Círculo Do Entre

7/21/2019 Círculo Do Entre

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Apostila de estudo e prática



SUMÁRIO

1. Entre-ser

Inspiração e objetivos, 3Membros, 4Princípios, textos e ensinamentos, 4Entra neste círculo, 5

2. Prática

Tripla confança e compromisso, !s cinco treinos "a atenção plena, !s cator#e treinos "a atenção plena, $

3. Meditação

! %ue &, '3

Me"itação na trans(ormação social, '3Me"itação na sa)"e, '5Me"itação na alimentação, 'Me"itação na e"ucação, '*Me"itação em contexto (amiliar, +Me"itação nas empresas, +3Me"itação nos estabelecimentos prisionais, +4

4. Comai!ão -iver em atenção plena, +.Mãe Terra, +*/eres sencientes, +$Trans(ormação social compassiva, 3Política amorosa e compassiva, 34

"i#$io%ra&a aconse$'ada, 35



0írculo "o Entre1/er

1. E()RE-SER

I(SPIR*+,O E O"E)IOS

! 0írculo "o Entre1/er & uma associação flos2fca e &tica inspira"anos princípios e objectivos "a !r"em "o Entre1/er, (un"a"a no seio"a Escola inji "o u"ismo 0an pelo mestre Tic 6at 7an8

! 0írculo "o Entre1/er inspira1se i9ualmente noutros mestresbu"istas %ue "esenvolveram ensinamentos laicos, transversais acrentes "e to"as as reli9i:es, ateus e a9n2sticos, com vista a umasocie"a"e mais "esperta, como 0;9<am Trun9pa e o =I- >alaiama, entre outros8

! 0írculo "o Entre1/er inspira1se tamb&m, "e (orma livre, nas9ran"es f9uras "e to"as as tra"iç:es e reli9i:es planet?rias e ems?bios, pensa"ores, artistas e omens "e acção, cujas obras e vi"assão "e al9um mo"o exemplares, como & o caso "e @9ostino "a /ilva8

isa Promo/er

• @ compreensão "a nature#a pro(un"a e inter"epen"ente "areali"a"e e "a consciAncia e propor uma via "e amor ecompaixão incon"icionais por to"os os seres sencientes,inspira"a no >arma "o u"a e noutras tra"iç:es sapienciais,reli9iosas e flos2fcasB

• Cma cultura "a pa# e "a soli"arie"a"e D escala planet?ria, narelação "o ser umano consi9o, com to"os os seres vivos e coma nature#aB

• ! "i?lo9o intercultural e inter1reli9ioso e o estu"o e vivAncia"as tra"iç:es planet?rias, incluin"o a a9n2stica e a ateia, emprol "o seu conecimento, respeito m)tuo e encontro (raternoB

3



• Iniciativas culturais e pe"a929icas %ue visem suprir as lacunas"as instituiç:es "e ensino ofcial no %ue respeita ao"esenvolvimento inte9ral "o ser umanoB

•

Cma via espiritual, me"itativa e &tica laica, transversal acrentes e "escrentes8

0onsciente "e %ue a me"itação, en%uanto treino re9ular "a mentepara cultivar e manter uma atenção plena, constante, clara ebenevolente, & uma comprova"a terapia psicossom?tica, uma viapara o autoconecimento e para o "esenvolvimento "e to"as asmelores potenciali"a"es umanas e uma con"ição imprescin"ívelpara a cultura "a Pa# interior e exterior, o 0írculo "o Entre1/erpromove a sua pr?tica in"ivi"ual e colectiva

• evan"o1a a pessoas "e to"as as tra"iç:es, reli9iosos, ateus oua9n2sticosB

• evan"o1a a escolas, empresas, ospitais e pris:es, entreoutras instituiç:esB

• !(erecen"o palestras, semin?rios, ForGsops, cursos, retiros eoutras activi"a"esB

• @braçan"o to"as as (ormas "e me"itação em acção,proporcionan"o activi"a"es espirituais, culturais, sociais,cívicas e ecol29icas8

@l&m "estes objectivos, o 0E/ tem como objectivo mais específcoactuali#ar o >arma e a -ia "o u"a pelo seu estu"o, experiAncia eaplicação na vi"a contemporHnea com uma especial An(ase no i"eal"o bo"isattva, a%uele %ue visa "escobrir em si o esta"o "e u"a, ou

seja, a consciAncia plenamente "esperta, pelo bem "e to"os os seres vivos8

MEM"ROS

@ vi"a "o 0írculo "o Entre1/er procura nutrir1se "e compreensão,amor e compaixão, os %uais, irra"ian"o1se, serão (ortes contributospara a pa# e a (elici"a"e "a umani"a"e, "os seres vivos e "oplaneta8

4



! 0írculo "o Entre1/er rejeita o "o9matismo, tanto no ver como noa9ir, e busca to"as as (ormas "e expressão e acção %ue (açam reviverno mun"o o ver"a"eiro espírito "e compreensão intuitiva, amor ecompaixão8 ! 0írculo "o Entre1/er consi"era este espírito mais

importante "o %ue %ual%uer instituição ou tra"ição, bu"ista ou não1bu"ista8

0om a aspiração "o bo"isattva, os membros "o 0írculo "o Entre1/erprocuram trans(ormar1se a si mesmos a fm "e trans(ormarem asocie"a"e e o mun"o rumo ao amor, D compaixão e D visão pro(un"a, viven"o a ca"a instante uma vi"a "e ale9ria e atenção plena8

!s membros "o 0írculo "o Entre1/er estão comprometi"os com apr?tica re9ular "e me"itação, procuran"o viver "e acor"o com os

Cinco e Cator0e )reinos da *tenção P$ena8

PRI(CPIOS )E)OS E E(SI(*ME()OS

! 0írculo (un"amenta1se em %uatro princípios, presentes em to"as

as tra"iç:es bu"istas

• 6ão1ape9o Ds vis:esB

• ExperiAncia me"itativa "a ori9em inter"epen"ente "e to"os os(en2menosB

• @"e%uação e aplicação Ds circunstHnciasB

• Meios ?beis8

! 0írculo consi"era os princípios "o não-ae%o s /is5es e "ae!eri6ncia meditati/a da ori%em interdeendente de todos os7en8menos como os mais importantes 9uias para se alcançar uma ver"a"eira visão pro(un"a "a nature#a "as coisas8

0onsi"era os princípios "e ade9:ação e a$icação scirc:nst;ncias e os meios 'á#eis como 9uias para as "iversasacç:es na socie"a"e8

! não1ape9o Ds vis:es e a experiAncia me"itativa "a ori9eminter"epen"ente "e to"os os (en2menos con"u#em D abertura "eespírito, ao amor e D compaixão, tanto no "omínio "a percepção "a

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reali"a"e como no "as relaç:es umanas e "as relaç:es "o omemcom a nature#a e os "emais seres vivos8

@ a"e%uação e aplicação Ds circunstHncias e os meios ?beiscon"u#em D capaci"a"e "e ser criativo e "e reconciliar, ambas

necess?rias para o serviço "os seres vivos8

! 0írculo "o Entre1/er não consi"era nenum sutra ou conjunto "esutras como as suas escrituras (un"amentais8

0ole inspiração "a essAncia "o >arma "o u"a em to"os os sutras8usca compreen"er e reali#ar o espírito "o >arma no bu"ismoinicial, tal como no "esenvolvimento "esse espírito ao lon9o "aist2ria "a /an9a comuni"a"e bu"istaJ e na sua vi"a eensinamentos em to"as as tra"iç:es bu"istas8

Inspira1se tamb&m nos textos "e outras tra"iç:es espirituais, natra"ição a9n2stica e ateia, na ciAncia contemporHnea e nopatrim2nio "a experiAncia umana planet?ria8

0onsi"era natural e necess?rio o "esenvolvimento "o bu"ismoori9inal em novas correntes e escolas, sem trair os princípios(un"amentais, mas a"e%uan"o1os a novos contextos existenciais,ist2ricos, s2cio1culturais e ambientais, para manter vivo o espírito"e u"a8

@penas propon"o novas (ormas "e vi"a bu"ista se po"e aju"ar aperpetuar o ver"a"eiro espírito "e u"a, o espírito "o >espertar pelobem "e to"os os seres8

E()R* (ES)E CRCU<O

Para entrares no Kran"e 0írculo "e expansão "a consciAncia ecoração, en%uanto via para o conecimento e a experiAncia "a

reali"a"e vasta e pro(un"a comum a um n)mero incont?vel "e seres%ue em to"o o Planeta vo9am no Luxo ener9&tico "o >espertar,propomos %ue incluas na tua rotina "i?ria as se9uintes ativi"a"es

• Praticar re9ularmente me"itação senta"a e em an"amento,num mínimo "e 3 minutos por "iaB

• er, reLetir e me"itar "iariamente sobre a )ri$a Con&ança eComromissoB

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http://www.circuloentreser.org/pratica/tripla-confianca-e-compromisso






er, reLetir e me"itar, pelo menos semanalmente, nos Cinco eCator0e )reinos da *tenção P$enaB

• Procurar viver "e acor"o com os princípios enuncia"os nos

"ocumentos re(eri"os8

2. PRÁ)IC*

)RIP<* CO(=I*(+* E COMPROMISSO

-ersão não1sect?ria "o tra"icional Triplo e()9io no u"a, no>arma e na /an9a inspira"a na (2rmula "e Tic 6at 7anJ8

'8 0onfo plenamente na nature#a pro(un"a, ori9inal eincon"iciona"a %ue ? em mim e em to"os os seres sencientese no inerente potencial "e "esenvolvermos sabe"oria, pa#,amor e compaixão ilimita"os8 0omprometo1me, pelo bem "e

to"os os seres, a tu"o (a#er nesse senti"o8+8 0onfo plenamente nos "iversos ensinamentos, m&to"os e

pr?ticas %ue nos levam a reconecer essa nature#a pro(un"a ea percorrer a via "o "esenvolvimento "e sabe"oria, pa#, amor ecompaixão ilimita"os, bem como na mina capaci"a"e "e ase9uir at& D per(eição8 0omprometo1me, pelo bem "e to"os osseres, a tu"o (a#er nesse senti"o8

38 0onfo plenamente na comuni"a"e "e to"os os %ue alcançarama per(eição se9uin"o essa via e "os %ue ain"a a se9uem "e

mo"o autAntico, me"iante uma "iversi"a"e "e processos,(ormas e mo"os8 0omprometo1me, pelo bem "e to"os os seres,a tu"o (a#er para respeitar, apoiar e "esenvolver essacomuni"a"e, %ue não se re"u# a nenuma (orma institucional ea nenuma tra"ição ou reli9ião específcas8

OS CI(CO )REI(OS >* *)E(+,O P<E(*

!s 0inco Treinos "a @tenção Plena representam um contributo parauma &tica e espirituali"a"e 9lobais, inspira"o no >arma "o u"a

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http://www.circuloentreser.org/pratica/5-treinos-da-atencao-plena






mas %ue aponta uma via susceptível "e ser percorri"a por to"os,reli9iosos "e to"as as reli9i:es, ateus e a9n2sticos8 !s 0inco Treinossão uma expressão concreta "os ensinamentos "o u"a sobre asNuatro 6obres -er"a"es e o 6obre 0amino Octuplo, o camino "a

compreensão correcta e "o amor ver"a"eiro, %ue con"u# D cura,trans(ormação e (elici"a"e para n2s e para o mun"o8

Praticar os 0inco Treinos "a @tenção Plena & cultivar a visãopro(un"a "o entre1ser, ou a visão correcta, %ue po"e remover to"o ome"o, "iscriminação, intolerHncia, c2lera e "esespero8 /e vivermos"e acor"o com os 0inco Treinos "a @tenção Plena, j? estamos na via"e um bo"isattva8

/aben"o %ue estamos nessa via, não estamos per"i"os em con(usão

acerca "a nossa vi"a no presente ou em me"os acerca "o (uturo8

'8 everAncia pela vi"a

0onsciente "o so(rimento causa"o pela "estruição "a vi"a,empeno1me em cultivar a visão "o entre1ser e "a compaixão eem prote9er as vi"as "e omens e animais, bem como asplantas e minerais, respeitan"o os elementos e a nature#a8Estou "etermina"ao a não matar, não contribuir para %ue

outros matem e, se possível, não "eixar outros matar, bemcomo a não cometer ou apoiar %ual%uer acto "e violAncia eassassínio, seja no meu pensamento ou no meu mo"o "e vi"a8 @bster1me1ei "e consumir, ou re"u#irei pro9ressivamente oconsumo, "a carne "os seres sencientes8 -en"o %ue as acç:esnocivas proce"em "o me"o, "a c2lera, "a avi"e# e "aintolerHncia, os %uais por sua ve# vAm "a i9norHncia e "opensamento "ualista e "iscriminativo, cultivarei abertura, não1"iscriminação e não1ape9o Ds vis:es conceptuais 1 reli9iosas,

flos2fcas, i"eol29icas ou outras 1 , a fm "e superar etrans(ormar o "o9matismo, o (anatismo, o (un"amentalismo e a violAncia em mim mesmao e no mun"o8 @o praticar isto, nãome verei como superior e não "espre#arei a%ueles %ue ain"a onão praticam, consi"eran"o1os com compreensão, amor ecompaixão8

+8 -er"a"eira (elici"a"e

8



0onsciente "o so(rimento causa"o pela exploração, injustiçasocial, roubo e opressão, empeno1me em praticar a9enerosi"a"e no pensar, (alar e a9ir8 Estou "etermina"ao anão roubar e a não possuir na"a %ue "eva pertencer aos outros

e partilarei o meu tempo, ener9ia e recursos materiais com osnecessita"os8 Praticarei a contemplação pro(un"a para ver %uea (elici"a"e e o so(rimento "os outros não estão separa"os "amina pr2pria (elici"a"e e so(rimento, %ue a ver"a"eira(elici"a"e não & possível sem compreensão e compaixão e %uecorrer atr?s "e ri%ue#a, (ama, po"er e pra#eres sensuais po"etra#er muito so(rimento e "esespero, não 9arantin"o na"a "ereal e permanente e (a#en"o per"er tempo precioso para a ver"a"eira evolução8 Estou consciente "e %ue a (elici"a"e

"epen"e "a mina atitu"e mental e não "e con"iç:es externase "e %ue posso viver com ale9ria a ca"a instante recor"an"osimplesmente %ue j? teno mais "o %ue o sufciente para ser(eli#8 Estou empena"ao em praticar um correcto mo"o "e vi"a a fm "e aju"ar a re"u#ir o so(rimento "os seressencientes na Terra e a reverter o processo "e "estruição "abio"iversi"a"e e "os recursos naturais, "a poluição e "asalteraç:es clim?ticas8 @o praticar isto, não me verei comosuperior e não "espre#arei a%ueles %ue ain"a o não praticam,

consi"eran"o1os com compreensão, amor e compaixão8

38 -er"a"eiro amor

0onsciente "o so(rimento causa"o pelo comportamento sexualne9ativo, empeno1me em cultivar a responsabili"a"e e em

prote9er a se9urança e inte9ri"a"e "e in"iví"uos, casais,(amílias e socie"a"e8 /aben"o %ue o "esejo sexual não & amore %ue a activi"a"e sexual motiva"a pela carAncia e pelo "esejo1ape9o insaci?vel preju"ica sempre a mim e aos outros, estou"etermina"ao a não me envolver em relaç:es sexuais sem ver"a"eiro amor e um pro(un"o e "ura"ouro compromisso&tico8 Qarei tu"o o %ue pu"er para prote9er as crianças "oabuso sexual e para impe"ir %ue casais e (amílias sejam"es(eitos pelo comportamento sexual ne9ativo8 -en"o %ue o

corpo e a mente são um s2, empeno1me em apren"er mo"os

9



apropria"os "e cui"ar "a mina ener9ia sexual, pon"o1a aoserviço "o "espertar "a consciAncia, e em cultivar bon"a"e,compaixão, ale9ria e e%uanimi"a"e R os %uatro elementos(un"amentais "o ver"a"eiro amor R para mina maior

