CIRCULAÇÃO

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PLANO DE MOBILIDADE URBANA E TRANSPORTE INTEGRADO Curitiba PlanMob ANEXO II a DIAGNÓSTICO SISTEMAS VIÁRIO, DE CIRCULAÇÃO E DE TRÂNISITO Março/2008

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    ANEXO II aDIAGNSTICO

    SISTEMAS VIRIO,DE CIRCULAO E DE TRNISITO

    Maro/2008

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    4.2 SISTEMAS VIRIO, DE CIRCULAO E DE TRNSITO

    4.2.1 Legislao Federal, Estadual e Municipal

    4.2.1.1 Legislao Federal

    Lei n 11.428/2006: dispe sobre a utilizao e proteo da vegetao nativa do Bioma

    Mata Atlntica, e d outras providncias. Lei da Mata Atlntica: outras reas so aquelas

    no entorno de crregos, rios, nascentes, lagos, lagoas e banhados, que so definidas por

    legislao federal (Lei Federal n4.771/1965 e Resolues CONAMA 302 e 303/2002)

    como reas de Preservao Permanente APP. Nestas APP no deveria ocorrer

    qualquer ocupao ou uso que no seja voltado a recuperao da mata ciliar ou rea de

    extravaso do corpo dgua.

    Resoluo CONAMA n 369/2006: dispe sobre os casos excepcionais, de utilidade

    pblica, interesse social ou baixo impacto ambiental, que possibilitam a interveno ou

    supresso de vegetao em rea de Preservao Permanente APP.

    Anexo 2 e Resolues 160/2004 e 180/2005: a Resoluo do CONTRAN n 160/2004

    de 22 de abril de 2004 aprova o Anexo II do Cdigo de Transito Brasileiro e a Resoluo

    do CONTRAN n 180/2005 de 26 de Agosto de 2005, aprova o Volume I - Sinalizao

    Vertical de Regulamentao, do Manual Brasileiro de Sinalizao de Trnsito.

    Resoluo CONAMA n 303/2002: dispe sobre parmetros, definies e limites de

    reas de Preservao Permanente.

    Lei n 10.257/2001 - Estatuto da Cidade: regulamenta os artigos 182 e 183 da

    Constituio Federal, estabelece diretrizes gerais da poltica urbana e d outras

    providncias.

    Lei n 9.503/1987 - Cdigo de Trnsito Brasileiro

    Decreto n 1.832/1996 - Regulamento dos Transportes Ferrovirios

    Lei n 6.766/1979 - Parcelamento do Solo Urbano

    Lei n 4.771/65 - Cdigo Florestal

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    4.2.1.2 Legislao Estadual

    Plano de Desenvolvimento Integrado - PDI 2006: no Plano de Desenvolvimento

    Integrado priorizam-se as diretrizes fsico- territoriais e institucionais para a Regio

    Metropolitana de Curitiba com base nas quais buscar-se- o seu desenvolvimento

    integrado. A proposta fsico-territorial procurar delinear, basicamente, as diretrizes

    necessrias para responder s demandas de apropriao do espao urbano da Regio

    Metropolitana de Curitiba, atravs da indicao de formas adequadas de uso e ocupao

    do solo, complementadas com propostas de novo sistema virio.

    Normativa n 02/2000 (COMEC): esta normativa do Conselho Deliberativo da Regio

    Metropolitana de Curitiba, criou a Cmara Tcnica e instituiu o Sistema Virio Bsico

    Metropolitano.

    4.2.1.3 Legislao Municipal

    Decreto n 1.065/2006: regulamenta os artigos 23 e 24, da Lei n 11.596/2005, quanto

    programao das intervenes das concessionrias do servio pblico em reas pblicas.

    Lei n 11.596/2005: dispe sobre a construo, reconstruo e conservao de caladas,

    vedao de terrenos, tapumes e stands de vendas, cria o PROGRAMA CAMINHOS DA

    CIDADE Readequao das caladas de Curitiba e o Fundo de Recuperao de

    Caladas FUNRECAL, revoga a Lei n 8.365 de 22 de dezembro de 1993, e d outras

    providncias.

    Lei n 11.095/2005: dispe sobre as normas que regulam a aprovao de projetos, o

    licenciamento de obras e atividades, a execuo, manuteno e conservao de obras no

    Municpio, e d outras providncias.

    Lei n 11.266/2004: dispe sobre a adequao do Plano Diretor de Curitiba ao Estatuto

    da Cidade Lei Federal n 10.257/2001, para orientao e controle do desenvolvimento

    integrado do Municpio.

    Lei n 11.095/2004 - Cdigo de Posturas: estabelece as disposies gerais que regulam

    a aprovao de projetos, o licenciamento de obras e atividades e a execuo,

    manuteno e conservao de obras no Municpio de Curitiba, independentemente das

    normas estaduais e federais aplicveis e d outras providncias.

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    Lei n 10.906/2003: dispe sobre a promoo e realizao de eventos de grande porte no

    Municpio de Curitiba.

    Lei n 9806/2000 - Cdigo Florestal do Municpio de Curitiba

    Lei n 9.800/2000 - Zoneamento e Uso do Solo

    Decreto n 188/2000 - Setores Especiais do Sistema Virio Bsico: regulamenta o Art.

    15, 1, inciso V, da Lei n 9.800/2000, e dispe sobre os Setores Especiais do Sistema

    Virio Bsico e d outras providncias.

    Decreto n 184/2000 - Anel Central: institui incentivos para galerias comerciais e

    edifcios de uso habitacional na Zona Central, estabelece condies para implantao de

    estacionamentos privativos e coletivos e d outras providncias.

    Decreto n 186/2000: dispe sobre o Setor Especial Eixo Baro Riachuelo e d outras

    providncias.

    Lei n 9.380/1998: dispe sobre a normatizao para o transporte de resduos no

    Municpio de Curitiba e d outras providncias.

    Decreto n 260/1998: disciplina a atividade de transporte e descarga de concreto e

    argamassa em obras de construo civil no Municpio de Curitiba.

    Lei n 9.236/1997: institui a Diretoria de Trnsito DIRETRAN, rgo destinado a

    regulamentar, fiscalizar e monitorar o trnsito da cidade.

    Decreto n 1.096/1997: regulamenta a cobrana de estacionamento, obedecidas as

    exigncias da Lei n 7.551/1990 e o Decreto n 848/1992.

    Decreto n 934/1997: disciplina o servio de carga e descarga de mercadorias na rea

    Central da Cidade de Curitiba.

    Decreto n 838/1997: institui o Relatrio Ambiental Prvio (RAP) como instrumento de

    anlise para subsidiar o licenciamento ambiental no mbito do Municpio de Curitiba.

    Decreto n937/1996: dispe sobre o Setor Especial dos Pontos Panormicos, constitudo

    pelos locais de observao da paisagem e pelos terrenos situados na encosta dessas

    elevaes

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    Normas para Obras de Pavimentao n 335/1996

    Lei n 8.354/1993: dispe sobre a concesso de espao areo sobre bem de uso

    comum do povo, para fins de construo de passagem suspensa entre imveis de um

    lado e outro da via pblica, e d outras providncias.

    Decreto n 848/1992: regulamenta dispositivos da Lei n 7.551/1990, que dispe sobre a

    explorao da atividade de estacionamento.

    Lei n 7.551/1990: dispe sobre a explorao da atividade de estacionamento de

    veculos.

    Decreto n 582/1990 - Estacionamentos Coletivos: estabelece normas para os espaos

    destinados a estacionamento ou garagem de veculos.

    Lei n 2.942/1966: dispe sobre as normas para a aprovao de arruamentos,

    loteamentos e desmembramentos de terrenos no Municpio de Curitiba.

    Normas e Portarias da DIRETRAN: estabelecem mudana de sentido de trfego das

    vias e definio/alterao de vias preferenciais.

    4.2.2 Zoneamento, Uso e Ocupao do Solo

    4.2.2.1 Plano Agache Em 1942 tentou-se pela primeira vez, disciplinar a ocupao do solo urbano de Curitiba,

    resultando no ano seguinte no Plano Diretor de Urbanizao de Curitiba o Plano

    Agache. Este Plano estabeleceu diretrizes e normas tcnicas para ordenar o crescimento

    fsico, urbano e espacial da cidade, disciplinando o trfego, organizando as funes

    urbanas, alm de coordenar e zonear as atividades, codificar as edificaes, estimulando

    e orientando o seu desenvolvimento. O Plano Diretor englobou o Plano das Avenidas, os

    Centros Funcionais ou Especializados, o Cdigo de Obras e Zoneamento, os espaos

    livres e sua distribuio.

    Em decorrncia da proposta do Plano Agache, foi aprovado pela Lei n. 699, de 16 de

    julho de 1953, o Zoneamento da cidade, includo no Cdigo de Posturas e Obras,

    dividindo a cidade em Zonas:

    a) Comercial: a principal (ZC-1) e a secundria (ZC-2);

    b) Industrial (ZI);

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    c) Residencial: principal (ZR-1), com duas subzonas: Centro Cvico (ZCC) e Centro

    Esportivo (ZCE); mdia (ZR-2); secundria (ZR-3) e rural (ZR-4);

    d) Agrcola (ZA).

    Com o intuito de adaptar o Plano Agache s novas perspectivas de desenvolvimento do

    Municpio, foi aprovado em 1960 o Plano Piloto de Zoneamento de Uso, que estabeleceu

    nova diviso cidade em zonas residenciais, comerciais, industriais e rurais.

    4.2.2.2 Plano Preliminar de Urbanismo

    Em 1965 um concurso de idias em nvel nacional resultou na contratao da empresa

    Serete e do arquiteto Jorge Wilheim para elaborar o novo Plano Diretor de Curitiba em

    conjunto com uma equipe multidisciplinar e com a participao de tcnicos da prefeitura.

    Para a coordenao dos trabalhos foi criada a APPUC Assessoria de Pesquisa e

    Planejamento Urbano de Curitiba, transformada em seguida no IPPUC Instituto de

    Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba. Atravs dos seminrios Curitiba de

    Amanh o Plano foi discutido com todas as instituies representativas da cidade.

    O Plano tinha como filosofia global a manuteno da qualidade de vida urbana em

    Curitiba e seus objetivos bsicos eram:

    a) Mudar a conformao radial de expanso da cidade para uma conformao

    linearizada, integrando os transportes e uso do solo;

    b) Conter a populao de Curitiba dentro dos seus limites fsicos territoriais;

    c) Dar suporte econmico ao desenvolvimento urbano;

    d) Propiciar o equipamento global da cidade.

