝑠 + 1 2+
𝐵2
(𝑠 + 1)
𝐵2 =1
2 − 1 !
𝑑2−1 𝐹 𝑠 𝑠 + 1 2𝑠=−1
𝑑𝑠2−1
𝐵2 =𝑑 (𝑠 + 2)/𝑠 𝑠=−1
𝑑𝑠=
𝑠 − 𝑠 + 2
𝑠2 𝑠=−1
= −2
𝑠 + 2
𝑠 𝑠 + 1 2=
2
𝑠−
1
𝑠 + 1 2−
2
(𝑠 + 1)
(k=2)
24
• Para anti-transformar as frações parciais, utilizamos:
𝑠 + 2
𝑠 𝑠 + 1 2=
2
𝑠−
1
𝑠 + 1 2−
2
(𝑠 + 1)
𝑓 𝑡 = [2 − 𝑡. 𝑒−𝑡 −2. 𝑒−𝑡 ]𝐻(𝑡)
𝐿−11
𝑠 − 𝑝𝑘𝑛
=𝑡𝑛−1
n − 1 !𝑒𝑝𝑘𝑡
Exemplo (cont.)
25
Exemplo - Pólos múltiplos complexos
Somente K1 e K2 são determinados, pois K1*e K2* são os valores conjugados
𝐹 𝑠 =768
𝑠2 + 6𝑠 + 25 2
768
𝑠 + 3 − 𝑗4 2 𝑠 + 3 + 𝑗4 2 =𝐾1
𝑠 + 3 − 𝑗4 2 +𝐾2
(𝑠 + 3 − 𝑗4)+
𝐾1∗
𝑠 + 3 + 𝑗4 2 +𝐾2
∗
(𝑠 + 3 + 𝑗4)
𝐾1 =768
𝑠 + 3 + 𝑗4 2 𝑠=−3+𝑗4
=768
𝑗8 2= −12
𝐾2 =𝑑
𝑑𝑠
768
𝑠 + 3 + 𝑗4 2 𝑠=−3+𝑗4
= −𝑗3
26
Agrupando a expansão em termos conjugados
Aplicando a transformada inversa, considerando a contribuição de pólos complexos conjugados:
F
𝐹 𝑠 =−12
𝑠 + 3 − 𝑗4 2 +−12
𝑠 + 3 + 𝑗4 2 +−𝑗3
(𝑠 + 3 − 𝑗4)+
𝑗3
(𝑠 + 3 + 𝑗4)
𝑓 𝑡 = −24𝑡𝑒−3𝑡 . cos 4𝑡 + 6𝑒−3𝑡 . cos 4𝑡 − 90° . 𝐻(𝑡)
Exemplo (cont.)
27
Funções racionais impróprias Neste caso, deve ser realizada a divisão entre os polinômios, e a
função poderá ser expressa como um polinômio somado a uma
função racional estritamente própria. Exemplo:
Dividindo o numerador pelo denominador, até que o resto seja
uma função racional estritamente própria:
𝑠 + 2 +−4𝑠2 − 𝑠 + 1
𝑠3 + 3𝑠2 + 2𝑠= 𝑠 + 2 +
−4𝑠2 − 𝑠 + 1
𝑠(𝑠 + 1)(𝑠 + 2)
Frações parciais
𝑠4 + 5𝑠3 + 4𝑠2 + 3𝑠 + 1
𝑠3 + 3𝑠2 + 2𝑠
𝑠 + 2 +𝐴1
𝑠+
𝐴2
(𝑠 + 1)+
𝐴3
(𝑠 + 2)
28
Aplicando o método dos resíduos
função
Doublet (derivada da
função impulso
unitário)
𝐹 𝑠 = 𝑠 + 2 +0,5
𝑠+
2
(𝑠 + 1)−
6,5
(𝑠 + 2)
Portanto,
𝑠 + 2 +−4𝑠2 − 𝑠 + 1
𝑠(𝑠 + 1)(𝑠 + 2)= 𝑠 + 2 +
𝐴1
𝑠+
𝐴2
(𝑠 + 1)+
𝐴3
(𝑠 + 2)
𝐴1 = 0,5 𝐴2 = 2 𝐴3 = −6,5
Anti-transformada:
𝛿′ 𝑡 + 2𝛿 𝑡 + 0,5 + 2𝑒−𝑡 − 6,5𝑒−2𝑡 ; t > 0
29
Inversão da Transformada de Laplace
30
Relação entre os pólos e a função f(t)
𝑅𝑒
𝐼𝑚
x
𝐹 𝑠 =𝐾
𝑠⇒ 𝑓 𝑡 = 𝐾
Pólo real na origem
31
𝑅𝑒
𝐼𝑚
x
x b
-b
Par de pólos complexos conjugados no eixo imaginário
𝐹 𝑠 =𝐾
𝑠 + 𝑗𝑏+
𝐾∗
𝑠 − 𝑗𝑏⇒ 𝑓 𝑡 = 2 𝐾 cos(𝑏𝑡 + 𝜙)
32
𝑅𝑒
𝐼𝑚
x -a
𝐹 𝑠 =𝐾
𝑠 + 𝑎⇒ 𝑓 𝑡 = 𝐾𝑒−𝑎.𝑡
Pólo real negativo
33
𝑅𝑒
𝐼𝑚
x a
𝐹 𝑠 =𝐾
𝑠 − 𝑎⇒ 𝑓 𝑡 = 𝐾𝑒𝑎.𝑡
Pólo real positivo
34
𝑅𝑒
𝐼𝑚
x
x b
-b
-a
| |
|
𝐹 𝑠 =𝐾
𝑠 + 𝑎 + 𝑗𝑏+
𝐾∗
𝑠 + 𝑎 − 𝑗𝑏⇒ 𝑓 𝑡 = 2 𝐾 𝑒−𝑎𝑡 cos(𝑏𝑡 + 𝜙)
Par de pólos complexos conjugados com parte real negativa
35
𝑅𝑒
𝐼𝑚
x
x b
-b
a |
| |
𝐹 𝑠 =𝐾
𝑠 − 𝑎 + 𝑗𝑏+
𝐾∗
𝑠 − 𝑎 − 𝑗𝑏⇒ 𝑓 𝑡 = 2 𝐾 𝑒𝑎𝑡 cos(𝑏𝑡 + 𝜙)
Par de pólos complexos conjugados com parte real positiva
36
Teoremas de valor inicial e final Os teoremas do valor inicial e do valor final possibilitam determinar a
partir de F(s) o comportamento de f(t) em t = 0 e t = .