(elici"a"e e "os outros8 @o praticar isto, não me verei comosuperior e não "espre#arei a%ueles %ue ain"a o não praticam,consi"eran"o1os com compreensão, amor e compaixão8

48 Escuta pro(un"a e "iscurso a(ectuoso

0onsciente "o so(rimento causa"o por palavras "esatentas epela incapaci"a"e "e escutar os outros, empeno1me emcultivar uma escuta pro(un"a e um "iscurso a(ectuoso a fm "e

aliviar o so(rimento e promover a reconciliação e a pa# em mime entre outras pessoas, naç:es, 9rupos &tnicos e reli9iosos8/aben"o %ue as palavras po"em criar (elici"a"e ou so(rimento,empeno1me em (alar com ver"a"e usan"o palavras %ueinspirem confança, ale9ria e esperança8 Nuan"o a c2lera semani(estar, estou "etermina"o a não (alar8 Praticarei o respirare caminar plenamente atentos a fm "e reconecer econtemplar pro(un"amente a c2lera8 /ei %ue as suas raí#espo"em ser encontra"as nas minas percepç:es err2neas e na

(alta "e compreensão "o so(rimento em mim e nos outros8Escutarei e (alarei "e um mo"o %ue possa aju"ar a mim e aosoutros a trans(ormar o so(rimento e a ver a saí"a "e situaç:es"i(íceis8 Estou "etermina"ao a não espalar notícias %ue nãosaiba serem certas ou ben&fcas e a não pro(erir palavras %uepossam causar "ivisão ou "isc2r"ia8 Empeno1me tamb&m emnão (omentar "istracç:es, emoç:es ne9ativas e per"a "e tempocom conversas ()teis8 Praticarei a correcta "ili9Ancia paranutrir a mina capaci"a"e "e compreensão, amor, compaixão,

ale9ria e e%uanimi"a"e e trans(ormar 9ra"ualmente o me"o, ac2lera, o ape9o e a violAncia %ue resi"am no (un"o "a minaconsciAncia8 @o praticar isto, não me verei como superior e não"espre#arei a%ueles %ue ain"a o não praticam, consi"eran"o1oscom compreensão, amor e compaixão8

58 6utrição e cura

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0onsciente "o so(rimento causa"o pelo consumo "esatento,empeno1me em cultivar uma boa sa)"e, (ísica e mental, paramim, a mina (amília e socie"a"e, pratican"o um comer, bebere consumir plenamente atentos8 Praticarei o contemplar

pro(un"amente o mo"o como consumo as %uatro esp&cies "enutrientes, nomea"amente alimentos comestíveis, impress:essensoriais, voliç:es e esta"os "e consciAncia8 Estou"etermina"ao a não jo9ar a "ineiro e a não usar ou a re"u#irpro9ressivamente o uso "e substHncias %ue lesem a mente e ocorpo, como "ro9as, tabaco, ?lcool pelo menos em excessoJ ou%uais%uer outros pro"utos %ue in"u#am toxinas mentais, comocertos sítios na net, jo9os electr2nicos, pro9ramas "e televisão,flmes, revistas, livros e conversas8 Praticarei o re9ressar ao

instante presente para estar em contacto com os elementosre(rescantes, curativos e nutrientes em mim e ao meu re"or,não "eixan"o %ue pesares e triste#a me arrastem para opassa"o nem %ue ansie"a"es, me"o ou "esejo ?vi"o mearran%uem "o a%ui e a9ora8 Estou "etermina"ao a não tentarencobrir a soli"ão, a ansie"a"e ou outro so(rimento per"en"o1me no consumo8 0ontemplarei o entre1ser e consumirei "e ummo"o %ue preserve a pa#, a ale9ria e o bem1estar no meu corpoe consciAncia, bem como no corpo e consciAncia colectivos "a

mina (amília e socie"a"e, "os seres sencientes e "a Terra8 @opraticar isto, não me verei como superior e não "espre#areia%ueles %ue ain"a o não praticam, consi"eran"o1os comcompreensão, amor e compaixão8

OS C*)OR?E )REI(OS >* *)E(+,O P<E(*

!s 0ator#e Treinos "a @tenção Plena são a pr2pria essAncia "a!r"em "o Entre1/er e "o 0írculo "o Entre1/er8 Eles são a toca %ue

ilumina o nosso camino, o barco transportan"o1nos, o pro(essor9uian"o1nos8 Eles permitem1nos tocar a nature#a "a Entre1/er emtu"o o %ue &, e ver %ue a nossa (elici"a"e não est? separa"o "e a(elici"a"e "os outros8 Entre1/er não & uma teoria, & uma reali"a"e%ue po"e ser "iretamente experimenta"a por ca"a um "e n2s a%ual%uer momento8 !s 0ator#e Treinos "a @tenção Plena aju"am1nosa cultivar a concentração e o "iscernimento %ue nos libertam "ome"o e "a ilusão "e um eu separa"o8

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'8 0onscientes "o so(rimento cria"o pelo (anatismo e pelaintolerHncia, estamos "eci"i"os a não ser i"2latras em relaçãoa, ou sujeitos a, %ual%uer "outrina, teoria ou i"eolo9ia, mesmoas bu"istas8 !s ensinamentos bu"istas são meios orienta"ores

para nos aju"ar a ver pro(un"amente e a "esenvolver a nossacompreensão e compaixão8 6ão são "outrinas pelas %uaiscombater, matar ou morrer8

+8 0onscientes "o so(rimento cria"o pelo ape9o a vis:es epercepç:es (alsas, estamos "eci"i"os a evitar ter mentesestreitas e amarra"as Ds vis:es presentes8 @pren"eremos epraticaremos o não ape9o Ds vis:es a fm "e estarmos abertosDs compreens:es e experiAncias "os outros8 Estamosconscientes "e %ue o conecimento %ue presentemente

possuímos não & a ver"a"e imut?vel e absoluta8 @ ver"a"eencontra1se na vi"a e observaremos a ca"a instante a vi"a nonosso íntimo e D nossa volta, prontos para apren"er "oprincípio ao fm "as nossas existAncias8

38 0onscientes "o so(rimento causa"o %uan"o impomos as nossas vis:es aos outros, empenamo1nos em não (orçar os outros,mesmo os nossos flos, seja por %ue meios (or R tais comoautori"a"e, ameaças, "ineiro, propa9an"a ou "outrinação R, a

a"optarem as nossas vis:es8 espeitaremos o "ireito "osoutros a serem "i(erentes e a escolerem em %ue acre"itar ecomo "eci"ir8 @ju"aremos, contu"o, os outros a renunciaremao (anatismo e D estreite#a mental, pratican"o pro(un"amentee comprometen"o1nos num "i?lo9o compassivo8

48 0onscientes "e %ue contemplar pro(un"amente a nature#a "oso(rimento po"e aju"ar1nos a "esenvolver compaixão e aencontrar caminos para sair "ele, estamos "eci"i"os a nãoevitar ou a (ecar os nossos olos perante o so(rimento8

Empenamo1nos em "escobrir mo"os, incluin"o contactopessoal, ima9ens e sons, para estar com a%ueles %ue so(rem, afm "e po"ermos compreen"er pro(un"amente a sua situação eaju"?1los a trans(ormar o seu so(rimento em compaixão, pa# eale9ria8

58 0onscientes "e %ue a ver"a"eira (elici"a"e se enraí#a na pa#,na soli"e#, na liber"a"e e na compaixão, e não na ri%ue#a ouna (ama, estamos "eci"i"os a não assumir como objectivo "a

nossa vi"a a (ama, o lucro, a ri%ue#a ou o pra#er sensual, nema acumular ri%ue#a en%uanto mil:es tAm (ome e morrem8

12



Empenamo1nos em viver com simplici"a"e e partilar o nossotempo, ener9ia e recursos materiais com os necessita"os8Praticaremos um consumo plenamente atento, não usan"o?lcool, "ro9as ou %uais%uer outros pro"utos %ue tra9am

toxinas para o nosso pr2prio corpo e consciAncia ou para ocorpo e consciAncia colectivos8

8 0onscientes "e %ue a c2lera blo%ueia a comunicação e criaso(rimento, estamos "eci"i"os a cui"ar "a ener9ia "a c2lera%uan"o ela sur9e e a reconecer e trans(ormar as sementes "ec2lera %ue resi"em no (un"o "a nossa consciAncia8 Nuan"o ac2lera emer9e, empenamo1nos em não (a#er ou "i#er na"a,mas em praticar o respirar ou o caminar plenamente atentose reconecer, abraçar e contemplar pro(un"amente a nossa

c2lera8 @pren"eremos a olar com os olos "a compaixão paran2s mesmos e para a%ueles %ue pensamos serem a causa "anossa c2lera8

.8 0onscientes "e %ue a vi"a est? "isponível apenas no momentopresente e "e ser possível viver com (elici"a"e no a%ui e a9ora,empenamo1nos em treinar1nos para viver pro(un"amente ca"amomento "a vi"a %uoti"iana8 Tentaremos não nos per"er na"ispersão ou ser arrasta"os por m?9oas acerca "o passa"o, por

in%uietaç:es acerca "o (uturo ou por "esejo insaci?vel, c2leraou ci)me no presente8 Praticaremos a respiração plenamenteatenta para re9ressar ao %ue est? a acontecer no momentopresente8 Estamos "eci"i"os a apren"er a arte "e viver comatenção plena estan"o em contacto com os elementosmaravilosos, re(rescantes e curativos %ue estão "entro "e n2se D nossa volta e nutrin"o as sementes "e ale9ria, pa#, amor ecompreensão em n2s mesmos, (acilitan"o assim a obra "etrans(ormação e cura na nossa consciAncia8

*8 0onscientes "e %ue a (alta "e comunicação tra# sempreseparação e so(rimento, empenamo1nos em exercitar1nos napr?tica "a escuta compassiva e "a (ala amorosa8 @pren"eremosa escutar pro(un"amente sem jul9ar ou rea9ir e a abster1nos"e pro(erir palavras %ue possam criar "isc2r"ia ou causar%uebra "e comunicação8 Qaremos to"o o es(orço por manter acomunicação aberta e reconciliar e resolver to"os os conLitos,mesmo pe%uenos8

$8 0onscientes "e %ue as palavras po"em causar so(rimento ou(elici"a"e, empenamo1nos em apren"er a (alar com ver"a"e e

13



"e mo"o construtivo, usan"o apenas palavras %ue inspiremesperança e confança8 Estamos "eci"i"os a não "i#er coisas(alsas por interesse pessoal ou para impressionar as pessoas,nem pro(erir palavras %ue possam causar "ivisão ou 2"io8 6ão

espalaremos notícias %ue não saibamos ser certas nemcriticaremos ou con"enaremos coisas "as %uais não estamosse9uros8 Qaremos o nosso melor por "enunciar situaç:es "einjustiça, mesmo %uan"o (a#A1lo possa ameaçar a nossase9urança8

'8 0onscientes "e %ue a essAncia e o objectivo "e uma/an9a & a pr?tica "a compreensão e "a compaixão, estamos"eci"i"os a não usar a comuni"a"e bu"ista para 9ano ouproveito pessoais ou trans(ormar a nossa comuni"a"e num

instrumento político8 Cma comuni"a"e espiritual "eve,contu"o, tomar uma posição clara contra a opressão e ainjustiça e "eve es(orçar1se por mu"ar a situação sem seenvolver em conLitos parti"?rios8

''8 0onscientes "a 9ran"e violAncia e injustiça exerci"assobre o nosso meio ambiente e socie"a"e, empenamo1nos emnão "esempenar uma profssão %ue seja preju"icial para osumanos e a nature#a8 Qaremos o nosso melor por escoler

um meio "e subsistAncia %ue aju"e a reali#ar o nosso i"eal "ecompreensão e compaixão8 0onscientes "as reali"a"es 9lobaisecon2micas, políticas e sociais, comportar1nos1emosresponsavelmente como consumi"ores e ci"a"ãos, nãoapoian"o empresas %ue privem os outros "a sua possibili"a"e"e viver8

'+8 0onscientes "e %ue muito so(rimento & causa"o pela9uerra e pelos conLitos, estamos "eci"i"os a cultivar a não1 violAncia, a compreensão e a compaixão nas nossas vi"as

%uoti"ianas, a promover a e"ucação para a pa#, a me"iaçãoplenamente atenta e a reconciliação nas (amílias, comuni"a"ese naç:es, bem como no mun"o8 Estamos "eci"i"os a não matare a não "eixar os outros matar8 Praticaremos com "ili9Ancia acontemplação pro(un"a com a nossa /an9a comuni"a"eJpara "escobrir melores maneiras "e prote9er a vi"a e evitar a9uerra8

'38 0onscientes "o so(rimento causa"o pela exploração, pela

injustiça social, pelo roubo e pela opressão, empenamo1nosem cultivar a bon"a"e amorosa e em apren"er (ormas "e

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trabalar para o bem1estar "e pessoas, animais, plantas eminerais8 Praticaremos a 9enerosi"a"e partilan"o o nossotempo, ener9ia e recursos materiais com os necessita"os8Estamos "eci"i"os a não roubar e a não possuir na"a %ue "eva

pertencer aos outros8 espeitaremos a proprie"a"e "os outros,mas tentaremos impe"ir os outros "e lucrar com o so(rimentoumano ou com o so(rimento "e outros seres8

'48 0onscientes "e %ue as relaç:es sexuais motiva"as pelo"esejo insaci?vel não po"em "issipar o sentimento "e soli"ão,mas criarão mais so(rimento, (rustração e isolamento, estamos"eci"i"os a não nos envolver em relaç:es sexuais semcompreensão m)tua, amor e um compromisso "ura"ouro8 6asrelaç:es sexuais, "evemos estar conscientes "o (uturo

so(rimento %ue po"e ser causa"o8 /abemos %ue para preservara nossa (elici"a"e e a "os outros "evemos respeitar os "ireitose compromissos nossos e "os outros8 Qaremos tu"o ao nossoalcance para prote9er as crianças "o abuso sexual e paraprote9er os casais e as (amílias "e serem "es(eitos pelo maucomportamento sexual8 Trataremos os nossos corpos comrespeito e preservaremos as nossas ener9ias vitais sexual, "osopro e "o espíritoJ para a reali#ação "o nosso i"eal "eo"isattva8 Estaremos plenamente conscientes "a

responsabili"a"e "e tra#er novas vi"as ao mun"o eme"itaremos no mun"o para o interior "o %ual estamos atra#er novos seres8