    4.2.2.3 Plano Diretor de Curitiba

    Concludos os estudos complementares pelo IPPUC, o Executivo Municipal enviou

    Cmara de Vereadores, a proposta do Plano Diretor de Curitiba, que foi votada e

    sancionada pela Lei n 2.828, de 31 de julho de 1966.

    Em 1966 a cidade tinha uma estrutura radial e o Plano definia a necessidade de

    linearizao, impondo ento definio das obras fsicas prioritrias para assegurar a

    concretizao do Plano.

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    Em 1969 houve uma reviso no zoneamento definindo novas zonas residenciais e

    comerciais e disciplinando o uso nas zonas de expanso que j estavam sendo

    ocupadas. Nessa poca procurou-se tambm incentivar a ocupao dos Setores

    Estruturais;

    Em 1972 ocorre outra reviso do zoneamento, adequando mais uma vez a expanso

    urbana s diretrizes propostas, aproximando mais a cidade ao modelo linearizado;

    A partir dessa poca o zoneamento passou a ser utilizado como agente catalisador e

    promotor do desenvolvimento com efeitos multiplicadores.

    Foram implantados os dois Eixos Estruturais Norte e Sul e o Sistema Virio Bsico

    decorrente. Os Eixos Estruturais foram equipados com infra-estrutura urbana, como

    tambm receberam um sistema integrado de transporte de massa, capaz de atender

    demanda presente e futura.

    Para assegurar a integrao espacial da Cidade Industrial, definida pela Lei n 4.773 de

    janeiro de 1974, com o sistema virio urbano de Curitiba, criaram-se os Setores Especiais

    Conectores, ligando aquela regio ao Setor Estrutural Sul.

    Essas alteraes no Zoneamento e Uso do Solo, implicaram na medida disciplinadora

    representada na Lei n 5.234 de dezembro de 1975.

    Para melhor entender a legislao de zoneamento hoje em vigor e que implica na

    configurao atual do sistema virio da cidade importante ressaltar a Lei n 5.234/1975,

    de Zoneamento e Uso do Solo. Essa dividiu a cidade de Curitiba em Zonas Urbanas e

    Setores Especiais. Nas Zonas Urbanas, onde o processo de ocupao acontece lenta e

    continuamente, a prpria Lei indicou os parmetros a serem obedecidos. Para os Setores

    Especiais, nos quais se pretendia uma ocupao rpida, uma induo ao adensamento

    ou cuidados na ocupao por especificidades, foram regulamentados por decreto do

    Executivo Municipal, mediante proposta tcnica do IPPUC. Esta postura permitiu ao

    Executivo Municipal maior agilidade no controle ou direcionamento da ocupao de

    setores como o histrico, reas verdes, fundos de vale e outros.

    O zoneamento de Curitiba, de acordo com a Lei n 5.234/1975, decretos de

    regulamentao e legislao complementar, apresenta as seguintes configuraes:

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    a) Zonas Urbanas

    Zonas Residenciais - ZR: ZR - 1, ZR - 2, ZR - 3, ZR - 4, ZEH Zona Especial

    Habitacional, ZR - REC Zona de Recuperao;

    Zonas de Servio - ZS;

    Zonas Industrais - ZI;

    Zona Central - ZC;

    Zona Agrcola - ZA;

    Zonas Especiais - ZE.

    b) Setores especiais

    Setor Estrutural: Decreto no 579/90, o Setor Especial Estrutural o prolongamento

    do centro de Curitiba, O coeficiente de aproveitamento quatro (4), com incentivos

    para a construo de torres comerciais e de prestao de servios, sendo os usos

    similares da ZC. O Sistema Virio Estrutural um trinrio composto por uma via

    central que contm a canaleta para o transporte de massa e as pistas lentas para

    atendimento s atividades lindeiras e duas vias externas desse Setor, paralelas via

    central com sentido nico de trfego, destinadas ao fluxo contnuo de veculos. Na

    via central do setor obrigatria execuo do Plano Massa;

    Conectores: Decreto n 578/1990, esses setores fazem a conexo entre a Cidade

    Industrial e o Setor Estrutural. Tm um conceito anlogo ao do Setor Estrutural,

    porm em escala menor, sendo o coeficiente igual a dois (2);

    Vias Coletoras: Decreto n 354/1987, so setores onde se permite a instalao do

    comrcio e prestao de servios de atendimento ao bairro, ao longo das ruas

    destinadas ao Sistema de Transporte Coletivo e distribuio de trfego, propiciando

    maior privacidade no interior das zonas residenciais que atravessam;

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    Vias Coletoras de Penetrao: Decreto n 354/1987, correspondem aos espaos ao

    longo dos antigos caminhos de chegada a Curitiba com os mesmos parmetros de

    uso e ocupao do Setor Especial das Vias Coletoras;

    Preferencial de Pedestres: Decreto n 1.017/1979, compreende os espaos ao longo

    das vias bloqueadas total ou parcialmente ao trfego de veculos na Zona Central.

    Estas vias interligam os principais terminais de transportes da rea central;

    Centro Cvico;

    Vias de Ligao Prioritria: Decreto n 183/1990, e objetiva assegurar

    prioritariamente as ligaes virias em articulao com as vias estruturais e outras

    ligaes bsicas do sistema virio;

    Outros setores: Santa Felicidade, reas Verdes, Fundos de Vale, rea de Proteo

    Ambiental do Iguau, Parque Bacacheri, rea de Proteo Ambiental do Passana,

    Setor Histrico, Cidade Industrial de Curitiba e Setor Especial Institucional.

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    FIGURA 1 - ZONEAMENTO - 1975

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    FIGURA 2 - SISTEMA VIRIO BSICO, 1975

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    O crescimento de Curitiba e dos Municpios da Regio Metropolitana, composta de 25

    municpios, causou impactos qualidade de vida e aos espaos urbanos, as inovaes

    tecnolgicas e novos usos ocasionaram uma srie de transformaes nos sistemas

    construtivos e produtivos.

    A necessidade de tornar claro o entendimento da legislao, o enfoque metropolitano, a

    adequao aos novos usos e tecnologias e a consolidao das especificidades dos

    diversos compartimentos da cidade, conduziram a uma ampla reviso da Lei de

    Zoneamento e Uso do Solo n 5.234/75, iniciada em 1997.

    A nova Lei de Zoneamento, Uso e Ocupao do Solo, n9.800/2000 foi aprovada pela

    Cmara Municipal em dezembro de 1999 e sancionada pelo Prefeito em 03 de janeiro de

    2000.

    4.2.2.4 Lei n 9.800/2000

    Esta Lei em conjunto com outras seis leis de cunhos ambientais, sociais e de polticas

    pblicas, enfatizou questes como:

    Novos usos para as reas lindeiras BR - 116;

    Aproveitamento da infra-estrutura instalada com incentivo ao adensamento e

    verticalizao;

    Zonas de transies entre o adensamento proposto e as zonas residenciais;

    Contribuio para a gerao de emprego e renda com a ocupao com uso misto e

    parmetros diferenciados para o Linho do Emprego, e criao de ZS e ZI;

    Reclassificao do Sistema Virio Bsico;

    Parmetros para garantir melhor iluminao, ventilao, insolao para as

    construes;

    Nova classificao das atividades em geral, tendo em conta a evoluo tecnolgica;

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    Minimizar os problemas de drenagem; com parmetro de permeabilidade para os

    lotes.

    A reviso da Lei de Zoneamento contemplou a reavaliao do Sistema Virio, com vistas

    a adequar os usos e ocupaes complexidade da circulao urbana e crescente

    demanda do trfego metropolitano. A hierarquizao do Sistema Virio foi alterada, que

    culminou com a atual classificao definindo os Setores Especiais do Sistema Virio

    Bsico, de modo a caracterizar novas categorias de eixos de circulao, considerando a

    natureza, o nvel de articulao urbana e metropolitana, assim como a dinmica do

    trfego gerada pelos diversos tipos de atividades ao longo dos principais eixos de

    escoamento virio.

    Como elemento adicional, foi verificado que o sistema de Vias Coletoras e Coletoras de

    Penetrao definido na Lei n 5.234/75, tiveram nveis diferenciados de consolidao, e

    que conforme suas caractersticas fsicas e locacionais a vias absorviam diferentemente

    a soma dos impactos das atividades instaladas, do trnsito de passagem ou de acesso e

    da demanda por estacionamento.

    A anlise de todos esses elementos resultou na diviso do sistema de Vias Coletoras e

    Coletoras de Penetrao, com uma hierarquizao acompanhada com compatveis

    parmetros de Uso e Ocupao para grupos de vias que guardam similaridades e graus

    de importncia para os deslocamentos. Hierarquizao definida:

    Vias Setoriais so eixos de ligao entre regies, municpios vizinhos, rea central

    reas perifricas, possuindo forte integrao e articulao com o sistema virio

    principal, coincidindo em alguns casos com os antigos caminhos de chegada

    Curitiba (antigas Coletoras de Penetrao);

    Vias Coletoras 1 caracterizam-se por vias com mdia extenso e integradas ao

    sistema virio principal, que j concentram o trfego local e o comrcio e servio de

    mdio porte de atendimento regio;

    Vias Coletoras 2 caracterizam-se por vias de pequena extenso no interior dos

    bairros, podendo ou no ter ligao com o sistema virio principal, onde situam-se

    atividades de pequeno e mdio porte para atendimento ao bairro;

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    Vias Coletoras 3 so vias de pequena e mdia extenso que estruturam as reas

    de habitao de interesse social, onde devem concentrar os usos voltados ao

    interesse da regio, proporcionando a gerao de emprego e renda.

    Para tornar mais atrativo para a ocupao das Vias de Ligao Prioritria e manter a

    condio de prioridade para a circulao viria, o sistema de Vias Prioritrias foi dividido

    em 1 e 2, conforme sua proximidade com a rea Central, com parmetros diferenciados e

    viabilidade de instalaes de usos no geradores de trfego.

    Vias Prioritrias 1 e 2 - caracterizam-se como corredores com grande volume de

    trfego, estabelecendo ligaes entre os Setores Estruturais e vias importantes do

    sistema virio principal.

    Considerando que a adequao do Plano Diretor ao Estatuto da Cidade se deu em 2004,

    necessria uma reviso da Lei n 9.800/2000 a fim de serem incorporados novos

    instrumentos de poltica urbana contidos na Lei n 11.266 de 16 de dezembro de 2004.