Permite verificar os valores inicial e final de f(t) e analisar se estes
correspondem ao comportamento esperado para o circuito, antes de
determinar a transformada inversa de F(s).
st
ssFtf )(lim)(lim0
0)(lim)(lim st ssFtf
Teorema do valor inicial:
Teorema do valor final:
Hipóteses:
• f(t) não contém nenhuma função impulso.
• Existem os limites
37
Exemplo: Considere a 𝑓(𝑡) cuja transformada de Laplace é dada por:
Teorema do Valor Inicial (TVI)
𝑓 0+ = lim𝑠→∞
𝑠4𝑠 + 1
(𝑠2 + 2𝑠)=
4𝑠 + 1
(𝑠 + 2)=
4 +1𝑠
(1 +2𝑠)
= 4
𝐹 𝑠 =4𝑠 + 1
(𝑠2 + 2𝑠)
𝑓 0+ =4
Calcular 𝑓 0+ e 𝑓 ∞
38
Como:
Verifica-se que efetivamente:
𝐹 𝑠 =4𝑠 + 1
(𝑠2 + 2𝑠)
𝑓 ∞ = lim𝑠→0
𝒔𝟒𝒔 + 𝟏
(𝒔𝟐 + 𝟐𝒔)=
4𝑠 + 1
(𝑠 + 2)=
1
2
𝑓 ∞ = 0,5
Teorema do Valor Final (TVF)
𝑓 0+ = 4 𝑒 𝑓 ∞ = 0,5
𝑓 𝑡 = 0,5 + 3,5𝑒−2𝑡 . 𝐻(𝑡)
Exemplo (cont.)
39
𝑦 0+ = lim𝑠→∞
𝑠. 𝐹 𝑠 = 0
𝑦 ∞ = lim𝑠→0
𝑠. 𝐹 𝑠 = 1
Exemplo:
𝑡 ≔ 0, 0.05, 20
𝑦 𝑡 ≔ 1 − 0,11. exp −4,4𝑡 − 0,89. exp −0,29𝑡 cos 0,61𝑡 +
0,44. exp −0,29𝑡 sin(0,61𝑡)
𝑌 𝑠 =𝑠2 + 3𝑠 + 2
𝑠4 + 5𝑠3 + 3𝑠2 + 2𝑠
40
Problema 15.30
Determine a transformada inversa de Laplace de:
𝐹1 𝑠 =6𝑠2 + 8𝑠 + 3
𝑠(𝑠2 + 2𝑠 + 5) 𝐹2 𝑠 =
𝑠2 + 5𝑠 + 6
𝑠 + 1 2(𝑠 + 4)
𝐹3 𝑠 =10
(𝑠 + 1)(𝑠2 + 4𝑠 + 8)
𝑓1 𝑡 =3
5+
27
5𝑒−𝑡 cos 2𝑡 +
7
10𝑒−2 sin 2𝑡 𝑢(𝑡)
𝑓2 𝑡 =7
9𝑒−𝑡 +
2
3𝑡𝑒−𝑡 +
2
9𝑒−4𝑡 𝑢 𝑡
𝑓3 𝑡 = 2𝑒−𝑡 − 2𝑒−𝑡 cos 2𝑡 − 2𝑒−𝑡 sin 2𝑡 𝑢(𝑡)
Rptas:
41
Próxima Aula
Leitura: Cap 16 – livro texto
1. Aplicações da Transformada de Laplace.
42
Referências
1. ALEXANDER, C. K.; SADIKU, M. N. O. “Fundamentos de
Circuitos Elétricos”, 5ª edição, Ed. Mc Graw Hill, 2013.
2. Slides da prof. Denise,
https://sites.google.com/site/circuitoseletricos2ufabc/profa-
denise/aulas, acesso em fevereiro de 2018.
3. ORSINI, L.Q.; CONSONNI, D. “Curso de Circuitos Elétricos”, Vol.
1( 2ª Ed. – 2002 ), Ed. Blücher, São Paulo.
4. CONSONNI, D. “Transparências de Circuitos Elétricos I”, EPUSP.
5. NILSSON, J.W., RIEDEL, S. A. “Circuitos Elétricos”, 8ª Ed.,
Editora Pearson, 2009.