15



3. ME>I)*+,O

O @UE AB

@ Me"itação @tenção Plena ou Min"(ulness em in9lAsJ & umaexperiAncia in"epen"ente "e %ual%uer crença reli9iosa, %ue oje9o#a "e crescente reconecimento científco e est? a ser intro"u#i"acom muito sucesso em escolas, empresas, ospitais e pris:es, al&m"e se tornar parte "a vi"a %uoti"iana "e mil:es "e pessoas em to"oo mun"o8

@l&m "os imensos bene(ícios psicossom?ticos, a pr?tica re9ular "ame"itação & uma via para o autoconecimento e para uma vi"apessoal, (amiliar, escolar, profssional e cívica mais consciente,armoniosa e &tica, na relação com os outros seres e o mun"o8

ME>I)*+,O (* )R*(S=ORM*+,O SOCI*<

@ atenção plena, en%uanto pr?tica contemplativa, convi"a1nos a

prestar atenção ao momento presente, o %ue pro9ressivamente nosesclarece acerca "a íntima interconexão entre to"as as enti"a"es, vivas e não vivas, umanas e não umanas8 ! reconecimento "estainterli9ação (avorece o "esenvolvimento "a compaixão em relação ato"os os entes e ecossistemas, sustentan"o um projetotrans(ormativo em %ue a mala social R economia, me"icina,e"ucação e cultura R visa o Lorescimento armonioso "e to"os osseres8

@ atenção plena visa a aceitação "a experiAncia (enomenol29icamomento a momento8 Pensamentos, emoç:es, sensaç:es,movimentos e estímulos ambientais são reconeci"os en%uantomani(estaç:es "a consciAncia e encara"os "e (orma compassiva enão1violenta8 Este mo"o "e interpretar a experiAncia constitui umaontolo9ia não instrumental R por, um la"o, reconece %ue os entes,outros umanos e não1umanos, não "evem ser con"iciona"os em(unção "os nossos interesses pessoaisB "a mesma (orma, a reali#ação"a inter"epen"Ancia entre to"os os seres expan"e o círculo &tico,

abitualmente circunscrito a fliaç:es limita"as, passan"o a en9lobarto"as as enti"a"es existentes8

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!s ativistas %ue lutam "iariamente por uma socie"a"e mais justa Rseja em prol "a pa#, "os "ireitos "os animais, "a preservação "anature#a, "a re(orma "a economia, "a "e(esa "as vítimas "e violAncia,pobres, "esempre9a"os ou re(u9ia"os R muitas ve#es so(rem na pele a

ansie"a"e, (rustração, "esespero e stress cria"os não s2 pelassituaç:es %ue visam combater mas tamb&m pelos mo"elosinstitucionais "isponíveis para re(ormular a socie"a"e8 @%ueles %ue j?participaram em mani(estaç:es sabem como & abitual os sentimentosescalarem, e por ve#es "eixamo1nos levar por 9ritos "e revolta esentimentos "e 2"io em relação D%ueles %ue jul9amos serem osrespons?veis R políticos, ban%ueiros, alta bur9uesia, criminosos,terroristas, etc8

Para combater a 9uerra não "evemos recorrer a pr?ticas violentas,

%ue perpetuam os conLitos8 @ não1violAncia, nomea"amente ascamina"as pela pa# promovi"as por Tic 6at 7an, sãoexcelentes exemplos "e (ormas inte9rais "e incorporar um outropara"i9ma social, não s2 atrav&s "e palavras mas envolven"ototalmente os nossos corpos e mentes, estabelecen"o coreo9rafaspolíticas %ue contrastam com a violAncia "os conLitos %ue visamosevitar8

@ atenção plena &, atualmente, uma pr?tica %ue tem a"%uiri"o

crescente populari"a"e no !ci"ente8 /istemas "e sa)"e, clínicaspriva"as e empresas o(erecem estas pr?ticas a pacientes e ci"a"ãosem busca "e sa)"e, tran%uili"a"e, pa# interior e reali#ação pessoal8 @ aplicação "a min"(ulness em contextos terapAuticos & ilustrativa"o potencial "as pr?ticas contemplativas para 9erarem umatrans(ormação social8 @ min"(ulness contemporHnea (a# parte "euma s&rie "e novas ontolo9ias %ue contrastam com a epistemolo9iamo"erna, caracteri#a"a por "ispositivos %ue visam a "ominação,instrumentali#ação e "estruição "o outro8 @o inv&s "e ajustar o

in"iví"uo a um i"eal "e normali"a"e atrav&s "e "ispositivos(armacol29icos ou terapAuticos %ue procuram camuLar e "iminuir aa9Ancia "o paciente, a min"(ulness promove uma atitu"e "eaceitação e compaixão em relação ao universo (enomenol29ico "osujeito8 Este mo"elo me"itativo po"e ser aplica"o não s2 emambientes terapAuticos mas num conjunto mais vasto "e contextossociais8 Qormas "e economia soli"?ria, permacultura, arteinLuencia"a por pr?ticas e cosmovis:es me"itativas ou a utili#ação"a me"itação para potenciar uma consciAncia ecol29ica são al9uns

"os exemplos %ue re(orçam o potencial "a atenção plena para atrans(ormação social8

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@travessamos atualmente uma (ase civili#acional caracteri#a"a poruma tensa "ial&tica entre a racionali"a"e t&cnico1científca e areli9iosi"a"e8 @ ciAncia, apesar "e ter aumenta"o a esperança m&"ia"e vi"a "as populaç:es assim como o con(orto no mun"o oci"ental,

tamb&m criou novos Smonstros como "esastres ambientais, armas"e "estruição em massa ou o consumo "esen(rea"o8 Por outro la"o, areli9ião tra"icional não tem si"o capa# "e respon"er "e (orma ativaaos novos "esafos %ue se colocam, e por ve#es tem servi"o comocatalisa"or para o 2"io e ra"icalismo 9era"os pela (rustraçãocontemporHnea8

@ atenção plena sur9e en%uanto uma enti"a"e íbri"a, a(eta"a masnão totalmente "epen"ente "estas "uas racionali"a"es8 !s seuse(eitos são estu"a"os com recurso a t&cnicas Scientífcas, como

eletroence(alo9ramas, ressonHncias ma9n&ticas, testes psicol29icos,etc, e publica"os em revistas com revisão por pares8 Por outro la"o,estas t&cnicas tAm ori9em em pr?ticas espirituais no Hmbito "etra"iç:es como o bu"ismo e o in"uísmo8 @pesar "e emer9ir naconLuAncia entre ciAncia e espirituali"a"e, a min"(ulness não seassume nem como científca nem como reli9iosa8 U uma pr?tica %ue visa o encontro "o umano com a eterna coreo9rafa "a suainteriori"a"e, %ue nunca est? "esli9a"a "a impermanenteinter"epen"Ancia entre to"as as (ormas8 U na aceitação "esta "ança,

no encontro entre enti"a"es e (ormas passa9eiras, %ue a atençãoplena po"e "esempenar um papel na trans(ormação social, 9eran"opr?ticas compassivas e conscientes nos mais "iversos campos "aação umana8

ME>I)*+,O (* S*>E

@ sa)"e & um valor muito precioso para a maior parte "e n2s8 Em9eral, as pessoas %uerem ser sau"?veis e resolver problemas "esa)"e8 Para esse e(eito, a socie"a"e oci"ental orientou1se "urante

muito tempo para uma prestação "e cui"a"os "e sa)"e centra"a noprofssional "e sa)"e, na "oença ou nos meios complementares "e"ia9n2stico8 Mesmo %uan"o centra"a na "oença, era not?vel apropensão "os profssionais "e sa)"e para a resolução "e sinais esintomas (ísicos em "etrimento "a "isponibili"a"e para o con(orto ebem1estar mental "os pacientes8

7oje em "ia, apesar "e ain"a permanecer um rasto "estaabor"a9em, os profssionais "e sa)"e, 9estores "e uni"a"es "e sa)"e

e ci"a"ãos em 9eral começam a confar numa abor"a9em maisinteira e centra"a no utente8 Ten"o em conta %ue as "oenças não

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sur9em espontHnea e isola"amente, mas a9re9a"as a um conjunto "ecircunstHncias, (actores "e risco e comorbili"a"es, a socie"a"e tem vin"o a (ormar uma visão 9ra"ualmente mais alar9a"a e olística, afm "e po"er manter a sa)"e "os ci"a"ãos em níveis "esej?veis e

para po"er respon"er efca#mente Ds "oenças86as )ltimas "&ca"as, a comuni"a"e m&"ica e científca tem vin"o asublinar a importHncia "e contemplar al9uns (actores "e risco %ueeram outrora "esconsi"era"os8 ! stresse, por exemplo, & consi"era"ooje em "ia como um s&rio (actor "e risco a ter em conta no processosa)"e1"oença, uma ve# %ue precipita a (ormação "e uma pan2plia "e"oenças e impe"e a resolução "as mesmas8 @ssim, muito se tem (eitopara combater o stresse e outros (actores "e risco, "e tal (orma %ue apro"ução e o consumo "e ansiolíticos e anti"epressivos tem vin"o a

aumentar, em simultHneo com um aumento not?vel "a prevalAncia "aansie"a"e e "e sintomas "epressivos, con"iciona"os por umaconjuntura cultural, social e econ2mica particulares8

0omo (orma "e respon"er a esta epi"emia "a socie"a"e mo"erna, v?rias uni"a"es "e sa)"e compreen"eram a importHncia "e inte9raruma abor"a9em mais natural e menos "epen"ente "o consumo "esubstHncias, sen"o %ue al9umas pr?ticas contemplativas tAm vin"o aser ca"a ve# mais re%uisita"as8 @ctualmente, j? ? mais "e .+

ospitais, clínicas e or9ani#aç:es aut2nomas em to"o o mun"o ao(erecer a pr?tica "e atenção plena ou me"itação min"(ulness, a %ualtem si"o objecto "e uma investi9ação científca com crescimentoexponencial nas )ltimas "&ca"as8 Este interesse "a comuni"a"ecientífca resulta sobretu"o "os bene(ícios %ue esta pr?tica temapresenta"o num abran9ente le%ue "e contextos8

@ atenção plena & uma %uali"a"e natural ao ser umano, & uma(orma "e nos relacionarmos "irectamente com o %ue est? aacontecer na nossa vi"a, a9ora mesmo8 @ sua aplicação consiste em

observarmos a nossa experiAncia, momento a momento, "e um mo"oconsciente, volunt?rio e não avaliativo8 @ pr?tica continua"aproporciona a capaci"a"e "e assumirmos uma parte mais activa emenos reactiva na nossa vi"a, "eixan"o 9ra"ualmente "e usarmecanismos "e resposta autom?tica e passan"o a a9ir "e uma (ormamais livre, in(orma"a e coerente8

6o %ue respeita Ds neurociAncias e D inLuAncia "a pr?tica "a atençãoplena sobre o c&rebro, as investi9aç:es leva"as a cabo nesta )ltima

"&ca"a, com recurso a Ima9iolo9ia "e essonHncia Ma9n&ticaQuncional, tAm "emonstra"o associaç:es estatisticamente

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si9nifcativas entre a pr?tica "a atenção plena e um aumento "aactivi"a"e "o c2rtex pr&1(rontal es%uer"o, li9a"o a sentimentos "ebem1estar, optimismo e (elici"a"e8 Tamb&m se verifcou um aumento"a massa cin#enta no ipocampo li9a"o D mem2ria contextual e

visuo1espacialJ e no c2rtex cin9ula"o posterior li9a"o D me"iação"as interaç:es entre as emoç:es e a mem2riaJ, entre outros8 Poroutro la"o "emonstrou1se tamb&m a inibição "e centros cerebrais "osistema límbico associa"os D reação "e Sluta ou (u9a e ao stress %uea ela correspon"e, "esi9na"amente ao nível "a amí9"ala cerebral8

Tem1se "emonstra"o i9ualmente %ue a pr?tica "a atenção plena est?associa"a a uma meloria na imuni"a"e, no pa"rão "e sono, namo"ulação "o sistema nervoso aut2nomo, na re"ução "a (re%uAncia"e enxa%uecas, na re"ução "a tensão arterial, na meloria "e

sintomas associa"os D insufciAncia car"íaca, na atenuação "aresposta inLamat2ria, e "e sintomas cutHneos "a psoríase, nocontrolo "a "or, na reabilitação "e "oentes com @-0, na %uali"a"e "e vi"a, na "oença oncol29ica, na cessação tab?9ica, nos "ist)rbiosalimentares, na prevenção "a recorrAncia "e "epress:es, no atraso"o envelecimento celular, etc8 Tem1se verifca"o tamb&m umamelor re9ulação emocional e uma maior capaci"a"e "e empatia8

@ pr?tica "a atenção plena po"e resultar em siner9ias not?veis se (or

empre9ue tamb&m por outros intervenientes no processo sa)"e1"oença, uma ve# %ue (acilita a optimi#ação "as relaç:es umanas, aefc?cia "a 9estão "e conLitos, a resiliAnciae a efciAncia, amotivação e o vi9or laboral, a concentração e a criativi"a"e, etc8 @ssim, esta pr?tica est? tamb&m in"ica"a para (amiliares e entes%ueri"os "os utentes, estu"antes e profssionais "e sa)"e m&"icos,en(ermeiros, assistentes operacionais, assistentes sociais, psic2lo9os,fsioterapeutas, etc8J, incluin"o a"ministra"ores "as uni"a"es "ecui"a"os "e sa)"e8

! 0írculo "o Entre1/er est? "isponível para colaborar com os v?riosintervenientes no Hmbito "a sa)"e a fm "e promover o maior bemcomum8

ME>I)*+,O (* *<IME()*+,O

6o actual para"i9ma civili#acional em %ue vivemos, %ue nos obri9a auma correria permanente ao lon9o "o "ia, flas "e trHnsito para

"eixar os flos na escola, para o empre9o, on"e somos obri9a"os aum "es"obramento constante entre v?rias tare(as em simultHneo,

20



al9um exercício (ísico no perío"o "e almoço ou ao fm "o "ia, maisflas "e trHnsito no re9resso a casa, comer tornou1se num acto semsi9nifca"o para al&m "o aporte "e recursos necess?rios para asobrevivAncia8

>esta (alta "e tempo permanente, nasceram respostas como ossnacG1bars, as re(eiç:es ao balcão e posteriormente as soluç:esin"ustriais "e (ast1(oo", %uer atrav&s "a proli(eração "e ca"eias "e(rancisin9 "e conceito americano %uer atrav&s "os pro"utos pronto1a1comer pr&1co#ina"os, rapi"amente con(ecciona"os no (orno oumicro1on"as8 Pro9ressivamente, esta Smo"erni"a"e %ue (omosaceitan"o positivamente e sem "iscussão a(astou1nospro9ressivamente "a re(eição toma"a com tempo, D base "ealimentos (rescos con(ecciona"os no momento8 >esta (orma "e estar,

(omos a"%uirin"o novas patolo9ias, "es"e o aumento "e casos "e"iabetes e colesterol em i"a"es ca"a ve# mais baixas, passan"o pelosin)meros casos coneci"os "e "ist)rbios alimentares at& Dassociação, mais recentemente con(orme v?rios estu"os in"icam, "enovas (ormas "e cancro ou "o aumento "a sua inci"Ancia na%ueles%ue j? estavam associa"os a esta8