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    FIGURA 3 - ZONEAMENTO, 2000

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    FIGURA 4 - SETORES ESPECIAIS DO SISTEMA VIRIO

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    4.2.3 CLASSIFICAO, TIPOLOGIA E HIERARQUIZAO

    Sistema Virio de uma cidade o conjunto de vias pblicas, devidamente hierarquizadas,

    que constituem o suporte fsico da circulao urbana no territrio do municpio e

    correspondncia com os municpios vizinhos, e garantem sua integrao ao sistema de

    transporte coletivo e ao uso do solo. Em Curitiba, o Sistema Virio componente e

    tambm resultado do seu Plano Diretor.

    Classificao Viria o modo de distinguir, em conjuntos, as ruas que apresentem

    caractersticas semelhantes, em termos de uso do espao destinado mobilidade, bem

    como de uso e ocupao das propriedades lindeiras. A classificao viria em funo

    da natureza das vias, suas caractersticas geomtricas anteriores - largura e extenso,

    nvel de articulao intra-urbana e metropolitana, dinmica do trnsito gerado por

    atividades instaladas ao longo das vias, existentes e previstas.,

    4.2.3.1 Classificao Viria

    a) Classificao segundo a Lei de Zoneamento e Uso do Solo

    A reviso da Lei de Zoneamento e a conseqente reavaliao do Sistema Virio,

    buscaram adequar os usos e a ocupao complexidade da circulao urbana e

    crescente demanda do trfego metropolitano.

    Considerando o vnculo entre o Uso e Ocupao do Solo, Sistema Virio e Transporte

    Coletivo, a anlise da evoluo do crescimento da cidade, a consolidao e a modificao

    de usos e atividades em diversos compartimentos, bem como os diferentes nveis de

    conexes e capacidade e estruturao das vias, concluiu-se por uma maior diviso na

    hierarquizao do sistema virio.

    As alteraes dispostas na Lei n 9800/2000 referentes classificao das vias de acordo

    com o Zoneamento, esto dispostas em Setores Especiais, que estabelecem parmetros

    prprios para cada conjunto de vias e de suas reas de influncias, e so os seguintes:

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    Setor Especial Estrutural: Vias Externas vias paralelas com sentido nico de

    trfego, destinadas ao trfego contnuo. Obrigatria a implantao de vias locais

    para acesso s atividades; Vias Centrais vias que contm a canaleta para o

    transporte de massa e as pistas lentas para atendimento s atividades lindeiras.

    Obrigatria a implantao de galerias cobertas para a circulao de pedestres.

    Outras Vias vias transversais contidas entre as vias externas.

    Setor Especial dos Eixos de Adensamento, eixos de crescimento complementares

    da estruturao urbana. reas compreendidas em importantes ligaes virias:

    Setor Especial da Br-116 SE-BR-116; Setor Especial da Av. Marechal Floriano

    Peixoto SE-MF; Setor Especial da Av. Comendador Franco; Setor Especial da Av.

    Pres. Wenceslau Braz; Setor Especial da Av. Pres. Affonso Camargo; Setor Especial

    da Rua Engenheiro Costa Barros.

    Setor Especial Conector, em nmero de quatro, fazem a conexo entre o Setor

    Especial Estrutural Sul e a Cidade Industrial de Curitiba.

    Setor Sistema Virio Bsico, classificam-se em: Vias Normais; Vias Coletoras 1; Vias

    Coletoras 2; Vias Coletoras 3; Vias Setoriais: Vias de Ligao Prioritrias 1 e 2:.

    Setor Especial Preferencial de Pedestres indica as vias bloqueadas total ou

    parcialmente ao trfego de veculos.

    Setor Especial Nova Curitiba continuidade ao SE-Oeste, com as mesmas

    caractersticas de trinrio de trfego, mas com parmetros de uso e ocupao

    diferentes.

    Setor Especial Linho do Emprego utiliza na sua maioria, o percurso das torres de

    alta tenso situado na poro sul da cidade. Com incentivos gerao de emprego

    e renda.

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    FIGURA 5 - SISTEMA VIRIO BSICO

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    b) Classificao do Sistema Virio Metropolitano

    No ano 2000, o Sistema Virio Bsico Metropolitano foi definido por resoluo do

    Conselho Deliberativo da Regio Metropolitana de Curitiba, proposta sua classificao no

    PDI Plano de Desenvolvimento Urbano de 2000, e revisada no PDI em 2006.

    o conjunto de vias com a funo principal de mobilidade na RMC, permitindo os

    deslocamentos de maior percurso no espao metropolitano. So vias municipais que

    estabelecem relao direta com o grupo de vias metropolitanas, e esto classificadas em:

    Expressas; Vias de Integrao; Vias Expressas; Vias Estruturantes; Vias de Ligao e

    Vias de Conexo.

    As Vias de Correspondncia Metropolitana so vias internas ao Ncleo Urbano Central -

    composto por Curitiba e o primeiro cinturo de municpios conurbados, que viabilizam os

    deslocamentos entre Curitiba e os municpios vizinhos. o conjunto formado pelas

    categorias classificadas anteriormente, com nfase para as Vias de Ligao.

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    CCllaassssiiffiiccaaoo FFuunncciioonnaall -- RReevviissoo PPDDII 22000066

    LLeeggeennddaa::

    Via Expressa

    Via de Integrao

    Via Estruturante

    Via de Ligao

    Via de Conexo

    Fonte: COMEC

    FIGURA 6

    Legenda

    Via de IntegraoVia Expressa

    Via Estruturante

    Via de Ligao

    Via de Conexo

    ExecutadoEm execuo

    Em projeto

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    21

    c) Vias Preferenciais de Pedestres

    As vias preferenciais de pedestres correspondem a um marco na transformao

    experimentada por Curitiba no incio da dcada de 1970. A Lei Municipal 2.828/1966 -

    Plano Diretor de Curitiba, ao determinar a hierarquia do Sistema Virio, instituiu o Anel

    Perimetral do Centro, e as ruas de uso preferencial ou exclusivo de pedestres.

    A implantao do Anel Perimetral do Centro a partir de 1970, com a denominao de

    Anel Central de Trfego Lento, refletia a filosofia do Plano Diretor em relao rea

    central da cidade, isto , que obras virias de porte viadutos, elevados e parques de

    estacionamento no resolveriam o problema de circulao no centro tradicional. Isto

    porque, contribuiriam para que, gradualmente, mais veculos demandassem ao Centro,

    provocando a sua deteriorao como ponto de encontro.

    Implantado o Anel e previstas as condies adequadas para a transio veculo-pedestre

    por meio de legislao que liberou a instalao de estacionamentos comerciais somente

    na periferia externa do Anel Lei n 5.234/1975 e Decreto n 881/1975, o acesso a

    qualquer parte da rea central estaria garantido.

    O desestmulo ao acesso de veculos nessa rea constituiria uma forma de revitalizar os

    pontos de encontro tradicionais da populao. Na rea central correspondente ao interior

    do Anel, devido em parte a proibio da instalao de novos estacionamentos, foi

    diagnosticado um processo de estagnao urbana e deteriorao das atividades

    comerciais, de servios, de lazer. Com o objetivo de recuperar o Centro, sem prejuzos s

    reas de pedestres conquistadas, o Anel Central de Trfego Lento foi reduzido atravs do

    Decreto n 184/2000, limitando-se a proibio de instalao de novos estacionamentos ao

    interior de um novo anel, de traado enxuto.

    O Plano de Revitalizao do Setor Histrico de Curitiba elaborado em 1970, recomendava

    a criao de uma ampla rea de uso preferencial de pedestres.

    As primeiras experincias na implementao dessas diretrizes urbansticas para a rea

    Central de Curitiba ocorreram na via que, alm ser a mais tradicional em termos de

    compras e encontro da populao, constitua at ento passagem de automveis - Rua

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    22

    XV de Novembro e algumas vias adjacentes. Entre 1971 e 1975 foram implantados

    praticamente todos os calades existentes at a atualidade na rea central.

    A proibio do trfego de veculos, a alterao da pavimentao para mosaico portugus,

    e a implantao de mobilirio urbano , foram determinantes para evidenciar ao pedestre o

    seu total domnio naquele ento novo espao urbano - o calado.

    No incio da dcada de 1980, foram implantados os ltimos calades da rea central:

    Rua Senador Alencar Guimares, ligando a Praa Osrio Praa Rui Barbosa, na

    ocasio e at a atualidade, o mais movimentado terminal de transporte da cidade; e, a

    primeira quadra da Rua Comendador Arajo.

    Na regio mais central de Curitiba, est praticamente configurada a rede de calades,

    restando poucas vias que possam, potencialmente, ser transformadas em ruas exclusivas

    de pedestres. Mesmo porque, a experincia de 25 anos demonstrou que h um ponto de

    equilbrio nas restries mobilidade de veculos, para que no ocorra o fenmeno da

    degradao urbana no forum da cidade.

    A Via Preferencial de Pedestres - Rua XV de Novembro, assim como o Eixo Baro do Rio

    Branco/Riachuelo, situados na zona central, obedecem a parmetros especficos quanto

    ao uso e ocupao, tendo em vista o entorno de interesse histrico.

    O Decreto n 934/1997 estabelece o permetro da ZCT - Zona Central de Trfego e as

    restries de acesso de veculos de carga e descarga ao interior dessa rea, com nfase

    para as ruas de pedestres.

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    23

    FIGURA 7 - CALADES PARA PEDESTRES

    FIGURA 8 ZONA CENTRAL DE TRFEGO

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    24

    d) Ciclovias

    Curitiba detm uma das mais extensas redes de ciclovias do pas. A ciclovia pioneira foi

    construda em 1997 ao longo da Av. Victor do Amaral, que liga Curitiba a Pinhais e

    Piraquara, municpios da Regio Metropolitana, onde residem muitos trabalhadores de

    Curitiba.

    Porm, trs anos aps - 1980, que o plano de se construir ciclovias em Curitiba

    avanou. Foram construdos 35 km de ciclovias, do Parque da Barreirinha Cidade

    Industrial de Curitiba, com focos no ciclismo de lazer e no de transporte de trabalhadores.

    Dali, identificamos trs tipos de ciclovias:

    Como complemento dos projetos paisagsticos dos parques de Curitiba, oferecendo

    mais uma opo de lazer e de exerccio fsico aos seus freqentadores

    Ao longo dos fundos de vale, tambm como parte de projetos paisagsticos;

    Ao longo da borda da faixa de domnio da RFFSA, ento repassada ao Municpio

    quando o ramal ferrovirio sul foi desativado, oferecendo aos trabalhadores a

    possibilidade de uso de bicicletas para seu deslocamento dirio, em ciclovias com

    topografia mais favorvel.

    As vantagens das ciclovias para a Administrao Pblica e para os cidados so:

    obrigao da Autoridade Municipal de Trnsito, segundo o Cdigo de Trnsito

    Brasileiro, assegurar a circulao segura pelas vias pblicas do municpio sob sua

    jurisdio, a todos os meios de transporte. Assim, a Prefeitura retira o trnsito de

    bicicletas das pistas de veculos automotores, reduzindo o nmero absoluto e os

    riscos potenciais de acidentes envolvendo ciclistas; e,

    Usar a bicicleta como meio de transporte pode ser a opo para

    aqueles trabalhadores e escolares, que no tem recursos financeiros para sequer

    fazer uso do transporte coletivo.

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    25

    Tratando da socializao dos cidados atravs do uso das ciclovias, o IPPUC e a URBS-

    DIRETRAN, que personifica a Autoridade Municipal de Trnsito, no dispem

    de parmetros ou pesquisas que embasem alguma posio a este respeito, tratando da

    promoo da bicicleta como meio universal de transporte individual de trao humana.

    Quanto relao freqncia / repartio funcional, os ciclistas contumazes de Curitiba

    fazem uso das bicicletas, basicamente, para deslocamentos casa-trabalho-casa e casa-

    escola-casa, em todos os dias teis. Como lazer, nos fins-de-semana e feriados.

    O que se observa o desconhecimento das regras de circulao determinadas pelo

    Cdigo de Trnsito Brasileiro, tanto por parte dos motoristas como dos prprios ciclistas,

    colocando em risco a segurana destes, mais fragilizados.

    Sobre a malha cicloviria, Curitiba dispe hoje de 81 km de ciclovias compartilhadas com

    passeios de pedestres, 35 km de ciclovias exclusivas, 9.4 km de ciclovias em construo

    ao longo da Linha Verde.

    Com o intuito de promover maior cobertura espacial da cidade e fechamento da malha

    cicloviria, h estudos no IPPUC Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de

    Curitiba, para a elaborao de um Plano Diretor de Ciclovirio, contendo a previso

    de novas ciclovias e ciclofaixas ao longo de ruas importantes componentes do Sistema

    Virio Bsico. Ao passo em que este plano vai sendo consolidado, a infra-estrutura

    implantada atrair os ciclistas para tais vias, promovendo em Curitiba o ciclismo seguro.

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    26

    FIGURA 9 - CICLOVIAS DE CURITIBA

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    27

    4.2.3.2 Tipologia das Vias Pblicas

    O assunto tipologia refere-se s caractersticas fsicas (traado, extenso, largura e

    revestimento) e os aspectos funcionais (tipo de trnsito predominante) das vias pblicas.

    a) Vias Urbanas

    Sobre a estruturao do Sistema Virio, com a criao do IPPUC e na seqncia com o

    novo Plano Diretor em 1965, a espinha dorsal do crescimento de Curitiba passa a ser a

    implantao dos Setores Estruturais Norte e Sul.

    FIGURA10 - DIAGRAMA DO CRESCIMENTO LINEAR

    A reordenao espacial muda, do modelo clssico radiocntrico, desordenado e com forte

    polarizao da rea central, para um modelo linearizado, tangenciando a rea Central e

    tendo, como indutor de crescimento, o sistema de transporte coletivo.

    FIGURA 11 - ESQUEMA DO SISTEMA TRINRIO

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    28

    A concepo linear de ocupao do solo se fundamenta na interao entre o Uso do Solo,

    o Sistema Virio e o Transporte Coletivo.

    FIGURA 12 - SEO TRANSVERSAL DE ZONEAMENTO EM SETOR ESTRUTURAL

    Em 1970 a populao j era de 620.000 habitantes, crescendo a uma taxa mdia de 5%

    ao ano, ao mesmo tempo em que a frota de veculos registrados na cidade era de 83.000

    veculos e crescia a uma taxa mdia ainda maior, em torno de 10% ao ano. Estes

    indicativos demonstram que os problemas de circulao e transporte eram igualmente

    crescentes, exigindo uma interveno imediata e ampla, a fim de se evitar problemas

    mais srios no futuro.

    O desordenado crescimento da cidade at ento, ocasionou a ocupao de reas

    inadequadas e desprovidas de infra-estrutura, ao mesmo tempo em que contribuiu para o

    estrangulamento dos setores de servios, por no terem sido criados plos secundrios.

    Ainda que respeitando fundamentalmente a malha viria existente, criaram-se alternativas

    de ligaes independentes da rea Central, que apresentava naquela poca fortes sinais

    de deteriorao. Assim, o plano proposto e implantado buscou no apenas equacionar a

    circulao, mas envolv-la numa perspectiva global de ocupao do solo.

    A soluo de linearizao de atividades definida no Plano Diretor de Curitiba de 1966 para

    os Setores Estruturais tem garantido a acessibilidade urbana, a circulao de passagem e

    a operao do sistema de transporte coletivo, mantendo-se uma escala equilibrada e

    coerente com estas funes urbanas.

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    29

    Na seqncia, foram gradualmente implantadas as Ligaes Prioritrias, que possibilitam

    ir de uma Estrutural outra sem necessidade de utilizar o centro tradicional, e as Vias

    Coletoras, que atuam como corredores de servios e atividades de bairro. Finalmente,

    foram as Ligaes Entre Bairros, que promovem as ligaes tangenciais ao Centro.

    A inteno de estabelecer o Sistema Virio Bsico no foi a de moldar a cidade para o

    automvel, mas conciliar as suas exigncias com as suas necessidades, aspiraes e

    perspectivas humanas. Isso levou a uma viso global e integrada dos componentes da

    circulao, contemplando a infra-estrutura e hierarquizao viria, a sinalizao e

    comunicao visual, a iluminao pblica diferenciada, o sistema de transporte coletivo, a

    rede de ciclovias.

    Numa viso macro, o Sistema Virio Bsico se destaca em primeiro plano, com as vias

    principais em suas diversas classificaes Rodovias Estaduais e Federais, Estruturais,

    Setoriais, Prioritrias, Conectoras, Coletoras, Linho do Emprego, e diversos Eixos de

    Adensamento. Este conjunto de vias articuladas entre si estruturam a cidade, segundo

    uma hierarquizao que permite cobertura quase completa do territrio municipal

    432,17 km e 75 bairros, assim como promove facilidades na mobilidade dos cidados, no

    trnsito de veculos, no transporte coletivo, no trfego de cargas e produtos.

    Numa viso meso, a malha viria intersticial compartimentada entre ruas do Sistema

    Virio Bsico, composta de vias de carter local, apresenta diferentes formatos, em

    funo da regio da cidade onde se situa: na regio norte / noroeste, menos adensada,

    de topografia ondulada, a malha viria irregular, com aspecto de formao espontnea;

    nas demais regies, mais adensadas, de topografia predominantemente plana, a malha

    viria , em sua maioria, quadriculada, projetada em quarteires regulares de um hectare

    100 por 100 metros.

    As pistas de rolamento componentes do sistema trinrio dos Setores Estruturais, via de

    regra, apresentam as seguintes dimenses: vias externas de trfego contnuo, ou vias

    rpidas: 12,0 m de largura, sentido nico de trfego; via central, composta de uma

    canaleta exclusiva para o transporte coletivo com 7,0 m de largura, sentido duplo de

    trfego; e, vias lentas com 3,5 m 7,0 m de largura, sentido nico de trfego, com faixa

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    30

    de estacionamento esquerda, quando possvel, junto calada de 1,0 m de largura que

    as separam da canaleta.

    Com exceo dos Setores Estruturais, que tiveram sua infra-estrutura viria planejada

    para alta capacidade trfego, as demais vias do Sistema Virio Bsico no obedecem a

    um padro de desenho virio, que concilie sua classificao segundo o Zoneamento com

    sua capacidade de escoamento de trfego.

    o caso das Coletoras e Setoriais que, mesmo classificadas nas primeiras hierarquias,

    apresentam-se das mais diferentes formas: em pista nica ou dupla, de variadas larguras,

    em sentido nico ou duplo de trfego, permitindo ou no estacionamento. Isto

    compromete sobremaneira a operao de trnsito ao longo dessas ruas, haja vista que

    raramente so palco de obras de alargamento.

    Quando algumas dessas vias apresentam lentido ou congestionamentos, a URBS /

    DIRETRAN mitiga tais problemas atravs da proibio de estacionamento, em certos

    perodos do dia. Exemplos recentes: Av. Visconde de Guarapuava, ruas Brigadeiro

    Franco, Desembargador Motta, ngelo Sampaio, Coronel Dulcdio. Para aquelas de

    sentido duplo, e normalmente com intensas atividades comerciais e de servios, o IPPUC

    e a URBS / DIRETRAN tem criado uma srie de binrios de trfego, desde 1997. Para

    vias de sentido duplo de trfego, que so projetadas pelo IPPUC para intervenes de

    reurbanizao, tem sido adotada na ltima dcada a largura de 11,0 metros.

    Vias em geral, vias locais internas de bairros, ou mesmo algumas pertencentes ao grupo

    do Sistema Virio Bsico, apresentam a largura mnima para pistas de rolamento adotada

    pela Prefeitura de Curitiba - 7,0 metros.

    Revestimento e Pavimentao

    Dentro do seu permetro, devido a predominncia da malha urbana ser reticulada, Curitiba

    possui ~ 4.737km de vias pblicas abertas ao trfego. Destes, 49% so revestidos em

    tratamento superficial betuminoso anti-p, 37% em asfalto definitivo,13% em saibro, e

    os demais 1% em paraleleppedo, concreto rolado, calades em petit pav e blocos de

    concreto.

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    31

    FIGURA 13 - MAPA DE PAVIMENTAO

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    32

    FIGURA 14 DISTRIBUIO DA PAVIMENTAO DE VIAS

    b) Rodovias

    Em tratando das rodovias, verifica-se na regio metropolitana de Curitiba uma extensa

    infra-estrutura voltada a atender basicamente o transporte rodovirio. As rodovias

    existentes abrangem e integram os municpios, facilitando os deslocamentos entre

    cidades e regies, seja por meio de transporte individual ou coletivo.