Para o bem ou para o mal, somos o %ue comemos8

Para compensar esta ten"Ancia, v?rios movimentos procuraram "ar

resposta a estas preocupaç:es ca"a ve# mais presentes nasocie"a"e8 >es"e o SsloF (oo" D alimentação biol29ica, entreoutros, importa contrariar a ten"Ancia e "evolver o bem1estar %ue seper"eu8

/en"o uma pr?tica ca"a ve# mais enrai#a"a nas socie"a"esoci"entais, on"e (oi "urante s&culos i9nora"a ou es%ueci"a e on"eoje começa tamb&m a penetrar em "iversas instituiç:es(un"amentais, al9umas "as %uais inespera"as, como as li9a"as D

economia e D política, a atenção plena tem vin"o a ser aplica"a a umn)mero ca"a ve# maior "e aspectos "a nossa vivAncia "i?ria,po"en"o aplicar1se tamb&m aos alimentos %ue consumimos8

6esta, para al&m "a (orma e "o %ue comemos, alar9amos a nossaconsciAncia ao alimento em si, como se "esenvolveu, "a semente ao(ruto ou ve9etal, %ue camino percorreu at& ce9ar ao nosso prato,por %ue mãos "e trabalo passou8 6outro plano, tomamos tamb&mconsciAncia "o si9nifca"o pro(un"o %ue tem, oje em "ia, ter "ecomer, %uan"o cerca "e '. "a população mun"ial so(re "e

subnutrição e se re9ista uma morte a ca"a se9un"os por (alta "e

21



alimentação8 >esta, resulta tamb&m a consciAncia "o "esper"ício,preparan"o1se e servin"o1se as %uanti"a"es a"e%ua"as para are(eição8 6um outro plano ain"a, "e9ustar uma re(eição em atençãoplena si9nifca sabore?1la "eva9ar, masti9an"o lentamente para se

po"er "es(rutar atrav&s "e to"os os senti"os8 -er, ceirar, i"entifcaros pala"ares e texturas são parte inte9rante "a experiAnciaV

6o livro S/avor, escrito em parceria com Tic 6at 7an, mon9ebu"ista e 9ran"e inspira"or "o 0irculo "o Entre1/er, a >ra8 ilian W8 X8 0eun9, pro(essora e "irectora "o "epartamento "e nutrição "aCniversi"a"e "e 7arvar", na ?rea "a sa)"e p)blica, i"entifcou asse9uintes pr?ticas para uma alimentação plena

7onrar a comi"aB

Mobili#ar to"os os senti"osB

/ervir em porç:es mo"estasB

/aborear pe%uenas %uanti"a"es e masti9ar cui"a"osamenteB

0omer "eva9ar para evitar comer em excessoB

6ão (alar re(eiç:esB

@"optar uma "ieta ten"encialmente ve9etariana, pela sua

sa)"e e "o planeta8

0omer em conjunto po"e tornar1se numa pr?tica me"itativa8 Existem v?rias (ormas "e nos aju"ar a manter a atenção plena en%uantocomemos8 Nuan"o servimos a comi"a, po"emos estar conscientes"os v?rios elementos %ue contribuíram para a%uela "eliciosa re(eiçãoR o ar, a ?9ua, o sol, a terra e o amor8 @ntes "e in9erirmos os

alimentos, po"ermos estar conscientes e por isso 9ratos por to"os osaspectos em %ue o universo contribuiu para a sua criação8 E "esta(orma, tamb&m po"ermos estar conscientes "a importHncia "ecomermos mo"era"amente e assim, não colocarmos em risco asustentabili"a"e "o planeta8

@ pr?tica re9ular "a atenção plena na alimentação & tamb&m umprecioso auxiliar para as pessoas %ue tAm um relacionamento "i(ícilcom a comi"a, apresenta"o ou não "ist)rbios alimentares %ue

assumam uma (orma patol29ica, na me"i"a em %ue as tornaconscientes "estes mesmos problemas o %ue raramente acontece

22



sem %ue se consulte um especialista, inician"o ou passan"o por estatoma"a "e consciAncia o processo "e cura8

Em conjunto com a pr?tica "i?ria "os 0inco Treinos "a @tenção Plena,uma alimentação plena "e atenção torna as re(eiç:es numa (orma "e

obter mais sa)"e, ale9ria, compaixão, amor e pa#8

ME>I)*+,O (* E>UC*+,O

Cma meta1an?lise e(ectua"a por >urlaG et al8 +''J sobre +'3estu"os conclui %ue os pro9ramas "e apren"i#a9em socioemocionalsocial an" emotional learnin9J tAm e(eitos positivos nas atitu"es emrelação a si pr2prio, aos outros e D escola, conf9ura"o1se como um

camino essencial para a promoção "a sa)"e e bem1estar "os jovens8Muitos "esses pro9ramas incluem pr?ticas contemplativas8

Min"(ulness & a tra"ução para in9lAs "a palavra p?li sati, %ue, natra"ição bu"ista, est? li9a"a a consciAncia, atenção e lembrança/ie9el, Kermer e !len"#Gi, +$J8 Po"emos livrar1nos "as nossaspreocupaç:es mentais e "as emoç:es "estrutivas apenas estan"oconscientes "o %ue ocorre "entro e (ora "e n2s8 @o inv&s "etentarmos "ominar ou suprimir as emoç:es intensas, sere"irecionarmos a nossa atenção, po"emos re9ular como nos

sentimos8

0lassicamente, no mun"o oci"ental min"(ulness atenção plenaJ temsi"o "efni"o como um espelo "o %ue est? a acontecer no momentopresente8 Yabat1Zinn +3J "efne min"(ulness como a consciAncia%ue emer9e ao prestar atenção intencionalmente, no momentopresente e sem jul9amento, D experiAncia %ue "esabroca8 @ primeira parte "esta "efnição exprime a i"eia "e ser um processoactivo, uma ve# %ue envolve um acto "e atenção conscienteB a

se9un"a parte realça %ue "i# respeito ao presente, em ve# "e aopassa"o ou ao (uturoB a terceira parte en(ati#a a aceitação "o %uesur9e, sem pensar se & bom ou mau, certo ou erra"o, importante ounão 7ooGer e Qo"or, +*J8

! interesse por esta ?rea no !ci"ente teve início com o trabalo "eYabat1Zinn, ao aplicar pr?ticas "e min"(ulness com os seus pacientes,para minimi#ar os e(eitos "as "oenças e "ores cr2nicas, no seupro9rama "e Min"(ulness1ase" /tress e"uction8 ! conceito "emin"(ulness 9o#a actualmente "e enorme populari"a"e, sobretu"o

nos Esta"os Cni"os "a @m&rica, on"e cientistas e aca"&micos tAm

23



"emonstra"o o seu crescente interesse, proli(eran"o os estu"os epublicaç:es sobre as mais "iversas aplicaç:es %ue po"e assumir e ospotenciais impactes na vi"a "as pessoas8 Prova "isso & o Min"(ulnessesearc Kui"e lacG, +'J, uma base "e "a"os re(erencial %ue

a9re9a as publicaç:es pro"u#i"as nos )ltimos %uin#e anos na ?rea "emin"(ulness8 0omo re(ere urGe +'J, a crescente investi9açãoacerca "a utili#ação "e min"(ulness com a"ultos su9ere %ue se revelaefca# na promoção "a sa)"e mental e "o bem1estar8 Este interessenas abor"a9ens basea"as em min"(ulness esten"e1se a9ora Dscrianças e a"olescentes, embora a investi9ação esteja ain"a numa(ase preliminar8 >e acor"o com a mesma autora, a actual base "einvesti9ação (ornece suporte para a viabili"a"e "e intervenç:esbasea"as em min"(ulness com crianças e a"olescentes, embora não

aja evi"Ancias empíricas 9enerali#a"as sobre a efc?cia "estasintervenç:es8

@ revisão "e literatura e(ectua"a por urGe +'J abor"aintervenç:es basea"as em pr?ticas "e me"itação min"(ulness e suaaplicabili"a"e a crianças e a"olescentes, nomea"amenteMin"(ulness1base" /tress e"uction e Min"(ulness1base" 0o9nitiveTerap<8 Estas intervenç:es incluem sess:es semanais em 9rupo,pr?tica re9ular em casa e pr?ticas (ormais me"itação senta"a e emmovimento, por exemploJ e in(ormais, sen"o %ue nestas )ltimas o

objectivo & %ue os participantes tra9am a sua atençãoconscientemente para activi"a"es "i?rias por exemplo, comer,tomar bano, lavar os "entes, etc8J8 ecomen"a1se %ue as sensaç:es(ísicas "o corpo e "a respiração sejam utili#a"as como [Hncoras\ "aatenção, %uan"o a mente se "ispersa8

To"as as publicaç:es revistas por esta autora sobre a aplicação "eintervenç:es basea"as em min"(ulness "ebruçam1se sobre pr?ticascontemplativas seculares, em amostras clínicas e não1clínicas "e

crianças e a"olescentes, "es"e o pr&1escolar ao ensino secun"?rio"os 4 aos '$ anosJ8 @ autora verifcou %ue to"os os estu"osinvesti9aram a viabili"a"e e aceitação "as intervenç:es, concluin"o%ue (oram aceites e bem tolera"as pelos participantes8 -erifcou1setamb&m a importHncia "e os pro9ramas "e intervenção serema"apta"os D i"a"e "os participantes, ten"o em conta as suascapaci"a"es e necessi"a"es, assim como a importHncia "e ospro(essores se envolverem em e benefciarem eles pr2prios "eactivi"a"es basea"as em min"(ulness para %ue as intervenç:es sejam

mais efca#es8

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!s resulta"os "os estu"os in"icam tamb&m %ue os exercícios "emin"(ulness, "es"e %ue apropria"os D i"a"e, são passíveis "e serutili#a"os com crianças, mesmo "urante o perío"o pr&1escolar, e %ueesses exercícios po"em promover o "esenvolvimento sau"?vel "a

autorre9ulação, o %ue tem implicaç:es no "esempeno escolar e no"esenvolvimento social e emocional Zela#o e <ons, +''J8

Kreenlan" +'J "i# %ue %uan"o praticamos min"(ulness vemos a vi"a claramente, tal como ela acontece, sem car9a emocional8 @pren"emos a (a#A1lo sentin"o o momento presente, sem o analisarou pensar acerca "ele, o %ue exi9e %ue a%uietemos os nossospensamentos, emoç:es e reacç:es8 >esta (orma po"eremos receber ain(ormação proveniente "o mun"o interior e "o mun"o exterior e vA1la claramente, sem os fltros "as nossas noç:es preconcebi"as8

Tamb&m /coeberlein +$J "efne este construto como acapaci"a"e "e estar presente com e para a sua experiAncia interiorassim como para o ambiente exterior, incluin"o os outros8

Kreenber9 e 7arris +''J, na revisão %ue f#eram "o esta"o "ainvesti9ação "e pr?ticas contemplativas com crianças e jovens, verifcaram %ue as intervenç:es %ue estimulam a atenção plenapo"em ser m&to"os efca#es para tornar crianças e jovens maisresilientes e são tamb&m )teis no tratamento "e "esor"ens clínicas8

6uma revisão mais recente sobre cator#e pro9ramas "e min"(ulnessem contexto escolar MeiGlejon et al8, +'+J, os autores concluíram%ue os alunos %ue (re%uentaram os mesmos benefciaram nos planosco9nitivo, social e psicol29ico8

ME>I)*+,O EM CO()E)O =*MI<I*R

/er pai ou mãe nos "ias "e oje & uma tare(a ca"a ve# mais exi9ente

e "e enorme responsabili"a"e8 @pesar "essa exi9Ancia, o sentimento"e preencimento por parte "os pais por exercerem a parentali"a"e& a maior ambição %ue um bom pai ou uma boa mãe po"em ter nasua vi"a8

Mas a%uela %ue po"e ser a melor "as intenç:es tamb&m se po"etornar num (actor "e stress R ser o melor pai ou a melor mãepossível8 Tomar conta "os flos e or9ani#ar a vi"a (amiliar, aomesmo tempo %ue se tenta e%uilibrar isso com o trabalo po"e levara %ue nos es%ueçamos "e tomar conta "e n2s pr2prios8 /e os nossos

recursos internos se es9otarem, o resulta"o po"e ser irritação,

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"epressão, (a"i9a e eventualmente problemas (ísicos e mentais, %ue vão inter(erir com a %uali"a"e com %ue exercemos a parentali"a"e8

Por sua ve#, os pais são constantemente "esafa"os pelas mu"anças"e %ue os seus flos são objecto, (ruto "o "esenvolvimento "os

mesmos, o %ue (a# com %ue tenam %ue se a"aptar a essas v?rias(ases "a vi"a "os seus flos um beb& %ue começa a an"ar, uma"olescente %ue j? não cumpre as re9ras (amiliares ou um jovem %uesai "e casa8 Este sentimento "e responsabili"a"e não se es9ota emnenuma altura "a vi"a "os flos, j? %ue os pais sentem sempre %ue"evem cui"ar "o bem1estar "os seus flos ao lon9o "os anos, o %ueleva a %ue f%uem stressa"os e preocupa"os %uan"o eles tAm %ueen(rentar novos "esafos8

Tamb&m as alteraç:es na vi"a (amiliar, como o "iv2rcio, po"erão ser(ontes "e stress, uma ve# %ue ? muitas (amílias a viverem com umpa"rastoma"rasta ou um entea"oentea"a8 Estas relaç:es po"emtra#er D tona assuntos como o reconecimento "a autori"a"e e aleal"a"e entre esses novos elementos "a (amília, %ue po"erão serencara"os como um (actor positivo mas tamb&m como um (actorstressante para ambos8 >e outra (orma, as (amílias monoparentaistamb&m po"erão ter um risco acresci"o "e stress por não averoutra pessoa %ue seja co1respons?vel pelas tare(as parentais8 !s

problemas conju9ais e os problemas associa"os D partila "aparentali"a"e po"erão ser outras (ontes "e stress relaciona"os com oexercício "essas (unç:es8

Nuan"o estamos sob stress ou outras emoç:es intensas, ascompetAncias parentais po"em colapsar e isso acontece com pais "e%ual%uer estrato socioecon2mico8 @ conse%uAncia "essa pressãopo"em ser os 9ritos, as ameaças e mesmo a a9ressão (ísica8 !s paispo"em at& sentir1se pior %uan"o isso acontece se tiveremconecimento "e como um bom pai a9e em situaç:es "i(íceis8

/ur9e então a necessi"a"e "e treinar os pais a 9erir o seu stress e oseu so(rimento, como (orma "e melorar o (uncionamento "a (amília86a Parentali"a"e 0onsciente, o (oco prim?rio "e atenção & o stress eo so(rimento "os pais, em ve# "e se centrar nos problemascomportamentais "as crianças8 Estes problemas comportamentaispo"em ser a maior (onte "e stress (amiliar, mas o trabalo & (eitosobre o stress "aí resultante para os pais8 @ atenção plena & uma(orma "e me"itação basea"a na tra"ição bu"ista, %ue re%uer estar

atento ao momento presente, (ocan"o1se no %ue est? a acontecermomento a momento e aceitan"o essa reali"a"e tal %ual ela se