    So vias de pista nica em sentido duplo de trfego, ou de pistas duplas. Nos trechos

    urbanos, algumas so vias expressas, outras apresentam um forte apelo urbano, com os

    conflitos entre o trnsito e a ocupao ao longo da rodovia. Dentro do permetro urbano

    de Curitiba, as rodovias federais e estaduais somam a extenso de 85,5 km, e as larguras

    das faixas de domnio variam entre 30, 40, 50, 60, 70, 90 e 100 metros.

    O trecho urbano da BR - 476 que corta Curitiba est em transformao, sendo reformada

    para se tornar uma grande avenida, um corredor de transporte denominado Linha Verde.

    As rodovias federais BR - 277, sentido litoral e sentido interior do Paran, esto

    concedidas s empresas Ecovia e Rodonorte, respectivamente. As demais rodovias

    federais continuam sendo mantidas pelo DNIT. H tambm o conjunto de rodovias que

    formam o Anel de Contorno de Curitiba, que ainda no fecha um circuito completo.

    SAIBRO

    13%

    OUTROS

    1% ASFALTO

    37%

    ANTI-P

    49%

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    33

    Quanto s rodovias de jurisdio estadual, so mantidas pelo DER / PR Departamento

    de Estradas de Rodagem do Estado do Paran. Para o NUC Ncleo Urbano Central,

    tm papel importante nas articulaes virias e nas ligaes metropolitanas:

    c) Ciclovias

    Em Curitiba, as ciclovias podem ser exclusivas ou compartilhadas, apresentam larguras

    variveis, e os sentidos de trfego no so sinalizados. Foram construdas de dois

    modos, usando diferentes tipos de materiais de revestimento, como: concreto asfltico ou

    TSB - Tratamento Superficial Betuminoso (ou anti-p). Alguns trechos apresentam

    problemas quanto a manuteno de seu pavimento, comprometendo por vezes a

    segurana dos ciclistas. Esto pouco sinalizadas, em termos de sinalizao horizontal -

    faixas pintadas, e sinalizao vertical - placas, bem como possui trechos com iluminao

    inadequada.

    Se quisermos simplesmente sinalizar parte de ruas existentes como ciclofaixas, nos

    padres determinados pelo CTB quanto s larguras e sinalizao apropriadas, os custos

    sero bem menores, e o efeito funcional to positivo quanto o de uma ciclovia tradicional.

    Curitiba, porm, ainda no implantou esta modalidade de faixa exclusiva.

    4.2.3.3 Hierarquizao Viria

    A hierarquizao de vias determina os diferentes graus de importncia das vias pblicas,

    uma em relao outra, numa escala descendente de distribuio do trnsito em reas

    urbanas, do troncal ao capilar. A classificao viria resultado da hierarquizao.

    a) Sistema Virio Bsico

    Em Curitiba, no contexto macro, esto as rodovias e as ruas que compem o Sistema

    Virio Bsico, sendo que as rodovias, sejam estaduais ou federais, sempre encontram-se

    numa hierarquia superior em relao s vias urbanas.

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    34

    A reviso da Lei de Zoneamento e a conseqente reavaliao do Sistema Virio.

    Especificamente, do Decreto n 188/2000 culminou a atual classificao dos chamados

    Setores Virios Especiais, de modo a caracteriz-los como eixos de circulao. As vias

    integrantes dos Setores Especiais do Sistema Virio Bsico, classificam-se segundo uma

    malha de hierarquias compatveis, em: Vias Normais; Vias Coletoras 1; Vias Coletoras 2;

    Vias Coletoras 3; Vias Setoriais; Vias de Ligao Prioritrias 1 e 2; Vias Externas do Setor

    Estrutural; Vias Centrais do Setor Estrutural; Outras Vias ( Transversais ) do Setor

    Estrutural; e, Sistema Virio do Linho do Emprego.

    Conforme tem ocorrido, de tempos em tempos o IPPUC realiza estudos e avaliaes

    peridicas dessa classificao, juntamente com as revises da Lei de Zoneamento.

    Quando h necessidade de alterar a classificao de uma ou mais ruas, isto feito, a

    qualquer tempo, por meio de decretos do Prefeito, aps anlise tcnica da rua em si,

    considerando seu contexto e hierarquia no compartimento urbano.

    b) Vias Preferenciais

    No contexto meso, a hierarquia de uma via pblica, ou no contexto micro, a hierarquia

    entre ruas que se cruzam, regulamentada por meio de Portaria emitida pela Autoridade

    Municipal de Trnsito, no caso a URBS Urbanizao de Curitiba S/A. Os critrios

    adotados para definio da preferencialidade de uma via pblica, so seu histrico e uma

    avaliao tcnica, isolados ou combinados entre si; antiguidade; via de acesso de bairro

    ou compartimento urbano; via principal de coleta e distribuio de trfego de um

    compartimento urbano; trajeto de linha(s) de transporte coletivo; e pavimentao de tipo

    superior.

    No h preferncia de passagem entre as vias de aproximao de cruzamentos operados

    por semforo, por ser funo do equipamento alternar essa preferncia. Em caso de pane

    no semforo, ou este operando no modo amarelo-intermitente, prevalece regra do

    Cdigo de Trnsito Brasileiro do direito de passagem para o veculo que vier da direita,

    independentemente das caractersticas fsicas (dimenses) que as ruas apresentem.

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    35

    c) Sistema Virio Metropolitano

    So vias de jurisdio municipal, estadual e federal, que estabelecem relao direta com

    o grupo de vias metropolitanas, permitindo os deslocamentos de maior percurso no

    espao metropolitano, e a prtica da mobilidade segundo uma escala hierrquica de

    importncia, considerando a acessibilidade geral, volumes de trfego e velocidades

    praticadas.

    Dentro das divisas de Curitiba, muitas das vias integrantes do Sistema Virio Bsico que

    compem o mapa anexo Lei n 9.800/2000 Zoneamento e Uso do Solo, so

    coincidentes com aquelas vias do Sistema Virio Metropolitano que compem o mapa do

    PDI 2006, ratificando o escalonamento hierrquico dado estrutura viria do NUC

    Ncleo Urbano Central.

    4.2.4 Utilizao do Sistema Virio Bsico

    importante que se proceda a anlise das situaes atuais dos principais eixos de

    crescimento e/ou de adensamentos estabelecidos para a cidade, a fim de propor aes

    para a efetivao das premissas do Plano Diretor e do Estatuto da Cidade.

    4.2.4.1 Setores Especiais Estruturais

    Setores regulamentados pelo Decreto 190/2000, caracterizados por serem

    prolongamentos lineares do centro da cidade, estendendo-se do nordeste ao sudoeste

    (denominados Norte e Sul) e de Leste Oeste. O coeficiente de aproveitamento 4, com

    incentivos para a construo de edifcios de usos mistos, similares ao da rea central.

    O Sistema Virio Estrutural um trinrio composto por: uma via central que contm a

    canaleta para o transporte de massa e as pistas lentas para atendimento s atividades

    lindeiras; duas vias externas, paralelas via central com sentido nico de circulao,

    destinadas ao fluxo contnuo de veculos. Na via central do setor obrigatria a execuo

    do Plano Massa, que compreende a construo de um embasamento comercial na loja e

    sobreloja, com galeria na rea correspondente ao recuo e em toda a testada do lote. A

    galeria do Plano Massa objetiva a ampliao da rea de calada, e a sua cobertura

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    36

    proporciona conforto e serve como atrativo para a freqncia s atividades de comrcio e

    servios instalados ao longo das vias centrais.

    Nas vias externas para separao dos trfegos de passagem (com trs a quatro faixas de

    rolamento) e o de acesso s edificaes, foi instituda a obrigatoriedade de implantao

    de uma via local. Via esta que ocupa a rea de 10m do recuo obrigatrio, configurada de

    forma a proporcionar principalmente para os pedestres, maior segurana nos seus

    deslocamentos.

    a) Setor Estrutural Norte

    Trecho 1 - da rea Central at a Rua Flvio Dallegrave

    Predominncia de prdios habitacionais e de usos mistos.

    Grandes equipamentos: Edifcio Delta, Igreja do Cabral, dois supermercados, o Hospital

    So Lucas e o Terminal do Cabral, este ltimo constitui-se plo gerador de trfego e

    ponto crtico para o trfego.

    Trecho 2 - da Rua Flvio Dallegrave at a Av. Mal. Mascarenhas de Moraes

    At o Terminal Boa Vista existem poucos edifcios e a ocupao predominante de

    residncias unifamiliares. No restante da rea a ocupao mais rarefeita em termos de

    edifcios. Este compartimento sofre interferncia direta do Cone da Aeronutica, que limita

    a altura das edificaes em alguns pontos em at no mximo um pavimento.

    Grandes equipamentos: os terminais Boa Vista e Santa Cndida, trs hipermercados, loja

    de departamentos e a Rua da Cidadania. Como equipamento que trs maiores problemas

    de trfego cita-se o Terminal da Santa Cndida, por ser de ponta para as integraes

    metropolitanas.

    Observa-se comprometimento das capacidades das vias externas pelo excessivo volume

    de nibus metropolitanos com parada no Terminal Guadalupe na rea central.

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    37

    Considerados como pontos de conflitos os locais de transposies das canaletas foi

    realizado levantamento e anlise destes pontos, para todos os Eixos e para o Norte tem-

    se: extenso: 6,2 Km; aberturas na canaleta: 25; transposies da canaleta: 23; distncia

    mdia entre transposies: 270 m; distncia mxima entre transposies: 800 m;

    aberturas nas canaletas bem distribudas.

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    FIGURA 15

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    FIGURA 16

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    b) Setor Estrutural Sul

    Trecho 1 - Rua Joo Negro at a Rua Ubaldino do Amaral

    Trecho que no possui o trinrio implantado a Av. Pres. Affonso Camargo passa a ser

    denominada Via Central, a Av. Visconde de Guarapuava se prolonga como Via Externa

    at a Rua Ubaldino do Amaral e os restantes das vias so classificadas como Outras

    Vias.

    O trecho entre as ruas Joo Negro e Mariano Torres, apresenta um grande volume de

    trfego nas vias transversais: Ruas Joo Negro, Conselheiro Laurindo, Tibagi e Mariano

    Torres, em funo das suas configuraes radiais de extensas ligaes com os bairros e

    por prolongamentos com a Regio Metropolitana. Como conseqncia a fluidez do

    trnsito comprometida pela saturao das vias nos horrios de pico.