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apresenta8 ]on Yabat1Zinn, "esenvolveu um pro9rama "e re"ução "ostress basea"o na atenção plena Min"(ulness1ase" /tresse"uction 1 M/J, inicialmente concebi"o para aju"ar os seuspacientes a li"arem com a "or cr2nica, sen"o actualmente usa"o

para aju"ar as pessoas a li"arem com o stress e com os sintomas "eansie"a"e8 asea"os no trabalo "e Yabat1Zinn, sur9e mais tar"euma intervenção "enomina"a M0T Min"(ulness1ase" 0o9nitiveTerap<J, "esenvolvi"a por Zin"el /ea9al, MarG Williams e ]onTeas"ale, %ue se "estina a pacientes com "epressão8

6as )ltimas "&ca"as tAm sur9i"o uma s&rie "e intervenç:esbasea"as na atenção plena, nos mais varia"os contextos na sa)"e,na e"ucação, em empresas, em estabelecimentos prisionais,888J epara as mais varia"as fnali"a"es bem estar pessoal e emocional,

"ist)rbios alimentares, stress p2s traum?tico,888J, e %ue tAm si"outili#a"as com sucesso no tratamento ou prevenção "e problemasrelaciona"os com a 9estão "o stress8 Tra#er estas pr?ticas para"entro "as (amílias, aos pais, aos flos e D vi"a (amiliar & uma "asmais recentes aplicaç:es "a atenção plena, %ue se tem "enomina"o"e Parentali"a"e 0onsciente8 Esta tem?tica (oi lança"a com o livro"e ]on Yabat1Zinn e M<la Yabat1Zinn, em '$$., com o títuloEver<"a< blessin9s Te inner ForG o( min"(ul parentin98

@trav&s "a pr?tica "a atenção plena, po"emos tornar1nos maisconscientes "os nossos pensamentos e "as nossas emoç:es D me"i"a%ue vão sur9in"o, como resposta Ds acç:es "os nossos flos8 @ capaci"a"e "e pararmos antes "e termos uma "as reacç:es abituaisaf9ura1se como uma possibili"a"e e a resposta %ue vamos "ar s2acontece ap2s consi"erarmos a v?rias possibili"a"es "e reJacção8 !"esenvolvimento "a calma e "a aceitação acerca "oscomportamentos exibi"os pelas crianças, sem tentar imp^r o %ue%uer %ue seja, minimi#a a %uanti"a"e "e ener9ia usa"a e a

resistAncia perante os acontecimentos8Embora sejam necess?rios mais estu"os %ue vali"em a aplicação "aatenção plena em contexto (amiliar, "enomina"a Parentali"a"e0onsciente, são ca"a ve# mais as evi"Ancias "a a"e%uação "essaspr?ticas nas (amílias, con(orme ilustram al9uns "os estu"oscientífcos reali#a"os mais recentemente8

@ltmaier e Malone< +.J avaliaram a implementação "e umpro9rama "e Parentali"a"e 0onsciente a "ois 9rupos "e pais

recentemente "ivorcia"os com flos em i"a"e pr&1escolar8 0om estepro9rama, preten"eu1se %ue os pais i"entifcassem as interacç:es

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%ue levavam D "esconexão com os seus flos, como criticar,projectar raiva, umilar, e "epois substituí1las por interacç:es comintenção "e se conectarem com eles, tais como ouvir, "emonstrara(ecto, respon"er com calma8 !s pais (amiliari#avam1se com pr?ticas

"e atenção plena consciAncia "a respiração, "o corpo, me"itaçãoJ eD me"i"a %ue iam "esenvolven"o essas (acul"a"es, iam1se tornan"omais conscientes "e como as suas respostas inLuenciam asinteracç:es com os seus flos e apren"iam a ser mais intencionaisna sua parentali"a"e, ao escolerem (ormas "e aumentar e manteruma conexão emocional positiva8 !s autores recoleram evi"Ancias"o aumento "a atenção plena, ap2s a intervenção8 Esta & uma"escoberta interessante, na me"i"a em %ue a atenção plena est?"iretamente relaciona"a com uma sa)"e mental positiva, assim como

outras %uali"a"es, imprescin"íveis na tare(a parental, como aempatia, o a(ecto positivo e a auto1estima roFn _ <an, +4J8

0oastFort et al8 +'J, concluíram %ue a intro"ução "e pr?ticas "eatenção plena em pro9ramas parentais empiricamente vali"a"ospo"erão potenciar os e(eitos positivos "esses pro9ramas8 6esteestu"o, esses e(eitos (oram verifca"os em trAs ?reas as mãesaumentaram o uso "e t&cnicas "e atenção plena na (orma comoli"avam com os seus flos a"olescentesB as mães tamb&maumentaram o uso "e importantes pr?ticas "e 9estão "o processo

e"ucativo "os seus flos consistAncia "a "isciplina,acompanamento, re9ras "e comunicação e raciocínio in"utivoJB arelação mãe1a"olescente e as %uali"a"es a(ectivas (oram maispotencia"as com esta intervenção %ue com a ori9inal8

0oen e /emple +'J, re(erem %ue a investi9ação preliminaraponta %ue esta intervenção po"er? re"u#ir o stress, potenciar asatis(ação parental, "iminuir a a9ressão in(antil e incrementar oscomportamentos pr21sociais "as crianças8 En%uanto %ue uma

intervenção "irecciona"a para a prevenção "e recaí"as "epressivasM0TJ aplica"a a pais, po"er? ter e(eitos positivos na relação entrepais e flos, na re"ução "os sintomas nas crianças e na promoção "eum "esenvolvimento sau"?vel, as intervenç:es parentais basea"asna atenção plena possuem uma "imensão interpessoal, por%ue "ãparticular atenção D relação pais1flos8

Williams e Waler +'J, especulam no seu estu"o %ual apossibili"a"e "a intro"ução "e pr?ticas "e atenção plena no contexto(amiliar, nomea"amente com as mães, po"er "esenvolver um estilo

parental mais assertivo e menos autorit?rio, o %ue po"eria levar a

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um menor "ispAn"io "e ener9ia por parte "a mãe, ao aceitar oscomportamentos exibi"os pelo flo sem %uerer imp^r a sua vonta"ee uma menor resistAncia por parte "o flo, ao aperceber1se "aatitu"e "a mãe, "emonstran"o1se "isponível para colaborar8 @o

verifcar esta situação na pr?tica, isto po"e re(orçar a vonta"e "amãe em %uerer manter esse estilo parental, ten"o sempre como base"e suporte as pr?ticas "e atenção plena8

lut e Waler +''bJ, concluíram atrav&s "o seu estu"o %ue apr?tica "a atenção plena po"er? ter potencial para aliviar al9uns "os"esafos en(renta"os por pais "e crianças em i"a"e pr&1escolar, ao"iminuir o es(orço %ue os mesmos tAm %ue empreen"er para "eci"ira (orma mais e(ectiva "e respon"er a uma situação stressanteori9ina"a pelos seus flos8 !s mesmos autores ce9aram a esta

mesma conclusão com um 9rupo "e ''* volunt?rias, mães "ea"olescentes lut e Waler, +''aJ8 @cre"itam %ue uma atitu"econsciente por parte "as mães no "ia1a1"ia, po"er? "iminuir oes(orço parental e incrementar os comportamentos positivos entre osa"olescentes8

6um estu"o reali#a"o na `n"ia, /rivastava, et al8 +''J, tinamcomo objectivo verifcar os e(eitos "o treino parental em casos "epais "e crianças entre os 3 e os anos com "ist)rbios "e

comportamento, reporta"os aos pe"iatras8 @p2s as vinte e %uatrosess:es "e treino parental se9uin"o a meto"olo9ia "a Parentali"a"e0onsciente, a "i(erença m&"ia pr& e p2s intervenção (oi consi"era"asi9nifcativa no %ue "i# respeito ao total "os comportamentosperturba"ores, aos comportamentos ostisa9ressivos, aoscomportamentos "e ansie"a"e e aos comportamentos "eiperactivi"a"e"istracção8 0om estes resulta"os, os autores "oestu"o consi"eram %ue em ve# "e me"icar ime"iatamente ascrianças com este tipo "e "ist)rbios "e comportamento, os pais

po"em receber treino "e mo"o a estarem prepara"os para enten"ere alterar os comportamentos "os seus flos, o %ue con"u#ir?tamb&m a um melor esta"o "e sa)"e8

Keurt#en et al8 +'4J, estu"aram seis "imens:es "a Parentali"a"e0onsciente escutar com total atenção, compaixão pela criança,aceitação sem jul9amento "o (uncionamento parental, nãoreactivi"a"e emocional no exercício "a parentali"a"e, consciAncia "asemoç:es "a criança e consciAncia "as suas pr2prias emoç:es8 Estasseis "imens:es (oram associa"as a sintomas "e "epressão e ansie"a"e

nos a"olescentes, nos re(erenciais tra"icionais "e sintomas parentais

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"e "epressão e ansie"a"e8 !s autores "este estu"o concluíram %ue osflos "e pais %ue reportaram níveis mais eleva"os "e aceitação sem jul9amento "o seu pr2prio (uncionamento como pais, tiveram menossintomas "e "epressão e ansie"a"e8 Em (uturas investi9aç:es e

pr?ticas sobre a parentali"a"e, apontam os autores, "eve ter1se emconta os pensamentos "os pais, os seus sentimentos e atitu"es no %ue"i# respeito ao papel "os pais no estu"o "a associação entre aparentali"a"e e internali#ação "e problemas pelos a"olescentes8

ME>I)*+,O (*S EMPRES*S

! crescente ambiente competitivo %ue ca"a ve# mais se (a# sentir nomun"o "o trabalo e "os ne92cios tra# novos "esafos D 9estão "e

or9ani#aç:es níveis "e stress com (ortes e(eitos na sa)"e "ostrabala"ores, conLitos internos, baixa pro"utivi"a"e, "esmotivação,baixa concentração, "ifcul"a"es em conciliar o trabalo com a vi"apessoal, (amiliar e social, etc8

@ resposta para v?rios "esses problemas po"e passar pelaintro"ução "e t&cnicas "e atenção plena nas empresas8 !r9ani#aç:escomo a 6@/@, a Exxo Mobil, a IM, a 0anon ou a /ell j? o (a#em,seja atrav&s "a or9ani#ação "e ForGsops re9ulares para os seus

trabala"ores, seja com a "isponibili#ação "e espaços nas suasinstalaç:es para %ue estes a possam praticar8

>e (acto, os v?rios estu"os %ue tAm si"o (eitos sobre o tema(ornecem evi"Ancias %ue a @tenção Plena po"e melorar não s2 asa)"e mental, mas tamb&m o bem1estar e a per(ormance no trabalo8

Cm estu"o publica"o no International ]ournal o( Mental 7ealt an" @""iction e %ue resultou "a observação "e '5+ 9estores "e níveisinterm&"ios normalmente mais sujeitos a situaç:es "e maior stress

por se encontrarem entre os níveis ier?r%uicos superiores e os seussubor"ina"os "irectosJ concluiu estatisticamente %ue os praticantes"e @tenção Plena "emonstraram melorias si9nifcativas nos níveis"e stress laboral, satis(ação com o trabalo, bem1estar psicol29ico eper(ormance8

Cm outro estu"o, este reali#a"o junto "e trabala"oresin9leses e americanos "a /ell, P, 7P, Cnilever, 7Y/0 e Motorola,"emonstrou %ue a @tenção Plena provocou re"uç:es si9nifcativasnas mani(estaç:es (ísicas e psicol29icas "os praticantes palpitaç:es,

ins2nias, es9otamentos, "ores, ansie"a"e, etc8J8

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Cma experiAncia reali#a"a junto "e trabala"ores "e 43 call centers,"emonstrou %ue os praticantes obtiveram melorias si9nifcativas nosníveis "e stress, ansie"a"e, "epressão e (a"i9a8

@ pr?tica "a @tenção Plena trans(ere a tentativa abitual "e re"ução

"o stress atrav&s "e (actores externos para processos internos ein"ivi"uais, permitin"o aos trabala"ores voltarem a sentir1se naposse "o controlo "o seu trabalo e "o ambiente %ue o ro"eia8 @ suaintro"ução nas or9ani#aç:es

Melora a pro"utivi"a"e no trabaloB

@umenta a a9ili"a"e mentalB

>iminui os errosB

Melora a sa)"e (ísica e mentalB

e"u# a conLituali"a"eB

@umenta a satis(açãoB

Tem enormes e(eitos positivos na criativi"a"eB

Melora a capaci"a"e "e concentraçãoB

6a ver"a"e, as vanta9ens "a pr?tica acabam por ser transversais ato"a a or9ani#ação benefciam os trabala"ores e isso reLecte1setamb&m nos resulta"os "as empresas, %uer atrav&s "as melorias "eper(ormance, %uer por via "a re"ução "e custos com absentismo,com as %uebras "e pro"utivi"a"e e com os conLitos no local "etrabalo8

ME>I)*+,O (OS ES)*"E<ECIME()OS PRISIO(*IS

!s estabelecimentos prisionais são espaços "e confnamentomobili#a"os para restrin9ir a liber"a"e "a%ueles %ue são consi"era"osSperi9osos para o bom (uncionamento "a socie"a"e %ue os puniu,(uncionan"o tamb&m em particular a partir "o IluminismoJ comoinstituiç:es "e re(orma "as almas, procuran"o 9erar umanos maispro"utivos, inte9ra"os e pacífcos8

!s estabelecimentos prisionais ilustram a incapaci"a"e "associe"a"es em inte9rarem na sua mala socioco9nitiva a

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eterormativi"a"e comportamental, "emonstran"o o car?termonolítico "os coletivos umanos, "epen"entes "e re9ras t?citas eexplícitas %ue per(ormam e con"icionam a expressão in"ivi"ual8

0om o sur9imento "as ciAncias umanas, a alma tornou1se a

super(ície "e reLexo "e uma pan2plia "e t&cnicas, "ispositivos e(ormas "e conecimento %ue visam a"e%uar o in"iví"uo a um i"eal"e (uncionamento8 >e acor"o com Micel Qoucault, em S-i9iar ePunir, as pris:es tiveram um papel (ulcral na emer9Ancia "e"isciplinas como a psicolo9ia e a criminolo9ia, proporcionan"o ricasoportuni"a"es empíricas para estu"ar e trans(ormar ocomportamento umano em se"e institucional8

6uma primeira instHncia, a intro"ução "a me"itação em pris:es

parece estar re(&m "esta l29ica re(ormista, em %ue autori"a"esmorais, espirituais, políticas e institucionais procuram novas t&cnicaspara melorar e normali#ar "e (orma c&lere e i9i&nica ocomportamento "esviante8

6a irmHnia, e lo9o no início "o perío"o p2s1colonial, o primeiro1ministro C 6u "eci"iu intro"u#ir cursos "e me"itação -ipassana, natra"ição "o mestre Terava"a Maasi /a<a"aF, em contextosprisionais8 @%ueles %ue conse9uissem passar o curso seriamliberta"os, "evi"o D crença "e %ue a pr?tica me"itativa os tornaria

incorruptíveis8

Mais recentemente, (oram intro"u#i"os cursos -ipassana na tra"ição"e /8 68 KoenGa em estabelecimentos prisionais na `n"ia8 ! primeiro"estes cursos (oi leva"o a cabo em '$.5 na prisão central "e ]aipur8>epois "este curso, o -ipassana (oi intro"u#i"o em muitas outraspris:es na `n"ia e em países como TaiFan, TailHn"ia, 6epal, Esta"osCni"os, 6ova ZelHn"ia e In9laterra8 ! sucesso "estes cursos (e# com%ue o 9overno in"iano recomen"asse a sua implementação e "es"e