    Via Central

    Neste trecho entre a Rua Joo Negro at a Rua Mariano Torres existem muitas

    edificaes antigas, sendo algumas UIP, e poucas edificaes utilizando os parmetros

    estabelecidos para o Setor.

    A partir da Rua Mariano Torres a Av. Pres. Affonso Camargo passa a ser denominada Via

    Central e face a via frrea correr paralela e em nvel inferior, o projeto Plano Massa atinge

    somente os imveis do lado oposto. A ocupao de edificaes antigas com esparsos

    edifcios com parmetros do Setor, mais concentrados no incio deste trecho.

    A rea da Rede, seu Ptio e a Rodoferroviria constituem-se barreiras mobilidade. O

    volume de trfego: das operaes de transporte rodovirio de passageiros, o de

    passagem seja por acesso cidade ou da demanda de ligao Sul/Centro contribuem

    para que o cruzamento das Avenidas Sete de Setembro e Pres. Affonso Camargo e Rua

    Mariano Torres, apesar de diversas intervenes de engenharia, se mantenha como um

    dos maiores pontos crticos da cidade.

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    Vias Externas e Outras Vias

    A Av. Visconde de Guarapuava se prolonga como via externa at a Rua Ubaldino do

    Amaral. Algumas vias esto classificadas como vias externas no esto implantadas

    como tal e nem desempenhando suas funes. O restante do setor, inclusive a Av. Sete

    de Setembro, a partir da Praa Baden Powel, so classificadas como Outras Vias.

    Grandes equipamentos: tem-se a Secretaria Municipal de Sade, o Mercado Municipal,

    barraces de depsitos, comrcio atacadista e varejista, estes ltimos acarretam

    circulao e estacionamento de veculos pesados nas ruas no entorno dessas atividades.

    Trecho 2 - Rua Joo Negro at a Ruas Antnio Baby e Castro Alves

    A ocupao de acordo com o previsto na legislao.

    Via Central

    A ocupao caracterstica de edifcios residenciais, trecho onde se observa a maior

    continuidade de galerias do Plano Massa. Esta continuidade interrompida por algumas

    edificaes como duas igrejas, postos de abastecimentos e servios (antigos),

    Supermercado Mercadorama, residncias antigas e Unidades de Interesse de

    Preservao UIPs. A rea da RFFSA configura barreira para a continuidade das

    galerias.

    As transposies da canaleta so feitas pelas denominadas Outras Vias, sendo que

    algumas delas so classificadas como Prioritrias para o trfego como as Ruas:

    Brigadeiro Franco, Dez. Motta, Alf. ngelo Sampaio e Bento Viana. Considerando o

    tangenciamento rea Central e a demanda por ligaes Norte/Sul, as aberturas na

    canaleta ocorrem praticamente a cada quadra. Esses fatos aliados ao alto ndice de

    motorizao fazem com que todas as vias que efetuam essas ligaes esto com suas

    capacidades comprometidas, apresentando congestionamentos nos horrios de pico.

    Grandes equipamentos como os shoppings Curitiba e Estao Plaza, a Universidade

    Tecnolgica Federal do Paran UTFPR, Colgio Santa Terezinha, curso preparatrio

    para vestibular Positivo constituem-se plos geradores de trfego.

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    Vias Externas

    O trecho em anlise por sua situao entre o Centro e a ZR - 4 Rebouas, apresenta

    saturao em seu volume de trfego, nas suas Vias Externas, a Av. Visconde de

    Guarapuava e Silva Jardim.

    Diferente dos demais trechos dos SE, para estas vias no esto previstas as vias locais,

    em funo das dimenses das caixas implantadas.

    Av. Visconde de Guarapuava

    Principal corredor de escoamento sentido leste/oeste, com duas pistas de rolamentos,

    divididas por um canteiro central, e trs faixas de circulao em cada pista. Avenida

    cortada por importantes corredores virios, de ligao entre as reas Central e Sul da

    cidade. Por estas caractersticas esto instalados diversos semforos para controle do

    trfego. Para melhorar a fluidez do grande volume de trfego que utiliza esta Avenida,

    recentemente houve a total proibio de estacionamento, durante o dia, da Av. Mariano

    Torres at a Rua Alferes ngelo Sampaio.

    Observam-se ocupaes distintas ao longo desta Avenida: entre as ruas Joo Negro e

    Lamenha Lins predominam comrcios de pequeno e mdio porte nas edificaes

    existentes, grandes equipamentos, a maioria plos geradores de trfego. Entre as ruas

    Lamenha Lins e Antnio Baby / Castro Alves a ocupao predominante de prdios

    residenciais com uma alta densidade de massa construda. No final deste trecho observa-

    se a tendncia de instalao de usos relacionados a clinicas mdicas e de esttica. O

    trfego neste ltimo trecho tem sua fluidez melhorada a partir da Rua Alferes ngelo

    Sampaio, onde tem o trmino da proibio de estacionamento nas duas pistas.

    Av. Silva Jardim

    Entre as ruas Joo Negro e Castro Alves, a ocupao de edifcios residenciais e

    residncias antigas, algumas adaptadas para os usos de prestao de servios. Na regio

    prxima UTFPR concentra-se um nmero maior de atividades comerciais, porm de

    pequeno porte.

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    43

    Dados gerais do trecho: extenso: 3,5 Km; aberturas na canaleta: 20; transposies da

    canaleta: 18; distncia mdia entre transposies: 195m; distncia mxima entre

    transposies: 600m (1caso prxima Rodoferroviria); aberturas nas canaletas na

    maioria dos cruzamentos.

    Trecho 3 Praa do Japo at a Av. Kennedy

    Trecho com alta densidade de massa construda. Nas Vias Externas, com quatro faixas

    por sentido de trfego e constata-se o comprometimento de suas capacidades.

    Via central

    Na Via Central, Av. Repblica Argentina, em seu incio at a Rua Gois a ocupao

    caracterstica de edifcios residenciais, com as galerias do Plano Massa na sua maioria

    implantadas. Por tratar-se de uma rea mais antiga, existem ainda comrcios de pequeno

    e mdio porte. No restante do trecho at a Av. Kennedy, so rarefeitas as edificaes

    com altura e coeficiente previsto na legislao, em especial nas proximidades da Igreja do

    Porto.

    Vias Externas

    No sentido Centro / Bairro, a ocupao, no trecho at a Av. gua Verde, de edifcios

    residenciais. No restante deste trecho reduzida a ocupao com edifcios nos

    parmetros preconizados, h a predominncia de edificaes de pequeno e mdio porte,

    com uso residencial, comercial e de servios. As excees ocorrem no cruzamento com a

    Av. gua Verde com o Hipermercado Angeloni e entre as vias de acesso e sada da Av.

    Kennedy com o Shopping Total.

    No sentido Bairro / Centro, a caracterstica predominante de edifcios de habitao

    coletiva sem implantao de via local.

    Cabe destacar que como medida mitigadora para a construo do Shopping Palladium,

    est em processo de construo uma trincheira no cruzamento com a Av. Pres. Kennedy,

    interveno que contribuir para a melhoria do trfego nesta rea.

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    Outras Vias

    No trecho a oeste da Via Central observa-se maior adensamento com edifcios de

    habitao coletiva do incio deste trecho at a Av. gua Verde.

    No trecho a leste a ocupao por edifcios de habitao coletiva ocorre de forma contnua.

    Grandes equipamentos: o Clube Curitibano, a igreja do Porto, o Shopping gua Verde,

    hipermercado Angeloni, o Clube Literrio do Porto, o hipermercado Mercadorama, o

    Terminal do Porto, o Museu Metropolitano e o Shopping Total.

    As transposies da canaleta neste trecho do Setor so em nmero de oito, tornam-se

    mais distantes a partir da Av. gua Verde.

    Trecho 4 Av. Kennedy at a Linha Verde (antiga BR 116)

    Via Central

    Av. Repblica Argentina / Av. Winston Churchill - A ocupao predominantemente

    comercial, a maioria em edificaes antigas, algumas adaptadas ao Plano Massa

    (somente o embasamento), sem a utilizao do potencial construtivo do Setor.

    Com dois Terminais de Transporte no trecho, do Capo Raso e Pinheirinho, est

    ocorrendo ocupao de edifcios residenciais prximos ao Terminal Capo Raso e entre

    este e o do Pinheirinho ainda se encontra lotes vagos.

    Observam-se usos em desacordo com o zoneamento como uma garagem de nibus

    prxima ao Terminal Capo Raso.

    Neste trecho do SE-Sul a Via Lenta, no sentido Bairro/Centro apresenta descontinuidade

    junto ao Terminal do Capo Raso e continuando aps o mesmo. Aps o Terminal do

    Pinheirinho, o sistema trinrio segue sem canaleta.

    A transposio da antiga BR - 116 se d por trincheira.

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    45

    Tem-se 18 pontos de transposio da canaleta e pontos de retorno entre transposies.

    Estes esto localizados em intervalos que variam de 500 a 750m, acarretam transtornos e

    comprometem a segurana da circulao na via central.

    Trecho tambm caracterizado pelas reduzidas dimenses das caladas, que sem a

    implantao das galerias do Plano Massa, comprometem a acessibilidade, a qualidade

    ambiental e a paisagem.

    Vias Externas

    No sentido Centro / Bairro a ocupao caracterstica de residncias, com grande

    incidncia de postos de abastecimento e servios. Com grande volume de trfego, visto

    que a partir deste corredor partem os acessos Zona Industrial e ao Contorno Sul pelos

    Setores Especiais Conectores 1, 2 e 3. O fluxo de nibus urbanos e rodovirios confere

    um alto grau de saturao de trfego neste corredor virio, com conseqente

    comprometimento da qualidade ambiental e de segurana.

    No sentido Bairro / Centro a ocupao caracteriza-se com atividades antigas de grande

    porte prximo ao Setor Especial da Br116, residncias unifamiliares, e alguns edifcios

    residenciais distribudos ao longo da via. Com menor presso do que a via em direo ao

    bairro, tem-se uma qualidade melhor de circulao.

    Entre os grandes equipamentos podemos citar: Terminais de Transporte do Capo Raso

    e do Pinheirinho, a Rua da Cidadania junto a este ltimo, o Shopping Popular, Hospital

    do Trabalhador, Shopping Total, Escolas Municipais e Estadual, etc.

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    FIGURA 17

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    FIGURA 18

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    c) Setor Estrutural Leste

    Trecho Rua Ubaldino do Amaral / Rua Urbano Lopes

    Trecho que no possui o trinrio. Desenvolvendo - se somente ao norte da Av. Pres.