'$$4 %ue existem pelo menos + pris:es %ue levam a cabo estespro9ramas8

@ intro"ução "o -ipassana em pris:es est? associa"a a umenten"imento "os estabelecimentos prisionais como visan"o are(orma in"ivi"ual8 Yiran e"i tornou1se a inspetora 9eral "a prisão9eral "e Tiar, na `n"ia, em '$$3, e no seu livro SIts @lFa<sPossible "escreve al9uns "os problemas %ue encontrou R a prisãoestava sobrelota"aB os serviços m&"icos eram insufcientesB nãoavia acesso a ?9ua pot?vel e os presos tinam "e comprar comi"aB

existiam in(estaç:es "e ratos e insetos e violAncia 9era"a por

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9an9ues8 >epois "e resolver as %uest:es m&"icas e or9ani#acionais,e"i apercebeu1se "e %ue era (un"amental trans(ormar a mente "osprisioneiros, "esejan"o possuir Suma terapia m?9ica para aju"ar ospresos a livrarem1se "e emoç:es corrosivas e"i, '$$* '$+J8

! -ipassana assumiu1se como essa terapia "evi"o D su9estão "e um9uar"a %ue j? tina participa"o num curso "e ' "ias e %ue tinare9ista"o mu"anças si9nifcativas na sua psi%ueJ, promoven"o umprocesso "e re(orma total %ue penetra at& o mais ínfmo elemento "osujeito, o %ue na cosmovisão -ipassana abitualmente se "esi9na porYalapa8

! caso "a intro"ução "o -ipassana na `n"ia nomea"amente noexemplo "e Yaren e"iJ & característico "a mo"erni#ação "a

me"itação, em %ue as pr?ticas espirituais são penetra"as por"iscursos e epistemolo9ias "e v?rias "isciplinas como a psicolo9ia, asneurociAncias, a criminolo9ia, etc8 Esta ibri"i#ação atribui umcar?ter %uasi1científco D pr?tica me"itativa re"u#i"a a umaper(ormance comportamental abitualmente "esi9na"a "emin"(ulness e "esli9a"a "e cosmovis:es Sex2ticas ou "e elementosSm?9icosJ o %ue permite justifcar com base numa miría"e "eestu"os, in%u&ritos, scans cerebrais, meta1an?lises, etc8J a suaSefciAncia8

@ noção "e efciAncia est? associa"a a valores como a normali#açãoou a pro"utivi"a"e e não & inocente "o ponto "e vista axiol29ico, poispromove a assunção "e uma meta particular no Hmbito "e umcontexto %ue não & coloca"o em causa8 Encara"a "esta (orma, apr?tica me"itativa & in"istin9uível "e um psico(?rmaco utili#a"o paraa maximi#ação "a per(ormance co9nitiva ou para uma melora"e%uação D socie"a"e contemporHnea8 >o ponto "e vista &tico epolítico, esta posição "eve ser critica"a8

@ punição e aprisionamento são 9estos essencialmente políticos80onsumi"ores e trafcantes "e substHncias "esi9na"as comoSproibi"as são encarcera"os e consi"era"os autAnticos p?rias,en%uanto a in")stria (armacAutica tem livre passe para in(etar oscorpos e as mentes "a%ueles %ue são sinali#a"os pelas autori"a"esm&"icasB os %ue, em prol "a "e(esa "e um país, matam "e#enas oucentenas "e combatentes inimi9os são con"ecora"os R j? os %uea"vo9am causas Sin"e(ens?veis como o (un"amentalismo islHmicoJsão consi"era"os terroristas, perse9ui"os e elimina"osB os %ue

sistematicamente aprisionam, torturam, matam e ven"em os corposmutila"os "e animais po"em reali#ar o seu trabalo sem problemas

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le9ais, pa9an"o impostos e 9o#an"o "e respeito por parte "a vi#inança R j? %uem, num momento "e ()ria ou "e ce9ueira, cometeo erro "e matar um membro "a mesma esp&cie, & con"ena"o eencarcera"o por "&ca"as ou, na melor "as ip2teses, consi"era"o

louco8 @ prisão serve os interesses &ticos, políticos e epistemol29icos "acomuni"a"e %ue a acole8 @ me"itação, en%uanto pr?tica "einter"epen"Ancia, não "eve resi9nar1se e re"u#ir1se a uma merapr?tica "e normali#ação %ue serve e repro"u# a i"eolo9ia "ominante8 @ prisão, en%uanto ilustrativa "a normativi"a"e co9nitiva %ue assolaa socie"a"e, ser? "esmantela"a %uan"o o me"o "er lu9ar ao amor, a9anHncia D compaixão e o (renesim "a efciAncia D sereni"a"e "omomento presente8

U imperativo %ue a pr?tica me"itativa em contextos prisionais tenaem conta as contra"iç:es &tico1le9islativas "a socie"a"e "ominante e%ue, ao inv&s "e se tornar numa pr?tica "e normali#ação ou "ere(orma, se torne num "ispositivo %ue permita 9erar compaixãona%ueles %ue, em virtu"e "o aprisionamento e institucionali#ação,não tAm acesso ao amor, liber"a"e, intimi"a"e, autorreali#ação e(elici"a"e a %ue tAm "ireito8

Nue a me"itação em contextos prisionais se possa tornar num porto

se9uro "o /er at& D emer9Ancia "e uma socie"a"e ver"a"eiramentelivre, não ostraci#an"o a%ueles %ue por motivos econ2micos,co9nitivos ou i"eol29icos se encontram encarcera"os8

4. COMP*I,O

IER EM *)E(+,O P<E(*

-iver em atenção plena & viver, viver plenamente8 -iver a )nica vi"areal e autAntica, a %ue s2 est? "isponível no momento presente8

! passa"o j? (oi, o (uturo ain"a não &, s2 o presente & real8 6a ver"a"e estamos sempre no presente, embora possamos per"A1lopreocupan"o1nos obsessivamente com o passa"o ou o (uturo8 Pensarno passa"o ou no (uturo não & to"avia necessariamente ne9ativo emuitas ve#es & )til, se pensarmos no passa"o e no (uturo o mínimoin"ispens?vel para tomarmos as "ecis:es correctas acerca "o mo"o

"e viver o presente e "eles nos libertarmos para re9ressarmos com

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mais ale9ria, responsabili"a"e e confança ao a%ui e a9ora8 E tantomais abitamos o a%ui e a9ora %uanto mais "espi"os "e me"os eexpectativas relativos ao passa"o e ao (uturo, %uanto mais livres "etu"o a%uilo %ue nos rouba a )nica ri%ue#a %ue possuímos, o

presente, com to"os os presentes %ue 9ratuitamente nos o(erece a vi"a, as pessoas com %uem estamos, o lu9ar em %ue estamos, o %ue(a#emos, o c&u, a terra, to"os os seres e to"as as coisas8 E tu"o istosempre (resco e novo, acaba"o "e nascer, a ca"a instante8

@%ui e a9ora8 Plenamente atentos D maravila "este corpo enrai#a"ono coração "a Terra, "esta coluna vertebral %ue nos li9a ao 0&u,"este coração aberto a tu"o o %ue nos ro"eia, "esta pele sensível %ueune e não separa, "este corpo1universo tão rico "e sensaç:es8

@%ui e a9ora8 Plenamente atentos ao mila9re "o inspirar e expirar,"esta circulação "a ener9ia "a vi"a %ue tu"o impre9na e interli9a,"este abri9o são, íntimo e pro(un"o a %ue po"emos semprere9ressar, livre "e problemas, preocupaç:es, "ramas e conLitos8

@%ui e a9ora8 Plenamente atentos a to"os os pensamentos, emoç:es,palavras e ima9ens %ue se (ormam, trans(ormam e "issipam no c&u vasto, luminoso e imacula"o "a consciAncia8 /em nos i"entifcarmose envolvermos com eles8 0ontemplan"o1os em pa# e silAncio8>eixan"o %ue venam e vão at& %ue sosse9uem, se "esvaneçam e

"esencubram o %ue "es"e sempre e para sempre somos c&u amplo eaberto8

@%ui e a9ora8 Plenamente atentos a to"os os seres e (en2menos %uenos ro"eiam, insepar?veis "e n2s e "a nossa percepção, sem interiornem exterior8 Plenamente atentos D mutação contínua "a "ança "omun"o, em %ue tu"o sempre acontece pela primeira e )nica ve#8

@%ui e a9ora8 Plenamente atentos a to"as as nossas activi"a"es, Dnossa vi"a, insepar?vel "e to"as as (ormas "e vi"a e "o mun"o "e

%ue somos to"os cria"ores a ca"a instante8 @%ui e a9ora8 Plenamenteatentos D (rescura ori9inal "e ca"a experiAncia, sem pilotoautom?tico, livres "e rotinas e ?bitos "e percepção, interpretação ereacção8 Em comuni"a"e pacífca e (raterna, amorosa e compassiva,com tu"o o %ue sente, vive e existe8

@%ui e a9ora8 6ascen"o a ca"a instante8

M,E )ERR*

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To"os os nossos problemas e o risco "e um colapso ecol29ico1socialsem prece"entes ra"icam na nossa "esconexão com a Terra e com acomuni"a"e "os seres vivos, com a bios(era e com o unimultiverso8

Cma "esconexão irreal, pois o ser umano não existe em si e por si,

"esinte9ra"o "os Luxos "e mat&ria, ener9ia e consciAncia %ueconstituem tu"o %uanto existe8 /omos (eitos "os mesmos elementos%ue constituem to"os os seres e coisas, mas a fcção "a separação,com o me"o, a inse9urança, a avi"e# e a ostili"a"e "aí "ecorrentes,"eterminou uma evolução social e in"ivi"ual em %ue, sobretu"o noactual para"i9ma "e civili#ação 9lobali#a"o, nos vemos como os"onos "o planeta com "ireito a explorar os seus recursos naturais e acomuni"a"e "os seres vivos a nosso bel1pra#er, para satis(a#er não s2as nossas necessi"a"es, mas sobretu"o os nossos "esejos e capricos

mais ()teis8

>a crença na existAncia in"epen"ente "a umani"a"e passou1se paraa atribuição "e valor intrínseco apenas ao ser umano, consi"eran"o1se a nature#a e os "emais seres vivos como "ota"os "e mero valorinstrumental, "epen"ente "a sua utili"a"e para a reali#ação "asfnali"a"es umanas8 Isso tra"u#1se oje na nova reli9ião laica "ocrescimento econ2mico a to"o o custo, %ue i9nora a suaimpossibili"a"e num planeta com recursos naturais fnitos e tem

"omina"o as políticas 9overnamentais "e es%uer"a, centro e "ireita,con"u#in"o1nos D poluição, Ds alteraç:es clim?ticas e D "estruiçãomassiva e acelera"a "a bio"iversi"a"e e "os ecossistemas %uerelat2rios científcos isentos mostram compor um %ua"ro "einsustentabili"a"e e "e risco "e colapso iminentes, para al&m "oso(rimento causa"o a incont?veis seres umanos e não1umanos8

Perante isto, mais "o %ue re(ormas pontuais e isola"as, & ur9ente ir Drai# "o problema e mu"ar o esta"o "e consciAncia "ominante8Importa promover uma consciAncia vivi"a R pelos m&to"os

contemplativos e me"itativos e pelo alar9amento amoroso ecompassivo "a noção "e Spr2ximo a tu"o o %ue existe, vive e sente R"a inseparabili"a"e entre a vi"a umana e as "emais (ormas "e vi"ano seio "a nossa Mãe comum, a Terra, "a bios(era e "ounimultiverso8 /2 esta pro(un"a mu"ança espiritual R alia"a aoreconecimento "a insustentabili"a"e "o para"i9ma "ominante emtermos sociais, econ2micos e ambientais R po"e con"u#ir a umamu"ança estrutural "as nossas vi"as e "as nossas socie"a"es, bemcomo a uma reconversão pro(un"a "a cultura, "a economia e "a

política, colocan"o1as ao serviço "e uma noção ampla "e em

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0omum, j? não o "e uma )nica esp&cie, a umana, mas o "e to"os osseres vivos, "a Terra e "a bios(era como um to"o insepar?vel8 >aí"ecorrer? tamb&m a mu"ança jurí"ica %ue se imp:e, %ue "eveconsa9rar o valor intrínseco não s2 "o ser umano, mas "e to"as as

(ormas "e vi"a e "a pr2pria Terra, %ue não po"em continuar a serconsi"era"as mera proprie"a"e %ue se po"e explorar e rentabili#arilimita"amente8

6a ver"a"e, a Mãe Terra não pertence ao ser umano, sen"o antes amatri# comum %ue ori9ina e nutre i9ualmente to"as as vi"as %ue nelasur9em "e mo"o inter"epen"ente, intimamente li9a"as a si e entreelas8 0omo (un"amento "os seus pr2prios "ireitos, o ser umano temo "ever "e respeitar, prote9er e promover a inte9ri"a"e "a Terra e "eto"os os viventes8

/2 uma consciAncia e uma cultura "o entre1ser permite reconecer,respeitar e preservar este cor"ão umbilical %ue jamais se po"e cortare %ue po"emos experimentar na pr2pria respiração, pela %ualcontinuamente inspiramos e expiramos e somos inspira"os eexpira"os pelo alento vital %ue impre9na e circula por to"os os serese coisas8 ! ar e to"as as ener9ias, "ensas e subtis, são como osan9ue e o espírito "a Terra e "a bios(era, pelos %uais somosinsepar?veis "o infnito corpo "o unimultiverso e "a -i"a em to"as as

suas mani(estaç:es8 /aibamos respirar e ser respira"os e tu"o ser?"i(erente8

SERES SE(CIE()ES

@pesar "a i"eia 9enerali#a"a "e %ue o omem & superior a to"os osrestantes seres por%ue provi"o "e uma racionali"a"e )nica e, comotal, possui"or "o "ireito "e "ispor "e uma (orma livre "a%uilo %ue vive, & ine9?vel %ue as preocupaç:es %uer ecol29icas %uer pelo

estatuto "os animais tAm cresci"o exponencialmente e provoca"onos )ltimos tempos "ebates ca"a ve# mais acesos e participa"os8

@ssim, se por um la"o assistimos nos "ias "e oje a uma exploraçãocruel e sem prece"entes "os animais e "a nature#a, (ruto "e umasocie"a"e "e consumo ca"a ve# mais exi9ente, impie"osa e vora#,assistimos, por outro, a um positivo e (rutuoso Lorescer "e umapreocupação &tica %ue se vai impon"o paulatinamente mas, crA1se,"e (orma irreversível8

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Torna1se ca"a ve# mais evi"ente a importHncia "e transcen"er ora"icalismo antropocAntrico centra"o em para"i9mas "esuperiori"a"e "a esp&cie, autonomia e ra#ão triun(ante %ue ain"a9overna as nossas vis:es "o mun"o "an"o lu9ar a novas abor"a9ens