    Affonso Camargo, como Via Central, por ter a linha frrea com traado paralelo ao sul e

    com o restante das vias classificadas como Outras Vias.

    Via Central

    Constituda por canaleta para circulao do transporte coletivo na parte sul da via e por

    uma via lenta ao norte.

    Com a linha frrea acompanhando o traado desta avenida at o Municpio de Pinhais,

    tem-se prejuzo mobilidade e acessibilidade. Este trecho conta com duas

    transposies da barreira representada pela linha frrea, pela continuidade da Rua

    Schiller e no Binrio Agamenon Magalhes / Joo Dranka.

    Com a implantao da Av. Dr. Dario Lopes dos Santos, via paralela ao sul da linha frrea

    e que d continuidade Av. Pres. Getlio Vargas, foi possvel se instalar sentido nico de

    circulao na via lenta, fato que contribuiu para a melhoria da segurana do trnsito na

    via.

    O projeto Plano Massa atinge somente os imveis do lado norte da via e os parmetros

    de ZR-4 no foram ainda utilizados na divisa sul do Setor Estrutural, pela ocupao

    remanescente de grandes equipamentos como Moinho, Garagens, etc e pela inexistncia

    de mais transposies da dupla barreira: canaleta e linha frrea. Tendo como agravante,

    no trecho, a diferena de nvel entre a Av. Pres. Affonso Camargo e linha frrea e a Av.

    Dr. Dario Lopes dos Santos.

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    49

    Outras Vias

    Inseridas em dois compartimentos ao norte da via central, sendo o primeiro composto de

    trs quadras com uma delas dividida pela linha frrea. Com uso predominante de

    habitacional e por uma de suas vias, Rua Schiller, possvel as transposies da

    canaleta e da linha frrea.

    A segunda poro apesar de ter tambm predominncia do uso habitacional, tem no seu

    interior e no seu entorno plos geradores de trfego como o Pronto Socorro do Cajuru,

    situado na Av. So Jos, avenida que alm do trfego de passagem por ser o caminho

    que permite a transposio da canaleta, tambm absorve o trfego demandado pelo

    Colgio Bom Jesus instalado em via transversal.

    FIGURA 19

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    FIGURA 20

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    d) Setor Estrutural Oeste

    Trecho 1 entre a Av. Cndido Hartmann e Rua Prof. Fernando Moreira

    Trecho que apesar de ter a configurao do trinrio, a poro ao norte da via central

    uma zona residencial, antiga ZR-1, com parmetros que no permitem a verticalizao

    dos Setores Estruturais e as atividades comerciais so de pequeno porte.

    A Rua Padre Agostinho neste trecho, ligao centro/bairro, est classificada como Via

    Prioritria 2 com grande volume de trfego fazendo parte do eixo de ligao entre os

    Setores Estruturais Norte e Oeste com o Setor Especial Nova Curitiba, ligao com a

    Cidade Industrial - CIC.

    Via Central

    Com uma configurao diferenciada das demais vias centrais, tem um rio dividindo a rua

    com a pista para o transporte coletivo tambm sendo utilizada para acesso s edificaes

    e a outra pista fazendo a ligao bairro / centro.

    Vias Externas

    Rua Martim Afonso com elevado volume de trfego, ocupao de alta densidade, parte

    integrante de corredor de trfego que liga o Setor Especial Nova Curitiba com o Setor

    Estrutural Norte.

    Apresenta semelhana das demais vias externas, as vias locais no esto totalmente

    implantadas. No trecho no se tem atividade geradora de impacto no trfego.

    Outras Vias

    Com a classificao somente para as vias ao sul da via central, a utilizao plena da infra

    - estrutura instalada s possvel nesta poro. Um grande volume de trfego acontece

    nos seus extremos pelas ruas Alferes ngelo Sampaio e Des. Motta, vias prioritrias que

    transpem a canaleta.

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    Trecho 2 entre as Ruas Prof. Fernando Moreira e Gal Mrio Tourinho

    Trecho com o trinrio instalado, este com continuidade no Setor Especial da Nova

    Curitiba. De ocupao mais recente, predominantemente de habitao coletiva dentro dos

    padres previstos para os Setores Estruturais. A topografia ondulada dificultando em

    alguns trechos a implantao do Plano Massa.

    Via Central

    A Rua Padre Anchieta possui a configurao padro, canaleta e duas vias lentas, estas

    de propores mais generosas permitindo a circulao em duas faixas e junto a

    transposies em trs faixas.

    Com quatro locais para transposies, sendo uma em desnvel, uma em meio de quadra

    e duas em cruzamentos semaforizados.

    O Terminal Campina do Siqueira, localizado em um dos seus extremos, um plo

    gerador de trfego por suas diversas integraes urbanas e metropolitanas. Prximo ao

    Terminal a Faculdade Evanglica e o Hipermercado Po de acar so os principais

    empreendimentos que impactam no sistema virio.

    Vias Externas

    Com a alta densidade de ocupao, com a conexo com o Setor Especial da Nova

    Curitiba, as vias externas tambm se conectam com a rodovia BR - 277 (Regio

    Metropolitana e norte do Estado), razes de apresentarem altos volumes de trfego nos

    horrios de pico. As atividades instaladas no trecho no apresentam impactos na

    circulao viria.

    Outras vias

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    O que se identifica que apesar da alta ocupao instalada, as vias que no transpem a

    canaleta na sua maioria no possuem pavimentao adequada. As condies dos

    pavimentos e a topografia em aclive, por estar a Via Central em nvel mais elevado que as

    Externas, comprometem a mobilidade em especial dos pedestres.

    FIGURA 21

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    FIGURA 22

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    Concluso Setores Estruturais

    Com a destinao de expanso linear da rea Central com transporte de massa e

    diversidade de uso, os Setores Estruturais respeitando suas caractersticas locacionais,

    possuem em graus variados necessidades semelhantes, tais como: prioridade para

    circulao do transporte coletivo, continuidade das vias locais, retirada dos usos

    incompatveis, utilizao do potencial pleno para otimizao da infra-estrutura instalada e

    estruturao da totalidade das Outras Vias.

    4.2.4.2 Setor Especial da BR - 116 / SE BR - 116 e Zona de Transio da BR - 116 /

    ZT da BR - 116

    Por meio da Lei 9.800/2000 de Zoneamento, Uso e Ocupao do Solo, a Zona de Servio

    localizada s margens da antiga BR -116, atual BR - 476, sofreu alterao de

    zoneamento, passando a rea a ser composta pelo Setor Especial da BR 116 (SE - BR

    116) e pela Zona de Transio da BR 116 (ZT BR 116).

    O SE BR - 116 caracteriza-se pelos terrenos com testada para a rodovia at a

    profundidade de 100,00 m, enquanto que a ZT BR - 116, caracteriza-se pela rea

    anteriormente classificada como Zona de Servio excluda a rea do SE BR 116. A via

    principal deste setor a antiga BR 116, atual BR - 476, que atravessa a cidade no

    sentido Norte Sul.

    Com a concluso das obras de implantao do Contorno Leste, que passou a absorver

    grande parte do trfego de passagem que atravessava a cidade pela rodovia BR 116

    surgiu a possibilidade de implantao de um projeto de urbanizao e revitalizao do

    trecho urbano da referida rodovia. Essa oportunidade, aliada a alterao da Lei de

    Zoneamento, Uso e Ocupao do Solo ocorrida em 2000, propicia a transformao, desse

    trecho da Rodovia em um grande vetor de desenvolvimento urbano, redefinindo o papel

    at hoje desempenhado pela mesma.

    A ocupao ao longo da BR - 476 caracterizada por atividades comerciais de mdio e

    grande porte, atividades relacionadas ao transporte de cargas, comrcio atacadista e

    distribuidores, depsitos e indstrias, atividades estas caractersticas de Zona de Servio.

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    O uso habitacional ser tolerado na rea anteriormente caracterizada como Zona de

    Servio, verifica-se a existncia de grande nmero de residncias nos lotes localizados na

    atual ZT BR - 116.

    A rodovia funciona como uma barreira dividindo a cidade em duas partes, sendo que a

    integrao desses dois lados feita hoje, atravs de doze transposies distribudas ao

    longo do trecho, sendo oito em desnvel e as outras quatro em nvel.

    O projeto de reestruturao da BR - 476 no trecho Atuba / Pinheirinho, prev a

    implantao de uma canaleta central para a circulao do transporte coletivo, duas pistas

    laterais canaleta, cada uma com trs faixas de circulao por sentido e mais duas pistas

    marginas, uma por sentido, localizada junto aos imveis lindeiros via.

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    FIGURA 23 SETOR ESPECIAL DA BR - 116, ATUAL BR - 476

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    4.2.4.3 Setor Especial da Avenida Marechal Floriano Peixoto - SE MF

    Via principal - Av. Mal. Floriano Peixoto, configura-se como sistema complementar aos

    Setores Especiais Estruturais por priorizar a circulao do transporte coletivo em canaleta

    exclusiva e possuir Terminais de Integraes ao longo do seu traado. Promove a ligao

    centro ao sudeste da cidade, atravessando diversos bairros, transpem a antiga Br116 e

    possibilitando por sua continuidade acesso ao municpio de So Jos dos Pinhais e deste

    rodovia BR - 376 Santa Catarina.

    As linhas que utilizam a canaleta so: P. Rui Barbosa / Terminal Boqueiro e Circular

    Sul, e operam com nibus bi-articulados, sendo que a primeira est no limite de sua

    capacidade. Para esta questo a PMC pretende realizar intervenes para aumento da

    capacidade de atendimento, considerando o acrscimo da futura da linha de nibus que

    ligar o Pinheirinho Estao Central, via Linha Verde.

    A configurao da avenida de uma canaleta central exclusiva para os nibus; e, duas

    vias laterais, separadas por canteiros, para o trfego de veculos de passageiros e de

    acesso s atividades estabelecidas neste eixo.

    Em funo da necessidade de se priorizar a circulao do transporte coletivo, a canaleta

    se comporta como um divisor (barreira) de bairros, com seccionamentos apenas pelos

    principais corredores de trfego. Estas transposies acontecem em maior nmero no

    trecho entre a Rua Engenheiros Rebouas, via prioritria, e a antiga rodovia, em razo da

    proximidade da rea Central e do volume de trfego gerado por ela.