&ticas %ue "esbravem terreno para o sur9imento "e renova"as,(rutuosas e inspira"oras i"eias %ue possam passar a re(erenciar ocomportamento "o omem perante os restantes seres viventes, numanova, inclusiva, não "iscrimina"ora e abran9ente relação "eumani"a"e8

6estes tempos "e mu"ança assiste1se ao aumento "aconscienciali#ação sobre a crise 9lobal instala"a %ue & (ruto "ascrises umana, ecol29ica e animal, to"as elas "ialo9antes einter"epen"entes e ao emer9ir "e uma revolução "e para"i9mas com

o sur9imento "e novos mo"elos "e pen"or mais relativista %uerespon"em Ds novas exi9Ancias &ticas "e comuni"a"es ca"a ve# maisin(orma"as, esclareci"as, cooperantes, soli"?rias e compassivas, "enovos ?bitos e (ortes convicç:es e %ue inte9ram esta nova "inHmicaevolutiva tão aberta e consciente %uanto inevit?vel e irreversível8

@l&m "a j? re(eri"a inLuAncia antropocAntrica %ue "omina, em 9eral, onosso mo"o "e pensar o mun"o o omem no centro "e tu"o, tu"oexistin"o para o servirJ "everemos tamb&m ter uma especial

preocupação com as ten"Ancias antropom2rfcas no tratamento "a%uestão animal8

Mesmo no Hmbito "a "e(esa "a causa animal & muito (re%uente %uenos "eixemos apanar na teia "as construç:es antropom2rfcas,abrin"o a nossa empatia apenas aos seres %ue connosco parecempartilar "e (orma mais ine%uívoca al9umas "as características %uemais apreciamos em n2s pr2prios8 E, por isso, lutamos para en9lob?1los numa es(era "e compaixão, morali"a"e e juri"ici"a"e nãoextensível a outros seres com características "istintas8 0omo se a

ma9nifcAncia "os animais pu"esse estar subor"ina"a D sua verossimilança com a con"ição umana ou, "ito por outraspalavras, como se os seres vivos (ossem mais "i9nos "e consi"eração%uanto mais se aproximassem "as (ormas "e vi"a tra"icionalmenteconsi"era"as Ssuperiores, neste caso a nossa8

Essa ser?, "e uma certa perspetiva, mais uma (orma "e actuaçãoespecista, embora (eita não j? entre omens e outras esp&cies masentre "i(erentes esp&cies8

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@ssim, torna1se imperativo %ue "eixemos "e a9ir como seocup?ssemos o topo "a S0a"eia "o /er num mun"o "e incont?veismiría"es "e seres viventes, cujo conecimento e compreensãopro(un"a não po"emos alcançar "a"as as in)meras limitaç:es

mentais, emocionais e sensoriais a %ue estamos sujeitos na nossacon"ição umana8

! omem necessita "e se ver a si pr2prio como um abitante "esteplaneta e "este cosmos a par "e tantos outros, mas on"e to"osmerecem um respeito e um reconecimento "e "i9ni"a"e %uetranscen"e as (ronteiras "a esp&cie e "ir1se1ia mesmo %uais%uer(ronteiras %ue sejam (ruto "a atribuição "e um valor relativo em(unção "e um %ual%uer parHmetro "e a(erição "e valoresar%uitecta"o D escala umana8

@ visão %ue temos "o mun"o e "os seres "ever? privile9iar aperspectiva "a universali"a"e "a%uilo %ue & comum a to"os e não "aespecifci"a"e "as características "o omem8

U assim in"ispens?vel %ue tenamos uma visão inte9ra"a e umaconsciAncia "a inter"epen"Ancia "e tu"o, reconecen"o a existAncia"e um valor inerente "as coisas, %ue subsiste por si e em siin"epen"entemente "o enten"imento %ue "ele possamos ter8

esta1nos pu9nar pela necessi"a"e "e uma abor"a9em compassiva eolística "as %uest:es umanit?rias, animais e ecol29icas em %ue asustentação e preservação "o abitat natural se mostraimprescin"ível a to"os e on"e o omem reconecen"o a sacrali"a"e"e to"a a vi"a com a %ual mant&m uma li9ação "e inter"epen"Ancia,busca armoni#ar1se com a nature#a e com os outros seres numarelação "e aceitação, respeito e cooperação m)tuos8

)R*(S=ORM*+,O SOCI*< COMP*SSI* Nuan"o pensamos em trans(ormação social, a nossa menteime"iatamente nos remete para ima9ens "e revolução, violAncia,conLitos e "issensão8 6o entanto, a trans(ormação social 9era"apelas pr?ticas me"itativas & basea"a no princípio e pr?tica "acompaixão em relação a to"os os umanos e não1umanos,promoven"o uma Lui"e# ontol29ica %ue visa ultrapassar as barreirasartifciais entre to"as as (ormas existentes8

@s nossas socie"a"es estão abitualmente or9ani#a"as em (unção "ecírculos "e ape9o emocional, li9aç:es %ue a(etam as "ecis:es %ue

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tomamos, %ue "eterminam os nossos esta"os psí%uicos e %ueinvariavelmente marcam as nossas fliaç:es e i9norHncias8 Estescírculos são 9eralmente con"iciona"os por associaç:es (amiliares,amorosas, &tnicas ou i"eol29icas, levan"o D constituição "e uma

consciAncia 9rupal8 @ constituição "e círculos restritos "e ape9o leva não s2 a umaconstrição emocional R promoven"o um sobreinvestimento psí%uiconos membros "o 9rupo R mas tamb&m co9nitiva, impe"in"o1nos "ereconecer a existAncia "os %ue não (a#em parte "a nossacomuni"a"e8 Esta ce9ueira epistemol29ica esten"e1se não s2 aoutros umanos mas tamb&m aos não1umanos, o %ue permite Dsnossas socie"a"es bombar"ear e "i#imar membros "a nossa esp&cieR consi"era"os terroristas R e trans(ormar não1umanos em mat&rias1

primas R comi"a, ener9ia, "iversão, etc8

@ "estruição e instrumentali#ação "a alteri"a"e & abitualmenteleva"a a cabo para maximi#ar o bem1estar "o nosso 9rupo e assentanuma s&rie "e "ualismos 1 n2s e eles, umanos e não1umanos,oci"entais e b?rbaros8 @ pr?tica me"itativa continua"a e sistem?tica9era em n2s a reali#ação "a inter"epen"Ancia entre to"os os seresumanos e não umanos %ue, "evi"o ao nosso ape9o a (ormaspermanentes, a mente Snormal nos impe"e "e constatar8

@ compaixão & o resulta"o natural "a reali#ação "e %ue somos to"osirmãos e irmãs, %ue as (ormas %ue os nossos corpos e existAnciasassumem & impermanente e %ue o so(rimento "o !utro & real, sejaele o nosso companeiro, um membro "a nossa comuni"a"ealar9a"a, um não1umano ou um "esconeci"o8

>e %ue (orma po"e a compaixão tornar1se no motor "a trans(ormaçãosocial @ nossa constituição psí%uica, a (orma como vemos eexperienciamos o mun"o, & o resulta"o "e um permanente processo

"e sociali#ação %ue repro"u# os "ualismos 9era"ores "e anta9onismo8 @ socie"a"e sistemati#a e repro"u# esses "ualismos, naturali#an"o1nos atrav&s "e uma complexa re"e %ue inclui a cultura, a e"ucação, aeconomia, a a9ricultura, a investi9ação científca, etc8

@ trans(ormação social compassiva re%uer uma pro(un"a alteração"os mecanismos simb2licos, "e po"er, "e pro"ução e "e (abricação"e subjetivi"a"es8 >e (orma a levar a cabo este projeto, su9erimos aintro"ução "a pr?tica me"itativa nas escolas R para reverter ummo"elo e"ucativo basea"o exclusivamente em princípios "e

pro"utivi"a"e e efciAnciaB a "isseminação "e 9rupos "e me"itação

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na socie"a"e civilB a reali#ação "e ForGsops e con9ressos sobreme"itaçãoB a "ivul9ação "e in(ormação científca acerca "as pr?ticame"itativasB a inte9ração "e pr?ticas contemplativas no local "etrabaloB a promoção "e terapias basea"as em min"(ulness no

sistema "e sa)"e portu9uAsB o apoio e "ivul9ação "e pr?ticasconcretas %ue atuali#em a reali#ação "a Inter"epen"Ancia em v?rioscampos "e ação, como a permacultura, a economia soli"?ria, aen9enaria a"aptativa e (ormas "e participação política %ue visaminte9rar a vo# "os não umanos nos processos "e "ecisão como oParlamento "as 0oisas "e runo atour ou o 0onselo "e To"os os/eres "e ]oanna Mac< e ]on /ee"J8

@pesar "a reali#ação me"itativa "a inter"epen"Ancia nos "espertarpara a premAncia e ur9Ancia "a 0ompaixão, não "evemos cair num

in"ivi"ualismo in9&nuo, jul9an"o %ue a mera pr?tica contemplativa,por si s2, ir? ma9icamente resolver to"os os problemas8 @ trans(ormação social compassiva exi9e a pr?tica "a me"itação emação, a plena consciAncia em to"o os 9estos toma"os em prol "aarmonia entre to"os os seres8

! nosso contributo, em pleno s&culo ==I, passa não s2 pelapromoção e "isseminação "e pr?ticas contemplativas mas tamb&mpela criação "e "ispositivos culturais, econ2micos, pro"utivos e

e"ucativos inspira"os na reali#ação "a inter"epen"Ancia8 6essesenti"o, a trans(ormação social compassiva ser? alicerça"a numa vasta re"e "e mecanismos epistemol29icos %ue nos permitirãoescutar e respon"er robustamente ao so(rimento "o !utro, seja eleuma pessoa, um animal, uma planta ou o planeta %ue abitamos8

! nosso trabalo presente e (uturo, en%uanto praticantescontemplativos, & a "isseminação "estas novas pr?ticas, encaran"o a0ompaixão como a semente 9era"ora "e uma nova socie"a"e8

COMU(I>*>ES COMP*SSI*S

! "espontar "a 0ompaixão em n2s resulta "e um camino interior "e"escoberta mas apenas plenamente cumpri"o no e com o outro8 /emeste, sem a criação "e pontes, sem uma intenção "irecciona"a paraaliviar a "or "o seu semelante, liberto antes "e mais "e %ual%uerespecismo ou outro Rismo re"utor, a 0ompaixão po"e não passar "eum objecto "a nossa capaci"a"e "e racionali#ação, mero exercício

intelectual sem %ual%uer prop2sito ou fm8

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0omo animais sociais, & neste Hmbito R ou círculo R %ue ela secumpre8 @penas e s2 com a "issolução "a "uali"a"e "o pensamento%ue nos "omina, (eca"os %ue nos permitimos estar em 9ruposrestritos %ue se reconf9uram a ca"a momento, em (unção "o tema R

raça, cre"o, fliação política ou "esportiva, etc8 @trav&s "a "issolução"a "uali"a"e %ue se conse9ue por via "e uma pr?tica me"itativare9ular, o outro per"e as suas S(ronteiras (ísicas e psicol29icas,assumin"o uma (orma in"istinta mas nem por isso menos presente,tornan"o1se uma experiAncia bem real em ca"a um "e n2s, ao ponto"e não aver %ual%uer "istinção entre o Seu e o Soutro8 @ 0ompaixão alar9a1se, "esta (orma, a to"os os /eres sencientes,assumin"o a sua "imensão natural, universal8

Mas o pr2prio camino interior "e "escoberta &, talve# antes "e

mais, tamb&m um processo "e apren"i#a9em R por nature#a, social R"e partila, "e interacção permanente, com o outro, (eito "e saltos%uHnticos %ue se estabili#am e consoli"am posteriormente no seio "eum 9rupo R ou comuni"a"e8 >este processo, "a necessi"a"e "e nosa(erirmos e "e nos vali"armos re9ularmente, resulta umaaproximação natural, espontHnea "e nos juntarmos a %uem tamb&mest? nessa mesma via "e "escoberta8 U "esta (orma %ue nascemcomuni"a"es mais ou menos (ísicas ou virtuais, locais outransnacionais, laicas ou "e cari# reli9ioso, (eca"as ou abertas

on"e, in"epen"entemente "os prop2sitos ou intenç:es nortea"oras"a acção, a 0ompaixão, uma emer9Ancia "a espirituali"a"e, assumeeixo central "e con"uta %uer para "entro %uer para (ora "estas8

Tem1se assisti"o nos nossos "ias ao "esenvolvimento "e novascomuni"a"es %ue se tAm conse9ui"o manter auto1sustenta"as,pro"uto "o e(eito multiplica"or 9era"o pelas comuni"a"es %ue,"es"e o início "a "&ca"a "e "o s&culo passa"o, começaram, anascer, impulsiona"as pelos valores "os movimentos ippies %ue

alastraram por to"a a Europa8>estas, al9umas contan"o oje com centenas "e membros, "evesalientar1se a trans(ormação "e locais ?ri"os em espaços ver"ejantes%ue proporcionam o sustento "a comuni"a"e, %uer a nível alimentar%uer ao nível "as mat&rias1primas para a construção "e novasabitaç:es ou para o a%uecimento "as mesmas8 ! respeito pela6ature#a, pela sua inteli9Ancia, "eclara1se a ca"a momento, numapr?tica espiritual assente na pro(un"a interconexão "a -i"a, "e to"asas (ormas "e vi"a8 >a pro"ução "e alimentos D 9eração "e ener9ia,

tu"o & pensa"o e (eito ten"o por base o princípio "a

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sustentabili"a"e, tiran"o apenas o estritamente necess?rio erepon"o os recursos, manten"o o e%uilíbrio sau"?vel "o ecossistema8

Partin"o "a relação sa9ra"a com a 6ature#a para as apren"i#a9ensnas relaç:es com os outros, acre"itan"o %ue a 7umani"a"e est? num

processo evolutivo, "e expansão "a consciAncia, estas comuni"a"estAm procura"o ter uma o(erta (ormativa alar9a"a, nal9uns casosatrav&s "e (un"aç:es entretanto cria"as, inicia"as pela experiAncia"e vi"a comunit?ria, %ue resulta "as apren"i#a9ens in"ivi"uais ecolectivas "os seus membros, procuran"o novas (ormas "einteracção com o trabalo, com o meio ambiente, com os outros econsi9o pr2prios, num clima "e abertura, "e ver"a"e e "e amor8

/e a 6ature#a assume papel "e "enomina"or comum, al9umas

comuni"a"es (oram tamb&m cria"as para procurar respostas para a%uestão "e como po"iam os seres umanos, tão "i(erentes e vastassão as suas culturas e reli9i:es, viverem juntos e em pa#8 @trav&s "acriação "e espaços amplos "e não1violAncia, "e "i?lo9o aberto, "econfança, &ticos e socialmente respons?veis, nestas comuni"a"esprocuram1se tamb&m soluç:es "e transição para uma socie"a"e p2s1capitalista ao nível "a pro"ução e arma#enamento "e ener9iasrenov?veis, "e pro"ução alimentar, atrav&s "a permacultura, entreoutras8 @ este nível, são (re%uentes os projectos "e retenção "e

?9uas pluviais, passo inicial em %ual%uer projecto "e trans(ormaçãoem permacultura "e lar9a escala, atrav&s "a construção "e la9osnaturais, sem recurso a materiais artifciais, D volta "os %uais sãoplanta"os pomares extensivos e policulturais, no meio "os %uais9eralmente "espontam ortas "e ve9etais, arom?ticas e plantas paratisanas8

Embora se9uin"o aproximaç:es por vias "i(erentes, to"os estesprojectos resultam no estabelecimento "e comuni"a"es (raternas,&ticas, respeita"oras "e (orma não "iscriminat2ria "e to"as as

"emais (ormas "e vi"a, em plena comunão com a nature#a, on"e aemer9Ancia "a 0ompaixão resulta "e um processo "e "escobertapartila"a, cujo bene(ício não se restrin9e aos membros "ascomuni"a"es, antes abertos e incentiva"ores "a criação "e novascomuni"a"es, seja %ual (or a sua 9eo9rafa, Hmbito ou "imensão,para %ue o bem "e tu"o e "e to"os seja por fm, uma reali"a"e vivi"aD escala 9lobal8

PO<)IC* *MOROS* E COMP*SSI*

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@ 9ran"e limitação "a política, ou pelo menos "a política tra"icionale convencional, seja "e es%uer"a, centro ou "ireita, parti"?ria ounão, & o "e 9irar sempre em torno "a con%uista, exercício ouinLuAncia "o po"er, institucional ou não, estatal, cultural ou

me"i?tico8 E outra 9ran"e limitação & ten"er sempre a serantropocAntrica, pois & coisa "a Spolis, "a ci"a"e ou socie"a"e "osumanos, %ue se fcciona separa"a "a comuni"a"e natural e c2smicae trata como escravos os animais e a Terra8

>a primeira orientação vem a importHncia, "es"e a 9ora 9re9a at&aos actuais espect?culos eleitorais e parlamentares, "o "ebatep)blico enten"i"o como combate para vencer o a"vers?rio e coler votos e apoios8 >aí a centrali"a"e "a orat2ria e "a ret2rica %ue visa apersuasão, o convencer os outros "e %ue se tem ra#ão para se ter

po"er, o %ue, por%ue raramente (unciona por%ue os outros tamb&mpreten"em ter ra#ão e po"er e por%ue o %ue move as supostasSra#:es "e uns e outros são %uase sempre os "esejos e interessese9ocAntricos, in"ivi"uais e 9rupaisJ, con"u# (re%uentemente Dcorrupção, mentira, cal)nia e "i(amação, %uan"o não D a9ressão(ísica e ao assassínio8 @ essAncia oculta ou patente "a políticatra"icional & o combate e a violAncia8

E este & o problema8 Por%ue & a "esconexão e a conse%uente luta

pelo po"er, "o umano sobre o umano, os animais e o mun"o, %ueest? no centro "a actual crise "a civili#ação8 ! maior problema "apolítica tra"icional & ela mesma8 U por isso %ue não o po"e resolver eprecisamos "e outra coisa8 6ão "e política, no senti"o abitual, mas"a experiAncia social "o "espertar e "a expansão "a consciAnciaamorosa e compassiva8 Nue nasce não "o Spo"er enten"i"o como"omínio sobre o outro 1 o %ue & uma (orma "e auto1escravi#ação, poiso tirano tamb&m & escravo "a sua tirania 1 , mas "o po"er "e ser,a%ui1a9ora, simultaneamente livre "e to"os os po"eres e insepar?vel

"os outros, "e to"as as (ormas "e vi"a, não visan"o por isso "ominar%uem %uer %ue seja8 6ão visan"o servir1se, mas antes servir osenti"o anti9o "a palavra Sministro8

@ 9ran"e tare(a política & na ver"a"e micropolítica e metapolíticaor9ani#ar a rep)blica "a mente e "o coração me"iante a atençãoplena a si, "e mo"o a asse9urar o bom 9overno "e ca"a um pelomelor "e si mesmo, e transcen"er e "ispensar a política emsocie"a"es umanas ca"a ve# mais "espertas, (raternas e abertas Dcomuni"a"e c2smica, me"iante a atenção plena D inter"epen"Ancia

com to"o o outro, umano e não1umano8 /ocie"a"es umanas %ue

44



esten"am a to"os os seres e enti"a"es naturais a cate9oria "eSpr2ximo e %ue se or9ani#em não para manter e repro"u#ir uma vi"a aliena"a, mas para promover uma vi"a boa e plena, paraumanos e não1umanos, em armonia com a Terra8 ! %ue começa

por abrir e expan"ir espaços "e vi"a "esperta, soli"?ria e liberta,sen"o o primeiro "e to"os o "a pr2pria consciAncia8 Pe%uenos 9rupos"e afni"a"e %ue se associem e expan"am, comuni"a"es emtransição, 9ermes "e criativi"a"e e libertação num mun"o "einstituiç:es ca"a ve# mais "eca"entes, atrofa"as e "estrutivas por(alta "a ver"a"eira inteli9Ancia a "a interconexão, "o amor e "acompaixão8

"I<"IODR*=I* *CO(SE<*>*

Yaren @M/T!6K, >o#e passos para uma vi"a "e compaixão, /ãoPaulo, Paralela E"ição >i9italJ, +'+8

William @6TZ, Nuem somos n2s @ "escoberta "as infnitaspossibili"a"es "e alterar a reali"a"e "i?ria, io "e ]aneiro, Prestí9io,+.8

eonar"o !QQ,

@s %uatro ecolo9ias8 @mbiental, Política e /ocial, Mental eInte9ral, io "e ]aneiro, Mar "e I"eias, +'+8

Ecolo9ia, mun"iali#ação, espirituali"a"e8 @ emer9Ancia "e umnovo para"i9ma, /ão Paulo, tica, '$$38

Utica e eco1espirituali"a"e, Petr2polis, -o#es, +''8

Tempo "e transcen"Ancia8 ! ser umano como um projetoinfnito, io "e ]aneiro, /extante, +8

>avi" !7M,

! pensamento como um sistema, /ão Paulo, Ma"ras, +.8Totali"a"e e a !r"em Implica"a, /ão Paulo, Ma"ras, +*8

Qritjo( 0@P@,

@s conex:es ocultas8 0iAncia para uma vi"a sustent?vel, /ãoPaulo, 0ultrix, ++8

@ teia "a vi"a, /ão Paulo, 0ultrix, '$$.8

45



@ visão sistAmica "a vi"a8 Cma concepção unifca"a e suasimplicaç:es flos2fcas, políticas, sociais e econ^micas, /ãoPaulo, 0ultrix, +'48

! Ponto "e Mutação8 @ ciAncia, a socie"a"e e a cultura

emer9ente, /ão Paulo, 0ultrix, +48

Pema 07d>d6,

@ bele#a "a vi"a, io "e ]aneiro, Kr<pus, +'48

! salto8 Cm novo camino para en(rentar as "ifcul"a"esinevit?veis, io "e ]aneiro, Kr<pus E"ição >i9italJ, +'48

Nuan"o tu"o se "es(a#, io "e ]aneiro, Kr<pus, +'48

/em tempo a per"er8 Cm 9uia )til para o 0amino "oo"isatva, io "e ]aneiro, Kr<pus, +'48

-ictor >@-I07, ! melor 9uia para a me"itação, /ão Paulo,Pensamento, ++8

Paul EYM@6, 0onsciAncia emocional, io "e ]aneiro, Prumo, +*8

Papa Q@60I/0!, 0arta encíclica au"ato /i8 /obre o cui"a"o "acasa comum, /ão Paulo, Paulinas, +'58

Keor9 QECE/TEI6, ren"a QECE/TEI6, >arma -er"e8 u"ismoecol29ico para trans(ormar a pr?tica "a sua vi"a "i?ria, /ão Paulo,Pensamento, +'+8

>aniel K!EM@6,

@ arte "a me"itação, io "e ]aneiro, /extante, +58

Inteli9Ancia ecol29ica8 ! impacto "o %ue consumimos e asmu"anças %ue po"em melorar o planeta, io "e ]aneiro,0ampus, +$8

Inteli9Ancia emocional8 @ teoria revolucion?ria %ue re"efne o%ue & ser inteli9ente, io "e ]aneiro, !bjetiva, '$$8

Inteli9Ancia social8 ! po"er "as relaç:es umanas, EC@,Elsevier E"ição >i9italJ, +8

@mit K!/W@MI,

! ativista %uHntico8 Princípios "a (ísica %uHntica paratrans(ormar o mun"o e a n2s mesmos, /ão Paulo, Ko<a, +'58

46



! universo autoconsciente8 0omo a consciAncia cria o mun"omaterial, /ão Paulo, Ko<a, +'58

Q&lix KC@TT@I, @s trAs ecolo9ias, 0ampinas, Papirus, '$$58

Qrancisco KCTIUEZ, 0ru# P@>!, Ecope"a9o9ia e ci"a"aniaplanet?ria, /ão Paulo, 0orte#, +'38

Tic 6at 7@67,

Qelici"a"e8 Pr?ticas essenciais para uma vi"a plena, Petr2polis, -o#es, +'38

6a"a a (a#er, não ir a lu9ar al9um, Petr2polis, -o#es, +''8

6osso encontro com a vi"a8 >iscurso sobre viver com ale9ria

no momento presente, Petr2polis, -o#es, +'8!s cinco treinamentos para a mente alerta, Petr2polis, -o#es,+48

icG 7@6/!6, icar" ME6>IC/, ! c&rebro "e u"a8 6eurociAnciapr?tica para a (elici"a"e, /ão Paulo, @la)"e, +'+8

/am 7@I/, >espertar8 Cm 9uia para a espirituali"a"e semreli9ião, /ão Paulo, 0ia8 "as etras, +'58

@l"ous 7C=EX, @ flosofa perene8 Cma interpretação "os 9ran"esmísticos "o !riente e "o !ciente, /ão Paulo, Klobo, +'8

]on Y@@T1ZI66, Min"(ulness para principiantes, 0ana"?, YairosE"ição >i9italJ, +38

>il9o Y7XE6T/E, @ essAncia "a compaixão8 @s trinta e sete pr?ticas"o bo"isatva, Porto @le9re, MaGara, +'38

]acG Y!6QIE>,

Cm camino com o coração, /ão Paulo, 0ultrix, '$$58>epois "o Axtase lave a roupa suja, /ão Paulo, 0ultrix, ++8

]i""u YI/76@MCTI,

6ature#a e Meio @mbiente, isboa, E"iç:es ., '$$.8

6ossa lu# interior8 ! ver"a"eiro si9nifca"o "a me"itação,isboa, 9ora, +8

/atis YCM@, )ssola espiritual8 @s trAs %uali"a"es "e vi"a

se9un"o o a9ava" Kita, /ão Paulo, 0ultrix, +8

47



=I- >alai @M@,

@ arte "a (elici"a"e8 Cm manual para a vi"a, /ão Paulo,Martins Qontes, +8

>espertar "e uma nova consciAncia, Petr2polis, -o#es, +$8Utica para o 6ovo MilAnio, io "e ]aneiro, /extante, +8

Cma ponte entre as reli9i:es8 Por uma ver"a"eira comunão"a (&, /ão Paulo, Martins Qontes, +'48

]ean1Xves E!CP, ! sentar e o caminar, Petr2polis, -o#es, +'38

]on M@I6,

! 0amino "o não conecimento8 Expan"in"o os ori#ontes

espirituais atrav&s "a me"itação, Petr2polis, -o#es, +$8

Palavra %ue leva ao silAncio, /ão Paulo, Paulus, '$$.8

]os& Tolentino ME6>!6@, @ Mística "o Instante8 ! tempo e apromessa, isboa, Paulinas, +'48

Tomas MET!6,

@ experiAncia interior, /ão Paulo, Martins Qontes, +.8

@ sabe"oria "o "eserto, /ão Paulo, Martins Qontes, +48e9is "e M!@I/, Espirituali"a"e e e"ucação, 0ampinas, 0E@Y,++8

]entsuma Ten#in P@M!, 6o coração "a vi"a8 /abe"oria e compaixãopara o coti"iano, Teres2polis, )ci"a etra, +'48

Mattieu I0@>,

@ arte "e me"itar8 Cm 9uia pr?tico para os primeiros passos na

me"itação, /ão Paulo Klobo, +$8 @ revolução "o altruísmo, /ão Paulo, Palas @tena, +'58

Qelici"a"e8 @ pr?tica "o bem1estar, /ão Paulo, Palas @tena,+'+8

7enr< >avi" T7!E@C, Wal"en, /ão Paulo, _PM, +'8

ama Pa"ma /@MTE6,

@ j2ia "os "esejos, /ão Paulo, Peir2polis, +'8

48



@ ro"a "a vi"a como camina para a luci"e#, /ão Paulo,Peir2polis, +'8

Man"ala "o l2tus, /ão Paulo, Peir2polis, +8

Me"itan"o a vi"a, /ão Paulo, Peir2polis, +'8/ara /I-ET!6, -iver a9ora8 Cm pro9rama revolucion?rio "ecombate ao estresse, D ansie"a"e e D "epressão, /ão Paulo, @la)"e,+'+8

EcGart T!E,

! po"er "o a9ora, io "e ]aneiro, /extante, ++8

! po"er "o silAncio, io "e ]aneiro, /extante, +'8

Cm mun"o novo8 ! "espertar "e uma nova consciAncia, io "e ]aneiro, /extante, +'48

]os& María -IKI !r98J, Por uma teolo9ia planet?ria, /ão Paulo,Paulinas, +''8

@lan W@@0E,

@ revolução "a atenção8 evelan"o o po"er "a mente (oca"a,Petr2polis, -o#es, +*8

0iAncia contemplativa8 !n"e o bu"ismo e a neurociAncia seencontram, /ão Paulo, 0ultrix, +'8

>imens:es escon"i"as8 @ unifcação "e (ísica e consciAncia,/ão Paulo, Peir2polis, +$8

Qelici"a"e 9enuína8 Me"itação como o camino para areali#ação, Teres2polis, )ci"a etras, +'+8

Pierre WEI,

@ arte "e viver a vi"a, Petr2polis, -o#es, +''8

@ arte "e viver em pa#, /ão Paulo, Kente, '$$8

umo ao infnito, Petr2polis, -o#es, +58

Pierre WEI, Cbiratan >@M!/I!, oberto 0EM@, umo D novatrans"isciplinari"a"e, /ão Paulo, /ummus, '$$38

Pierre WEI, ]ean1Xves E!CP, oberto 0EM@, 6ormose8 @ patolo9ia "a normali"a"e, Petr2polis, -o#es, +''8

Yen WIE,

49



@ visão inte9ral8 Cma intro"ução D revolucion?ria abor"a9eminter9ral "a vi"a, "e >eus, "o Cniverso e "e tu"o o mais, /ãoPaulo, 0ultrix, +$8

U"en R Nue"a ou ascensão Cma visão transpessoal "a

evolução umana, io "e ]aneiro, -erus, +'8

Psicolo9ia inte9ral8 0onsciAncia, espírito, psicolo9ia, terapia,/ão Paulo, 0ultrix, ++8

Cm >eus social8 reve intro"ução a uma sociolo9iatranscen"ental, /ão Paulo, 0ultrix, +''8

MarG WII@M/, >ann< PE6M@6, @tenção plena R Min"(ulness80omo encontrar a pa# em um mun"o (ren&tico, io "e ]aneiro,

/extante, +'58

Círculo Do Entre

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