    O restante do setor compreende as reas delimitadas por vias paralelas ou pelo que

    seriam suas continuidades. Ao contrrio dos SEs estas vias paralelas no formam um

    trinrio de trfego, em funo das barreiras (lotes particulares, diretrizes no implantadas,

    grandes lotes, construes e traados que se distanciam da via principal) que no

    permitem, por hora, suas continuidades.

    Por sua importncia para o transporte coletivo e pela ligao que efetua, este setor tem

    um significativo nmero de vias com pavimentao definitiva e o restante em anti-p. No

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    entanto, ainda se tem trechos das vias externas, que so alternativas principal com

    circulao em mo nica, pavimentadas em anti-p.

    O uso e ocupao diferenciam-se conforme o trecho que atravessa. Tem-se a via

    principal com uso predominantemente comercial ou servios com portes e voltados para

    clientes de diferentes poder aquisitivo. Observa-se a tendncia de esvaziamento e

    utilizao das construes (barraces) existentes no trecho aps o viaduto, resultado da

    modificao da ocupao da antiga zona de servio por uso residencial e do

    desenvolvimento da cidade.

    O registro dos acidentes com vtimas, atendidos pelo SIATE em 2005, apresenta uma

    distribuio uniforme por toda a Av. Mal. Floriano Peixoto e nas vias que fazem

    transposio da canaleta.

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    FIGURA 24

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    FIGURA 25

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    4.2.4.4 Setor Especial da Av. Comendador Franco SE CF

    Setor em que a via principal um dos principais corredores de ligao metropolitana e

    interestadual, acesso BR - 376 Santa Catarina, e ao Aeroporto Internacional Afonso

    Penna e divisor de bairros residenciais de mdia densidade, ZR - 2. Via com duas pistas

    de trs faixas por sentido, separadas por canteiros centrais que abrigam torres de alta

    tenso. Monitorada por radares com velocidade mxima permitida de 70 km/h.

    O Setor concentra atividades de atendimento ao comrcio/servios mais direcionados ao

    setor gastronmico e de demandas ocasionais (tpicas em vias de trfego de passagem)

    tais como mobilirio de jardim, aluguis ou compra de veculos. Ficando o atendimento

    varejista para os interiores dos bairros.

    Predominncia de pavimentao em anti-p nas reas residenciais do Setor e a

    pavimentao definitiva na via principal e nos corredores virios de transposies e em

    poucas vias externas principal.

    rea externa ao eixo principal ainda possui ocupao predominantemente residencial,

    estas preservadas do trfego de passagem por uma rea de transio (rea do Setor) e

    os acessos s reas residenciais so feitos por vias que no transpem o canteiro central.

    As transposies do canteiro central da Av. Com. Franco acontecem apenas nas

    intersees com vias de ligaes entre bairros. As mudanas de pistas se do por

    aberturas nos canteiros em meios de quadra, na sua maioria no semaforizadas.

    Semelhante aos Setores Especiais Estruturais, est prevista por legislao a implantao

    de via local para acesso s atividades na Av. Com. Franco. Observa-se que por conta da

    pouca renovao da ocupao, ainda no se tem uma extenso significativa de vias

    locais implantadas, o que contribui para os conflitos entre o trfego de passagem e as

    operaes de entrada/sada dos estabelecimentos que no possuem vias locais.

    Setor cortado por importantes corredores de trfego: Eixo metropolitano, Ligao Capo

    da Imbuia Hauer (itinerrio da linha de grande demanda, Interbairros II), Avenida do

    Trabalhador e Linho do Emprego. O eixo de Ligao Capo da Imbuia / Hauer e a Rua

    Alcides Vieira Arcoverde, do acesso ao Campus da Universidade Federal do Paran

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    UFPR, com conseqente volume de trfego concentrado em determinados horrios e que

    se soma ao de passagem.

    Quanto aos acidentes com vtimas atendidos pelo SIATE em 2005, verifica-se a

    concentrao destes nos locais de transposies (que so semaforizados) e dispersos

    por trechos em que as distancias dos dispositivos para travessias, so significativas.

    Observa-se tambm que os dispositivos de controle de velocidade instalados so

    responsveis pela conteno do nmero de acidentes, se levarmos em conta o alto

    volume de trfego que esta via suporta e o traado retilneo que facilita o desenvolvimento

    de velocidades excessivas.

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    FIGURA 26

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    FIGURA 27

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    4.2.4.5 Setor Especial da Av. Presidente Wenceslau Braz SE WB

    Setor composto por dois eixos virios: Av. Pres. Wenceslau Braz e o denominado

    Ferrovila. Eixos de grandes amplitudes, de ligao entre os Setores Especiais Sul e de

    Adensamento da Avenida Marechal Floriano Peixoto.

    O primeiro estruturado, com duas pistas separadas por canteiro central, com trs faixas

    por sentido de circulao, sendo que as juntas ao canteiro central so preferenciais para a

    linha de transporte coletivo Circular Sul. Conta tambm com reas para estacionamentos.

    Os canteiros centrais por suas dimenses, constituem-se barreiras mobilidade, so

    equipados para atividades esportivas e para o lazer. A Secretaria Municipal de Esporte e

    Lazer monitora, orienta e promove as atividades esportivas na rea denominada Eixo de

    Animao.

    A linha do Circular Sul utiliza nibus articulados com embarque e desembarque em nvel

    nas Estaes Tubo, que so dispostas dos lados esquerdo das vias, considerando o

    sentido do trfego. Esta particularidade foi determinante nas disposies das faixas de

    circulao, com as preferenciais dispostas junto ao canteiro central, o que acarreta

    algumas dificuldades para as converses esquerda dos demais veculos que tem que

    cruzar a faixa preferencial. Em que pese esta circunstncia, verifica-se a ausncia de

    registro de acidentes com vtimas no perodo de 2005 ao longo deste eixo.

    O uso e ocupao do solo ainda esto aqum da potencialidade de infra - estrutura

    instalada e do potencial desejado. Observam-se atividades de comrcio varejista de

    pequeno porte, sendo que na regio mais prxima do Eixo Metropolitano / Linha Verde,

    concentram-se atividades de maior porte de caractersticas setoriais como Centro de

    Exposies, Faculdade, pista de Kart coberta e atividade fabril.

    O segundo eixo, rea de antigo trajeto ferrovirio, composto por duas vias, Av. da

    Repblica e Rua Daisy Luci Berno, separadas por ocupaes de habitaes coletivas e

    por ocupaes irregulares. Por impedirem a continuidade das vias, considera-se barreira

    integrao entre regies.

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    A descontinuidade e a inviabilidade de estruturao adequada da malha viria, na

    Ferrovila, resultam em ocorrncias de acidentes com vtimas, incluindo atropelamentos,

    conforme levantamento de atendimentos do SIATE em 2005.

    Para a rea da Ferrovila tem-se definido o traado e a operao das vias, bem como o

    potencial de ocupao futura na medida em que avanam os procedimentos de

    regularizao e/ou relocao pela COHAB. As vias operaro em binrio de trfego.

    Ao sul da Av. Pres. Wenceslau Braz, a ocupao predominantemente residencial.

    A infra - estrutura do setor carente de pavimentao adequada, esta somente no circuito

    do Circular Sul e nos principais eixos trs eixos virios de transposies: Av. Santa

    Bernadethe e Jos Almeida Garret, ruas Santa Catarina / Camilo Castelo Branco e ruas

    Brigadeiro Franco / Maria Moscardi Fanini / Antnio Melillo / Antnio Barriquelo. As

    demais vias so em anti - p ou saibro.

    Dos eixos citados destaca-se o da Rua Brigadeiro Franco, com maior volume de trfego

    por transpor a antiga BR - 116 e por possibilitar extensa ligao entre a rea norte e a sul

    da cidade.

    Por esta razo registra-se maior ocorrncia de acidentes ao longo do seu trajeto. A

    transposio da antiga rodovia est sendo reformulada, e ser realizada por um binrio de

    trfego, em obras atualmente, e com a instalao de uma Estao de integrao com o

    novo eixo de transporte.

    O eixo da Av. Santa Bernadethe, foi recentemente estruturado com criao de mais um

    ponto de transposio da antiga rodovia, ponto no qual ser instalada Estao de

    integrao. A concentrao de registro de acidentes neste eixo e na Rua Jos Almeida

    Garret, resultante do volume de trfego que utilizam estas vias que fazem a ligao com

    a Av. Pres. Kennedy, via integrante de extensa ligao leste / oeste da cidade.

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    FIGURA 28

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    FIGURA 29

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    4.2.4.6 Setor Especial da Av. Pres. Affonso Camargo SE AF

    Localizado na seqncia do Setor Especial Estrutural Leste e compreendido pela rea

    interna entre vias de acessos aos bairros Capo da Imbuia e Cajuru, divididos pela Av.

    Pres. Affonso Camargo. As vias delimitantes deste Setor, Ruas Del. Leopoldo Belczac e

    Pandi Calogeras / Emlio Bertolini ambas Coletoras 1.

    Av. Pres. Affonso Camargo, circulam os nibus de itinerrios entre Terminais e

    metropolitanos, por canaleta exclusiva margeada por um dos lados por via de trfego

    lento e no sentido bairro/centro, e por outro pela Linha Frrea. O trfego centro/bairro

    utiliza a Av. Pref. Maurcio Fruet. Por estas caractersticas a mobilidade de circulao para

    pedestres e veculos prejudicada por haver poucos pontos de transposies.

    Uso do Solo - construes para usos diversos com altura de 4 pavimento, por aquisio

    de incentivo construtivo ou transferncia de potencial construtivo pode-se at 10

    pavimentos.

    Malha viria, conta com pavimentao definitiva apenas: na Av. Pres. Affonso Camargo,

    na Rua Del. Leopoldo Belzack e em poucas vias transversais.

    Os Plos Geradores de Trfego localizados na Av. Pres. Affonso Camargo, em especial

    as escolas apresentam problemas de acessibilidade face a Linha Frrea. J a Rua Del.

    Leopoldo Belczac possui as atividades de comrcio e servios ao longo do seu traado,

    constituindo a principal rua comercial do bairro Capo da Imbuia.

    O eixo virio delimitante ao sul no apresenta ocupao comercial ou de servios

    significativa.

    Nmero de acidentes atendidos pelo SIATE em 2005 - concentrao nos locais de

    transposies da Av, Pres. Affonso Camargo estendendo-se pelas vias que fazem as

    transposies, e distribuio uniforme pela Rua Del. Leopoldo Belczac por conta da

    disseminao das atividades. As transposies me